Houve um tempo em que o Teatro da Quimera apresentou as principais peças alternativas da capital paulista, recebendo estrelas e textos consagrados em seu palco giratório. Com o tempo, porém, sua fachada foi acumulando poeira e descaso tanto de público quanto da crítica. Tornou-se um fantasma de si mesmo. Mas um evento específico, quando estava prestes a iniciar uma nova temporada, manchou seu palco de sangue e mergulhou o edifício num misterioso massacre, deixando um último espetáculo inacabado ao teatro antes de fechar as portas.
*
Era noite quando Tereza Cristina caminhou para o centro do palco do antigo Teatro da Quimera, a fim de ensaiar suas falas da peça que iria estrear: Miss Bathory. Um único holofote sobre seu corpo, brilhando cada centímetro da sua roupa, um vestido de seda púrpura, e o grande elmo em sua cabeça, adornado de brilhantes. Sentia-se a própria Condessa Sangrenta ao citar suas falas. “Na fornalha da vida, forjo minha juventude eterna”. A última peça de Tereza Cristina, sua despedida dos palcos interpretando aquela que teria torturado e assassinado centenas de mulheres, banhando-se no sangue de virgens para manter a juventude, a famosa Elizabeth Bathory. E naquela noite o teatro era todo seu, reservado para um último ensaio intimista. O corpo, claro, não era o mesmo de quando tinha seus 20 anos e interpretou as musas de Nelson Rodrigues, ou quando chegou à casa dos 40 em papéis shakespearianos. O peso de 65 anos bem vividos fazia com que Tereza fosse a atriz ideal para interpretar os últimos anos de Bathory, até o momento de sua prisão e morte. A peça também era um desafio, já que a emergente atriz Erica Souza faria a versão jovem da Condessa, então ambas teriam que estar sincronizadas.
Aos fundos do palco giratório, seu fiel maquiador e capacho Cláudio a observava com esplendor. Nutria uma paixão platônica pela atriz, apaixonado por seus trabalhos, apesar das maneiras que Tereza possuía e como o tratava. Nesta mesma noite sua mãe completava anos e o convidou para um bolo, algo simples. Mas não pode ir, teve que se submeter aos caprichos da patroa, aos desejos de ensaiar sozinha, que dizia fazer parte do laboratório para a personagem. Todos sabiam, claro, que não passava de uma tentativa de emplacar algumas manchetes nos tabloides. A tão aguardada despedida de Tereza Cristina dos palcos, que já maquinava em sua mente um retorno para dois ou três anos, num discurso piegas de que não poderia ficar longe dos textos e da plateia.
Tereza posicionou a banheira cenográfica, feita especialmente para a peça, no centro do palco. No clímax da apresentação, entraria nela e mergulharia no sangue falso de uma virgem. E, como num truque de mágica, Erica surgiria em cena, saindo da mesma banheira, encharcada de sangue. O ato de transubstanciação de Elizabeth Bathory, a transformação e o rejuvenescimento do corpo através do sangue. A cena foi ensaiada à exaustão entre as duas, não poderia ter um erro de sincronia, o público não poderia notar o truque envolvendo a banheira, os dois compartimentos internos, onde uma atriz aguardaria a outra. “Cláudio, vamos… preciso tirar a maquiagem pra ensaiar a cena da banheira, você vai me ajudar”. Seu fiel escudeiro sempre a postos, olhou para a banheira uma última vez antes de ajudar Tereza a subir as escadas em direção ao camarim.
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Um grande espelho com lâmpadas em sua moldura, coberto com fotos de época antigas, de Tereza no auge e seu rosto ainda jovem, contrastava com a face refletida nele. Cláudio tirou o excesso de maquiagem da atriz, a cena exigiria maior naturalidade. O público não poderia notar a transição. “Você continua maravilhosa, Tez”. Ela observava seu próprio reflexo, as rugas que não conseguia disfarçar, e comparou-se ao maquiador. “Você que é puxa-saco. O tempo já não me é tão doce há anos. Olhe pra você, ainda no auge da idade, a pele firme, o corpo forte. Por sorte, Deus me deu talento. E talento, meu caro, é eterno!”. Tereza sabia que o maior sonho de Cláudio era tornar-se um grande ator como ela, mas não deixava escapar nenhuma oportunidade de criticá-lo e desencorajá-lo. Não queria vê-lo nos palcos, não poderia suportar a ideia de um empregado crescer e, quem sabe, ultrapassá-la. “Você é a melhor de todas, Tez! E um dia serei como você, meu professor disse outro dia que para ser um…”, percebendo que entraria no assunto que mais detestava, foi logo cortando o rapaz, da maneira como conseguia para mantê-lo distante dos sonhos, mas ainda próximo de si. “Deixe disso, já te falei! Você não possui a menor vocação para atuar. Eu percebo! Noto um grande talento de longe! Você é ótimo como maquiador e já faz, quanto tempo mesmo? Uns dez anos que é responsável por manter meu rosto intacto, praticamente?”.
