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Detox Literário.

Quanto riso, Oh, quanta alegria…. (Roselaine Hahn)

macunaima

A bola de fogo no céu, as ondas branquinhas espumando feito sabão em pó, e o mar azul-olhos-Bruno-Gagliasso são um convite à felicidade. É fevereiro. Eu não estou feliz. O mundo ao meu redor, sim.

Os foliões cantam marchinhas de igual melodia repetidas à exaustão, pulam feitos loucos a dança da chuva, com o sol a pino, desfilam nas avenidas, seminus, empunhando sombrinhas multicoloridas e bonecos gigantes, e varrem as madrugadas enchendo os cornos de cerveja, numa exagerada alegria brasiliana.

Anseio pela quarta-feira de cinzas. Estufo uma covinha sinistra no canto da boca. Foi mais forte do que eu. Ninguém consegue ser feliz assim o tempo todo. A minha cara de paisagem congelante de país nórdico, não se deslumbra diante do cenário tropical exuberante e da alegria com data marcada.

Ligo a TV, as peladonas invadiram o país. Desligo. A festa tupiniquim tem o poder de causar-me desconforto gástrico, além de todos os outros que sinto durante o ano. Nesta época, a sem-vergonhice que assola o país traveste-se de alegria e roupas sumárias, ou roupa nenhuma, numa catarse coletiva de alienação. O inverno da minha alma suplica por botas de cano alto e casacos estofados.

Não quero parecer arrogante, uma pseudo-intelectual desdenhando uma festa popular inserida no folclore do país, mas é que a minha batida destoa do ziriguidum da cultura nativa, do afoxé, filhos de Gandhi, o escambau. A igreja, na Antiguidade, bem que tentou dar o tom da festa instituindo o jejum e o controle dos prazeres mundanos durante a quaresma, o carnis levale, ou retirar a carne, porém o Deus Baco e as festas pagãs mandaram às favas a moral e os bons costumes. Acho que a brazucada botou no chinelo o Deus Bacon, e enfiou de vez a mão na carne.

Espremo o nariz e as ideias na vidraça, matuto a sina de Macunaíma incorporada pelo gigante adormecido que despertou e dormiu novamente. Por vezes solta um pum pelos esgotos a céu aberto e um estridente bocejo da boca banguela: “Ai que preguiça!”. Envergonho-me de vomitar mazelas da nação na qual fui parida, se eu fosse carnavalesca sairia no bloco do Edward Snowden.

Enfrento o inevitável e debruço-me na sacada da área avarandada; bem embaixo do meu nariz segue o desfile de personagens bizarros, em flagrante desrespeito à fauna, à flora e ao Simões Lopes Neto: um par de peitos esvoaçantes com asas de pavão; um rapazote esbanjando testosterona com um bico de tucano a cortejar a periquita da belezura tatuada; um abobado pulando num pé só, de touca vermelha, cachimbo na boca e uma placa pendurada no peito: Vendo 1 tênis 41, sem uso; um cara com máscara de boi, roupa de boi, pensamento de boi. O bando segue em algazarra atrás do trio elétrico – “que só não foi quem já morreu”. Estico o dedo médio, o pai-de-todos, e mando uma banana nanica da Martinica para quem já foi.

A retina atravessa a janela gradeada até a bromélia, a flor preferida de mãezinha. Ela deve estar lá fora, no jardim, cuidando de mim. Talvez não, ela não dá conta nem do túmulo infestado de capim.  Penso nas suas manias, no jeito irritante que tinha de programar tudo, de querer as coisas sempre sob controle. Sinto tanta falta das suas manias, dos seus controles, de me dizer o que fazer.

“Oh jardineira por que estás tão triste, mas o que foi que te aconteceu, foi a Camélia que caiu do galho, deu dois suspiros e depois morreu”. A música chiclete não para de me torturar. A melodia, cantada a plenos pulmões pela multidão, jogou os holofotes no baú de fantasias trancadas a sete chaves. A gastrite está a um passo da promoção para tornar-se úlcera; um ninho de cobras se alojou na minha barriga, emaranhadas, prontas para o bote, de linguetas bifurcadas de fora, exigindo a abertura da caixa de Pandora. Perco de vista o bloco dos foliões, absorta em reminiscências juvenis.

Um dia antes dos grandes olhos glaciais mergulharem na viagem de retorno à casa do Todo-Poderoso, ela me entregou uma carta e pediu para eu procurar o meu pai. Sim, eu tinha pai. Fiquei sabendo, naquele momento, que ele não morreu na guerra, nem foi comprar cigarros e tão pouco abduzido por um extraterrestre.

Consegui decifrar na carta, com uma lupa, a concessão do perdão ao meu pai e o pedido de cuidados à minha pessoa. Não sei por que fez isso, se tinha certeza de que Deus a salvaria. Acho que as pessoas à beira da morte perdem a arrogância, que deve ser o mesmo que perder todas as certezas.

