EntreContos

Detox Literário.

Autoavaliação de Lucian ou como os sete pecados mudaram minha (vida) morte (Tiago Volpato)

moebius

Acordo e por um segundo fico feliz em ter sobrevivido mais uma noite. Tudo muda quando encaro minha realidade. Pra que perco meu tempo e energia fazendo meu coração bater? Se não fosse um covarde mandava tudo as favas com um grande botão vermelho.

Cinco da tarde.

Encaro o professor orientador, sua fama é lendária. Sei o que me espera. Ainda assim busco a ilusão, flertando com o positivo.

Uma merda. Seu trabalho tá uma merda — ele tenta explicar os motivos, mas não consigo enxergar nada. A arte é ruim… graves problemas de perspectiva… uma coisa tão confusa que nem o Monty Python consegue explicar.

Certo, me de algo com que possa trabalhar, mas já estou fora da sala abalado com minha reprovação. Se esse fosse um curso de arte, entenderia.

São sete da tarde e me cerco de big macs.

Foda-se, porque me privar quando o mundo todo quer me ferrar? Se for pra alguém me destruir que seja EU. Nunca me pegarão vivo, diz o bandido genérico 63.

Finalmente te encontrei ouço meu amigo se aproximandoQuanto é que você tirou?

[respondo]

Putz — é tudo que ele tem a dizer. Então despejo minha ira.

Ele ri. — Algum dia vão fazer uma dessas coisas com ele, pode esperar.

Recuso a festa e sigo sozinho pela rua. Já não sei que horas são quando busco a zona de meretrício. Talvez o pecado da luxúria traga alguma paz.

Volto pra casa um pouco melhor. Amanhã é outro dia.

2. Vômito temporal

Não importa se ele está certo. Ele não pode agir assim.

Minha mão encosta delicadamente sobre o seio esquerdo. Com as pontas dos dedos belisco seu mamilo.

Você devia processar ele, ou algo do tipo. Fazer nada não adianta.

Cubro o outro com a boca, sugando forte. A mão desliza entre as pernas.

Para cacete, eu to com raiva demais pra isso.

Me inclino buscando sexo oral. Ela me bate.

Puta que pariu cara, qual o seu problema?

Meu problema é que se eu quisesse falar sobre isso tinha pago um terapeuta. Ou agora os terapeutas atendem em esquina?

Fica com o seu dinheiro, a gente precisa falar sobre isso.

Visto minha roupa irritado, tudo que preciso agora é discutir minha vida com uma puta.

Saio do quarto e ela me segue seminua.

O que você pensa que tá fazendo? Vou mandar meu cafetão atrás de você.

Preciso encontrar outro lugar, frequentar o mesmo ambiente por muito tempo nunca é boa ideia, as pessoas acabam emotivas.

Estou tentando uma nova terapia chamada os sete pecados. Cada dia da semana tenho que fazer um, e somente um, pecado. A verdade é que venho trapaciando e em três ou quatro dias busco sexo.

Falhar na terapia é o de menos, depois do meu pequeno colapso no ano passado acabei viciado em sexo. E isso não é tão bom quanto parece. Se contar metade das minhas perversões você não vai segurar o jantar.

Os outros dias reservo pra orgia gastronomica. Pornografia culinária. Viro um porco chafurdando em um prato de comida. Luxúria e gula são os únicos pecados que preciso.

Sim, eu sei o que você está pensando. Mas o que devo fazer? Abraçar o mundo cheio de possibilidades?

Engana-se.

As pessoas bem sucedidas não passam de farsantes, um grupo de mentirosos que masturbam o ego uns dos outros. Prefiro morrer nada do que entrar nesse mundo.

O segredo é manter a expectativa baixa, hoje tudo que quero é transar. Comer e transar. De preferência os dois juntos.

— Falei com você — estamos no meio da rua e a puta seminua carrega uma arma. Não deixo de rir.

— Fala sério.

— To falando sério. Eu te amo.

Dou uma risada indulgente.

— Putas não amam. Putas não tem coração.

Foi o meu erro. Minhas pernas sedem e estou no chão. Aos poucos a moleza toma conta de mim e o calor me invade. Eu não disse aquilo de forma negativa.

Ela me abraça em soluços pra mostrar que realmente me ama.

É isso que ganho por tentar burlar os sete pecados. Eles se juntam e vem me buscar na forma de uma maluca com peitos caídos.

Sinto a vida indo embora e aos poucos me sinto curado, não existe mais dúvidas. Quem diria que o segredo para não sentir nada é não sentir nada.

Tchau.

[2.1]

Não posso publicar isso — disse o editor preocupado, era um nível de loucura completamente novo — As pessoas não vão gostar.

Por que não?

Não estou dizendo que é ruim, só é um pouco sem sentido, entende?

O maluco balançou a cabeça em negativa.

O editor já não sabia mais o que fazer.

Realmente não posso publicar isso.

Porra! — ele bateu forte na mesa, o editor achou que aquele seria o momento da agressão — Preciso disso, preciso reconstruir minha vida.