Sem a maquiagem, Tereza fitou uma última vez o próprio reflexo. “Erica Souza… outra que não deveria ter frequentado esses cursinhos mequetrefes…”. O silêncio do teatro chegava a ser constrangedor e obsceno, como uma plateia morta. O som de cada movimento parecia dez vezes mais alto: o arrastar de cadeiras, o apagar das luzes, até mesmo a respiração dos dois preenchia todo o lugar. Os pensamentos de Cláudio, se fossem vistos e ouvidos, poderiam inundar o prédio. Ele se sentia um entulho com as tratativas de Tereza, dia após dia. Sentia que perdia tempo frequentando as aulas de atuação, que de fato não possuía talento algum, invisível aos olhos de todos e até mesmo sem identidade, rebaixado a “maquiador da Tereza Cristina”. Sem nome, sem história.
Ambos retornaram ao palco para ensaiar a cena da banheira. Tereza entrou primeiro. “Vou dizer minha fala aqui, você precisa estar deste outro lado, escondido, quando eu deitar e sumir, você precisa levantar e empurrar a válvula, para que eu fique deste outro lado”. Cláudio havia visto o truque inúmeras vezes. A válvula permitia que as atrizes trocassem de posição e, no decorrer da cena, quando Erica andasse pelo palco, a cenografia fosse retirada, junto da atriz mais velha.
“Minha pele, maculada pelo tempo…”, começou sua fala, simulando tomar um banho dentro da banheira, acariciando os braços. “Anseia pela vida e pelo gozo que o sangue me traz”. Cláudio estava a postos, deitado no outro compartimento, segurando a válvula. Sua mão tremia, estava nervoso e ansioso, para ele era como se estivesse de fato contracenando com a atriz. Click. O som agudo da porcelana partindo ecoou no silêncio do palco. “Não acredito que você quebrou a válvula!”, Tereza saiu da banheira e empurrou Cláudio para fora. “A peça é amanhã, seu idiota!” e como um animal feroz, acuou o funcionário. Sua despedida dos palcos era pra ser perfeita, icônica. Cláudio, por sua vez, acuado e protegendo o rosto dos tapas que vez e outra Tereza dava, escutava apenas as palavras que machucavam seus ouvidos: imbecil, inapto, babaca. E como qualquer animal acuado, também reagiu. A fim de parar as agressões, segurou com toda sua força o pedaço da válvula em suas mãos e atingiu Tereza Cristina, abrindo um rasgo em seu pescoço, fazendo jorrar um sangue escuro.
A banheira foi respingada de vermelho. Tereza apertou o ferimento com a mão, mas não aguentou e seu corpo cedeu, caindo no chão, morta. Cláudio tentou reanimá-la, sacudindo-a, mas foi em vão. Chorou por um instante, mas a adrenalina em sua mente sabia que o show precisava continuar. Levantou o corpo da mulher e colocou-o na banheira. “Vou terminar a cena por você, Tez. Eu prometo! E você vai ver, o público vai adorar!”. Cláudio subiu ao camarim e, num ecstasy de emoção, pranto e euforia, olhou seu reflexo no espelho e não reconheceu-se mais. Utilizou o talento como maquiador, que esculpiu o rosto de Tereza Cristina por tantos anos, e replicou em si mesmo. O batom, o blush, o contorno dos olhos, tudo. Trocou de roupa, vestiu o robe que a personagem usaria em cena. Seu semblante escureceu, como se a razão esvaísse do seu ser. O pequeno fio entre a realidade dos fatos com a interpretação do teatro havia sido rompido em sua mente.
No espelho viu suas mãos manchadas de vermelho e sentiu um amargor na boca. Passou a língua nos dentes e percebeu que algo não estava certo. Levou os dedos à boca e tirou um par de dentes que caiu, colocando-os lado a lado no balcão. O espelho não refletia sua imagem como antes. A boca, num meio sorriso, surgia como o fundo escuro de um poço. Era o momento de brilhar, não mais como o velho maquiador, mas como Cláudio… Cristina.
*
Cláudio entrou na banheira, competindo espaço com o corpo de Tereza, e molhou-se na pequena poça de sangue que formara. “Minha pele, maculada pelo tempo”, iniciou o ensaio, “anseia pela vida e pelo gozo que o sangue me traz”. Encharcou as mãos no sangue e passou-as no rosto, sorriu de prazer. O laboratório perfeito, a Condessa Sangrenta fluindo em suas veias, queimando a pele, fazendo bater de adrenalina o peito. Observou o corpo a sua frente e fincou os dedos no ferimento do pescoço, sentindo o sangue viscoso e a maciez da pele. “Como pode?”, pensou, “uma criatura tão ríspida por fora, mas tão delicada por dentro”. Tirou e levou-os a boca, sentindo o gosto de Tereza. Como tribos antigas, sentiu correr em seu corpo a energia da atriz. Queria poder tocá-la mais, sentir a pele junto à sua.
Mas o transe do encontro macabro foi quebrado por um bater de palmas vindo da plateia. Cláudio forçou a vista, não conseguia visualizar com distinção, mas havia alguém ali, sentado em meio às primeiras fileiras. Alguém que observava-o o tempo inteiro. Apertou os olhos, viu com nitidez a imagem de Tereza, satisfação estampada no rosto, batendo palmas. Ele olhou para a companheira na banheira e percebeu que ao seu lado estava, o tempo todo, a jovem Erica Souza, com o pescoço aberto como uma flor. O rapaz levantou de súbito, escorregando e caindo no chão do palco, quebrando o maxilar e deixando um rastro de sangue.
