EntreContos

Detox Literário.

O Homem-Porco (Sabrina Dalbelo)

Quando acordei, estava tonto e minha cabeça pesava um milhão de quilos.

Eu não conseguia me lembrar de quando fui dormir e nem sabia porquê havia acordado ali.

Senti um gosto amargo na boca e muita dor na barriga e também no coração.

“Eu quero a minha mãe”, foi a primeira coisa que veio à minha cabeça.

Mas nada. Nem mãe, nem pai, nem casa, nem nada conhecido. Eu estava só.

Diante de meus olhos apenas crianças, como eu. Contei outras quatro.

Éramos cinco crianças sujas e vestidas com trapos de mesmas cores, praticamente empoleiradas umas sobre as outras naquele cubículo fétido e escuro.

As que acordaram primeiro choravam. As outras iam acordando com o choro das primeiras.

Estávamos com medo até de nós mesmas, estranhas unidas pelo mesmo cárcere imotivado.

Eu estava apavorado, como nunca. Nem as bombas que caíram do céu perto da minha escola me assustaram tanto.

Olhei para as outras caras assustadas e percebi que eles eram menores do que eu. Acho que os dois mais novos tinham perto de quatro anos. Pensei no meu irmão, Zamir, que tem essa idade e aquele tamanho.

Os pequeninhos, como o meu irmão, eram os que mais choravam – e esses foram levados primeiro.

Olhei para a porta e vi que debaixo dela entrava luz. Levantei-me e fui bater. Sem resposta e, fraco, não insisti.

Perto dali, no chão, notei uns potes cheios de uma goma marrom e alguns copos de chá.

Eu estava com tanta sede que tomei um deles todinho. Aí descobri que não era chá, mas uma água barrenta.

Limpei meu nariz e meus olhos nas mangas dos trapos e sentei ao lado de uma menina loirinha, a menor de todos ali, para ela não morrer de tanto chorar.

Eu a abracei e lhe disse meu nome. Perguntei o dela: Ariela.

Disse-lhe baixinho que nossos pais viriam nos buscar para nos tirar daquele lugar, daquela casa da bruxa. Daí me arrependi de falar em bruxa, porque feitiçaria não é coisa de D’us (*).

Apesar de mencionar uma bobagem, acho que fiz bem porque os outros passaram a prestar atenção no que eu dizia.

“Tomem um pouco d’água. Vamos esperar.” – dirigi-me a eles.

Eu estava dando água para Ariela quando ouvimos um barulho de ferro se arrastando.

A porta se abriu, bem devagar, diante de nós. Todos olhamos para aquela brecha com esperança de sermos libertados.

Estávamos indo ao encontro da abertura quando um som estridente de dentes batendo e um ronco, como de um porco feroz, nos empurrou de volta. Sabia que havia alguma coisa apavorante ali fora.

Eu só consegui ver uma silhueta de um adulto, com roupas grossas e um chapéu esquisito que lhe tapava as orelhas, parado à porta.

O homem olhou-nos um a um, como se nos avaliasse. Sorriu, dava para ver. Mas era um sorriso do mau.

Estávamos nos empurrando contra a parede do fundo e gritando histericamente de pavor.

Era ele o monstro que batia os dentes!

Ele entrou no quarto, pegou Ariela do nosso meio com um só braço e a puxou contra o peito. Todos corremos para o lado, ensandecidos.

A menina se debatia, mas o homem-porco era muito grande e forte. O rugido ficou mais alto.

Ele a arrastou até a porta, abriu uma grande maleta de couro, contorceu Ariela, como uma bonequinha de pano, acomodando-a ali dentro.

Eu me urinei.

Eles se foram e a porta da nossa cova fechou.

A cada dia a partir daquele, o ronco do monstro anunciava a despedida forçada de um de nós, amontoado dentro de uma mala.

A cada dia, também, sentia minha mãe mais distante.

Até que restou apenas eu.

Eu já não chorava, nem tomava água, nem dormia mais. Acho que meu coração não batia também, pelo menos, eu não o sentia no meu peito gelado.

Fechei meus olhos. Vi minha mãe, tão linda, me abraçando. Senti o cheirinho dela me envolver.

Cansado e desorientado, apaguei, mas não sei por quanto tempo.

Senti ser alçado e depois deitado, enquanto ouvia um ruído, longe. Tudo ficou muito escuro e eu fui ficando sem ar.

Quando a luz me acordou do esmaecimento eu me vi ofuscado por ela e não pude enxergar nada.

Uma mão cálida pegou na minha. O medo se foi e eu respirei, sentindo o peito inflar e esvaziar, devagar, aliviado.

“Joshua, mamãe está nos esperando.” Era a voz de Zamir.

Eu estava a salvo.

 

(*) D-us, ou D’us, é uma das formas utilizadas por alguns judeus lusófonos para se referirem a Deus sem citar seu nome completo, em respeito ao terceiro mandamento recebido por Moisés pelo qual Deus teria ordenado que seu nome não fosse invocado em vão. (…) (fonte: wikipedia)

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68 comentários em “O Homem-Porco (Sabrina Dalbelo)

  1. Daniel Reis
    23 de junho de 2017

    (Prezado Autor: antes dos comentários, alerto que minha análise deve se restringir aos pontos que, na minha percepção, podem ser mais trabalhados, sem intenção de passar uma crítica literária, mas uma impressão de leitor. Espero que essas observações possam ajudá-lo a se aprimorar, assim com a leitura de seu conto também me ajudou. Um grande abraço).

    O Homem-Porco (Judah)

    ADEQUAÇÃO AO TEMA: sim, a imagem está presente como fator essencial para o clímax da história.

    ASPECTOS TÉCNICOS: o texto, de certa forma, me fez meditar que, na escrita, nem sempre as frases curtas e diretas são totalmente positivas para a história. Nesse caso, o começo da narrativa me pareceu muito “metralhado”, com respiração ofegante. Também o recurso de “acordar” em uma realidade é algo bastante repetido (mesmo aqui, entre os contos deste Desafio).

    EFEITO: um horror que não impactou tanto quanto deveria. Com uma reelaboração, pode até tirar o fôlego.

  2. Felipe Moreira
    22 de junho de 2017

    Oi, Judah.

    O texto levanta um suspense interessante, narrado sob o ponto de vista de uma criança. Em vários momentos isso deu certo, convenceu, mas noutros não. Digo porque não há qualquer verossimilhança quando nos deparamos com uma criança utilizando adjetivos que provavelmente não chegaram até o vocabulário dela ainda.

    No mais o texto é bom, prende nossa atenção, e é narrado ponto a ponto, como um roteiro, marcando o tempo de cada cena com um certo cuidado. Final pareceu um tanto aberto, mas suficiente pra ilustrar a segurança de quem a escreveu.

    Parabéns pelo trabalho, pelo cuidado em explicar o termo “D-us”. Boa sorte no desafio.

  3. Thiago de Melo
    22 de junho de 2017

    Olá, Judah,

    Achei o seu conto bastante intrigante. Vc mudou a perspectiva, então, eu (leitor) fiquei na dúvida se eram mesmo crianças ou se eram porquinhos que se viam como crianças e que viam o cara da mala como um porco (tipo planeta dos macacos, mas com porcos hehehheh).
    Achei que vc usou a foto do desafio como uma fonte de inspiração para o seu texto, foi uma sacada legal.
    O texto está bem escrito e sem erros, mas não foi um texto que me agradou como leitor, mas essa é apenas uma opinião pessoal.
    Boa sorte!

  4. Andreza Araujo
    21 de junho de 2017

    O conto certamente chamou minha atenção, a narrativa prende e é convincente. Entretanto, achei a estrutura muito truncada (frases curtas), então algumas vezes a leitura se mostrou “estranha” aos meus olhos, mesmo apreciando a narrativa em si.

