EntreContos

Detox Literário.

O Carrossel (Alice Kapling)

Perdi a memória quando era criança, menina de uns 8 anos, de cachinhos dourados e vestidinho vermelho. Hoje já nem lembro que idade tenho, já nem sei quem sou ou quem fui. Só uma coisa me assombra a mente, uma estranha memória restante, mas meio apagada, nublada de poesia do passado como fotografia antiga: a imagem de um carrossel. Acho que estive nesse carrossel, mas não consigo ter certeza se foi real ou um sonho, é uma lembrança muito longínqua, quase perdida no abismo do tempo.

Era assim: primeiro eu chegava a um lugar cheio de luzes piscantes e coloridas, alegria brilhava pelo lugar, som de crianças rindo e músicas infantis vinham do carrossel, que girava sem parar. Sinto uma nostalgia pesada e quase dolorida ao pensar nisso, mas nesse parque havia uma felicidade pura, infantil, que nunca mais encontrei desde então. Parecia que era o último dia da Terra, todas as crianças pulavam contentes pelo parque e não paravam quietas na fila de espera para subir no carrossel. Eu estava na fila.

O carrossel esvaziara, as crianças que estavam na última volta desceram, e subiram as que esperavam ansiosamente por sua volta de encantamento e nostalgia. Subi no carrossel, e girava, girava, o mundo girava ao meu redor, alegre, musical, colorido. Às vezes eu quase caía do pônei branco o qual escolhera, mas seguia firme, até que… não lembro o que aconteceu depois. Nem de quem eu fui depois, nem de quem eu era antes, além de uma criança que andava em um carrossel. O resto das memórias desaparece, desmanchando-se, por dentre uma neblina fria, sonolenta e imaginária.

Acordo todas as noites, e vejo esse mesmo carrossel, é a única memória contínua que tenho. Ainda não recuperei a memória e continuo me esquecendo de tudo que me acontece, ao ponto de nunca lembrar quem sou. Moro em um lugar estranho, aqui parece que todos não sabem bem quem são, mas mesmo que eles soubessem, eu nunca conseguiria lembrar quem eles dizem ser. O mundo é confuso, às vezes acho que ninguém sabe quem é na verdade. Mas eu pelo menos tenho certeza de que não sei quem sou. Se me vejo em um espelho, muitas vezes não me reconheço. Gostaria de saber quantos anos faz desde o dia que fui nesse carrossel, se é que fui, se não sonhei ou delirei com isso. Mas o mais estranho é que minha única memória contínua tem mudado ultimamente.

Há algum tempo, lembro de sonhar sempre com o carrossel alegre, com luzes e sons de risos. Até que comecei a tentar descobrir quando foi isso, onde e o que aconteceu depois. Perguntei para algumas pessoas, mas não encontrei nada, estavam todas mais perdidas do que eu. Até que um senhor, que aparentava ter uns noventa anos, com um ar muito sério, quase mórbido, me disse que parasse de procurar pelo passado antes que o passado me encontrasse, porque o esquecimento fora minha salvação. Depois disso, nos últimos dois sonhos, algo mudou na paisagem do carrossel: as crianças não pareciam mais tão alegres. Pareciam entediadas, algumas até tristes. O carrossel girava mais devagar, e a música parara por completo.

No próximo sonho, a situação era a mesma, mas dessa vez as luzes ficaram mais fracas, e tive a impressão de que as cores empalideciam a ponto de tudo no parque tornar-se preto e branco. Até que todo o parque ao redor desaparecera, e o carrossel era tudo que existia no mundo, girando lentamente, coberto por uma neblina, e todas as crianças tremiam de frio e de medo da escuridão que invadia aquele mundo, algumas até choravam querendo descer. Mas o carrossel não parava de girar, nunca. E não havia mais ninguém naquele mundo escuro e frio, só as crianças que tremiam amedrontadas. A escuridão parecia um abismo do qual todos estávamos prestes a cair, e nenhum Holden Caulfield estava por perto para impedir a queda; não havia adultos por perto, só crianças que se perdiam e muito medo. Até que acordei.