Tereza apertou um controle em sua mão e, num clique, o holofote pairou sobre o palco, iluminando o corpo dilacerado da jovem dentro da banheira, enquanto Cláudio tentava se arrastar pelo cenário vazio, com o vermelho do sangue contrastando com o branco de sua pele, emitindo gemidos de dor. Sentiu-se desnudo, envergonhado e cobrindo o sexo que o robe deixava a mostra. Tereza levantou e foi de encontro à cena, ajoelhando e segurando o corpo de Cláudio contra o seu, como uma pietà fúnebre. Ele, sobre o corpo de sua musa inspiradora, sentiu a ardência da lâmina no pescoço. E uma cascata escarlate banhou as coxas da mulher.
Uma vez mais o palco do Teatro da Quimera foi ativado, girando em sentido horário e mostrando a cena em 360º, a multidão de sombras projetadas na plateia pelo holofote observava o espetáculo. Faixas de tecido vermelho caíram do teto, simulando as lágrimas de Elizabeth Báthory, que chorou uma última vez antes da morte. Chafurdada no sangue de Cláudio Cristina, Tereza levantou e caminhou em direção à banheira, tocando o rosto daquela que seria ela mesma, num outro contexto. Agarrou com as mãos uma das faixas que despendia do teto e, conforme o tablado continuou a girar, Tereza entrelaçou-se com o corpo de Erica. Ambas numa só frequência, uma nova transubstanciação. O real e o ilusório. Toda a peça de Miss Bathory suicidou-se, contorcida pelas faixas que entrelaçaram a tudo, como alguém que molha e contorce um pano, deixando escorrer sangue por todo o palco.
Gostei muito de como a trama foi construída e de como, passo a passo, fez eu me ligar na história até o final, sempre ligando uma surpresa a outra. Parabéns pelo conto. Abraços!
RESUMO Tereza Cristina destrata seu capacho Cláudio com muita frequência e isso o deixa ressentido. A atriz pretende fazer sua última peça antes de sua aposentadoria, mas Cláudio quebra um mecanismo importante para a peça, é humilhado e reage violentamente, ocasionando na suposta morte de Tereza, que na verdade assistia da plateia.
CONSIDERAÇÕES Ao início, achei ser mais uma história clichê do malvado e seu capacho que em um momento acaba se voltando contra seu mestre através da ira ou ressentimento, porém, a história foi um pouco além disso e mostrou algo menos genérico. Entretanto, ainda que não fosse além, já seria um conto bom de ler, pois a escrita é habilidosa. Algumas observações quanto a trama precisam ser ditas: o momento em que houve a troca entre Erica e Tereza não ficou claro, fica mais nebuloso quando em seguida subentende-se que Cláudio conhece o rosto de Tereza muito bem, mas mesmo assim não notou que o corpo não era o dela. Arrisco a dizer que posso ter deixado alguns elementos passarem despercebidos, fazendo minhas ponderações serem equivocadas. Parabéns.
NOTA 4,2
Resumo
Atriz decrépita se prepara para apresentar sua última peça, porém “discute” com assistente obcecado por si e acaba acidentalmente morta por ele momentos antes de entrar em cena.
Aplicação do idioma
Bom domínio do idioma, com pequenos erros gramaticais, porém repleto de adjetivos e figuras de linguagem clássicos, desgastados.
Técnica
Estilo classicista, sem enlevos ou traços de personalidade, remontando a inúmeros autores da velha guarda. Nota, o nome da personagem é possivelmente a marca mais clara do referido arcaísmo.
Título
Arcaico, antecipa o arremate reduzindo o interesse pela leitura.
Introdução
Uma extensão do título, igualmente inadequado. Ademais, adiante o leitor se dá conta de que o conto não narra massacre algum e que o substantivo em si foi mal aplicado pelo autor.
Enredo
O enredo é bom, ainda que mal estruturado, mal desenvolvido, mal narrado, e assim, despido de complexidade.
Conflito
O conflito está implícito e multiplicado na relação entre a atriz e seu assistente, na ação do tempo sobre o teatro em si e como gênero artístico, na decrepitude… Porém o evento principal é basicamente um acidente, não há trama, e o que segue é consequência da loucura. Não há propriamente um grande conflito, no entanto isto não é necessariamente um pecado.
Ritmo
Não obstante o enredo favoreça enlevos narrativos, o ritmo é linear, como uma sinfonia bonita, porém mal regida.
Clímax
O clímax haveria de ser bom, porém desfavorecido pela narrativa.
Personagens
Personagens potencialmente muito bons, porém mal delineados. Diálogos diretos provavelmente ajudariam a caracterizá-los de forma mais eficiente.
Tempo
Apesar do conto ser citado como um evento passado e a narrativa propiciar, de forma relativamente competente, a “visualização” dos fatos como se acontecessem no presente, o tempo é praticamente ignorado. Os exatos minutos restantes para o início do espetáculo, poderiam, por exemplo, ser marcados, inserindo expectativa à leitura.
Espaço
O autor dispõe de um cenário emblemático, porém este é mal descrito e, como o tempo, quase ignorado. De fato, o texto todo é composto de atos, ponderações e reminiscências da atriz. Quase não há descrições físicas e espaciais.