A sua irmã sabia. Mamãe pediu segredo. Era para me proteger. Eu não queria ser protegida. A tia contou-me que ele chamou minha mãe de vadia e disse que a filha não era dele, quando ela o procurou cheia de enjoos. Falou que os homens agem assim porque não querem assumir compromissos e nem pagar pensão. Também afirmou que a doença da irmã era porque ela viveu cheia de raiva e mágoas, que as doenças nos países baixos das mulheres têm a ver com a maldade dos homens, e que as doenças do emocional apodrecem o corpo. Tudo baboseiras que a tia leu nos livros de autocura.

A sua partida aconteceu num domingo de carnaval, o céu carregado de nuvens cor de chumbo − ao menos a moça da previsão do tempo não decepcionou. A primeira lágrima rolou do meu olho direito preto de pálpebra caída, depois do esquerdo, de pálpebra caída e da mesma cor do outro, seguido de uma enxurrada nos dois, misturados à tromba d´água desabada no jardim das almas mortas.

Atarraxei o maxilar da ironia bestial esgaçada no carro de som, passando na rua ao lado do condomínio das sepulturas: “Vou beijar-te agora, não me leve a mal, hoje é carnaval”. Dei o último beijo nela. O irmãozinho natimorto venceu. O bastardinho veio buscar a nossa mãezinha.

Não foi difícil chegar até a revendedora de veículos, havia um painel enorme de publicidade em frente à rodoviária. Entrei na loja com o pé direito, o que tanto faz, tanto fez. O atendente me acompanhou até o patrão, no momento em que me viu alongou o queixo com a mão feito um sábio. Apontou a uma porta, tomou a dianteira, voltou atrás, deixou-me entrar primeiro, espremeu a testa suada com os dedos peludos. Deve ser o escritório. Sentei. Ele também, do outro lado da mesa, pronto para me sabatinar, como faziam os orientadores educacionais do instituto certinho imaculado coração de Maria.  

− A carta?

− Oi?

− Deixa eu ver a carta.

Entreguei o papel, mas naqueles olhos espremidos não ia conseguir entender a letra, tipo fonte script MT Bold, tamanho 10. Segurou-a com a ponta dos dedos e punhos fechados para eu não perceber a tremura das mãos.

− Dezesseis né?

− Sim, mês passado.

− Vou levar para o advogado.

− Tá.

Fedeu. Ele colocou gente da lei na história, anotou o telefone da tia − esse troço de justiça é para os fortes. Uma mulher de cabelos castanhos chocolate ao leite e cara de madrasta da Disney apareceu na porta, de mãos na cintura, feito uma xícara sem pires. Mãezinha dizia que eu tinha um sexto sentido aguçado, pois Deus capacita todos aqueles que creem Nele. Não precisava de muita capacidade para perceber que a mulher era uma megera. Imaginei que ficaria pior quando soubesse quem eu era. E ficou. Nunca mais vi o homem da revendedora.

A batucada lá embaixo resgatou-me das lembranças áridas; enverguei o olhar à gurizada em subida ao morro pela trilha de pedras empilhadas nas encostas que margeiam a morada, e então, a máscara caiu. “A mesma máscara negra que esconde o teu rosto, eu quero matar a saudade”.

− Filha, desce daí. − Mal ensaiei a escalada nas mesmas encostas, e recebi a bronca dela.

− Filha, vem!

A filhinha não chorou. A mamãe sim. O irmãozinho nasceu morto. Passei a dormir de luz acesa para o monstro gosmento embaixo da cama não descobrir o poder do meu pensamento − não queria intrusos entre mim e ela.

O bicho-papão-gosmento, que habita o meu quarto desde que desejei que o maninho não saísse da barriga de minha mãe, continua fazendo buuu para a menina má. É a minha penitência. Credo! Peguei-me no flagra tamborilando o sambinha nos dedos “Boi, boi, boi da cara preta, pega essa criança que tem medo de careta”.

51 comentários em “Quanto riso, Oh, quanta alegria…. (Roselaine Hahn)

  1. Wender Lemes
    31 de março de 2017

    Olá! Para organizar melhor, dividirei minha avaliação em três partes: a técnica, o apelo e o conjunto da obra.

    Técnica: há boas sacadas no conto, além de muita criatividade, mas tive a sensação de que o começo se prolongou bastante em vista da história que desejava contar. Fui perceber isso em uma releitura. Na verdade, a releitura foi muito importante para que conseguisse absorver melhor a lamúria que se passava no psicológico daquela mulher.

    Apelo: se entendi bem, a protagonista sentia-se culpada pela morte da mãe quando foi também rejeitada pelo pai. São traumas muito fortes e, apesar das construções irreverentes, mostram uma sutileza bonita ao tratar dos sentimentos. Os sentimentos não são citados explicitamente, mas a sugestão é mais forte que muitas descrições esmiuçadas.

    Conjunto: o conto ganha muito peso a partir do momento em que engrena. Se me permite a sugestão, acho que poderia aproveitar melhor essa parte engrenada reduzindo um pouco o gancho do desfile que está acontecendo, que leva quase metade do conto.

