A bota apertou a bochecha do mendigo que dormitava na calçada em frente à construção do edifício.
– Está sonhando, dorme sujo? Acorda, vagabundo. – Vociferou o dono da bota.
Os cabelos compridos estralaram no papelão. O mendigo apertou o tornozelo do pedreiro e o arremessou até o quarteirão seguinte.
Fedendo a suor e cachaça, pôs-se de pé desordenadamente. Elevou os dedos destros, circundados por uma escura nuvem de relâmpagos.
“Vaus cegos!Criança chorosa na biboca;anhanguera quer cidade.”
Findados os raios sobre o tapume, o mesmo é substituído pelo pedreiro que retornara na uber-nau. Tupã, coitado feito, foi vomitar.
Não me agradou muito não, um texto bem complexo e meio confuso ainda. Boa sorte no desafio 😕
Tive que ler algumas vezes, mas ainda fiquei com a impressão que era apenas um delírio por conta da bebida. Acredito que por trás do texto, realmente exista maiores referências, mas não consigo me conectar a elas. Boa sorte no desafio!
Tupã era o próprio mendigo (ou incorporou no mendigo) depois de beber além da conta. Então castiga o pedreiro que lhe acordou, justo, eu também faria o mesmo kkk brincadeira. No final, Tupã traz o pedreiro de volta, acredito por ter se arrependido ou apenas percebido que tinha ido longe demais ao arremessar o homem pro outro quarteirão. Bem, foi isso o que eu entendi do texto. É criativo e o autor demonstra ter grande conhecimento do tema abordado.
Mendigo, índio, folclore, lenda urbana real… uma mistura de ingredientes para compor uma trama que inicialmente dá a impressão de que transcorrerá plena de erros de grafia, mas não. Uns entenderão bem, outros terão muita dificuldade para se inteirar sobre as palavras e as frases, como se compostas em estranho idioma. Parabéns
Olá.
Uma trama muito interessante e carrega de potencial. Gostei da ideia, da ambientação, porém senti que a linguagem adotada não surtiu um efeito legal. A escrita é travada e ao meu ver, aqui, nessa ideia, caberia uma narrativa mais informal, dotada quem sabe de sarcasmo. Acabou soando meio mecânico. Uma pena…
Este é um dos contos que retornarei à leitura e ao comentário do autor. Apenas observo um mendigo delirando pela ordem da bebida. Mas sinto que há mais.
Mistura folclórica com nossos retratos atuais. Não mergulhei. Uma pena.
Mas boa sorte.
Oi, Canvas.
Serei sincero, acho (sei) que não entendi o conto. A confusão pode ou não ser proposital, típico de escritor que se expõe e tem ousadia como marca, mas aqui não consegui mesmo pegar o fio da meada. Li o comentário dos colegas, mas continuo viajando.
Não consigo nem conceber que o texto deve ser lido de forma literal, afinal este pedreiro já estaria em guajupia, ou algo similar.
Parecia ser um texto pesado e com crítica social, mas até agora não entendi direito o negócio do Tupã. Meio confuso, na verdade. Boa sorte
Eu não sei se por sorte minha ou sua, a mente já tá em curto e não rolou aquela viajada braba, fiquei na coisa do índio-mega-power, perdida naquele negócio de “Vaus cegos!Criança chorosa na biboca;anhanguera quer cidade.”
Achei a ideia muito boa, trazer um elemento folclórico para a cidade, sobrevivendo aos desafios diário de uma metrópole estilo SP com um Dória da vida.
Contudo, a execução ficou muito truncada, a mistura não surtiu efeito e em alguns momentos não fez muito sentido, no meu entediamento é claro.
De qualquer modo, é um conto de rara originalidade, que com um pouco mais de maturação poderia alcançar o patamar de clássicos do E.C.
Parabéns e boa sorte.
Muito doido seu conto, Canvas! Eu gostei mesmo de imaginar Tupã numa puta ressaca tendo q lidar com um pedreiro de manhã cedo… Tudo no seu conto é bem trabalhado, lapidado, bem construído. Nada está por acaso, me parece. E eu gosto muito do resultado dessa lapidação. Muito bom trabalho mesmo, parabéns!
Texto complexo que usou uma metáfora perigosa. Não foi de meu agrado.
Bom desafio.
