EntreContos

Detox Literário.

Defeito na Cama Gelada (Renan Bernardo)

Ano 1 – Dia 1

Foi difícil demais para me acostumar. Nos primeiros dias eu achei que estava louco ou sonhando. Desesperado, tentei acordar de todas as formas possíveis. Beliscões, tapas e, em um momento de extremo nervoso, até me joguei de uma pedra alta. Não acordei. Não quebrei nenhum osso também, por sorte. A queda só serviu para me deixar bem roxo. Agora, um ano depois, está tudo mais calmo. Acho que já acostumei, se é que o costume é possível neste lugar. Arranjei papel e caneta e comecei a escrever. Um passatempo agradável.

A pergunta que volta para a minha mente com mais frequência é: será que devo acordar um dos outros? Explicar que o fiz em busca de companhia? Melhor não. Foi complicado para entender o que estava acontecendo. Toda a minha vida e de todas as pessoas que eu conhecia não se passava de uma mentira. Uma simulação. A máquina onde eu fiquei adormecido, sabe-se lá por quanto tempo, tinha estragado. Uma luz vermelha piscante indicava isso. Nunca precisei de muito ensino para aprender que luzes vermelhas indicam problemas. Para corroborar com o meu pensamento, a luz das outras poucas máquinas são de um verde constante.

As outras máquinas pertencem aos outros. Pessoas que eu nunca vi na minha vida, que talvez vivessem bem longe de mim na simulação. Por exemplo, o sujeito de bigode fino na máquina mais próxima da parede. Ele parecia um francês. E se eu o acordasse? A única expressão que sei em francês é “je suis” e sempre falo “Jesus” quando a leio em voz alta. Isso seria absurdamente imoral. Acordar um francês de uma possível vida excelente – e falsa – para aquele mundo onde não havia nada, a não ser uma planície infinita e deserta. Depois, falar em português e não conseguir explicar o que estava acontecendo. Seria imoral. Cruel. Feio. Era melhor permanecer sozinho. Quem sabe outra máquina não fique ruim e eu ganhe um amigo?

Eu fico imaginando o que aconteceu com meu corpo virtual no mundo onde França e Jesus existiam. Eu lembro que estava chegando no trabalho. Dei um efusivo bom dia para meus colegas e sentei na minha cadeira. No minuto seguinte eu estava despertando neste novo mundo, achando que tinha ficado maluco ou que estava sonhando. Será que meu corpo lá simplesmente tinha parado? Será que eu tinha… morrido? Se assim for, é só aguardar uma das outras pessoas morrer para ter uma companhia. É a regra que eu quero que exista, mas não tenho a menor ideia se realmente funciona assim. Mesmo que seja esse o caso, quantos anos eu precisaria esperar?

Pelo menos eu tenho comida. Um quarto com armários de metal cheios de injeções com a palavra “alimento” estampada em diversas línguas. Demorei muito tempo para arriscar uma das seringas, mas quando a fome veio, – lembro até hoje do desespero –  cravei uma delas no meu braço sem dar a mínima para a agulha, objeto que eu odiava com todas as minhas forças na vida simulada. Quanto à água, o riacho ao lado da construção dava conta muito bem.

A meu ver, o que eu presencio hoje é a raça humana original em uma criogenia forçada com um sistema rodando em suas mentes para simular uma vida. Por algum motivo nós destruímos este nosso mundo original – que também tem uma lua e um sol, embora eu desconfie que a lua é ligeiramente maior aqui – e tivemos que escapar para as camas geladas para pelo menos sobreviver de alguma forma. Não entendo muito bem disso, eu era apenas um advogado, mas já enchi minha cabeça com séries de televisão e filmes para saber que isso faz sentido.

Vou parar por aqui para me alimentar. É bem rápido, só uma injeção. Logo volto a escrever.

 

Ano 1 – Dia 13

Certo. Passaram-se doze dias desde que escrevi a parte um. Pouco depois que me alimentei naquele dia, uma outra pessoa acordou. Mais uma vítima da luz vermelha piscante. Não era o francês de bigode fino mas, para minha sorte, uma brasileira. Uma moça de uns quarenta anos que teve bastante dificuldade em entender o que estava acontecendo – como se fosse fácil. No momento que escrevo este texto ela ainda chora e pede que Deus deixe-a voltar para casa. A parte mais difícil foi convencê-la que eu não era nenhum tipo de sequestrador ou lunático.

Confesso para você, leitor que não existe: sinto necessidade de voltar ao mundo falso.

 

Ano 1 – Dia 17

Resolvi me aventurar em um armário com livros enormes. Todos eles manuais para as camas geladas, em muitas línguas diferentes, que eu havia negligenciado por mais de um ano. Não entendo a maior parte do que está escrito, mas estou tentando desvendar a parte da manutenção. Parece que há sim uma forma de resolver problemas e, pelo que li, deveria haver um responsável, chamado de Reparador. O trabalho dele era impedir que as pessoas acordassem e realizar a frequente manutenção das camas geladas – que se chamavam câmaras criogênicas. A existência de um Reparador justifica a existência da comida em seringas mas, para onde foi essa pessoa? Pela ausência de corpos eu julgaria que ela tentou fugir para longe, devastada pelo tédio infinito de viver neste lugar enfadonho.

