Dante largou o livro que estava lendo, algo escrito por Dickens, e consultou o relógio de pulso. Se quisesse mesmo ir, era preciso sair agora. Sentado no sofá da sala de seu apartamento, com os pés em cima da mesinha, ele suspirava cada vez que pensava nos prós e contras de ir para aquela reunião.
‘’ Que tipo de gente frequenta esse negócio?’’
Levantou com dificuldade, tentando não deixar muito peso sobre a perna direita.
‘’ Droga de perna’’
Mancou até a janela e viu a noite de São Paulo. As luzes piscando e o barulho dos carros lá embaixo sugaram dele qualquer traço de vontade de sair de casa. Dante praguejou e decidiu que não iria. No fim das contas, a reunião não devia passar de uma brincadeira idiota. Mancou de volta para o sofá, mas antes de sentar novamente, ouviu aquele barulho familiar que sempre lhe arrepiava os pelos, mesmo após tanto tempo.
Crec… Crec…
Era como o som de ossos sendo quebrados e mastigados. A coisa havia voltado.
‘’ Dane-se, preciso ir.’’
Apressadamente (como se fosse possível), ele pegou a carteira em cima da televisão e foi em direção a porta, quando viu o fantasma parado, escorado na porta da cozinha. A coisa fitava Dante com interesse e tranquilidade, com os seus olhos completamente negros, e como sempre fazia, mordia o dedo indicador da mão direita, destroçando-o. Mas o dedo nunca caia, sempre se regenerava depois.
– Vai demorar? – perguntou o fantasma. – Eu acabei de chegar.
Dante o ignorou e saiu. Enquanto descia as escadas com dificuldade, pensou em como aquela vida era solitária. Não a do fantasma, e sim a sua.
A reunião dos assombrados anônimos, como estava escrito no panfleto, acontecia nos fundos de uma casa no Sumaré. Ao tocar a campainha, você se identificava por um interfone e a porta era destrancada. Então, bastava seguir por um corredor paralelo a casa e chegar direto no quintal. Um espaço apertado, com um tanque de água nos fundos e algumas cadeiras formando um círculo.
Quando Dante chegou, só havia uma cadeira sobrando. As quatro pessoas ali o encararam e nesse momento, ele desejou não ter saído de casa. Com exceção de um homem que usava uma espécie de terno barato, os outros pareciam completos malucos. Cabelos despenteados, olheiras profundas e escuras, pernas inquietas. Estranhos demais.
Foi o homem de terno que quebrou o gelo do momento e o convidou para sentar. Os outros acompanharam tudo em silêncio, parecendo desconfortáveis.
– Dante, não é? – perguntou o homem de terno, de forma amistosa. – Posso perguntar como chegou até nós?
– Eu li um panfleto pregado em um poste. Lá no centro.
O sujeito assentiu com a cabeça, parecendo satisfeito.
– Meu nome é Mathias, eu sou o orador desse grupo. Como pode ver, somos poucos, e esse o primeiro grupo desse tipo na cidade. Mas é um trabalho sério.
Um dos outros homens, um gordinho que usava um grosso bigode, resmungou. Mathias o ignorou.
– Aqui nós falamos e escutamos. E assim tentamos entender porque isso acontece com pessoas como nós – continuou o orador. – E você não é o único membro novo essa noite – ele apontou para outro homem, um sujeito muito branco e magro, com as maiores olheiras que Dante já havia visto. – Evaldo também é novato.
O homem, Evaldo, deu de ombros e olhou para o chão. As pernas balançando. Dante achou que ele devia ter muitos problemas. Na verdade, todos ali pareciam completamente problemáticos. Além de Mathias, de Evaldo e do Gordinho, havia um sujeito cabeludo e bastante inquieto. Dante pensou se ele próprio também não estaria parecendo com aqueles caras, um maluco, com uma perna podre. Afinal, espelho de casa só reflete o que a gente quer ver.
Mathias puxou uma oração e Dante se viu obrigado a fechar os olhos e rezar quando todos os outros assim fizeram. Em seguida, o orador falou um pouco sobre o propósito do grupo e perguntou quem queria começar. O sujeito cabeludo levantou a mão de imediato.
– E então, Robson, o fantasma da sua falecida esposa ainda o perturba? – lançou Mathias.
