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Detox Literário.

Para sempre nunca mais (Antonio Stegues Batista)

corvo

Certo dia ao entardecer, um corvo pousou na janela de meu gabinete.  Ergui o olhar dos meus manuscritos sobre a escrivaninha, surpreso diante de tal aparição.

O negro espectro me olhou por um instante e depois disse: – A noite se aproxima com seus milhões de olhos arregalados de espanto. O mestre adormeceu nos braços ternos de Atena. Nunca mais!

Após essas palavras, o corvo bateu asas e voou, crocitando: – Poe! Poe! Poe!

Me ergui para fechar a janela, mas no assoalho cheio de pó, depois de muito tempo sentado escrevendo, para meu horror, meus pés criaram raízes!

88 comentários em “Para sempre nunca mais (Antonio Stegues Batista)

  1. Lohan Lage
    27 de janeiro de 2017

    Simples e ótimo. Bela homenagem a Poe. E, como a um comentarista que citou, eu também me lembrei de Game of Thrones, rs! Boa sorte!

  2. Thayná Afonso
    27 de janeiro de 2017

    Adorei a ideia do texto, extremamente criativo. A referência ao Poe me deixou encantada. Texto muito bem escrito e estruturado. A escrita é uma ótima homenagem ao incrível escritor. Parabéns!

  3. Gustavo Henrique
    27 de janeiro de 2017

    Haha essa imagem me lembrou Game of Thrones, Gostei. Boa sorte!

  4. Leo Jardim
    27 de janeiro de 2017

    Minhas impressões de cada aspecto do microconto:

    📜 História (⭐⭐▫): bom intertexto com o Corvo do Mestre Edgar, mas não consegui ver muito mais que isso no texto. A cena final, preso no chão, ficou interessante.

    📝 Técnica (⭐▫▫): a última frase/parágrafo ficou muito longa, com muitas vírgulas. Talvez ficasse melhor se fosse dividida em mais de uma. Esse problema ocorre nos outros parágrafos também, mas apenas na última que realmente incomoda.

    💡 Criatividade (⭐⭐): achei criativa a ideia de brincar com o conto de Poe e relacionar com um escritor preso à escrita.

    ✂ Concisão (⭐▫): a frase do corvo está grande e o texto poderia ter algumas de suas palavras (adjetivos e advérbios) cortadas para ficar mais enxuto.

    🎭 Impacto (⭐⭐▫): apesar da última frase estar muito travada e eu ter que reler ela com calma para pegar a proposta do autor, gostei do que fez. Dando uma arrumada nas frases, terá um bom microconto.

  5. andressa
    27 de janeiro de 2017

    Gostei muito. Boa sorte!

  6. andressa
    27 de janeiro de 2017

    Sim, Edgar Allan Poe, sensacional. Boa escolha. Boa sorte!

  7. Sra Datti
    27 de janeiro de 2017

    O corvo e sua simbologia, o mensageiro das más notícias, da morte. Seria uma homenagem a Poe, o alerta de sua morte ” O mestre adormeceu nos braços ternos de Atena. Nunca mais!”, enquanto o personagem mergulhava em seu trabalho? Difícil desenvolver uma história de RF em tão poucas linhas”
    Escrita impecável, enxuta, direta.
    Ótimo texto!

  8. Poly
    27 de janeiro de 2017

    Na hora que vi a imagem já lembrei de Poe, e não deu outra. Texto bem escrito, sem erros, temática interessante, seguindo as linhas do fantástico. Gostei bastante.

  9. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    26 de janeiro de 2017

    Olá Corvo,

    Tudo bem?

    Bela homenagem a Edgar Allan Poe e ao realismo fantástico, já que, ao menos para mim, as raízes nos pés também remeteram à Garcia Marques.

    Gostei da imagem utilizada para o conto e das imagens criadas pelo conto em si.

    Parabéns por seu trabalho e muito boa sorte no desafio.

    Beijos

    Paula Giannini

  10. Jowilton Amaral da Costa
    26 de janeiro de 2017

    Um bom conto. Uma homenagem ao mestre Poe. Eu teria gostado mais se não fosse os pés enraizados no final, que achei que destoou um pouco. Mas, é só minha opinião. Boa sorte.