    Parabéns e boa sorte.

  2. Pedro Luna
    31 de março de 2017

    Conto bem forte. Um drama familiar que rendeu excelentes cenas como a da personagem entregando a carta para o pai. Cena que foi escrita magistralmente com os diálogos curtos e desconfiança nos atos. O final foi macabro e revelou outra faceta da personagem. O conto tem uma pegada de crônica, começando com uma simples cena cotidiana de descontentamento com o carnaval, e a partir daí entrando em uma viagem ao passado. Gostei do resultado. A única crítica é que acredito que o início do texto possa ser enxugado um pouco. Acho que muito foi gasto narrando a birra com a festança. De qualquer modo, ótimo.

  3. jggouvea
    30 de março de 2017

    Não sei muito bem o que dizer desse conto que, numa leitura rápida, me pareceu desconexo.

    Li de novo, depois, e consegui conectar alguns pontos que estiveram bambos na primeira leitura, mas ainda não tenho certeza se tudo se arranja. Lerei de novo.

    ———————

    Terceira leitura.

    O primeiro problema do texto é que a introdução é muito prolongada. Na verdade é como se ela fosse até o meio do texto, falando mal do carnaval, assunto que dava para dois parágrafos e já estaria em excesso.

    Mas o/a autor/a gastou 656 palavras falando mal do carnaval antes de começar a contar a história real, que começa somente na frase “Um dia antes dos grandes olhos glaciais mergulharem na viagem de retorno à casa do Todo-Poderoso, ela me entregou uma carta e pediu para eu procurar o meu pai.”

    A própria presença do carnaval nessa história é absolutamente supérflua. E ele foi posto no título!!!

    Em relação ao personagem, me parece que o bicho-papão que aqui comparece vem diretamente de Hogwarts, não do folclore nacional, e isso também me desagradou bastante. O nosso bicho papão é uma criatura que assombra as escuridões e que puxa o pé das crianças desobedientes, ou algo assim, ele não assombra armários e não está especificamente associado a um episódio—esse é o de Hogwarts.

    Isso dito, vamos às notas:
    5,84
    Introdução 4,0 — longa demais, desnecessária e desconexa do resto
    Enredo 6,0 — até dava um bom caldo, mas o/a autor/a preferiu focar nos ressentimentos da protagonista em vez de focar na história, que estava ali, sufocada, querendo falar
    Cenário 5,0 — um bom cenário carnavalesco foi construído, mas ele não tem nada a ver com a história em si.
    Personagens 7,0 — eu consegui simpatizar com a protagonista
    Forma 8,0 — penalidades pela introdução longa
    Coerência 5,0 — por ser dois textos em um, e aquele que parece acessório (não é o do título) ser o mais importante e o melhor.

  4. Marsal
    30 de março de 2017

    Olá, autor (a). Parabéns pelo seu conto. Vamos aos comentários:
    a) Adequação ao tema: absolutamente!
    b) Enredo: bastante profundo. Conheço varias pessoas que não toleram o Carnaval e o associam a lembranças desagradáveis. Achei bastante interessante como o narrador, partindo das celebrações de carnaval, nos remete a uma passagem bastante difícil de sua vida.
    c) Estilo: Achei o conto muito bem escrito. A narrativa, entretanto poderia ter sido um pouco menos convoluta. Gosto de contos que não entregam tudo de bandeja e deixam um pouco para o leitor tentar deduzir. Entretanto, se há muita coisa para ser deduzida, o leitor fica um pouco perdido. Não sei se a intercalação de outros elementos folclóricos (por exemplo, as rimas e cantigas) na narrativa era necessária, o conto já estaria adequado ao tema mesmo sem elas.
    d) Impressão geral: Um conto sensível e denso. Boa sorte no desafio!

  5. Gustavo Castro Araujo
    29 de março de 2017

    É um texto que exige entrega, que não se vende facilmente. Denota-se grande intimidade do autor com as palavras, ao expor a amargura em todos os cantos da narrativa. Apesar dessa habilidade, creio que em alguns pontos o texto ficou um tanto confuso. Claro, pode-se perceber a reminiscência angustiante, a culpa que a narradora/protagonista carrega consigo, mas não é fácil desvendar o que ocorre no momento em que a carta é apresentada a quem de direito. Por introspectivo que é, pode-se compreender essa opção pelas lacunas, pela confusão gerada, o que não deixa de ser interessante. De todo modo, me agradou porque me identifico com essa alegria-empurrada-goela-abaixo que caracteriza os dias carnavalescos.

    • Roselaine Hahn
      1 de abril de 2017

      Oi chefe, grata pelos comentários, sugestões anotadas. Importante esclarecer que, na verdade, a ojeriza da personagem ao carnaval tem origem na perda da mãe nessa data, e pela rígida educação moral e religiosa que ela tinha. Abs.