Com a leitura, descobri funcionalidades interessantes no painel das camas geladas – dane-se, usarei esse nome. Uma delas era o indicador de idade. O meu tinha parado em 31, embora eu já tivesse 32 pelas minhas contas. Joana tinha 42. Além desse, havia uma forma de ver o rosto da pessoa. Foi bem assustador ver um modelo 3D do meu rosto, como se alguém tivesse me criado para um videogame. E, caramba… Eu era feio.

Tentei explicar para a Sra. Joana Solimões que eu estava tentando descobrir uma forma de reparar as máquinas, mas ela estava perdida demais em pensamentos para se importar. Ela passa a maior parte de seu tempo olhando para o terreno desolado. Talvez pensando se deveria se aventurar nele. Talvez além do horizonte exista uma cidade ou alguém para acolhê-la. Se eu fosse ela, não sairia dali, onde tinha alimentação garantida por muitos e muitos anos.

 

Ano 1 – Dia 34

A cama gelada é muito mais complexa do que eu faço parecer quando escrevo sobre ela. Ela vai muito além da minha capacidade. Apesar disso, o manual é bom. Bom, não. Excelente. E um tanto quanto assustador. Ele não explica as motivações de colocarem pessoas em criogênia, mas deixa bem claro que as máquinas são suficientes para possibilitar vidas boas e duradouras a todos os usuários. Repare bem: elas possibilitam, mas não garantem. “O livre-arbítrio permanece no sistema”. Copiei isso da mesma forma que está escrito no manual. Vocês não podem ver, mas continuo boquiaberto.

No mais, consegui diálogos melhores com Joana. Ela leu um pouco do manual e já está aceitando a situação. Ela diz que está vivendo em algum seriado infantil que seu filho assistia, embora eu ache que essa vida nova não tenha nada de infantil. Agora ela me cobra diariamente um reparo das máquinas, como se eu fosse o responsável oficial por isso. Eu não me importo. Eu também me cobro diariamente. Sou o novo Reparador… Até que o nome soa bem.

 

Ano 1 – Dia 55

Descobri uma forma de voltar. A luz vermelha piscante não significa que a máquina esteja inoperável. Significa apenas que necessita ser reiniciada. Assim como o Windows no mundo falso. Fazer a comparação da cama gelada com o Windows é aterrorizante demais, mas pretendo afastar esse pensamento assim que possível.

Obrigado, Senhor, pelas pequenas funcionalidades. A função de reiniciar a cama pode ser ativada de dentro dela, ou seja, não terei um dilema com a Sra. Joana sobre quem fica para trás para ativar a cama do outro. Uma notícia bem confortante. Provavelmente eu não seria o herói a ficar para trás.

Joana me disse que odiaria ficar sozinha neste lugar, então ela aceita ser a primeira a deitar e voltar para o mundo falso. Além disso, a senhora de meia-idade, que vive em uma casa modesta na Bahia, disse que confia em mim para que eu faça tudo voltar a funcionar. “O senhor que leu este livrão aí”.

Espero que dê tudo certo.

 

Ano 1 – Dia 78

Acabo de reiniciar a cama de Joana. Estou chorando até agora, as lágrimas pingando nas folhas e manchando tudo que escrevi anteriormente. Fui ingênuo demais em acreditar que seria possível reiniciar e voltar para onde eu estava antes de acordar aqui. Para a cadeira do trabalho, para uma cama de hospital ou para a porcaria de um parque de diversões. Qualquer lugar valeria, mas o que vi após reiniciar a cama de Joana foi estarrecedor.

Primeiro, uma placa de metal moveu-se para a frente do rosto dela, impedindo que eu a visse através da pequena janela. Depois disso, a cama emitiu um barulho alto e irritante que prolongou-se por cinco dias, durante os quais o painel ficou inativo. Eu achei que tivesse dado tudo errado, mas, eventualmente, o som cessou e o painel voltou a funcionar. A placa de metal sobre o rosto de Joana, no entanto, não se moveu. Nem precisava. A face de Joana exibida no pequeno painel da cama era a de um bebê recém-nascido. A idade dela? Zero.

 

Ano 1 – Dia 79

Indeciso.

O rosto belo de minha namorada. Os pequenos atos de caridade de minha mãe. As conversas longas sobre filmes com meu pai. As piadas no trabalho. As ruas entupidas das cidades ou as praias desertas que tive a oportunidade de conhecer.

O que fazer? Viver deleitando-me nestas memórias falsas enquanto observo a horrível planície deserta deste mundo real e sem sentido? Ou apagar as memórias e recomeçar uma nova vida do zero no mundo falso?

Nunca achei que fosse ter que decidir se desejo ou não reencarnar.

59 comentários em “Defeito na Cama Gelada (Renan Bernardo)

  1. Marcel Beliene
    11 de agosto de 2015

    Nossa… que dilema esse do final, hein? Seu conto ficou muito bom, deu para o leitor se identificar bem com o personagem. Achei legal você estruturar o texto como um diário, mantendo a coerência com relação aos dias passados. Parabéns 🙂

  2. Luan do Nascimento Corrêa
    11 de agosto de 2015

    → Avaliação Geral: 6/10

    → Criatividade: 5/10 – Ideia não muito criativa, mas foi razoavelmente desenvolvida.

    → Enredo: 6/10 – A ideia é bastante interessante, mas acho que precisaria de mais espaço para ser plenamente desenvolvida. Também senti falta de algo mais estimulante, por vezes me vi sem vontade de continuar a ler.

    → Técnica: 6/10 – Não está tão bem escrito, mas também não são criadas barreiras à compreensão.

    → Adequação ao tema: 10/10 – É um conto de ficção científica.

