Me considero um escritor amador. Acho que não sou um bom escritor, mas sei que sou um bom leitor, por que sei distinguir um texto bom de um texto ruim.
Acho também que não sou crítico de arte, ou da arte de escrever, sou apenas um leitor exigente, que aprecia uma boa leitura, um bom livro.
Para escrever com desenvoltura, é necessário conhecimento, estudo, pesquisa. Ninguém nasce sabendo, o aprendizado vem com o tempo. O cérebro humano é como um computador que, durante sua existência vai evoluindo, adquirindo conhecimento.
Algumas pessoas tem a capacidade de processar esse conhecimento com mais rapidez, ainda na infância. São os gênios precoces, como Beethoven na música. Ou na idade adulta, como Einstein na física.
Escrevo desde a adolescência, mas não tenho a inspiração de R.R. Martin, nem a cultura de Umberto Eco, ou a técnica de Graciliano Ramos, muito menos a imaginação de Stephen King, ou Guimarães Rosa.
Umberto Eco e Dan Brown fazem uma exaustiva pesquisa para criar suas obras. Não tenho paciência para escrever um romance de 600 páginas, prefiro escrever contos, poesias, haicais. Claro, tem que ter conteúdo, boa gramática, bom enredo
Alguns jovens escritores começam já escrevendo um romance épico, cheios de erros, de situações ridículas e infantis. Já se consideram escritores só por que receberam comentários favoráveis de leitores que, talvez nunca tenham lido José de Alencar, James Joice, John Milton, Eça de Queiros…
Para você dar uma opinião sobre um texto, tem que ter alguma noção de arte literária. Não deve iludir ou enganar o escritor com uma opinião que não é a realidade. Não é uma questão de gosto, é uma questão de arte…
ótima dissertação sobre a escrita… bom, parabéns.