Canvas,
gostei demais do conto.
Porém, meu amigo, faltou mais apuro na escrita. A narrativa é boa e traz um mendigo, incorporado no Tupã, que não aceita desaforos. Seria um contaço! E só não foi por conta da escrita.
Por favor, reformule-o. Ele tem muito potencial.
Parabéns.
Olá, Canvas.
Um texto interessante, mas um tanto hermético. Entendi (talvez) a metáfora do índio tornado mendigo ao viver em nossa sociedade: alcóolico, miserável, delirante. Contudo, achei que transpor parte dos delírios à própria narração foi um recurso arriscado.
Nota: 7.
Gostei da forma, mas não sei se entendi a ideia. Narra bem, o lançamento de agressor é um choque interessante, mas a partir daí fica estranho. Fui procurar o sentido das palavras ali usadas, na fala do tupã/mendigo, mas não ajudou. Não entendi o sentido da fala dele e o pedreiro que vem depois complica ainda mais.
Gostei da escrita, mas não consegui compreender a história. talvez falha minha.
Boa sorte.
Abraços.
Oi, Canvas,
Tudo bem?
Seu conto faz pensar, não é? Bem, o que esse cara quis dizer? Li alguns comentários e vi que não era a única. Então, parti do seu título. Pichador. E encontrei o tapume no final do conto.
Então imaginei que Tupã, como o título diz, é um pichador, talvez um grafiteiro e toda essa viagem é a descrição dele pintada no muro. Por isso o pedreiro volta de uber-nau. E os raios são as jatadas do spray de tinta.
De qualquer forma, você escreve muito bem.
Parabéns por sua verve e boa sorte no desafio.
Beijos
Paula Giannini
não gostei muito da temática, mas ao ler o texto parecia muito bem escrito até ao último paragrafo, mas este deixou-me meio confuso, no entanto, parabéns pela originalidade da trama
não gostei muito da temática, mas ao ler o texto parecia muito bem escrito até ao último paragrafo, mas este deixou-me meio confuso, no entanto, parabéns pela originalidade da trama
Um outro colega bem resumiu o que achei: “Sobrou ousadia e boa ideia. Faltou composição pra fazer funcionar”. De fato; as surpresas do texto jogam a gente a quarteirões de distância. Pena que não tragam de volta…
hahahahaha . Ler este foi como chupar nariz de mendigo morto, com um twist duplo carpado de Tupã nas olimpiadas de 1976.
Seu texto tem umas construções que me causaram estranhamento: “cabelos que estralam”, por exemplo. Sem falar no discurso sem sentido do mendigo, que deixa a gente com cara de trouxa, tentando entender. O final é surreal. E, na parte técnica, não entendi se o mendigo arremessou o pedreiro pelo tornozelo ou se ele foi arremessado. Sinto muito, não consegui me conectar com essa história.
Não achei muita coisa, porque alguma coisa me incomodou a partir de “Vaus cegos!…” não entendendo absolutamente nada desse final. Enfim, o autor deve saber o que escreveu, mas não soube explicar o que quis dizer.
Olha, Canvas, confesso que achei meio confuso o seu texto.
Por vezes, é melhor optar pela simplicidade, abrir mão de certos hermetismos.
O conto é ousado e a ideia de Tupã como um mendigo é interessante… Porém, uma linguagem mais simples (a expressão uber-nau era mesmo necessária?) o tornaria menos hermético, mas não menos rico… Bom, essa é uma opinião minha, não tira a qualidade do conto. Parabéns
Não tenho certeza se entendi seu conto (o que talvez não tenha acontecido por eu não conhecer muito sobre a mitologia retratada). Talvez por causa disso eu tenha ficado incomodada com os raios ao redor da mão dele. Ficou meio deslocado, e talvez fosse necessário apresentar um pouco mais do universo ao leitor para que ele compreendesse suas regras e portanto pudesse acreditar que aquilo é plausível dentro do universo da história.
Ao chegar ao final, fiquei com a sensação de não ter uma história completa. Afinal, porque um cara tão poderoso teria de viver como um mendigo? Senti falta de uma revelação nesse sentido (ou talvez, mais uma vez, tenha me escapado devido à falta de conhecimento sobre o assunto).
