De repente, o querer torna-se vendaval
Desses que arrancam raízes e razões
O encontro acontece como deveria ser
Plena descoberta em oceano de emoções
Sem separar o que invade pele e alma
Limites são desfeitos em mensagens decifradas
Marcada com beijos e palavras
Seguro o fôlego e mergulho
Sem medos, sem reticências, sem meros acasos
Abençoado encontro que se revela tão próximo
Em trilha de luzes que se expandem como estrelas
A presença de um sol se desenha em mim
Palavras repetidas como mantras
Tão insistentes que se fazem permanentes
Ora iniciais em troncos despidos
Ora cicatrizes no corpo ainda quente
O tempo passa devagar como promessa
Pele sobre pele como sonhos mergulhados
O mundo busca calma entre beijos e abraços
Linhas e destinos que se cruzam em palmas
O desejo abriga mais uma história
Enredo a guiar atos e falhas
Personagens trocam de cena
Começa a trama sem fim
Já não sou a mesma
Parte de mim se foi
Clonada, em arte transformada
Entregue enfim.
Não podia deixar passar o texto da “tia” Claudia. Poesia sempre trata de emoções, e aqui você acrescentou várias camadas interessantes, incluindo uma metalinguagem subjetiva. Não é tão “meloso”, nem tão drástico. Possui um efeito melancólico positivo, se é que isso existe. Gostei.
o site pergunta:entao o que achou?
eu achei q estragaram a sua divisão…eram quartetos nao eram? coloco num bloco de notas pra ler sem o espaçamento 2 q tem aqui e percebi.
Leio melhor assim, poema com divisão…hehehe
Achei tb que o poema começa lindo
‘De repente, o querer torna-se vendaval
Desses que arrancam raízes e razões
O encontro acontece como deveria ser
Plena descoberta em oceano de emoções
Sem separar o que invade pele e alma
Limites são desfeitos em mensagens decifradas
Marcada com beijos e palavras
Seguro o fôlego e mergulho
Sem medos, sem reticências, sem meros acasos
Abençoado encontro que se revela tão próximo
Em trilha de luzes que se expandem como estrelas
A presença de um sol se desenha em mim
Palavras repetidas como mantras
Tão insistentes que se fazem permanentes
Ora iniciais em troncos despidos
Ora cicatrizes no corpo ainda quente
O tempo passa devagar como promessa
Pele sobre pele como sonhos mergulhados
O mundo busca calma entre beijos e abraços
Linhas e destinos que se cruzam em palmas’
putz pegou o que tô vivendo…aí é cruel!! :p
quereria apenas uma finalização ali e roubaria o poema pra mim!
mas…
‘
O desejo abriga mais uma história
Enredo a guiar atos e falhas
Personagens trocam de cena
Começa a trama sem fim
Já não sou a mesma
Parte de mim se foi
Clonada, em arte transformada
Entregue enfim.’
pois é, faltou a virgula antes do enfim…mas enfim não é disso q eu ia falar…
eu senti estas duas estrofes finais desconectadas das anteriores, até mesmo na construção. Eu acho até que elas poderiam ser um poema independente.
desculpe que tô metida nos comentários de poesia, é q o assunto me empolga!
Concordo com Falco q poderias mergulhar mais, que venham outros poemas de águas profundas 😉
Abraço
Post atualizado.
Olá, Anorkinda Sim, eram quartetos que sofreram uma espécie de mutação…rs.
Não percebi a mudança nas últimas duas estrofes, mas relendo com atenção, percebo uma certa quebra mesmo. Isso se deve à minha pressa, sempre ela.
Adorei o seu comentário, continue a se meter assim lindamente, poeticamente, por favor. Tentarei me soltar para dar mergulhos mais profundos. Terei fòlego? Beijão.
Terei fôlego?
Olá, Cláu!
Suas palavras remeteram de imediato à criação literária. A imagem mostra casais reais, mas para mim, o que você descreveu foi a sensação de entrega, do sentir-se completo por meio da arte, porque evoca o que é idealizado, e nesse mundo onde podemos controlar, devido ao fato de ser algo criado por nós, a perfeição é alcançada, mesmo que só por nossa alma.
Adorei!
Oi, Claudinha!
Parabéns pelo mergulho. 😀 .
Gostei do poema, mas senti você muito “no rasinho” ainda, viu…? (rs!)
Sei que este oceano aí é muito mais profundo do que você quis mostrar! 😛
Pois, se “Limites são desfeitos em mensagens decifradas”, já pensou em limitar tais decifres? 😉
Reticências, às vezes, geram ótimas marés! 🙂
Mas, tá bom! (pra começar…) rs!
Bjs,
Paz e Bem!
Valeu pelo puxão de orelha, Ricardo. Acho que percebeu mesmo o que estava me incomodando aí – não me entreguei tanto assim, né? Talvez seja o medo de me afogar em águas muito profundas. Vou rever meus conceitos (hein, eu tenho isso?). Gratidão e paz. Beijos.
Uau! E que poema, diga-se de passagem! Não podíamos esperar menos, claro!
Parabéns, mostrando em versos a beleza que nos mostrava em prosa. 🙂
Obrigada pelas gentis palavras, Jeff. Não ficou bem do jeito que eu queria, mas também não ficou ruim. Medo de me afundar demais na poesia. 🙂
Muito bom, Claudia! Um mergulho em um mar de visões, alusões, ilusões, reflexões..? Parabéns!
Valeu pela leitura e apreciação, Wender. Que bom que gostou do meu mergulho poético. 🙂
Oi, Neusa! Tirei várias letrinhas, mas não sei se tirei de letra mesmo. Gostei da brincadeira e estou ainda no clima #somostodospoetas. Abraço.
Acho que a imagem deixou um clima meio Sabrinesco… rsrs
Mas as frases foram fluindo com aquela tradicional beleza nota 10 e acabei levado pelos versos até o final, com um sorriso no rosto.
Colocaria uma vírgula depois do entregue, antes do enfim.
Mas, enfim.
Ótima poesia, Claudia!
Poxa, imagem sabrinesca? Isso me persegue mesmo!
Sim, tinha vírgula depois do entregue, acho que fiquei com fome e comi.
Que bom que gostou. Olha aí, consegui arrancar um “ótima” do FB! kkkk
Muito bom. Poesia na veia, ótimas frases e rimas que parecem meticulosamente incidentais. A entrega completa, um mergulho de cabeça na paixão, a solda dos apaixonados que os transformam em um só. Visceral. Abraços.
Obrigada, Jowilton, pelo comentário gentil. Que bom que o mergulho de cabeça na paixão ficou bem claro. Adorei o “visceral”! Abraço.
Muito bom. Falei que você tirava de letra.
Oi, Neusa! Tirei várias letrinhas, mas não sei se tirei de letra mesmo. Gostei da brincadeira e estou ainda no clima #somostodospoetas. Abraço.