EntreContos

Detox Literário.

O Homem de Preto (Luiz Ricardo da Rocha)

 

Aos dezoito anos Thomas estava sentado em uma estreita cadeira de madeira fixada no chão, preso por correntes com argolas de ferro que envolviam seus tornozelos e punhos. Seus olhos inquietos procuram por algo. Um após o outro os três ferrolhos da pequena sala deslizam arranhando nas trancas do lado de fora da porta reforçada, que se abre lentamente. Entram o delegado e o promotor, que se acomodam do lado oposto do preso, o escrivão, que se senta diante da escrivaninha junto da parede e um policial que permanece de pé empunhando a sua arma perto da porta. Não era quem Thomas procurava e continuou movendo os olhos de um canto para o outro. 

O delegado colocou uma pilha de pastas sobre a mesa e deu início ao interrogatório lendo em voz alta alguns laudos periciais.

“Com a utilização das técnicas atualmente disponíveis neste laboratório, foi realizada a pesquisa toxicológica acima especificada, tendo sido detectada a presença da espécie AS (3+) inorgânica de arsênio em todos os corpos. Os exames nos levam a concluir que as mortes ocorreram em decorrência de insuficiências metabólicas e falências múltiplas de órgãos.”

Thomas nada disse e os ignorou. Em seguida o delegado retirou de uma pasta algumas fotografias e colocou-as diante dele, que sem mover a cabeça apenas direcionou o seu olhar para as imagens. Eram cadáveres contorcidos rodeados por sangue no chão de uma taberna em desordem indescritível.

Thomas passara a ser o principal suspeito de crimes similares. Barris de cerveja e vinho envenenados em tabernas baratas. O assassino não possuía pressa. Esperava os clientes se embriagarem, quebrarem os copos, brigarem entre si e deitarem em um canto ao ponto de não conseguirem levantar a cabeça de tão bêbados. Parecia ser esse o momento de agir e introduzir quantidades letais de arsênio nas bebidas. Aos poucos o mal estar transformava-se em gritos e desespero, deixando todo o lugar tomado pelo pânico. As vítimas vomitavam primeiro o que tinham bebido e comido. Rapidamente os tecidos e vasos internos do corpo se rompiam e o sangue surgia depois através de fluxos incontroláveis. Os mais embriagados eram os mais vulneráveis, imersos na confusão do álcool, na falência da respiração, do coração, dos órgãos, aprisionados no próprio corpo, sem saber que direção tomar, a quem recorrer. Alguns eram levados com vida para o hospital e viviam dias sanguinolentos de verdadeiro horror.

– Foram seis mortes no local – prosseguiu o delegado ajustando os óculos – e três hospitalizados em estado grave. Concluiu.

Uma fotografia prendeu a atenção de Thomas e por mais que tentou não conseguiu desviar os olhos dela. Os pelos de seu corpo se arrepiaram. Naquele instante sentiu pousar sobre seu ombro as mãos negras de quem ele estava a procurar na sala. As autoridades não podiam vê-lo, mas sentiram a atmosfera ficar pesada. Thomas voltou-se para a fotografia. Na imagem uma das vítimas que fez, o corpo rígido de uma mulher que deixou marcado em sua face o sofrimento nos instantes finais da vida, como o rosto de sua mãe.

Era uma tarde de terça-feira quando Thomas, aos doze anos de idade, saiu de casa em direção de um lago da região para onde costumava fugir. Entrou em uma canoa velha esquecida na margem, como fez inúmeras vezes. Carregava dessa vez uma pedra pesada e um cordão. Chorava muito porque ao mesmo tempo em que desejava desaparecer, ele queria viver e que tudo fosse diferente. Amarrou uma ponta do cordão no tornozelo e a outra na pedra. Depois a segurou sobre o ponto mais profundo das águas escuras do lago para se jogar. Thomas, apenas um garoto, como nunca chorou, soluçou e gritou, porque não teve coragem de se matar e sabia que isso implicaria em mais sofrimento.