– Ah, sim – respondeu Robson, o cabeludo. – Ela ainda perambula lá pela minha casa. Passa o dia na cozinha, mexendo nas panelas, e deixa minha nova namorada maluca com os barulho. Sabe como é, não é? Só eu posso ver ela.
Todos os outros concordaram com as cabeças. Todos sabiam o drama de enxergarem fantasmas quando ninguém mais podia vê-los.
– E quando eu faço sexo com minha garota – continuou Robson, fitando as mãos. – Ela fica no canto do quarto, observando tudo em silêncio.
– Ela ainda não disse o que quer? – questionou o orador.
Robson respondeu rapidamente, cerrando os dedos: – Não – foi sua resposta.
Um silêncio desconfortável caiu sobre o grupo e Dante sentiu a perna latejar. Era estranho ouvir um relato como aquele, e ao mesmo tempo era confortante, pois durante um certo tempo ele achava que só ele convivia com um fantasma. Mas, quem poderia garantir que Robson não estava mentindo? Que era apenas um lunático? E quem poderia garantir que o que Dante via em seu apartamento não era apenas uma alucinação? A perna latejava sempre que ele pensava nessa possibilidade.
– Hoje eu vi a garotinha novamente – foi o gordinho de bigode que quebrou o silêncio. – Ela estava sentada no capô do meu carro, cantando.
– Rocha, você que já atuou como um caça-fantasmas, conseguiu se comunicar com ela? – questionou Mathias.
Caça-fantasmas? Aquilo divertiu Dante. Como assim?
Rocha, o gordinho, se endireitou na cadeira e coçou o pescoço. Ele suava muito.
– Na minha profissão, somos pagos para livrar cômodos e pessoas de fantasmas. Algumas vezes, encontramos um tipo de fantasma que chamamos de ‘’ Chiclete’’. Durante o processo de livramento, eles se despregam dos locais e pessoas que assombram e grudam no caçador. Para isso não acontecer, tomamos algumas precauções – ele parou para recuperar o fôlego. – E agora, essa garotinha surge do nada, e começa a me assombrar, e eu nem sequer sei quem é ela. Nem seque consigo falar com ela.
– Interessante – disse Robson.
Rocha o fuzilou com o olhar.
– Na maior parte do tempo, ela anda pela minha casa como se não pudesse me ver. Sempre cantando e brincando. Só que… – ele parou novamente, aflito, e depois continuou. – Tem vezes que eu percebo que ela está me encarando. E aquele olhar… merda, ele me faz mijar de medo.
O relato estava bastante interessante, e Dante começava a esquecer seu próprio fantasma quando o homem magro, Evaldo, se levantou e interrompeu Rocha.
– Eu não acredito que estou perdendo o meu tempo aqui – disse ele, quase gritando. – Eu pensei que aqui havia pessoas com problemas com fantasmas, e o que eu encontro? Uma ex-mulher que bate em panelas e assiste o marido transar e uma garotinha que saltita por aí cantarolando. Que piada.
Rocha se levantou enfurecido e Mathias o segurou pelo pulso. Evaldo não esperou alguma reação e continuou falando.
– Querem saber o que é um problema de verdade? Eu vou contar.
Dante percebeu que Evaldo estava pálido demais e que suas olheiras eram muito agressivas. O que estava acontecendo com aquele cara? Ele não estava nada bem.
– Certo dia eu levantei no meio da noite, e ouvi barulhos vindo do quarto de minha filha – começou Evaldo. – Não acordei a minha mulher e fui até lá pisando em ovos, com o meu revólver na mão. E quando cheguei, eu vi aquela coisa em cima da minha filha, da minha filha de apenas seis anos. E a coisa… aquele corpo negro e disforme, ela estava estuprando o meu bebê.
Ele parou o relato e começou a tossir, como se tivesse se engasgado com a saliva.
– Estuprando? – balbuciou Mathias. – Um contato físico desse tipo?
Evaldo continuou o desesperado relato.
– Ela estava dormindo, e estava sem o pijama, nem sabia o que estava acontecendo. Eu congelei e não tive qualquer reação. E foi então que a coisa me viu. Além dos olhos vermelhos terríveis, ela não tinha face nenhuma, era apenas algo negro e monstruoso. A criatura saiu de cima de minha filha e passou por mim lentamente. Literalmente por dentro de mim.
Robson se benzeu várias vezes e até Rocha, o caça fantasma, estava boquiaberto.
