EntreContos

Detox Literário.

Crack! (Pedro Luna)

espelho-quebrado

Panelas amassadas. Lixo no chão. Goteiras. Baratas atrás do armário. Geladeira vazia. Roupas furadas. Sem ventilador. Sem televisão. Privada entupida. Espelhos rachados. Uma parede. Um retrato. Duas pessoas. Duas promessas. Duas mentiras. Eu vou parar de usar. Até que a morte nos separe. Uma mesa. Um aquário. Água preta. Peixe dourado. Um quarto. Um colchão. Mofo. Um corpo humano. Quarenta e seis quilos. Dentes podres. Olhos vermelhos. Unhas amarelas. Cachimbo na mão. Baba escorrendo pela boca. Aliança no dedo. Um buraco na alma. Solitário. Esquecido. Invisível. Viciado.

83 comentários em “Crack! (Pedro Luna)

  1. Gustavo Henrique
    27 de janeiro de 2017

    Caraca, esse ficou muito bom, gostei muito da escrita. Parabéns e boa sorte no desafio!

  2. Victoria
    27 de janeiro de 2017

    Conto pesado, porém muito bom. Gostei do jeito que estruturou a narrativa e criou um cenário angustiante ao leitor. Parabéns

  3. Thayná Afonso
    27 de janeiro de 2017

    Esse conto foi um soco no estomago, um soco dos bons. Muito bom, gostei muito! Parabéns!

  4. Remisson Aniceto (@RemissonA)
    27 de janeiro de 2017

    Muito bom. Um relato de como vive quem passar por este inferno das drogas. Parece ter sido escrito por quem não apenas viu, mas viveu a situação. O vício é tudo isto e muito, muito, muito mais Muito bem escrito, bem dosado. Abraço.

  5. Rsollberg
    27 de janeiro de 2017

    Chute ponto, soco ponto, porrada ponto.
    Estou tão atordoado que não sei se esse conto conseguiu fazer a minha cabeça.
    Inegável que o autor conseguiu imprimir um estilo próprio para descrever parte do cotidiano de um viciado. Mesmo diante das pausas forçadas o conto tem fluidez.
    Algumas partes surtiram mais efeito, outras me pareceram protocolares.
    Certamente um conto acima da média.
    Parabéns e boa sorte.

  6. Felipe Teodoro
    27 de janeiro de 2017

    Excelente conto.

    Adorei o trabalho, excelente mesmo. A narrativa fragmentada, como representação do viciado, o estilhaço em sua consciência, com as lembranças atormentado, poxa, muito bom mesmo. Achei as descrições bem feitas e certeiras. Parabéns de verdade!

  7. Estela Menezes
    26 de janeiro de 2017

    Nossa! Maravilha! Essa técnica da enumeração geralmente funciona, mas é menos frequente que seja utilizada do começo ao fim, principalmente em um conto assim curto. Sem falar que você conseguiu um crescendo de dramaticidade que desemboca num final redondinho. Está tudo ali! A história, do começo ao fim. E as frases sobre as promessas, entrecortando as descritivas, são de mestre! Reparo que sempre me atenho mais à forma que ao tema, mas, no caso aqui, tudo forma um unidade perfeita. Já está na minha lista e vai complicar bastante a classificação…

  8. Leandro B.
    26 de janeiro de 2017

    Oi, Roberto.

    Pra mim o texto é um dos destaques do desafio, até o momento. A forma narrativa extremamente condensada e quebrada, casada com o jogo de palavras com o título (a droga, o estilhaço, a mente afetada E o texto) está incrível.

  9. Fil Felix
    26 de janeiro de 2017

    Gostei do conto como um todo. O nome e a imagem combinaram muito bem com o estilo quebrado do texto, um complementando o outro (e não entregando). A história é interessante e se apoia bastante em seu formato, que é mais peculiar, utilizando de sentenças super curtas como cacos de narrativa, além de uma temática bastante atual.

  10. Gustavo Aquino Dos Reis
    26 de janeiro de 2017

    As palavras concatenadas com o ponto final, para mim, não fizeram muita minha cabeça.

    Quanto ao tema, achei bem contemporâneo. Senti falta mesma de uma narrativa mais elaborada. Não que o trabalho não tenha genialidade – isso ele tem de sobra -, mas não me atingiu tanto.

    Infelizmente.

    Perdi.

  11. juliana calafange da costa ribeiro
    26 de janeiro de 2017

    Bom demais seu conto, Roberto. Legal essa coisa quebrada das palavras, como o espelho quebrado, a vida do cara quebrada, o casamento quebrado, tudo muito bem pensado e alinhavado pra construir a sua história. Desde o título, até o final, onde o narrador já não consegue uma tentativa de frase sequer: “Solitário. Esquecido. Invisível. Viciado.” Excelente trabalho, parabéns!