Quando retornou, a poucos metros de casa, ouviu um choro fúnebre. Era de seu pai. Thomas nunca o tinha visto chorar e sentiu muito medo. Seu pai amaldiçoava tudo e agredia a todos, mas não chorava. Quando entrou em casa deparou-se com a mãe no chão, os olhos já sem vida, opacos, os cabelos bagunçados, as mãos tortas. Percebeu que ela havia sofrido bastante, porque não estava como se estivesse dormindo. É a única coisa no mundo que o comovia, lembrar-se da mãe morta, porque todas às vezes sentia pena do estado em que a encontrou, depois de tudo que sofreu. Ela havia ingerido veneno. Thomas sentiu-se só, sem chão, sem mundo mais uma vez.

Seu pai estava bêbado, chorando a perda do objeto pelo qual possuía verdadeira obsessão destrutiva.

As autoridades notaram na pequena sala o assassino ser tomado totalmente pelas memórias em algum tipo de transe. 

Thomas não foi uma criança normal. Não teria como ser depois do que sofreu, recluso em sua dor, se perguntando por que aquelas coisas aconteciam com ele. A tormenta era diária e os dias lentos. Depois de tantos anos sem dormir as olheiras se transformaram em covas escuras. Thomas não dormia enquanto sua mãe não parava de chorar, depois de ser espancada pelo pai bêbado. A criança seria espancada também se interferisse. Não havia nada que um animalzinho pequeno e indefeso pudesse fazer. Thomas se encolhia no chão de seu quarto e tentava em vão abafar o som, não ouvir os soluços intermináveis de sua mãe enquanto apanhava. Ouvia também quando seu pai a estuprava e a violentava sexualmente de todas as formas. Depois a sua mãe voltava a chorar com mais dor. Tudo o atravessava como faca, dilacerando-o por dentro. Uma tortura que não parecia ter fim. Sofrimento é só o que havia naquela casa. Às vezes quando se cansava da mãe o seu pai o procurava de noite. O silêncio era pavoroso. A porta se abria devagar. A criança tapava os ouvidos, em um movimento instintivo de proteção, de medo. Mas logo o seu pai se deitava atrás dela. O cheiro forte de álcool lhe embrulhava o estômago. Certa vez teve de engolir o próprio vômito se não quisesse ser espancado outra vez. Seu pai o abraçava e dizia, com palavras tortas e maliciosas, que precisava de um abraço. Somente um abraço. Thomas chorava todas às vezes. As lágrimas desciam silenciosas, porque tinha medo de levar outro soco, de ser asfixiado, ou que seu pai o deixasse de lado para voltar a maltratar a sua mãe. Aguentava tudo sob a ameaça de que se contasse para alguém sua mãe morreria. Foi estuprado durante dois anos. Nada daquilo poderia terminar em final feliz. 

No dia em que viu a mãe morta algo de estranho aconteceu. Deixou de ser um animalzinho indefeso para se tornar uma besta funesta. Adquiriu uma consciência diferente do mundo. Foi naquele exato instante que se transformou no que estava diante das autoridades naquela sala, seis anos depois.

Thomas caminhou até a cozinha e voltou com uma faca na mão. Deu uma estocada certeira no pescoço do pai debruçado sobre a mesa. O sangue jorrou por toda parte enquanto ele agonizava. Depois Thomas pegou a garrafa de bebida do pai e derramou-a sobre ele, foi até a cozinha e voltou com uma caixa de fósforos. Em poucos minutos a casa estaria tomada pelas chamas, transformando em cinzas o seu passado. Em seu ombro o garoto sente pousar uma mão. É negra, como o resto do corpo. Thomas olha para ele sem medo. O homem usa uma capa preta com capuz que esconde totalmente o seu rosto negro. Consegue ver apenas os brancos dos olhos e dos dentes, quando sorri.

