EntreContos

Detox Literário.

Lobo Mau, A Garota da Capa Vermelha e os 3 Malvados (Antonio Stegues Batista)

O LOBO MAU

A primeira foi a madrasta. Mulher insensível e má. Implicante, batia nele por qualquer motivo. O pai não se importava, parecia que não era filho dele. Quando o pai morreu de cirrose, a convivência com a madrasta se tornou insuportável. Um dia voltava do colégio quando começou a chover. As roupas molhadas foram motivo para ela dar uns tapas na cabeça dele. Movido pela mágoa, pelo ódio, ele a empurrou. Aproveitou a oportunidade, a ocasião de estarem no topo da escada, uma escada com 12 degraus. Ela rolou como um boneco de pano. Ficou lá embaixo imóvel, com o pescoço retorcido. Contou para os vizinhos que chegou em casa do colégio e a encontrou assim. As circunstancias da morte da madrasta foi considerada um acidente doméstico. Ninguém desconfiou daquele menino de 11 anos. A vida no orfanato também não foi fácil, saiu de lá com algumas escoriações tanto no corpo quanto no espírito.

A segunda foi a primeira namorada. Jandira riu quando ele não conseguiu transar com ela. Como era a primeira vez, ficou nervoso e teve uma ejaculação precoce antes mesmo de penetra-la. Jandira foi incompreensível, insensível. O deboche, o riso dela foi o gatilho para disparar a fúria dele. Atirou-se sobre a garota, colocou as mãos ao redor do pescoço e apertou. Continuou apertando até que ela permaneceu inerte, de olhos opacos, sem vida. Naquele instante teve uma ereção e dessa vez conseguiu possui-la.

Não teve remorso pela morte da garota, pois achava que foi um ato justo. A partir dali, passou a matar, não só por que sentia raiva de toda mulher, mas também era algo que lhe dava satisfação, prazer. No fundo, acreditava que todas as mulheres eram iguais a Jandira.

Não escolhia suas vítimas.  Não seguia nenhum padrão. Era meticuloso, cuidadoso. A polícia estava atônita com a trilha de cadáveres que ele deixava pelas ruas e estradas. Sem pistas, não tinham a mínima ideia de quem era o serial Kíller.

Ele era um predador, um lobo solitário. Sem amigos, sem parentes. Não tinha hora, não tinha dia para matar. Às vezes passava dias ou meses, mas sempre chegava aquela vontade irresistível. Com seu caminhão, Ford Cargo, fazia fretes entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Dava carona apenas para mulheres, somente para as que andavam sozinhas. Rodava alguns quilômetros e depois as matava.

******

A GAROTA DA CAPA VERMELHA

Um dia qualquer do ano de 1990…

Estava voltando do Rio, depois de entregar uma carga, quando viu um vulto vermelho se destacar entre a névoa cinzenta da manhã. Uma mulher, usando capa vermelha sobre um conjunto de saia e blusa cor-de-vinho, fazia sinais com o polegar direito. Aparentava ter entre 25 e 30 anos de idade. Ele parou o veículo e ela perguntou;

– Vai passar em Celestina Muriel?

– Vou – respondeu, sem mesmo saber onde ficava tal lugar. Ela abriu a porta, entrou, e sentando-se, empurrou o capuz para trás.

– Um desgraçado me deixou na beira da estrada. Não cumpriu com o combinado. Você é legal, não é? Tem cara de ser uma boa pessoa.

– Não se preocupe, sou um cara legal, sim. Como se chama?

– Simone Grim.

– O meu é Osvaldo Wolf, mas todo mundo me chama de Valdo.  

Simone ficou calada, voltando a atenção para a estrada, imersa em pensamentos. Ele imaginou que ela era garota de programa. Mesmo que fosse uma freira, iria matá-la. Só precisava encontrar um lugar apropriado, deserto, e fora das vistas de quem passasse na rodovia.      

Mas o Destino atrapalhou seus planos.

Estava descendo um declive quando um dos pneus dianteiros estourou. Ele não conseguiu controlar o veículo. O carro deu uma guinada para o lado, saiu da estrada e mesmo com os freios acionados, desceu por um barranco andou alguns metros, bateu numa pedra e acabou capotando no meio do mato.

******

Quando recuperou os sentidos, Valdo sentiu dor nos olhos, no ombro e na perna direita, na altura do joelho. Percebeu que estava com uma faixa de pano tapando os olhos. Tirou a venda, mas os olhos ardiam, não conseguiu mantê-los abertos.  A voz de Simone soou ao lado dele.

– Coloque a bandagem.

– O que aconteceu?

– Não se lembra? O caminhão capotou. Caiu gasolina no teu rosto. Tivemos muita sorte, o caminhão poderia ter pegado fogo. Ainda bem que não quebramos nenhum osso. Eu pelo menos me sinto inteira. E você? Alguma dor?

– Nos olhos é pior. Mas acho que não quebrou nada, não.

– Tem um córrego aqui perto. Peguei um pouco de água para lavar teu rosto.  Vai arder por algum tempo, mas vai passar.

– Como você sabe? É enfermeira? Vou ficar cego?

– Vai nada! Você estava inconsciente, com os olhos fechados. Não deve ter afetado muito.

– Onde estamos?

– Na mata.

– E o meu caminhão?

– Quebrado.

– Que merda! Peça ajuda, faz alguma coisa!

Simone respondeu num tom irritado.

– Puta que pariu! Não sei para que lado está a estrada! Estou tentando me orientar. Tem muito mato.

Ele ficou calado. Não se sentia confortável dependendo de uma mulher. Ainda há pouco estava com intensão de acabar com a vida dela e agora a situação mudou. Resolveu relaxar.

– Você é casada? Tem filhos?

Gostava de fingir simpatia pela vítima. Imaginou que alguém poderia estar esperando por ela em casa, não que se importasse com isso. Por ter tido uma infância e adolescência perturbada, um pai insuportável, o conceito de lar e família, era desconhecido.