  12. Simoni Dário
    26 de janeiro de 2017

    Uma construção textual diferente. Compreendi a mensagem que o autor quis passar, tem competência. A história não me conquistou, mas muito bem escrito.
    Bom desafio!

  13. Sra Datti
    26 de janeiro de 2017

    Angústia aos blocos. Frases curtas. A dor, a ojeriza de um mundo imundo. Frases curtas, fortes, entre um tique, e um taque. O fim do poço, o tempo que vai e o que fica. Onde se encontra o personagem? Na morte, em vida… Pancada.
    Toca fundo: pro..fundo.
    Boa sorte!.

  14. Srgio Ferrari
    26 de janeiro de 2017

    Apesar de sempre ser bacana usar um recurso estilístico, a pontuação interrompe tanto que se não for vir junta com uma grande sacada pra se contar com ótimas palavras redondas, perde em efeito final. Foi o caso.

  15. Rubem Cabral
    26 de janeiro de 2017

    Olá, Roberto.

    Gostei bastante. O texto consegue passar bem a angústia e a percepção alterada do narrador. O conto, formado por frases curtas e observação aguda resulta em algo diferente.

    Nota: 9

  16. Vitor De Lerbo
    26 de janeiro de 2017

    O ritmo do conto gera perturbação. Ao perceber a temática, podemos deduzir que isso foi feito de caso pensado pelo autor. As quebras no texto representam, talvez, as quebras de promessas na vida das personagens.
    Um tema pesado e bem trabalhado.
    Boa sorte!

  17. Anderson Henrique
    25 de janeiro de 2017

    Estrutura, ritmo e uma condução apuradíssima que parte de objetos até chegar no homem. É mais poético e reflexivo do que narrativo. Esse texto arrumado em forma de poesia ficaria um primor. Sugiro que faça ao menos uma tentativa. Até me ofereço a ler depois e validar o resultado (quem sou eu para?) se achar que vale a proposta. Há quem não goste da pontuação assim gotejada. Eu acho ótimo. Um texto primoroso. Minha única dúvida é quanto à proposta de ser um conto. Mas que tá fodão, tá!

  18. Cilas Medi
    25 de janeiro de 2017

    Espero que não haja punição pelo fato de não querer comentar um texto desses. Vá ser tétrico e terrivelmente depressivo longe, porque perto vou ficar impregnado de tanto ponto e mais ponto interrompendo a leitura e a tornando desgastante e angustiante. Comentei, afinal.

  19. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    25 de janeiro de 2017

    Olá, Roberto,

    Tudo bem?

    Nossa, você abordou um tema muito difícil. Não por ser pesado e triste (mas por isso também claro). Mas por ser o tipo de premissa que quase sempre escorrega para o piegas. Para minha felicidade como leitora, esse não foi o seu caso.

    Você optou por um narrador câmera, muito bem composto, com palavras escolhidas a dedo, criando imagens vívidas e muito intensas.

    Gostei do título. Não só representa a droga em sim, mas a ruptura, a fissura, a quebra representada na estrutura do texto, na vida do personagem e até na imagem escolhida.

    Gostei muito.

    Parabéns por seu trabalho e boa sorte no certame.

    Beijos

    Paula Giannini

  20. Daniel Reis
    25 de janeiro de 2017

    Usando a técnica enumerativa, o autor vai construindo de estilhaços a história que quer contar. Até chegar no corpo do viciado, e suas características. Parte do macro, ou do plano detalhe, para mostrar depois o microcosmo. Um bom conto, com um travo de amargura e certo distanciamento, muitas vezes necessário, para não enlouquecer.

  21. Amanda Gomez
    24 de janeiro de 2017

    Oi, Roberto.

    Gostei muito do que vi aqui, a estrutura do texto, o ritmo transporta o leitor para dentro da cena, é muito interessante observar que palavras entrecortadas podem dar luz a uma ambientação tão precisa…ficou tudo muito nítido, cada ”cômodo” ficou detalhado.

    Através dessas palavras,também conhecemos sobre o passado do personagem.. quando eram ” duas” e agora é só um.. fala do retrato, das promessas de parar, do vazio…enfim a solidão.

    Particularmente não senti empatia pelo personagem ( tenho muio preconceito com viciados) mas, o passado dele e, o que ele trocou pelo vicio me comoveu, pois quem semfre sofre mais é a família, desejei que o final do conto fosse o final dele também, mas tudo bem haha.

    Bem, gostei, parabéns e boa sorte no desafio!

  22. vitormcleite
    24 de janeiro de 2017

    estrutura interessante, resultando um texto com muito ritmo, mesmo não tendo frases construídas tradicionalmente, muitos parabéns. O problema neste desafio é só podermos escolher vinte textos

  23. Laís Helena Serra Ramalho
    24 de janeiro de 2017

    A narrativa de início me instigou, mas depois se tornou um pouco cansativa. Achei interessante mostrar a decadência do personagem dessa forma, citando a bagunça na casa, mas me pareceu mais uma constatação do personagem, como se ele estivesse tendo um fluxo de pensamentos, do que uma história com começo, meio e fim.