Achei criativo e a proposta sem dúvida inovadora. Ao mesmo tempo achei muito confuso, e acho que um conhecimento prévio da cultura retratada fosse necessário para melhor compreensão da história. Boa sorte
O texto é ousado e exige do leitor. Creio ter entendido, mas achei vago em certos momentos. Talvez fosse a intenção do autor. As referências indígenas são boas, mas confesso que fiquei pelo caminho. Sobrou ousadia e boa ideia. Faltou composição para fazer funcionar.
Olha… que coisa louca essa que você escreveu.
Confesso que até a metade eu estava gostando para cacete da coisa, meio maluca e tals. Mas aí o pedreiro retornou voando na uber-nau-tupã (na minha cabeça imaginei um índio fazendo bico de Uber, sério) e eu caí no abismo das interrogações sem fim.
Me lembrou aquele vídeo do cara que fala: “Adriano? Romero Britto? Katrina? Guarapari Búzios é minha arte …”
Me lembrou um dos livros do Douglas Adams em que um caminhoneiro é o Deus da Chuva – só que naquele caso, ele não sabe disso, e se lamenta por nunca conseguir pegar um sol.
Aqui é mais Hancock mesmo. Gostei da quebra do realismo no meio do conto, sem aviso prévio. Isso gera mais surpresa e expande os horizontes do leitor.
Boa sorte!
Muito confuso!
Não sei, ao certo, se eu entendi a mensagem, mas, acho que foi imaginação do mendigo.
Para mim, o grande trunfo do conto é a escrita. Não é difícil notar o talento para a escrita do autor.
Por isso, pelo talento, meus parabéns!
Criatura, que baita viagem tu nos convidou a fazer!
Gostei, não sei se entendi tudo, mas gostei.
Pra mim, o mendigo, possivelmente pela cachaça, achou que tinha enviado o pedreiro pra longe. A parte que diz que ele jogou a muitas quadras me levou a pensar isso… ele viajou!
Olha só, desculpe-me a chatice, mas sugeriria dar uma revisada no uso de “o mesmo”. O uso no texto está incorreto. Grande abraço!
A primeira leitura me pareceu bem “sem pé nem cabeça” e me lembrei do livro “Macunaíma” que, ao contrário de muita gente, eu gostei. Mas li de novo e de novo. Aí eu achei que entendi e fui ler alguns comentários. Percebei que tinha feito uma interpretação parecida. Era só um devaneio do mendigo ou ele se imaginando como alguém com super poderes e eliminando aquele fdp que o agrediu.
Quando falou em bota, cheguei a pensar que fosse um policial. Ainda bem que não era, pois eu tô de saco cheio dessa forma de retratar a polícia nas obras, sempre como um vilão, como se os policiais é quem fossem os bandidos.
Boa sorte.
Viagem completa em um espaço limitado de 99 palavras. Dizer que entendi completamente o seu conto seria no mínimo um exagero. No entanto, gostei da forma como foi trabalhado com imagens e palavras diferentes.
O autor domina bem a escrita, mas precisa se lembrar de que nem todos serão capazes de alcançar uma ideia tão complexa (ou talvez tão simples) em poucas palavras. Eu li, reli, li comentários, pensei e falei – Tá, você nasceu loira mesmo, mas…
Boa sorte!
Gostei da situação e da estória. O conto respira a poluição da cidade onde o mendigo e a obra são elementos comuns. Quando ficou insólito, gostei mais ainda. Só a construção das frases não me agradaram muito. Aqui caberia uma linguagem mais crua, como é a ambientação, para contrastar com o elemento fantástico.
Que doidera. Início bem hancok mesmo. Mas depois entraram alguns elementos que me deixaram confuso. Uber-nau… viajei nessa. kkk Boa sorte
kkkkkkkkkkkk, que doideira. Porra, queria ter entendido, mas, não consegui. Pensei no filme Hancock, do herói vagabundo e bêbado com super força. Aí, entrou umas maluquices, que se eu tivesse entendido o contexto, eu poderia ter gostado. Boa sorte.
Olá! Não posso dizer que entendi o conto por completo, nem sei se era a intenção aqui. As imagens de um deus mendigo revoltado com a modernidade pairaram por um bom tempo, os absurdos gritantes e a linguagem diferente me deixaram uma reflexão amarga.
Parabéns pela ousadia e boa sorte.