– Não tenha medo meu garoto, eu estou aqui para protegê-lo – diz o homem sem mover a boca, mostrando um sorriso.

Desde então o homem de preto o acompanha e diz o que deve fazer.

Na pequena sala, os olhos de Thomas reviram, espuma a boca e sofre uma convulsão. O interrogatório é suspenso. As provas são irrefutáveis dos crimes que cometeu e em seu julgamento é condenado à prisão perpétua. 

Tempos depois Thomas se encontra em sua cela. Pela pequena abertura da porta reforçada empurraram para dentro a refeição em uma bandeja de plástico. Praticamente dois dias sem se alimentar ele come tudo rapidamente. Sentado em sua cama ele sente um mal estar imediato e vomita. Suas entranhas se contraem. Os batimentos cardíacos  aceleram, falta-lhe o ar, a cabeça parece que vai explodir. Sente o sangue escorrer pelo nariz e pela boca. Vê se aproximando lentamente o homem de preto, que se ajoelha em sua frente, retira o capuz e lhe estende a mão. Thomas consegue ver o rosto dessa vez. Era seu pai, que o levanta.

Thomas percebe que também usa uma capa preta com capuz. Sua pele também é negra, vê que suas unhas são grandes e afiadas e as enfia no peito de seu pai, esmagando o seu coração. O sangue escuro escorre em seus braços. Seu pai agoniza, sente fúria, mas desfalece, transforma-se em cinzas. Thomas esconde o rosto negro sob o capuz e deixa sua cela atrás de alguém para proteger.

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13 comentários em “O Homem de Preto (Luiz Ricardo da Rocha)

  1. Momo Blair
    26 de maio de 2019

    Conto: O homem de Preto
    Autor: An Johann

    Resumo: Thomas está acorrentado na cadeira de uma delegacia e é interrogado pelos policiais sobre uma sequência de crimes de envenenamento de grupos de pessoas. Thomas começa a se lembrar de sua infância extremamente abusiva e traumatizante, quando se depara com as fotografias dos corpos das vítimas dos assassinatos, e se lembra também das violências sofridas pela sua mãe até o dia de sua morte por envenenamento. Seu pai era o maior responsável por todos aqueles terríveis momentos que viveu na infância, quando ele se depara com o corpo sem vida da sua mãe, ele fica transtornado e mata seu pai e logo depois coloca fogo na casa, naquele momento em diante ele começa a ter a companhia de um homem com manta e capuz negros. Thomas é condenado a prisão perpétua, na cela ele é morto por envenenamento, em sua morte ele descobre que o homem de preto é seu pai e Thomas o mata com suas próprias mãos e se transforma em um homem de preto, deixa a cadeia para trás e vai de encontro a algum protegido.

    Opinião: A história não tem surpresas, na verdade é bem intuitivo o seu desenvolvimento, tanto que já começa com o personagem principal sendo interrogado pelos crimes, se existe alguma dúvida sobre a autoria do crime, logo no início da história essa dúvida é dissipada e isso faz a história ser muito interessante, o conhecimento de que o leitor está lidando com o protagonista que é um serial killer, mas tem um passado extremamente traumatizante. Os relatos da infância do Thomas fazem o personagem ter profundidade, motivos e razões em ser tão perturbado, esses relatos também foram um grande instrumento para a história de terror, porque causa incomodo e repulsa. Parabéns ao autor do conto, algumas partes ficaram ambíguas em sua escrita, mas a história está muito bem escrita mesmo com essas partes. O Conto é muito interessante, gostei bastante, parabéns.

  2. Amanda Gomez
    24 de maio de 2019

    A história de um assassino que é confrontado sobre seus crimes. Enquanto um interrogatório acontece ele volta ao passado de suas lembranças, lembra da vida sofrida e de abusos sofridos pelo pai, do suicídio da mãe e do momento em que mudou, que se tornou o que era hoje.