    Outra coisa, se o protagonista também era uma criança, algumas palavras poderiam ser trocadas para maior verossimilhança (exemplo: que criança fala “cubículo” ou “fétido”? rs).

    O final é agradável, apesar de trágico. O terror dele acaba e finalmente pode-se encontrar com sua família. O conto fala de bombas e acredito ser esta a palavra-chave que cria o contexto da sua história. Não sabemos de todos os detalhes, mas o conto é em primeira pessoa e o narrador é uma criança, então acho que o que é mistério para o menino, também deve ser mistério para o leitor. Muito bom!

  5. Lee Rodrigues
    21 de junho de 2017

    Shalom, Judah!

    Quando surgiu a voz do garoto gostei primeiro por motivos estilísticos, depois, por ser uma criança e não ter a medida exata das coisas, o autor não precisava se preocupar tanto com questões morais ou se estender na crueza do holocausto.

    É com essa inocência infantil que o autor trata de uma realidade brutal, a violência do nazismo. Auschwitz atenuada pela incompreensão de uma criança. Onde, o Homem-Porco pode ser um soldado com máscara de gás, ou a associação dos possíveis animais que estavam atrás da porta. Eu, quando criança, morria de medo do Homem-da-Perna-Cabeluda e o Homem-do-saco.

    Achei interessante a obra assumir essa perspectiva infantil e fazer essa mistura entre crueldade e inocência, porque a criança não consegue dar conta da natureza dessa realidade, e a câmara de gás torna-se a mala. E a morte, um reencontro. Quiçá, dentro fé, com Jesus.

    👉 “Estávamos nos empurrando contra a parede do fundo e gritando histericamente de pavor.”

    Isso foi de apertar o coração! 😰

    ✂ Talvez, a supressão do pronome “eu” em algumas sentenças. Digo, apenas, talvez.

    Queria mais!

  6. Pedro Luna
    21 de junho de 2017

    Teria gostado mais se o conto não terminasse tão interpretativo. Realmente não achei que fosse o caso. Digo isso porque estava me parecendo uma cena bem tensa de algum filme de terror, estilo SAW, e envolvendo crianças, mas aí depois não fiquei certo se tudo era real, quem era o Homem Porco e esse final com luz ofuscando a visão e o irmão surgindo me soou confuso. Ele foi salvo ou era uma alucinação?

    Acho que a escolha pelo lado misterioso e surreal prejudicou a visceralidade do texto.

  7. Bia Machado
    19 de junho de 2017

    Ai, meu D’us, por que não fui dormir depois de ler o conto anterior? Bem, lido está e como gostei, apesar desse desespero que bateu quando cheguei ao final e… como assim? Como assim??????? Não reclamando do tamanho do seu conto, você é o autor/autora, sabe até onde deve ir, mas eu queria continuar com aquele menino, sabe… Foi bem a sensação que tive ao ler “O Menino do Pijama Listrado”, em certa parte, no finalzinho… Talvez se tivesse desenvolvido só mais um pouquinho, só pra alimentar nossa tensão um pouquinho mais, também cuidando de fazer parágrafos menos fragmentados, enfim… Cabe uma revisão, mas não houve atrapalho na leitura por causa de nada. Obrigada por ter enviado o conto!

  8. Evandro Furtado
    18 de junho de 2017

    Olá, autor. Sigamos com a avaliação. Trarei três aspectos que considero essenciais para o conto: Elementos de gênero (em que gênero literário o conto de encaixa e como ele trabalha/transgride/satiriza ele), Conteúdo (a história em si e como ela é construída) e Forma (a narrativa, a linguagem utilizada).

    EG: Um survivor horror como uma atmosfera bem macabra, melhor estilo Jogos Mortais. O problema foi que o tema não foi inteiramente inserido. Não houve uma representação suficientemente boa da imagem do desafio.

    C: A história é simples, mas tem uma camada superficial bem interessante quando aprofundada. O homem porco pode ser qualquer representação de um inimigo dos judeus, desde um nazista até um extremista árabe. Infelizmente, o autor não se aprofundou muito nisso e o conto termina de forma abrupta.

    F: A narrativa é segura e faz sentido no olhar de uma criança. Eu confesso que tenho certa resistência a narrativas de primeira pessoa quando o personagem morre no final. Nesse caso não me incomodou tanto.

  9. Givago Domingues Thimoti
    18 de junho de 2017

    Adequação ao tema proposto: Alta
    Criatividade: Média para alta
    Emoção: Por mais que crianças seja sempre algo triste, o conto não me conquistou. Mas, como conquistou outros, acho que é mais uma falta de empatia minha do que qualquer outra coisa.
    Enredo: A trama é boa, mas deixa algumas coisas em aberto como por exemplo; como o personagem foi salvo? Num limite maior de palavras, acho que a história teria me conquistado.
    Gramática: Nenhum erro notável.

  10. Raian Moreira
    16 de junho de 2017

    Aiaiai que triste rapaz. Parabens pelo suspense. Coitado do personagem, que historia massa cara. Lembrou aquele homem porco do SAW.
    Texto um pouco evocado, mas tem um narrativo excelente.
    Gostei bastante mesmo, vou salvar para ler mais vezes.
    A parte positiva e negativa fica pelo tamanho do texto, fica com um gosto de quero mais, mas talvez, se fosse assim, acabaria um pouco com a graça.

  11. Wilson Barros
    16 de junho de 2017

    Quando um conto não deixa explícito o significado de alguma coisa, esta pode significar muitas, inclusive algo em que o autor não pensou. Por exemplo na volta do parafuso de Henry James, o autor não diz no final se eram fantasmas ou imaginação, o que seria até ridículo de fazer. Portanto, eu não vejo sentido em questionar o autor por que não explicou o que era isso, por que não explicou aquilo. Na verdade, tudo indica uma prisão nazista o pseudônimo do autor, as bombas, o judaismo, os nomes judeus. Menos o homem-porco, claro, que pode até dar a entender que ersm leitõezinhos sendo levados para a panela.
    Falo isso com a devida vênia aos que acham que o conto tem que deixar tudo bem explicadinho. Acho que isso nunca foi assim, nem na bíblia. Aqui vejo uma obra magistral, se melhorasse estragava, parabéns.

    • Judah
      18 de junho de 2017

      😀😀😀😀😀
      Puxa, obrigado(a)!

  12. Leo Jardim
    16 de junho de 2017

    O Homem-Porco (Judah)

    Minhas impressões de cada aspecto do conto:

    📜 Trama (⭐⭐▫▫▫): o texto narra acontecimentos um atrás do outro sem respirar, como num roteiro. O único ponto em que fez isso foi no fim, quando ele pensou na mãe. Mas encerrou com um Deus Ex Machina do irmão aparecendo sem nenhuma explicação e salvando a pele do protagonista. Aliás, ele pouco fez, apenas observou o que acontecia. Geralmente o protagonista tem que ter participação ativa na trama. Outra coisa que senti falta foi de explicações sobre o Homem Porco: quem ele é? Por que leva crianças? O que faz com elas? Por que os coloca na mala? Sem essas respostas, o conto ficou incompleto.

    📝 Técnica (⭐⭐⭐▫▫): um tanto crua, apenas narra, sem grandes trabalhos linguísticos. Mas é uma leitura fácil e um texto que prende até o final. Anotei os pontos abaixo enquanto lia:

    ▪ nem sabia *porquê* havia acordado ali (“porque” ou “o porquê de ter acordado ali”)

    ▪ “Tomem um pouco d’água. Vamos esperar.” – *dirigi-me* a eles (Dirigi-me)

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): apesar de faltarem explicações, o Homem Porco dá personalidade ao conto.