– Sou desquitada.

– Você é garota de programa, não é?

– Não te interessa. Vamos deixar de conversa mole e sair daqui. Coloque a mão no meu ombro

Ele não insistiu na conversa, fez o que ela mandou e deixou-se levar. Caminhou lentamente, quase arrastando os pés no chão. Simone o guiava através da mata. Estava dependendo dela e para sua surpresa, isso não o incomodava mais.

Simone tentou encontrar a estrada, mas depois de algum tempo, chegando a um bosque de coníferas, considerou que estava perdida. Estava perdida e isso a incomodava. Sentia-se impotente, frustrada por não conseguir resolver aquela situação.

– Vamos descansar um pouco.

Ele sentou no chão. Cabeça inclinada, ouvidos atentos. O silêncio incomodou.

– Ei! Você está aí?

Ouviu passos se aproximando.

– Tem uma cabana lá adiante. Pode ser que tenha um telefone pra gente chamar um taxi. – Simone o ajudou a levantar-se.

Retornaram à marcha. Ela seguiu por uma antiga trilha entre as arvores. Um caminho margeado por musgo e raízes retorcidas. O cheiro do humo impregnava o ar.

Valdo a seguiu, com a mão apoiada em seu ombro. De repente sentiu que a mulher tinha se afastado. Ouvindo o grito dela, num gesto brusco, arrancou a venda e abriu os olhos. Embora ardendo e com a vista embaçada, viu um homem troncudo, robusto. Não conseguia enxergar com perfeição as feições dele, mas percebeu que ele segurava Simone por um braço.

– O que está acontecendo aí?

Viu a mulher cair e logo em seguida, algo veio de encontro à sua cabeça. Não conseguiu distinguir se era um tijolo, ou o punho do sujeito. Tudo escureceu.

******

OS 3 MALVADOS

Ao acordar, esfregou os olhos e piscou diversas vezes até clarear a visão. A visão estava melhor. Surpreendeu-se ao descobrir que estava num buraco. Um poço, felizmente seco, de uns 5 metros de profundidade. Havia um cheiro nauseabundo naquele lugar. O mau cheiro vinha dos restos mortais de alguém que havia sido jogado ali, já fazia algum tempo. Pelos cabelos compridos, ainda grudados no crâneo descarnado, o cadáver seria o de uma mulher. Sobre os ossos só restavam cartilagens e pele seca. Imaginou que ficaria daquele jeito se não saísse dali. Mas como escalar uma parede de terra de cinco metros de altura?

Ficou sentado na lama, imaginando que o homem estupraria Simone, a mataria e jogaria o corpo dela ali dentro. Ficou recostado na parede. Olhando para cima, viu o céu cinzento, a claridade do dia diminuía rapidamente, logo seria noite. Aquele sentimento de derrota deu lugar à raiva. Com um impulso selvagem, característico de sua personalidade, arrancou uma costela do esqueleto. Com o osso, começou a cavar buracos na parede do poço, onde pudesse se apoiar para subir. Caiu uma vez, mas ao encontrar algumas raízes, conseguiu segurar-se com mais firmeza.

Quando saiu do fosso, ficou sentado no chão, respirando com alivio o ar puro. Esperou normalizar a respiração e recuperar as forças. Anoitecia e na cabana luzes foram acesas. O silêncio era interrompido apenas pelo cricrilar dos grilos na mata. Sentindo-se melhor, Valdo ergueu-se. Viu duas motos estacionadas no pátio. Decidiu fugir numa delas, mas, antes, resolveu olhar por uma fresta o interior da cabana. A janela não estava trancada, bastou empurrar alguns centímetros para poder olhar para dentro. Com uma bola de pano enfiado na boca, Simone jazia nua sobre uma cama de ferro, com as pernas e braços amarrados à cabeceira e pés da cama.

Valdo imaginou que ela devia estar acostumada àquilo, quando consentia em satisfazer as fantasias sexuais de seus clientes. Porém, a situação era diferente. Era real, grave e imprevisível. Ela o viu na janela e sem poder falar, apenas arregalou os olhos e olhou para a porta do quarto. Ele não conseguiu interpretar a mensagem. De qualquer forma, pensou em ir embora. Não tinha nenhum vínculo afetivo com aquela mulher. Porém, ficou curioso para ver o que aconteceria com ela. O homem surgiu no quarto. Era um brutamontes, com os braços tatuados e barba grisalha. Segurando uma vela acesa, se inclinou sobre a cama, derramando a cera líquida sobre o umbigo de Simone. Ela se contorceu de dor. O sujeito não gostava dos gritos de sua vítima, por isso o pano na boca dela. Preferia observar as expressões de dor, o pavor e a impotência da mulher. O homem sádico continuou pingando cera sobre a pele alva.

Valdo estava distraído, olhando a cena pela fresta da janela, quando sentiu algo duro e frio se encostar na nuca.

– Vamos para dentro, seu bisbilhoteiro – disse uma voz roufenha. O sujeito de jaqueta e calça de couro, gesticulou com a pistola, forçando-o a entrar na cabana.

– Túlio! Encontrei esse cara olhando pela janela. Mato ele?

O outro largou a vela e observou Valdo.

– Não. Vamos deixar o cara vivo para ele ver o que vamos fazer com a namorada dele. – o homem terminou a frase com um riso sarcástico. Saiu e voltou com uma corda. Enquanto ele amarrava Valdo numa cadeira, sons guturais soaram em algum lugar da cabana.

– Otto, traz o pai. Parece que ele também quer participar da brincadeira.