Então os sete pecados não funcionaram? Funcionou? — tosse — O método não deu certo?

Acontece que os sete pecados não era um método de terapia autorizado, minha mente inventou tudo durante uma crise.

Desculpe — o editor falou depois de uma longa pausa — Não posso fazer nada.

Não precisa me pagar o valor total, pode ser a metade.

A questão não é essa. Esse texto não dialoga com a linha editorial da nossa revista. Sinto muito.

Demorou ainda uma hora até o maluco ir embora. O editor respirou aliviado. Entraria em contato com o departamento financeiro pedindo a segurança de volta. Eles que cortassem gastos em outro lugar.

É cada um que me aparece, pensou, mas esse método antes de esquecer completamente o maluco e seguir sua vida.

Duas semanas depois virou adepto dos sete pecados.

3.

Alguém me dá uma injeção e eu acordo.

Merda, eu estava tão feliz.

Mate-me por favor.

Tarde demais.

Estou salvo.

51 comentários em “Autoavaliação de Lucian ou como os sete pecados mudaram minha (vida) morte (Tiago Volpato)

  1. wilson baros
    23 de fevereiro de 2015

    Um conto muito rico, com vários cenários, e direito a poemas. Você escreve no estilo moderno, trágico, rebelde, de protesto, que faz parte de 99% do universo literário hoje. Portanto, está inserido no contexto, na escola atual. Na verdade, o diretor não mentiu: esses textos não dialogam com a linha editorial, como algumas porcarias importadas. O problema é que o editor não consegue entender que um conto não precisa de sentido, o que importa é a qualidade, que, no caso do conto, consiste em apresentar uma nova abordagem, um posicionamento diferente e fascinante, em faces de situações do cotidiano. Revisão: Trapaciar (Trapacear), Pernas Sedem (Pernas cedem).

  2. Jowilton Amaral da Costa
    23 de fevereiro de 2015

    Conto muito louco, fiquei sem entender algumas coisas, embora tenha gostado de outras. Se tivesse terminado antes de entrar na história do editor, talvez eu tivesse gostado mais. “Não estou dizendo que é ruim, só é um pouco sem sentido, entende?”. Boa sorte.

  3. Alexandre Leite
    22 de fevereiro de 2015

    Original e desenvolvido com capricho. Uma agradável leitura.

  4. Edivana
    22 de fevereiro de 2015

    De certa forma, a opinião final do editor me representa. Achei a história meio confusa, mas de uma forma que acabou não me conquistando. É provavelmente o ponto do conto, e ficou por isso mesmo. Gostei mais da parte da morte, pois a bagunça com o método tem suas consequências, e foi isso. Abraços.

  5. alexandre cthulhu
    20 de fevereiro de 2015

    “O segredo é manter a expectativa baixa, hoje tudo que quero é transar. Comer e transar. ” – Ora aqui está a explicação para muita coisa. Se mantivermos a expectativa baixa, raramente nos desiludimos.”Foder e comer” ( como se diz em Portugal) é o que queremos todos, so que uns admitem, outros nao!
    Bom conto. Usou e abusou dos diálogos, mas isso nao interferiu na narrativa. Muito bom
    PArabens

  6. Leonardo Jardim
    19 de fevereiro de 2015

    Prezado autor, optei por dividir minha avaliação nos seguintes critérios:

    ≋ Trama: (2/5) confusa, não entendi o ato 2.1. Ficou muita coisa em aberto: quem era o maluco? Era o narrador dos outros atos? O conto ficaria melhor sem esse ato, ou com um menos confuso.

    ✍ Técnica: (3/5) boa, sem muitos problemas e com algumas boas construções (“Quem diria que o segredo para não sentir nada é não sentir nada.”, profundo isso).

    ➵ Tema: (2/2) luxúria, gula, terapia dos sete pecados (✓).

    ☀ Criatividade: (2/3) interessante a terapia de sete pecados.

    ☯ Emoção/Impacto: (2/5) não gostei muito do conto, infelizmente 😦

    Além disso, encontrei os seguintes problemas:
    ● me de algo (dê)
    ● Prefiro morrer nada (como um?)
    ● Putas não tem coração (têm)
    ● não existe mais dúvidas (existem)
    ● os sete pecados não era um método (ficou estranha essa frase)

  7. Sidney Muniz
    18 de fevereiro de 2015

    Gostei.

    É um bom conto, a ideia é boa.

    A narrativa não é espetacular, mas agrada.

    Num geral eu gostei do conto, e dos vinte primeiros, assim como Refluxo, foi um que mais me agradou, um pouco abaixo, mas é bom.

    Trama (1-10)=7,5
    Técnica (1-10)=8,5
    Narrativa (1-10)=8,0
    Personagens (1-10)=10
    Inovação e ou forma de abordar o tema (1-5)=5
    Título (1-5)=3 – Não me chamou a atenção, o título.

    Parabéns e boa sorte!