    🎯 Tema (⭐⭐): o autor optou por unir as duas figuras da imagem em uma única criatura. Analisando assim, dá para considerar o texto adequado ao tema.

    🎭 Impacto (⭐⭐▫▫▫): a solução fácil do fim e a não compreensão dos motivos de tudo aquilo estar acontecendo deixou um gosto de incompletude, diminuindo o impacto.

  13. Sick Mind
    15 de junho de 2017

    Me sinto estranho não tendo me emocionado com o conto, em vista que quase todo mundo chorou com as crianças no cativeiro. Achei uma ideia simples demais, desenvolvimento igualmente simples, mas com umas pontinhas aqui e ali para o leitor ligar e tirar suas conclusões. Porém, como o conto não me emocionou, não sinto vontade de explorar essas pontas.
    Eu gosto de quando há perguntas sem respostas em enredos, nem tudo tem que ser entregue mastigado para o leitor. O autor(a) tem uma escrita ágil, o que é agradável. Mas qual a necessidade de criar parágrafos curtos, sendo que o seguinte é um continuação direta, sem pausa entre os acontecimentos, do anterior? Isso me pareceu uma tentativa de acelerar ainda mais o texto, com a impressão de estar lendo algo menor do que realmente é. Visualmente até engana, mas basta ler para notar que não é bem assim.
    A adequação ao tema me pareceu bem clara, mas eu não sou rígido nesse quesito, afinal, é apenas um homem com um javali e uma mala

  14. Wender Lemes
    14 de junho de 2017

    Olá! Para organizar melhor, dividirei minha avaliação entre aspectos técnicos (ortografia, organização, estética), aspectos subjetivos (criatividade, apelo emocional) e minha compreensão geral sobre o conto. Tentarei comentar sem conferir antes a opinião dos colegas, mantendo meu feedback o mais natural possível. Peço desculpas prévias se acabar “chovendo no molhado” em algum ponto.

    ****

    Aspectos técnicos: mais um conto que optou pela densidade no lugar da extensão e o fez muito bem. Achei apenas um erro ortográfico mais incômodo. O tema foi abordado utilizando-se da perspectiva de uma criança, está presente ali como se homem e javali fossem uma só criatura, como ocorreu em um conto vizinho a esse.

    Aspectos subjetivos: é possível sentir o peso que o cárcere exerce sobre a mentalidade daquelas crianças, a angústia, o desamparo. Foi uma maneira criativa e sensível de transpor a imagem para o contexto da segunda G.M.

    Compreensão geral: o primeiro parágrafo me lembrou Kafka, achei que o conto se desenvolveria como uma releitura da Metamorfose, mas estava totalmente enganado. Quando realizou a associação com as bruxas, achei que optaria pela fantasia, com as crianças sendo transformadas em porcos, como em muitas fábulas – mais uma vez, totalmente enganado. O conto é visceral e realista demais para ser uma fábula ou uma releitura de Kafka. O grande monstro, na verdade, é humano. O aspecto mais visual da monstruosidade me parece mais um efeito da leitura da criança (um homem todo coberto, uma silhueta indefinida, rosnando algo em um linguajar desconhecido e carregando os indefesos um por um para sabe-se lá onde). Não digo que não haja monstruosidade real na situação, mas que foi ela que induziu Joshua a sua interpretação. O final foi uma espécie de soco de luva muito bem aplicado.

    Parabéns e boa sorte.

  15. Marco Aurélio Saraiva
    14 de junho de 2017

    Então… interessante mas… acabou?

    ===TRAMA===

    É envolvente, mas peca naquele velho erro “LOST”: levanta muitas questões, e não responde nada no final. Senti o terror das crianças, fiquei com medo por elas (COM elas) e no final meio que entendi que o garoto havia morrido e encontrado o seu irmão no céu, ou qualquer lugar que fosse.

    Mas e aí?

    Por quê foram atacados? Quem era aquele homem? Qual era a história desse garoto, ou de Ariela, ou de qualquer outro personagem?

    Eu sei, eu sei. Na vida, nem tudo tem explicação. Faz sentido o cara ser um louco varrido que foi pegando criancinhas e dando de comer para o javali dele. Mas, em um conto, há de existir algum desenvolvimento extra dos personagens. Senão, vira um texto banal: sem ápice, sem motivações.

    ===TÉCNICA===

    Sua leitura é bastante travada pela presença dos inúmeros parágrafos, que julguei um tanto desnecessários (opinião pessoal). Cada parágrafo denota uma pausa, e como o conto é cheio deles, a leitura é cheia de pausas em momentos onde elas não deveriam existir. Além disso, há uma série de erros de digitação.

    Sua escrita é bastante informal também. Palavras como “uns”, “baixinho”, “todinho”, “loirinha”, etc, são bem-vindas de vez em quando, mas quando permeiam o texto inteiro, demonstram certo desleixo: afinal, uma narrativa literária, ainda mais uma que tenta inspirar horror, perde pontos com a informalidade.

    Mas há também um bom desenvolvimento no horror, que achei bem construído. Como falei lá em cima: eu senti o medo das crianças – eu senti o medo como se estivesse lá dentro daquela sala com elas.

    ===SALDO===

    Médio. Apesar da minha avaliação acima parecer ranzinza (rs), o fato é que:

    O texto é bom na maior parte do tempo, mas o final não faz jus ao resto da leitura.

    A escrita é boa na maior parte do tempo, porém muito travada e precisando de algumas revisões.

  16. Fil Felix
    13 de junho de 2017

    O conto tem bastante material para ser trabalhado e comentado, mas senti que foi decepado pelo tamanho curtinho. O que mais gostei são as alusões que fazem, funcionando como uma alegoria para diversas situações: os campos de concentração nazistas, a perda da inocência, colheitas alienígenas, pesadelos a lá Silent Hill ou até mesmo algo mais fantástico, um conto de fadas realista. Quem lembra da bruxa querendo cozinhar João e Maria? Claro que a questão religiosa, sobre a luz e Jesus veio mais depois que li a nota de rodapé, no decorrer da leitura eu tive uma outra interpretação, como se os papéis tivessem sido invertidos: temos crianças num cubículo, uma sobre as outras, esperando um carcereiro vir e lhe tirar a vida. Um carcereiro que elas não entendem, só sabem que sua hora estão chegando. É exatamente como os porcos podem se sentir antes de serem assassinados em algum criadouro. Um conto bem legal, mas acho que faltou um pouco de sustança pra encorpar o texto.

  17. Cilas Medi
    13 de junho de 2017

    porquê = Eu não conseguia me lembrar de quando fui dormir e nem sabia porquê havia acordado ali. = O certo na frase é por que.
    Uso indevido de vírgula = Sorriu, dava para ver., Mas era um sorriso do mau.
    Um conto bem elaborado, fácil de leitura e aceitação. Um final que tenho a minha dúvida entre ser uma alucinação ou a morte dele e a do irmão, já o esperando para levar até a mãe. Não acompanhou o número de palavras do desafio, mas estão todos os elementos, o homem e sua vestimenta, a mala e o porco/javali.

    • Judah
      13 de junho de 2017

      Desculpe, mas acompanhei o número de palavras limite, na medida em que não o ultrapassei.

  18. maziveblog
    13 de junho de 2017

    Caro autor,
    O texto pareceu-me uma descrição de um pesadelo. Uma leitura agradável. A referência ao wikipédia é útil, apesar do wikipédia não estar entre os sites mais credíveis.

  19. M. A. Thompson
    11 de junho de 2017

    Olá!

    Usarei o padrão de avaliação sugerido pelo EntreContos, assim garanto o mesmo critério para todos:

    * Adequação ao tema: parcial.