    Uma narrativa rápida, sem medidas, gostei que foi dessa forma. Como é uma história no lugar comum tinha que ter algum diferencial. Achei que o personagem foi bem desenvolvido toda a história dele foi contada, seus medos, seu sofrimento, sua transformação. O conto remete muito a realidade de muita gente, fica o questionamento sobre o que o sofrimento e o abandono pode fazer com uma pessoa.

    Achei interessante que ele mata as pessoas com o mesmo método que sua mãe morreu. Como se ele quisesse compensação o sofrimento dela, como se fosse uma homenagem. Faltou explicar melhor qual o foco dele, digo, as características das vítimas ou se é aleatória.

    A cena final me deixou confusa, tem algo sobrenatural mas não deixa muito claro. Quem envenenou ele? O fato do espírito do pai dele estar ali para levá-lo é ok, mas como ele morreu… Fica nublado. Entendi que ele se torna um espírito desgarrada…um demônio que vai ajudar outras almas como ele a ” se libertar”

    Parabéns, boa sorte no desafio.

  3. Vera Marta Reis
    23 de maio de 2019

    O homem de Preto ( An Johann)
    A cena acontece numa taverna, pessoas envenenadas com Arsênio.
    Sinais de dor no rosto da mulher. As recordações de Tomás a infância terrível.O sofrimento da mãe e dele próprio, impingido pelo pai cruel e violentador. Até que mata seu algoz.
    De indefeso passa a besta funesta.com apoio do homem de preto que passou a acompanha- lo. Preso, prisão perpétua, é envenenado, morto se transforma no homem de preto e sai a procura de quem precise de proteção.

  4. Antonio Stegues Batista
    23 de maio de 2019

    Achei o conto bem escrito, com um bom enredo. O autor tem habilidade em criar uma boa história. Só não fiquei surpreso com o final. É um final que não surpreende. O protagonista se tornando o assassino, ou monstro da história, não é novidade. Aconselho o autor evitar os clichês. Boa sorte no próximo tema.

  5. Estevão Kinnek
    23 de maio de 2019

    Resumo:

    Jovem que teve infância perturbadora é preso por envenenar pessoas. Seus atos são guiados por uma presença demoníaca que parece dizer o que ele deve fazer.

    Comentários:

    O conto não cumpre com sua classificação de conto de terror, em grande parte por causa de seu narrador, que não funciona. Ele não dá o tom necessário ao terror em sua narrativa, a meu ver, e além disso, não me fez criar empatia por Thomas, ou detestá-lo, ou seja, não me trouxe algum sentimento maior pela personagem principal que me desse um tom mais catártico à leitura feita. E o que ressalta ainda mais isso é a falta de diálogos. Então, ou o narrador se torna menos frio, mais impactado pelos acontecimentos do conto, ou se coloque diálogos, fala das personagens, para dar vida própria a eles, não deixando que os julguemos apenas pelo narrador. Deixar o Thomas como narrador, com todas as suas falhas e traumas, daria um outro movimento ao conto.

    O tal homem de preto: surge de forma muito rasa na história, muito gratuita. Parece até que você criou a história a partir da imagem. O enredo imaginado é muito interessante, mas faltou um desenvolvimento mais verossímil e personagens mais cativantes. A cena em que o pai procura o menino de madrugada é aterrorizante, revoltante, até. Porém, no restante do conto essa revolta não acontece e em um conto desse tipo precisamos de um impacto maior, de um verossimilhança que nos faça curtir a história. Na boa, eu preferiria que ele nem existisse nesse conto, queria que a “desculpa” para os atos de Thomas fosse apenas a infância traumática e já estaria bom demais.