  24. Thiago de Melo
    24 de janeiro de 2017

    Amigo Roberto,

    Gostei muito do seu conto. Achei que você conseguiu passar a imagem que queria sem precisar de mais palavras para isso. Achei que a descrição que você fez do ambiente e da situação do personagem ficaram muito nítidas para quem lê.

    A única coisa que achei que ficou sobrando foi a repetição constante do pronome “um quadro” “uma mesa” “um aquário” “um… um… um…”. O seu conto é direto ao ponto, quase não utiliza verbos (o que me lembrou muito de um conto que li muito tempo atrás, que não utiliza verbo nenhum). Acho que se você cortasse todos os pronomes “um…” e deixasse apenas os que são realmente necessários o seu conto ganharia ainda mais em objetividade.

    Um ótimo trabalho. É muito difícil escrever sem verbos e você conseguiu. Os dois verbos que encontrei foram extremamente precisos e necessários. Sem eles o conto cairia. Também gostei da nuance de que o personagem estava naquela situação, com a casa (e a vida) completamente em frangalhos, mas continuava com a aliança. Foi um toque muito bonito. Parabéns novamente.

    Vou deixar aqui uma parte do conto que mencionei acima apenas para ilustrar.

    Abraço

    Circuito Fechado – Ricardo Ramos

    Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina,sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetor de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras. Cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso, descarga, pia, água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.

  25. Davenir Viganon
    24 de janeiro de 2017

    O ritmo do conto é entrecortado. Afobado. Constante. Ajuda a contar a estória. Tem motivo e eu gostei muito mais do que o conteúdo. Acho que poderia ser mais cru na escolha das palavras, pois o tem pede. Pela forma vale muito. Ótimo conto!

  26. Glória W. de Oliveira Souza
    24 de janeiro de 2017

    Temática atual calcada no vício do crack. Forma de escrita essencialmente fílmica. Isto ajuda o leitor a ver, em cada frase, as cenas descritas nas frases curtas. Algumas com somente uma palavra. Todo o desenrolar da história poderia ser filmada pela técnica de fusão de cenas bem como em forma de clipe de imagens fixas sequenciais. Gostei demais. Há forte dramaticidade, principalmente pela correta escolha das frases curtas e/ou únicas, e isso é levado até o fim. Só um pecadilho: a última palavra toma do leitor o prazer da descoberta. Mas isso não impediu a boa elaboração do conto.

  27. Miquéias Dell'Orti
    24 de janeiro de 2017

    Oi,

    A forma como você construiu seu conto muito me agradou. Dá para perder o fôlego no decorrer da história e as cenas se formando parecem flashes de memória (loucura minha, talvez, mas achei legal).

    Um tema real, atual e bem pesado.

    Parabéns.

  28. Luiz Eduardo
    24 de janeiro de 2017

    Achei interessante a forma escolhida para a narrrativa. O problema a meu ver, é que o ocnto acaba sem levar a lugar algum. Há uma espécie de caos, mas o que ele significa afinal?

  29. Lee Rodrigues
    24 de janeiro de 2017

    A narrativa partida (que normalmente desgosto) deu cadência ao conto, aqui funcionou bem, trouxe apreensão no que vinha a seguir, saiu da linha de conforto e ousou.

    “Um buraco na alma. Solitário. Esquecido. Invisível. Viciado.” Isso ficou perfeito!

  30. Gustavo Castro Araujo
    23 de janeiro de 2017

    A impressão que o conto me passou foi de alguém arfando, a respiração curta, o peito subindo e descendo pela pressão do medo, da falta de esperança e dos sonhos demolidos. A maneira de narrar beira a perfeição no que tange a essa proposta. É possível enxergar o protagonista existindo, os olhos esbugalhados em descrença, como se um quadro soturno de El Greco ganhasse vida diante de si, esfacelando sua vontade de viver. Enfim, uma narrativa que funciona como um soco na boca do estômago, que deixa entrelinhas cujo preenchimento não se mostra difícil – antes, é incrivelmente banal – e que felizmente não resvala para qualquer espécie de maniqueísmo ideológico. Um contaço. Parabéns!

  31. Givago Domingues Thimoti
    23 de janeiro de 2017

    Sabe, eu gostei do seu estilo de escrita. Gostei da história. Achei impactante e pesada!
    Parabéns

  32. Thata Pereira
    23 de janeiro de 2017

    Passaram tantas considerações na minha cabeça, nem sei se vou conseguir escrever todas:

    Eu tenho mania de não ler o título dos contos. Eu esqueço, não é por mal. Quando lembro, leio no fim. Portanto, na minha primeira leitura do conto eu fiquei bastante perdida, por isso achei uma sacada importante você já dizer do que o conto se tratava logo no título.