Otto seguiu as ordens do irmão. Saiu do quarto e voltou em seguida com um idoso sentado numa cadeira de rodas. O velho vestia apenas uma fralda geriátrica. A cabeça caída para um lado, um fio de baba pendia pelo canto da boca torta. Tortas também eram as mãos, pousadas sobre as coxas finas. Apesar do corpo disforme causado por um derrame cerebral, os olhos emitiam um brilho arguto, de capacidade de compreensão.

– Vamos deixar o velho se divertir um pouco – disse Túlio.

Os dois irmãos ergueram o idoso e o colocaram entre as pernas de Simone. Ela resmungou de nojo, mas não pôde fugir do contato asqueroso, repugnante. O velho soltou arquejos de contentamento. Tentou passar a língua nos seios dela. Os dois homens se divertiam, assistindo a performance do pai. E enquanto eles estavam distraídos, Valdo se livrou das cordas. Ele havia aprendido um truque no exército, retesou os músculos enquanto era amarrado. Ao relaxar, as cordas ficaram frouxas. Não foi difícil se desfazer das amarras.

Otto voltou a colocar o pai na cadeira, apesar dos protestos dele. Ele e o irmão jogaram par ou ímpar para escolher quem seria o primeiro a desfrutar o corpo da mulher. Otto ganhou o sorteio. Rindo e gracejando, ele tirou a pistola e o punhal da cintura e colocou sobre a cômoda. Depois aproximou-se da cama e arriou as calças. Conseguindo se desfazer das cordas, Valdo pensou em fugir. A porta estava logo atrás dele. Porém, achou injusto deixar Simone nas mãos daqueles trogloditas. Ela era sua propriedade. Com dois passos silenciosos, chegou no móvel e pegou a pistola. Ele tinha sido soldado, sabia muito bem manusear uma arma. O velho paralítico observava seus movimentos, tentou avisar os filhos, mas apenas um resmungo saiu de sua garganta seca.

Os dois irmãos estavam distraídos. Valdo atirou primeiro em Túlio, que caiu mortalmente ferido. Otto se assustou com o estampido, tentou dar um passo, mas as calças caídas sobre os tornozelos atrapalharam seus movimentos e ele tombou de lado. Valdo aproximou-se e deu-lhe dois tiros. Em seguida desamarrou Simone. Inclinou-se, pegou as roupas dela que estavam jogadas no chão ao lado da cama, e deu para ela.

– Vista-se. Vamos sair logo daqui.

Súbito, soou um disparo. Túlio não estava morto. Mesmo ferido com gravidade, ele conseguiu sacar a arma e disparar. Valdo caiu sobre a cômoda e escorregou para o chão. O homem tentou disparar novamente, mas a arma falhou. Simone saltou da cama, pegou o punhal de sobre a cômoda, atirou-se sobre Túlio e enterrou a lâmina no peito dele. Tomada pela fúria, a garota se aproximou do velho sentado na cadeira e golpeou a testa dele. A ponta da lâmina resvalou no osso, mergulhou no olho e atingiu o cérebro. O velho morreu de boca aberta.

Valdo ergueu-se. Olhou e apalpou o corpo, sentindo apenas um desconforto no flanco direito. Embora tendo perfurado a camisa, a bala apenas roçou a pele. Enquanto se erguia, assistiu espantado, o ataque de Simone aos dois homens. Ficou admirado de vê-la agir daquela forma, espontânea e violenta. Naturalmente ela não fez aquilo por ele, mas por ela mesma.

– Vista-se e vamos sair logo deste lugar- disse ele e saiu para a varanda.

Saindo, dirigiu-se para onde estavam as motocicletas. Escolheu a Harley Davidson, verificando que a chave estava no lugar de partida. Simone surgiu logo depois. Estava despenteada, o rosto brilhando de suor. Apesar do perigo que haviam passado, aparentava estar tranquila. Aldo sentia agora, algo estranho. Talvez simpatia, amizade. Amor? Impossível! Que futuro teria tal coisa?

– Você teve oportunidade de fugir. Por que não fugiu e me deixou lá?

Ele segurou-a pela cintura, olhando-a nos olhos. Devia dar a si mesmo, uma chance de sentir algo diferente.

– Confesso que pensei nisso, mas você, com tua simplicidade, com tua coragem e beleza, me fez mudar de ideia.

Simone sorriu, um sorriso irônico, falso. – Ah! É mesmo? – disse ela e enterrou o punhal na barriga dele. Valdo ficou espantado. Não esperava aquilo. Sempre imaginou o contrário. A dor foi intensa. Depois ele perdeu as forças e desabou no chão. Morreu ainda tentando entender o que estava acontecendo. Simone colocou o capacete, montou na moto, ligou o motor e partiu.

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21 comentários em “Lobo Mau, A Garota da Capa Vermelha e os 3 Malvados (Antonio Stegues Batista)

  1. Gustavo Azure
    15 de junho de 2019

    RESUMO Valdo encontra uma mulher na estrada e tem planos malignos para ela. Porém, algo inesperado acontece e ele e sua vítima vão parar nas mãos de outros 3 maníacos. Por fim, ao se livrarem dos 3, a vítima de Valdo se torna sua algoz.
    CONSIDERAÇÕES A ideia de reformular os contos de fadas é bem interessante e a escrita também é um ponto positivo nesse conto. Porém as motivações dos personagens são contraditórias e as soluções repentinas. Introduzir que ele foi soldado no meio da narrativa, mesmo com a oportunidade de ter informado isso no início em que é contada a história da vida dele, pareceu uma solução negligente. Ele se soltar da cadeira, a arma e faca em cima da cômoda e as chaves na moto idem. Os nomes dos personagens também são estranhos por serem uma mescla de inglês com português. As divisões também não parecem justificáveis já que o foco continua sobre o mesmo personagem. Apesar disso, e do final óbvio, a história cumpre com a ideal de horror, mostrando um tom sombrio.
    NOTA 3

  2. Cirineu Pereira
    15 de junho de 2019

    Resumo
    História de um assassino serial de mulheres que, após dar carona a uma moça, sofre um acidente com seu caminhão. Ferido e amparado por ela, tentam buscar ajuda, mas são sequestrados por motocicletas que aparentemente intencionam livrar-se de ambos, não sem antes abusar da moça. A dupla consegue se salvar, porém, quando ele imagina haver se livrado do males todos e questiona seus sentimentos pela mulher, é subitamente atacado por esta.