Depois disso, acordei de um sobressalto, sentido um frio terrível. Chovia lá fora, e aqui dentro, o quarto era só uma caixa de escuridão silenciosa. Tentei voltar a dormir, mas não consegui. Dei alguns passos pela escuridão do quarto, e comecei a notar que parecia maior do que quando as luzes estavam acesas. Depois de andar por algum tempo, comecei a escutar uma música familiar: a música do carrossel, aquela nostalgia em forma de som. Me aproximei mais de onde vinha o som, mas não encontrei luzes nem crianças, mas um carrossel incendiado, com esqueletos infantis sobre os esqueletos de pôneis e cavalinhos.

Quase toda a estrutura do carrossel ainda estava em pé, mas queimada, cor de brasas extintas, cor de infâncias extintas. Um dos pôneis estava vazio, apenas coberto de cinzas. Do lado do carrossel com esqueletos de crianças, havia uma lápide, com um nome que não me parecia estranho, ao lado da qual um casal de uns setenta anos, sentado, chorava lágrimas já cansadas, perdidas. Nas mãos de um deles mãos, um jornal amarelado anunciava, há muitas décadas, um acidente em um parque que matara diversas crianças. Fora o último dia na Terra para elas. Agora entendo: foi o último dia para mim.

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30 comentários em “O Carrossel (Alice Kapling)

  1. Leandro B.
    15 de janeiro de 2014

    Achei a ideia do fantasma perdido interessante, mas a execução não me tocou. As indagações frequentes da personagem me pareceram um pouco repetitivas.

    No fim, tinha (tem) potencial, mas não me conquistou.

  2. Frank
    15 de janeiro de 2014

    Gostei de forma que foi escrito e da ideia em geral. Só não gostei da revelação final explícita…podia ter sido mais sutil. Parabéns.

  3. Cácia Leal
    13 de janeiro de 2014

    Adorei! Muito bom mesmo. Achei muito bem escrito e sucinto. O autor foi bastante criativo e conseguiu prender o leitor. Eu já sabia, após o segundo parágrafo, o que sucederia, mas o modo como foi desenrolada a trama foi genial. Parabéns! Excelente!

  4. Pedro Luna Coelho Façanha
    13 de janeiro de 2014

    Emaranhado de boas ideias. Ambientação show. O Carrossel rende mesmo algo muito louco visualmente. Só a trama mesmo que não impactou. Parabéns.

  5. Paula Melo
    12 de janeiro de 2014

    Apesar de sentir falta do clímax gostei da ideia do texto,essa ideia de demostrar o conflito interior do fantasma,essa busca por respostas foi bem bolada.
    Boa Sorte!

  6. Raione
    11 de janeiro de 2014

    Achei muito bacana isso de mostrar o fantasma “por dentro”, suspenso num tipo de amnésia em que o fragmento mais recorrente é a imagem final, o momento da morte. Tudo isso não é exatamente original, mas ficou original na maneira com que foi narrado. A imagem do carrossel é muito bonita e a sua transformação ainda mais bonita (a imagem do carrossel transcende um pouco a história do conto, adquire um significado cósmico, representando não tanto a extinção de algumas vidas mas de todo um mundo, daquele mundo da menina, como está dito de modo muito direto nas frases finais). Num certo momento tive dúvidas se a narradora era mesmo um fantasma, porque embora sua vida tenha terminado aos oito anos, pela linguagem, assim como pela referência a’O apanhador no campo de centeio (a não ser que se trate de uma leitura da infância, o que é uma possibilidade), ela parecia ter “envelhecido”, sofrido experiências e a ação do tempo, depois de se tornar um fantasma (embora a ausência de memórias, ou uma memória nebulosa, torne tudo isso problemático). O parágrafo final é totalmente desnecessário, uma fratura sofrida pelo conto, porque o leitor já tinha adivinhado aquilo tudo, e de forma bem mais suave do que numa montagem de túmulo + pais + jornal amarelado. Acho que o conto precisa sim ser enxugado, refinado, como sugeriram, mas de modo geral é um bom conto.