    * Qualidade da escrita (gramática, pontuação): nada que comprometa a leitura.

    * Desenvolvimento de personagens, qualidade literária (figuras de linguagem, descrições, diálogos): gostei muito do conto, embora tenha sido difícil vislumbrar a relação com a imagem do desafio.

    * Enredo (coerência, criatividade): bom enredo, frases curtas deram dinamismo, boa criatividade.

    De modo geral foi conto bom de ser lido. Valeu a leitura.

    Parabéns e boa sorte no Desafio!

  20. Fabio Baptista
    10 de junho de 2017

    Notei apenas um mau no lugar de mal como problema na revisão. Não curti muito essa explicação do *, achei desnecessário e nem os parágrafos curtos, deixaram o texto muito quebrado e, na minha opinião, tiraram um pouco do impacto da história.

    A cena narrada é horrenda e o autor conseguiu transmitir esse horror com sucesso parcial. Provavelmente usar mais palavras do limite teria sido uma escolha mais acertada, para criar o clima necessário.

    Eu não entendi muito bem o final… apareceram personagens do nada e ficou meio Deus-Ex (talvez literalmente).

    Abraço!

  21. Elisa Ribeiro
    4 de junho de 2017

    Olá autor. A condensação homem-porco foi uma forma bem inteligente de enfrentar a imagem do nosso desafio. Pelo que entendi do final da sua história, o personagem narrador morreu. Se foi isso, a narrativa em primeira pessoa não foi uma boa opção. Se ele viveu e a história é só um recorte de algo maior, o enredo ficou com algumas lacunas. Gostei muito da cena em que o homem-porco pegou a Ariela. Simples e eficiente, ponto alto do conto. Seu narrador não me pareceu muito convincente e também não gostei muito do texto todo narrado em parágrafos curtos. Uma ou outra variação teria feito bem ao ritmo da narrativa. Boa sorte no desafio! Abraço.

  22. Eduardo Selga
    3 de junho de 2017

    Em narrativas, quando se pretende transmitir a sensação de agonia ou desespero, é comum o uso de frases extensas em parágrafos idem ou, ao contrário, frases curtíssimas formando parágrafos telegráficos. No presente conto, a opção pelo segundo recurso pareceu-me bastante acertada, porquanto causou um sensação de retalhamento narrativo, do que, inclusive, há uma passagem simbólica no texto: “eramos cinco crianças sujas e vestidas com TRAPOS de mesmas cores”. Não apenas as vestimentas, mas também as crianças eram trapos, tão novas e tão farrapos.

    O minimalismo formal não é coerente apenas com o estado emocional dominante na narrativa: o é também com o fato de o narrador ser, aparentemente, uma criança. Mas aí temos um possível problema: que criança é essa, de vocabulário tão vasto? Ocorre que ou se trata de uma lembrança de um menino já falecido (um narrador-defunto, portanto), ou, menos provável em minha opinião, a lembrança de um adulto acerca de parte de sua infância, vivida naquele chiqueiro torturante. Em qualquer um dos dois casos, quem narra é uma lembrança. Há um tempo decorrido entre os fatos narrados e a narração, que é o tempo da maturação espiritual ou pessoal, a depender se estamos a falar de um narrador-defunto ou não.

    Não obstante exista outra possibilidade interpretativa, entender o narrador como alguém já morto se coaduna melhor com o final, em que se diz: “quando a luz me acordou do esmaecimento eu me vi ofuscado por ela e não pude enxergar nada”. Sugere-se o fantasmagórico, com a presença do irmão mais velho (morto) que conduzirá o menino à sua mãe (morta).

    Essa é uma cena bastante clichê em narrativas insólitas, mas no conto ela tem forte peso imagético e simbólico, o que, inclusive, não é ocultado pela narração: o narrador diz, ao fim e ao cabo, “eu estava a salvo”. Ou seja, a luz é a salvação; o amor maternal é luz.

    Mais interessante as coisas ficam quando sabemos que um dos significados de “Joshua” é “Jesus”. Juntando os elementos, o irmão do personagem Joshua diz que ele será conduzido à presença de sua mãe. Menção simbólica à Maria, mãe de Jesus? Se o for, o chiqueiro de águas barrentas significa o sofrimento pelo qual teria passado o personagem bíblico, que entrou para a história da humanidade por pregar, dentre outros valores, a resignação diante do sofrimento. Ora, quando o personagem diz às outras crianças “tomem um pouco d’água. Vamos esperar […]” é de resignação que ele fala.

    O conto apresenta algumas construções desagradáveis do ponto de vista da eufonia, como “estriDENTE de DENTEs; “Perguntei o dELA: AriELA”; “[…] nossos pais viriam nos buscAR para nos tirAR daquele lugAR.

    Em “olhei para as outras caras assustadas e percebi que eles eram menores do que eu”, uma estranheza: ELES? Na oração, o referente é CARAS ASSUSTADAS, e no contexto é CRIANÇAS, ambas as situações no feminino. Logo, seria ELAS.

    Em “pensei no meu irmão, Zamir, que tem essa idade e aquele tamanho” há um problema de mistura de tempos verbais, com PENSEI (passado) e TEM (PRESENTE). No mesmo trecho temos ESSA e AQUELE, em que o primeiro sugere proximidade e o segundo, distância. Considerando que o referente é objeto da memória do protagonista, entendo não caber o ESSA.

  23. Fernando Cyrino
    3 de junho de 2017

    Olá, Judah, cá estou eu às voltas com a sua história. Uma história interessante, um enredo bom, mas que vai se diluindo ao meio, até ganhar um tanto de força novamente ao seu final. Não achei que funcionou bem a narração sendo feita por uma criança. Só que com palavras e jeito de adulto. Isto me gerou um certo desconforto, fez com que as coisas parecessem um tanto forçadas. Você escreve bem e me pareceu mesmo que lhe faltaram algumas boas horas para trabalhar um tanto mais o texto fazendo-o realmente vibrante aos olhos. Abraços e boa sorte.

  24. Ricardo Gnecco Falco
    2 de junho de 2017

    Olá autor/autora! 🙂
    Obrigado por me presentear com a sua criação,
    permitindo-me ampliar meus horizontes literários e,
    assim, favorecendo meu próprio crescimento enquanto
    criativa criatura criadora! Gratidão! 😉
    Seguindo a sugestão de nosso Anfitrião, moderador e
    administrador deste Certame, avaliarei seu trabalho — e
    todos os demais — conforme o mesmo padrão, que segue
    abaixo, ao final.
    Desde já, desejo-lhe boa sorte no Desafio e um longo e
    próspero caminhar nesta prazerosa ‘labuta’ que é a arte
    da escrita!

    Grande abraço,

    Paz e Bem!

    *************************************************
    Avaliação da Obra:

    – GRAMÁTICA
    Algumas (poucas) falhas passaram pela revisão do autor. Nada que atrapalhe na leitura do conto. Vou evidenciar apenas a que se segue, pois imagino que a mesma seja bem difícil para o próprio criador a enxergar: “Olhei para as outras caras assustadas e percebi que eles eram…”.

    – CRIATIVIDADE
    Boa. Mesmo curto, este trabalho denota uma tensão ímpar e uma ótima sacada, que é a de juntar homem e porco/javali em uma figura só. Achei bem legal isso. Parabéns!

    – ADEQUAÇÃO AO TEMA PROPOSTO
    120% adequado (estou dando 20% de ‘bônus’ para todos os autores que se libertaram das amarras da imagem-tema do Certame).