  3. Fábio Santos Almeida
    11 de agosto de 2015

    Adoro esse tipo de contos tipo diário. Parecem trazer mais relevância aos pensamentos do protagonista do que a mera narração em primeira pessoa. O facto de se centrarem nos medos e nos desejos em detrimento das descrições, atinge um patamar mais pessoal na história. Eu gostar, gostar =P
    Quanto ao conto, todavia, gostaria que o autor desse uma conclusão mais definida. É costume ouvir-se que “o resto da história imagina-a o leitor”, mas eu sou contra. Terminar com perguntas é sempre sinal ou de final abrupto ou de oportunidade perdida. Neste caso, fico-me pela segunda. Numa outra tentativa, se assim quiser, sugiro ao autor que dê um final mais conclusivo ao conto. Que o protagonista opte por uma opção e que viva com ela. Espero ter sido útil =P

    Bem jogado! 8D 7

  4. Wilson Barros Júnior
    11 de agosto de 2015

    O começo remete à Matrix. O conto é de fácil leitura, fluente. A adaptação para o Brasil torna o conto mais interessante ainda.O fim mistura a ciência com o misticismo, tornando o conto uma obra-prima. Parabéns.

  5. Gustavo Castro Araujo
    11 de agosto de 2015

    É evidente a inspiração em Matrix, com os leitos em que as pessoas dormem e têm uma vida imaginária. O conto, porém, inova ao trazer algumas questões existenciais interessantes. Até que ponto é válido ter consciência de que tudo não passa de ilusão? Não seremos mais felizes se estivermos alheios à verdade? Conhecimento é tortura? Apesar dessas indagações filosóficas, achei o texto um tanto travado, culpa, talvez, do limite de 2000 palavras. De todo modo, um bom conto.

    Nota: 7

  6. josé marcos costa
    11 de agosto de 2015

    Legal, fiquei imaginando seu conto como um filme do Steven Soderbergh. gostei da narrativa e da história, você tem talento como escritor. se for fazer alguma critica, considero apenas que você deveria incluir mais descrições e personagens em sua trama, o que certamente faltou

  7. Bia Machado (@euBiaMachado)
    10 de agosto de 2015

    Gostei, mas não tanto quanto achei que gostaria ao ler as primeiras linhas. Enredo interessante, bem bolado. E é isso o que mais estou procurando nas leituras esse mês, criatividade. É um personagem bom, o narrador. Mas acho que ele perdeu um pouco de força a partir do momento em que ficou só nele, por mais que você tenha narrado coisas que aconteceram com a Joana, mas acho que poderia ter inserido falas dela, para até valorizar mais o próprio narrador. Por isso, talvez esse formato de diário não seria o mais interessante, limita muito. Gramática: pouca coisa, quase nada. Acho que só um acento sobrando, por aí. Resumindo, parabéns pelo texto, comprei sua ideia. Acho isso importante em FC.

  8. Renato Silva
    10 de agosto de 2015

    Olá, tudo bem?

    Apesar de me interessar pelo tema, não estava gostando muito, pois me parecia uma “cópia” de Matrix. Mais para o final, as coisas foram tomando um rumo diferente e finalizou com uma frase perfeita.

    Também falei sobre o uso de câmaras, mas ao invés da criogenia abordei a animação suspensa. A NASA vem fazendo vários estudos sobre o assunto; é o futuro das viagens espaciais.

    O conto é bacana, mas senti falta de maiores descrições do cenário. Não consegui entender direito onde ele estava. Era uma sala, uma caverna, um galpão? Luz natural, artificial 24 horas, meia luz? Eu entendo a falta de maiores detalhes por causa da limitação imposta pelo desafio, pois tive de espremer o meu conto ao máximo.

    Enfim, boa sorte.

  9. Anderson Souza
    9 de agosto de 2015

    Acredito que o grande prêmio deste concurso é a avaliação sincera dos textos, com críticas construtivas e opiniões de leitores que são apaixonados por Ficção Científica.

    Gostei do conto. Acredito que no futuro próximo muitos humanos irão se fechar no mundo virtual. Em verdadeiras hibernações do “mundo real”.

  10. Cácia Leal
    9 de agosto de 2015

    Quando vi que seria em forma de diário, achei a ideia interessante, pois sempre quis escrever um conto assim. Na primeira vez que você pulou alguns dias, sua justificativa foi válida, mas depois as “intercaladas” foram ficando sem muito nexo. A trama foi ficando entediante. Não gostei do meio pro final. O que aconteceu com a mulher? Morreu? Não ficou claro. De qualquer forma, não gostei muito, principalmente do final, acho que sua ideia não dá para ser desenvolvida em tão poucas palavras.

  11. Alberto Lima
    9 de agosto de 2015

    Nossa, que empolgante! Gostei muito. Uma ideia maravilhosa. E o modo como o conto foi escrito me permitiu imaginações bem vivas.

  12. Fabio D'Oliveira
    8 de agosto de 2015

    Defeito na Cama Gelada
    William Adama

    ஒ Habilidade & Talento: A leitura foi agradável. E o modelo escolhido foi o ideal para a história, encaixando-se perfeitamente com a proposta. Mesmo assim, senti falta de algo…

    ண Criatividade: Aqui vemos quando a criatividade funciona perfeitamente. Mesmo não sendo uma ideia original, o desenvolvimento ficou excelente. O único problema foi o limite. Esse texto funcionaria melhor se fosse maior. Senti falta de uma explicação maior sobre o Reparador.