– Nunca vi um fantasma fazer algo assim – disse o caçador.
– Havia sangue no meu bebê – Evaldo começou a chorar. – Eu a limpei e achei que estava ficando maluco. A partir daí minha vida virou um inferno. Só para vocês terem uma ideia, minha esposa tem certeza de que eu estuprei e tirei a virgindade de minha filha. Ela não tem coragem de me denunciar, mas desde aquela noite, ela tem nojo de mim.
– Você não contou para ela? – perguntou Dante.
– E quem iria acreditar?
Era óbvio.
– Eu tentei levar a vida assim mesmo, tendo constantes pesadelos com aquela coisa. Minha mulher me odeia e nem olha mais para mim, e minha filha não entende nada, mas agora ela não é mais uma criança feliz. Vive calada e sozinha pelos cantos. Após aquela noite, eu vivi um inferno. E foi então que a criatura voltou… e dessa vez, voltou para ficar. Sempre andando pela casa, gemendo, deixando um cheiro de carne podre, e….– A essa altura, Evaldo já agonizava. – Continuou estuprando a minha filha.
O homem acabou de falar e deixou o corpo desabar sobre a cadeira, chorando como uma criança. Todos os outros não sabiam o que fazer e o que falar. Parecia não haver palavras para aquilo.
– Ela me disse o seu nome.
– Como é? – perguntou Rocha.
– A coisa. Ela me disse o seu nome.
– E qual o nome dela? – era Dante quem perguntava.
Evaldo balançou a cabeça e sorriu.
– Mamoulian.
E dito isso, Evaldo se levantou apressadamente e saiu correndo, tapando a boca como se fosse vomitar. Ele sumiu no corredor que levava para fora da casa e Mathias o seguiu. Dante e os outros se entreolharam, aflitos com aquela cena.
– Eu acho que esse sujeito tem um problema maior do que pensa – disse Rocha. – Cheiro de carne podre não é coisa boa.
Dante podia apostar que Rocha sabia mais. Só que não sentiu vontade de perguntar nada, pois seria inútil. Aquilo tudo era inútil. Todos ali naquele grupo haviam sido condenados a viver com fantasmas, e aquela roda de conversa era apenas uma válvula de escape. Era onde se podia falar e não ser questionado. Só que no fundo, era apenas ilusão. Quando a reunião acabasse, todos voltariam para a realidade. E os outros não estariam lá para ajudar.
Mathias voltou dizendo que Evaldo havia ido embora. Dante se levantou e comunicou que estava indo embora também. Disse que havia achado a iniciativa do grupo muito boa, mas que não iria funcionar para ele. No olhar dos outros três homens, ele viu desesperança. Todos sabiam dessa verdade.
Ele se despediu e mancou para o corredor, quando Mathias fez uma última pergunta.
– Espere, Dante. Porque não conta antes o que acontece com você.
A perna latejou. E ele decidiu que não faria mal falar um pouco. Quem sabe a dor daria uma trégua, se fosse compartilhada?
– Três anos atrás, eu bebi um pouco acima da conta e bati o carro de meus pais em uma árvore. Acabei com a minha perna, mas o meu único irmão, que estava no banco do carona, perdeu a sua vida. Não consegui mais morar com minha família, devido a vergonha, e hoje eu vivo em um pequeno apartamento no centro. Vivo fazendo bicos e estou sempre sozinho.
Ele percebeu que todos prestavam atenção.
– Quero dizer, quase sozinho. Pois ainda vivo com o meu irmão.
Dante chegou em casa e seu irmão estava esperando, sentado no sofá da sala.
– Como foi a reunião? – perguntou o fantasma.
Dante mancou até o sofá e sentou ao seu lado. Observou o dedo da mão direita dele e ele já havia se regenerado.
– Como sabe da reunião?
O fantasma se divertiu.
– Eu sei de tudo. Nós sabemos de tudo. Quer saber o que eu descobri?
Não houve resposta. Mas o fantasma continuou mesmo assim.
– Nessa reuniãozinha que você foi, como se chama mesmo o grupo? Assombrados Anônimos? Hahahaha, que piada. Bom, posso dizer que as pessoas ali tem motivos de sobra para estarem sendo assombradas.
Dante preferia não saber, preferia não ouvir, mas de certa forma precisava. Ele fitou o irmão e quando o fantasma percebeu que tinha sua atenção, falou lentamente, para que o outro digerisse as palavras.