O que é o uber-nau? eu fui tentar pesquisar mas eu não achei nada, só um cara que eu acho que foi preso.
Mas é um conto bem fechado que conta a história de um mendigo que estava dormindo na construção que o pedreiro trabalhava, não sei se o mendigo tinha algum poder especial ou se estava sofrendo de alucinações alcoólicas.
Abraço ao escritor.
Desalojado, o mendigo Tupã tentou mandar o pedreiro à merda. No fim, não teve jeito. Foi-se embora e o pedreiro, ao trabalho. Destaca-se a originalidade e a maneira pouco comum de narrar, flertando com uma linguagem urbana quase chocante. Retrato de um dia na cidade. Mais um dia.
Mais um conto extremamente original. É sempre bom ver isso, mesmo que eu tenha me perdido um pouco. O texto é bem escrito e a trama traz elementos de surpresa, além de um humor sutil. Creio, entretanto, que a história demandava uma quantidade maior de palavras para que fosse transmitida em sua plenitude. Ainda assim, um bom trabalho. Parabéns!
Amigo Canvas,
Cara, seu texto é uma montanha e, como tal, eu precisei me afastar um pouco para poder melhor apreciá-lo. Se eu tivesse me apegado a cada palavra, a cada expressão, seu texto perderia muito o sentido por causa da má escolha de algumas palavras. Mas, passando por cima disso, eu consegui visualizar bem o que você narrou e gostei do texto como um todo. Gosto dessa mitologia brasileira que é tão esquecida, em detrimento da grega ou romana, com as quais somos bombardeados diariamente. Parabéns!
Muito inteligente! Metafórico. Sofisticado na construção. Parabéns!
Cara, que viagem, acho que não entendi nada hahaha.
Porém, ao mesmo tempo, senti uma porrada na cara, que acho que era a intenção, né?
Conto bem contemporâneo, aliás.
Achei simbólico o índio arremessando o cara longe. Sinto que é uma necessidade de balançar e bagunçar um pouco a sociedade, sei lá.
Enfim, apesar de confuso demais pra mim, achei pesado e simbólico.
`Parabéns!
MERGULHOU na sarjeta e nadou de costas. IMPACTO DE uma cusparada na cara desta sociedade cega e doente. Construção talentosa e sem grilhões criativos. Muito bom!
Texto com muita adjetivação, qualificação nada apreciativa. Narrativa se apresenta para mim de forma muito confusa. Apesar dos relatos agressivos, não encontrei dramaticidade cênica, nem mesmo elementos que pudesse indicar a apresentação, o desenvolvimento e a conclusão da história.
Conto “pitei um beck” sobre um deus maluco.
Confuso é o mínimo. As construções são atropeladas, quase que não se descobre o que está sendo contado.
O negócio do “tapume” é ridículo de tão vago.
Inexpressivo, pra mim.
Você tem razão, cortei algumas coisas e o tapume ficou vago. Não tinha percebido isto. Obrigado.
O texto força a mão em algumas coisas. Por exemplo, em “os cabelos compridos estralaram no papelão” é que está dito os cabelos causaram estalos, o que é estranho. A intenção seria com indicar que os cabelos estavam duros de tão sujos? Se for, é um exagero.
“Vaus cegos! Criança chorosa na biboca;anhanguera quer cidade”, que parece uma imprecação, não faz sentido em seu todo, considerando os significados de “vaus”, “biboca” e “anhanguera”.
Em “findados os raios sobre o tapume, o mesmo é substituído pelo pedreiro que retornara na uber-nau”, muitos problemas. Tapume é série de tábuas usadas para cercar um terreno. Assim, “sobre o tapume” seria em cima dele ou acima dele? Como o tapume pode ser “substituído pelo pedreiro”? Uma “uber-nau” seria um carro muito grande (como uma nau) vinculado ao aplicativo Uber?.
Em “Tupã, coitado feito, foi vomitar” me parece ter havido uma inversão forçada, que prejudicou o sentido. Talvez ficasse melhor “Tupã, feito coitado, foi vomitar”.
Em “dorme sujo” deveria ter sido posto um hífen.
Olá…
Um suposto deus embriagado se vinga de um pobre-coitado.
Bem escrito, embora os eventos sejam rápidos demais, mesmo para conto curto.