  6. Marco Aurélio Saraiva
    29 de março de 2017

    É um conto profundo e contemplativo. A primeira parte se dedica mais à crítica ao povo brasileiro e à sociedade em geral, enquanto a segunda parte foca mais na narradora e no seu drama de vida.

    Sua escrita é boa. Ela parece fluir naturalmente de você, como se não houvesse esforço na escrita. O resultado é um texto muito natural, me fazendo sentir como se ouvisse a narradora ao meu lado a contar a história, com todos os seus trejeitos e manias. Gostei muito do seu estilo.

    Infelizmente, algumas partes do conto me soaram confusas demais. Especialmente os últimos 5 parágrafos, que tive que reler diversas vezes até entender que eram lembranças do passado.

    Gostei de seguir a trajetória da vida da personagem principal. O texto tem bastante valor emocional e crítico. Gostei que você, apesar de andar em corda bamba, conseguiu tecer as suas críticas sem tom panfletário.

    Por fim, não identifiquei nada de folclórico no conto que fosse de expressivo. O início do conto é uma reflexão sobre o carnaval, que faz parte do nosso folclore, mas não é aqui o personagem principal; é apenas pano de fundo. Não é importante para a história (afina, a mãe dela poderia ter morrido em noite de natal, por exemplo). No final há citações de algumas outras lendas folclóricas, mas nada de mais.

    De qualquer forma, gostei da leitura, apesar da confusão me fazer reler alguns trechos aqui e ali.

  7. Iolandinha Pinheiro
    29 de março de 2017

    Eita. Vamos lá. O começo do conto parecia mais um redação para o ENEM escrita por uma pessoa cheia de travas de repressão moral, religiosa, social, política, dos pensamentos de uma pessoa tanto opressora quanto oprimida, depois o conto foi uma mistura de lembranças, sensações, sentimentos… Um tanto quanto “nonsense”. Aí eu pensei que seria melhor se a narrativa retomasse o modelo discursivo de redação santarrona, mas já era tarde. O autor havia se apegado ao fluxo de pensamentos que só faziam sentido na cabeça dele. Por que? Por que? Isso não é legal. Não é genial. Isso é chato. Nem é um conto. Vc é um bom escritor, escreva coisas boas, por favor. É isso. Espero que o povo goste, eu não gostei.

  8. danielreis1973 (@danielreis1973)
    28 de março de 2017

    Um dos textos mais reflexivos da leva, essa história, quase crônica, traz elementos de folclore (como festa popular, o carnaval, o Boi da Cara Preta, etc) como acessórios à construção da narrativa. O que eu acho que poderia ser trabalhado é o tom do narrador/protagonista, pois me pareceu que era bem mais a voz do autor do que do personagem. No mais, parabéns!

  9. Bia Machado
    28 de março de 2017

    Fluidez da narrativa: (3/4) – Não é um conto fácil, mas também não foi por isso que não fluiu 100% pra mim. Mesmo não fluindo, eu gostei por ter fugido um pouco da questão dos mitos folclóricos.

    Construção das personagens: (3/3) – A narradora é boa. Foi ela que me levou do início ao fim. Fosse narrado de outra forma, ou em terceira pessoa, talvez, não funcionaria da mesma forma. É uma personagem forte, que leva o conto inteiro.

    Adequação ao Tema: (0,5/1) – Considero que o tema do desafio ficou em segundo plano. As questões da narradora, seus problemas de vida, o tom psicológico, isso fez com que o folclore ficasse em segundo plano, apenas coadjuvante.

    Emoção: (1/1) – Apesar da falta de adequação e um pouco da fluidez, eu gostei.

    Estética/revisão: (1/1) – Parágrafos curtos e um pouco mais longos, se alternando. De diálogo, o mínimo necessário. Nem sei se era preciso também. Quanto à revisão, nada que atrapalhasse a leitura.

  10. Cilas Medi
    27 de março de 2017

    Concordância verbal: a dança da chuva, com o sol a pino, desfilam (desfila).
    Concordância com o substantivo: Tudo baboseira(s) que a tia leu nos livros de autocura.
    Em primeiro, não considerei um conto sobre o nosso folclore. Segundo, não gosto de texto do autor desabafando, inserindo sermão e colando chavões.

  11. Rafael Luiz
    27 de março de 2017

    O inicio do conto é bem interessante, com um leve humor sarcástico que mais remete a uma crítica jornalística do que a um conto per si. Entretanto, foi divertido acompanhar as irônicas impressões da protagonista sobre a Maior festa do mundo, até que a história se tornou trágica de forma muito abrupta. O assunto sai do Carnaval para a triste história pessoal em um salto mal explicado e tragicamente conduzido, contrastando com o tom divertido do inicio. Admitindo que Carnaval não se enquadra, senti falta do elemento Folclore no conto

  12. Ricardo de Lohem
    26 de março de 2017

    Olá, como vai? Vamos ao conto! Acho que devemos ser muito flexíveis no que se refere ao quesito “adequação ao tema”. Afinal, basta uma referência indireta, mas sólida, ou um certo clima na história que remeta ao tema, ou algo assim, para que eu fique satisfeito. Isso não aconteceu nesta história: aqui, as referências ao tema “Folclore Brasileiro” foram extremamente vagas e artificialmente inseridas, a meu ver. A história é um tipo de drama narrado por uma mulher amarga que tem muita pena de si mesma. Não me identifiquei com as mazelas da protagonista, achei ela mais chata que qualquer outra coisa, e fiquei incomodado com o fato que o excelente e raro tema deste desafio foi desperdiçado pelo autor que preferiu praticamente ignorá-lo. Desejo para você Boa Sorte.