    Aplicação do idioma
    Texto comprometido por construções frasais equivocadas, erros crassos (inclusive de aplicação da crase), expressões clichês e erros de pontuação.

    Técnica
    Técnica insatisfatória.

    Título
    O título é uma menção desgastada à história infantil e até por isso, pouco atrativo.

    Introdução
    O conto abre com um clichê desalentador.

    Enredo
    Originalidade nenhuma.

    Conflito
    Uma narrativa dinâmica, repleta de ação e perigos em que os conflitos se limitam a superação, por parte dos personagens, destes riscos. Em contraposição, o protagonista vive um conflito particular, já que a intrusão de novos bandidos se apresenta como obstáculo para satisfação de seu desejo de executar a nova vítima. O conflito maior seria o dilema do assassino de mulheres enternecido por uma de suas vítimas, porém este não é trabalhado pelo autor. Em suma, os conflitos estão diluídos, mantém o ritmo, mas não aprofundam o interesse.

    Ritmo
    Bom ritmo com constante alternância de cenários, personagens e situações.

    Clímax
    O arremate inconclusivo, ainda que recheado de dramaticidade e sentimentalismo piegas (por conta das expressões utilizadas pelo autor, não dos eventos em si) adiciona diferencial à história.

    Personagens
    A história em si é um tanto insólita, nonsense e é possível que isso tudo seja propositado, não cabendo julgar assim a coerência de perfil dos personagens, os quais estão, definitivamente bem construídos, ainda que estereotipados.

    Tempo
    Uso linear do tempo, mesmo na menção ao passado do protagonista, ali utilizada para explicar seus atos. Ademais, a dinâmica da narrativa não exige marcações precisas de tempo.

    Espaço
    Boa contextualização espacial e geográfico, porém com detalhamento sumário dos cenários.

    Valor agregado
    Um conto cujo propósito parece limitar-se ao entretenimento.

    Adequação ao Tema
    Deveria ser um conto de horror, porém não incita as sensações típicas do gênero. Possui antes um quê de ironia e poderia ser visto como uma paródia ao conto infantil, sem contanto poder ser qualificado neste gênero, logo, não se adéqua a nenhuma das temáticas requeridas.

  3. Gustavo Azure
    15 de junho de 2019

    RESUMO O encontro de Valdo e sua próxima vítima com três homens sádicos; um dia da caça e outro do caçador.
    CONSIDERAÇÕES A ideia de reformular os contos de fadas é bem interessante e a escrita também é um ponto positivo nesse conto. Porém as motivações dos personagens são contraditórias e as soluções repentinas. Introduzir que ele foi soldado no meio da narrativa, mesmo com a oportunidade de ter informado isso no início em que é contada a história da vida dele, pareceu uma solução negligente. Ele se soltar da cadeira, a arma e faca em cima da cômoda e as chaves na moto idem. Os nomes dos personagens também são estranhos por serem uma mescla de inglês com português. As divisões também não parecem justificáveis já que o foco continua sobre o mesmo personagem. Apesar disso, e do final óbvio, a história cumpre com a ideal de horror, mostrando um tom sombrio.
    NOTA 3

  4. Ana Carolina Machado
    15 de junho de 2019

    Oiiii. Um conto sobre um psicopata que se intitula lobo solitário que mata mulheres devido a alguns traumas do passado, mas um dia seu caminho se cruza com uma moça com uma capa vermelha. Ele dá carona para ela já má intencionada. Mas eles se envolvem em um acidente e após o acidente o caminho deles acaba se cruzando com o de dois bandidos malvados e o pai deles já debilitado. Osvaldo mesmo podendo fugir resolve voltar e ajudar a moça. No fim ele pensa está sentindo algo por ela, mas nesse momento temos a reviravolta e Simone o mata. Valdo morreu tentando entender o que ocorreu, pois ele que sempre foi o predador se viu no papel de vítima. O mundo girou e ele pereceu pelas mãos de quem menos esperava. Tenho a teoria que talvez a Simone desde o começo estivesse destinada a matar ele, que até o acidente talvez não tenha sido acidente. Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.

  5. Estela Goulart
    14 de junho de 2019

    O conto tem como personagem principal Osvaldo Wolf, por traumas sofridos desde a infância adquire problemas psicológicos,o levando a se tornar um Serial Killer.
    Sua primeira vítima sendo a madrasta, ela a responsável por grande parte do abuso que o garoto de 11 anos sofreu , o fez acumular um ódio por tal. Esse sentimento o levou cometer seu primeiro crime, em um dia ter chuva, logo após ter apanhado da madrasta por um motivo banal. Com a morte sendo declarada somente um acidente domestico, e sem nenhum responsável legal, foi levado ao orfanato, onde novamente as coisa não foram fáceis.Durante o ano de 1990, enquanto voltava de uma entrega, se depara com uma mulher (Simone) envolta de uma capa vermelha, pedindo carona,neste momento encontrou sua próxima vitima. Porem seus planos são atrapalhados quando acaba se envolvendo em um acidente, o caminhão capota o levando a desmaiar. Ao recobrar a consciência percebe estar no meio da mata junto com ela.Na tentativa de conseguir ajuda, acabam indo para em uma cabana e lá encontrando 3 homens.

    Uma boa escrita,infelizmente o enredo só se torna envolvente no final, raramente causando um sentimento de tensão durante a narração, mas tenho que admitir a surpresa que o final causa, totalmente inesperado. A narrativa flui, apesar dos tropeços estéticos, mas é uma boa história.