  7. Tom Lima
    10 de janeiro de 2014

    Uma ótima ideia que quase funcionou.

    Só vejo problemas no final. Mais especificamente no último paragrafo.
    Há algo ali que não me agrada, mas não sei te dizer o que é.

    Parabéns.

  8. Marcelo Porto
    7 de janeiro de 2014

    Um conto que merece ser reescrito.

    A figura do carrossel é quase um clichê em histórias de terror, algo sempre acontece neste brinquedo. Talvez pela expectativa que gere no leitor, talvez por ser utilizado geralmente por crianças, é de fato um grande gerador de suspense. Suspense que o conto não consegue alimentar.

    No segundo paragrafo, já se sabe que o narrador é um fantasma e algo de muito ruim aconteceu. Esta introdução seria excelente se o conto desenvolvesse mais o personagem narrador e criasse algum conflito que “temperasse” a narrativa, mas não, a trama se arrasta até o final anticlimático.

    Pelo tamanho, o texto poderia ser mais trabalhado e quem sabe chegaria a um próximo nível.
    Tem potencial, só precisa de um pouquinho mais de desenvolvimento.

  9. Mariana Borges Bizinotto
    7 de janeiro de 2014

    A ideia é boa, mas a leitura ficou empacada. Uma reescrita de forma mais simples, frases mais simples podem tocar mais o leitor.

  10. Weslley Reis
    6 de janeiro de 2014

    Eu gostei da trama, mas como já citado, ficou meio repetido. Acho que carece de revisão, apenas. Talvez se fosse reescrito, partindo do mesmo tema, resultaria num excelente texto.

    Mas mesmo com todas as ressalvas, gostei do resultado.

  11. Pedro Viana
    1 de janeiro de 2014

    “…me disse que parasse de procurar pelo passado antes que o passado me encontrasse…” Tais palavras ecoaram pela sua força após minha leitura. Apesar de meio clichê, é uma frase bela, que resume o conto. Quanto a ele, gostei. É leve, calmo, concentrado em apenas um elemento – o carrossel (gostei dessa simplicidade). Acho que as frases finais não precisavam ser tão explícitas. Eu já havia descoberto o acidente antes. Sem mais. Parabéns.

  12. Ryan Mso
    28 de dezembro de 2013

    Me ganhou no nome da autoria. Hahaha
    E o conto me pareceu uma extensão do Apanhador no Campo de Centeio, mas com outro enfoque. Estou certo?
    De qualquer forma, achei uma beleza, porém, concordando com alguns, ficou faltando alguma coisa. Não sei o que é, mas ainda assim falta.

    Bom, não vou me delongar. Parabéns à autora!

    (O Apanhador no Campo de Centeio, é um dos meu livros prediletos, então tentei não ser tendencioso na leitura, mas acho que fui…)

  13. Caio
    28 de dezembro de 2013

    Olá. Não me alcançou, o lirismo do conto. Isso dito, eu fiquei pensando na fantasia do mundo dos mortos que você criou e acho que renderia algo mais impactante que esse texto. Uma menina perdida sem memória num mundo difuso, cheio de gente igualmente perdida, pô, podia render uma baita história, com alguns desses perdidos se juntando e tentando entender o que está acontecendo.

    Como está, não é meu tipo de leitura, e a falta de enredo não foi bem compensada, na minha opinião, pela personagem ou pela linguagem. Com oito anos ela nem teria uma personalidade tão feita pra gente se identificar, e só falar sobre pouca coisa o texto todo deu um senso de falta de propósito. Imagino que fosse melhor pensado um enredo que contasse essa mesma história, mas tivesse mais começo, meio e fim seria mais atraente e prenderia mais a atenção.

