O Senhor Verme orgulhava-se de suas grandes fazendas e indústrias. Os javalis, além de hábeis aradores da terra e grandes produtores de esterco, eram operários resistentes, rápidos e obstinados em suas funções. Produziam toneladas de adubo e aravam quilômetros de terras com o mínimo de ração e descanso, o que deixava o Sr. Verme cada dia mais rico e feliz. O senhor, mesmo com uma grande margem de lucro, percebeu que se os javalis, além de produzirem a matéria prima, também fabricassem o fertilizante, seu lucro seria ainda maior, controlando assim toda a cadeia produtiva. Milhares de porcos foram demitidos e substituídos pelos javalis que acumularam as funções javalinescas e porqueiras. Trabalhavam até a morte por exaustão e seus corpos eram prontamente aproveitados na indústria de carne, couro e sabão.
Quando o sistema foi implantado, diante de um futuro irremediável, os javalis aceitaram seu fardo com resignada tristeza. Ao menos tinham ração e um teto para se abrigarem durante a noite. O conformismo não atingiu Favali, um macho ruivo e robusto, o primeiro a abrir os olhos na ninhada. A situação o incomodava profundamente e, nos raros intervalos, conversava com seus colegas de trabalho sobre sua revolta. Tinha a fala prejudicada por desenvolver enormes presas, mas por onde passava arrastava em sua sombra um bando de seguidores. Depois de um exaustivo dia de trabalho na chuva, Favali parou à frente da manada e tomou a decisão de sua vida:
– Focês me conhefem, eu fou o Favali e frecisamos converfar. Quefidos famaradas, o que esfamos fafendo afui? For que frabalhamos fais for fenos fara foucos gafharem muifo? Famos lufar for nofos direifos à descanfo, féfias, condifões digfas de frabalho e particifafão nos lufros do Frenhor Ferme! Fifem fomigo e tofaremos o pofer. Eu fou o Favali, me figam!
– Favali! Favali! Favali!
Seu problema na fala em nada prejudicou sua meteórica ascensão política. Os javalis viam em Favali um líder hábil e feroz, logo o animal certo para representa-los. Por outro lado, os vermes temiam a popularidade de Favali e abasteciam campanhas para manter seus negócios escusos intocáveis. Favali sabia que não poderia mexer com os vermes enquanto o povo mamífero não tivesse consciência da própria força. Foram anos de batalha, mas a evolução social dos javalis era escancarada. Passaram a frequentar lugares antes exclusivos aos vermes, como grandes florestas longínquas, dormitórios limpos e aquecidos, jardins com novos frutos e árvores nunca vistas. Vagas nas Escolas Especiais Verméticas foram disponibilizadas para javalis e todos os demais animais. Em pouco tempo tínhamos javalis cientistas, artistas e pequenos empreendedores. Os javalis assumiram sua identidade e todos viviam em franca evolução. Embora ainda houvesse muito a fazer, pois os Senhores Vermes ainda detinham o controle da produção, os javalis não mais temiam os vermes, agora sempre quietos.
Uma grande crise veio conturbar o complexo equilíbrio das relações animais. A seca dizimou plantações. Com a mesma intensidade que Favali era amado por seu povo, também era odiado pelos vermes que não se conformavam com a crescente perda na margem de lucro e ainda ter que conviver com os javalis em lugares públicos, antes privativos. Assustados com o aumento da carga tributária, os vermes viram-se perdendo poder diante de uma insatisfação crescente das Vespas. O Sr. Verme criou uma federação para proteger os interesses deles, os verdadeiros proprietários daquele país. Eles que geravam emprego, eram donos das terras, dos imóveis e dos meios de comunicações. Acreditavam ter por direito natural e dever cívico controlar a inconsequência da ignorância dos mamíferos.
O Sr. Verme chegou muito bem vestido na Fiev (Federação das Industrias de Empreendedores Vérmicos).
– Dignos Senhores Empresários e Intelectuais, não podemos mais pagar o pato para sustentar esse bando de javali preguiçosos. Somos poucos, mas nunca perdemos totalmente o poder. Precisamos extinguir o mal pela raiz e instituir a meritocracia como condição básica para adquirir direitos.
– Matem o Favali, assumimos o poder e tudo se resolve. Já fizemos isso antes. – disse o General Mosca em tom raivoso.
– Com todo respeito, General, hoje isso não funciona, precisamos fazer tudo dentro da lei que criamos. Os próprios javalis elegeram os fungos que aprovaram nossas leis. Eles não terão como reclamar. Primeiro derrubamos a pata direita de Favali, a porca Filma, na CF, Congregação dos Fungos, de forma legítima. Através da mídia das Vespas enfraquecemos a base do chiqueiro. Arrancamos as presas do Favali uma por uma, até que sua própria manada o destrua e devorem-se uns aos outros. Os mais fracos nem perceberão o que está acontecendo. Conheço a natureza dos javalis, são crédulos ferozes, mas indolentes.
– Podemos sequestra-lo durante a noite. Dizem que ele dorme pesado. – Opinou o animado presidente do Semanário Viral.
– Negativo. Foi taxativo o Sr. Verme – tudo será feito às claras, com transmissão ao vivo pela Rede Vespasiana. Precisamos expor Favali como um líder morto. Quero investigação completa sobre a vida de todos os suínos que o rodeiam. Ninguém consegue chegar a tamanho poder sem sujar as patas. Sabemos bem disso. Como representante dos javalis, ele será julgado por todos os atos de sua espécie.
Quando o dia amanheceu os javalis não podiam acreditar no que viam. Suas casas e escolas fechadas e os jardins novamente cercados. Fazia muito frio quando levaram Favali acorrentado pela floresta. Seu algoz, um reles humano instrumento da máquina viral, levava seu prêmio pela captura numa mala sem o menor pudor. Com a cabeça erguida Favali olhava para a frente. Sabia que a luta estava apenas começando.
Conto político: sem dúvidas. No inconfundível (e bem conhecido) estilo da autora: ainda bem. Sujeito e desenvolvimento: fluido embora indigesto (para mim pessoalmente), na atual overdose de matéria análoga em jornais e noticiários que nos enfiam goela abaixo a toda hora…
ufa! chega!
Ótima analogia com os tempos atuais, rs. O conto começa e continua em um ritmo bom, achei que deu uma decaída nesse ritmo no final (ou será que fui eu que não queria que ele terminasse tão rápido?). Achei Favali fofo (o “fofo” combina até linguisticamente com ele, não?), ou seja, gostei de sua composição. Tem muito de javali, o homem está no comportamento deles enquanto vermes (achei isso ótimo! rs), enfim, está adequado, como não? A respeito da gramática, uma pouca coisa ou outra que passou pelas primeiras revisões, mas não me atrapalhou. Bom trabalho!
Sra. Bia Machado,
Fofo fombina fim fom Favali… Realmente o homem da mala aqui não foi nem coadjuvante, Seu papel não passou de uma figuração nessa confusão toda. Rsrsrs.
Muito obrigada por seus comentários.
(Prezado Autor: antes dos comentários, alerto que minha análise deve se restringir aos pontos que, na minha percepção, podem ser mais trabalhados, sem intenção de passar uma crítica literária, mas uma impressão de leitor. Espero que essas observações possam ajudá-lo a se aprimorar, assim com a leitura de seu conto também me ajudou. Um grande abraço).