  6. Priscila Pereira
    14 de junho de 2019

    Lobo Mau, A Garota da Capa Vermelha e os 3 Malvados (Montenegro)

    Resumo: Um serial Killer dá carona para uma mulher com a intenção de matá-la. O caminhão capota e eles ficam levemente feridos, procuram por ajuda e encontram uma cabana, onde são presos e a mulher é torturada, ele consegue escapar mas fica assistindo a mulher. Os caras maus pegam ele e o amarram, mas ele consegue escapar, de novo, e mata um deles, a mulher mata os outros dois e quando os dois estão indo embora ela mata ele também.

    Olá, Autor(a), seu conto está meio estranho, não sei, a história é boa mas foi escrita de uma forma que não chama a atenção nem prende o interesse, digamos que sua ideia foi mal executada. Pra mim, não ficou verossímil todas as fugas do personagem nem eles não conseguirem achar a estrada, tipo, como assim? O caminhão com certeza tinha deixado marcas e não iria tão mata adentro de qualquer forma, e o final me pareceu que foi feito só pra só pra fugir do usual. Me desculpe, mas eu não curti o seu conto, mas desejo boa sorte.

  7. Sarah
    14 de junho de 2019

    Um serial killer que leva uma vida aparentemente tranquila encontra uma mulher que pretende matar. Um acidente na estrada faz com que ambos encontrem uma cabana cujos moradores eram de má índole.
    Sendo dois irmãos e o pai, eles fazem tortura com a mulher e pretendem matá-la na frente do homem que julgam ser o namorado dela.
    Em uma reviravolta surpreendente, o homem consegue pegar uma das armas e a mulher pega o punhal matando os agressores.
    O casal sai da cabana a salvo e pretendem pegar as motos que estão do lado de fora, o serial killer já não tem intenção de matar a moça misteriosa, porém ela o mata e foge em uma das motocicletas.

    Já achei incrível o garoto ser a representação do lobo mau. Criativo demais! Termos também o ponto de vista dele e um pouco de sua trajetória contada nos faz compreender melhor como ele se sentia e como era sua vida.
    Esse ódio que ele sentia pelas mulheres era algo realmente assustador e muito forte dentro dele.
    Muito bem colocada a situação do acidente que ele sofre junto com a moça de vermelho. Ele mesmo pensando que antes pretendia matá-la, e após o acidente precisa dela.
    Fiquei aflita quando ambos foram atacados ao se aproximarem da cabana. O Valdo era bem habilidoso usando o osso para cavar buracos na lateral do poço e fugir de lá.
    Quando o pai dos dois homens foi trazido imaginei que ele viria para a festa no sentido de ser torturado também, porém ele fazia parte desse complô macabro!
    Esse final foi épico! Parabéns! O climinha de casal fatal, os dois destemidos e de repente um punhal na barriga? Totalmente perfeito. Afinal, o Valdo foi o primeiro em pensar em matar a Simone.
    E no fim a mulher ficou como a personagem misteriosa que não temos quase informação nenhuma, a única que sobreviveu e se salvou. Excelente conto!

  8. Shay Soares
    2 de junho de 2019

    Um serial killer escolhe sua próxima vítima que acaba sendo sua executora.

    Eu entendi a referência da madrasta logo na introdução, mas eu confesso que não me atraiu em nada a ideia. Depois continuei achando um pouco óbvio o segundo assassinato. O personagem também achei raso, acho que a real razão era bem mais profunda que Jandira.

    Gostei do título, o texto foi bem escrito também e de fácil leitura.

    Mas de maneira geral, o enredo apresenta vários argumentos forçados e explicações explícitas demais que na verdade não são muito coerentes. A história toda não me convenceu muito 😦

  9. Paulo Luís
    2 de junho de 2019

    Olá, Montenegro, boa sorte no desafio. Eis minhas impressões sobre seu conto.

    Resumo: Um recalcado de infância, supostamente maltratado pela madrasta, motivo este que desencadeia no “pobrezinho” um sentimento de vingança contra tudo e contra todos. Tornando-o num serial killer, mas que enfim, paga com a mesma moeda ao encontrar a morte da mesma forma banal quanto as que ele proporcionava a suas vítimas.

    Gramática: Afora alguns erros de digitação, a leitura flui bem, sem maiores problemas de gramática.

    Tema/Enredo: Um conto cheio de lugar comum, e umas tantas contradições. Um caminhão sai da pista e capota, mas de repente está no meio de uma mata, — o que aconteceu, o caminhão criou asas? Depois avista-se uma cabana, onde, no meio da mata? Lá era possível ter telefone e poderia até chamar um táxi? — Enfim, um conto apenas cheio de maldades despropositadas, numa sucessão de situações forçosamente desencadeadas para gerar certo terror, mas fica na violência pela violência e nada mais

  10. Sidney Muniz (@SidneyMuniz_)
    23 de maio de 2019

    Resumo: Lobo Mau, A Garota da Capa Vermelha e os 3 Malvados (Montenegro)

    No conto temos uma releitura, ou melhor duas releituras, a da Chapeuzinho Vermelho e do Lobo Maul, e a dos Três Porquinhos. O conto acompanha a história de Valdo e Simone que se encontram na estrada, ele dá carona a ela e juntos tem um acidente de carro. Após isso vão parar em uma cabana onde encontram três assassinos que tentam estuprar e matar Simone, Valdo impede os dois filhos e Simone mata o pai e um deles, no fim Valdo se sente atraído por Simone, e quando iam fugir é traído por ela com uma punhalada. Trágico!

    Avaliação: (Para os contos da Série A-B não considerarei o título, as notas serão divididas por 5 para encontrarmos a média. Porém teremos uma ordem de peso para avaliação caso tenha empates… Categoria/ Enredo / Narrativa / Personagens / Gramática.