    Agora sim, após ler o título, li o conto outra vez. As frases curtas foram ótimas, tanto para expressar o que o(a) personagem estava sentindo, tanto para conseguir escrever tudo que era necessário nesse desafio. E o mais incrível: você disse tudo que era necessário. Não sobrou, nem faltou. Nem sequer uma vírgula.

    Ótimo conto!

    Boa sorte!!

  33. Juliano Gadêlha
    23 de janeiro de 2017

    Lembrou-me o episódio “Peekaboo”, de Braking Bad.

    Ótimo texto, a começar pelo título. O autor teve a boa sacada de usar períodos curtinhos, o que lhe permitiu dizer mais usando menos palavras, algo essencial nesse desafio. A gradação ficou muito bem feita e as descrições são muito boas. Parabéns!

  34. lidiaduartec
    22 de janeiro de 2017

    NOOOOOOSSA, se eu tivesse tempo, escreveria um textão kk
    Há um outro texto nesse concurso que trata dessa temática que senti algumas falhas, mas esse está completíssimo.
    Olha só esse uso perfeito de períodos curtos pra cena, flashes de tempos passados e contexto atual.
    Ainda foi capaz de mostrar que as drogas são capazes de por fim as promessas do início de um relacionamento.
    Gostei muito! Boa sorte!

  35. Tatiane Mara
    22 de janeiro de 2017

    Olá….

    Conto sobre a vida drogada.

    Muito bem escrito com estilo de frases curtas que acentuam a ruptura do personagem.

  36. Matheus Pacheco
    22 de janeiro de 2017

    Um texto muito forte, com um profundo sentimento, isso ninguém pode negar, chegando a um ponto onde chegamos a ter uma empatia, que todos devemos tentar ter para uma pessoa que é viciada em drogas a fim de ajudar, ao protagonista. Quase que um sentimento de pena.
    Um ótimo conto e um abraço ao escritor.

  37. waldo gomes
    22 de janeiro de 2017

    Bom texto sobre o cotidiano e vida de um viciado.

    Apesar de conseguir mostrar bem as condições e preços que o drogado paga, o estilo em frases curtíssimas e pontuadas não caiu bem, pra mim. Tornou o texto em soluços e soluçar é chato pra caramba.

    Mas a idéia é boa.

  38. Renato Silva
    22 de janeiro de 2017

    Não sei se foi proposital, mas você conseguiu juntar tudo e aproveitar todos os recursos possíveis para contar sua estória.

    Começando pelo título, que eu interpreto como uma ambiguidade. Ao mesmo tempo que “crack” é o nome de uma droga altamente viciante e devastadora, o “crack!” (atentando-se ao uso da exclamação) soa como uma onomatopeia em inglês para algo se partindo (representado pelo espelho), podendo ser entendido como a própria vida dessa pessoa viciada.

    A forma como tudo foi descrido, em frases sucintas, cada uma descrevendo uma breve cena, passou uma sensação de intensidade. Gostei bastante da narrativa, se encaixou bem na proposta, no enredo apresentado. Com um limite de 99 palavras, não se pode desperdiçar palavras e apresentar o máximo de ideia da maneira mais sintetizada possível.

    Boa sorte.

  39. Sabrina Dalbelo
    22 de janeiro de 2017

    Eu fui lendo cada fragmento e sofrendo um pouco mais pelo personagem.
    Isso que tu usou, esse estilo de ideias-frases curtas, que desdncadeiam a ordem dos acontecimentos, é esquema de gente que sabe o que faz. Te respeito. Deu certo!

  40. Luis Guilherme
    21 de janeiro de 2017

    Nossa, pesado!

    Gostei bastante do ritmo travado da narrativa. Passa a impressão perfeita da angústia do homem. Maldito vício, destruindo vidas (plurais).

    VOltando à angústia: ela é palpável no conto. ME deu a impressão de ler com um nó na garganta.

    Tem uma carinha de Catarina hahah.

    Deve ir pra lista. Boa sorte e parabéns!

  41. Tiago Menezes
    21 de janeiro de 2017

    Gostei da forma como conduziu o texto. Frases curtas e secas. Direto aos pontos. Forte, porém com poucas emoções. Parabéns e boa sorte.

  42. Patricia Marguê Cana Verde Silva
    21 de janeiro de 2017

    Uma fotografia. Dá pra ver tudo. Pouca ação. A energia está toda ali em cada palavra. Boa sorte!

  43. Vanessa Oliveira
    21 de janeiro de 2017

    Você contou uma história inteira em um texto, praticamente. Consegui imaginar a situação, e o final é bem triste. No entanto, achei que faltou emoção. Como foi tudo contado muito rápido, não senti uma conexão com o texto, entende? Não foi profundo o suficiente para isso. Mas o conto é interessante. Boa sorte!

  44. Antonio Stegues Batista
    20 de janeiro de 2017

    Acho que você errou no título, Roberto. As frases curtas até que ficaram legais, cada uma formando partes de um quadro, e em cada parte uma imagem. Não sei, mas parece que faltou alguma coisa, sentimentos, talvez.