Só entendi até o trecho: “circundados por uma escura nuvem de relâmpagos.” A parte do retorno do pedreiro me pareceu desnecessária. Não trouxe vigor ao desfecho, mas o deixou truncado. Boa sorte.
Um conto difícil de entender sem conhecimento prévio (meu caso), mas que com as devidas pesquisas se abre para uma cena muito divertida de se imaginas. Quase me lembra um filme do Will Smith kkkkkkkkkkkk. Mas no geral, não me causou nenhuma grande impressão, a não ser pela originalidade na escolha do personagem.
Oi, Canvas
Olha, embora eu tenha apreciado sua escrita é até me deixado levar pela história, eu não entendi o ponto central dela. Posso até ter feito algumas suposições, mas elas não me ajudaram muito no entendimento. É mesmo que fizesse não me despertou muita coisa.
Não vou dizer que vc deveria ter feito diferente ou facilitado mais a compreensão. Mas creio que não tenho embasamento pra captar as nuances do mesmo.
No geral mesmo sem entender, gostei de ler. rsrs
Boa sorte no desafio.
Oi, autor (a)!
Queria ter entendido, mas não 😦
Ao que me parece deus tupã incorporou no mendigo e acabou se emputecendo com o lance da bota na cara. Daí depois de fazer o que fez com o pedreiro, Tupã se arrepende emputecendo faz o tempo retroceder e o pedreiro voltar de onde tinha saído. Então Tupã vai vomitar talvez pelo mendigo gostar de mé (como diria Mussum)
Acho que me confundi aí, mas espero ter passado perto.
Boa sorte no desafio.
Gostei bastante do texto. Eu sempre penso em Tupã e como as pessoas não falam dele. Ele é o Deus original do Brasil, aquele que foi morto pelo Deus branco Europeu. Foi bom encontrá-lo por aqui.
Ótimo texto!
Eu não tinha contexto para entender esse conto, mas o autor conduziu tão bem que compreendi sem precisar da ajuda dos comentários. Claro que eles iluminaram algumas questões, como o significado das palavras, mas o essencial eu já tinha entendido.
Quem dera todos moradores de rua tivessem os poderes de Tupã
A falta de respeito e empatia com eles é algo que mexe muito comigo.
Boa sorte!
Bem, exigiu de mim certa pesquisa no google, pra saber o que é Tupã, biboca, vaus
Achei bem criativo, sim. Um pouco non sense imaginar isso acontecendo numa cidade !
Mas puxa, pq o pedreiro quis implicar com o mendigo ? Risos
E o mendigo tinha as forças de Tupã? Uau ! Que coisa !
Interessante
Me lembrou aquela piada do Super-homem bêbado em um bar, rs rs.
Gostei do início do conto. Toda a sua escrita é muito boa: demonstra que você não tem medo de construções autorais e trabalha bem as palavras. Na segunda metade, a dúvida: estamos falando de um deus bêbado ou de um bêbado que se acha deus?
Prefiro a segunda interpretação. Cada bêbado é um deus no seu mundo, especialmente quando é também morador de rua e já sofre sequelas psicológicas provenientes do isolamento e da privação. Assim sendo, o conto trabalha com uma mudança drástica de ponto de vista: na primeira metade, vimos pelos olhos do pedreiro. Na segunda metade, pelos olhos do mendigo.
Interessante! Parabéns!
Bem, depois de dar uma olhada em alguns nomes que não conhecia, entendi mais ou menos. Tupã, uma divindade indígena, resolve tomar umas biritas e dorme em frente a uma construção. Chega um pedreiro e esbraveja com ele, e ele lança o pedreiro longe. O pedreiro, por sua vez, volta de uber (não sei se é isso hahahahaha), como se nada estivesse acontecido. Pode ser lido como uma critica a forma como moradores de rua são invisíveis para a sociedade, ou apenas incômodos. Me senti um pouco perdida, acho que tem que ter um embasamento para ler esse conto, mas o tema é interessante. Boa sorte!
Estava encantada pelo texto, que me lembrou um pouco de Fernando Sabino, não se por quê. No final, tive bastante dificuldade em entender, mas creio que foi mais um problema de leitor mesmo. Acho bastante corajoso utilizar a linguagem indígena num espaço em que quase todos têm pouco conhecimento sobre essa cultura. Mostra-nos o quão ignorantes somos diante de uma cultura tão importante na nossa História.