    Terror: de 1 a 5 – Nota 3 (Não é bem um conto de terror, ou talvez seja, mas é leve o bastante para ser mais engraçado que aterrorizante apesar de algumas mortes e cenas emblemáticas.)

    Gramática – de 1 a 5 – Nota 5 (Excelente)

    Narrativa – de 1 a 5 – Nota 5 (Muito boa, gostei!)

    Enredo – de 1 a 5 – Nota 4 (O Enredo, ainda que trate de uma releitura, é bem interessante, principalmente a estrutura adotada pelo autor(a) para construção do texto!)

    Personagens – de 1 a 5 – Nota 5 (Gostei demais, de todos, o velho então ficou bem intrigante, talvez seja a parte mais assustadora da história)

    Total: 22,0 / 5 = 4,4

  11. Luis Guilherme Banzi Florido
    23 de maio de 2019

    Bom diaaa, tudo bem por ai?

    Resumo: homem psicopata encontra mulher (psicopata, descobriríamos adiante), dá carona pra ela, sofre acidente, os dois são capturados por 3 psicopatas, conseguem matar os 3 e escapar, e a mulher acaba matando o cara no final.

    Comentário:

    Rapaz, quanto psicopata! Me avisa onde é isso aí pra eu nunca morar por perto hauaha. É tipo um inception da psicopatia: psicopata captura mulher psicopata, os dois são capturados por outros psicopatas. Têm varias camadas!

    Brincadeiras à parte, vamos falar sério.

    A história tem várias referências interessantes, e gostei de como você construiu o enredo sobre as histórias, relacionando cada personagem a um personagem famoso de história infantil. Os nomes dos personagens também trazem referências.

    A melhor cena, pra mim, é a da cabana. É tensa e me deixou meio ansioso, torcendo pra não testemunhar a descrição de um estupro, rsrs.

    O ritmo do conto é bom, sendo uma leitura rápida e sem entraves.

    Achei a escrita um pouco insegura, com erros de revisão e alguns trechos meio estranhos. Mas no geral, acho que uma boa revisão resolveria.

    Enfim, é um conto interessante, de leitura fluida, mas achei o enredo um pouco previsível, especialmente o fim. Parabéns e boa sorte.

  12. Davenir Viganon
    22 de maio de 2019

    Valdo é um seria killer que encontra uma Simone no meio da estrada, seria sua vitima se eles não tivesse sofrido um acidente no caminhão de Valdo. Acabaram nas mãos de 3 assassinos que iam estuprar Simone. Valdo aparece e lutam contra os 3, matando-os e no final quando Valdo considera sobre matar Simone, é morto por ela.
    O primeiro parágrafo já vemos que não se trata de um conto infantil. Apesar das referências dos nomes poderiam ser mais sutis por se tratar de um assassino que viaja entre Rio e São Paulo, no geral as referências são bem legais. O conto foi um Game of Thrones de Assassinos e como a Cersei diz: No jogo dos tronos, você vence ou morre. Bom conto.

  13. Elisa Ribeiro
    18 de maio de 2019

    Valdo é um Caminhoneiro psicopata, serial killer de mulheres. Escolhe suas vítimas entre mulheres que pedem carona na estrada entre Rio e SP. Certo dia dá carona a uma garota de programa – Simone Grim – que pretende matar mas sofrem um acidente e vão parar no meio da mata. Sem poder enxergar, Valdo é conduzido pela mulher pela mata, os dois tentam achar a estrada. Em certo momento, a mulher é capturada e levada para uma cabana e Valdo é jogado desacordado em um poço onde ao acordar percebe a companhia do cadaver de uma mulher. Consegue sair do poço e enquanto espia Por uma fresta na cabana próxima Simone amarrada prestes a ser estuprada, é capturado pelos malvados e amarrado de modo a assistir o espetáculo do estupro. Valdo consegue se soltar , pegar uma arma, atirar nos bandidos e libertar Simone. Fica surpreso ao ver Simone manejar convivência uma faca. Os dois fogem em uma Harley Davison. Valdo sente-se apaixonado por Simone mas ela o assassina brutalmente com a faca.

    Aqui temos um conto de terror com um protagonista serial killer, alusões a contos de fadas e muitas aventuras, peripécias e reviravoltas. Muita coisa numa história só.

    Infelizmente, para o meu gosto, o que sobra em movimentação falta em tensão e clima, elementos essenciais em uma boa narrativa de terror. Outro problema é que as situações narradas, embora grotescas, não surpreendem muito por serem comuns em narrativas de terror/suspense, talvez apenas não de forma tão, digamos, saturadas como no conto.

    Parabéns pela participação. Desejo-lhe sucesso, caro(a) entrecontista!

  14. Evandro Furtado
    16 de maio de 2019

    Uma releitura de contos de fada com o Lobo Mau como um serial-killer, a Chapeuzinho Vemelhor como uma prostituta e os Três Porquinhos como uma família de assassinos e estupradores.

    Achei uma releitura interessante com uma boa evolução na trama. A história, de forma geral, consegue manter a atenção do leitor. As descrições também são muito bem feitas. Se fosse para dar algum tipo de conselho, eu apontaria para o vocabulário. Acho que o texto se beneficiaria de uma escolha mais rebuscada.

  15. Fernanda Caleffi Barbetta
    16 de maio de 2019

    Resumo
    Valdo, um serial killer sempre odiou as mulheres, desde a madrasta, passando pela primeira namorada e se estendendo a todas as demais mulheres. Dirigindo seu caminhão, ele gostava de dar carona a mulheres sozinhas e as matava com prazer. Um dia, deu carona a uma moça com capa vermelha, Simone, planejando matá-la, como sempre fazia, mas sofreram um acidente na estrada e acabaram perdidos na mata. Foram surpreendidos por dois bandidos que jogaram Valdo em um buraco de 5 metros de profundidade e levaram Simone a uma cabana. Valdo se libertou do buraco e encontrou Simone na cama sendo atacada pelos bandidos. Não tentou salvá-la nem tentou fugir, mas foi pego por um dos malvados e levado para dentro da cabana para observar o assédio dos dois irmãos e do pai paraplégico. Valdo conseguiu se livrar das cordas e atirar nos homens. Então, ele soltou Simone, que matou o velho e um dos sobreviventes com fúria. Valdo sentiu-se atraído por ela e sugeriu que ficassem juntos, mas Simone preferiu matá-lo também e fugir sozinha.