– O caçador de fantasmas, Rocha, não passava de um charlatão que enganava seus clientes. Não podia ver porra de fantasma nenhum, até o dia que atropelou uma garotinha e fugiu. Ah, hoje ele pode ver fantasmas, sim. Só ainda não pode caça-los. Pois ele é a caça.
Dante viu Rocha e seu bigode. Segredos.
– E o que eu posso dizer do cabeludo, Robson? – continuou o fantasma. – Sabia que a ex-mulher dele tinha uma terrível depressão? E que ele alimentava sua tristeza tendo inúmeros casos. E quando ela já estava tão triste que nem sequer saía da cama, parecendo uma boneca, ele levava suas amantes para transar ao lado dela. Grande homem, não é?
Robson. Mas que grande filho da puta.
– E nem vou começar a falar do orador. Mathias? Aquele ali deu um golpe na família e causou a morte da mãe. Hoje, ela ainda dá uns beijos nele antes de dormir.
Todos eles. Todos condenados.
Dante sentiu a perna incendiar. A dor piorava quando o irmão estava por perto. Só que não ia adiantar sair novamente. O fantasma estaria ali quando ele voltasse. E sempre saberia de tudo. Aquela conversa era mais uma prova.
– Eu gosto de ver você sofrendo – disse o fantasma. – É assim que eu paro de sofrer.
– Quando vai parar de me culpar? – perguntou Dante, como se ainda houvesse esperança.
O fantasma se levantou, e voltou a mastigar o dedo.
– Só quando você estiver aqui desse lado, junto comigo.
A dor da perna já estava insuportável. Era preciso tomar um analgésico. Dante se levantou e passou pelo fantasma frio que estraçalhava o dedo. Quando chegou na porta do banheiro, ele lembrou do último homem que ainda restava naquela reunião. Evaldo.
– Conhece um fantasma chamado Mamoulian?
Seu irmão assobiou.
– Não é um fantasma.
– Como?
– Mamoulian não é um fantasma. Ele é um demônio de terceiro nível. Faz maldades sem motivo, e adora machucar crianças de alma pura.
Dante engoliu a seco. O seu irmão continuou.
– Ele também pode possuir corpos humanos. Ele é muito exibido e dissimulado. Não perde a oportunidade de contar aos outros os seus feitos terríveis.
Mas isso, Dante já sabia.
– Vou sair. Volto de manhã – disse o fantasma, e do banheiro, Dante soube que ele já havia sumido. Era como se o ar ficasse mais leve quando o irmão não estava ali. Tomou um analgésico e pensou nos Assombrados Anônimos. Seu irmão estava certo, que grande piada. Mancou de volta para a sala e mais uma vez se viu sozinho. Uma pequena parte de si queria que o fantasma estivesse ali, e ele odiava essa parte.
– Que vida solitária.
A sua mesmo.
Essa ideia dos AA…rs é muito boa e conto só n é perfeito por causa do final…
Parabéns.
Enfim cheguei ao derradeiro conto que leio deste desafio. Confesso que já estou um pouco cansado de textos com o mesma tema após sessenta contos, mas esse aqui conseguiu me brindar com uma excelente história. Fechei com chave de ouro.
Primeiro, a ideia é brilhante. Um AA sobrenatural é incomum e, reafirmo, brilhante. O conto começa com uma boa construção de personagem e se desenvolve pela ótima reunião de relatos do além (fiquei com medo do relato do demônio, medo mesmo, em plena tarde de terça-feira). No entanto, o final significou uma queda terrível. Nitidamente a história não foi mais explorada por causa do tamanho que os contos poderiam ter. Mas qualquer coisa ali teria sido melhor que nada. A narrativa fluiu muito bem e, no geral, o conto merece ser parabenizado.
Bom Conto.
A ideia e muito boa,o titulo se encaixou muito bem.
Boa Sorte!
Cara, cadê o final?
Achei um puta conto, até chegar o final… Excelente a ideia dos Assombrados Anônimos e a relação do protagonista com o fantasma!
Confesso que fiquei perturbado com a descrição do Mamoulian e fiquei esperando um clímax relacionado a isso. Climax que não aconteceu.
Se tivesse desenvolvido mais e resolvesse os conflitos expostos, seria o meu escolhido para o primeiro lugar. Do jeito que está, constará entre os quinze, pela excelente ideia e pela boa técnica.