    ٩۶ Tema: Encaixou-se muito bem. Acredito que, para deixar melhor ainda, a parte da ciência atribuída ao sistema criogênico fosse melhor explorado.

    இ Egocentrismo: Que agonia! Tanta solidão, tantas dúvidas… Gostei, gostei!

    Ω Final: Vemos a Habilidade ainda em crescimento, aprendendo um pouco com seu irmão mais velho, o Talento. A Criatividade gosta de pegar ideia alheias e criar um mundo novo, mostrando que o processo de criação vai além do novo. O Tema marcou sua presença. E o Egocentrismo se deleitou com tudo isso.

  13. vitormcleite
    7 de agosto de 2015

    Este texto não me prendeu, li até ao fim e retomei a leitura desde o início. Parece-me uma história que não cabe em duas mil palavras, merece um desenvolvimento muito maior. Desejo-te as maiores felicidades

  14. Fil Felix
    3 de agosto de 2015

    No começo achei muito Matrix/ Simulação e Simulacro, mas gostei muito do rumo próprio que tomou! Essa coisa de deserto, dos mistérios que envolvem as câmaras e o motivo por estarem lá, ou até mesmo porque eles acordaram, dão uma segunda camada de leitura ao conto, que é muito bom. Destaco, também, o momento em que reinicia a máquina da mulher e ao final, com a ideia de reencarnação, que não vejo como a pegada dessa realidade, mas sim o ponto de vista do protagonista, uma forma mais confortável pra ele de ver essa situação. Muito bom!

  15. Pedro Luna
    30 de julho de 2015

    Achei massa. Lembrei daquele filme Um Maluco Perdido No Espaço, onde um macaco toma o lugar do cara na câmara criogênica e o maluco precisa ficar vários meses acordado enquanto todo mundo dorme na viagem. kkk… bom, falando sério, gostei do conto, que começa misterioso, mas um pouco lento, e depois instiga quando dá explicações sobre a situação. No fim, o dilema do protagonista é válido e um verdadeiro beco sem saída. Viver ali ou virar novamente um bebê? O autor conseguiu um final que nos deixa pensativos, imaginando-nos no lugar do personagem. Parabéns.

  16. Laís Helena
    26 de julho de 2015

    1 – Narrativa, gramática e estrutura (4/4)

    Gostei muito do seu conto. A narrativa em forma de diário, ao contrário do que aconteceu em outros contos, coube muito bem aqui e você ainda conseguiu deixá-la envolvente. Se houve erros de revisão, não reparei neles.

    2 – Enredo e personagens (2/3)

    Você conseguiu, em poucas palavras, me trazer uma história interessante, com um ar inusitado e um desfecho inesperado. O final em aberto me agradou bastante: com um mundo inteiro estranho e desconhecido, o mistério do sumiço do Reparador e a necessidade da criogenia, me deixou com um gosto de “quero mais”. Só achei estranho que ele fosse esperar um ano inteiro antes de vasculhar os livros, e a relação entre os dois personagens poderia ter sido um pouco mais detalhada, embora entenda que isso talvez não fosse possível com o limite de palavras; ainda assim, são bons personagens.

    3 – Criatividade (3/3)

    Achei toda a ideia muito criativa, quase como uma releitura da reencarnação, tudo conduzido com cuidado e uma boa escrita. Parabéns!

  17. Anorkinda Neide
    26 de julho de 2015

    Vai ficar engraçado o que vou dizer,mas o que me desagradou aqui é que a história é um puro MiMiMi…. rsrsrs
    Por isso até desconfio da autoria :p
    .
    se vc não participa do grupo do facebook, não vai entender a graça, me pergunte depois.
    .
    Mas, enfim… achei toda a questão que quer transmitir a agonia do personagem, exageradinha demais, sabe… ficou cansativo.
    .
    Gostei da pegada de que reinicializando a cama gelada, eles nascem do zero… boa sacada!

    Boa sorte ae!

  18. Thales Soares
    24 de julho de 2015

    William Adama, sei conto foi bom.
    Boa ideia, boa execução.

    Sua escrita com certeza é cativante.
    A ideia central da história, no entanto, não foi completamente de sua autoria. O conto todo remete ao super clássico dos cinemas, Matrix. Isso não é disfarçado, mas td bem… não é algo ruim, pois todos devem amar esse filme. Só estou comentando que a ideia não é original.

    Não gostei muito do final… apesar de ter terminado com uma frase bacana, eu queria ver qual foi a decisão tomada pelo cara.

    Outra coisa que me incomodou, foi que houve algumas falhas de lógica.
    Primeiro… o cara ficou UM ANO, mais de 360 dias, 24 horas por dia, 60 a cada hora, 60 segundos de cada minuto, sem fazer NADA? Meu deus!!! Quero dizer…. não tinha NADA lá para distraí-lo. Não tinha video game, computador, tv ou garotas. Apenas livros… livros que continham todas as respostas de que ele precisava! E o cara resolveu ler esses livros somente depois de 1 ano??? Ah… por favor né…. Fico imaginando o que ele ficou fazendo antes disso kkkkkkkk

    Outro problema que eu vi….. foi que no Dia 78, o cara tinha acabado de reiniciar a máquina da mulher! Beleza… mas a máquina levou 5 dias para reiniciar completamente! Porém, no dia 79, e não no dia 83, a máquina da mulher já estava reiniciada, e agora ele estava pensando em outra coisa. Poxa, mas e os 5 dias, onde foram parar??