    Sem tirar os méritos da sua escrita, é claro, me faltou só esse lado do conto. A própria referência ao Apanhador no campo de centeio (que eu adoro também) soou meio sem propósito. Mais desenvolvimento e ideias que justificassem essas referências só faria bem ao conto, na minha opinião. Espero que faça sentido pra você, abraços

  14. Gunther Schmidt de Miranda
    24 de dezembro de 2013

    Após ler uma série de observações sobre os comentários por mim postados neste concurso e suas respectivas respostas (infelizmente) concluí que fui tomado de certa pobreza de espírito. Em certos momentos nem fui técnico, muito menos humilde. Peço perdão a este escritor pelo comentário até maldoso por mim desferido. Se alguém foi fraco de alma fui em perante texto de tamanha leveza. Um ótimo texto. Mesmo assim, aos meus olhos, tanta beleza não combinam com fantasmas. Seu trabalho e esforços são louváveis e aguardo sua próxima obra.

  15. Inês Montenegro
    22 de dezembro de 2013

    Gostei muito da ideia e da ambientação, mas a execução ainda precisa de ser limada, nomeadamente repetições nas divagações do narrador, e o final demasiado abruto, onde tudo está lá demasiado “a jeito” para que o leitor saiba de mão-beijada – algo subentendido teria resultado melhor, e mesmo antes de chegar ao final já se desconfiava.

  16. Marcellus
    22 de dezembro de 2013

    Gostei muito da ideia da conto. Algumas passagens mais oníricas também ficaram ótimas!

    Por outro lado a falta de uma revisão e algumas repetições incomodaram. O final abrupto não ajudou.

    Mas o autor tem potencial. Não desista e boa sorte!

  17. Ana Google
    20 de dezembro de 2013

    Uau! Lindo, até me arrepiei… O final “entregado” não me encantou, mas em suma é um ótimo conto!

  18. bellatrizfernandes
    19 de dezembro de 2013

    O tom do conto é poético, bonito e é fácil perceber a confusão da personagem.
    Mas achei o conto sem direção, uma ideia perdida, tão perdida quanto essa pobre fantasminha. Não tinha começo, meio e fim. Mal tinha um começo. A ideia tinha que ser desenvolvida: Porque tinha explodido o carrossel? Ela viu o fim chegando? Depois que ela viu os pais ela lembrou de tudo?
    Tudo bem ficar em aberto, mas dessa vez ficou em aberto demais.

  19. Jefferson Lemos
    19 de dezembro de 2013

    Achei o texto repetitivo, apesar da ideia ser interessante. O fato de ele ser repetitivo, me cansou durante a leitura e a falta do suspense e do clímax, deixaram o texto um tanto superficial.
    De qualquer forma, parabéns e boa sorte!

  20. Gunther Schmidt de Miranda
    19 de dezembro de 2013

    Mais um texto onde o espaço e tempo foram desprezados… Um texto que a menina não tem nem nome! A escrita de tremenda leveza não combina, aos meus olhos, com o tema de fantasmas. Não senti uma palpitação… Em suma, fraco.

  21. Bia Machado
    18 de dezembro de 2013

    Gostei do conto, da ideia, mas achei muito repetitivo, poderia ter sido mais bem desenvolvido, talvez até sendo encurtado, sanando essas partes repetitivas, e narrando de forma que o mistério só fosse descoberto ao final, mesmo. No começo já imaginei do que se tratava pelas pistas dadas… É uma sugestão, não quer dizer que seria o melhor a ser feito. Boa sorte!

  22. Ricardo Gnecco Falco
    18 de dezembro de 2013

    Gostei da escrita, embora, realmente, a verossimilhança tenha sido um pouco “apagada” nesta história.
    De qualquer forma, parabéns ao autor! E boa sorte!
    . 🙂 .

