EntreContos

Detox Literário.

A Entrega (Claudia Roberta Angst)

love-passion

De repente, o querer torna-se vendaval
Desses que arrancam raízes e razões
O encontro acontece como deveria ser
Plena descoberta em oceano de emoções

Sem separar o que invade pele e alma
Limites são desfeitos em mensagens decifradas
Marcada com beijos e palavras
Seguro o fôlego e mergulho

Sem medos, sem reticências, sem meros acasos
Abençoado encontro que se revela tão próximo
Em trilha de luzes que se expandem como estrelas
A presença de um sol se desenha em mim

Palavras repetidas como mantras
Tão insistentes que se fazem permanentes
Ora iniciais em troncos despidos
Ora cicatrizes no corpo ainda quente

O tempo passa devagar como promessa
Pele sobre pele como sonhos mergulhados
O mundo busca calma entre beijos e abraços
Linhas e destinos que se cruzam em palmas

O desejo abriga mais uma história
Enredo a guiar atos e falhas
Personagens trocam de cena
Começa a trama sem fim

Já não sou a mesma
Parte de mim se foi
Clonada, em arte transformada
Entregue enfim.

19 comentários em “A Entrega (Claudia Roberta Angst)

  1. Brian Oliveira Lancaster
    9 de julho de 2015
    Avatar de Victor O. de Faria

    Não podia deixar passar o texto da “tia” Claudia. Poesia sempre trata de emoções, e aqui você acrescentou várias camadas interessantes, incluindo uma metalinguagem subjetiva. Não é tão “meloso”, nem tão drástico. Possui um efeito melancólico positivo, se é que isso existe. Gostei.

  2. Anorkinda Neide
    14 de maio de 2015
    Avatar de Anorkinda Neide

    o site pergunta:entao o que achou?
    eu achei q estragaram a sua divisão…eram quartetos nao eram? coloco num bloco de notas pra ler sem o espaçamento 2 q tem aqui e percebi.
    Leio melhor assim, poema com divisão…hehehe

    Achei tb que o poema começa lindo

    ‘De repente, o querer torna-se vendaval
    Desses que arrancam raízes e razões
    O encontro acontece como deveria ser
    Plena descoberta em oceano de emoções

    Sem separar o que invade pele e alma
    Limites são desfeitos em mensagens decifradas
    Marcada com beijos e palavras
    Seguro o fôlego e mergulho

    Sem medos, sem reticências, sem meros acasos
    Abençoado encontro que se revela tão próximo
    Em trilha de luzes que se expandem como estrelas
    A presença de um sol se desenha em mim

    Palavras repetidas como mantras
    Tão insistentes que se fazem permanentes
    Ora iniciais em troncos despidos
    Ora cicatrizes no corpo ainda quente

    O tempo passa devagar como promessa
    Pele sobre pele como sonhos mergulhados
    O mundo busca calma entre beijos e abraços
    Linhas e destinos que se cruzam em palmas’

    putz pegou o que tô vivendo…aí é cruel!! :p
    quereria apenas uma finalização ali e roubaria o poema pra mim!
    mas…


    O desejo abriga mais uma história
    Enredo a guiar atos e falhas
    Personagens trocam de cena
    Começa a trama sem fim

    Já não sou a mesma
    Parte de mim se foi
    Clonada, em arte transformada
    Entregue enfim.’

    pois é, faltou a virgula antes do enfim…mas enfim não é disso q eu ia falar…

    eu senti estas duas estrofes finais desconectadas das anteriores, até mesmo na construção. Eu acho até que elas poderiam ser um poema independente.

    desculpe que tô metida nos comentários de poesia, é q o assunto me empolga!

    Concordo com Falco q poderias mergulhar mais, que venham outros poemas de águas profundas 😉

    Abraço

    • EntreContos
      14 de maio de 2015
      Avatar de Gustavo Araujo

      Post atualizado.

    • Claudia Roberta Angst
      14 de maio de 2015
      Avatar de Claudia Roberta Angst

      Olá, Anorkinda Sim, eram quartetos que sofreram uma espécie de mutação…rs.
      Não percebi a mudança nas últimas duas estrofes, mas relendo com atenção, percebo uma certa quebra mesmo. Isso se deve à minha pressa, sempre ela.
      Adorei o seu comentário, continue a se meter assim lindamente, poeticamente, por favor. Tentarei me soltar para dar mergulhos mais profundos. Terei fòlego? Beijão.

      • Claudia Roberta Angst
        14 de maio de 2015
        Avatar de Claudia Roberta Angst

        Terei fôlego?

  3. mariasantino1
    11 de maio de 2015
    Avatar de mariasantino1

    Olá, Cláu!