  19. Antonio Stegues Batista
    24 de julho de 2015

    Nota-8

  20. Piscies
    24 de julho de 2015

    Bem bacana. Gostei da pegada do conto. Tem um quê de Creepypasta no tom certo e muita criatividade.

    No início, torci a boca achando que seria uma cópia barata de Matrix, mas você conseguiu se distanciar bastante, pegando apenas a ideia antiga, que precede o filme a tanto tempo.

    A escrita está impecável, até onde notei. Simples, clara, suave e sem nenhuma falha. Um conto interessante de ler.

    Talvez a única coisa que eu tenha notado e me impedido de dar um 10 foi que o conto não tem um Clímax. Na verdade, ele termina quando parecia estar chegando em seu ápice. É normal, mas ao mesmo tempo, poderia ser melhor nesta parte. Só nesta parte.

    Parabéns!

  21. Felipe Moreira
    24 de julho de 2015

    Achei interessante. Esse estilo “repórter” caiu bem ao que você se propôs a dizer, porque não haveria espaço físico nos limites do conto para criar uma história dessa. Ficou legal, levantando questões interessantes sobre a razão de tudo isso estar acontecendo. Lembrou um pouco Avatar. Curioso como eu fiquei realmente sem saber o que esperar do texto quando li o título pela primeira vez. haha

    Parabéns e boa sorte no desafio.

  22. mariasantino1
    22 de julho de 2015

    Ehhh! Saiu meu primeiro 10. 🙂 Parabéns, autor. É exatamente isso que eu gosto de ler e procuro (sem sucesso) escrever. Essa narrativa próxima, sem soar prepotente, sem passar tudo como se a gente fosse obrigado a conhecer as informações e, ainda soar natural. Isso é algo que admiro. Você mandou muito bem. Não achei simplório, mas achei a ideia simples, emprestada da Matrixx, numa alusão somente.
    É um conto curto, certeiro, claro e que faz pensar.
    Nota: 10
    $ucesso!

    • mariasantino1
      10 de agosto de 2015

      Então, depois de ler tudo, voltei aqui para equiparar um pouco as notas. Por esse motivo a nota para esse conto será: 9

  23. Mariza de Campos
    22 de julho de 2015

    Olá! o//
    Sendo bem sincera, achei sua história espetacular. De todas que li, é a única que não tenho críticas reconstrutivas para apontar.
    A ideia de vivermos num mundo falso para escapar da realidade deserta é muito interessante, gostei também de mostrar que, nesse contexto, o falso consegue ser melhor que o real. Deu para sentir as emoções do narrador (que creio não ter sido citado o nome) e o enredo, além de interessante, foi coerente.
    O fim também incrível, não se sabe se ele será o novo Reparador ou se partiu para uma nova vida (sinceramente espero que a nova vida).
    É isso, abraços. 🙂

  24. Antonio Stegues Batista
    21 de julho de 2015

    Excelente texto Willian. A princípio achei que seria algo parecido com Matrix, mas é bem diferente. O bom conto é aquele que surpreende no final e explica tudo.

  25. Marcellus
    21 de julho de 2015

    A ideia do conto é muito boa. Muito boa mesmo. Mas a execução deixa a desejar.

    De início já aparece um “…foi difícil demais para me acostumar…”. Pronto. Daí para a frente o leitor já está predisposto a encontrar os outros (muitos) erros. Revisão… o pecado nosso de cada desafio.

    Um bom retrabalho garantiria uma nota muito melhor. Boa sorte.

  26. britoroque
    20 de julho de 2015

    Até agora gostei mais desse aqui. É para comentar ou votar? Voto nesse. Se for apenas para comentar, diria que é interessante e bem escrito. Não entendo muito de teoria literária. Apenas sinto que um conto é bom ou ruim, como sentimos isso num vinho, sem estudar nada de enologia.

  27. Angelo Dias
    20 de julho de 2015

    Excepcional. Ambientação bem feita, personagem crível e situação realmente complicada. A exibição da história como diário coube perfeitamente e ajudou na ambientação. A discussão é interessante: se de fato pudéssemos reencarnar, o faríamos? Ainda mais sem nenhuma recompensa sobrenatural?
    A história não só é interessante como intrigante. Gostaria de ler mais coisas do autor.

  28. Leonardo Stockler
    18 de julho de 2015

    Gostei particularmente do final inconclusivo – dá um ar de seriedade final que o conto se esforçou pra construir ao longo da narrativa. É bem preciso e objetivo, talvez um pouco até demais, porque eu gostaria de ver você explorando essa desolação, não necessariamente fazendo o personagem perambular por esse mundo, mas um esforço maior em transmitir o abandono e essa etapa “intermediária” aí, alguns devaneios mais soltos a respeito da origem e da manutenção desse lugar, que são coisas que dão um pano absurdo pra manga, e talvez até algumas menções (que não fossem somente no final) à vida anterior do personagem. Mas de qualquer forma, está bom. Parabéns.

  29. Marcos Miasson
    18 de julho de 2015

    Muito bom! finalmente um texto que prende a atenção (sem desmerecer os demais colegas). Gostei do estilo de narrativa, em ‘countdown’ até o plot final. Ficaria atento apenas aos intervalos de data. Por exemplo: do momento onde o protagonista descobre a reiniciamento até o momento de reiniciar a dona Joana, se passam quase 20 dias… Após isso, para ele decidir fazer o mesmo, se passa apenas 1… Num intervalo tão curto, acredito que ele poderia ter citado no dia 78 que estava em dúvida sobre fazer ou não a mesma escolha.
    No mais, seu texto se destaca bastante! Boa sorte!