Favali ( Dr. Galo)
ADEQUAÇÃO AO TEMA: tá. Tem o captor com o Favali no final. Tá falendo…
ASPECTOS TÉCNICOS: Gostei do tom do discurso do Favali. Ou seria um Dinofauro? Quanto ao enredo, utilizando a técnica da farsa, ao estilo Revolução dos Bichos, acho que ficará datado muito em breve. Eu sei, o autor dirá que é um tema universal, mas a construção apresentada está tão conectada ao momento político que, muito em breve, suas referências tornar-se-ão incompreensíveis. Assim como as anedotas políticas da abertura política do Planeta dos Homens. Ou como o exílio e desaparecimento do porco opositor na R. do B. – quantos associam isso ao assassinato de Trotsky no México?
EFEITO: panfletário. Uma fábula imoral, em todos os sentidos.
Sr. Daniel Reis,
Entendo e não temo que o conto fique datado, assim como George Orwell não deve ter se preocupado com isso.
Só não entendi a imoralidade do conto. Mas tudo bem.
Muito obrigada por seus comentários.
Boa ideia, enquadrar javalis e porcos como empregados e o Favali como líder sindical, que fala errado, inspirado eu sei bem em quem. Não vou dizer porque os ânimos estão muito acirrados ultimamente. Os “vermes” foi um ótimo apelido, melhor que “trouxinhas”. A menção a derrubar o favali legalmente é ótima. Belo conto político, atualizado, parabéns.
Sr. Wilson Barros,
Gostei do “conto político” e não “panfletário”. Acho que vou adotar a nomeclatura.
Muito obrigada pelo seu comentário.
Olá! Para organizar melhor, dividirei minha avaliação entre aspectos técnicos (ortografia, organização, estética), aspectos subjetivos (criatividade, apelo emocional) e minha compreensão geral sobre o conto. Tentarei comentar sem conferir antes a opinião dos colegas, mantendo meu feedback o mais natural possível. Peço desculpas prévias se acabar “chovendo no molhado” em algum ponto.
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Aspectos técnicos: não há muitos detalhes de ortografia, o conto está bem claro. O tema é sugerido no decorrer do conto e explorado literalmente ao final, com o humano guiando Favali. A narrativa funciona como metáfora – e está bem organizada nesse sentido, com a ascensão e a queda do líder Javali.
Aspectos subjetivos: a criatividade aqui se encontra na sobreposição dos animais no cenário político e, principalmente, no recurso linguístico que utiliza na fala do protagonista. Percebe-se o firme posicionamento maquiado pela analogia. Quanto ao carisma, Favali é inquestionável.
Compreensão geral: é até sacanagem rir das dificuldades de dicção do nosso amigo, mas é justamente isso que o torna tão cativante – a indiferença dos percalços perante sua liderança inata e sua determinação inabalável. Ótima sacada.
Parabéns e boa sorte.
Sr. Wender Lemes,
O que fez de Favali um herói para seus semelhantes? Seu carisma? Ou sua determinação? Ou seus objetivos? Ou seus defeitos que o aproximaram mais de seu grupo? Difícil definir.
Muito obrigada por seus comentários.
Uma metáfora de nosso cenário político nem um tanto discreta. Contos nesse formato tendem a cair no panfletismo, sem deixar muitas questões pro leitor resolver, de fazer uma leitura mais ativa. Senti que aqui não foi muito diferente. A comparação ao Lula, à luta de classes, à revista Veja e demais analogias ficaram meio óbvias e um tanto sem profundidade, ainda mais partindo de uma ideia que já foi super revista na Revolução dos Bichos, ou até em Maus. Acho que isso deu uma travada na minha leitura. Mas é um texto bem escrito, coeso dentro de seu contexto, dando um ar de fábula ao passar tudo bem rápido. A fala do Favali e a escolha em mantê-la por escrito foi muito boa.
Sr. Fil Felix,
Sim, é um texto explícito mesmo. Realmente não prezei pela sutileza e nem foi minha intensão. Rsrsrs. Pena que tenha travado sua leitura; isso eu não gostei. Quem sabe no próximo?
Muito obrigada por seus comentários.
Gosto de analogias politicas desde quando vi a revolução dos bichos hehe.
Muito bom seu conto, reflete o cenário BR.
As falas do Favali ficaram perfeitas! Se o lula fosse uma lula seria clichê demais, ainda bem que não pensou nisso.
Eu gostei muito da ideia de trazer essa luta “de classes” para a história. o conto não tem erros gramaticais. Parabéns mesmo.
Sr. Raian Moreira,
Acho que a luta de classes na história está longe de acabar. Aqui no Brasil então…
O Favali tinha que ser um javali mesmo.
Muito obrigada por seus comentários.
Amigo Dr. Galo,
Muito legal a sua história. Interessante como você conseguiu misturar as notícias do nosso país na atualidade com uma foto que, a princípio, é impossível de se combinar com o que quer que seja. Parabéns. Gostei também que no seu texto a imagem tema do desafio (com o cara de sobretudo, a mala, o javali etc) não apareceu gratuitamente. Tudo tem um porque de estar ali. Até o problema na fala ficou bem colocado hahahaha.
Quanto à crítica social, também achei muito interessante e bem bolada. Acho que literatura serve pra isso mesmo (também), não apenas como entretenimento. A melhor literatura é aquele nos faz pensar, questionar e refletir, e o seu conto acertou em cheio em todos esses critérios. Parabéns.
Sr. Thiago de Melo,
Acredito na literatura também como instrumento de reflexão. Nestes tempos de literatura volátil é importante que o texto gere algo diferente dentro do leitor. Às vezes conseguimos, outras não.
Muito obrigada por seus comentários.
Olá autor(a),
O teu conto é muito engraçado, tem um toque de humor na medida.
Eu gostei muito da ideia de trazer essa luta “de classes” para a história.
O Favali é meio que o Lula!? Pensei nisso porque me pareceu a ideia de trazer a figura dele como um líder popular, sindicalista, com problemas de dicção, como o Lula.
Sem anotações sobre erros gramaticais, pois não os notei.
Um abraço,
Sra. Sabrina Dalbelo,
Alguém disse que o humor é a arma mais séria contra a ignorância. Acho que Favali é meio que um operário que ousou pensar fora da caixinha como parte de um todo, que conseguiu conquistas históricas e cometeu erros. Mas como a história não terminou, não sabemos o que virá.
Muito obrigada por seus comentários.
“Favali, um macho ruivo e robusto” ❤
Aqui, eu já comecei a rir, ficou aquela coisa de #machoAlpha! hehe
Mas no discurso, Dr. Galo, eu rachei! Mãe de Deus, como eu ri!
Num certame com mais de 60 contos – tendo em média duas mil palavras, cada – se criar uma personalidade que vença a fadiga de tantos outros javalis estilizados, é para aplaudir de pé. O povo vai reclamar, dizer que gostou ou não gostou, mas o Favali (mitou) vai estar lá, na mente, encrustado, grudado que nem as músicas do Latino que ninguém cantava, mas a voz estava na mente dizendo “O baby me leva”!
Tem personagem de conto que nem me lembro mais, não fosse os comentários com suas respectivas notas, vixe! Eu teria que ler de novo. Mas, o Favali não corre esse risco! Shuashua
A trama é simples, se antevê os acontecimentos. Os nomes das figuras publicas ofuscaram um pouco o glamour do protagonista, porque o holofote virou para eles e lá ficou.
Só para não dizer que não falei das flores: A “Guerra de Classes” está bem longe de não despertar animosidades. Talvez, se usasse outros nomes ficasse mais sutil mas, ao tratar do contexto, acredito que a intensão do autor era mesmo a de chutar o pau da barraca, ou melhor dizer: do chiqueiro.