    – EMOÇÃO
    Muito boa. Misturar criancinhas num buraco escuro, gemendo e chorando, apenas esperando o momento de serem escolhidas para o abate não tinha como não gerar muita emoção, não é verdade? 😉 Principalmente quando elas não são poupadas no final. Inclusive, sobre o final, gosto quando eles remetem ao amor quando os personagens estão a experimentar o momento derradeiro em meio a sofrimentos cruéis demais. Vemos isso muito em filmes, como Gladiador, O último dos Moicanos e afins. Esposas, filhos, e aqui mães, todos amorosos, vêm como anjos em auxílio aos sofredores, no momento final de grandes sofrimentos. Confesso que acho que isso não é por acaso… Deve ser assim mesmo o momento final de quem muito amou e muito foi amado, mesmo enfrentando as piores das dores, torturas, sofrimentos… O amor vence no final. E supera tudo. Enfim… Sempre me emociono com estas contraposições. 🙂

    – ENREDO
    Em um provável campo de concentração nazista, sugerido pelo autor através de referências semitas, criancinhas (provavelmente judias) são confinadas em um ambiente degradante e vivem seus últimos momentos em meio ao medo e tormentos inimagináveis, até que o pior se torna real.

    *************************************************

  25. Jose bandeira de mello
    1 de junho de 2017

    O conto eh bem escrito, porem repleto de portas abertas que deixam nos leitores mil formas de interpreta-lo. Na verdade o autor fornece uma cena…e que o leitor faça uso dela ao seu bel prazer. Eram crianças mesmo? Onde estavam? Quem surgia na porta? Quem narrava? Para onde foi o protagonista? Milhoes de filmes distintos podem sair dessa cena, presumo. Penso que o autor poderia se comprometer um pouco mais com a trama e nos fornecer algo mais do que choros reais e lembranças, luzes misteriosas, claridades imaginadas, sons vindo nao se sabe de onde, luquidos que nao se sabe o que eh, chamada de um irmao que nao estava ali…
    Gostei do nao comprometimento da cena a foto, mesmo lendo o autor se justificando nos comentarios. Prefiro analisar como se houve uma referencia a foto apenas, e nao que.o leitor.deve imaginar a cena que ira se suceder a essa. Ae nao vale. Fiquemos com que esta aqui, e que foi uma desobediencia muito interessante.
    Finalmente acho que a cena foi envolvente, de certa forma dramatica e descrita em bom vocabulario. Secesso ao autor.

  26. angst447
    31 de maio de 2017

    Olá, autor, tudo bem?
    O título do conto e o pseudônimo já nos colocam dentro do contexto abordado. Daí é deixar a imaginação correr e fazer a interpretação subjetiva.
    O tema proposto pelo desafio foi abordado de forma particular, diria que metaforicamente, mas está lá.
    Há pequenos erros no texto, como a questão mau/mal, mas nada de muito grave.
    Os parágrafos curtos não me incomodaram em nada, muito pelo contrário. Passaram a ideia de um longo poema, uma espécie de réquiem. A leitura flui fácil graças ao ritmo cadenciado das frases.
    O enredo é sensível e ao mesmo tempo duro, mantendo o leitor sob um suspense angustiante. As crianças sumindo uma a uma, sendo levadas por um carrasco assustador, entre sons tenebrosos e sombras da dúvida sobre o destino de cada um.
    Também interpretei o final do conto como a morte do menino, sendo resgatado pela mãe e pelo irmão que também já haviam partido. Nada de poupar criancinhas, né? 😦
    Boa sorte!

  27. Gustavo Castro Araujo
    31 de maio de 2017

    Este conto tinha tudo para ser um dos melhores do desafio. Primeiro porque está claro que a pessoa que o escreveu é experiente, conhece da matéria, sabe construir um bom enredo. Segundo porque o enredo é criativo, dando uma roupagem original ao homem e ao javali, transformando-os em um só. Por fim, porque o suspense criado é muito angustiante. As crianças presas em uma cela com medo da porta que se abre, vivendo (e morrendo) por uma contagem regressiva. Rapaz, é mesmo de gelar a espinha… O problema é que o conto é curto demais, o que frustra o leitor. Essa frustração é ainda maior porque se percebe que havia material para ir muito mais além. Não seria demais abordar as alianças entre as crianças de modo a evitar que fossem as próximas escolhidas. Também poderia haver traições, laços de amizade, sacrifícios, enfim, poderiam ter sido abordados diversos aspectos da psicologia humana, nossos pecados e nossas virtudes, tudo condensado num universo infantil, mas ainda assim real. Fica a dica, caro autor, para que você expanda esse excelente material que tem nas mãos, porque o que se vê, agora, é um trailer de algo que pode ser bem mais interessante. Em suma, um bom trabalho, acima da média aqui no desafio, mas que pode (e deve) ganhar corpo e se transformar numa obra verdadeiramente fantástica.

    • Gustavo Castro Araujo
      31 de maio de 2017

      Agora, depois de ler os comentários, venho aqui complementar: de fato, há certa alusão aos métodos nazistas de tortura dispensados às crianças. Isso se reforça pelo pseudônimo adotado pela pessoa que escreveu e também pela alusão a um termo judaico. Nesse contexto, não é difícil imaginar que as crianças estão em um campo de concentração, esperando, uma a uma, pela hora final. Esse ponto de vista só reforça a qualidade do conto, mas por outro lado aumenta a sensação de frustração a que me referi. Primo Levi, em “É Isto um Homem?” narra com crueza e precisão o dia a dia dos prisioneiros de Auschwitz, abordando-os em sua plenitude, revelando o que tinham de bom ou mau, a malícia, os pequenos crimes que praticavam uns contra os outros em busca da sobrevivência. Isso poderia ter sido abordado aqui, pois embora se trate de crianças, também elas estão sujeitas a pressões, a agir pelo bem ou pelo mal diante de um perigo extremo. Enfim, só para deixar registrado que gostei muito do seu conto e que queria vê-lo ganhar mais e mais linhas, à luz dessa abordagem a que me referi. De todo modo, mais uma vez te parabenizo pelo trabalho. Um abraço!

    • Judah
      1 de junho de 2017

      Puxa, chefia…
      Muito obrigado (a).
      Tudo anotado.
      😀😀😀😀

  28. Judah
    30 de maio de 2017

    Amigos e amigas ,

    Resolvi postar um comentário sobre a colocação que tenho recebido em relação à falta de adequação ao tema.
    Convido-os ao exercício de ler o conto pensando que os fatos nele narrados ocorrem logo anteriormente à cena da imagem.
    Pensem que a tortura é vista sob o ponto de vista de uma criança e estava escuro.
    Pensem que havia javali, que acompanhava o homem.
    Pensem que a criança via o homem e escutava o javali.
    O que ela achava que via?

    O propósito de postar esse comentário é antecipar a vocês que construí cada linha tomando partida da imagem. Respeito, sem dúvidas, quem entenda que eu não consegui.

    Abraço a todos!

  29. Victor Finkler Lachowski
    30 de maio de 2017


    https://polldaddy.com/js/rating/rating.jsUm conto tocante.
    A ideia de tocar um tema tão pesado como o nazismo do ângulo infantil é bem interessante (vide O menino do pijama listrado).
    A ideia do homem-porco como imaginação do narrador é muito legal, a linguagem é simples e funciona bem, narrativa bem construída.
    Encontrei poucos erros de gramática.
    O enredo tem início, meio e fim, o meio infelizmente é muito raso, passa voando e dá a sensação de estagnação, algo que poderia ser interessante seria mostrar situações do cotidiano que o narrador enfrente naquele lugar e mostrar mais alguns personagens daquele leio, enriqueceria bastante o conto.
    Um conto tocante e bem escrito, porém, raso no seu meio.
    Boa sorte no desafio e nos presenteie com mais obras,
    Abraço.