    Comentário
    Achei boa a ideia de utilizar como inspiração a história de Chapeuzinho Vermelho, mas não acredito que alusões tenham sido um pouco fracas e óbvias.
    A trama me pareceu muito cheia de clichês como o menino que se tornou serial killer porque a madrasta era má, o pai ausente e porque havia passado por um trauma sexual com a primeira namorada.
    Gostei do final, me surpreendeu positivamente, foi uma boa ideia. Achei o título bem criativo também.
    Fiquei incomodada com a forma que você encontrou para fazer com que ficassem perdidos na floresta. Não saberem para ponde é a estrada após um acidente de caminhão me pareceu inverossímil demais.

    Gramática
    Um dia (vírgula) (ele) voltava do colégio (vírgula) quando começou a chover.
    (Ele) Contou para os vizinhos que chegou em casa do colégio e a encontrou assim.
    penetra-la (penetrá-la)
    Naquele instante teve uma ereção e dessa (daquela) vez conseguiu possui-la.(possuí-la)
    pois achava que foi (fora) um ato justo
    não só por que (porque) sentia raiva de toda mulher, mas também (porque) era algo que lhe dava satisfação, prazer
    iguais a (à) Jandira.
    “Não seguia nenhum padrão. Era meticuloso”, São ideias contraditórias. Quem é meticuloso, segue método, portanto, segue padrão.
    Às vezes passava dias ou meses (passavam-se dias ou passava o que?), mas sempre chegava aquela vontade irresistível.
    Ele parou o veículo (vírgula) e ela perguntou;
    Destino (pq com caixa alta?)
    Estava descendo (trocar “descendo” por “em” para não ficar redundante) um declive
    saiu da estrada e (vírgula) mesmo com os freios acionados, desceu por um barranco (e) andou alguns metros
    dor nos olhos, no ombro e na perna direita, na altura do joelho. Percebeu que estava com uma faixa de pano tapando os olhos. Tirou a venda, mas os olhos (“olhos” repetido três vezes)
    o conceito de lar e família, (tirar a vírgula) era desconhecido.
    – Tem uma cabana lá adiante. Pode ser que tenha um telefone pra gente chamar um taxi. – Simone o ajudou a levantar-se. (tirar o segundo travessão)
    Arvores (árvores)
    Valdo a seguiu, com a mão apoiada em seu ombro. De repente sentiu que a mulher tinha se afastado. (Esse trecho não fez sentido.)
    Embora ardendo e com a vista embaçada (embora com a vista ardendo e embaçada).
    Viu a mulher cair (vírgula) e (vírgula) logo em seguida, algo veio de encontro à sua cabeça.
    distinguir se era um tijolo, (tirar a vírgula) ou o punho do sujeito
    clarear a visão. A visão (repetição)
    Havia um cheiro nauseabundo naquele lugar. O mau cheiro (repetição)
    respirando (vírgula) com alivio (vírgula) o ar puro.
    Anoitecia e (vírgula) na cabana (vírgula) luzes foram acesas.
    bola de pano enfiado (enfiada)
    devia (deveria) estar acostumada
    Ela o viu na janela e (vírgula) sem poder falar, apenas
    frio se encostar na nuca (talvez fosse melhor: frio ser encostado na sua nuca ou frio na sua nuca)
    – Não. Vamos deixar o cara vivo para ele ver o que vamos fazer com a namorada dele. – o homem terminou a frase (tiraria o segundo travessão, recomeçando com letra maiúscula)
    Ele e o irmão jogaram par ou ímpar para escolher quem seria o primeiro a desfrutar o corpo (eu consideraria o pai o primeiro. Seria o próximo)
    Enquanto se erguia, assistiu (vírgula) espantado, o ataque
    Devia dar a si mesmo, (tirar a vírgula) uma chance de sentir algo diferente.

  16. George Armado
    15 de maio de 2019

    Sinopse: Como seria uma releitura da simpática Chapeuzinho Vermelho e o temível Lobo Mau com foco em terror? Nesse conto narrado em três partes, vemos a trágica história de um garoto que odiava seus pais. Com a perda de ambos, o garoto cresce e a única relação que desenvolve com as mulheres é a de ódio.

    Comentário: a primeira parte do conto me impressionou bem mais que as duas últimas. Confesso que achei o final muito sofrível para o que o autor abordou no início. Criou um hype desnecessário para desembocar numa “cópia” brasileira daqueles filmes de terror americano de baixo orçamento em que todos morrem e ninguém entendi nada.