  8. Swylmar Ferreira
    18 de fevereiro de 2015

    Trama é interessante, mas confusa. Não sei ainda – li duas vezes – se entendi a cronologia do conto, pensando agora achei confuso,Texto apresenta linguagem objetiva, Narrativa e diálogos na quantidade certa, a conclusão foi muito boa.

  9. Pedro Coelho
    17 de fevereiro de 2015

    Algumas partes, especialmente o final, são bem confusos, mas acredito que essa foi sua intenção. Um texto curto (1000 palavras) e com estilo um tanto ébrio, acaba confuso em demasia. Mas o conto ficou legal, gostei dos diálogos e da abordagem dos pecados. Os personagens, principalmente a puta, ficaram interessantes.

  10. Maurem Kayna (@mauremk)
    17 de fevereiro de 2015

    os equívocos que me incomodaram: trapaceando ao invés de trapaceando; sedem ao invés de cedem; existe mais dúvida ao invés de existem mais dúvidas; diálogo não soa muito realista; Um sujeito surtado pode render boa história, mas esse surto não fica muito claro. Há frases truncadas como a reflexão do editor pensando no tal método dos sete pecados que também é bom argumento, mas parece que a tentativa de mudar os focos narrativos deixou o resultado fragmentado.

  11. Carlos Henrique Fernandes Gomes
    15 de fevereiro de 2015

    Prezada pessoa desconhecida, pecar em mil palavras não é fácil. É pena que você não pecou tanto quanto desejei. Acredito que poderia ter se divertido mais nessas mil palavras. Se colocasse o pecado da preguiça junto, seriam meus três preferidos! Mas cada um peca como acha mais gostoso, certo? Gostei da inovação na formatação do texto, faltou acentuação em algumas palavras que me confundiriam se não fosse o contexto da frase, umas vírgulas e senti falta de uma pontuação mais adequada para dar intensidade (no caso, o ponto de exclamação) que me fez ler seus pecados sem tanta emoção assim. Se sua intenção foi causar isso neste leitor, então sua obra é prima. Agora vou cometer o pecado da gula; com sua licença…

  12. Bia Machado
    15 de fevereiro de 2015

    Gente, que doideira. Achei a ideia interessante, mas devo dizer que não morri de amores pela narrativa e nem pelas personagens. Achei a coisa bem passional, a começar pelo professor, xingando o trabalho, por mais que seja lendário, exigente, não faria isso, penso eu. Apenas li o conto, tentando gostar, por conta da narrativa incomum, mas infelizmente não deu. O recorte não foi suficiente para me cativar. Mas parabéns, inclusive por ter sido o primeiro.

  13. Lucas Almeida
    13 de fevereiro de 2015

    Fiquei confuso com seu texto. A narrativa começa até interessante, segui lendo e achei legal até o momento em que a prostituta assassina o protagonista. Depois disso bagunçou a história. Aquela cena após ele falar com um editor de revista foi fatal, para mim em particular, para o texto. Eu não entendi a função dela para o texto, principalmente com o desfecho da historia.
    Bom, Boa sorte 🙂

  14. Leandro B.
    12 de fevereiro de 2015

    Acho que o texto tomou um grande risco em se estruturar de maneira inovadora.
    Talvez pela limitação de palavras ele é muito direto (a história tem que ser contada rápida) e os cortes entre personagem/escritor e ? não funcionaram muito bem comigo.

    A idéia dos sete pecados é interessante (ACHO que tem uma comédia com uma proposta parecida), mas, de novo, é muito difícil conseguir abordar uma temática assim com apenas mil palavras. No fim não ligamos para o que está acontecendo com o personagem. Para ser honesto, tive um problema muito similar com meu conto.

    Gostei da ousadia da narrativa, contudo.

  15. Thales Soares
    12 de fevereiro de 2015

    Mas… err… o quê?!

    Não tenho certeza se entendi o que o autor quis me transmitir aqui. Fiquei totalmente confuso e deslocado. O que eu entendi é que o autor ou autora quis fazer algo bem… err, digamos… “bizarro”! E, nesse quesito, a história foi um sucesso. Admirei o fato do escritor ter saído de sua zona de conforto e tentado se arriscar aqui, com algo que visa surpreender o leitor. Entretanto, achei que a história deu várias escorregadas… não tecnicamente falando… mas no sentido de, sei lá, ter um sentido. Não entendi o sentido da história, pois a narrativa segue por uma linha bastante abstrata e hora ou outra abandona o leitor. Mas vários pontos me agradaram, pois demostraram bastante criatividade. Gostei das mudanças na fonte, da nomenclatura dos capítulos e da proposta do texto. Não gostei muito da execução em alguns momentos, e da história um pouco estranha.

  16. Rodrigo Forte
    11 de fevereiro de 2015

    Confesso que não consegui entender muito bem tudo que o conto tentou retratar. O pecado ficou claro, mas no fim, a confusão foi maior do que tudo.