  30. Victor Finkler Lachowski
    30 de maio de 2017


    https://polldaddy.com/js/rating/rating.jsOlá Judah,
    Adequação ao tema: bem parcial, não retratou a foto do desafio em sua plenitude
    Gramática: um ou outro errinho, mas nada de mais,
    Criatividade: a história de um tema tão sério e triste quanto o nazismo visto pelo ângulo juvenil é sempre interessante (vide O menino do pijama listrado), a concepção do homem-porco como fruto da imaginação é uma ótima sacada,
    Enredo: início, meio e fim, pena que o meio é raso, uma dica: colocar mais situações para o narrador enfrentar e descrever mais o cotidiano e os personagens que estão ali presentes, enriqueceria bastante sua prosa.
    É um conto muito tocante, porém, raso no meio.
    Boa sorte e nos presenteie com mais obras,
    Abraço.

  31. Fátima Heluany AntunesNogueira
    30 de maio de 2017

    O ponto alto do conto está no foco narrativo, a primeira pessoa e o narrador menino tornaram a trama envolvente, sugestiva e faz o leitor trabalhar, buscar dicas nas entrelinhas. É a visão do garoto aprisionado com outras crianças, que as vê serem levadas pelo Homem-Porco. Imagens fortes que impressionam. Parece-me, realmente, uma cena de nazismo X judeus — apresentada de forma inusitada e interessante, pena que não houve uma melhor adaptação à fala infantil.

    Leitura fluente e ágil, graças às frases-parágrafos, bom vocabulário e ótima ambientação. Interpretei o desfecho como a morte e o reencontro da família e amigos no Além. Não sei dizer se a imagem-tema está bem retratada na narrativa; o Homem-Porco seria a assimilação dos dois elementos?

    No geral, é trabalho muito bom, apenas um ou outro desvio gramatical, nada importante. Parabéns pela participação e abraços!

  32. Rubem Cabral
    30 de maio de 2017

    Olá, Judah.

    Resolvi adotar um padrão de avaliação. Como sugerido pelo EntreContos. Vamos lá:

    Adequação ao tema:
    Se considerarmos todos os elementos da foto, o conto apenas atende ao tema de forma parcial. Não há javali, não há a cena do homem com a mala e o javali na trela, por exemplo.

    Qualidade da escrita (gramática, pontuação):
    Não me agradou muito a narração “quebrada” em parágrafos tão curtos. Há uma
    troca de mau x mal em “Mas era um sorriso do mau.” (o correto seria “do mal”). Lembre-se: mau é o antônimo de bom e mal o de bem.

    Desenvolvimento de personagens, qualidade literária (figuras de linguagem, descrições, diálogos):
    O menino-narrador foi bem construído. Não houve diálogos. A narração foi simples, mas correta.

    Enredo (coerência, criatividade):
    O enredo é bom, pois inclusive dá margem a interpretações distintas: o homem-porco era real? O menino morreu e foi para o Paraíso, onde já esperavam sua mãe e seu irmão, ou ele foi de alguma forma resgatado?
    O conto passa a impressão de se passar durante a 2a guerra, que as crianças judias estavam em algum tipo de campo de concentração.

    Obrigado pela leitura e boa sorte no desafio!

    • Judah
      30 de maio de 2017

      Puxa Rubem…
      O correto seria: “sorriso do mal” OU “sorriso mau”…
      Tem razão!
      Obrigado(a).

  33. Afonso Elva
    29 de maio de 2017

    A voz do narrador não funcionou bem. Parece uma mescla de adulto e criança… Em momento algum notamos um garotinho falando. Outro problema foi a adequação ao tema :(, não o vi de forma nítida, e nem alusiva. E terminar com um sonho, apesar de clichê, sempre funciona se a situação em que o personagem sonha, fizer alguma referencia ao sonho, ou se os lugares, sonho e realidade4, possuírem alguma relação minima. De outra forma, como o autor colocou, pareceu mais uma desculpa, como quando matamos um personagem por não sabermos o que fazer com ele…
    forte abraço

  34. Iolandinha Pinheiro
    28 de maio de 2017

    Vamos lá. Primeiro, meus parabéns pelo excelente conto. Foi rápido, foi certeiro, foi intrigante, mexeu com as emoções e a percepção desta leitora que vos fala. A princípio imaginei que não eram crianças, mas porquinhos esperando o abate, mas afastei a ideia porque o narrador falou em escola, e porcos não estudam. Depois pensei que era uma espécie de inversão de fatos reais, com porcos devorando pessoas, mas o homem- porco as colocava em uma mala (aí se nota o esforço de colocar a imagem tema no conto ), mas aí eu me atentei para o nomes do autor – Judah, e para o fato do homem porco (porco nazista?) falar com uma voz rascante, que lembra a língua alemã, então, imaginei que era a visão de uma criança judia presa em um campo de concentração, separada dos parentes e esperando a morte. No fim o menino passa pelo mesmo processo que todos os outros, mas, no final, acorda em um lugar luminoso onde estão a mãe e o irmão (seria o céu?), ou tudo teria sido apenas um pesadelo?. E para embaralhar mais ainda a minha cabeça, o nome do irmão ZAMIR é de origem árabe. Será que tem a ver com os conflitos entre os judeus e os palestinos. Não sei. O autor nos deixa estas questões e a gente que se vire para montar este quebra-cabeça, porém, eu adoro desafios e pelo menos no meu caso, não prejudicou em absoluto a minha felicidade em ler este conto, tão veloz e envolvente. Gostei demais.

  35. Jorge Santos
    27 de maio de 2017

    Conto que narra a história angustiante de um leitão que vê serem retirados os seus irmãos de ninhada, um a um. O suspense é mantido de forma elegante. O conto é lido de um fôlego, à medida que absorvemos toda a sua carga emotiva. Conseguimos sentir a espera e a desorientação de um condenado. O desfecho é esperado mas apresentado de uma forma muito vista.

  36. Catarina
    27 de maio de 2017

    INÍCIO com uma boa frase de efeito. A TRADUÇÃO DA IMAGEM ficou meio desfocada e senti falta do javali. Se fosse um porco selvagem… Vá lá.
    A divisão das frases em parágrafos separados tirou um pouco da fluidez necessária em um conto de suspense.
    A técnica apurada, aplicada na conclusão do conto, causou o mesmo EFEITO de acordar de um pesadelo. Boa.

  37. Roselaine Hahn
    25 de maio de 2017

    Olá Judah, gostei muito do seu conto, frases curtas, tiro certeiro. Enredo bem estruturado e a presença do melhor efeito que um texto pode causar no leitor: emoção. Por vezes cheguei a pensar que as crianças também eram porcos, na engorda para o abate, enfim, um texto que remete a enes interpretações. Parabéns, sucesso no desafio.

  38. Gilson Raimundo
    25 de maio de 2017

    A história de um pesadelo que apesar de dramática é muito curta, os sentimentos são condensados numa escrita breve que não me deixou apreciar a criatividade do autor, quase não teve desenvolvimento, foi rápido e rasteiro, pouca ação dos personagens como em uma manchete de jornal, esperava mais dramas, interações, propósitos. Entender quem era a criatura, enxergar a figura proposta pelo desafio que foi minimamente aludida, não que o autor deveria ficar preso a ela. Eu queria um pouco mais.

  39. Brian Oliveira Lancaster
    25 de maio de 2017

    EGO (Essência, Gosto, Organização)
    E: História simples e comovente. Achei que leria uma versão terror, mas ao término, ficou a sensação de tristeza mesmo. Tem uma pegada realista embutida e nos leva a crer que o homem apenas vestia uma fantasia e não seria realmente uma mutação.Intrigante.
    G: Bem, o ponto alto é a narração do menino. Quase de repente entendemos que não há saída e que, ao fim, restou-lhes apenas o consolo do “outro lado”. Tem emoções bastantes fortes. Poderia ter parágrafos mais extensos? Poderia, mas talvez estragasse a experiencia geral. Senti falta de mais presença do javali (eu associei o comportamento ao psicopata).
    O: Bem escrito, com sensações profundas. Nada me incomodou (talvez apenas as frases soltas, mas aí é questão de estética e não enredo). Texto que “pega” mais pelo lado opressivo. Se fosse defini-lo em uma palavra? Agridoce, talvez. Pelo fim.