Parabéns e boa sorte!
Tupã, desce à Terra para tomar um drinque, fica bêbado e vai dormir na entrada de um edifício em construção. Um pedreiro chega para trabalhar e o enxota e Tupã se irrita e o lança longe pelo ar, como o super-homem por que ele é de um planeta igual a Kripton. O pedreiro volta com uma viatura da polícia intergalática para prender o alienígena. Foi o que entendi, mas não vi nada de original aqui.
Pesquisei os elementos do texto: Tupã é o responsável por controlar o tempo, o clima e os ventos. Por isso que os indígenas temiam os sons dos trovões e relâmpagos, pois pensavam ser Tupã a manifestar-se negativamente sobre algo ou um mau presságio.
Canvas, o pseudônimo, é uma ferramenta de planejamento estratégico, que permite desenvolver e esboçar modelos de negócio novos ou existentes.
Anhangüera significa “Espírito Maligno” ou “Diabo Velho”, e foi o apelido dado pelos indígenas a Bartolomeu Bueno, o bandeirante, pois, ameaçou-os com fogo na água deles se não entregassem o ouro que tinham.
Uber-nau, junto, não achei. Uber é uma palavra de origem alemã que equivale ao “above” em inglês (acima, em cima, de cima, sobre). Mas, no inglês americano falado uber chegou como gíria e seu significado é: “super”, “extremamente”, “o melhor”. Nau é nome dado, desde o século XVII, a navio de grande porte, com três mastros, velas redondas, fortemente armado.
O que amarrar? O pedreiro agrediu o mendigo, que revidou; o homem voltou com a polícia. Se for isso, parabéns pela crítica social, através do folclore indígena e elementos da atualidade. Texto bem escrito. Abraços.
Olá, Canvas.
Bom, a leitura estava indo bem até o penúltimo parágrafo. Chegando no último, entendi nada, ou quase nada.
Contava com o desfecho para poder compreender totalmente seu texto, mas, infelizmente terei de julgá-lo (como simples leitor) pelo final, no meu entender, abstruso. O mendigo era Tupã (sobre o qual temos noções mitológicas — ok), e foi incomodado, durante o sono, por um pedreiro. Tupã utiliza seu poder contra ele, depois acontece tanãnã e, por fim, Tupã vomita (ressaca de bebida).
Fico frustrado quando não consigo entender um texto, sobretudo quando gosto. Mas o defeito está no leitor, não na narrativa. Agora, se o importante era o sentido de humor, creio ter captado, rindo do arremesso e das palavras invocatórias.
Boa sorte neste desafio.
Gosto da fusão de crítica social e folclore indígena, da dureza da realidade com o lirismo da fantasia; acho que foi muito feliz nessa mistura. Acho que essa premissa tão interessante perde um pouco de força em detrimento do estilo escolhido, que dificulta o entendimento do texto nos últimos parágrafos. Não chega a atrapalhar o sentido da história ou sua conclusão, mas deixa o leitor no ar por momentos.
Li duas vezes pra entender. Saquei o tom humorístico, mas não gostei muito. Achei que os dois últimos parágrafos poderiam ter sido melhores.
O que eu entendi foi mais ou menos na pegada de “Deuses Americanos” do Neil Gaiman. Tipo… Tupã, esquecido, fica vagando por aí como mendigo cachaceiro, mas ainda em posse de seus poderes de deus.
Até aí estava bacana, mas depois da frase do Tupã e da volta do pedreiro, fiquei sem entender muita coisa.
Abraço!
Bom, acabei não gostando muito. O conto brinca de forma criativa com o drama de índios mendigos que gostam de uma caninha, distorcendo o óbvio e enfiando tupã na trama. O Famoso “vai mexer com quem tá quieto” é usado com maestria. Mas depois daí, não entendi mais nada. A citação ficou vaga, e até dei uma pesquisada para encontrar sentido, mas nada encontrei, e o parágrafo final não ficou claro em minha mente.
Vixe, me lembrou muita coisa este teu conto inusitado. Ô mendigo “manso” esse! Deu um Kamehameha no pedreiro cretino, ao estilo Dragon Ball Z misturado com Zeus, e o primitivo Tupã. Lacrou. Gostei do voo do pedreiro e da criatividade do autor, ganhou estrelinha com certeza.