  17. Rodrigues
    10 de fevereiro de 2015

    eu não entendi muito bem o conto, principalmente a ligacao do começo com o restante. pode ter sido um artifício do autor, algo utilizado propositalmente numa tentativa de ampliar a sensação de loucura do conto (?). tem boas frases aí, reflexões interessantes, mas ao final me deu uma impressão de que o próprio autor não se encontrou no conto, não conseguiu expressar a ideia – mesmo que bem interessante – com a devida precisão.

  18. Gustavo Araujo
    9 de fevereiro de 2015

    Confesso que eu estava torcendo o nariz para os erros gramaticais e para o nonsense que permeia os 2/3 iniciais. O que me salvou — e por isso parabenizo o autor — foi esse final metalinguístico. Me senti como o próprio editor conversando com o autor do texto e recebendo dele as justificativas. Não pude evitar um riso. Ótima sacada. Parabéns.

  19. Gilson Raimundo
    8 de fevereiro de 2015

    A parte que me prendeu foi a relação da personagem com a puta, foi muito boa aquela construção, acho que poderia ser mais explorada, no mais caiu num lugar comum.

  20. Cácia Leal
    7 de fevereiro de 2015

    A método como o conto está desenvolvido não me agradou, ne o desenvolvimento. Achei que a linearidade não funcionou muito bem. Concordo com o editor do conto: “Não estou dizendo que é ruim, só é um pouco sem sentido, entende?”. Merecia ser trabalhado um pouco mais.

  21. Anorkinda Neide
    6 de fevereiro de 2015

    Gostei do conto meio maluco, com o personagem bem cativante, bem gente mesmo..hahuiha
    O lance dos sete pecados passou de raspão pela historia, poderia ter ao menos um parágrafo explicando como q era esse lance…nao fez muito sentido o editor virar adepto, pq nao entendi pra q serviria esse metodo.
    Parabens pela historia
    Abração

  22. Luis F. T.
    6 de fevereiro de 2015

    Infelizmente acredito que não consegui compreender o texto, mesmo lendo uma segunda vez. Também não sei se foi erro de formatação, mas não entendi o porquê do destaque de certos trechos ou palavras.

    A trecho “2. Vômito temporal” eu achei excelente, e a frase “Quem diria que o segredo para não sentir nada é não sentir nada”, espetacular. Mas realmente não consegui entender como os trechos posteriores se ligavam com essa parte. Todo o ocorrido antes do “[2.1]” era na verdade uma história a ser publicada? E como o “3.” se conecta com o resto?

  23. Luan do Nascimento Corrêa
    6 de fevereiro de 2015

    A estética dá a impressão de que foi tudo um sonho louco. Acredito que o resultado desejado foi alcançado, gostei bastante! Algumas vírgulas faltando, crase, mas essas coisas às vezes acabam passando, certamente o conto está bem escrito.

  24. Pedro Luna
    6 de fevereiro de 2015

    Serei sincero. Não gostei e achei confuso. O texto apresenta algo, depois muda tudo na cena da conversa com o editor, e no fim pega outro caminho que sinceramente, não entendi. Acho que a ideia poderia ter sido melhor executada. Abraços.

  25. Brian Oliveira Lancaster
    5 de fevereiro de 2015

    Meu sistema: EGUA.

    Essência: Com uma abordagem direta e indireta, levemente superficial e de forma bem criativa, estão aí. Nota – 8,00.

    Gosto: Não curto este estilo direto, mas dou o braço a torcer pela estética visual, pois nem sempre o enredo combina com métodos criativos. Nota – 8,00.

    Unidade: Pelo que notei, não existem erros de ortografia. A gramatica flui bem, apenas no final da parte 2.1 me perdi em uma frase sem vírgula. Nota -9,00.

    Adequação: Creio que se encaixe bem no tema proposto, apesar de focar mais nos tipos conhecidos. Nota – 9,00.

    Média: 8,5.

  26. Alan Machado de Almeida
    4 de fevereiro de 2015

    Não sei se é “literário”, mas gostei do seu conto ser feito por muitas linhas e poucos parágrafos. Só não gostei que no início há algumas formatações de letra horrorosas. Há uma que é tão pequena que desisti de ler. Meu astigmatismo agradece se você rever isso.

  27. rsollberg
    4 de fevereiro de 2015

    Sei que é clichê dizer isso, mas gostei e não gostei.

    Em algumas partes fui levado pela narrativa, noutras fiquei meio perdido na loucura (olha que eu adoro uma insanidade).

    Não pesquei muito a estrutura, certamente tem algo por trás. Por isso, peço perdão pela minha falta de sagacidade.

    Gostei muito de algumas construções, em especial esta: “As pessoas bem sucedidas não passam de farsantes, um grupo de mentirosos que masturbam o ego uns dos outros. Prefiro morrer nada do que entrar nesse mundo.”