    A Árvore que Divide o Mundo – NOTA: 1,0
    Amarga Travessia – NOTA: 5,0
    Aquilo – NOTA: 4,5
    Capitão Ventania – NOTA: 4,0
    Demasiado Humano – NOTA: 4,5
    Lobo Mau, A Garota da Capa Vermelha e os 3 Malvados – NOTA: 1,9
    Magnum Opus – NOTA: 4,0
    O Fim de Miss Bathory – NOTA: 5,0
    O Jardim da Infância – NOTA: 5,0
    O Ônibus, a Estrada e o Menino – NOTA: 3,5
    O Parque – NOTA: 1,0
    Penumbra – NOTA: 1,5
    Prisão de Carne – NOTA: 3,5
    Rato Rei – NOTA: 3,0
    Seus olhos – NOTA: 4,0
    Troca-troca Estelar – NOTA: 5,0
    Variante Amarela – NOTA: 1,0
    Vim, Vi e Perdi – NOTA: 1,0
    ——————————–
    Melhor técnica: Aquilo
    Conto mais criativo: Amarga Travessia
    Conto mais impactante: O Jardim da Infância
    Melhor conto: Troca-Troca Estelar
    ——————————–

  17. Fheluany Nogueira
    10 de maio de 2019

    O título quase já faz um resumo do conto: um psicopata, assassino de mulheres, por traumas da infância, quando adulto, é um caminhoneiro que dá carona à Garota da Capa Vermelha, planejando matá-la. Ocorre um acidente, os dois se perdem na mata até que são encontrados pelos Malvados que os levam para a cabana onde moram. O Lobo Mau escapa duas vezes da prisão e não foge para salvar a Garota e, esta, quando se vê livre o mata friamente, sem motivação aparente.

    Como nos contos de fadas, aqui, notamos vários nuances da problemática existencial: vida, amor, envelhecimento (A cena com o velho doente ficou realmente nojenta, no bom sentido.), separação, sexualidade, dilemas edipianos, rivalidades fraternas e muita morte; e, a presença de um narrador que detém todo o conhecimento e que é “dono” dos personagens.

    Senti mais que um toque de terror na narrativa: o título, a estrutura, a linguagem, os personagens remetem às histórias infantis tradicionais, mas as maiores atrocidades são narradas com uma naturalidade impactante, mesclada a erotismo e palavrões. Ainda, não há motivação séria para os crimes e vigora a impunidade. O cenário é realista, traz identificação o leitor, que fica muito mais interessado no enredo, tempo e espaço.

    Um texto forte, que desperta bastante curiosidade. Parabéns pela ideia, fluidez, sutileza ao criar um mundo às avessas, coerente e que traz situações revoltantes, porém críveis no mundo atual. Um abraço.

  18. neusafontolan
    6 de maio de 2019

    Quanta matança!
    Mas não deixa de ser um bom conto
    Parabéns.

  19. Emanuel Maurin
    5 de maio de 2019

    Montenegro, paz e bem.
    O conto fala sobre um menino que sofreu abuso da madrasta, casa de custodia e mais tarde da primeira mulher na qual transou. A matou por ela o ter ironizado. Depois tomou gosto em matar mulheres. Foi então que deu carona a uma mulher encapuzada, no percurso o caminhão sofreu um acidente. Os dois se emprenharam na mata e a mulher o ajudava. Até que apareceu uns homens sádicos que tentaram estuprar e torturar a mulher. Ele a salvou, matando os homens. Na hora do agradecimento, ele achou que ela iria ficar com ele, mas ela enterrou o punhal na barriga dele, matando-o, montou na moto e partiu.

    Não encontrei erros, nem de estrutura. A narrativa flui bem e foi fácil entender.
    Boa sorte

  20. angst447
    3 de maio de 2019

    RESUMO:
    Valdo teve uma infância difícil e se viu “obrigado” a eliminar a madrasta má. Depois, assassinou a primeira namorada, Jandira. E assim se transformou em um serial killer, o Lobo Mau, que um dia encontrou sua Chapeuzinho Vermelho, a moça da capa vermelha e o que fez? Tramou assassinar a moça. Mas o destino quis dar outro final àquela história e os dois sofreram um acidente. Acabaram enfrentando três homens/monstros (ou eram os três porquinhos?). Apesar de Valdo salvar a moça dos monstros, e esperar iniciar uma amizade genuína, só recebeu a ingratidão como resposta. Foi morto por Chapeuzinho Vermelho.t

    AVALIAÇÃO:
    Temos aqui uma tentativa de unir elementos de contos infantis com terror. Acho que funcionou até bem.
    O conto apresenta um ritmo que vai se acelerando à medida que as ações se desenvolvem. A leitura flui com facilidade, sem entraves.
    Encontrei uma passagem que me pareceu contraditória: “Não escolhia suas vítimas. Não seguia nenhum padrão. Era meticuloso, cuidadoso.” Se o sujeito era meticuloso e cuidadoso, como não escolheria suas vítimas e não seguiria um padrão? Ser meticuloso não é analisar os detalhes, ter um padrão?
    Há algumas falhas de revisão:
    – circunstancias > circunstâncias
    – penetra-la > penetrá-la
    – serial Kíller > serial killer
    – intensão > intenção
    A trama se desenvolve bem, mas não chega a surpreender. Já imaginava que a moça não era a bondade em pessoa e poderia virar o jogo.
    A parte do quase estupro da moça foi o mais angustiante, mais um terror repugnante mesmo.
    Conclusão após a leitura: até mesmo em meio a personagens de conto infantil, podemos nos deparar com monstros que provocam terror.
    Boa sorte no desafio!

  21. C. G. Lopes
    3 de maio de 2019

    Resumo
    O lobo era um assasino patológico, um serial killer, matador de mulheres. Chapeuzinho Vermelho, uma misteriosa mulher que talvez, não por acaso, o lobo mau encontra às margens de uma estrada. Depois desse incidente e do acidente com o caminhão do senhor Wolf, eles são aprisionados pelos três malvados. Esses, são uns tarados pevertidos.
    Do encontro dessa fauna bizarra temos uma história de sangue e horror com um final mais que esperado. Chapeuzinho mata o Lobo mau.

    Considerações:
    Me lembrou aquela cena de “Pulp Fiction” com o Bruce Willis, o marido de Mia e os tarados caipiras. A construção cinematográfica poderia ser desenvolvida em um roteiro. Os personagens, apesar de batidos, cumprem bem os seus papéis e a história envolve o leitor que sabe bem onde vai chegar, mas não sabe de que forma. Isso é positivo. Um bom conto

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Publicado às 1 de maio de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 2, Série A e marcado .
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