  11. Renato Silva
    26 de janeiro de 2017

    Sou suspeito para falar, pois sou grande admirador da obra de Poe. Num conto que li ontem, havia forte referência a Lovecraft, agora este a Edgar Allan Poe. Gostei muito da linguagem; percebo que você conhece bem sua obra e só por isso já tem minha simpatia. O uso do nome “Poe” como onomatopeia, o crocitar de um corvo, bem bolado. Adormeceu nos braços de Atena, a deusa da sabedoria, que abrigou mestre da literatura de terror.Muito legal todos esses simbolismos. Sobre os pés criarem raízes, imagino que tenha a ver com o tempo que passamos sentados, escrevendo e nem nos damos conta mais do que ocorre lá fora e o quanto estamos imersos em nossos próprios pensamentos.

    Muito bom, parabéns e boa sorte.

    • Renato Silva
      26 de janeiro de 2017

      Mas uma coisa que esqueci de comentar. Linda imagem essa que você escolheu. Ficou perfeita, mesmo!

  12. Anderson Henrique
    26 de janeiro de 2017

    O texto funciona muito bem como homenagem. Estrutura bacana, linguagem apropriada. Justo resgate do mestre. Ligar o som do corvo ao nome Poe foi jogada de mestre. Muito bom.

  13. Pedro Luna
    26 de janeiro de 2017

    Uma boa homenagem a Poe, mas pelo menos na minha cabeça, tem uma pitada de Game of Thrones também..kk. O corvo, e o ser enraizado me remeteram a série. Agora se trata de um conto aberto e que demanda certo conhecimento prévio sobre o tema. Talvez não role para todos. Opção do autor, autora. No geral, gostei.

  14. vitormcleite
    25 de janeiro de 2017

    uma boa homenagem a esse autor que tantos gostamos. O final foi surpreendente e todo o texto pareceu-me bem escrito e bem estruturado, parabéns

  15. Andreza Araujo
    25 de janeiro de 2017

    A introdução é magnífica, o meio é muito bom, já o final achei pouco interessante. Claro que há de se interpretar as palavras, um texto nunca é só um texto. Ficou registrada sua homenagem, mas como conto não sei se funcionou tão bem.

  16. rsollberg
    25 de janeiro de 2017

    Uma homenagem ao mestre da imaginação e do mistério sempre garantirá pontos! A escrita obviamente tem o estilo do Edgar e entrega justamente essa sombra do insólito.
    Resta claro que é um texto que admite algumas interpretações, o que particularmente gosto bastante.
    Mas uma coisa é certa, as raízes certamente não estão ali por acaso… rs
    Parabéns

  17. Douglas Moreira Costa
    25 de janeiro de 2017

    Primeiro de tudo: bem escrito. A narração é instigante, a transmissão das imagens é muito bela. Mas talvez por eu não conhecer tanto de Poe quanto gostaria, o conto não me arrebatou. O final foi bom, mas mesmo assim não cativou, não impactou. Não enxerguei qualquer sacada. Talvez seja por ignorância, espero que dá próxima vez eu tenha conhecimento suficiente para apreciar um conto como esse.

  18. Tiago Menezes
    25 de janeiro de 2017

    Olá Corvo. A homenagem foi válida e o conto foi muito bem escrito, porém não me cativou. O impacto do final não me atingiu, infelizmente. Entretanto, foi um bom conto.

  19. Wender Lemes
    25 de janeiro de 2017

    Olá! Seria precipitado dizer que o ambiente descambou para o absurdo no momento em que os pés criaram raízes, visto que um corvo tão fluente também não é coisa tão comum. Mesmo assim, a imagem dos pés nos traz certa surpresa boa. Não consegui abstrair muito mais do que isso, infelizmente, soa-me como uma cena anormal, que cativa pela criatividade e contenta-se dessa forma.
    Parabéns e boa sorte.

  20. Daniel Reis
    25 de janeiro de 2017

    Um texto que prima pela paródia, não exatamente positiva, para estabelecer uma nova narrativa. Particularmente, não me atrai essa premissa e, ao invés de homenagem, o que vejo aqui é um pastiche. Sinto muito, não gostei.

  21. catarinacunha2015
    24 de janeiro de 2017

    MERGULHO espalhafatoso em homenagem ao mestre. Estou me sentindo assim também, presa à cadeira. O autor com certeza tem domínio da escrita, mas hoje não me encantou. IMPACTO de um leve gralhar.

  22. Marco Aurélio Saraiva
    24 de janeiro de 2017

    Gostei da homenagem a Allan Poe. A brincadeira com o famoso poema foi boa, mas no final não entendi o objetivo do conto.

    Pesquei que você queria, de certa forma, dizer que o “mestre” (que entendo como Poe) jamais existiria novamente. Ele morreu e não haverá outro como ele. O “aproximar da noite” pode significar uma escuridão nos escritos de hoje: a famosa perspectiva de que “o que se escreve hoje nunca será tão bom como o que se escreveu no passado”.