Achei a ideia de Assombrados Anônimos interessante, a história do pai que viu a filha ser violentada por um demônio foi até genial, embora cruel (acho que até merecia um conto próprio). Não gostei muito do final, embora eu até ache interessante esse corte, como se apenas tivesse acabado o dia e tudo começasse de novo no dia seguinte.
Fiquei a leitura toda pensando que era uma ideia fantástica (assombrados anônimos!) e que era uma ideia fantástica que pedia uma outra narrativa, uma tragicomédia pura, ou uma tragicomédia mais louca. A parte do Evaldo (e o irmão fantasma discorrendo sobre as falhas morais que condenaram os assombrados) soou para mim como uma nota destoante no arranjo do conto. Ainda bem que é só uma parte. E felizmente o texto termina retomando o que eu acredito ser o espírito do conto, tornando a história redondinha. Não vi o desfecho como um final aberto, de maneira alguma. Com boa vontade está tudo ali: o que se pode fazer em relação aos fantasmas é conviver com eles, e resta a ideia de que, se eles são solitários do lado de lá, do lado de cá nós também podemos, ocasionalmente, ser um pouco assim.
Achei a idéia por trás da história muito boa, mas a execução não pareceu acompanhá-la. O que mais me incomodou foi que, aparentemente, o conto não leva a lugar algum. Quero dizer, ao final sabemos que Mamoulin é um demônio, que o gordinho era um pilantra, que o Robson abusava dos problemas da mulher, que o Matias deu um golpe na família, mas… e daí?
O pior é que o(a) autor(a) parece ter pensado em um background muito bom para cada personagem, mas na hora de apresentá-los ficou com preguiça, ou o fez com muita pressa. Não senti um drama convincente em nenhuma história compartilhada.
Os diálogos também me incomodaram um pouco. Parecem um pouco forçados, como se todos falassem com pressa e de um jeito meio… falso, talvez.
Como ponto positivo destaca-se todas as idéias na cabeça do(a) autor(a). Pena que ele não as desenvolveu como poderia. A reunião para apresentar histórias diferentes, por exemplo, foi muito boa. É um texto que eu gostaria muito de reler depois de reescrito. Como está achei bom. Poderia ser excepcional.
Um texto divertido. A ideia do A.A. Fantasmagórico é ótima e o personagem principal, como todo personagem solitário, é bem cativante. Uma coisa me incomodou a partir do relato do Evaldo na reunião. O problema dele poderia ser contada com menos detalhes, já que se mantinha leve até esse momento. Apesar de ter achado interessante e perturbadora a história do Evaldo, achei pesada demais para o conto. Há algumas passagens com mudanças abruptas demais e o diálogo final com o irmão ficou meio didático. Mas é uma ideia original pra caramba e um conto muito bom.
Uma boa leitura. É macabra de um jeito sutil, guarda segredos ácidos e nada é desperdiçado.
Achei uns errinhos de revisão, mas nada que valha a pena, não.
Parabéns!
Gostei bastante!
Esse final deixa claro que nada na vida de Dante mudou. Um cara tão solitário que chega a gostar de uma companhia que lhe causa imensa dor física.
Outra coisa bem interessante é que fica claro que Dante, de alguma forma, causou o tormento.
Parabéns.
Uma boa ideia, mal acab…
😉
Achei a ideia interessante, a leitura fluiu, mas pode ser ainda melhor, talvez se alongar um pouco mais, modificando o final, mostrando mais da relação dos irmãos… Parabéns pela ideia, bastante criativa!
Outro bom texto, com boa narrativa. Gostei tanto do título quanto do tema, e achei sagaz a escolha dos nomes. Parabenizo o autor pelo texto!
Bem escrito e envolvente. Quase isento de erros, o que contribui para a fluidez da leitura. Gostei mesmo da ambientação e do clima criado. Do enredo e dos personagens. Tudo me cativou. Até que chegou o fim do conto e… Nada. Sei que muita gente gosta de finais abertos – e eu até me incluo nesse universo – mas o final deste conto não se encaixa nisso simplesmente pq… não há final. Confesso que isso me decepcionou. Acho que o autor poderia ter ousado mais, dado um destino mais definido aos personagens em vez de simplesmente abortado a história. Em suma, um bom conto, mas que poderia ter sido excelente.