A pequena história do conto brinca com aquela outra história que escutamos, de que Jesus (ou qualquer outra figura religiosa) pode estar na figura do mendigo ou pedinte ao seu lado. Mas trás um lado cômico e descontraído, sem ser politicamente correto. A primeira leitura é um pouco travada, o limite de palavras nos força a reduzir muito as coisas e as vezes dá uns trancos. Mas a partir da segunda leitura, a cena ficou clara e melhor. A citação, entretanto, ainda está um pouco nebulosa pra mim.
Um conto que me causa estranheza, que me obriga a releituras, que me faz rir desse Tupã desgraçado que lança longe o pedreiro e solta raios. A linguagem me confunde, mas acredito que tenha sido também essa a sensação que tiveram os mais tradicionais, quando se depararam com Macunaima virando Jigué na máquina telefone. Ousaria dizer que há uma influência aí do nosso grande Mário… Parabéns, mesmo meio confuso.
Mais um desses contos de um bom gosto sem tamanho. O trato com a linguagem por parte do autor é sem igual. Esse Tupã mendigo carrega consigo elementos da mitologia clássica onde deuses se fingiam de andarilhos para testar os homens – e, de maneira diferente, as mulheres. Ainda brinca com as coisas da modernidade, descrevendo-as pela visão de um indígena. Sem dúvidas, muito inteligente.
Resultado – Good
GOD (Gosto, Originalidade, Desenvolvimento)
G: Um texto bastante diferente, incomum, utilizando-se de regionalismos e uma linguagem mais burlesca. Intrigante. É possível entender a história, mesmo para quem não conhece a fundo as tradições indígenas, e isso foi bastante positivo. – 9,0
O: É quase um conto de super-herói nas entrelinhas, com ar urbano bem diferenciado. Gostei da construção cotidiana e do fato do Fantástico ser tratado como algo normal. – 9,0
D: No entanto, mesmo acostumado a me surpreender com palavras difíceis, achei a gramática um tanto confusa. Entendo que o estilo aplicado é diferente, mas provoca lacunas durante a leitura que não são tão agradáveis. À cada palavras a mente pára e pensa “o que isso quer dizer?”. Então não flui tão bem. – 8,0
Fator “Oh my”: bem escrito, seguro e diferente. Talvez diferente até demais.
Pasmei! 😀
Vou tentar me recuperar.
Parabéns, os colegas já fizeram os comentários apropriados. Eu só os repetiria.
Gostei do texto em sua estrutura, gosto de coisas que fogem do óbvio. Não sei, porém, se compreendi tudo o que está aí, algumas partes me deixaram meio confusa. Gostei do Tupã e talvez esse microconto aqui tenha sido pequeno para o que ele pode render. Com isso não estou dizendo que esperava algo mais, já que se trata de um texto de menos de 100 palavras, só que infelizmente não compreendi tudo o que o autor tentou passar, tenho certeza disso.
Um conto bom, mas que me confundiu bastante. Por eu não estar por dentro da mitologia tupi-guarani, eu não me identifiquei de primeira com a figura mitológica de Tupã(para mim o título era mais uma referência do que tudo, introduzindo que o mendigo se parecia com Tupã, e não que era o próprio deus).
-Originalidade(10,0): Ganhou pela inovação, mesmo que a trama em si não tenha sido reinventada, você conseguiu introduzir o elemento místico no cotidiano.
-Construção(6,5): Eu não consegui captar o espírito do conto somente com a minha leitura. Eu reli pelo menos umas duas vezes para me inteirar sobre o assunto e ainda busquei ajuda no Google para fazer a referência com Tupã. Enfim, eu sinto que uma explicação deve ser dada para que os leitores se insiram no conto sem a necessidade de uma fonte externa de pesquisa, visto que o bom do enredo está na figura de um deus esfomeado.
-Apego(6,0): Não consegui me ambientar corretamente como eu sei que poderia, visto que eu gosto tanto de temas fantásticos e mitologias. Infelizmente, como eu não conhecia o deus, e isto fazia total diferença na leitura do conto, a leitura foi prejudicada.
Boa sorte!