    Mas o final foi confuso. O que significavam as raízes? Que nós temos que sentar e escrever até conseguir superar o grande mestre, ou morrer tentando?

  23. Evandro Furtado
    24 de janeiro de 2017

    A coisa tem uma pegada surrealista-gótica, tanto na forma quanto no conteúdo. A estrutura narrativa é bem romântica, com claras referências a Poe. A trama traz consigo elementos de sonho, com coisas pra lá de estranhas acontecendo, uma após a outra, sem aparente ligação.

    Resultado – Very Good

  24. Felipe Teodoro
    23 de janeiro de 2017

    Um conto doido. Não sei se entendi muito bem, é possível ver as claras referências, mas no geral, a escrita parece ser o problema. Além de algumas sentenças simples demais, a construção me parece confusa e não proposital. O efeito da descoberta de pés que tornaram-se raízes não funcionou comigo. Não consegui decifrar também qual foi o tom usado pelo narrador, mas sentenças como essas, não funcionam muito bem: Certo dia ao entardecer – O negro espectro – ergui o olhar. Enfim, uma ideia que tem potencial, mas precisa ser melhor apresentada.

  25. Victória Cardoso
    23 de janeiro de 2017

    Gostei da atmosfera do conto e da homenagem ao Poe. Se eu conhecesse um pouco mais sobre a obra de Poe, no entanto, teria apreciado bem mais. Boa sorte

  26. reginarocha2005
    23 de janeiro de 2017

    Adorei o final. Gostei bastante desse conto.

  27. Simoni Dário
    23 de janeiro de 2017

    Bom, não conheço nada do Poe, mas o texto é bem articulado e de escrita limpa. Queria ter entendido mais (azar o meu), percebe-se um autor talentoso.
    Bom desafio!

  28. Mariana
    23 de janeiro de 2017

    Gostei de como brincou com Poe e seus corvos. Original e bem escrito

  29. Fil Felix
    23 de janeiro de 2017

    Um conto interessante com o combo Poe + Corvo. Confesso que não sou entendedor do autor, mas sinto que já sou íntimo pelo número de vezes que esbarramos por aí. Gostei do tom insólito e do desenvolvimento rolar fantástico. A cena, que é única, gera uma imagem muito boa e até brinca com a coisa do escritor, que gostamos de arriscar ser.

  30. Andre Luiz
    22 de janeiro de 2017

    -Originalidade(8,5): Um conto diferente que é mais uma homenagem ao Poe, porém sem deixar de ser uma história. É a realidade misturando-se à ficção!

    -Construção(8,0): Gostei da atmosfera criada e do terror iminente, similar aos contos de Poe. Infelizmente não peguei aquela parte da Atena.

    -Apego(7,5): Uma bela poesia, que se transforma em uma certa melancolia.

    Parabéns!

  31. Sidney Muniz
    22 de janeiro de 2017

    Pois é. Amo Poe e adorei a homenagem criativa e bem escrita, mas..

    A cho que você poderia ter arriscado mais. O texto faz mais menção a Poe do que algo que você poderia te nos passado e nos convencido de algo mais original. Nesse quesito achei você criativo, contudo o micro tem mais de Poe do que do autor, mesmo sendo escrito por você.

    R esta dizer ainda que se apenas o último parágrafo estivesse aqui seria um baita microconto de terror. E seria um dos melhores para mim, pois esse fechamento é teu salva vidas no seu texto. De fato o achei sensacional e o restante para mim só trata do poe e de suas obras.

    Até uma proxima caro autor(a) e desejo sorte a você no desafio. Mostrou que tem potencial para me agradar mais na próxima.

  32. Cilas Medi
    21 de janeiro de 2017

    Bem escrito, dentro das regras do micro conto. Não há muito o que comentar por estar bem explicito, ordenado e coerente. Parabéns! Boa sorte!

  33. Fheluany Nogueira
    21 de janeiro de 2017

    Uma homenagem a Poe; texto bem escrito e com imagens bem articuladas referentes à obra dele. Não causou impacto, trouxe poucas emoções. Parabéns pela participação. Abraços.

  34. Tom Lima
    20 de janeiro de 2017

    Berenice e o corvo. É uma homenagem bonita, mas não me toca além disso.
    Me parece que o corvo vem anunciar a morte de Poe, e a personagem fica paralisada (as raízes) com a notícia.