  30. Leonardo Jardim
    13 de julho de 2015

    ♒ Trama: (4/5) muito legal e bem trabalhada. Esse modelo de conto/diário às vezes me incomoda, mas esse aqui funcionou bem. Trouxe as informações em ondas e nos deixou na mesma dúvida que o narrador: o que seria melhor?

    ✍ Técnica: (3/5) talvez pela forma de diário adotada, mas achei muito simples. Apesar disso, ajudou na agilidade da trama e na relação com o protagonista: me senti íntimo dele.

    ➵ Tema: (2/2) câmaras de sono, realidade virtual (✔).

    ☀ Criatividade: (2/3) utiliza o mesmo conceito de Matrix: a humanidade vive uma vida virtual enquanto seus corpos dormem. Ganhou pontos justamente pelas diferenças.

    ☯ Emoção/Impacto: (4/5) gostei do final aberto, me deixou com um sorriso no rosto. Acabei me pegando com a mesma dúvida do protagonista: o que seria melhor? O texto foi muito competente em gerar essa dúvida.

    Problema que encontrei:
    ● Ela *passava* a maior parte de seu tempo olhando para o terreno desolado.

  31. Ferreira Silvio
    11 de julho de 2015

    Gostei
    – A sua narrativa é ágil, o vocabulário simples mas de um alcance tão longo: o enredo é conhecido, mas você tratou sem excessos da noção de sonho, realidade e reencarnação. Às vezes, viver na caverna pode ser mais reconfortante do que sair para ver o mundo fora dela.
    – Isso me levou à reflexão depois de ler o conto e ele só cresceu nos meus pensamentos.
    – O seu conto impacta muito mais pelo conteúdo do que com conceitos de ficção científica aborrecido às vezes.
    – Quando se usa o gênero como alegoria para algo maior, o resultado é acima da média.

    Gostei muito do seu conto.

    Abraços e Boa Sorte

  32. Ferreira Silvio
    11 de julho de 2015

    Gostei
    – A sua narrativa é ágil, o vocabulário simples mas de um alcance tão longo: o enredo é conhecido, mas você tratou sem excessos da noção de sonho, realidade e reencarnação. Às vezes, viver na caverna pode ser mais reconfortante do que sair para ver o mundo fora dela.
    – Isso me levou à reflexão depois de ler o conto e ele só cresceu nos meus pensamentos.
    – O seu conto impacta muito mais pelo conteúdo do que com conceitos de ficção científica aborrecido às vezes.
    – Quando se usa o gênero como alegoria para algo maior, o resultado é acima da média.

    Gostei muito do seu conto.

    Abraços e Boa Sorte

  33. Daniel I. Dutra
    11 de julho de 2015

    Para ser bem sincero, achei a história pouco interessante. Não porque o tema seja batido, mas porque cai na mesmice de “realidade ou mundo virtual” que já foi explorado a exaustão, e o conto não acrescenta nenhuma visão diferente ao assunto.

  34. Evandro Furtado
    10 de julho de 2015

    Tema – 10/10: adequou-se inteiramente à proposta;

    Linguagem – 10/10: clara e fluída, tornou o texto bem interessante;

    História – 10/10: uma história comum no início se tornou fantástica a partir do plot twist;

    Personagens – 10/10: muito bem construídos psicologicamente, o conteúdo do conto também auxiliou para isso;

    Entretenimento – 8/10: de início, achei que era só mais uma história, mas como já disse, veio o plot twist, o que tornou as coisas bastante interessantes;

    Estética – 7/10: você fez uso de uma narrativa em primeira pessoa em forma de relato, mais precisamente, diário, achei bem bacana mas é uma estratégia que eu tenho em alta conta pra dar um dez, se quiser dar uma olhada naquilo que eu considero “la creme de la creme” nesse gênero, eu indico O Almanaque do Novo Viajante, de Alan Moore.

  35. Andre Luiz
    10 de julho de 2015

    PS: Apenas faltou uma imagem, né?

  36. Andre Luiz
    10 de julho de 2015

    Nossa, cara, o melhor conto que li até agora! Fantástica sua interpretação “científica” de algo tão complexo e aquém do mundo real como a reencarnação, um assunto que particularmente me instiga e me faz viajar nos pensamentos mais profundos! Gostei bastante da posição do protagonista perante a “saída da cama gelada” e sua perplexidade ao perceber que milhares de outros corpos estavam naquela posição, inóculos dentro das câmaras: “Por algum motivo nós destruímos este nosso mundo original – que também tem uma lua e um sol, embora eu desconfie que a lua é ligeiramente maior aqui – e tivemos que escapar para as camas geladas para pelo menos sobreviver de alguma forma.” Fantástico! A conclusão também foi excepcional!: “A placa de metal sobre o rosto de Joana, no entanto, não se moveu. Nem precisava. A face de Joana exibida no pequeno painel da cama era a de um bebê recém-nascido. A idade dela? Zero.” Só tenho a parabenizar!

  37. catarinacunha2015
    10 de julho de 2015

    TÍTULO ótimo! Gera curiosidade.
    TEMA. Reencarnação com ficção científica é novidade para mim. Gostei.
    FLUXO simples e direto. Não identifico um estilo próprio, mas tem seu valor pela simplicidade.
    TRAMA bem costurada e convincente.
    FINAL sem conclusão é difícil, mas você conseguiu surpreender com a reencarnação e o dilema do personagem.