    Na ortografia só reparei uma “trapaciando”.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

  28. Ricardo Gnecco Falco
    4 de fevereiro de 2015

    Doido. Mas gostoso de ler. Inovador na forma de narrar, meio que uma mistura de Hilda Hilst com o Sérgio Ferrari.
    Gostei!
    Boa sorte! 😉

  29. Leonardo Stockler
    4 de fevereiro de 2015

    Fiquei entusiasmado com o estilo frenético e descompromissado, com os artifícios gráficos, com a linguagem coloquial, mas alguma coisa aí me diz que tudo terminou meio rápido demais, sem dar tempo de sentir o gosto da coisa. Eu sei que 1000 palavras é bem limitado, mas talvez fosse o caso de adequar a história a isso. Há um erro aqui e outro ali, e fora um “meus joelhos sedem” que deveria ser “cedem”, não há nada muito digno de nota. Também gostei do tom desapegado e esdrúxulo do narrador, da maneira com que ele assumiu os dois pecados, mas repito: é tudo tão rápido que não consigo nem emitir um veredicto. Por que o virtuosismo gráfico ficou só na primeira parte?

  30. rubemcabral
    3 de fevereiro de 2015

    Não gostei. Se, por um lado, apreciei as pirações e o uso criativo da formatação, feito o “vermelho” em vermelho, não achei que o texto tenha muita “liga”. A coisa toda está muito dispersa e o desafio de colocar vários pecados num conto curto pode ter sido grande demais. Não visualizei os personagens, ambientes, não criei empatia, enfim, penso que o texto ficou devendo…

    Ah, sim, faltou também um tanto de revisão.

  31. Amadeu Paes
    2 de fevereiro de 2015

    Bom, até que está bem escrito; porém não entendi muito bem o final.

    Alguém revoltado que recebeu um tratamento e ficou, digamos, conformado? Estilo Laranja Mecânica?

    Acho que precisaria trabalhar um pouquinho mais pra evidenciar o conflito, mas mantenha esta escrita limpa (embora exita uns errinhos gramaticais e de concordância, nada que uma boa revisão não resolva).

    Siga em frente, parabéns.

  32. Pétrya Bischoff
    2 de fevereiro de 2015

    Bóóó! Essas confusões mentais que me agradam ❤ A escrita é simples mas eu adorei a narrativa! E, que baita ideia, ser adepta dos pecados 😉 Há várias frases legais aqui, como: "Quem diria que o segredo para não sentir nada é não sentir nada." e " Se contar metade das minhas perversões você não vai segurar o jantar." Adorei o estilo. Parabéns e boa sorte.

  33. Tom Lima
    31 de janeiro de 2015

    Esse estilo caótico é… um estilo. Não posso dizer que me agrada. Não posso dizer que entendi o que você quis dizer ou que entendi algo do conto. Não compreendo como a terceira parte se encaixa no resto do texto.

    Se o objetivo era esse caos, esse não entendimento, parabéns. Mas se era outro…

    Não consigo gostar desse tipo de texto obscuro que parece buscar obscuridade, dificuldade de compreenção.

  34. Virginia Ossovski
    31 de janeiro de 2015

    Não sei bem o que dizer, no geral achei um pouco confuso. Tem pontos positivos, gostei da formatação um pouco diferente, acho que a intenção era transmitir emoções. Gostei da conversa com o editor, mas o final ficou meio sem sentido para mim. Boa sorte no desafio!

  35. Sonia Rodrigues
    28 de janeiro de 2015

    Pelo que entendi, é um drogado delirando em crise. Começa em crise e termina em crise. A estrutura do conto, sem ter 1, mas tendo 2. 2.1 e 3 falam a favor de delírio, uma estrutura de pensamento pinçada entre a totalidade. Não vi problema, não vi trama, não percebi nenhuma história aí. Uma mesmice. Um drogado padrão, que busca a droga para sentir bem estar (eu estava tão feliz), sem droga fica mal ( mate-me, por favor) e recusa tratamento (tarde demais, estou salvo) Donde concluo que não aconteceu nada e que no dia seguinte a nulidade (= o drogado) vai continuar poluindo o mundo por ter “sobrevivido mais uma noite”. Achando que seus delírios são a quinta maravilha do mundo etc… O que esse conto traz de novo? Não encontrei nada relevante nele.

    Muitos erros de português. EX:
    Luxúria e gula são os únicos pecados que preciso.
    Luxúria e gula são os únicos pecados dos quais preciso.
    É cada um que me aparece, pensou, mas esse método antes de esquecer completamente o maluco e seguir sua vida. / mas ??? as duas frases não faze m oposição, porque uma adversativa aqui? Qerá que quis dizer mais ?
    Minhas pernas sedem. /correto: Minhas pernas cedem

    …”disse o editor preocupado, era um nível de loucura completamente novo”
    acho que falta um conector aqui – pois, porque, visto que, antes de “era uma nível de loucura completamente novo, senão a frase fica meio voadora, sem sentido.

    — Porra! — ele bateu forte na mesa, o editor achou que aquele seria o momento da agressão — Preciso disso, preciso reconstruir minha vida. (o editor bateu forte na mesa, achando que aquele seria o momento da agressão. – /do jeito que está, dá a impressão de que quem bateu na mesa foi outro que não o editor)
    — Então os sete pecados não funcionaram? Funcionou? — tosse (não seria tossiu? Manter o verbo no passado? Ou ouviu-se sua tosse. ) — O método não deu certo?