Minhas impressões de cada aspecto do microconto:
📜 História (⭐▫▫): interessante colocar Tupã, o deus dos raios da cultura guarani, como um mendigo de rua. Os dois últimos parágrafos ficaram estranhos. O penúltimo pesquisei um pouco e entendi em parte. O último ficou confusa na parte “o mesmo é substituído pelo pedreiro”. Quem é “o mesmo”? O tapume? O que aconteceu com o pedreiro (achei que morreria eletrocutado).
📝 Técnica (⭐⭐▫): boa palavras e construções no início, mas o uso de “mesmo” nas frases sempre confunde e deixa o texto feio (como nas mensagens de elevador).
💡 Criatividade (⭐⭐): muito criativa a ideia do Tupã mendigo. Muito mesmo!
✂ Concisão (⭐⭐): achei que a história coube no texto, apesar da confusão no final.
🎭 Impacto (⭐⭐▫): o impacto bom aqui foi no meio, quando Tupã levanta com raios nas mãos. O que ocorreu depois disso diminuiu um pouco
Humor com um toque de nonsense, mas com algo a dizer. Porém, não sei se consegui captar muito bem o que. Poderia também ter maior capricho ao conduzir o leitor. Por exemplo, no trecho “O mendigo apertou o tornozelo do pedreiro e o arremessou até o quarteirão seguinte”, a surpresa pelos superpoderes divinos do mendigo poderia ser mais valorizada. Acabou soando, no momento em que li esse trecho, destoante, como se fosse uma hipérbole, para só mais à frente eu entender que o pedreiro estava mexendo literalmente com uma divindade. Uma sugestão: O mendigo apertou o tornozelo do pedreiro que desacreditou quando aquele o arremessou até o quarteirão seguinte.
Um conto marcado pelo humor e pelo nonsense que parece o das HQ.Muito bom.
Um sujeito rude, o pedreiro, foi acordar o outro sujeito que dormia na calçava, deu azar porque era um deus indígena encarnado e este, com seus poderes e embriagado jogou o outro longe.
Não entendi o destino do pedreiro com essa “uber-nau”.
Bem escrito, mas sem nenhuma mensagem, um fato isolado de algo non sense.
Você criou um Tupã da maloca? É isso mesmo? rsrs. Olha, não dá para negar que foi extremamente criativo. Mas fora isso, não conseguiu me impressionar. De qualquer forma, me diverti lendo, e isso conta muito. Parabéns.
Oi autor(a), hummm não entendi nada, e para falar a verdade, não sei se sua intenção foi que entendêssemos mesmo. Para mim ficou sem pé nem cabeça… mas valeu pela criatividade… boa sorte!!
“Uber-nau” kkkkkkkkkkk Quanta intertextualidade! Você encaixou elementos da literatura e da história com a atualidade, e isso é lindo!
Também lembrou-me o caso do índio (citado em outros comentários)… mas ainda vejo mais referência ao poema Erro de Português, do Oswald de Andrade (embora fosse dia de chuva no seu conto, ainda assim “o índio despiu o português”).
Adorei essa releitura do processo de colonização, com aquele choque de culturas (nada pacífico) que difere da teoria do Bom Selvagem; gostei muito dessa inversão de papeis.
Boa sorte 😉
kkkkkkk Eu ri, mas eu vi! Eu vi Tupã, aí, em um dia-bão, daqueles de tontear na pinga para aguentar o lixo do mundo, daquele lixo que pensa que o outro não é nada, senão o pó que está debaixo do sapato que usa. Adorei a ideia do Tupã, coitado feito, arremessar o pedreiro para longe, porque nem só de concreto se vive, mas de humanidade.
Melhor frase: “Vaus cegos! Criança chorosa na biboca; anhanguera quer cidade.”
Senti o trovão aí, passando perto.
Exemplo perfeito de micro aberto, onde o leitor fica grogue, sem convicção se entendeu ou não o texto. Lembrou-me referência ao incidente com o vendedor de nome “Índio” em Sampa. Ótima linguagem desconexa, não linear. Microconto perfeito.
gente, o q foi isso? hahaha péra, deixe eu me recuperar…
nao sei se gostei do índio cheirando a cachaça, nao sei se entendi o q ele era ou queria, nao sei se entendi o que uma uber-nau
parece q levei uma pancada na cabeça… hahaha