    • Roselaine Hahn
      1 de abril de 2017

      Oi Ricardo, grata pelas considerações. Na verdade, o carnaval é o pano de fundo dos dramas familiares da personagem, que perdeu a mãe na época do carnaval, motivo de sua ojeriza à festa folclórica. Abçs.

  13. Elias Paixão
    26 de março de 2017

    Praticamente uma crônica que cairia muito bem em um jornal ou revista de circulação. O(a) autor(a) aqui traz um desabafo dos que não gostam de carnaval para levar ao leitor a um drama de família (devidamente relacionado ao que fora abordado anteriormente). Acaba com a protagonista sem ter ido a lugar algum de fato, não despertando qualquer empatia por ela em mim.

  14. mitou
    25 de março de 2017

    o começo do conto me interessou muito pela linguagem, porem não vi muito uma estrutura de conto, me pareceu mais cronica , pois não observei um clímax na história. outro ponto, qual é a parte do folclore brasileiro que aparece ? desculpa eu não percebi

  15. Evandro Furtado
    25 de março de 2017

    Resultado – Good

    Apesar da trama em si não ter tamanho apelo, a narrativa é de tal qualidade imposta que prende o leitor até as linhas finais. Por ser escrito em primeira pessoa, também é possível notar o trabalho que o autor tem em desenvolver a personagem-narradora, sobretudo por meio de pequenos detalhes na forma como ela aborda os fatos.

  16. Vitor De Lerbo
    24 de março de 2017

    Texto muito bem escrito. Em alguns momentos, se assemelha muito a um ensaio. O carnaval é, de fato, uma festa do folclore brasileiro – pelo menos quando concebido. É interessante o uso dele como um personagem. Ainda assim, tenho dúvidas se esse enredo se enquadra ao tema proposto.
    Boa sorte!

  17. Evelyn Postali
    24 de março de 2017

    Oi, Macunaíma,
    Conto bem escrito, gramática certinha. Isso faz com que a leitura seja corrida, sem entraves. Criatividade e adequação dentro do tema – ponto para você. Gostei de como foi intercalando as músicas com os acontecimentos. Ficou uma mescla agradável. E o enredo ficou muito bom.

  18. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    23 de março de 2017

    Olá, Macunaíma,

    Tudo bem?

    Gostei muito da estrutura de seu conto (também tenho um trabalho entrecortado por trechos de marchinhas, gosto disso). O pessimismo de sua “Macunaíma” é o ponto alto do texto. O carnaval passando, a turba feliz, o país em festa e ela sofrendo com o amargor de suas recordações e medos.

    O modo como você introduz o conflito da trama é ótimo, faz com que a história se desenrole de modo ao mesmo tempo forte e sutil. As informações são pinceladas aqui e ali, enquanto a personagem passeia por esse universo de multidões, e festas, e embriaguez, e músicas, e loucuras sem sentido.

    Ao passo que o trabalho faz um recorte de nossa “festa maior” em sua face mais patética, impingindo uma crítica social, a vida da menina que ao perder a mãe se perde de si mesma, se desenrola diante dos olhos do leitor com uma beleza que revela toda a técnica da(o) autora(or). Uma escrita madura e digna de quem sabe onde quer chegar.

    Parabéns por sua verve e boa sorte no desafio.

    Beijos

    Paula Giannini

  19. Miquéias Dell'Orti
    23 de março de 2017

    Olá,

    Sua narrativa foge do contexto folclórico de todos os contos que li até agora, inserindo brincadeiras, candices e outras características também presentes no folclore mas que não são as lendas propriamente ditas.

    Achei fenomenal! Foge do padrão e com bastante sucesso, diga-se de passagem. A narrativa me cativou e a personagem ficou bem marcante. Parabéns.

  20. Rubem Cabral
    23 de março de 2017

    Olá, Macunaíma.

    Um conto divertido e agradável de ler, com uma narradora-personagem cheia de graça. A trama, contudo, me pareceu um pouco confusa.

    O texto está bem escrito, com poucos erros, feito o “tão pouco” que deveria ser “tampouco”.

    Nota: 8.

  21. Elisa Ribeiro
    22 de março de 2017

    O que mais gostei no seu conto foi que ele me pareceu um relato real, não uma ficção. Lá pelas tantas me peguei pensando: essa escritora (sim, acho que você é mulher) passou por isso, não é invenção. Sua personagem órfã do Carnaval, amarga e atormentada, é um pouco uma antítese do estereótipo brasileiro, com isso você estabeleceu no seu conto uma relação surpreendente, quando comparada aos outros autores, com o tema – folclore – do desafio. Parabéns pelo texto!