    Tem sua beleza, e realmente acho que não gostei mais por estar comparando com outros contos que já li por aqui. Talvez fora desse certame minha visão sobre ele fosse um pouco diferente.

    Boa sorte.

    Abraços.

  35. Estela Menezes
    20 de janeiro de 2017

    Correto, bem construído, sofisticado nas suas referências, até original, nem sei como explicar a sensação de mármore frio que me deixou… Acho que tb seria preciso um pouquinho mais de cuidado com certos detalhes: uma vírgula faltando aqui e ali, repetição de palavras (“ergui”), acréscimos desnecessários (“…sobre a escrivaninha…” e “depois” antes de “ele disse”). Sempre penso que microcontos, mais do que qualquer outra prosa, precisam se livrar de toda a carga possível para melhor decolar…

  36. Givago Domingues Thimoti
    20 de janeiro de 2017

    Acho que o conto ficou aberto demais. Com um título intrigante desses, custa-me acreditar que o texto seja apenas uma homenagem ao Poe.
    Boa sorte!

  37. Bia Machado
    20 de janeiro de 2017

    Gostei, adoro Poe, um dos meus escritores preferidos, um dos que mais me desafiam e me fazem gostar disso. Apesar disso, e apesar de também achar que tudo dentro do texto parece combinar, achei a escrita simples. O final foi muito interessante, uma grata surpresa. Uma pena que as raízes não apareçam desde o começo do texto. Aliás, o conto poderia começar dessa forma, ele se vê enraizado e então perceberia o corvo… Bem, só algo que imaginei ao ler o texto. Muito bom!

  38. Lee Rodrigues
    20 de janeiro de 2017

    Sr. Corvo;

    Não me tome por ranzinza, nem lance sobre mim maldizeres pestilentos, porque gostei da homenagem, gostei mesmo da sua ousadia, mas faltou você, faltou sua identidade.

  39. mariasantino1
    19 de janeiro de 2017

    Que legal o mistério culminar no insólito de ter as pernas transformadas em raízes. Gostei bastante do conto e da homenagem.
    Acho que é fala demais, mas cabe a interpretação e a flexibilidade do mundo fantástico. Acredito, mesmo, que o texto merecia ser reescrito com mais detalhes e maior espaço.

    Boa sorte no desafio.

  40. Iolandinha Pinheiro
    19 de janeiro de 2017

    Eu amo Poe, já li parte da sua obra, conheço o texto que vc usou como referência, mas, realmente, do fundo do meu coração, gostei não. O corvo chega e fala sobre a morte do escritor, depois sai gritando POE, POE, POE, e o cara quando vai se levantar percebe que virou uma árvore. Poe escrevia terror, havia umas tintas de sobrenatural na obra dele, mas ele não embarcava de olhos fechados na fantasia, acho que ele tinha cuidados para que suas histórias não ficassem muito fora de uma linha lógica, então eu achei este teu conto muito mais parecido com um filme do David Lynch. Mas tá valendo. Pessoas entenderam a homenagem. Eu te desejo sorte. Abraços.

  41. waldo Gomes
    19 de janeiro de 2017

    Conto com tema “fantástico” sem o ser:

    Um corvo que fala coisas malucas e imita tiros de revolver ao voar: pow, pow, pow…

    Estranho, no minimo. 🙂

  42. Srgio Ferrari
    19 de janeiro de 2017

    Poe psicografa: Estou farto de ménages!

    Eu não estou, sr Poe. De homenagens sim, aí sim. Então, não, não passarão. Passarinho. (destes tão famélicos que comem até raízes)

  43. Leandro B.
    19 de janeiro de 2017

    Oi, Corvo.

    Olha, achei o conto bem escrito e é, sem dúvidas, uma boa homenagem ao corvo de Poe, mas senti falta de uma história em si no conto, de um significado que fosse além de uma homenagem.

  44. Amanda Gomez
    19 de janeiro de 2017

    Oi,

    Achei bem interessante, o conto já nos leva a atmosfera típicas dos contos de terror do autor. Foi uma homenagem despretensiosa que cumpriu com seu objetivo, a figura do autor escrevendo em uma rotina, e logo o aparecimento do corvo com uma profecia foi bom também.

    Posso ter deixado passar algumas referências, mesmo assim foi uma boa pedida. o final com o autor enraizado, foi uma metáfora bem interessante.

    Gostei.

    Boa sorte no desafio.

  45. Gustavo Aquino Dos Reis
    18 de janeiro de 2017

    Corvo,

    Lenore! Lenore!