  40. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    24 de maio de 2017

    Olá, Judah,
    Tudo bem?
    Quando seu conto teve início, pensei se tratar de uma espécie de conto de fadas de terror. Você falou de bruxa e a imagem veio logo. No entanto, logo nas próximas palavras, percebi que não. Seu texto fala de algo extremamente duro e, infelizmente, mais real do que possa parecer, embora tratado de maneira tão onírica, quase delicada.
    A narrativa, do ponto de vista de uma criança, já é por si só um grande aliado do autor, que cria uma empatia quase que imediata com o seu leitor. Mas o ponto forte de seu trabalho está (ao menos em minha opinião), justamente na maneira como você “não mostra” tudo o que acontece. O narrador é “inocente” e não entende tudo que se passa a seu redor. Isso dá, não só uma credibilidade imensa à narrativa, como causa um terror ainda maior no leitor.
    Imaginar a criança sendo colocada dentro de uma mala é algo terrível. Uma imagem que vai além de qualquer palavra com a qual você pudesse descrever a cena. Suas escolhas mostram que você é um contador(a) de histórias muito consciente de suas escolhas.
    Esse “não mostrar” das cenas permite que cada leitor localize seu menino em um determinado cenário. O meu, estava no trem, rumo ao Campo de Concentração e o porco era um nazista com máscara de gás no rosto. Talvez as crianças da “mala” rumassem para o extermínio com o gás. Talvez a mala não fosse mala propriamente, afinal trata-se da visão de uma criança.
    A utilização da linguagem relacionando porco e judeu colabora para que eu imagine que a cena se desenvolve de fato na Segunda Guerra mundial. Judeus eram chamados de porcos, e, mais que isso, para os judeus, porcos também são sinônimo de impureza. Tanto é que estes não o consomem.
    Vale lembrar que milhares de crianças morreram em campos de concentração, mas, infelizmente, outras tantas morrem hoje em barcos de refugiados rumo à Europa, então, seu texto cabe em muitas e tristes realidades.
    Parabéns pelo belíssimo conto.
    Beijos
    Paula Giannini

  41. Antonio Stegues Batista
    24 de maio de 2017

    Na primeira leitura não entendi a história, mas depois, lendo os comentários vi que se tratava de crianças judias prisioneiras de guerra, inclusive o pseudônimo tem uma relação. As frases não estão muito bem adequadas, mas a descrição tornam o ambiente sombrio, arrepiante.Deveria ter dado uma pista do que se tratava, pois assim, é difícil saber o que se trata a história, mesmo com as pistas que há.

  42. Priscila
    24 de maio de 2017

    Texto extremamente emocionante! Senti no fundo da alma cada momento da leitura! Baita escritora! Arrepiada!! Texto forte, que prende o leitor! Perfeito!

  43. Jowilton Amaral da Costa
    23 de maio de 2017

    Um bom conto. As frases curtas dão ao texto um bom ritmo. Dão uma angustia que o conto pede. Não percebi erros gramaticais. Achei o final um pouquinho iluminado demais para um conto que se conduzia para algo mais escuro. Boa sorte.

  44. Vitor De Lerbo
    23 de maio de 2017

    Um dos contos mais intensos que li até agora no desafio.

    Me parece claro que o ambiente descrito é um campo de concentração na Segunda Guerra mundial. Os nomes das crianças e o destino da mãe e do irmão de Joshua, que também foi a morte, dão mais força a esse pensamento – assim como a menção às bombas. Por sinal, não mencionar exatamente tudo o que envolve a história e deixar a função de ligar os pontos para o leitor me fez gostar ainda mais do conto.

    Uma única ressalva: a narrativa em primeira pessoa, que, nesse caso, deixa a trama atrativa por todo o mistério e medo do garoto, acaba tendo um revés; é difícil imaginar uma criança se expressando dessa maneira – mesmo uma criança da década de 40.

    Quanto ao Homem-Porco, creio que isso seja uma imaginação criada pelo pavor do garoto. O som de dentes e bufadas por trás da porta, aliás, podem indicar que esse homem até possuísse um javali que fazia parte da tortura, o que configuraria a imagem do conto.

    O final é um feixe de luz em meio às trevas.

    Boa sorte!

    • Judah
      23 de maio de 2017

      Olá Vitor,

      Agradeço sua interpretação apurada e o comentário positivo.
      Você compreendeu a história como ela se formou sob o meu ponto de vista.
      Um abraço!

  45. Neusa Maria Fontolan
    23 de maio de 2017

    Isso é um sonho ou ele morreu? Fiquei a pensar aqui, e a princípio optei pela morte, mas de onde apareceu esse homem porco? Qual a finalidade de enfiar as crianças em uma mala? Então ficou a dúvida. O menino sonhava ou morreu?
    Não deixa de ser um bom conto, meus parabéns
    Boa sorte

  46. Luis Guilherme
    22 de maio de 2017

    Boa noite amigo, td bem?

    Peço desculpas antecipadas por possiveis erros na escrita. . detesto digitar no cel rsrs.

    Cara, teu texto eh pesado. Gostei bastante do enredo e da forma como foi contado. Os parágrafos curtos dão velocidade à história, que prende e angustia.

    Porem, tenho uma ressalva: achei que o conto se encaixou muito mal no tema. Nao que isso vá tirar o brilho do todo, mas acaba sendo um ponto que chama atençao.

    Quanto à imagem da capa, que bizarra! Adorei!

    Me senti no lugar da pobre criança vendo aterrorizada aquele monstro surgindo. Pelo jeito, um monstro simbólico, certo?

    Enfim, belo conto, pesado e que me prendeu na leitura. Parabens!

  47. Olisomar Pires
    22 de maio de 2017

    1. Tema: Adequação inexistente.

    2. Criatividade: Boa. Crianças sequestradas ou abandonadas aguardam algo terrível.

    3. Enredo: As cenas se conectam e criam a sensação de medo e apreensão.

    Por ser em 1ª pessoa e o narrador ser uma criança não temos a menor idéia do que ele está vendo realmente. São impressões de um personagem extremamente fragilizado.

    4. Escrita: Muito boa, a leitura flui tranquila.

    5. Impacto: baixo.

    Infelizmente não sabemos o que se passa ou o que se passou. Há a tentativa de empatia pela situação das crianças amedrontadas e sujeitas a alguma violência.

    Boa sorte.