  22. Elisa Ribeiro
    22 de março de 2017

    O que mais gostei no seu conto foi que ele me pareceu um relato real, não uma ficção. Lá pelas tantas me peguei pensando: essa escritora (sim, acho que você é mulher) passou por isso, não é invenção. Sua órfã do Carnaval, amarga e atormentada, é um pouco uma antítese do estereótipo brasileiro, com isso você estabeleceu no seu conto uma relação surpreendente, quando comparada aos outros autores, com o tema – folclore – do desafio. Parabéns pelo texto!

  23. Anderson Henrique
    20 de março de 2017

    Logo de cara dá pra perceber que o autor tem bagagem (ou disfarça bem, afinal, literatura é farsa). O texto tem ritmo e se alterna entre construções profundas e descontraídas, chegando ao escatológico às vezes. É uma mistura perigosa e difícil de balancear, mas o autor foi muito competente. O trecho que narra as fantasias do bloco é sensacional. Do meio para o fim o conto vai por toada mais pesada e conclui de maneira espetacular. Excelente.

  24. Fabio Baptista
    19 de março de 2017

    Eu gostei muito do jeito que esse conto foi escrito: ágil, com uma tirada inteligente atrás da outra, sem dar muita pausa para respirar e conseguindo fazer o leitor entrar na cabeça do personagem e viver o monólogo como se fosse dele.

    Mas a trama, principalmente no final, me pareceu um tanto confusa. Eu li três vezes esses últimos parágrafos e não consegui captar muito bem o que se passou ali. O tema também parece ter passado de raspão, embora Carnaval tenha ares de festa folclórica, não sei direito… e não vou descontar pontos por isso de qualquer forma.

    Abraço!

    NOTA: 8,5

    • Fabio Baptista
      19 de março de 2017

      Esqueci de comentar… essa frase ficou sensacional:
      “Acho que as pessoas à beira da morte perdem a arrogância, que deve ser o mesmo que perder todas as certezas. “

  25. rsollberg
    19 de março de 2017

    Ei, Macunaíma!!
    Ótimo conto.
    Um croniconto muito bom, que começa como crônica e termina como conto.
    O autor sabe com maestria conduzir o leitor, largando no caminho preciosas analogias, confetes e serpentinas de pura melancolia, devidamente justificadas mais ao final.
    Creio que o ponto alto desse texto é justamente a emoção, ou seja, o autor não conta apenas, ele desperta sensações no leitor. Não faz uma faixa linear levando do A ao B… faz pensar e emocionar.
    Muitos trechos são impagáveis, destaco esse:
    “A primeira lágrima rolou do meu olho direito preto de pálpebra caída, depois do esquerdo, de pálpebra caída e da mesma cor do outro, seguido de uma enxurrada nos dois, misturados à tromba d´água desabada no jardim das almas mortas.”.

    Sem mais nada para apontar, encerro aqui!
    Parabéns!!!

  26. Neusa Maria Fontolan
    18 de março de 2017

    Do que se trata? Penso ser o relato de uma jovem a um passo do suicídio, atormentada por achar que foi sua culpa o irmão nascer morto. Isso foi agravado com a morte da mãe, procurou pelo pai como uma tabua de salvação e foi repudiada. Então, só resta morrer para se encontrar com a mãe.
    Boa sorte.
    Destaque: “Espremo o nariz e as ideias na vidraça, matuto a sina de Macunaíma incorporada pelo gigante adormecido que despertou e dormiu novamente. Por vezes solta um pum pelos esgotos a céu aberto e um estridente bocejo da boca banguela: “Ai que preguiça!”.”

    • Roselaine Hahn
      1 de abril de 2017

      Oi Neusa, grata pelas considerações. Na verdade a temática não era suicídio e sim as lembranças áridas que o carnaval desperta nela, a perda da mãe, o abandono do pai, a morte do irmãozinho que ela desejou, bem light néh? rsrs. Abçs.

  27. G. S. Willy
    16 de março de 2017

    O conto é bem escrito, a história foi toda sutilmente passada, gostei do drama e tudo o mais, porém, cadê o folclore, cadê o tema do desafio? Alguém vestido de saci no carnaval, apenas? Infelizmente, considerando isso, a nota terá que ser baixa, uma pena…

  28. marcilenecardoso2000
    16 de março de 2017

    Faço minhas as palavras do personagem quando diz que não gosta de carnaval. Achei louvável a ideia de falar de um símbolo vultuoso do folclore como é o carnaval. Mas em alguns momentos o(a) autor(a) se perdeu, indo e folgando em alguns tópicos.Final confuso.

    • marcilenecardoso2000
      3 de abril de 2017

      Onde se lê indo e folgando, leia-se indo e voltando.