    Teu conto, mestre Corvo, é uma homenagem sincera a Poe. Eu gostei bastante, principalmente da sua escrita.
    Porém, e isso não é culpa sua, profanar a memória do mestre seria mais acertado.
    Afinal, temos inúmeras odes ao Gótico e não nos reinventamos em relação a ele. Apenas o reproduzimos em novas roupagens.

    Ah, mas não me dê ouvidos. Seu conto é bom e é isso que importa.

    Parabéns.

  46. Roselaine Hahn
    18 de janeiro de 2017

    Gostei, prende o leitor desde o início, percebe-se que será contado uma história, a partir do “certo dia”, é um dos contos mais conto que li até agora. Então um corvo crocita hem, vivendo e aprendendo, é que não transito muito no mundo dos corvos. Confesso que o final não entendi bem a relação entre a profecia do corvo e as raízes, mas o texto foi bem desenvolvido, é o que conta. Abçs.

  47. Vitor De Lerbo
    18 de janeiro de 2017

    Gostei da homenagem, mas é um conto que depende totalmente da compreensão das referências por parte do leitor, o que nem sempre acontece.
    O desfecho surpreende e dá mais força à história.
    Boa sorte!

  48. Miquéias Dell'Orti
    17 de janeiro de 2017

    Olá,

    Adoro Poe e gostei da homenagem. O texto é consistente, com suspense na medida certa e carregado de referências. Muito bom.

  49. Thiago de Melo
    17 de janeiro de 2017

    Olá, Autor,

    Muito bom o texto e a homenagem ao grande Poe. Ainda nas primeiras linhas fiquei em dúvida se seria apenas uma releitura de “O Corvo”, mas foi uma grata surpresa ver que você conseguiu dar som à própria voz e ainda fazer uma bela homenagem a um autor do qual você provavelmente gosta.
    Muito bom. A cena final das raízes ficou ótima e casou muito bem com a atmosfera que você criou ao longo da (curta) história.
    Parabéns!

  50. Priscila Pereira
    17 de janeiro de 2017

    Oi Corvo, ficou muito interessante o seu conto. Já li O corvo do Poe e (não me julguem) não achei muita graça… Achei o seu melhor… , principalmente por ser mais curto. Gostei bastante. Parabéns e boa sorte!

  51. Luis Guilherme
    17 de janeiro de 2017

    Boa tarde.

    Infelizmente, não entendi nenhuma referência, rsrs.

    Não conheço quase nada do Poe, e acabei ficando perdido.
    Mas gostei da ambientação e da trama. Apesar de não compreender bem, me prendeu e me agradou.

    Parabéns e boa sorte!

  52. Brian Oliveira Lancaster
    17 de janeiro de 2017

    GOD (Gosto, Originalidade, Desenvolvimento)
    G: Excelente uso de causa e efeito, além de homenagem ao distinto escritor. O autor tentou emular o estilo perturbador de Poe e conseguiu causar a estranheza necessária, sem cair descaradamente na cópia. – 9,0
    O: A premissa de criaturas falantes é bem comum no terror psicológico, mas aqui foi utilizado de forma sábia, sem muito exagero. Cativa pela ambientação, mas tira um pouco da novidade ao ler o pseudônimo e ver a imagem. Já sabia o que encontraria, só pela menção ao corvo. Mas o final compensa. – 8,0
    D: A escrita trabalhou a seu favor. O suspense convence, bem como a sensação de “what?” na conclusão. – 9,0
    Fator “Oh my”: não é meu estilo, mas provavelmente vai pra lista por causa dos fatos apontados acima e a construção em geral.

  53. Juliano Gadêlha
    17 de janeiro de 2017

    Repleto de referências, praticamente uma homenagem. É uma escolha arriscada, pois ao mesmo tempo que agrada alguns, afasta outros. De qualquer maneira, um texto bem realizado pelo autor, ainda que não tenha me cativado tanto. Parabéns!

  54. Victor F. Miranda
    16 de janeiro de 2017

    Achei a escrita refinada, entendi as referências, mas senti falta de mais conexões dentro da cena. Talvez algo que desse um pouco mais de sentido ao final, mas algo seu, presente nesse texto. Ainda assim, foi um bom conto.

  55. Laís Helena Serra Ramalho
    16 de janeiro de 2017

    Achei o conto interessante, apesar de ter ficado com a sensação de não ter entendido. Minha interpretação foi que o corvo trouxe uma premonição, mas não sei dizer se ela está ligada às raízes que o protagonista criou (que pelo que entendi parecem fazer alusão ao fato de que ele passa o dia sentado escrevendo). Para mim a conexão entre as duas coisas não parece muito clara, mas aí eu não sei dizer se foi falha sua ou se você fez alusão a um conto que eu ainda não li ou do qual lembro bem pouco.