  23. Gustavo Araujo
    18 de dezembro de 2013

    A ideia de misturar a aura de candura, emanada da imagem de um carrossel, com a de uma tragédia, traduzida em um incêndio, é muito bacana. Mas receio que o conto, apesar de curto, tenha ficado por demais repetitivo, na medida em que a protagonista fala diversas vezes que não se lembra quem é e que vive a sonhar com o carrossel. Como falei, o mote é bom, mas creio que merecia um desenvolvimento melhor.

  24. Claudia Roberta Angst - C.R.Angst
    17 de dezembro de 2013

    O conto mistura o lúdico (parque de diversões, carrossel) com o trágico (incêndio). Ai,mais uma vez as criancinhas não foram poupadas. No entanto, não consigo imaginar um incêndio exterminador em um carrossel. Claro que pode acontecer, mas por ser um brinquedo aberto, propicia uma fuga mais facilitada. A ideia de associar um romântico carrossel com um horrível acidente causa impacto, sem dúvida. Boa sorte!

    • Ricardo Gnecco Falco
      18 de dezembro de 2013

      Rs! A Claudia e as criancinhas…! 😀
      Se bem que, num dos contos mais pra baixo (num que o pai de uma criança assassinada “poupa” a filha do assassino em sua vingança), disse que não gostou da “poupada” da criancinha… Rs!
      Abrax!

      PS: Bom ressaltar – Nem este nem o que cito são contos de minha autoria. 😉

      • Claudia Roberta Angst - C.R.Angst
        18 de dezembro de 2013

        Eu sempre sofro pelas criancinhas, Ricardo. No entanto, às vezes, pelo bem da literatura, elas devam ser sacrificadas no papel. Neste conto, não poderiam ser poupadas. Oh, dó! E realmente naquele outro conto, eu também achei que o “felizes para sempre, vinde a mim as criancinhas pulando e cantando” quebrou o clima tenso, denso, fantasmagórico. Fazer o quê? Sou assim, contradição pura.

        PS: Nem por um minuto, achei que fosse o autor… ou será que é? Ih, vou investigar.. 😛

      • Ricardo Gnecco Falco
        20 de dezembro de 2013

        Rs! Sou não, Claudia… É que eu sempre gosto de ressaltar isso (de não ser o autor) nos contos que costumo “defender”/gostar; pra ninguém ficar pensando que se trata de “defesa própria”! Rs! 😉
        Sobre contradição, todos nós somos contraditórios…
        Ou não.
        😛

  25. Pétrya Bischoff
    17 de dezembro de 2013

    Texto bem escrito, simples sem perder o encanto. Gostei muito das cenas dos sonhos, imagens confusas, cores que se perdem…
    Pensei que o menino havia sido sequestrado/morto, gosto muito quando o final me surpreende.
    Parabéns, boa sorte 😉

  26. Thata Pereira
    17 de dezembro de 2013

    O título me chamou MUITO a atenção. Sempre achei carrossel algo sem graça, vago, fantasmagórico. Então, encaixaria-se perfeitamente no tema.

    Não gostei da execução 😦
    Logo no começo imaginei que as crianças estavam mortas por um incêndio no carrossel. Não por entregar isso, mas simplesmente esperei que isso acontecesse e aconteceu. Isso não foi o que me incomodou.

    Penso que o conto poderia ser melhor desenvolvido, principalmente na parte que nos entrega o que houve no brinquedo. A presença da Lapide me fez perguntar onde estariam: em um cemitério, em um parque, na junção dos dois, onde a alma da protagonista poderia estar aprisionada?

    O jornal entrega de forma muito rápida o que aconteceu. Iria gostar de um maior mistério…

    Gostei muito da frase final.

    Boa sorte!

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Publicado às 17 de dezembro de 2013 por em Fantasmas e marcado .
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