    — Falei com você — estamos no meio da rua e a puta seminua carrega uma arma. /
    Arma? Não convenceu. Essas pessoas não costumam estar armadas.

  36. Thata Pereira
    28 de janeiro de 2015

    Não sei se foi intenção do autor, mas a formatação me incomodou um pouco no começo.

    Quando chegou na segunda parte do conto, fiquei meio confusa, não sabia se a primeira parte era narrada pela garota ou pelo rapaz. Acontece que ele recebe a nota baixa no trabalho, mas ela que está muito nervosa. Nervosa por ele não amá-la?

    Na terceira parte vemos ele desejando publicar a história. Sua história? Parece que sim, mas alguns leitores podem encarar que não. Colocar esse tipo de dúvida é algo interessante, mas o final não me agradou.

    Acho que faltou explorar melhor as situações e desenvolver melhor o tema dos pecados. Esse lance de cometer um por dia é interessante e daria até para focar apenas em um, mas não vi o tema sendo bem desenvolvido.

    Boa sorte!

  37. Willians Marc
    26 de janeiro de 2015

    Olá, autor(a). Nesse desafio continuarei usando o mesmo modelo de comentários que usei no desafio anterior (Criaturas Fantásticas), segue abaixo os meus critérios:

    Trama: Qualidade da narrativa em si.
    Ortografia/Revisão: Erros de português, falhas de digitação, etc.
    Técnica: Habilidade de escrita do autor(a), ou seja, capacidade de fazer bons diálogos, descrições, cenários, etc.
    Impacto: Efeito surpresa ao fim do texto.
    Inovação: Capacidade de sair do clichê e fazer algo novo.

    A Nota Geral será atribuída através da média dessas cinco notas.

    Segue abaixo as notas para o conto exposto:
    Trama: 7
    Ortografia/Revisão: 7
    Técnica: 7
    Impacto: 5
    Inovação: 6

    Minha opinião: Primeiro conto do desafio e acredito que o autor foi um pouco apressado, não sei se foi intencional, mas existem vários tamanhos diferentes de fonte e um numero 63 que não fez sentido pra mim. Por causa do curto limite de palavra que temos, acredito que a maioria dos contos do desafio ficará corrido, assim como esse, e a abordagem dos sete pecados em um único texto será uma faca de dois cumes: abordará amplamente o tema proposto, porém deixará os textos menos profundos. Em suma, a ideia foi interessante, mas com esse limite de palavras não é possível desenvolve-la de forma eficaz.

    Boa sorte no desafio.

  38. Lucas Rezende
    26 de janeiro de 2015

    Olá, autor(a).
    Está meio confuso, não consegui distinguir perfeitamente quem fala em que hora. As mudanças de fonte também me deixaram confuso. Faltou revisão.
    A história também é confusa, apesar de ter potencial. Se desse mais foco na desilusão do personagem, ou na sua relação com a prostituta creio que teríamos um bom conto. Mais um pouco de luxúria para o desafio.
    Apesar da loucura e da confusão, gostei do conto.
    Boa sorte!!!
    May the force be with us…

  39. Claudia Roberta Angst
    26 de janeiro de 2015

    O autor usou e abusou dos recursos visuais, gráficos, etc, para dar vida ao seu texto. Não sei se contribuiu para uma boa leitura ou se apenas poluiu a tela.
    Achei a ideia do conto interessante, mas me perdi um pouco no final. Sei que abordou os sete pecados através da tal terapia. O tema do desafio foi abordado, portanto.
    “Cada dia da semana tenho que fazer um, e somente um, pecado. A verdade é que venho trapaciando.” Fazer pecado? Ficaria melhor “cometer um pecado”. E o verbo é trapacear, logo trapaceando.
    Boa sorte!

  40. Marcellus
    25 de janeiro de 2015

    Concordo com o editor: achei meio confuso. E tem os errinhos… “sedem”?

    Boa sorte.

  41. Gustavo Aquino dos Reis
    25 de janeiro de 2015

    Conto muito bom. Difícil de digerir devido as sacadas psicológicas, mas muito inventivo. Monty Python, pornografia culinária, na boa, me ganhou na hora!

  42. Andre Luiz
    25 de janeiro de 2015

    Como sendo o primeiro a comentar, sinto-me na obrigação de causar uma avaliação mais verossímil possível. Neste caso, irei avaliar tanto a escrita quanto o grau de imersão que senti ao ler. Vamos à avaliação!

    A) O texto é muito interessante quando comparado a outros no quesito ambientação e imersão na trama. Os fragmentos em primeira pessoa ajudam neste ponto. Há também construções muito bem boladas, como “(…)ou agora terapeutas atendem em esquinas?” e “luxúria e gula são os únicos pecados que preciso”. Além disso, gostei da inovação na terapia dos 7 pecados e na tentativa frustrada de executá-la pelo protagonista, o que causou um anticlímax interessantíssimo.