    A escrita está boa, mas achei desnecessário acrescentar “sobre a escrivaninha”, no primeiro parágrafo. Deixou a frase meio truncada e me tirou da leitura. Como você falou que ele estava no gabinete, a informação talvez nem seja necessária, já que com isso o leitor já o imaginaria sentado a uma escrivaninha.

  56. Thata Pereira
    16 de janeiro de 2017

    Eu associei o conto ao Poe pelo corvo, mas (me julguem) ainda não li nada dele. Não por falta de curiosidade ou interesse. Apenas ainda não sentei e me dediquei a ler algo.

    Mesmo associando apenas a imagem do conto ao autor e não sua obra, gostei do conto. Adorei a ideia das pernas do escritor criarem raízes por estar muito tempo sentado, escrevendo. A fala do corvo, o cenário descrito, achei tudo muito bonito.

    Boa sorte!!

  57. Matheus Pacheco
    16 de janeiro de 2017

    E nunca mais, como eu sou o mestre das curiosidades inúteis e subsequentemente de certos comentários que as vezes não tem muito sentidos ai vai uma:
    O corvo é o único animal que consegue reproduzir com um grau de perfeição a voz humana, o que torna mais que possível o corvo falar “Poe” ou até me “Nunca mais”.
    Abração ao escritor e até nunca mais.

  58. Luiz Eduardo
    16 de janeiro de 2017

    Consegui perceber a referência a Edgar Allan Poe antes de o corvo gritar pelo nome, justamente por causa do corvo hehehe. Como outros aqui já comentaram eu acho que funcionou como uma bela homenagem, porém faltou um pouco de algo SEU no conto, e o final ficou um pouco confuso. A escrita, por outro lado a meu ver ficou muito boa.

  59. Eduardo Selga
    16 de janeiro de 2017

    É uma homenagem ao escritor Edgar Alan Poe, estabelecendo relação intertextual com o famoso poema “O corvo” e, no último parágrafo, com o conto “Berenice”. Faltou pouco para ser um pastiche (comentei sobre o assunto no conto “Beterraba”), porque faltou mais do que aproveitar duas ideias de Poe.

    Ao fazer uso das obras do autor norte-americano em um espaço tão diminuto, penso ter havido o risco de o construto textual ficar um pouco frouxo quanto ao sentido, em detrimento da homenagem.

    Isso não ocorreu, entretanto. O texto ficou bem amarrado, e não é preciso conhecer “Berenice” para a força dramática de cena das raízes se estabelecer. Mesmo porque, no citado conto, as raízes não são o principal elemento, é apenas uma passagem (“mas fugiam-me as forças para mover-me, meus joelhos tremiam e sentia-me como que enraizado no solo […]” – Histórias Extraordinárias, 1981, p. 63).

  60. juliana calafange da costa ribeiro
    16 de janeiro de 2017

    Bom conto! Uma bela homenagem ao Poe. Sua escrita é precisa e forte. Com finíssima ironia, pega no calo dos escritores! (eu vesti a carapuça, pois costumo criar muitas raízes! rsrsrs) Parabéns!

  61. Rubem Cabral
    16 de janeiro de 2017

    Olá, Corvo.

    Gostei bastante do conto até o penúltimo parágrafo: a homenagem a Poe, a boa sacada do crocitar, etc. Contudo, a conclusão, o fato de terem aparecido raízes, mesmo que fossem metafóricas, disso eu não gostei muito. Talvez fosse melhor algo relacionado aos contos do Poe: um gato preto, alguém enterrado vivo, etc.

    Nota: 8.

  62. Gustavo Castro Araujo
    16 de janeiro de 2017

    Um conto interessante. A par da homenagem de Poe – e talvez por causa dela – há um horror próprio embutido, que se traduz na ideia de criar raízes (literal ou metaforicamente), impossibilitando o protagonista de escapar ao destino que lhe aguarda, a ser testemunhado pelas estrelas. É uma boa narrativa em si mesma, não dependendo, a meu ver, de prévio conhecimento a respeito de Poe. Antes, sustenta-se e mantém o suspense, ajudada pela atmosfera lúgubre e sombria. O corvo foi muito bem encaixado na trama. Enfim, uma justa homenagem, desenvolvida de maneira competente. Parabéns.