  45. Andreza Araujo
    20 de janeiro de 2017

    O texto impressiona pela sua própria construção. A história, em si, também é bem elaborada. É real, é crua. E a estética do conto contribui ainda mais para quebrar as cenas, assim como a vida do viciado (este aspecto quebrado também está ilustrado na própria figura escolhida). Uma pena que o título tenha entregado o final. Acredito que seria muito mais impactante se entendêssemos o conto apenas ao terminar a leitura. Mas este detalhe não tira a grandeza do conto (mas talvez perca algumas posições, pois poderia ter um impacto bem maior no leitor).

  46. Claudia Roberta Angst
    20 de janeiro de 2017

    Composição diferenciada de um conto – frases curtas e secas. Duras como a realidade de um viciado em crack. Pena que o título logo entregou a trama, mas não foi tão ruim assim.
    A questão da aliança deixou-me indecisa: supostamente, um dependente químico venderia até a alma, quanto mais aliança. No entanto, acredito que o autor citou a aliança para enfatizar o compromisso de um casamento, talvez a razão de sua desilusão e entrega às drogas.
    Bem escrito, rápido, ritmo como um carro sendo brecado o tempo todo, o que deu o impacto esperado.
    Boa sorte!

  47. catarinacunha2015
    20 de janeiro de 2017

    MERGULHO daqueles que saem correndo para espalhar bastante água na caída. Fez um jogo de palavras super interessante e inovador até que o conto terminou lindamente em “Até que a morte nos separe.”. Aí veio a mosquinha plantar o irresistível ovo da explicação para destrambelhar tudo e fazer do IMPACTO um sermão. E o título entrega a trama.

  48. elicio santos
    20 de janeiro de 2017

    O título já entrega o microconto. Não há surpresas no enredo nem na forma como o autor conduz a narrativa. Difícil é um viciado em crack manter uma aliança no dedo Rsrsrs. Boa sorte.

  49. Mariana
    20 de janeiro de 2017

    Me lembrou Réquiem para um sonho e digo isso de maneira muito positiva. Agoniante. Triste. Real. Parabéns

  50. Tiago Volpato
    19 de janeiro de 2017

    Ótimo texto, ele é tão simples e complexo. Construiu uma boa cadeia de eventos com frases mínimas. Só pra mostrar que não precisa de muita palavra pra contar uma história. Parabéns!

  51. mariasantino1
    18 de janeiro de 2017

    Seu texto vai estar na minha lista já é fato, só falta decidir em que posição. Acho, acho mesmo, que isso aqui foi escrito por uma mulher cujo primeiro nome é Renata (será que é? )
    Achei simplesmente fantástico o jogo de palavras e, se lido de maneira apressada (como takes de uma vida) passa uma cadência acelerada de taquicardia, como alguém que estivesse eufórico, piscando os olhos (meu, ler e ficar piscando dá até um barato aqui 😛 )

    Gostei horrores do seu texto, da trama em si, das imagens sujas e decadentes, e da técnica e ousadia. Vontade de morder todos os que não gostaram. E daí se vão querer rotular ou até tentar enredar o texto dizendo que a forma que foi construído não cativou? Imagino a pessoa que escreveu martelando o teclado e mandando um foda-se para as convenções.

    Muitos Parabéns, de verdade.

    Boa sorte no desafio.

  52. Guilherme de Oliveira Paes
    17 de janeiro de 2017

    Muito boa construção da atmosfera e da cena, bastante imagético. Tem impacto e alguma profundidade, não se apóia no óbvio. O recurso das frases super curtas separadas apenas por ponto final funciona bem por um tempo, mas achei equivocado persistir nele até o fim do conto, deu um caráter monótono à narrativa.

  53. Jowilton Amaral da Costa
    17 de janeiro de 2017

    Um bom conto. As frases curtas me agradaram. deu velocidade e tensão na narrativa. Uma realidade verdadeira e triste. Boa sorte no desafio.

  54. Leo Jardim
    17 de janeiro de 2017

    Minhas impressões de cada aspecto do microconto:

    📜 História (⭐▫▫): a triste vida arruinada de um viciado em crack. Bem simples, apesar de ter muita coisa nas entrelinhas, como um casamento desfeito, por exemplo.

    📝 Técnica (⭐⭐⭐): gostei do estilo próprio, causou angústia e fez imaginar a cena com cuidado. Gostei bastante.

    💡 Criatividade (⭐⭐): criativo na forma.

    ✂ Concisão (⭐⭐): palavras cortadas e bem escolhidas. Uma forma interessante de contar muito com poucas palavras.

    🎭 Impacto (⭐▫▫): o texto se destaca mais pela forma. Não chegou a causar grande impacto.

  55. José Leonardo
    17 de janeiro de 2017

    Olá, Roberto.