Valor agregado
Há referências de valor ético e filosófico na relação entre atriz e assistente, na sua decrepidez e ausência de consideração para com outras pessoas, porém tudo isso é pouco explorado pelo autor.
Adequação ao Tema
Ainda que a capacidade da narrativa em horrorizar o leitor seja questionável, é, de certo, um conto de horror,
Oiiii. Um conto sobre um ensaio que terminou da forma mais sangrenta possível. Vemos que a antiga diva Tereza Cristina estava ensaiando sozinha, acompanhada somente pelo seu fiel maquiador Claúdio. Ela não era uma boa pessoa, sempre tentava jogar Claúdio para baixo por meio das palavras, para que ele não crescesse mais que ela nos palcos. O maquiador sempre seguia submisso até o momento em que depois de quebrar uma válvula ela o ataca em fúria e ele revidando acerta garganta dela a matando. Ele surta e se veste como a Tereza para fazer a cena que ela iria fazer e nesse momento que ele descobre que o corpo na banheira é de Erica uma atriz mais jovem e que Tereza está na platéia. Ficção e realidade se misturam. No final pelo que entendi morreu todo mundo. Achei a narrativa um pouco confusa em alguns pontos, como no momento em que o bater de palmas revela a Tereza viva e fiquei pensando em como o corpo da Erica apareceu se só tava os dois no teatro. Mas achei a história bem original e a ambientação foi muito boa. Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.
RESUMO O último ensaio de Tereza Cristina e o único de Cláudio Cristina.
CONSIDERAÇÕES Ao início, achei ser mais uma história clichê do malvado e seu capacho que em um momento acaba se voltando contra seu mestre através da ira ou ressentimento, porém, a história foi um pouco além disso e mostrou algo menos genérico. Entretanto, ainda que não fosse além, já seria um conto bom de ler, pois a escrita é habilidosa. Algumas observações quanto a trama precisam ser ditas: o momento em que houve a troca entre Erica e Tereza não ficou claro, fica mais nebuloso quando em seguida subentende-se que Cláudio conhece o rosto de Tereza muito bem, mas mesmo assim não notou que o corpo não era o dela. Arrisco a dizer que posso ter deixado alguns elementos passarem despercebidos, fazendo minhas ponderações serem equivocadas. Parabéns.
NOTA 4,2
Tereza Cristina, uma atriz pronta para seu ultimo espetáculo nos palcos,com um peça digna de uma despedida marcante. Miss Bathory, em uma clara referência a lenda de Vlad (o homem que inspirou o clássico Drácula), prometia ser uma peça que levaria a atriz ser lembrada por seu papel. O que Tereza possuía de talento,lhe faltava em personalidade, se considerando a maioral não suporta a ideia que alguém tenha sucesso nos palcos além dela. Cláudio, seu maquiador,e maior admirador, sonha em segui carreira de ator, mas sendo sempre criticado pela mesma.Nem mesmo Erica Souza, com quem iria contracenar,caiu em suas graças. A tensão começa ao tentar ensaiar a cena principal e um acidente acontecer, esse que causa uma fúria em Cris,sendo seguida por uma briga, então uma tragedia, a morte da atriz, causada por seu maquiador. Ele então decide se colocar no lugar da agora falecida, com sua habilidade em maquiagem encorpora a condessa, mas ao decorrer percebe-se que na realidade o corpo sem era de Erica. Ao olhar para a plateia lá estava Tereza em toda sua gloria.
Um enredo envolvente, consigo acompanhar uma boa escrita. É possível sentir a tensão a cada cena ocorrida, a gente anseia o desfecho do conto. Fez um bom trabalho, mas é um conto mediano.
O Fim de Miss Bathory (Sam)
Resumo:Uma estrela de teatro em decadência ensaia sua última peça, onde trocará de lugar com uma atriz mais jovem que fará sua versão revitalizada. Depois de uma briga com seu maquiador, ele acabou golpeando-a e matando-a, então ele vai e se veste e se maqueia como se fosse ela para terminar o ensaio. Em determinado momento ele percebe que a suposta morta está aplaudindo o ensaio e vê que quem morreu foi a atriz jovem. No final a atriz idosa mata o maquiador e se suicida.
Olá, Autor(a), o terror no seu conto ficou bem fraco, eu gosto disso… Eu não consegui entender como o maquiador matou a outra e não ela na briga, não encontrei uma lógica, mas tirando esse “pequeno” detalhe, o conto é bem escrito, inteligente, causa um pequeno suspense e um mal estar nas cenas do sangue. Bem, é isso! Parabéns, desejo boa sorte!
Uma atriz que tem uma longa carreira nos palcos ensaia uma cena envolvendo um truque em uma banheira, onde ela trocará de lugar com outra atriz. O maquiador tem sonhos de ser ator e é maltratado pela artista que não suportaria vê-lo ser melhor que ela.
Então após maquiá-la ele a ajuda a encenar o trecho da peça, mas no processo quebra um objeto importante. Isso enfurece a mulher que o insulta e ofende, em um ímpeto de ódio ele atira o objeto que fere a atriz mortalmente.
Em um acesso de loucura ele se maquia como ela, repete a cena da peça e descobrimos que na verdade a atriz de verdade estava viva e ele matou a outra atriz que interpretaria a personagem mais jovem.
No final a atriz mais velha mata o maquiador e se mata também.