  63. Davenir Viganon
    16 de janeiro de 2017

    Li poucos contos do Poe e quando saquei a homenagem, sabia que o personagem sofreria alguma maldição. Se entendi o corvo prenunicou o momento derradeiro do conto, que é algo que o deixa impotente, como estar plantado no chão ou preso num caixão, além de, obviamente, a morte chegando. O clima sombrio me agrada, só foi difícil encontrar o autor em meio a tanta homenagem. Contudo, gostei!

  64. Tatiane Mara
    15 de janeiro de 2017

    Olá…

    O texto não me disse muita coisa, aí nos comentários parece que se trata em referência ao Poe, do qual li muito pouco.

    Legal esse negócio de homenagem, só acho que o autor pode homenagear mas tbm considerar que muitos não entenderão, foi o que aconteceu comigo.

    Quem sabe uma história ao estilo do Poe teria mais efeito.

    Boa sorte.

  65. Ceres Marcon
    15 de janeiro de 2017

    Uma homenagem bacana para o mestre Poe, Corvo!
    Gosto do estilo, da escuridão que permeia as palavras, porque em momento algum vi luz. O corvo tem essa propriedade de nos deixar no escuro.
    Parabéns pela escolha.

  66. Tiago Volpato
    15 de janeiro de 2017

    O texto funciona como homenagem. Nisso você acertou. O lado negativo, na minha opinião, é que poucos vão gostar. O texto está bem construído. Abraços.

  67. Remisson Aniceto (@RemissonA)
    15 de janeiro de 2017

    Bom. Homem-árvore. Já li algo parecido, aqui e acolá. Boa referência ao Poe, de quem já li tudo, inclusive a poesia. Boa sorte.

  68. Patricia Marguê Cana Verde Silva
    15 de janeiro de 2017

    Um conto vago pois não conheço POE. Enquanto texto as cenas se descrevem uma após a outra com detalhes. Infere boa reflexão!

  69. Lídia
    15 de janeiro de 2017

    Li várias vezes tanto o texto quanto ao poema que se refere.
    Minha interpretação é que Poe foi visitado por um outro corvo que anuncia a morte do primeiro, o mestre. Talvez seja uma espécie de libertação do personagem, uma vez que aquele que lhe trouxe tanta angústia acaba de partir.
    A raíz é a materialização da impotência do homem frente morte; o personagem é novamente inundado pelo horror quando toma consciência disso.
    Fora outras inúmeras que podem ser feitas… Gostei muito!
    Boa Sorte!

  70. Glória W. de Oliveira Souza
    14 de janeiro de 2017

    Arrisco dizer que há referência – como forma de homenagem – a Edgar Allan Poe. Trata-se, talvez, da menção ao tempo em que mergulhamos com nossas preocupações e esquecemos dos ‘milhões de olhos arregalados’ a nos espreitar nos caminhos da vida. Ignoramos tudo e todos. Também senti falta de dramaticidade.

  71. José Leonardo
    14 de janeiro de 2017

    Olá, Corvo.

    Seu texto funciona como tributo ao autor norte-americano. Nisso, cumpriu seu papel com louvor. No entanto, como micro conto vi referências demais ao Poe e pouca ação/descrição genuína de um autor. Fora isso, são belas imagens as produzidas aqui.

    Boa sorte neste desafio.

  72. angst447
    14 de janeiro de 2017

    Homenagem clara ao escritor Poe, focada em seu poema mais famoso. Entendi que o escritor criou raízes ali porque há muito tempo não se levantava. Estava enraizado na sua missão de escrever e perdido no tempo. Nunca mais a liberdade de movimentos. Nunca mais poderia sair dali.
    Bem escrito, sem erros perceptíveis. Ritmo cadenciado, sem entraves. O conto cumpriu seu papel sem problemas.
    Boa sorte!

  73. Zé Ronaldo
    14 de janeiro de 2017

    Conto interessante, pode ser considerado microconto, pois deixa aberta a dúvida: Por que raios o cidadão criou raízes e leva o cérebro do leitor a soltar fumaça refletindo. Perfeita a utilização dos elementos de Poe. Imaginei a representação sonora do trinado do corvo e vi semelhança com o nome do escritor. Bem sacado isso!

  74. elicio santos
    14 de janeiro de 2017

    Possui elementos metafóricos interessantes. O conto flui bem até o desfecho que poderia ter sido elaborado com mais apuro, mas é um bom texto. Boa sorte!