    Suas palavras remeteram de imediato à criação literária. A imagem mostra casais reais, mas para mim, o que você descreveu foi a sensação de entrega, do sentir-se completo por meio da arte, porque evoca o que é idealizado, e nesse mundo onde podemos controlar, devido ao fato de ser algo criado por nós, a perfeição é alcançada, mesmo que só por nossa alma.
    Adorei!

  4. Ricardo Gnecco Falco
    8 de maio de 2015
    Avatar de Ricardo Gnecco Falco

    Oi, Claudinha!
    Parabéns pelo mergulho. 😀 .
    Gostei do poema, mas senti você muito “no rasinho” ainda, viu…? (rs!)
    Sei que este oceano aí é muito mais profundo do que você quis mostrar! 😛
    Pois, se “Limites são desfeitos em mensagens decifradas”, já pensou em limitar tais decifres? 😉
    Reticências, às vezes, geram ótimas marés! 🙂
    Mas, tá bom! (pra começar…) rs!
    Bjs,
    Paz e Bem!

    • Claudia Roberta Angst
      8 de maio de 2015
      Avatar de Claudia Roberta Angst

      Valeu pelo puxão de orelha, Ricardo. Acho que percebeu mesmo o que estava me incomodando aí – não me entreguei tanto assim, né? Talvez seja o medo de me afogar em águas muito profundas. Vou rever meus conceitos (hein, eu tenho isso?). Gratidão e paz. Beijos.

  5. Jefferson Lemos
    7 de maio de 2015
    Avatar de Jefferson Lemos

    Uau! E que poema, diga-se de passagem! Não podíamos esperar menos, claro!
    Parabéns, mostrando em versos a beleza que nos mostrava em prosa. 🙂

    • Claudia Roberta Angst
      8 de maio de 2015
      Avatar de Claudia Roberta Angst

      Obrigada pelas gentis palavras, Jeff. Não ficou bem do jeito que eu queria, mas também não ficou ruim. Medo de me afundar demais na poesia. 🙂

  6. Wender Lemes
    6 de maio de 2015
    Avatar de Wender Lemes

    Muito bom, Claudia! Um mergulho em um mar de visões, alusões, ilusões, reflexões..? Parabéns!

    • Claudia Roberta Angst
      7 de maio de 2015
      Avatar de Claudia Roberta Angst

      Valeu pela leitura e apreciação, Wender. Que bom que gostou do meu mergulho poético. 🙂

  7. Claudia Roberta Angst
    6 de maio de 2015
    Avatar de Claudia Roberta Angst

    Oi, Neusa! Tirei várias letrinhas, mas não sei se tirei de letra mesmo. Gostei da brincadeira e estou ainda no clima #somostodospoetas. Abraço.

  8. Fabio Baptista
    6 de maio de 2015
    Avatar de Fabio Baptista

    Acho que a imagem deixou um clima meio Sabrinesco… rsrs

    Mas as frases foram fluindo com aquela tradicional beleza nota 10 e acabei levado pelos versos até o final, com um sorriso no rosto.

    Colocaria uma vírgula depois do entregue, antes do enfim.

    Mas, enfim.

    Ótima poesia, Claudia!

    • Claudia Roberta Angst
      6 de maio de 2015
      Avatar de Claudia Roberta Angst

      Poxa, imagem sabrinesca? Isso me persegue mesmo!
      Sim, tinha vírgula depois do entregue, acho que fiquei com fome e comi.
      Que bom que gostou. Olha aí, consegui arrancar um “ótima” do FB! kkkk

  9. Jowilton Amaral da Costa
    6 de maio de 2015
    Avatar de Jowilton Amaral da Costa

    Muito bom. Poesia na veia, ótimas frases e rimas que parecem meticulosamente incidentais. A entrega completa, um mergulho de cabeça na paixão, a solda dos apaixonados que os transformam em um só. Visceral. Abraços.

    • Claudia Roberta Angst
      6 de maio de 2015
      Avatar de Claudia Roberta Angst

      Obrigada, Jowilton, pelo comentário gentil. Que bom que o mergulho de cabeça na paixão ficou bem claro. Adorei o “visceral”! Abraço.

  10. Neusa Maria Fontolan
    6 de maio de 2015
    Avatar de Neusa Maria Fontolan

    Muito bom. Falei que você tirava de letra.

    • Claudia Roberta Angst
      6 de maio de 2015
      Avatar de Claudia Roberta Angst

      Oi, Neusa! Tirei várias letrinhas, mas não sei se tirei de letra mesmo. Gostei da brincadeira e estou ainda no clima #somostodospoetas. Abraço.

Deixar mensagem para Neusa Maria Fontolan Cancelar resposta

Informação

Publicado às 6 de maio de 2015 por em Poesias e marcado .