  38. Felipe T.S
    8 de julho de 2015

    Uma das ideias mais interessantes, até agora.

    Gostei do estilo descontraído da narrativa. Achei leve, suave, com um ritmo gostoso.

    A divisão é interessante, pena que deixa tudo meio fragmentado, a impressão de um vazio de um dia escrito para outro, fica na cabeça da gente.

    Mas ainda assim, um bom conto, acima da média na minha opinião.

  39. Davenir da Silveira Viganon
    7 de julho de 2015

    Muito bom. De deixar pensando mesmo. A ideia do diário, a condução da história e a história em si… parabéns!

  40. Michel M.
    6 de julho de 2015

    Esse é o tipo de texto do autor em começo de carreira. Ele não sabe ao certo o que escrever e começa a preencher a história com situações que estão ocorrendo com ele mesmo:

    “Arranjei papel e caneta e comecei a escrever. Um passatempo agradável.”;
    “Passaram-se doze dias desde que escrevi a parte um.”

    É um bom exercício de escrita, mas insuficiente para se criar uma história.

    Outro ponto que nós autores devemos prestar a atenção são as “justificativas” que damos ao longo do texto. Ex:

    “Com a leitura, descobri funcionalidades interessantes no painel das camas geladas – dane-se, usarei esse nome.” (Aqui não é o personagem falando, mas o próprio autor. Algo como: ´Eu estou escrevendo a história, portanto chamo de “camas geladas e você tem que aceitar.`);

    “A cama gelada é muito mais complexa do que eu faço parecer quando escrevo sobre ela. Ela vai muito além da minha capacidade.” (Vai além da capacidade ou o autor estava um pouco cansado para descrever?)

  41. Jefferson Lemos
    6 de julho de 2015

    Olá, autor (a)!

    Sua história é bem original, pois mesmo utilizando de ferramentas que não são tão novas, você conseguiu colocá-las de um jeito a criar algo novo. A narração também contribui, pois é concisa e rápida, sem erros que atrapalhema leitura. No entanto, ao chegar ao final, não sei se fiquei completamente satisfeito. O dilema vivido pelo reparador foi muito repentino, terminando mais rápido do que deveria, ao meu ver.

    De qualquer forma, parabéns pois você mandou bem.
    Boa sorte!

  42. Tiago Volpato
    6 de julho de 2015

    Muito bom o texto. Você trabalha muitas questões aqui, filosofia ou seria religião? O texto é muito bem escrito, muito bem trabalhado e muito bem conduzido. Temos aqui um forte candidato ao título.
    Não tenho nada de ruim para apontar.
    Abraços!

  43. Pedro Teixeira
    5 de julho de 2015

    Olá autor(a). O seu texto é um dos melhores que lia agora. Gostei do humor e das situações apresentadas. As seringas me pareceram arcaicas demais, considerando a tecnologia existente na realidade do conto. O final me pareceu abrupto demais. No mais, um bom conto, com narrativa clara e ágil. Parabéns e boa sorte no desafio.

  44. phillipklem
    5 de julho de 2015

    Boa noite. Sem dúvida um bom conto. Um início misterioso que nos deixa ansiosos por mais. E quando a história vai se desenvolvendo e vamos descobrindo um pouco mais sobre o que está acontecendo, não ficamos decepcionados.
    A ideia das camas geladas foi genial. Assim como a menção de um reparador que teria fugido para escapar da solidão.
    Gostei muito das questões levantadas pela personagem principal: “Será que meu corpo lá simplesmente tinha parado? Será que eu tinha… morrido?”. Deixa-nos intrigados sem nos dar uma resposta definitiva, abrindo espaço para nossa própria interpretação.
    O que não gostei foi a forma como o conto foi escrito. Frases pouco elaboradas e desnecessárias, como “Vocês não podem ver, mas continuo boquiaberto” e, “Fazer a comparação da cama gelada com o Windows é aterrorizante demais, mas pretendo afastar esse pensamento assim que possível.” , tornaram o texto cansativo de se ler. As personagens foram pouco exploradas. A principal também, mas principalmente a Joana. Ela permaneceu estática na maioria do tempo e, quando despertou, foi extremamente superficial.
    Além disso, não consegui imaginar bem o cenário onde isso tudo se passa. É uma planície desolada, como o conto diz, mas instalar máquinas que simulam vidas ao ar livre, expostas à chuva e à erosão, realmente não é uma boa ideia. Não me pareceu convincente.
    Entretanto, o final me surpreendeu. Eu sinceramente pensei que ele consertaria a cama e escolheria voltar para a vida simulada. Mas a transformação de Joana em uma bebê foi um golpe de mestre, culminando não num desfecho, mas numa incógnita sobre o destino do nosso personagem principal. Mais uma vez deixando espaço para a interpretação do leitor.
    Assim como ele, eu não saberia o que escolher. E fazer o leitor se identificar com o conflito de um personagem é uma habilidade que só os bons escritores têm.
    Meus parabéns.

  45. William de Oliveira
    5 de julho de 2015

    bem legal, no final fiquei com medo que ele tivesse triturado a Joana.

  46. Rogério Germani
    5 de julho de 2015

    Olá, William!

    A estória com cunho espírita é interessante, o fato dos seres humanas ficarem entubados até chegar a hora de reencarnarem dá um charme a mais!

    Contudo, algumas situações não se encaixam:

    1- Se o protagonista percebe que, dentro das camas geladas, existe um mundo paralelo onde as necessidades são diferentes do mundo de quem vive fora delas, por que a busca por alimentos é idêntica?