  29. M. A. Thompson
    16 de março de 2017

    Olá “Macunaíma”. Parabéns pelo seu conto, mas acho que em algum momento você se perdeu na narrativa. A relação com o folclore, no meu ver, foi muito fraca. A boa notícia é que tem margem para melhorar. Sucesso.

  30. Eduardo Selga
    15 de março de 2017

    Há elementos da narrativa que são se ligam perfeitamente. Ao que me parece, a narradora é falecida, narra a partir do cemitério e tem um conceito bastante negativo de uma porção da cultura brasileira chamada carnaval. No entanto, após um extenso discurso anticarnavalesco, e até antibrasileiro, a narração muda de assunto e passa a concentrar-se na mãe e na descoberta do pai, para depois, ao fim, voltar ao folclore, na figura do bicho-papão. Se o assunto era esse, o carnaval me pareceu gratuito; se era carnaval, a segunda parte sobrou.

    A narradora assume um discurso que expressa uma visão de Brasil muito comumente divulgada pela classe dominante e por quem julga fazer parte dela, mesmo não sendo. É uma visão que nega a brasilidade do povo, que mistura alegria com alienação política, como se entre as pessoas ditas sérias não houvesse uma enorme quantidade de criaturas alienadas. Essa visão entende que somos fadados ao fracasso enquanto povo porque nos comportamos excessivamente liberais quanto à sexualidade e por causa de uma “exagerada alegria brasiliana”. Enfim, é um entendimento que a melhor maneira de ser brasileiro é não ser brasileiro, é copiar certos povos civilizadíssimos da Europa e, é claro, Titio Sam, aquele velhinho caduco que pode levar o mundo à hecatombe.

    Inclusive, há determinada passagem que pode ser entendida como apologia ao militarismo. Ei-la: “o inverno da minha alma suplica por botas de cano alto e casacos estofados”. “Botas de cano alto” seriam coturnos?

    Discordo plenamente da ideologia que perpassa o texto, não obstante ele esteja relativamente bem escrito, excluindo o que eu disse no início. Inclusive, em ao menos duas ocasiões, ficou demonstrada uma qualidade importante: a comparação inusitada, sem parecer forçado. Falo de “o mar azul-olhos-Bruno-Gagliasso” e “mulher de cabelos castanhos chocolate ao leite e cara de madrasta da Disney”.

    Em “[…] nem foi comprar cigarros e tão pouco abduzido por um extraterrestre” o correto seria TAMPOUCO.

    • Roselaine Hahn
      1 de abril de 2017

      Oi Eduardo, achei muito interessante a sua visão ideológica do texto, mas na verdade não existe. A personagem tem repulsa ao carnaval pelo fato da mãe ter falecido na época do carnaval, e a festa popular trás amargas lembranças. No texto tb. há referências a criação rígida e religiosa que ela recebeu da mãe, como em “Todo-Poderoso”, “todos que acreditam Nele”, “Instituto certinho imaculado coração de maria”, então a “exagerada alegria brasiliana ” é como uma sombra na sua personalidade melancólica, pois não consegue se permitir a alegria, traduzido no título do conto . E quanto a suposta apologia ao militarismo (cruiz credú!), tomei emprestado as vestimentas básicas do rigoroso inverno aqui no sul: botas de cano alto e casacos estofados. Abçs.

      • Eduardo Selga
        1 de abril de 2017

        Roselaine,

        O fato de existir um viés ideológico no texto, não significa necessariamente que tenha sido proposital. Muitas vezes não é, pois a ideologia está incorporada nos sujeitos sociais. O que eu disse é que “a narradora assume um discurso que expressa uma visão de Brasil muito comumente divulgada pela classe dominante […]”. O discurso está nela, que o propaga. E é com esse discurso que eu discordo completamente.

  31. Matheus Pacheco
    15 de março de 2017

    Este talvez seja mal comentado, porque está sendo enviado do Telemovél, mas vamos nessa:
    Outra coisa muito legal que vi no desafio que não foram usados só personagens, mas festas e cantigas.
    E pelo o que eu pude entender no texto, ele se passa na cidade Maravilhosa durante a melhor fase do ano: O carnaval.
    Abração ao autor.

  32. Priscila Pereira
    15 de março de 2017

    Oi Macunaíma, seu conto é bem interessante, eu gosto desses contos de reminiscências e pensamentos soltos do personagem. Me identifiquei com o tema, pois compartilho do desdém da protagonista pelo carnaval. Gostei das metáforas. Um ótimo conto. Parabéns!!

  33. catarinacunha2015
    15 de março de 2017

    Uma melancólica crônica do cotidiano, escrito com a intimidade carnal de quem lê as ruas e seus personagens profundamente. A protagonista é densa, bem construída. Interessante usar uma influência folclórica subjetiva, mais como um cenário. Carnaval é folclore? Bem, talvez uma suruba folclórica. Aqui o foco é o não folclore. Inteligente as construções, mas a trama não colou comigo.