    Algumas partes não muito verossímeis. Exemplo:

    a) o trecho do laudo, que na realidade deveria especificar o quanto de arsênio se encontrou no corpo periciado. Acho que da forma como está, ficou rebuscado e pecou por excesso científico. Não, eu nunca vi um laudo de morte por envenenamento, mas critico a forma rebuscada como foi colocado esse ponto no enredo. Poderia ter organizado de uma forma que dificultasse menos para o leitor, no sentido de trazer esse leitor mais para dentro da sua narrativa, e não distanciando.

    b) o trecho da descrição do envenenamento: “Esperava os clientes se embriagarem, quebrarem os copos, brigarem entre si e deitarem em um canto ao ponto de não conseguirem levantar a cabeça de tão bêbados. Parecia ser esse o momento de agir e introduzir quantidades letais de arsênio nas bebidas.” Isso me pareceu estranho. Colocava o veneno na bebida, quando os bêbados já não conseguiam nem mesmo levantar a cabeça, de tanta bebedeira? Fiquei a imaginar o cara colocando veneno na bebida e pondo direto na boca dos bebuns. Não creio que esse tenha sido realmente o ocorrido nessa sequência. Mas foi a forma como pensei, diante da estrutura.

    c) Ainda sobre o arsênio, como ele conseguia o elemento químico? Vejo em livros e filmes sobre crimes que envolvem envenenamento que não é uma coisa fácil de se conseguir. E geralmente se usa arsênico, que é um composto químico… Arsênio dá para conseguir dentro de rádios antigos, mas como não dá qualquer informação sobre isso, eu como leitor somente posso imaginar, mais nada além disso. E para mim, que me interesso por filmes e livros do tipo, isso faz uma grande diferença na hora de me envolver com a sua narrativa.

    Toques gramaticais:

    “e por mais que tentou não conseguiu desviar os olhos dela”>>>> “e por mais que tentasse não conseguiu desviar os olhos dela”

    “Na imagem uma das vítimas que fez, o corpo rígido de uma mulher que deixou marcado”>>>> Aqui parece que está faltando uma palavra…

    “Na imagem DE uma das vítimas”… Mas eu preferiria “Na imagem feita de uma das vítimas,…”

    Há uma mudança de tempo verbal na parte final, com verbos no presente. É possível, sim, mudar de tempo verbal dentro da narrativa, de repente para deixar bem heterogêneos determinados trechos, por exemplo, mas não foi o que aconteceu aqui. Da forma como foi feito, causou-me estranheza e a sensação foi de desorganização textual.

    Finalizando: o conto não entrega o que propõe, que é ser um conto de terror, mas é uma grande promessa. Você deveria investir nessa narrativa. Espero poder ter ajudado. E agradeço pela oportunidade de ler seu texto, aprendi muito com ele, serviu como reflexão para coisas que eu próprio faço. Boa sorte no concurso! Até mais!

  6. Prometeu
    22 de maio de 2019

    O conto narra sobre a condenação de Thomas, acusado de envenenar pessoas em bares. Quando criança, ele sofria com a violência que o pai alcoólatra infringia a ele e sua mãe. Quando tinha doze anos, ele pensa em suicídio, mas não tem coragem de se matar. Em certo tempo, Thomas chega em casa e vê o pai chorando. Sua mulher tinha se matado, ingerindo veneno. Aquilo muda o jovem Thomas para sempre. Ele esfaqueia o pai inconsciente e ateia fogo na casa. A partir de então, Thomas se torna um assassino. Ele é julgado e condenado. Na prisão, ele é envenenado e morre. Antes de morrer, porém, ele descobre que o homem de preto que o incitava a cometer os crimes era o espírito do seu próprio pai. Thomas o ataca e o destrói, passando a ser o que antes era o pai.