    Quando iniciei a leitura, pensei no título como numa onomatopeia. Se aprouvesse ao autor, poderia ter inculcado na imaginação do leitor a cena do final somente através de descrições dos elementos externos ao personagem. Seria sensacional se mantivesse a toada descritiva nesse sentido.

    Ainda assim, toda a destruição do ambiente ao redor de uma pessoa viciada nessa droga foi sabiamente escrita, mesmo num estilo de frases curtas, quase telegráficas.

    Boa sorte neste desafio.

  56. Victor F. Miranda
    17 de janeiro de 2017

    O ritmo da leitura ficou monótono, acho que se você tivesse intercalado frases mais longas e curtas, o resultado final teria sido mais consistente. A ideia é boa.

  57. Wender Lemes
    16 de janeiro de 2017

    Olá! Esse conto é como uma daquelas pinturas que carecem de certa distância para que se possa entender o todo. Ponto final a ponto final, temos apenas palavras soltas de um mesmo nicho de ideias (a degradação). Porém, partindo de certo distanciamento, é possível ver que cada ideia está encadeada, formando um panorama da vida de alguém que se perdeu. Isso é bonito: diferente de abrir para a interpretação do leitor, faz conduzir a uma interpretação usando o espaço vazio como conectivo.
    Parabéns e boa sorte!

  58. Douglas Moreira Costa
    16 de janeiro de 2017

    A forma como você contou a história fez ela parecer tão mais longa do que realmente é. Eu gostei muito, é direto, duro, triste. Nos remete a diversas sensações, as imagens passam como feixes de luz se apagando e se acendendo a cada novo detalhe. Como se cada pequena descrição fosse fruto de uma polaroid sendo ativada na casa escura e suja do tal homem. É muito bom.
    Só uma coisa que eu particularmente acharia interessante era no final você adicionar algo como “enfim, quase morto”. Não sei… algo assim.
    Meus parabéns.

  59. Fabio Baptista
    16 de janeiro de 2017

    O ponto mais positivo foi o jeito inovador de contar a história: apenas sugestões sobre o ambiente, sendo algumas mais inspiradas: “Duas pessoas. Duas promessas. Duas mentiras.” (essa sequência ficou muito foda), outras, nem tanto: “Baba escorrendo pela boca” (descrição muito simples).

    Apesar dessa inovação, o resultado final não me conquistou.

    Abraço!

  60. Bruna Francielle
    16 de janeiro de 2017

    Nossa, é uma boa quantidade de palavras pra descrever uma casa e uma cena !
    Não sei se me agradou, penso que poderia ter tentado colocar alguma emoção aí.. ou de alguma forma ser menos “seco”.
    Porém conseguiu contar um bom bocado da vida da pessoa.. era casado, separou provavelmente por causa do vício, perdeu tudo.. vendeu de certo ou trocou por droga..
    e tá lá jogado. Mas confesso q não senti nada com esse conto, mesmo tendo uma história ”dramática”.

  61. Fernando Cyrino
    16 de janeiro de 2017

    as frases curtíssimas parecem estocadas a me furar a pele. Gostei muito da forma. O conteúdo totalmente seco mostra a decadência até que chegue o fim. Muito bom conto. Parabéns pela sua obra. Abraços de sucesso.

  62. Marco Aurélio Saraiva
    16 de janeiro de 2017

    A escrita pausada me remeteu à agonia: como se o escritor sangrasse ao escrever cada palavra. Os pontos finais a cada três ou quatro palavras atrapalham muito a leitura, mas será que não são a metáfora perfeita para a vida (ou a ausência dela) de um viciado?

    O conto em si é uma aglomeração de detalhes que nos leva ao redor de um quarto, à uma vida destruída e à morte. Gostei da escolha dos detalhes narrados, mas ainda estou confuso se entendo as inúmeras pausas como uma representação estética interessante ou apenas como uma má escolha de narrativa.

    De qualquer forma, seu texto é uma pela peça de arte. Parabéns!

  63. Ceres Marcon
    16 de janeiro de 2017

    Cada um se destrói a sua maneira. O vício é algo deprimente e , pro isso, triste.
    A sequência de palavras não deixa margem para saber que o final é trágico.
    Parabéns pela composição.

  64. Edson Carvalho dos Santos Filho
    15 de janeiro de 2017

    Boa estratégia de aproveitar que o espaço de 99 palavras é curto para usar orações curtas as quais, estilisticamente, gosto muito. Porém o aproveitamento poderia ter sido maior para contar uma história. O que vi foi mais a descrição de uma cena, com exceção da jura entre os dois personagens, o que a meu ver foi pouco.

  65. andré souto
    15 de janeiro de 2017

    O inventário do caos,em forma minimalista,em concisão atroz.Parabéns.