Cabe inteirar que, apesar das claras referencias, não nutri o sentimento que a obra se esforçasse para demonizar “Cara” e canonizar “Coroa”. A moeda afundou no charco, sujando os dois lados.
Sra. Lee Rodrigues,
Eu que rachei agora com “…Latino que ninguém cantava, mas a voz estava na mente dizendo “O baby me leva”!”. Era isso que eu queria mesmo, fincar as presas do Favali na cabeça das pessoas. Rsrsrs.
Muito obrigada por seus comentários.
Conto excelente. Uma abordagem sociológica que você emulou perfeitamente ao tema do desafio. Claro que a gente se conecta logo às referências, como MAUS ou as histórias fantásticas adaptadas pela Disney em que outras espécias confrontam o nosso papel.
Além de tudo é divertido, ácido em certo ponto, a referência com nosso cenário está hilária. haha
Parabéns pelo trabalho e boa sorte no desafio, Dr.
Sr. Felipe Moreira,
Essa é a essência. Parece que nós humanos invejamos os animais e ficamos tentando transferir os nossos defeitos para eles. Rsrsrs…
Muito obrigada por seus comentários.
O conto tem o seu valor ideológico, que vai agradar uns e outros não, e valor humorístico, pois é impossível não rir quando o Favali começa a falar. Porém, o roteiro tecnicamente panfletário e que cria paralelos com a realidade brasileira não teve em mim efeito maior do que qualquer notícia de jornal que se possa ler atualmente. E do nada acaba, também. Não gostei muito do conto. É bem escrito, mas a trama ficou banal para mim.
Sr. Pedro Luna,
Talvez estejamos vivendo mesmo tempos de banalização dos acontecimentos. Recebemos tanta informação que fica difícil se apegar a todas.
Muito obrigada por seus comentários.
Olá!
Usarei o padrão de avaliação sugerido pelo EntreContos, assim garanto o mesmo critério para todos:
* Adequação ao tema: existe mas um pouco forçada.
* Qualidade da escrita (gramática, pontuação): alguns erros de concordância incomodaram.
* Desenvolvimento de personagens, qualidade literária (figuras de linguagem, descrições, diálogos): considerei bom.
* Enredo (coerência, criatividade): uma releitura da Revolução dos Bichos e por este motivo acaba gerando uma expectativa que o autor (ou autora) talvez não consiga – ainda – satisfazer.
De modo geral foi um bom conto e valeu a leitura.
Parabéns e boa sorte no Desafio!
Sr. (a) M. A. Thompson,
Têm dois erros gramaticais já identificados por outra comentarista: “representa-los > representá-los e sequestra-lo > sequestrá-lo”. Peço encarecidamente que me aponte os erros de pontuação e concordância verbal. Só assim poderei melhorar e me decidir se quero ou não fazer as alterações. Estamos todos aqui para ensinar e aprender.
Muito obrigada por seus comentários.
Um libelo esquerdista? Uma avaliação do quanto os bichos podem se comportar quando o poder lhes é dado em uma fábula estranha. Uma representação mais do que óbvia baseada nos últimos acontecimentos no Brasil. Parodiando George Orwell, mas infelizmente sem a mesma verve e coerência. Cumpriu parcialmente o desafio, com o homem e a mala no final, em um acréscimo forçado. Não considerei criativa.
Sr. Cilas Medi,
A história tem nos pregado peças tão bizarras, que alguns fatos são mais criativos do que a ficção. Não pretendo me comparar a George Orwell, nem tecnicamente e muito menos ideologicamente através de um miniconto. Mas aceito e entendo perfeitamente sua opinião.
Muito obrigada por seus comentários.
Essa é a história do Brasil e de muitíssimos outros países.
Faltou aprofundar algumas passagens, como por exemplo, a ascensão social dos javalis, pois me parece ser esse o tema do conto.
Sr. (a) maziveblog
Procurei demonstrar a ascensão social dos javalis através do acesso a lugares antes exclusivos aos vermes. Mas não me aprofundei. Essa história rende um romance inacabado.
Muito obrigada por seus comentários.
Olá, Dr. Galo.
Resolvi adotar um padrão de avaliação. Como sugerido pelo EntreContos. Vamos lá:
Adequação ao tema:
Todos os elementos da imagem-tema estiveram presentes: homem encasacado, javali, mala.
Qualidade da escrita (gramática, pontuação):
Há um tanto por acertar: concordância, acentuação, etc. No geral, contudo, o conto está bem escrito.
Desenvolvimento de personagens, qualidade literária (figuras de linguagem, descrições, diálogos):
O personagem Favali foi bem construído. As descrições foram divertidas, os pouco diálogos soaram naturais.
Enredo (coerência, criatividade):
O conto é bem criativo. Só teria gostado mais caso este não fosse tão explícito quanto as suas referências reais, feito citar a porca Filma, por exemplo. Depois de um começo promissor, achei o restante do enredo um tanto fraco, deixando o final da história inconclusivo e sem muito mais desenvolvimento.
Abraços e boa sorte no desafio.
Sr. Rubem Cabral,
Alguns errinhos escaparam. Daqueles que faz a gente passar o desafio todo olhando para eles sem poder consertar. Quanto a deixando o final da história inconclusivo, foi proposital porque não sabemos o que vai acontecer.
Muito obrigada por seus comentários.
Olá autor/a.
Seu conto em estilo de fábula foi bem escrito, se preocupando até com o efeito fonético do Favali. A crítica ideológica no conto é bem mostrada e ambígua, um ótimo sinal.
O enredo é bacana e prende, narrativa ajuda na leitura, notei poucos erros de gramática.
Criatividade: presente, mesmo sendo puxada obviamente de Orwell.
Um bom conto, boa sorte no desafio e nos presenteie com mais obras,
Abraços.
Sr. Victor Finkler Lachowski,
Interessante você perceber a ambiguidade no conto. Muitos aqui consideraram o texto até radical puxando a sardinha para o Favali, outros muito pelo contrário. Espero continuar escrevendo para o resto de minha vida e presenteando leitores atentos.
Muito obrigada por seus comentários.
Adequação ao tema proposto: Bem adequado
Criatividade: Alta
Emoção: Dei umas boas risadas…
Enredo: Polêmico. Conto panfletário? Não sei… Outro dia mesmo fiz um conto chamado panfletário… Fazer o quê? Gostei do enredo, das sátiras e da ironia que banha o texto.
Gramática: Não percebi nenhum erro
PS: Sou neutro em posição política.
Parabéns pela ousadia e pelo trabalho
Sr. Givago Domingues Thimoti
Pois é, algumas pessoas têm horror a produção artística com qualquer tipo de manifestação política. E com humor então mais arriscado ainda. Como dizia minha mãe: “Se nem Jesus agradou a todo mundo, por qual cargas d’água você acha que consegue?”
Muito obrigada por seus comentários.
INÍCIO clássico das fábulas. A TRADUÇÃO DA IMAGEM, o que mais aguardamos no conto, está lá no fim. O viés ideológico traz uma paródia à Revolução dos Bichos com outro olhar.
A fala do Favali causou um FEITO fonético fofo.
Sra. Catarina Cunha,
Já ganhei o dia com esse “clássico”. Sim, tentei traduzir a imagem do homem de forma mais subjetiva do que descritiva. Mas o efeito “fofo” do Favali foi sem querer.
Muito obrigada por seus comentários.