    2- Depois que passou a viver fora das camas geladas, o novo “Reparador” alimentasse de injeções. Ele usa este mesmo artifício para alimentar as pessoas dentro das camas? Se sim, como outros humanos também não morreram quando o antigo Reparador foi embora?

    Boa sorte no desafio!

  47. Rubem Cabral
    4 de julho de 2015

    Olá, Adama!

    Já conseguiu chegar na Terra? Despistou os Cylons? 😀

    Então, gostei do conto. Lembra um tanto o Vanilla Sky e Matrix, mas achei a abordagem interessante e o drama do personagem real. O mundo das camas geladas, contudo, eu gostaria de ter conhecido melhor. Da forma que foi apresentado, ficou um bocado surreal.

    De qq forma, como disse antes, achei o conto bem bacana.

    Abraço e boa sorte no desafio.

  48. Sandro Vita
    4 de julho de 2015

    Intrigante a idéia de relacionar vida após a morte com uma teoria Matrix. No início achei que seria mais do mesmo, seguindo o tradicional e já desgastado gênero Matrix, mas do meio para o fim fui surpreendido. Realmente muito interessante, apresento inclusive o conflito psicológico do personagem. O texto também apresentou um formato sensacional, dando a entender que é um relato do personagem principal, tal como um diário de bordo. Sinceramente Acho que este foi o truque muito bem pensado para a história fazer sentido. Apenas quero fazer uma observação, que trata do quesito “coerência”. Apesar do tema ser muito bacana e bem desenvolvido, existem passagens nos primeiros parágrafos que levam a duvidar do tema. Posso citar a parte ” tentei acordar de todas as formas possíveis. Beliscões, tapas “. Pense! Ora, se ele estava dormindo, como foi que se beslicou? Da mesma maneira se começa o diário de bordo no dia 1/ Ano 1, fica estranho relatar que “Nos primeiros dias eu achei que estava louco ou sonhando.” Um leitor mais atento (e esses são 85%) pode perder o interesse em continuar a ler o texto quando se depara com este tipo de situação. Nada que comprometa a história, mas vale ficar atento.

  49. L E Peret
    3 de julho de 2015

    Matrix ganha uma nova cara. Ótimo texto, suscita profundas reflexões.

  50. Brian Oliveira Lancaster
    3 de julho de 2015

    EGUA (Essência, Gosto, Unidade, Adequação)

    E: Outra abordagem diferenciada, que consegue transmitir bem a atmosfera que permeia todo o texto. >> 9.
    G: Foi de maneira suave a forma como somos apresentados a este mundo, pelos olhos do protagonista. O tom intimista e solitário funcionou com o cenário ao redor. A forma de relato escrito deixa lacunas, mas gosto disso, a imaginação preenche o resto. Ponto para o final diferenciado, que nos leva a meditar. >> 8.
    U: Pouquíssimas frases me incomodaram, mais uma revisão e estaria tudo perfeito. >> 8.
    A: Criogenia ainda não havia sido abordada aqui. Apesar do mundo lá fora não estar plenamente descrito, o maquinário da cena dos eventos está presente. Deu para imaginar de forma tranquila o que os rodeava. >> 9

    Nota Final: 8.

  51. Claudia Roberta Angst
    3 de julho de 2015

    Bom conto, embora eu tenha sentido uma confusão de tempos verbais. Ora, o narrador fala no presente, depois vai para o passado, o ponto de vista muda.
    A ideia das camas geladas me lembrou uma novelinha chata das sete, mas também teve um quê de Matrix.
    A frase final acabou me agradando por deixar um ar sem noção na trama.
    No geral, eu gostei do desenvolvimento da narrativa Prendeu minha atenção e isso sempre é um ponto positivo. Boa sorte!

  52. Lucas
    3 de julho de 2015

    Olá,
    Adorei o universo criado. A ideia foi boa e dá abertura a reflexão. O dilema do personagem no final é bastante forte, entrar na máquina e começar uma vida nova sem memórias seria o equivalente a morte.
    Gostei da piada com o “je suis” e “Jesus” hahahaha.
    Parabéns e boa sorte.

  53. Alan Machado de Almeida
    2 de julho de 2015

    Gosto de roteiros que levam algo sobrenatural ou religioso para um olhar cientifico. Curti bastante o final e o clima de realidade virtual que me lembrou Matrix. Nota 9.

  54. Fabio Baptista
    2 de julho de 2015

    Muito bom!

    Inevitável a comparação com Matrix, mas não encaro isso como um aspecto negativo, pelo contrário!

    Gostei bastante da abordagem e é uma pena que o limite de palavras não tenha permitido uma análise mais aprofundada de certos aspectos filosóficos que são arranhados no texto.

    A escrita é muito boa e faz a leitura acabar num piscar de olhos. Só faltou um
    pouco de emoção (não senti pelo destino da sra. Solimões, por exemplo), mas é o melhor que li até agora.

    NOTA: 8

  55. Ed Hartmann
    2 de julho de 2015

    Interessante.

    A qualidade do texto é boa, com fluidez e concisão de idéias, que se conectam relativamente bem.
    Não é totalmente original, porque me recorda a trilogia Matrix. Porém, olhando-se de uma perspectiva diferente, é uma reescrita que dá um sentido diferente. Neste caso, dá para “reiniciar” a ilusão.

    Gostei!

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Publicado às 1 de julho de 2015 por em Ficção Científica e marcado .