  75. Edson Carvalho dos Santos Filho
    14 de janeiro de 2017

    Curiosa homenagem a Edgar Alan Poe. Mostra como podemos, por distração e descuido, nos apegar às coisas às coisas do cotidiano e ficarmos presos a elas.

  76. Antonio Stegues Batista
    14 de janeiro de 2017

    Um corvo surge na janela de um escritor, diz algumas palavras e sai gritando por Poe. Evidentemente, Edgar Alan Poe, um dos mestres dos Contos de Terror, que escreveu um poema chamado, O Corvo. Talvez ele estivesse anunciando que Poe havia morrido e o escritor, viu-se de repente como um de seus personagens dentro de uma de suas histórias sobrenaturais. Sobre ele, admirador de Poe, abateu-se a tragédia.

  77. Fernando Cyrino
    14 de janeiro de 2017

    Uma alegoria bacana. Talvez tivesse funcionado mais caso tivesse tratado a homenagem com maior sutileza. Acho que é isto. Abraços de sucesso.

  78. Vanessa Oliveira
    14 de janeiro de 2017

    Hmm, um obcecado por Poe que estava tentando escrever como ele, e, de tanto tentar, criou raízes e viu coisas? Não faço ideia, mas achei interessante. Acho que, talvez, não precisasse de colocar o crocitar do corvo, já que o corvo já é uma referencia a Poe. Boa sorte!

  79. Bruna Francielle
    14 de janeiro de 2017

    Aqui temos uma atmosfera totalmente fantasiosa, algo como um outro tipo de mundo mesmo.
    Eu desconheço as obras de Poe, talvez um dia eu leia algo, mas até o momento não li. Por isso, se fez alguma alusão as obras dele, não pude compreender.
    Mas gostei do corvo falante.. alguma alusão a mitologia grega? Foi o que eu pensei, mas não sei se é . Talvez seja só a Poe !
    A figura d linguagem final foi interessante, pés que criaram raízes com o escritortanto tempo escrevendo.

  80. Guilherme de Oliveira Paes
    13 de janeiro de 2017

    A referência a Poe talvez pudesse ser mais sutil. O final parece ter uma característica surrealista, o que eu gosto.

  81. Anorkinda Neide
    13 de janeiro de 2017

    Nao sei se dá pra interpretar algo como o escritor q enraizou em alguma ideia, em alguma pratica, talvez obcecado por Poe! hehehe
    O texto é bom ,mas requer um tanto de reflexão sobre ele e nao sei se o autor nos deu elementos suficientes para embarcar na viagem pretendida, talvez se conhecêssemos mais Poe ou a citação do corvo levasse diretamente a algum lugar, mas a mim, nao disse nada, gostaria q dissesse, acho q eu nao fui capaz de alcançar a intelectualidade aqui.
    abraço

  82. Olisomar Pires
    13 de janeiro de 2017

    As palavras “manuscrito”, “escrivaninha” e “negro espectro” remetem ao ambiente do mestre Poe, ficou muito bom.

    O desfecho nos conduz à ninfa Clície, outro ponto interessante.

    Todavia, não encontrei algo de concreto no conto, exceto uma homenagem.

  83. Evelyn Postali
    13 de janeiro de 2017

    Se faz alusão ao Poe, usando os elementos que ele também usou já é bom… Eu só me perdi no final por causa das raízes. Mas é bom ler encontrando partes do poema. A melhor tradução dele encontrei foi de Fernando Pessoa.

  84. Sabrina Dalbelo
    13 de janeiro de 2017

    Eu gostei sim, achei bom. Dá pra sacar a inteligência do autor. Adoro Poe!
    Só não vi ligação entre o decreto do corvo com o desfecho…

  85. Virgílio Gabriel
    13 de janeiro de 2017

    Uma homenagem ao grande Edgar Allan Poe. Não me surpreendeu, porém gostei da leitura e de como abordou as palavras. Parabéns.

  86. andré souto
    13 de janeiro de 2017

    O desfecho foi original,mão não foi á altura do restante do conto, a meu ver.Mas gostei.

  87. Fabio Baptista
    13 de janeiro de 2017

    Reproduziu bem a atmosfera dos contos do Poe, utilizando os elementos clássicos do poema famoso. Eu gostei, porque gosto do Poe, mas senti falta de um toque mais pessoal aí. A transmutação (ou início de transmutação) no final foi uma boa sacada, é sempre algo que causa boa (ou má, de um jeito bom, no caso) impressão.

    Abraço!

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Publicado às 13 de janeiro de 2017 por em Microcontos 2017 e marcado .