Poxaaaaa, eu estava amarradona lendo o texto. Uma chuva de criatividade, parte fábula, parte crítica política-social, aí quando achei que o texto iria engrenar de vez, ele acabou! Eu queria mais, fiquei triste quando vi o final, queria ver Favali se rebelando.
O final é aberto, eu sei, mas minha interpretação é que vai ocorrer aquilo que foi sugerido pelo senhor Verme, pois não vi pontas de esperança para que ocorresse de outra forma. Fiquei um cadinho frustrada porque queria ver mais deste texto, mas ainda assim um bom texto.
Como observação, achei alguns parágrafos longos demais.
Sra. Andreza Araujo,
Não gosto de parágrafos longos em textos curtos. Concordo que pesa. Eu poderia ter dividido o primeiro, que necessita sempre ser mais ágil.
Quanto ao final brusco em aberto foi proposital. A nossa história não terminou.
Muito obrigada por seus comentários.
Fábula de índole política, sobre a luta de classes. Um elemento critica o sistema, inicia a luta. O final fica em aberto, encontrei algumas associações com a realidade brasileira (Verme/Temer, Filma/Dilma). Podem ter havido outras, mas não as consegui apanhar, dada a minha distância desta realidade. A temática, no entanto, é bem real, universal e tristemente epidémica.
Sr. Jorge Santos,
Tristemente epidêmica. Eu acreditava que as lutas de classes, castas, povos, raças, religiões, ideologia e nações seriam pulverizadas no século 21 com a paz da era de aquário. Mas tudo indica que a raça humana se amarra em se autossabotar. Sorte dos animais que não possuem a consciência do amanhã.
Muito obrigada por seus comentários.
Muito boa escrita, enredo e criatividade. A história é uma fábula, moderna e oportuna. os termos técnicos bem de acordo ao que se propõe. Se os personagens fossem humanos, não seria tão interessante, nem engraçado. Uma imitação perfeita da luta dos operários (javalis) contra a classe rica e que detém o Poder,(vermes) embora os mamíferos sejam mais fortes que os invertebrados. Mas, na vida real, mesmo agora, não tem alguns vermes no Poder?
Sr. Antonio Stegues Batista,
Se os personagens fossem humanos poderíamos chamar de drama e não comédia, né?
Eu considero os vermes perigosíssimos, principalmente os que se mantêm agarrados ao poder como uma solitária ao intestino. Troço medonho.
Muito obrigada por seus comentários.
EGO (Essência, Gosto, Organização)
E: Revolução dos Bichos? Muito divertido e atual. Política e um meio fantasioso combinaram bem neste texto, quase real. Os diálogos são impagáveis. Vejo que optou por deixar o humano como o ser maligno da vez. Muitos fizerem isso, invertendo os papeis.
G: Queria ter lido mais. Quem sabe não pudesse estender a história com um levante? Teve uma bela construção inicial, mas a conclusão faz um corte muito brusco. Contém uma adequação ao tema um tanto diferente, mas não sou tão radical neste sentido (o desafio está cheio de javalis protagonistas e não o aviador – quem levar isso em conta vai desconsiderar praticamente todos os textos).
O: Nada me incomodou. E achei bem criativo o diálogo fanho. Li pensando na voz que um javali assim teria. É bom um texto divertido em meio à tantas tragédias.
Sr. Brian Oliveira Lancaster,
O conto teve seu fim, mas a história não acabou. Não sei o que vai acontecer, mas sei que algo vai mudar, isso vai! Quem sabe não vem um levante por aí? Aguardemos cenas dos próximos capítulos.
Muito obrigada por seus comentários.
Estou me repetindo aqui, mas fazer o quê? Detesto alegorias. Não vou me estender em questões politicas e de organização social, porque isso não vem ao caso. A escrita não tem grandes problemas, so atento para a pouca presença da imagem tema do desafio. O texto se aproveita deste espaço para fazer ativismo político, isso é realmente lamentável. Valeu pelas risadas que dei com o discurso de Favali
Forte abraço
Sr. Afonso Elva,
Que coisa chata o senhor ter passado por esse sofrimento: ter que ler uma coisa que odeia. Lamento muito; ainda bem que foi curtinho e você deu umas risadas. Quanto a ser ou não “ativismo político” vou deixar por conta dos leitores.
Muito obrigada por seus comentários.
O conto andava bem desequilibrado sobre a linha do “panfletário” e do “apenas uma alusão”. Mas quando chegou na “Filma”…
===TRAMA===
Javalis esquerda, vermes na direita. Ficou fácil entender o lado do autor, especialmente pela escolha do lado dos “vermes”.
O texto segue bem a premissa da Revolução dos Bichos, com tons de Tempos Modernos no início. Infelizmente, assim como o livro de George Orwell foi feito para criticar o comunismo da sua época, sendo um texto completamente parcial, o presente conto também foi feito para criticar – aqui entra o “Plot Twist” – a direita! Com tanta parcialidade quanto o livro no qual é inspirado.
Há valor no Revolução dos Bichos assim com há valor neste conto, mas acho ambas as narrativas bem ingênuas. Elas presumem que “um lado é mal e o outro lado é bom”, e já estamos na época de entender que a vida é feita em tons de cinza (sem analogia aos livros eróticos).
===TÉCNICA===
Muito boa, sem falhas, direta e de leitura fluente. Você escreve como um(a) profissional!
===SALDO===
Médio. A ingenuidade e a parcialidade são um problema. Aparentemente, muitos autores não gostam de escrever textos moderados: tomar partidos é sempre um caminho mais sedutor.
Sr. Marco Aurélio Saraiva,
O narrador e o personagem possuem uma postura de fé = verdade + ingenuidade. Alguns aqui viram só preto, outros só branco. Nas entrelinhas tons de cinza. Há quem tenha visto como eu escrevi. Lendo os comentários percebemos claramente o quando a ideologia é importante na criação literária. Na crônica tomar partido é sedutor, no conto é arriscado.
Muito obrigada por seus comentários.
Olá, autor. Sigamos com a avaliação. Trarei três aspectos que considero essenciais para o conto: Elementos de gênero (em que gênero literário o conto de encaixa e como ele trabalha/transgride/satiriza ele), Conteúdo (a história em si e como ela é construída) e Forma (a narrativa, a linguagem utilizada).
EG: Uma fábula satírica genial, no melhor estilo Revolução dos Bichos. Notei, nos comentários, uma crítica a um possível panfletarismo/propagandismo. Errôneo. Não há nenhum estabelecimento de certo e errado no texto, ele é puramente interpretativo. Não há participação efetiva do narrador, comentando aspectos políticos. Muito pelo contrário, a sátira permite uma interpretação múltipla. O autor atua no campo metafórico, e entrega ao leitor a interpretação. Se o conto, genial, ofende a fraca identidade política do leitor, significa que o texto é muito bom e o leitor muito ruim.
C: Como já citado, o conto usa de metáforas. O uso de animais para isso não é novo, mas o autor consegue escapar aos clichês. A história transpassa novidade. O conto é atual e atemporal ao mesmo tempo, com personagens muito carismáticos.
F: A escrita, satírica, é muito bem construída. Sem dúvida que o grande destaque vai para a construção da fala do Favali. Linguísticamente, não faz sentido algum, até porque a troca de fonemas acontece em alguns casos e em outros não. Esteticamente, no entanto, genial. E como a estética é muito mais importante que a linguística – professor de português falando – um merecidíssimo OUTSTANDING!
Sr. Evandro Furtado,
Cheguei a consultar um fonoaudiólogo quanto ao probleminha de Favali e, linguisticamente, ficaria enfadonho e algumas palavras ininteligíveis. Então preferi dar corpo ao efeito fonético do discurso do personagem. Achei que passaria despercebido; só que não…Rsrsrs
Receber um “OUTSTANDING!” seu é uma honra!