Muito original e interessante o tema envolvendo teatro, peças, atrizes e seus papéis. Bem detalhada a maneira como são apresentadas as personagens, mas quando a história prossegue mostrando os pensamentos da Teresa para com o maquiador, já não gostei dela. Desencorajando o moço e tendo inveja da atriz que ia contracenar com ela na cena final da peça.
Vemos os dois lados da moeda, ele admira a atriz e quer ser como ela, porém se sente mau pela forma que ela o trata, mas ele ainda está lá ao lado dela.
A cena da morte da Teresa foi bem rápida e surpreendente, realmente parece que ele fez aquilo sem pensar, não calculou como poderia dar errado e nesse ponto fiquei me perguntando como ele faria para se safar do crime inesperado.
No trecho em que uma pessoa na plateia aplaude e ele percebe que matou Érica e não Teresa fiquei muito surpresa! E antes desse ponto, quando ele interpretava a cena com a loucura tomando conta dos pensamentos, esse trecho ficou fantástico, bem assustador.
No fim das contas o teatro não estava vazio? Pensei que a Teresa teria feito Cláudio matar Érica e ela ia fugir, mas no fim ela se matou também?
Eu não esperava por esse desfecho, história realmente incrível! Parabéns! Sei que meu comentário tem muitos trechos citados da história, mas realmente achei todos esses pontos dignos de atenção.
Um ótimo conto de terror!
Achei um bom enredo, ilusão e realidade no palco de um teatro. Me pareceu que todos os personagens naquele teatro sofriam de algum mal psíquico. Um bom conto, mas com algumas falhas. Não li o conto para procurar erros, é claro. Mas os encontrei e não posso deixar de mencionar, pois me deixaram em dúvida, serão erros, mesmo? Por exemplo na frase; “ Claudio subiu ao camarim e num ecstasy de emoção, pranto e euforia…” Ecstasy é o nome de uma substancia química e por isso não consegui entender a relação da droga com o sentido da frase. A não ser que a palavra seria êxtase, que dá mais coerência à frase.
Outra dúvida é a frase; “Como tribos antigas, sentiu correr em seu corpo a energia da atriz”. O que a tribo tem a ver com a energia da atriz? Faltou uma explicação aqui. Apesar disso, o conto é ótimo e merece um aperfeiçoamento.
Tudo acontece no antigo teatro Quimera. A famosa Diva Tereza Cristina iria estrear: Miss Bathory. Interpretaria aquela que teria torturado e assassinado centenas de mulheres, banhando-se no sangue de virgens para manter a juventude. Tereza faria a versão dos últimos anos de Bathory e uma atriz emergente: Erica Souza faria a versão jovem da Condessa.
Tereza decide fazer um último e solitário ensaio, trouxe ao teatro apenas Cláudio, o seu maquiador e capacho. Quando repetem a cena em que a velha condessa deveria mergulhar numa banheira de sangue cenográfico e numa sincronia ensaiada a exaustão apareceria sua versão jovem, acontece um incidente, Cláudio, encarregado de ajudá-la quebra uma válvula e tomada por uma fúria insana a veterana atriz começa a agredí-lo e ofendê-lo, numa reação natural o rapaz se defende e o resultado é um rasgo no pescoço da atriz, fazendo jorrar um sangue escuro. Inesperadamente, Claudio vislumbra que é o seu o momento de brilhar, não mais como o velho maquiador, mas como Cláudio… Cristina. Cláudio entra na banheira, e dá as falas e em troca recebe os aplausos vindo da plateia. Era Tereza, na banheira a morta era a jovem Erica Souza. Assustado e confuso o rapaz levanta-se, escorrega e cai. A atriz sobe ao palco e numa cena rodriguiana, passa-lhe a lâmina no pescoço, mas não pode comemorar porque o palco giratório a entrelaça junto com o corpo de Erica e ambas se unem numa só frequência no palco coberto de sangue.
Considerações: Não sei se de propósito, mas o (a) autor (a), parece querer construir uma narrativa teatral – lembra os folhetins do começo do século passado. A história traz o exagero das “prima donas” e algumas atitudes, eu considerei um pouco “forçadas”.
Uma atriz se prepara para sua última encenação.
Quando eu li massacre logo na introdução, já imaginei que envolveria a plateia, tipo um *grande massacre*.
Achei a história um tanto louca e não consegui identificar o momento de transição entre a lucidez e loucura de Cláudio. Voltei no texto algumas vezes e não achei onde que começou a confusão, em que momento que foi Tereza, em que momento começou Erica. Aí acabei ficando muito na dúvida sobre o que realmente aconteceu, se ele imaginou tudo desde o começo, se imaginou o final, sei lá.
De qualquer maneira achei a resolução ótima, a Tereza foi bem construída, consegui sentir a crueldade nos comentários dela, até a energia sinistra que esse tipo de pessoa emana ficou presente no texto. O Cláudio também não fica pra menos.
Olá, Sam, boa sorte no desafio. Eis minhas impressões sobre seu conto.