    Eu gostei do conto. O enredo é muito interessante. Mas é escrito de forma bastante descuidada. Eu também já fiz isso. O português é razoavelmente bom. Não apresenta erros grosseiros. Apenas tem que se atentar mais à pontuação, no caso, as vírgulas. E também à estrutura das frases. Aqui: “Thomas, apenas um garoto, como nunca chorou,”, ficou parecendo que ele nunca tinha chorado. Seria melhor assim: Thomas, apenas um garoto, chorou como nunca. Algumas frases você deveria por ponto final, em vez de vírgula, começando outra frase com o resto da oração. A parte do julgamento faltou um juiz. E no final, ficou um pouco confuso o motivo do envenenamento dele. Você poderia ter explicado.

  7. Thiago Barba
    16 de maio de 2019

    Conta a história de Thomas, que foi preso por assassino devido ao seu passado, de um pai que batia e estuprava a mãe. Na morte da sua mãe, Thomas se transformou e virou este assassino. Seu pai foi a primeira vítima. Ao final, na cela, se depara com seu pai.
    Um história sem muitas surpresas, suspenses e de linguagem simples. O texto não me traz atrativos maiores como leitor, inclusive precisei ler uma segunda vez porque me dispersei facilmente no texto pela falta de interesse que me causou. Não é o pior texto entre estes lidos, mas não me trouxe atrativos para poder ser melhor. A história também parece ser uma trama de filme americano (como muitos contos desta etapa), não que isso seja um defeito, mas a mim, como leitor, me tira de um lugar que estou lendo algo que venha autenticamente do autor.

  8. Fabio Monteiro
    12 de maio de 2019

    O Homem de Preto (An Johann)

    Thomas parece ser um garoto torturado pelas memórias e acontecimentos ruins vividos na sua infância. Fora abusado e torturado pelo pai alcoólatra. Viu sua mãe desfalecer e morrer de maneira assustadora. Tudo aos doze anos. Aos dezoito ,no entanto, transformou-se em um ser de perversidade, pior que o próprio pai. Matou dezenas de pessoas e não se sabe se por hobby ou por puro prazer, ou, se foi pelas torturas mentais sofridas na infância. Foi julgado e condenado. Entrou em um mundo de escuridão onde confrontou o seu maior medo, seu pai. Acabou se tornando o homem que mais odiou em toda sua vida.

    Ponto forte: Narrativa bem estruturada. O início diferente contando algo que se revela mais a frente. De fato, todo mal tem suas causas, isso ficou bem claro com o desenvolvimento da história.

    Ponto fraco: Não vi nenhum.

    Comentários: Uma fotografia prendeu a atenção de Thomas e por mais que tentou não conseguiu desviar os olhos dela. (Por mais que tentasse não conseguia desviar os olhos dela). Creio que ficasse mais atraente desta forma.

  9. Paulo Cesar dos Santos
    7 de maio de 2019

    O Homem de Preto (An Johann)
    Esta trama conta a história de um personagem, que sofre com um pai alcoólatra e um dia decide acabar com o sofrimento da família, matando o pai.
    An Johann, criticas são opiniões que muitas vezes as pessoas não gostam de ler, pois não concordam com absurdos que as pessoas tecem s sua obra de arte. Contudo, “assim separamos os meninos dos lobos”, acho que você deveria se atentar a erros de escrita. e deveria ler mais contos, como vejo, eles são feitos de outra maneira, escute Rolando Boldrim, daquele modo, creio eu, você vai aprendendo e tendo em mente como este contista passa suas histórias, você deixaria este mesmo conto, muito mais gostoso de ler.
    Sucesso.

  10. neusafontolan
    7 de maio de 2019

    Um espírito do mal que mata outro espírito do mal
    Isso é novo
    parabéns

  11. José Leonardo
    5 de maio de 2019

    Olá, An Johann.

    SINOPSE:
    Thomas está detido na delegacia, algemado numa cadeira. Há um inquérito rolando. Os investigadores estão diante dele lendo alguns laudos. Ele é acusado de crimes numa taberna: colocara arsênico nos copos de bêbados brigões. Recordações do passado: tentativa de suicídio; abusos por parte do pai alcoólatra; a mãe, cuja morte enche Thomas de ira e vingança mortais. O primeiro encontro com o Homem de Preto. Submissão e substituição, para perpetuar a lenda.