Muito abrigada por seus comentários.
1. Tema: Adequação inexistente.
2. Criatividade: mediana. Paródia animal com leitura política ideológica-partidária.
3. Enredo: Um quadro social maniqueísta e ingênuo com pretensas ou supostas representações personalísticas das caraterísticas coletivas de determinados segmentos.
4. Escrita: Não notei erros graves.
5. Impacto: baixo.
Sr. Olisomar Pires,
A verdade tem várias faces e neste conto represento um lado da força. O maniqueísmo e a ingenuidade são os pilares da criação honesta e corajosa. Logo muito abrigada por seus comentários.
Entendo (ou não) :
– “maniqueísmo e ingenuidade são os pilares da criação honesta e corajosa” quer dizer o que ? – se me permite a ignorância.
🙂
Sr. Olisomar,
Longe de imaginar ser sua dúvida ignorância. É só uma questão de interpretação. Respeito seus comentários.
Quer dizer exatamente o que está escrito. O narrador e o personagem precisam ter uma postura que acreditam verdadeira com toda a pureza d’álma. O que seria do personagem Frodo de Senhor dos Anéis se não fosse sua fé inabalável? E se Rapunzel não acreditasse que um príncipe viria resgatá-la? FÉ = VERDADE ABSOLUTA + INGENUIDADE. Tudo é uma questão de ponto de vista. Eu acredito na força dos personagens. E Favali tem sua força; gostem ou não.
Muito obrigada por seu interesse.
Obrigado pela resposta.
A liberdade das personagens e suas crenças realmente tem prevalência sempre, concordo.
Entretanto, quando tais atores estão baseados em seres reais, a comparação é inevitável, assim como o julgamento sobre suas ações e comportamento, logo, essas personagens já nascem com um fardo, uma herança, um histórico, maldito, bendito, a depender de quem leia.
Não sei se me faço entender.
Veja, se o autor não tivesse vinculado personagens aos ex-presidentes Lula e Dilma, talvez, e digo talvez, eu tivesse gostado, não por causa deles, mas porque seria outro mundo e não haveria comparação possível com o mundo real.
Eu também não teria gostado se o autor tivesse nominado os javalis de “Falécio” ou “Femer” ou “Funha” ou ” Folsonaro”.
A questão é que se fazendo a vinculaçao com seres reais, cria-se a necessária comparação e se quebra a magia.
Entendi agora sua posição e interpretação. Tudo bem.
Adorei seu conto, menino! Ficou ótima a comparação do Favali com outro bichinho submarino. O que dizer? O conto foi divertido, teve fluidez, não encontrei problemas graves de gramática e não vi nenhum demérito ao empresariado brasileiro em nomear o patrão dos javalis como Verme. Até porque ele ERA UM VERME mesmo. Existem (poucos) empresários justos, existem (algumas) empresas muito boas para trabalhar, o tal do seu conto era um excrescência deste sistema. Quanto ao texto ser panfletário, acho que ficou bem na cara que ele é, mas a literatura deve ter liberdade de trafegar por qualquer segmento, e, mesmo não curtindo textos panfletários, o seu foi muito gostoso, divertido, desceu como uma cerva de trigo, gelada e cara, desce pela minha garganta. Sou de esquerda e acho que todo mundo sabe disso, mas a minha análise é puramente literária, sem preferências políticas e acho que é assim que devem ser analisados os contos, sem paixões. No mais, a adaptação foi excelente mais pecou na falta da criatividade de tão parecido que ficou com a vida real. Parabéns pelo texto e sorte no desafio. #moroéparçadoaecio
Sra. Iolandinha Pinheiro,
Olha que interessante: Quem acredita nessa versão da história do Favali, como você, não achou o conto muito criativo, mas o pessoal de direita achou o conto muito criativo. Hahaha.
Acho que a crítica literária não se mistura com posicionamento político, mas aqui eu cultivei o solo fértil para isso.
Muito abrigada por seus comentários.
Divertidíssimo o seu conto. Eu tava bem curiosa pra ler pq achei já o título divertido. Além da óbvia sátira à atual situação política do nosso país, também notei um quê de “Revolução dos Bichos” no começo do conto. Fiquei com medo de vc ter se esquecido da imagem tema, mas ela aparece claramente no final, de forma muito bem colocada, aliás. É um conto leve, como já disse divertido, mas ainda muito superficial, os personagens precisavam ser melhor construídos, a trama mais trabalhada, para que passasse da mera sátira panfletária para uma boa narrativa literária. De qualquer forma, valeu pela leitura, Lula lá e Foooooora Temer!
Sra. Juliana Calafange da Costa Ribeiro,
Eu poderia ter trabalhado mais a trama, mas fiz uma escolha arriscada: Manter a superficialidade dos personagens para criar um final aberto e gerar um julgamento político por parte do leitor. Acho que consegui em parte.
Muito abrigada por seus comentários.
que metáfora mais legal você me criou. Achei bacana demais o conto, pouco mais a dizer além dessa minha apreciação. Está muito bem escrito e trabalhado. Criatividade e atualidade nas doses certas. Ri muito na leitura. Uma bela crítica social que me fez lembrar a Revolução dos Bichos e os músicos de Bremen. Parabéns.
Sr. Fernando Cyrino,
Realmente pensei numa paródia à Revolução dos Bichos, mas não conhecia a história dos músicos de Bremen. Fui lá no Dr. Google, li e adorei, até porque sou fã dos irmãos Grimm.
Muito abrigada por seus comentários.
Pelo título já percebi que o texto seria caricatural, criativo, uma crítica aberta e panfletária, mas inteligente e divertido. A imagem-tema apareceu bem delineada no desfecho e com boa carga significativa. Ritmo ágil, diálogos bem elaborados. Somente notei a falta de alguns acentos e nenhum desvio gramatical que entravasse a leitura.
É um bom trabalho e a leitura foi interessante. Parabéns pela participação. Abraços.
Sr. Fheluany Nogueira,
Tenho muita preocupação com os títulos dos contos. Chego a passar dias com o conto pronto, sem título, me causando pesadelos. Eu queria exatamente passar um toque sutil de humor.
Muito abrigada por seus comentários.
Uaauuu.. Lula lá, brilha uma estrela ❤
hhehehe
Adorei a metáfora! Não sou muito favorável a textos panfletários (mesmo quando concordo com eles, quando é o caso), mas devo dizer que o seu tem uma delicadeza interessante. É escancarado, mas é distrito, não sei dizer.
Passa uma mensagem forte.
O texto é bem escrito, não notei grandes problemas na escrita.
Gostei bastante da brincadeira com o jeito como ele fala!
Enfim, tudo bem fechado e inteligente.
Parabéns e boa sorte!
Sr. Luis Guilherme,
Acredito que, como animais políticos, precisamos nos posicionar. E, ao fazer isso, não tem como agradar gregos e troianos. Receber crítica literária e política é para masoquistas; sinto-me um pouco assim porque estou adorando as pessoas se manifestarem.
Muito abrigada por seus comentários.
Olá, autor, tudo bem?
O título do conto já apresenta uma troca de sílaba interessante, mas que ainda assim nos faz pensar no javali.
O tema proposto pelo desafio foi abordado, mas só o javali brilhou. Homem e mala apenas surgiram no desfecho.
O conto seguiu a linha de uma sátira divertida, com crítica velada, mas não julgo a narrativa como panfletária.