  34. Bruna Francielle
    14 de março de 2017

    Tema: adequado

    Pontos fortes: O humor do texto, certamente. Morri de rir com essa parte: “se eu fosse carnavalesca sairia no bloco do Edward Snowden.”. Gostei que essa personagem não gosta do carnaval e tem uma personalidade forte. Completamente diferente de todos os outros contos que já li até agora, que vem seguindo a mesma receita “pessoa antiga, da roça ou do ‘sertão’ que fala errado – indicando que é ignorante – relata alguma história sobre o folclore brasileiro. Esse conto seu ajudou a desanuviar um pouco disso.

    Pontos fracos: Apenas fiquei um pouco confusa com a metade do texto pra frente. O homem da revendedora de veículos seria o pai da protagonista ? Ela teria tentado se matar, impedida pela mãe, que posteriormente morreu? Bem, é assim que entendi o enredo. Porém enquanto lia estava me sentindo confusa.

  35. Fheluany Nogueira
    14 de março de 2017

    É um texto cheio de emoção, com construções bonitas e uma boa apresentação psicológica da personagem. Mesmo a trama sendo simples, a voz do personagem ganha destaque e é possível sentir toda sua angústia através das músicas carnavalescas (recurso bem interessante).

    A princípio, achei que ia ficar somente na negação do carnaval, mas depois entendi que tudo era um desabafo de saudades da mãe morta e o sentimento de culpa por ter desejado a morte do irmão. A dica é apenas ter um pouco mais de atenção para o desenrolar dos fatos, aqui as ações e memórias ficaram fragmentadas demais. Por exemplo, não consegui captar totalmente as cenas na revendedora de veículos e a carta. Outra coisa são as citações de nomes (Bruno Gagliasso, Snowden), parecem-me com o assunto de um vídeo que postaram esses dias: “maldição do conhecimento”, sobre autores que pressupõem que seus leitores já sabem o que eles sabem e não se preocupam em explicar.

    Enquanto lia, fiquei meio perdido, sem saber onde a história queria chegar… mas, afinal, percebi do que se tratava e vi o conto com outros olhos. Mostra tristeza e melancolia em contraste com o carnaval. Bem escrito, ótimo trabalho. Parabéns e abraços!

  36. Felipe Rodrigues
    14 de março de 2017

    Há algumas tiradas interessantes a respeito do carnaval, mas o tom do narrador me desagradou bastante. Quanto à história do pai, me pareceu colocada em meio ao conto somente para dar um norte ao leitor, mas não acrescenta muito em relação ao tema. No mais, senti falta de uma aproximação maior às criaturas folclóricas, o que poderia ter ocorrido tanto na citação delas como foliões ou na comparação com a cultura nórdica.

  37. Olisomar Pires
    13 de março de 2017

    Escrita muito boa. vai nos envolvendo com boas e diferentes imagens..

    Mas e infelizmente a estória não me contagiou, apesar da mão talentosa do autor.

    Algo me fugiu por entre os dedos e fiquei só no salão.

    Porém, é um conto muito bom em função da qualidade técnica.

  38. Antonio Stegues Batista
    13 de março de 2017

    Começo com uma estranheza na frase: “Estufo uma covinha no canto da boca.” Acredito que para fazer covinha precisa estufar a face, mas covinha é uma depressão, contrário de estufar, inchar. A escrita é muito boa, gostei das frases. A historia tem como folclore o carnaval, personagens lendários foram pouco mencionados. O tom amargo da narrativa ficou legal, embora eu não tenha gostado do significado da história.

  39. Fernando Cyrino
    11 de março de 2017

    Leio, releio e trileio seu conto e me vejo um tanto quanto confuso. Faltam-me capacidades de melhor compreensão. Digo assim porque bem poderá ser que seja só eu o obtuso. Bem, está bem escrito, mas quando achava que estava às portas de um entendimento, me apareceu o cara da revendedora. Que posso dizer? Já sei, um abraço,

  40. angst447
    11 de março de 2017

    Digamos que essa não foi uma leitura fácil, devido às várias camadas que o conto apresenta. Opa, falando em camadas, será que o autor gosta de cebolas?
    Enfim, o tema Folclore Brasileiro foi abordado, de maneira bastante original,mas cumpriu as normas do desafio proposto.
    Se houve lapsos na hora da revisão,não me chamaram a atenção.
    O conto é um emaranhado de referências (o que me faz pensar no Sollberg como autor) e sentimentos. Menininha egoísta e confusa, hein? Desejou ser a filhinha única e querida da mamãe, sem um irmão para atrapalhar e deu certo. Até certo ponto, pois o bebê nasceu morto (contradição das contradições), mas a mãe também se foi. Confesso que não entendi muito bem o lance da revendedora de carros. O sujeito era o pai dela?
    Muito bem escrito, mas há uma certa confusão de ideias causada pela alta elaboração das mesmas.Sim, capricho demais dá nisso.
    Bom trabalho.

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Informação

Publicado às 10 de março de 2017 por em Folclore Brasileiro e marcado .