Resumo: Uma estrela do teatro se prepara para sua despedida dos palcos em grande estilo, para isso ensaia com muito entusiasmo na véspera, sempre acompanhada de seu maquiador e capacho de longa data. O qual também sonhava em ser um grande ator, tendo-a como musa inspiradora, porém um incidente leva-o a golpeá-la com um instrumento da cena, matando-a. E assim assume seu tão desejado momento de estrela, assumindo o papel da cultuada dama, mas um truque teatral desvenda que, em verdade, quem morreu foi a substituta da estrela.
Gramática: Uma escrita muito bem construída, sem erros aparente.
Tema/Enredo: Um conto que trata o terror com um contexto de fantasia, ao intercalar o real com encenação teatral. Um enredo bem engendrado, entretanto com muita imagem fantasiosa, onde o terror e a fantasia se confundem, tornando difícil uma clareza naquilo que deveria, ser de fato, um terror. A ideia do argumento é realmente muito boa, mas talvez com outro enfoque, não como terror propriamente
Bom diaaa, tudo bem?
Resumo: atriz prepara-se para sua última peça, e, num momento de loucura, mistura realidade e ficção e protagoniza um massacre no palco, assassinando a atriz mais jovem de quem sente inveja e o maquiador que despreza.
Comentário:
O conto aborda um tema legal, que é a loucura e a incapacidade de discernir ficção e realidade. Retratando uma atriz que protagoniza uma personagem parecida com ela mesma, o desfecho do enredo não chega a surpreender. Isso não é uma crítica, apenas uma constatação. Pelo prólogo, e pela personalidade de Tereza, dava pra imaginar que ela fosse protagonizar algo mais real que a peça.
O enredo foi bem construído. É interessante acompanhar as amarguras da protagonista, construindo a condição para que ela praticasse os atos.
Por outro lado, devo dizer que existe algo que me incomodou, no enredo. Em determinado momento, é dito que Tereza planejava se aposentar após essa apresentação, apenas para retornar 3 anos depois. Porém, do nada, ela realiza um massacre que pareceu, de certa forma, planejado. Tudo bem, concordo que ela parece ter perdido a razão em algum momento, mas a forma como tudo é contado dá a entender que foi um ato planejado.
Acho que ficou meio contraditória essa ideia. Se ela pretendia se aposentar e voltar futuramente, pq planejou assassinatos e o próprio suicídio?
Enfim, me pareceu um erro de enredo que achei importante apontar.
Por outro lado, gostei bastante do desfecho, contracenando realidade e ficção. Fiquei com a sensação de que foi o último ato dela, um ato derradeiro em que ela planejou deixar seu nome para a história. Acho que isso teria tido um impacto ainda maior se o assassinato acontecesse ao vivo, no dia da estréia, e não na véspera. Imaginei ela cometendo tudo aquilo sob uma ovação da plateia, que não perceberia se tratar de algo real. Acho que seria bem impactante e marcante.
Obviamente não to querendo mudar sua história, e sim dizendo algo que passou pela minha cabeça. De qualquer forma, é um fim bem bom, ainda que não surpreendente (ah, acabei de lembrar que na verdade eu fiquei na dúvida se seria ela, ou o maquiador, que protagonizaria o massacre descrito no prólogo, então existiu um certo suspense, sim).
Enfim, um bom conto. Parabéns e boa sorte!
Resumo: O Fim de Miss Bathory (Sam)
O conto fala da história de um estudante de teatro que é fã de uma atriz, mais especificamente da atriz que ele faz maquiagem. Porém durante todo o texto ela joga ele para baixo, desvaloriza seu trabalho ou seu talento, um conto um pouco cansativo, por mais que bem escrito, seus parágrafos longos não me atraíram o bastante, principalmente pela narrativa carregada demais de nomes e algumas referências desnecessárias. Ao final o personagem se vê em uma cena inusitada, quando pensava que a atriz estava morta, há outra em seu lugar e ela o aplaude da plateia.
Avaliação: (Para os contos da Série A-B não considerarei o título, as notas serão divididas por 5 para encontrarmos a média. Porém teremos uma ordem de peso para avaliação caso tenha empates… Categoria/ Enredo / Narrativa / Personagens / Gramática.
Terror/ Infanto Juvenil: de 1 a 5 – Terror: Nota 1,5 Infanto Juvenil Nota: 1,0 (Não é bem um conto de terror, ou talvez seja, mas é leve o bastante para ser mais engraçado que aterrorizante apesar de algumas mortes e cenas emblemáticas.)
Gramática – de 1 a 5 – Nota 5 (Sem erros)
Narrativa – de 1 a 5 – Nota 2,5 (Achei maçante!)
Enredo – de 1 a 5 – Nota 3 (Nada muito atrativo, talvez prejudicado pela narrativa)
Personagens – de 1 a 5 – Nota 4)
Total: 17,0 / 5 = 3,4
A história de uma atriz que se despede do palco interpretando Elisabeth Bathory. Durante o ensaio final, há uma briga com o maquiador que termina em muito sangue.
Gostei bastante das imagens construídas, assim como a comparação metafórica entre Bathory e Tereza (ambas velhas tentando rejuvenescer a partir do sangue de jovens). O que me incomodou, no entanto, foi o final. Qual a explicação para ser Erica e não Tereza que Claudio matou? Durante a descrição da cena não há qualquer explicação para tal reviravolta. Isso, infelizmente, afetou o impacto final do conto.