Bom ritmo, leitura facilitada pelos diálogos e tamanho do texto. Uma boa diversão nesta “maratona”.
Só percebi a falta de acento em:
representa-los > representá-los
sequestra-lo > sequestrá-lo
Foi uma leitura agradável e divertida.
Boa sorte!
Sra. Claudia Roberta Angst,
A ideia era essa mesma, um conto de leitura leve. Quanto aos acentos faltosos culpo a desgraça da minha versão do word ,que “corrige” automaticamente o texto e sai arrancando os meus acentos, e depois eu não vi na revisão. Talvez por isso a Sra. Ana Monteiro sabiamente fez este comentário abaixo: “(após tantos textos lidos, pergunto-me se alguém no Brasil se preocupa em quando e sobretudo, como, acentuar as palavras escritas)”. Acho que o word têm feito mais vítimas por aqui. Hahaha…
Muito abrigada por seus comentários.
Olá Dr. Galo, a porca Filma foi uoóoo, ri litros. Muito divertido o seu conto, no estilo A Refolução dos Bichos do Feorge Forwell, rsrs. Oprimidos e opressores de um lado e críticos de textos de outro. A questão da ganância dos vermes e da ascensão dos javalis foi bem explorada no texto, tens uma verve (e não verme), para o humor, muito bacana. Gostaria de ter visto no final a luta entre as classes, o juízo final, a lafa jato, os irmãos Foesley, a resistência dos javalis, um pouco de sangue, daria uma força maior para o conto, ou seja, sair da zona de fábula despretensiosa para ganhar moral no hall da fama do EC. Leve a sério o humor na sua escrita, ouça a sua voz de escritor, ela está gritando para ser ouvida por vc. Abçs menina e sucesso no desafio.
Sra. Roselaine Hahn,
É mais fácil um verme entrar no reino do céu do que um escritor de humor entrar para o hall da fama do EC. Mesmo assim vou me esforçar no cultivo dessa verve.
Muito abrigada por seus comentários.
Concordo Dr. Galo, as desgraças dão mais ibope, mas eu tb. não desistirei dessa verve, pois eu e vc. habitamos a mesma praia. Abçs.
Claro que o conto é engraçado – a fala do Favali é o ponto alto. Pior que eu estava lendo numa situação em que não podia rir… Realmente, o melhor riso é aquele que a gente não pode dar. Então, o conto é ótimo enquanto sátira política, mas como toda fábula esconde sob a superfície certa lição de moral – ou seja, num primeiro momento parece divertido, mas no fundo quer ser levado a sério. O problema disso é cair na armadilha do maniqueísmo, exatamente o que ocorre aqui. Há os protagonistas da maldade e os ungidos por toda a virtude que existe no mundo, sem direito a meias interpretações. Mais do que isso, nosso Favali, apesar de divertido, parece deter o monopólio da bondade, jamais sucumbindo a tentações corruptivas e tal… Ou seja, o conto — ou se preferir, a fábula — diverte, faz rir, mas a panfletagem desmedida acaba deixando uma sensação de enfado no final justamente por não abordar temas que para os javalis seriam espinhosos. De toda sorte, está bem escrito, destacando-se pela ironia fina travestida por uma roupagem infanto-juvenil. Uma pena que não tenha abordado os pequenos pecados javalísticos. Já imaginou nosso Favali tentando explicar o fítio que fanhou de fresente dos afigos endinheirados?
Sr. Gustavo Castro Araujo,
Pensei sim; e como nem eu, nem você e nem a torcida do Flamengo somos donos da verdade, lá no conto você encontra a frase “ Ninguém consegue chegar a tamanho poder sem sujar as patas.”. Assim como a fragilidade dos javalis como povo sem atitude. Mas a sua postura muito me agrada ao defender uma posição política firme. Afinal, somos mamíferos!
Muito abrigada por seus comentários.
Quando inicei a leitura adorei por me.ver, finalmente, diante de um conto de humor. E achei engraçado ate o discuso o favali. Depois penso que autor se empolgou e perdeu a mao. Passou a querer ser critico demais, a pretender fazer desse conto uma enorme caractericatura da situaçao politica e social do pais. E conseguiu, mas perdeu o conto. Acho que poderia manter-se numa fabula com alusoes a revolta dos javalis e a criaçao de um lider. Temperos como criaçoes sindicatos, planejamento.de.midias, organizaçoes de partidos, pra mim corresponderam a um exagero num conto que vinha despertando graça e curiosidade. E desejoso de crescer a caricatuta penso que o autor se.perdeu na elegancia e na simplicidade do texto, muitas vezes fundamentais a um conto de humor. Congratulo-me e desejo sorte.
Sr. Jose bandeira de mello,
Às vezes as tramas ficam mais complexas do que desejamos, e atingir o ponto de cozimento ideal no humor é quase uma quimera. Observarei melhor o ponto da simplicidade. Mas que bom que o conto mexeu com você.
Muito abrigada por seus comentários.
: Um bom conto. Bem escrito e que tem uma carga ideológica grande, com caricaturas de personagens conhecidos da política. Uma sátira com lado bem definido, o que enfraqueceu o texto, na minha opinião. O discurso do javali foi bem criativo, mas, deu trabalho para ler, kkkk. Boa sorte no desafio.
Sr. Jowilton Amaral da Costa,
É difícil dosar a carga ideológica em uma sátira. Tenho me esforçado muito. A ideia era dificultar mesmo a leitura do discurso do javali, para dar a sensação de desconforto auditivo. Muito abrigada por seus comentários.
Oi, Dr. Galo,
Gramática – Leitura corrida, agradável.
Criatividade – Eu ri muito! Criatura! Você não sabe. O seu Favali me fez chorar de rir. Essa coisa da fazenda do Verme, dos planos para acabar com o Favali, a ascensão do bicho… Essa fábula, que é uma sátira, fez-me lembrar de tudo o que acontece aqui, nesse país de ilusão onde vivemos. Faltou o helicóptero, faltou o pó, faltou aquele jatinho que tombou, faltou a Justiça, o juiz… Mas estão todos aí, nas entrelinhas.
Adequação ao tema proposto – Está adequado.
Emoção – Se eu ri, me diverti. Se me diverti, então, houve alegria. Se houve alegria, emocionou.
Enredo – Começo, meio e fim aberto, porque não sabemos exatamente o que vai acontecer. Favali foi acorrentado e levado por um homem mau carregando uma mala cheia de dinheiro.
Boa sorte no desafio!
Abraços!
Sra. Evelyn Postali,
Quando você falou do helicóptero, o pó, o juiz, etc, me deu tanta ideia. Tipo: “Por que eu não pensei nisso?” Rsrsrs. Mas ficaria bem maior, envolvendo outros mamíferos e troços peçonhentos, quase uma novela javalídica.
Muito abrigada por seus comentários.
https://polldaddy.com/js/rating/rating.jsEu ri muito quando li este conto, que bom, adoro rir. Enfim, conto panfletário ou não, eu gostei. Está bem escrito e a leitura fluiu muito bem. Desconfio da autoria deste, mas…
meus parabéns
Sra. Neusa Maria Fontolan,
Muito me impressiona a senhora desconfiar de quem sou. Afinal é minha primeira participação aqui no Entre Contos. Mas se é algum autor de quem gostas, me honra ter feito você rir.
Muito abrigada por seus comentários.