    B)Os poréns, no entanto, saltaram-me aos olhos. Primeiramente, sugiro corrigir As respectivas partes:
    *as favas – às favas
    *Certo, me(?) – o que você queria dizer com esta construção? Deixar mais claro.
    *porque me privar(…) – O correto seria por que
    *eles se juntam e vem me buscar – Seria vêm
    * Monty Pyton – (Desculpas…)eu não entendi a referência, até porque não conheço a figura.
    Além do mais, acredito que, no quesito coerência, coesão e fluidez, a disposição dos parágrafos dificulta o entendimento à medida que as quebras são muito bruscas. Então, uma mudança para tornar esta mudança mais tênue seria bem vinda.

    Boa sorte no concurso!

  43. Fabio Baptista
    24 de janeiro de 2015

    O texto me trouxe diversas referências à cabeça, mais pelo clima insano que pela escrita: o rei de amarelo, Neil Gaiman, o último conto off do Rafael Sollberg…

    A premissa da terapia dos sete pecados é ótima, mas o resultado, no entanto, acabou ficando muito superficial, apenas arranhando a luxúria.

    Notei alguns acentos e crases faltando e um “sedem” que destoou da escrita que, no geral, agradou e conseguiu manter o ritmo.

    Veredito: boa leitura, mas não me agradou em cheio.

  44. JC Lemos
    23 de janeiro de 2015

    Sobre a técnica.
    Diferente. Bem crua, dando ênfase à condição do personagem em questão. Em alguns trechos pareceu pouco madura, já em outros teve uma pegada bem legal. Acho que esse tipo de narrativa casa muito bem  o  tema do certame.
    Sobre o enredo.
    Estava gostando bastante, até chegar a parte do editor. Para mim, foi um balde de água fria. Se tivesse mantido o ritmo do início,  o conto teria tido outra cara. Mais visceral, mais real.
    Se não fosse por essa quebra, eu teria gostado, mas ao final foi apenas mediano.

    Parabéns e boa sorte!

  45. Ana Paula Lemes de Souza
    23 de janeiro de 2015

    Olá, autor. Acredito que já comentei por aqui que as narrativas doidas demais não são as minhas favoritas, ok?
    Sua narrativa é bastante doida e creio que as ideias pipocam de sua mente, mas a mistura não funcionou muito comigo nesse conto. Não me leve a mal, mas é gosto pessoal.
    Contudo, gostei da sua linguagem atual, cheia de perversões e críticas
    Um erro: “Minhas pernas sedem” = Minhas pernas cedem. Pelo contexto, é no sentido de curvar-se ao peso, sujeitar-se, transigir, então a grafia correta é com “c”.
    Abraço e boa sorte!

  46. Eduardo Selga
    23 de janeiro de 2015

    Esse conto merece um desenvolvimento maior, para além das 1000 palavras, porque ele possui alguma características peculiares que demandam espaço para crescerem.

    A organização espacial do texto é um elemento que chama muito a atenção, e coloca em pauta a seguinte questão: até que ponto a quebra da disposição canônica do texto é importante para o desenrolar da trama? Isso me lembra a injusta acusação que os poetas concretistas brasileiros sofreram de parte da crítica, as obras sendo equiparada a meros desenhos, esquecendo que havia uma ligação direta entre forma e conteúdo.

    Pergunto: é esse o caso, ou seja, nesse conto as formas escolhidas fazem parte de determinada informação a ser transmitida, ou não passa da obsessão contemporânea de ser “diferenciado”?

    A palavra “eu” maiúscula e em negrito, a palavra “vermelho” digitada na cor significada e “respondo” em tamanho mínimo para indicar que a resposta foi em tom baixo e/ou constrangida, são alguns exemplos de manipulação que assumem um significado bem evidente. Contudo, “bandido genérico 63”, com o número gigantesco, pareceu-me, até onde consegui entender, sem função.

    Além disso, há outro aspecto que toca no anterior, mas não essencialmente: a expressão, em negrito, “sete da tarde”. É evidente que não se trata de erro, no sentido de que o(a) autor(a) sabe que no mundo real empírico seria “sete da noite”. Por que essa escolha? Ao menos para mim ficou nebuloso. “Tarde” porque seria tarde demais para o personagem em questão? Talvez, mas não vejo elementos sólidos o bastante para afirmar que esse seria o motivo.

    O “capítulo” chamado “vômito temporal” apresenta uma situação curiosa e complicadora: após o diálogo com a prostituta, que por estar apaixonada se comporta como se fora sua esposa (e é bom lembrar que ela é um tipo muito comum na literatura), o conto segue com o narrador-personagem se dirigindo a alguém, mas identificá-lo não é tarefa simples. Quando se diz “E isso não é tão bom quanto parece. Se contar metade das minhas perversões você não vai segurar o jantar”, pergunta-se: quem é o VOCÊ? É a prostituta? Pode ser, dado que o evento surge logo após o diálogo explícito entre eles, mas a inserção desse trecho na condição de narrador e não de personagem complica a identificação. Acredito que seja a meretriz, principalmente porque logo após ela retoma a fala (e isso está identificado com travessão).