Tereza Cristina é uma atriz consagrada, em fim de carreira que se prepara para a última peça: Miss Bathory. Seu maquiador Cláudio, quer ser ator mas Tereza o desincentiva o tempo todo, então num ataque de fúria, mata a atriz em um ensaio e toma o seu lugar até que ela reaparece e ela promove um banho de sangue catártico com a outra atriz da peça e com a platéia.
Personagens muito bem construídos, cheios de sentimentos conflitantes e uma história em que coisas relevantes acontecem o tempo todo. Tem suspense na medida certa enfim, um ótimo conto!
RESUMO:
Tereza Cristina, atriz veterana, despede-se dos palcos interpretando Elizabeth Bathory, personagem que teria torturado e assassinado mulheres para se banhar no sangue das virgens para manter a juventude. A atriz, com seus 65 anos, interpreta os últimos anos de Miss Bathory, enquanto a emergente atriz Erica Souza faria a versão jovem da Condessa. Em uma cena, na banheira de sangue, ambas teriam que estar sincronizadas para dar a ideia da transformação da personagem. O maquiador Cláudio nutre uma paixão platônica por Thereza Cristina, apesar da atriz o tratar como capacho. Em uma discussão por causa de um erro de Cláudio, Thereza Cristina acaba sendo ferida e morre. O corpo fica dentro da banheiro e o maquiador se transveste da personagem, quando percebe que a sua adorada estrela está na plateia aplaudindo sua performance. Então, nota que o corpo na banheira é de Erica Souza, corre e acaba quebrando o maxilar. Thereza Cristina se levanta e faz sua cena final, entrelaçando-se ao cadáver e culminando no suicídio da cena.
AVALIAÇÃO:
Conto de terror teatral, personagens que transitam no palco e apesar de tão diferentes acabam se tornando um só: a Condessa Sangrenta. Muito sangue, uma banheira cheia dele, dão a esse conto um tom específico de terror.
A narrativa segue o ritmo de uma peça teatral, com algumas passagens que também lembram tomadas cinematográficas.
Não percebi falhas de revisão. Não entendi muito bem o uso de ectasy no lugar de êxtase – alguma menção à droga?
A leitura segue fluida e natural até a parte em que Cláudio vê Thereza Cristina na plateia. Aí, fiquei em dúvida se era tudo uma fantasia do maquiador e que ele estava delirando, pois havia matado a atriz veterana e não a novata. Mas tudo pode ser interpretado como um grande truque de cena e assim terminar em grande momento teatral.
Boa sorte no desafio!
A atriz Tereza Cristina ensaia suas falas no papel de Condessa Sangrenta na peça Miss Barthory a estrear no Teatro Quimera. Trata-se da última peça da atriz sexagenária, sua despedida dos palcos. Tereza Cristina tem um fiel maquiador, Claudio, a quem ela se compraz em humilhar, que a auxilia durante o ensaio. Após um incidente com um artefato no palco, Tereza agride o maquiador que ao se defender fere mortalmente a atriz e passa a se comportar como se tivesse enlouquecido.
O conto foge das temáticas comuns das histórias de horror e encena um drama de terror que mistura humilhação, inveja, ressentimento e vaidade, sentimentos comuns no ambiente teatral onde se passa a história. A atmosfera fez lembrar o filme Cisne Negro: a tensão psicológica, disputas, o conflito entre a artista velha x artista jovem. As cenas sanguinolentas ficaram bem impactantes.
Um bom conto, cujo destaque está sobretudo na originalidade do tema.
Parabéns pelo trabalho e sucesso no desafio!
Um abraço.
Resumo
A atriz consagrada Tereza Cristina faria sua última apresentação no antigo teatro Quimera, interpretando Elizabeth Bathory. Seria sua despedida momentânea dos palcos. Claudio, seu maquiador e braço direito, nutria uma paixão platônica por ela e fazia tudo o que ela mandava, apesar de ser tratado por Tereza de maneira abusiva e grosseira. Um dia, Tereza foi ensaiar no palco ainda vazio e levou Claudio para maquiá-la e ajudá-la. Uma das cenas consistia na transformação da senhora Bathory em sua versão mais jovem, quando a atriz se banharia em sangue e rejuvenesceria. No ensaio, Claudio faria o papel da Bathory jovem e seria responsável por acionar a válvula da banheira que substituiria as duas atrizes no palco sem a percepção do público. Claudio acaba quebrando a válvula e enfurecendo Tereza, que o ataca e acaba sendo morta por ele. Claudio vai ao camarim, se transforma na personagem principal e volta ao palco para se banhar no sangue da ex-patroa. Do palco, ele ouve aplausos de Tereza e percebe que quem estava morta era a atriz que interpretava a miss Bathory jovem. Tereza sobe ao palco e mata Claudio, finalizando o espetáculo com muito sangue.
Comentário
Gostei bastante do texto, fluiu bem e está bem escrito. Parabéns.
Fui surpreendida pela aparição de Tereza na plateia, o que me agrada, já que adoro ser surpreendida, mas acho que faltaram elementos que gerassem essa dúvida durante o conto ou que a justificassem de forma coerente quando houvesse essa revelação. Ficou parecendo algo como mágica. Mas ok,fica para a imaginação do leitor. É só minha opinião.