  66. Bianca Machado
    15 de janeiro de 2017

    Muito bom! Gostei muito da forma como foi construído. Até o título tem mais de um sentido. É o nome de uma droga, mas também pode significar uma vida se partindo, se quebrando. O trecho “Duas pessoas. Duas promessas. Duas mentiras. Eu vou parar de usar. Até que a morte nos separe.” também li tendo duas formas de interpretações. As duas promessas e as duas mentiras tanto podem ser as duas pessoas do retrato como as duas frases que vêm depois. As duas frases podem ter sido ditas pela mesma pessoa, ou cada uma delas disse uma, gosto mais de pensar que tenha sido essa opção. Parabéns!

  67. Iolandinha Pinheiro
    15 de janeiro de 2017

    O mais legal do seu conto é que permanecendo as últimas três frases no lugar que estão, as demais podem ser mexidas à vontade sem mudar o sentido. Esta estrutura em quebra cabeça é como se estivéssemos vendo os negativos de uma vida, que a vão contando sem falar, porque as coisas que você colocou são perfeitamente visualizáveis em nossa imaginação de leitores, e sem esforço algum. Ficou bem feito e eu sempre gosto de inovações. Então, parabéns.

  68. Fheluany Nogueira
    15 de janeiro de 2017

    Micro bem escrito com escolha de um formato diferenciado: a preferência por frases bem curtas e compostas por substantivos, que dá certo dinamismo ao texto, mostrando como se chegou rápido àquele estado e do que se tornou substancial naquela situação. Eu cortaria a última palavra no texto (“viciado”), ficou desnecessária, pelo título e pela ambientação. Bom trabalho, autor(a). Abraços.

  69. Tom Lima
    15 de janeiro de 2017

    Crack, o som que a pedra faz ao queimar ou o estado da alma do usuário? O texto reflete o segundo de maneira magistral!

    Cada frase, com sua falta de informação explícita, conta um pedaço enorme de história. A promessa “Eu vou parar de usar”, me toca bastante, mas mais ainda a “Aliança no dedo.”, que conta como, mesmo com o vício, essa pessoa ainda se apega a essa memória a ponto de não vender essa peça pra comprar pedras. Ou a aliança não teria valor financeiro?

    Enfim, me tocou bastante, tento pelo conteúdo quanto pela forma.

    Parabéns e abraços!

  70. Nina Novaes
    15 de janeiro de 2017

    É bem dinâmico.

    Cada palavra é um corte seco. Rompe. Quebra. Fragmenta. Ilustra. Ambienta. Sufoca.

    As rupturas foram muito bem utilizadas e dão um ritmo frenético ao texto que, embora em pedaços, ilustra uma situação bem fechada, completa e inteira.

    É imediata a visualização do todo, do lixo, do obscuro, da podridão. As contraposições também são bem utilizadas. Água preta/peixe dourado.

    Parabéns pelo seu conto, muito bom! 🙂

  71. Olisomar Pires
    14 de janeiro de 2017

    O conto descreve o ambiente e vida de um viciado em drogas, no caso, supõe-se que seja o crak.

    Gostei do título reproduzindo o som de algo quebrado ou rachando.

    A técnica escolhida de pequenas frases ou palavras seguidas por ponto final funcionou muito bem, pois traz a idéia de fragmentos, sendo condizente com o título e condição do viciado.

    Bem escrito com boa escolha das palavras.

    Talvez a suspensão da crença tenha sido afetada pelo viciado ainda possuir sua aliança, pode ser que isso signifique uma esperança para o coitado.

    Bom conto.

  72. Eduardo Selga
    14 de janeiro de 2017

    Excelente. O recurso minimalista utilizado, narrando a partir de fragmentos de uma cena, é ótimo quando bem usado, mas também perigoso por polvilhar a narrativa de lacunas. Dependendo da distância de nexo entre um fragmento e outro, pode ficar difícil a adequada interpretação textual. Mas não é isso o que ocorre aqui. As distâncias são pequenas a ponto de dispensarem palavras. Logo, a ligação é feita com facilidade.

    A fragmentação, nesse caso, não é uma firula narrativa: relaciona-se diretamente com a vida despedaçada do personagem morto e, ao fazê-lo, reforça a ideia de uma ausência que redunda em uma morte que também é ruptura (“um buraco na alma”).

    É um bom exemplo do quanto as escolhas narrativas fazem diferença no objeto narrado, em se tratando de produção de sentido. Separando alguns dos muitos e essenciais adjetivos usados, temos: amassadas, vazia, furadas, entupida, rachados, podres, solitário, esquecido, invisível e viciado. É o panorama de uma tragédia, de uma vida morta.

    Um personagem como esse não tem atitude, é tão passivo que está morto, não tem voz. Por isso a narração impessoal, sem indicação de gênero (os quatro últimos adjetivos, no masculino, se referem ao corpo estendido e morto, não a algum homem, é bom lembrar) faz todo o sentido. Mas ressalto o seguinte: mais ou menos na metade da narrativa surge “eu vou parar de usar. Até que a morte nos separe”, ou seja, possivelmente a voz do personagem morto. Funciona como uma ilha, é um grito isolado no deserto a única vez em que há um rabisco de identidade.