O conto precisa de um revisão que elimine algumas gralhas.
Gostei da ideia, é original, e abordar as duas visões – dos assombrados e das assombrações – foi uma “boa jogada”.
Conto muito cativante! Está de parabéns!
Na passagem: “Nem seque consigo”, o correto seria “Nem sequer consigo”. As letras (“a” e “e”) aleatórias em negrito também não entendi… Nessa passagem, faltou o interrogação: “E que ele alimentava sua tristeza tendo inúmeros casos”. O correto seria: “E que ele alimentava sua tristeza tendo inúmeros casos?”.
Boa sorte no desafio!
Bom conto… Ótimo título… Objetivo alcançando!
Se o dedo nunca caía como ele se regenerava? Fiquei confusa nessa parte. E de quem era o dedo? Quem mastigava o dedo de quem? No final deu a entender que o fantasma mastigava o próprio dedo no sofá, mas por quê? E fiquei me perguntando se entendi certo. Já a ideia de um “Assombrados Anônimos” é muito legal, me cativou.
Olá. Eu achei bastante satisfatório. Enredo criativo, personagens legais, uns detalhes que chamam a atenção, achei marcante. A melhorar acho que as falas ainda precisam de um trabalho a mais e algumas passagens ficaram corridas e podiam ser melhor desenvolvidas – como quando o protagonista conta do acidente e de como saiu da casa dos pais. Algumas vírgulas estão fora de lugar pelo texto também. Mas é, pela ousadia de tudo já ganha muitos pontos comigo também, queria que mais gente pisasse fora do óbvio assim. Abraços
Gostei muito, principalmente do fantasma do irmão, debochado, irônico. Parabéns!
“Assombrados Anônimos” já é, por si só, um achado. Um conto muito legal.
Fora os poucos erros ignorados pela revisão, a narrativa flui fácil. Li sem reclamar de tamanho ou qualquer coisa.
Mais uma criancinha não foi poupada. 😦 E tive a mesma ideia que a Thata – que o pai tivesse sido conduzido a fazer mal à menina. Enfim, entre fantasmas e demônios, quase ninguém se salvou.
Achei a ideia do conto bem interessante e acho que pode ser ainda melhor trabalhada. Gostei.
Boa sorte!
O início me pareceu o de uma comédia, o que casaria bem com o título. Mas à medida que a história progrediu, vi que não era bem assim.
Gostei muito do texto, mas uma coisa não se encaixou bem: nomes são muito poderosos na magia negra. O demônio jamais revelaria o seu, nem mesmo para agradar ao Gunther… 😉
Também vi pequenas falhas, coisas que uma revisão atenta resolveria. Achei O final aberto demais, um convite para a “parte dois”, talvez?
Parabéns ao autor e boa sorte!
Só pela originalidade o conto já entrou no meu top 3. A trama me cativou severamente e fiquei curioso e envolvido com o texto como um todo.
Arrisco dizer que daria um livro.
** Pode Conter Spoiler **
Não gostei muito do começo do conto, pois entregou o nome “fantasma” muito rápido. Pensei que as coisas esquentariam após o relato de Evaldo, mas caiu na monotonia outra vez.
Gostei do irmão do Dante, achei ele um fantasma “divertido” rs’ Quando Dante voltou para casa e o irmão começou a relatar o motivo dos outros homens serem assombrados e disse que o Demônio pode possuir as pessoas, pensei: “nãoo, o demônio possuí o pai da menina e ele mesmo que estrupa a filha!”, só que vi que não era isso. Ufa!
Gostei do conto, apesar de sentir que merecia um melhor desenvolvimento. Explorar melhor os relatos das histórias e as conversas durante o encontro dos Assombrados Anônimos. Não na busca de algo impactante, pois eu disse que o conto tem picos entre monotonia e surpresa, mas isso não me incomodou e até gostei. Gosto de histórias tranquilas e essa foi bem agradável.
Uns errinhos de digitação, gostei muito do seu fantasma, apesar de aparecer muito pouco na história.
Boa Sorte!
O conto foi bom, criou um clima legal que se manteve até o fim da narrativa, mas e esse final? D:
Gosto de finais em aberto, mas desse jeito ficou incompleto. Me parece um projeto de algo maior, e espero vê-lo mais encorpado depois.
Parabéns e boa sorte!