    ANÁLISE:
    Ao final do conto, teria Thomas inventado para si próprio o seu “mentor” (como numa terceirização da culpa pelos homicídios) ou, de fato, houve essa figura sombria por trás de todas as mortes? A maioria dos leitores será levada a crer que Thomas perpetuará os trabalhos do Homem de Preto como se este mesmo o tivesse escolhido para isso e, portanto, exigisse dele um “batismo de sangue” (a cena final, onde o rosto do pai apareceu após baixado o capuz). Achei seu estilo interessante, embora o conto pareça um tanto apressado. Evidentemente, não podemos exigir grandes explicações nem extremas profundidades psicológicas num texto de até 2500 palavras, mas senti falta se saber um pouco mais sobre o Homem de Preto e o motivo pelo qual Thomas fora o escolhido. Ainda assim, ressalto que se o foco do conto estava sobretudo em Thomas, nos seus motivos e escolhas, ele está a contento.

    É interessante observar como a atitude do protagonista muda completamente a partir da morte da mãe, deixando a passividade para, enfim, tornar-se sujeito de ação (e isso, vale lembrar, ao extremo). Também ficou verossímil o psicológico do jovem Thomas, os abusos sofridos por ele e o sofrimento em consequência dos abusos sofridos pela mãe. Assustadoramente, era quase lógico que a reação do filho seria de maneira extremada.

    Desejo a você sucesso neste desafio.

  12. Leide Pereira
    4 de maio de 2019

    O conto começa impactante, o enredo é forte e bem escrito, mas o autor se perde em um final que não diz a que veio, com a morte do protagonista, o possível assassinato espiritual da personagem paterna que já havia sido merecidamente morta anteriormente. E ainda por cima há a sugestão de que Tomaz continuaria no pós morte o nevasto legado de seu pai. Um conto tão bom merecia um final mais coerente com a mensagem implícita nele.

  13. Sidney Muniz
    3 de maio de 2019

    Resumo: O Homem de Preto (An Johann)

    Esse conto fala da vida de Thomas, dos abusos que sua mãe sofrera do pai, e depois ele também, fala da imaturidade, da falta de coragem dele em fazer algo, seja certo ou errado, até para proteger sua mãe, não cedendo as chantagens do pai. Porém certo dia a mãe é morre, ele pega uma faca e mata o pai dele sobre a influência de um ser de capuz, o Homem de Preto, e assim ele é preso e no final descobre que o Homem de Preto é seu pai, ele enfim mata ele.

    Um conto bem confuso estruturalmente, bem desorganizado, isso foi o que mais deixou a desejar. A história tem reviravoltas em excesso, o norte está mais para o sul… Não curti!

    Avaliação:

    Terror: de 1 a 5 – Nota 3 (apelativo demais para estupro e violência, poderia ter usado, ter ido mais além, o homem de preto mal é apresentado)

    Gramática – de 1 a 5 – Nota 5 (Não encontrei nada que desabone)

    Narrativa – de 1 a 5 – Nota 2 ( Perdeu-me demais como leitor durante a leitura.)

    Enredo – de 1 a 5 – Nota 2 (Muitas idas e vindas desnecessárias, não curti desfecho e desenvolvimento.

    Personagens – de 1 a 5 – Nota 2 (Apenas Thomas aparece, mas ele não tem de fato uma personalidade definida, nem seu pai, tampouco sua mãe, e o Homem de Preto está mais no título que no conto.

    Título – de 1 a 5 – Nota 2 (Não gostei, talvez pela referência com MIB.

    Total: 16,0 pts de 30 pts

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Publicado às 1 de maio de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 2, Série C2 e marcado .
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