  73. Andre Luiz
    14 de janeiro de 2017

    Estou lendo textos sobre assassinatos em massa neste concurso desta vez rsrs Seu texto foi bem pensado, com cada sentença colocada em seu devido lugar. Por vezes eu acho que você perdeu um pouco o ritmo da leitura ao intercalar diálogos/pensamentos com a narração em si, o que pode deixar o leitor confuso.

    -Originalidade(7,5): Por mais que o tema não seja inovador, confesso que eu achei interessante sua ousadia em cima do estilo de escrita, algo mais objetivo, porém longe de ser desprovido de sentidos.

    -Construção(8,0): Novamente falando sobre o estilo, eu gostei. Foi inovador, e ousado. Como eu já disse, perdeu o ritmo em alguns momentos, e você mesclou fala e narração sem se preocupar em situar o leitor, algo que pode ser melhorado.

    -Apego(8,0): Eu entendi bem a história, li e reli ao menos duas vezes. Talvez com um limite maior você pudesse dar mais motivos para o ato do homem e mais personalidade aos personagens.

    Boa sorte!

  74. Virgílio Gabriel
    14 de janeiro de 2017

    Um texto pra ser lido com calma, afinal cada palavra remete a outras mil por trás. Fico me perguntando se foi o melhor jeito de abordar o tema. Bom, não vou discutir estilos, até porque, o que apresentou me pareceu suficiente. Apesar da ideia do viciado ser clichê, você conseguiu inovar e ainda chocar. Fez um bom trabalho.

  75. Anorkinda Neide
    14 de janeiro de 2017

    É, a leitura incomoda. É boa a ideia dos fragmentos de imagens e pensamentos. Mas este tipo de texto comigo não funciona, não consigo achar que está terminado, me parece um rascunho, talvez eu seja muito tradicional com a escrita.
    Dentro da proposta vc fez o q era certo. só não me alcança, sorry.
    abraço

  76. Evandro Furtado
    14 de janeiro de 2017

    As pessoas estão se superando nesse desafio. Sem dúvidas é um ótimo ambiente para experimentar e o autor fez uso disso. Talvez se a história fosse escrita de outra forma, nem seria tão efetiva, mas a maneira como foi colocada, sentenças soltas, pontuação criando suspense, elevou o nível extraordinariamente.

    Resultado – Good

  77. Brian Oliveira Lancaster
    13 de janeiro de 2017

    GOD (Gosto, Originalidade, Desenvolvimento)
    G: Utilizar fluxo de consciência em contos curtos funciona bem. À primeira vista parece carregado de informações, mas o contexto vai sendo criado automaticamente pela mente do leitor (pelo menos no meu caso) e a história vai se revelando aos poucos. Exige uma leitura atenta, mais profunda. – 9,0
    O: Um cotidiano “normal”, mas que traz uma história bonita por trás, que em decisões desacertadas, trouxe o fim inevitável. É bastante denso. Infelizmente, não trouxe algo de novo. – 8,0
    D: Em FC chamam isso de “infodump”, excesso de informações. Neste caso, a meu ver, fluiu bem. Mas corre o risco de haver uma leitura superficial. – 8,5
    Fator “Oh my”: instigante e provocativo, cheio de metáforas e meias palavras. Mas as lacunas são facilmente preenchidas.

  78. Priscila Pereira
    13 de janeiro de 2017

    Oi Roberto, que texto interessante!! O uso de palavras soltas formando um todo foi muito legal. Muito original. Fui enxergando o cenário aos poucos. O título meio que entrega tudo de mão beijada, mas mesmo assim achei muito interessante!! Parabéns e boa sorte!!

  79. Zé Ronaldo
    13 de janeiro de 2017

    Se tivesse parado antes do viciado, seria até considerado um micro aberto. O leitor é que teria todo o trabalho de juntar os fragmentos e compreender o texto. Primor de texto. Os craques da vida de um dependente químico, os fragmentos e estilhaços do que fora, outrora, uma vida. Muito, mas muito bem engendrado mesmo!

  80. Evelyn Postali
    13 de janeiro de 2017

    A descrição da degradação humana causa náusea. Esse texto é uma visão de muitas mortes.

    • Evelyn Postali
      13 de janeiro de 2017

      Precisei de um tempo para comentar esse texto. Como eu disse no comentário anterior, tem muitas mortes. O homem mata a si mesmo todos os dias, mas essa morte em específico, é a mais terrível, porque ele não destrói apenas a si mesmo, ele não apenas mata a sua liberdade de escolha, de movimento, de amar. Ele mata todos ao seu redor. Tudo sucumbe. Esse texto é dramático, tenso, intenso. Esse texto é muito bom.

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Publicado às 13 de janeiro de 2017 por em Microcontos 2017 e marcado .