A cena da morte da Tereza me pareceu muito apressada: “A banheira foi respingada de vermelho. Tereza apertou o ferimento com a mão, mas não aguentou e seu corpo cedeu, caindo no chão, morta.”
A parte dos dentes me incomoda porque não fez sentido para mim. Como e porque ele perdeu os dentes?: “Levou os dedos à boca e tirou um par de dentes que caiu”
Esta frase também ficou confusa: Toda a peça de Miss Bathory suicidou-se,
contorce um pano (não seria torcer?)
foi de encontro à cena (não acho o termo ir de encontro tenha sido uma boa escolha)
Sinopse: O Teatro da Quimera é uma famosa casa de espetáculos paulista. Ao longo do tempo, o teatro que deveria ser um lugar de fomento a cultura e fruição artística se torna um lugar desolador, com memórias escritas em sangue. Tereza Cristina é uma velha atriz que deseja sair dos palcos em grande estilo. Contando com a ajuda de seu maquiador e neófito na arte da interpretação, Cláudio, ela deseja continuar com a fama de grande atriz, embora se sinta ameaçada pela jovem atriz que estrelará Miss Bathory junto com ela. Um dia antes da apresentação, o clima sangrento da peça toma conta dessas três pessoas e o limite da atuação e realidade se confundem.
Comentário: Esse é um conto para ninguém botar defeito! Muito bem escrito e narrado. Realmente ouvi falar de uma peça shakespeariana em que ao final dela, todos morrem. O que parece ter inspirado nosso escritor. Só achei que as citações para se distinguir dos diálogos deveriam ter dois pontos antes das aspas.
A Árvore que Divide o Mundo – NOTA: 1,0
Amarga Travessia – NOTA: 5,0
Aquilo – NOTA: 4,5
Capitão Ventania – NOTA: 4,0
Demasiado Humano – NOTA: 4,5
Lobo Mau, A Garota da Capa Vermelha e os 3 Malvados – NOTA: 1,9
Magnum Opus – NOTA: 4,0
O Fim de Miss Bathory – NOTA: 5,0
O Jardim da Infância – NOTA: 5,0
O Ônibus, a Estrada e o Menino – NOTA: 3,5
O Parque – NOTA: 1,0
Penumbra – NOTA: 1,5
Prisão de Carne – NOTA: 3,5
Rato Rei – NOTA: 3,0
Seus olhos – NOTA: 4,0
Troca-troca Estelar – NOTA: 5,0
Variante Amarela – NOTA: 1,0
Vim, Vi e Perdi – NOTA: 1,0
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Melhor técnica: Aquilo
Conto mais criativo: Amarga Travessia
Conto mais impactante: O Jardim da Infância
Melhor conto: Troca-Troca Estelar
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O conto narra o ensaio para a encenação de uma peça em que Elizabeth Bathory (que entrou para a História por uma suposta série de crimes hediondos e cruéis, vinculados à obsessão pela beleza) seria rejuvenescida depois de um banho no sangue de uma virgem: um truque e duas atrizes (moça e velha seriam trocadas na cena). O maquiador, fiel vassalo da velha atriz, sente inveja dela e acreditava que havia prejudicado uma possível carreira, dele, como ator. A mais idosa também sente ciúmes da jovem. Neste ensaio, a atriz o agride por causa de um incidente e ele acaba revidando e a ferindo mortalmente. Ele transveste-se com a figura de quem tanto admirava e odiava, encena tudo com perfeição e recebe os aplausos da velha atriz, que estava no palco. Assim ele percebe, sem entender como, matara a jovem atriz. É morto pela velha, que também se mata.
A narrativa traz um gostinho de clássico: a encenação de uma peça com personagem histórico e criminosa, que gera mais mortandade, motivada pela inveja. Não é trama nova, mas está desenvolvida com habilidade, com segurança, que alimenta o suspense e o interesse do leitor. Achei uma certa previsibilidade do final, quando o maquiador é apresentado e alguns trechos meio atropelados e confusos mais para o epílogo do texto.
Resumindo: conto bom, identificável, reflexivo, bem escrito, porém sem maiores novidades.
Parabéns pelo trabalho e boa sorte. Um abraço! 👍
Que tragédia!
Coitado do Cláudio, entrou nessa de tonto.
Bom conto.
Sam, paz e bem.
O conto fala sobre uma atriz que interpreta uma peça sangrenta para o que se chamaria de último ensaio. Era sua despedida dos palcos e interpretou com tanta dedicação que sentiu na alma a condessa sangrenta banhando-se no sangue de suas vítimas para ter beleza e juventude.
O maquiador sentia um amor platônico e era maltratado pela atriz.
A protagonista de sessenta e cinco anos ensaiou várias vezes com a atriz coadjuvante de vinte anos que se transformaria numa versão mais jovem da atriz e ia entrar na banheira banhada com tinta vermelha instalada no palco.
Depois o maquiador entrou na peça como protagonista, entrou na banheira com a atriz ensanguentada e em uma espécie de transe observou a atriz principal sentada batendo palmas na plateia e notou que quem estava ao seu lado na banheira com uma flor era a coadjuvante e não a atriz principal. E ela sentada na plateia apertou um controle que iluminou o palco mostrando a monstruosidade do maquiador.
Não achei nenhum erro, o conto é interessante e bem desenvolvido. A leitura flui bem e não é maçante.
Boa sorte.