    Em “2.1” há um narrador externo que nos mostra o diálogo entre o “maluco” e seu “editor”. Pergunta-se: o “maluco” é o mesmo narrador do conto até chegar nessa parte? Ou seja, até “2.1” o narrador narra sua ficção baseada nos pecados capitais e depois apresenta o projeto de livro ao editor? Acredito que sim, mas há um fator que contribui muito para tanta névoa: os parágrafos excessivamente curtos. É preciso contar, entrar em detalhes, descrever, caso contrário corre-se o risco de uma boa estória, como é o caso, se perder por falta de palavras.

    Mas eu também acredito que esse “telegrafismo” tenha sido proposital, uma questão de estilo. Ok, mas a prostituta clama por palavras, bem como toda a trama.

    Algumas questões gramaticais: em “mandava tudo as favas” faltou a CRASE; em “porque me privar quando o mundo todo quer me ferrar?”o correto é POR QUE; a seguinte frase me parece desprovida de sentido: “[…] pensou, mas esse método antes de esquecer completamente o maluco e seguir sua vida.”

  47. Miguel Bernardi
    23 de janeiro de 2015

    Unknown… seu texto é muito bom. A técnica é um pouco confusa, assim como a narrativa, mas este é o intuito, não é? Parabéns pela obra, eu gostei. A história me cativou de certa forma, deu pra entender o loucura no protagonista.
    Encontrei alguns errinhos.

    A verdade é que venho trapaciando e em três ou quatro dias busco sexo. (faltou uma vírgula. TrapacEando)

    Grande abraço e boa sorte no desafio.

  48. M. Gomes A.
    23 de janeiro de 2015

    A estética é a parte mais interessante do texto, como a historia se encaixa e se explica é envolvente em certos pontos, mas poderia ter revisado um pouquinho mais nesse quesito, o que teria feito a historia um pouco menos confusa.
    Tchau e boa sorte 🙂

  49. mariasantino1
    23 de janeiro de 2015

    Olá, tudo bem?

    Legal passar por essa experiencia mais uma vez de comentários ocultos. Ok, vamo lá.

    Gostei da narrativa coloquial, do lance de usar o sexo e a gula para descontrair, desestressar e acho que as parte mais palpável foi a passagem da prostituta com o rapaz, o diálogo entre eles e ambos na rua. Vai ser difícil pra mim me contentar com o número de palavras, porque acabo querendo mais. 🙂
    Enfim, apreciei somente a parte de desesperança na vida do rapaz, que esse diálogo entre o editor e consequentemente o final.

    Alguns probleminhas que catei — trapaciando (TRAPACEANDO), gastronomica (GASTRONÔMICA), existe (EXISTEM) mais duvidas…me de (DÊ)… porque (POR QUE) me privar…às favas (com crase). Acredito que exista alguns deslizes quanto ao uso das vírgulas no vocativo e oposição de sentenças. — mate-me (,) por favor…Para(,) cacete, … Prefiro morrer nada(,) do que entrar nesse mundo… mas não tenho certeza, porque eu erro muito o uso das virgulas também.

    Boa sorte no desafio. Queria ter gostado mais. Abraço!

  50. Gustavo de Andrade
    23 de janeiro de 2015

    Bom dia, desconhecido!

    O texto começa bem brilhante, frenético. Traz uma certa urgência/angústia bem legais, com umas leituras bacanas (mesmo que meio doentias, às vezes compartilho) da realidade e do que significa “ser alguém”.
    No entanto, ele caminha por linhas meio tortas a um fim incerto, sem a resolução com a qual começa. Toda a inventividade da primeira parte (ou seja, até o diálogo com a puta) pareceu meio esquecida, algo explicitado por um parágrafo do Vômito Temporal:

    “Falhar na terapia é o de menos, depois do meu pequeno colapso no ano passado acabei viciado em sexo. E isso não é tão bom quanto parece. Se contar metade das minhas perversões você não vai segurar o jantar.” — esse despejo de informação quebrou um pouco o texto. Acho que dava pra diluir ele durante o resto, sem precisar ter um parágrafo só pra explicar isso.

    Coisas gramaticais:
    “sedem” — o correto é “cedem”
    “trapaciando” — o correto é “trapaceando”

    “É cada um que me aparece, pensou, mas esse método antes de esquecer completamente o maluco e seguir sua vida.

    Duas semanas depois virou adepto dos sete pecados.” — achei súbito demais, com se a tal terapia possuísse um valor intrínseco alto de auto-melhoramento ou, ao menos, satisfação plena que não parece ser factual.

    É isso que tenho a dizer! Início brilhante que faz com que o texto tenha seu valor, mas caminha a um desfecho inorgânico, sem muito sentido. Coisa de maluco rs

  51. Alan Machado de Almeida
    22 de janeiro de 2015

    Gostei do personagem auto-destrutivo e do final.

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Publicado às 22 de janeiro de 2015 por em Pecados e marcado .