De início achei que seria apenas uma fábula, mas quando o enredo começa a se desdobrar, o tom de sátira toma conta e aí o humor avança em alguns diálogos. Achei um conto mto bem pensado, há uma notável influência de Orwell e caiu mto bem como crítica aos atuais acontecimentos políticos. A única ressalva que faço é ao primeiro parágrafo, que ao meu ver podia ter sido mais condensado.
Sr. Sick Mind,
Relendo o primeiro parágrafo vejo que realmente ele poderia ser mais condensado (gosto dessa palavra) através de menos discrições e mais ações. Mas perderia a conotação de “fábula histórica”, um efeito intencional.
Muito abrigada por seus comentários.
Uma fábula bem ao estilo Orwelliano. E tal qual “A Revolução dos Bichos”, a autora toma partido e deixa bem claro o que é o que e quem é quem ao longo da história. Para mim, isso é natural e totalmente compreensível.
Porém, creio que o conto seria mais rico se, além das claras semelhanças à nossa triste realidade, outros elementos da história em si fossem mais profundamente abordados. Como os javalis conquistaram tanto espaço, por exemplo? Como a liderança de Favali gerou novos caminhos para a espécie, o que ele produziu além de discursos inflamados?
A sátira foi bem trabalhada, mas penso que a história poderia ser mais profunda.
Boa sorte!
Sr. Vitor De Lerbo,
Realmente, você tem razão. A saga do Favali poderia conter mais detalhes estratégicos. Mas decidi deixar o texto mais leve e ágil, assim sobrando mais tempo para pensar do que para ler.
Muito abrigada por seus comentários.
ri muito com o discurso do Favali! uma fábula completamente panfletária, muito bem contada e muito engraçada. faz pouca alusão à imagem do certame, mas por outro lado reflete bastante bem a irrealidade pela qual nosso país está passando. uma ótima improvisação sobre “A revolução dos bichos”. parabéns!
Sr. Milton Meier Junior,
Será que se colocarmos a irrealidade diante do espelho a imagem refletida será real? Quando se vive um momento intenso fica difícil identificar o que é javali, o que é verme, o que é mosca. Mas o Favali é o que é.
Muito abrigada por seus comentários.
Olá, Dr. Galo,
Tudo bem?
Se a intenção de um texto é causar algum tipo de emoção. E é. Você atingiu este objetivo com maestria. Parabéns. Fazer ri é um dom e eu estou rindo até agora. A fala do Favali ecoa no leitor. Ponto para você.
Sobre o conto em si, você optou pela utilização da comédia, da sátira. Lançou mão de uma espécie de homenagem à obra “A Revolução dos Bichos” e inseriu em sua narrativa personagens que aos brasileiros soam, no mínimo, familiares. Alguns hão de se doer por ser de esquerda ou direita, por apoiar esse ou aquele personagem de nossa política, mas você, sabiamente, não dá nome aos bois e a metáfora da “fazenda dirigida por vermes que exploram um seguimento de sua sociedade, que, por sua vez, sonha em se libertar” poderia caber na história de muitos países que não o Brasil. Se a carapuça nos serve, triste para nós.
Talvez o texto escorregue um pouco para o panfletário ao manter o Favali como herói mesmo no final do conto. Em uma realidade “de distopia”, mesmo em uma fábula, talvez o novo poder se transformasse em uma nova tirania. Em todo o caso, essa foi uma escolha do autor.
Parabéns por seu trabalho e boa sorte no desafio.
Beijos
Paula Giannini
Sra. Paula Gianinni,
Alguém disse que a verdade histórica pertence aos vencedores. Eu acredito que ela vai se moldando exatamente porque muda de dono com o tempo. Logo, a “Verdade” é uma senhora mutante, exibicionista e nada confiável. Você captou a essência da coisa.
Muito abrigada por seus comentários.
Adorei, Senhor Galo. 😉
Bem bolado, como diria Silvio Santos.
Não sei se a intenção foi especular sobre política, refletindo uma brincadeira usando todo esse contexto alegórico, ou se foi uma ideia que reflete a realidade compreendida pelo autor. Em todo caso, é um bom conto, não digo original, mas criativo. Está bem escrito também. O final podia ser dramático, ou mais revolucionário. Achei muito fácil a derrocada dos suídeos.
Parabéns!
Sr. Lucas F. Maziero ,
Prefiro não especular e deixar para o leitor as interpretações revolucionárias que achar mais conveniente. Também gostaria que tivesse um resultado mais dramático para você.
Muito abrigada por seus comentários.
E a política brasileira é uma fonte para a nossa criatividade. Texto bem sacado, na medida da obviedade das referências. Gostei, me tirou risadas – aquelas meio nervosas, que a política brasileira causa em todos nós. Parabéns ao autor.
Sra. Mariana,
Assim como você leu, eu escrevi este conto com um riso nervoso nos lábios, quase um choro, quase uma gargalhada de mim mesma.
Muito abrigada por seus comentários.
Olá autor! Um enredo inspirado na revolução dos bichos remetendo ao chiqueiro que anda a política brasileira. Gostei da fala do javali, embora, confesso, tenha pulado para o parágrafo seguinte antes do final: ficou um pouco longa. Alguns elementos aparecem na trama sem o devido esclarecimento – congregação de fungos, vespas, semanário viral. Mesmo sendo óbvias as referências, do ponto de vista da narrativa, acho que faltou contextualiza-los melhor. Achei que a imagem do desafio no final ficou um pouco forçada, embora a mala com dinheiro tenha feito uma boa amarração, até então nenhum ser humano havia aparecido na história.
Sra. Elisa Ribeiro,
Bem observado. Realmente alguns elementos da trama não estão esclarecidos assim como contextualizados. Talvez pela situação do chiqueiro, que não nos deixa ver claramente toda a sujeira que está entranhada. Quem sabe depois de uma grande faxina as coisas nos fiquem mais compreensíveis?
Muito abrigada por seus comentários.
Kkkk. Uma paródia bem humorada da política moderna, certo ou errado, apoiado resposta ou divergentes acho que todos deveriam tirar o chapéu para tamanha criatividade e ousadia, os que gostaram do texto tudo bem, mas os que não gostaram também irão se recordar de algo inusitado e fora do normal. Eu estava sentindo falta da figura proposta, achei que não iria aparecer até que de forma trágica ela estava ali….. criatividade bem acima da média. …. olha, se esse Favali for uma criatura real e ainda sobreviver depois desta tempestade eu torço por ele, pois falar certo um fonoaudiologo ajuda, mas ter talento ninguém ensina.
Sr. Gilson Raimundo,
Concordo plenamente. Ninguém aprende a ter talento, mas nesses tempos bicudos precisamos lutar muito para merecermos o talento que temos.
Muito abrigada por seus comentários.
Favali (Dr. Galo)
Minhas impressões de cada aspecto do conto:
📜 Trama (⭐⭐⭐▫▫): é uma sátira para os atuais acontecimentos (e de sempre) na nossa infante república. O viés ideológico é forte e prevejo uma guerra aqui nos comentários (ainda não os li) e não pretendo participar. Infelizmente não passou muito disso: uma sátira.
📝 Técnica (⭐⭐⭐▫▫): o texto não tem erros, mas nenhum grande atrativo. A fala do Favali começou engraçada, mas como era grande e cheia de “efes”, cansou um pouco.
💡 Criatividade (⭐⭐▫): o autor utilizou-se de animais (ou grupos de) para contar um pouco da história política recente. É criativo, mas seria mais se criasse um mundo diferente com pequenas semelhanças com o real (a lá Revolução dos Bichos).