  48. Anorkinda Neide
    22 de maio de 2017

    Olá!
    Então, criancinhas não foram poupadas 😦
    O texto é bom, a leitura flui, não entendi os parágrafos, mas deve ser a formatação do site.
    Vc criou um bom clima, quer dizer, um clima ruim, pesado, terrível..hehe
    Entendi q ele morre e o irmaozinho vem buscá-lo, mas vc deixou aberto para a interpretação de q ele foi salvo, e como eu acho isto muito improvável, fui na morte mesmo.
    Não há explicações quanto ao malvadão, às correntes, à mala, mas não importa num texto curto onde o enfoque é o choque da cena em si.
    Também entendi que o olhar da criança via o homem como um monstro, meio porco, afinal ela estava assombrada. Muito triste..
    Parabens pelo seu conto, autor(a)
    Abração

  49. juliana calafange da costa ribeiro
    22 de maio de 2017

    Já que você escolheu narrar em 1ª pessoa, e já que seu narrador aparentemente morre no final (eu entendi q a mãe e o irmão estão mortos e vieram buscá-lo), teria sido bom que vc usasse uma voz de criança. Isso humanizaria o personagem e ajudaria a criar um elo com o leitor. A história é muito louca, isso me agrada, gosto de histórias malucas. Vc cria bem o clima de suspense, mas algumas coisas, além da voz do narrador, me incomodaram: ele só vê a silhueta do homem-porco, mas dá pra ver que ele está sorrindo um sorriso mau; O homem-porco ora ronca, ora ruge, e a gente acaba não conseguindo visualizá-lo na leitura, quebra o clima. Fica muita coisa em aberto: que lugar é esse? De onde veio esse homem-porco, como é possível? O que têm as bombas a ver com isso? Há uma guerra lá fora? Aparentemente a 2ª GM, se eu me guiar pelo figurino da imagem-tema do desafio, mas quem não viu a imagem vai entender isso? Além da menção a D’us, qual a relação dos judeus com a história, o porco? Achei fraco esse elo. Com a quantidade de palavras que vc ainda podia usar neste desafio, dava pra ter desenvolvido um pouco mais os personagens e o ambiente, pra que algumas coisas fossem esclarecidas para o leitor. Porque a gente acaba com tanta dúvida que fica difícil alcançar o que vc quis dizer com seu conto. De qualquer forma, um conto com grande potencial! Parabéns!

  50. Priscila Pereira
    22 de maio de 2017

    Oi Judah, que texto intenso… muito angustiante, você soube criar o clima de suspense e terror muito bem. Não acredito que foi só um sonho, imagino que ele tenha morrido e encontrado com sua família que também estava morta. Gostei bastante, parabéns!!

  51. Evelyn Postali
    22 de maio de 2017

    Oi, Judah,
    Gramática – Tem um ou outro erro e nada mais. Está bem escrito e a leitura é corrida porque as frases são curtas e de construção competente.
    Criatividade – Muito intrigante. Existem muitos elementos que, dentro da história têm funções diferentes. A corrente, a ressaltar a força e o medo pela força. A corrente, como símbolo da força do outro, ou de nosso aprisionamento, no caso, do aprisionamento das crianças. Fiquei a pensar sobre a mala e sua finalidade, e para onde eram levadas. Mas também veio à mente a alegoria. Esse conto me pareceu uma alegoria a toda a matança que aconteceu na Segunda Grande Guerra. A imagem do porco devorador de criancinhas, porque elas não escavam das atrocidades impostas. E nesse sentido, a mala pode ser a viagem para o desconhecido. Pode ser o caixão que encerra e mata a infância, que leva embora todas as lembranças. Mesclar o homem ao porco(javali) talvez tenha sido a parte mais simples, porque homens em guerras perdem a humanidade. No meu entendimento, Joshua morreu, assim como a mãe e o irmão menor. Esse conto não é um sonho. Ele não sonhou. Ele viveu e no seu olhar de criança, o algoz é um monstro. E o final é o encontro das almas ou espíritos, que seja, ou o que sobra de nós, se é que isso é possível. É um conto cruel, no bom sentido, porque desperta em nós a consciência da crueldade e a nossa fragilidade frente ao que, tanto se pode infligir, quanto sofrer. Eu poderia falar de muitas coisas aqui, mas me contenho pelo tempo e pelo espaço. Deixo que outros possam resgatar do conteúdo desse seu texto outras tantas interpretações.
    Adequação ao tema proposto – Totalmente adequado.
    Emoção – O suspense é ressaltado pelas frases curtas e pela pouca informação.
    Enredo – Começo, meio e final aberto, mas nem tanto, no meu entendimento.
    Parabéns pelo conto!
    Boa sorte no desafio.
    Abraços!

    • Judah
      22 de maio de 2017

      Evelyn,

      Estou muito grato (a) com sua leitura e por sua interpretação. É realmente recompensador ser tão bem compreendido (a).
      Um abraço.

    • Evelyn Postali
      22 de maio de 2017

      *escapavam

  52. Milton Meier Junior
    22 de maio de 2017

    Gostei bastante do conto. Bem escrito, reflete bem o terror e o medo da situação. Certos momentos beiram o abstrato, quase um sonho (ou no caso um pesadelo), mas isso em nada denigre a narrativa. parabéns!

  53. Iris Franco
    21 de maio de 2017

    Olha, fiquei com o coração na mão! Você conseguiu passar bem a sensação de angustia.

    O final, depende do otimismo das pessoas. Gostei do final também, este final foi a cereja do bolo do seu conto.

    Também gostei do fato do homem ser retratado como porco, um pelo fato de essa a visão do eu-lírico que infantilizou a situação e depois, pela inversão, pois era assim que os judeus eram chamados na 2ª Guerra.

    Muito bom, simples, direto e doce.

    Tratou de um tema difícil com sabedoria.

    Parabéns!

  54. Matheus Pacheco
    21 de maio de 2017

    Eu ia perguntar o que era D’us até ver o final do conto…
    Eu achei um suspense excelente, mas tem um tom muito abstrato, como se fosse o sonho do garoto, coisa que eu realmente acho que é…
    Excelente conto e um abração para autor.

  55. Ana Monteiro
    21 de maio de 2017

    Olá Judha. Que pesadelo deu ao pobre menino! Ao menino mas não a quem lê. Como sempre começo pelas falhas: e fico por aqui, pois são tão poucas e mínimas que nem merecem menção. Pode ter uma parte ou outra menos perceptível, mas, considerando por um lado o que é o olhar duma criança e, no final, o facto de se tratar de um sonho, tudo fica explicado sem necessidade de mais. Tem um bom enredo, não falta emoção, a inocência infantil confere-lhe coerência, onde poderia faltar alguma, a linguagem é adequada. Só o que fica um pouco de fora é o tema proposto. De resto está tudo bem conseguido. Boa sorte!

    • Judah
      21 de maio de 2017

      Olá prezada leitora.
      Agradeço seu comentário generoso.
      Sobre o texto ter o propósito da imagem, tente fazer o exercício de lê-lo pensando que a cena do conto ocorre previamente à da imagem do desafio.
      Essa foi a ideia.
      Obrigado (a)

  56. Lucas F. Maziero (@lfmlucas)
    21 de maio de 2017

    O autor ou autora soube descrever de forma a comover com sua história triste e macabra. Está bem estruturado o conto, só uma coisinha de nada me incomodou, que é o elemento da mala. Na verdade, qual foi a finalidade dela? Se as crianças eram mantidas ali em poder da besta, o propósito de tirá-las de lá e as colocarem dentro da mala ficou sem sentido. Mas nada que ofusque a ideia geral. Gostei.

    Parabéns!

  57. Mariana
    20 de maio de 2017

    Um texto forte que não precisa de uma torrente de palavras para causar sensação nos leitores. A imagem foi apenas evocada, mas nada que tire o brilho da narrativa. Gostei do final, a morte de uma criança deve ser tratada com o respeito que o lirismo do narrador dá. Só uma curiosidade, Joshua seria Jesus?

  58. Marcelo Milani
    20 de maio de 2017

    Caro Judha, parabéns por desenvolver uma das mais difíceis narrativas da literatura, o suspense. Esse homem porco veio da onde meu brother? Mutação genética da segunda guerra pelos nazistas? Invasão alienígena ou apenas um cara com uma cabeça de porco? O Joshua tava dormindo, foi resgatado ou perdeu o fôlego de vida? Quanta interpretação. Não fique só no conto, continue ele… #FiqueLongeDoHomemPorco

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Publicado às 20 de maio de 2017 por em Imagem - 2017 e marcado .
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