🎯 Tema (⭐⭐): a cena da imagem-tema apareceu no final. Uma condução coercitiva animal 🙂
🎭 Impacto (⭐⭐▫▫▫): me diverti um pouco com as comparações e paralelos, mas em algum momento isso cansou e quando vi que ficaria apenas nisso, acabei me desconectando. Preferia. uma sátira menos direta, com paralelos menos evidentes.
Sr. Leo Jardim,
Vejo com bons olhos sua inquietação quanto à sátira ser evidente ou não. A fantasia e a sátira estão sempre tentando o difícil equilíbrio com a realidade e a dor. Se voar muito alto cai, se não correr muito não decola. Mas insisto em aprender.
Muito abrigada por seus comentários.
Olá Dr. Galo. Vou direta aos parâmetros de crítica propostos, uma vez que em seguida falarei de política, aliás da vivência da política. Então: Gramática e ortografia, quase perfeita. Sendo as falhas vocais do javali propositadas, só mesmo alguns erros de acentuação (após tantos textos lidos, pergunto-me se alguém no Brasil se preocupa em quando e sobretudo, como, acentuar as palavras escritas). Criatividade: muita (também se poderia dizer pouca, atendendo às profundas semelhanças com a realidade, mas fica muita porque lá está e em quantidade considerável). Adequação ao tema proposto: pouca. Emoção e enredo: medianos, ambos. E agora vamos à política que não deveria ser chamada para o comentário, mas que é o tema e a trama de todo o texto. Pois, o problema de quem tem razão é quase sempre o mesmo: radicalização. Radicalizar leva o oprimido a extremos tão condenáveis (e por vezes até mais) quanto os do opressor. Estando, na essência, de acordo com a visão Favalística, achei de um profundo mau gosto a definição dos opressores enquanto vermes e o general como mosca. Nestes radicalismos perde-se toda a razão, entra-se no absurdo, alimenta-se o ódio, muitas vezes desce-se mais baixo do que os seus causadores. Não é nem será nunca através do apelo ao ódio, ao enxovalho e à vingança, que a equidade se estabelecerá como valor. Voltando ao conto. Além da apreciação doa parâmetros, achei divertido. Boa sorte.
Sra. Ana Monteiro,
Venho informar, com muita alegria, que aqui no Brasil como em Portugal, existem escritores que realmente se preocupam em acentuar as palavras, assim como obedecer ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em vigor. Somos humanos, quiçá imperfeitos esforçados.
Concordo com a senhora que todo radicalismo perde a razão, seja javali, mosca ou verme. Mas fico muito feliz em perceber sua legítima reação política a uma obra de ficção. Somos seres políticos e como tal reagimos, com ou sem mau gosto.
Muito abrigada por seus comentários.
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Avaliação da Obra:
– GRAMÁTICA
Percebi algumas trocas de letras em algumas palavras, provavelmente causadas para vivificar a dificuldade de fala de uma das personagens da fábula, que possuía presas protuberantes. Nada que atrapalhasse a leitura.
– CRIATIVIDADE
Mediana. Aparentemente, nesta fábula o/a autor utilizou-se de metalinguagem, parodiando em cima de outra paródia, provavelmente política, causando um interessante efeito, que poderia ser chamado de ‘metaparodiano’. Isso gerou um interessante, e inovador, resultado.
– ADEQUAÇÃO AO TEMA PROPOSTO
Não consegui visualizar o cenário proposto pela imagem-tema do Certame.
– EMOÇÃO
Baixa. Talvez pelo tom fantasioso característico das fábulas, misturado ao tom jocoso das paródias, o texto tenha distanciado-se em demasia da função primordial das fábulas, que é exatamente a existência, mesmo que tênue, de um algum tipo de ‘link’ para com a realidade. Como, aparentemente, a presente fábula metalinguística apresentada pelo/a autor/a tenha optado por ‘parodiar outra paródia’, o resultado tenha sido o de um afastamento ainda maior de qualquer possibilidade de ligação lógica com algum resquício de realidade, lançando-a, infelizmente, à estratosfera fabulesca.
– ENREDO
Num universo desconhecido, um javali de longas presas e fala afetada por este motivo desponta como líder entre um grupo de suínos, para os quais discursa sobre a existência de um tipo de chiqueiro utópico, onde porcos, javalis, vermes, moscas, vespas e toda a sorte de animais possam viver perfumados em infindável fartura, harmonia e desenvolvimento sem que seja necessário trabalhar, produzir e/ou gerar qualquer tipo de riqueza própria, desde que o escolham e o apoiem, inexoravelmente, como a um deus supremo. Mas, uma ‘grande crise’, que é explicada na obra como sendo causada por uma “seca”, acaba por interferir nos planos deste javali, que promete continuar lutando.
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Sr. Ricardo Gnecco Falco,
Fiquei bastante impressionada com sua interpretação do enredo. Demonstra que a literatura transcende o autor, cria novos caminhos de acordo com os desígnios do leitor. Essa é a magia.
Muito abrigada por seus comentários.
Sr Galo, morri de rir!!
Como disse o FB, ultrapassou as raias do panfletário e virou piada mesmo.
O discurso do favali foi impagável, a linguagem ´e inspirada naquele dinossaurinho dos memes né? q casa perfeitamente com o Nine, of course.
O texto está bom, nao vi erros e a trama totalmente criativa e fantasiosa ficou perfeita, fechadinha 🙂
Abraços
Sra. Anorkinda Neide,
Vejo a fantasia e a realidade como dois lados da mesma moeda. Prezo muito quando consigo arrancar uma gargalhada do leitor, principalmente no parágrafo mais difícil de escrever. Fico enternecida e seriamente motivada a investir no estilo.
Muito abrigada por seus comentários.
Dr Galo, eu ri muito com o seu texto, ficou hilário!!! As falas do Favali ficaram perfeitas!!! Só faltou você dizer que o Favali tinha um probleminha no casco dianteiro…kkkk Muito bom!! Mesmo não compartilhando da sua visão política, (Viva o Moro) não tiro o mérito do seu texto panfletário, muito boa sacada!! Parabéns pela criatividade e coragem!!
Sra. Priscila Pereira,
Gosto de sair de minha zona de conforto e este espaço democrático é perfeito para tanta ousadia. Precisamos de coragem para analisar os comentários com a gratidão e a equidade necessária.
Muito obrigada por seus comentários.
Sr. Fabio Baptista,
Tenho consciência de que, ao escolher um estilo narrativo “panfletário” para contar a jornada do herói, mexo com os valores e o ideário particular do leitor, levando-o a se posicionar politicamente. Vários autores fizeram uso dessa peculiar estratégia, como Victor Hugo, George Orwell, Beltolt Brecht e tantos outros. Estou experimentando e aprendendo. Percebo que você entendeu perfeitamente o recado. Muito obrigada por seus comentários.
“Favali guerreiro! Do povo brasileiro!”
“Favali ladrão! Roubou meu coração!”
kkkkkkkkkkk
Lula virou javali! Inclinações políticas à parte, não posso negar que a fábula foi criativa a seu modo. Foi tipo uma revolução dos bichos contada pelo Zé Dirceu 😀
Enfim… ficou extremamente panfletário, mas talvez a “função” desse tipo de história seja exatamente essa: usar o absurdo para mostrar a “realidade” (ou que o autor encara como realidade, ou quer satirizar o fato de outros encararem como realidade).
Em resumo… sou #teamMoro, mas gostei.
Abraço!
Só complementando sobre o panfletário: normalmente desconto nota por causa disso, mas aqui ficou tão panfletário, mas tão panfletário… que não tenho certeza se foi panfletário hauauauha.