EntreContos

Detox Literário.

Enfim Sós, Fantasmas (Claudia Roberta Angst)

− Não acredito em fantasmas.

A corretora fechou a agenda que tinha nas mãos e suspirou. Baixinha e arredondada em todos os pontos que deveriam ser ângulos, sorriu disfarçando seu enfado com a declaração. Pouco lhe importava a crença dos outros. Desde que aquele apartamento fosse finalmente vendido, ela saudaria pessoalmente Gasparzinho e sua turma.

− Então, fechamos negócio? É uma excelente oportunidade.

Paula olhou em volta. O vazio das paredes a acalmava mesmo tendo ao fundo a voz aguda da corretora repetindo as qualidades do imóvel e as inúmeras vantagens daquela aquisição. Só pensava na vida nova que finalmente iniciaria, longe de tudo que contaminava seus dias de tristeza e luto.

− Sim, pode dizer aos fantasmas que terão companhia.

Um lindo céu estrelado instalara-se na sexta-feira seguinte. Era a primeira noite de Paula no novo apartamento. Sentia-se bem, envolvida com aquele vazio recém-adquirido e só seu. Limpo, silencioso, inodoro. Tinha certeza de que se lambesse as paredes encontraria uma resposta insossa.

As cortinas, herança do último morador, mal escondiam as luzes externas. Dançavam com o vento que vinha do mar. Sim, estava a uma quadra da praia. O que conquistara seu desejo foi saber que poderia absorver a maresia sempre que lhe sangrasse o tédio.

Paula continuou hipnotizada pelo balanço que lhe invadia. O tecido leve, translúcido, valsava delicadamente escolhendo o ritmo certo para surpreender o maestro. Era como se um casal de dançarinos vestissem longos trajes e seguissem rodopiando ao sabor dos compassos.

O piso também ganhava vida como se fosse convidado a participar do baile. O estalar da madeira ao se despir do calor do dia acompanhava o bailar das cortinas. As esquadrias de alumínio lembravam castanholas metálicas. Paula era fã do flamenco, mas agora só queria a inércia como companhia.

Aqueles meses tinham sido tão pesados e arrastados que tudo parecia cair como pedras no desfiladeiro. Ela ainda aguardava a dádiva do esquecimento. Recordar tudo o que vivera trazia desconforto e dor. Em vão, tentava se esquivar do tempo que lhe oprimia. Torturada pelas lembranças, mergulhou no espectro de luzes que adentravam sua sala.

A televisão ligou de repente e a voz alta e firme da jornalista ecoou pelo corredor. Paula sentiu preguiça de sair do seu momento caracol. O controle remoto deveria estar jogado sobre a cama vazia. Antes mesmo que alcançasse o quarto, o silêncio se fez. Ela então se enfiou debaixo das cobertas leves e adormeceu.

….

Para sua surpresa, Paula encontrou Lidiane e Rodolfo à sua espera. Depois de uma breve sessão de cumprimentos, entraram os três no elevador e um calar constrangedor logo se instalou. Acompanharam o número do visor mudar de forma tão respeitosa como se estivessem em um velório.

− Finalmente, vamos conhecer o famoso apartamento.

Paula olhou para a irmã e preferiu não comentar nada. Já se sentia invadida o suficiente. O cunhado logo se acomodou no pequeno sofá comprado há poucos dias. Parecia agora mobília de brinquedo sustentando um gigante.

− Não tenho muito o que mostrar, na verdade, mas…

Rodolfo soltando um suspiro resignado levantou-se com a lentidão de um bovino. Então, Paula iniciou a incursão exploratória dos cômodos do seu lar. Dois quartos, um banheiro, uma cozinha,  dependências de empregada, área de serviço. Esperou a troca dos olhares denunciarem curiosidade satisfeita e os conduziu de volta à sala já desvendada.  Lidiane aproximou-se das janelas, mas manteve uma pequena distância como se temesse a altura ou a própria loucura. O marido aconchegou-se exausto no sofá como se tivesse percorrido a nado todo um oceano.

− Sua vizinha disse que o apartamento é mal assombrado. – Disse Lidiane com ar solene.

Paula sempre se impressionava com a incrível capacidade de fazer amizades instantâneas da irmã. Como assim já conhecia a vizinha? Que vizinha? A senhora carrancuda do andar de baixo ou a hippie atrasada da porta ao lado? Preferiu não tomar conhecimento da identidade da fofoqueira.

− Bobagens dessa gente sem noção. Está vendo algum fantasma?

O gigante quase adormecido remexeu-se no sofá. Paula por alguns segundos, temeu pelo móvel.

− Fantasmas não são vistos, Paula. − resmungou Rodolfo enquanto se levantava com certa dificuldade do sofá.

− Mesmo assim, amorzinho, eu teria medo de dormir aqui sozinha. Há um clima sinistro, sei lá.

Paula mordeu o lábio inferior para evitar que uma palavra mais agressiva saltasse pela sua boca. Era só ter um pouco mais de paciência e logo aqueles dois estariam fora dali. Lidiane e seu amorzinho. Conteve seus instintos assassinos e sorriu complacente.

− Que barulho é esse?

A esquadria, a madeira, os estalidos já tão conhecidos. Para ajudar a televisão despertou da sua soneca do entardecer. Precisava desprogramar esse timer de uma vez por todas.

− São os fantasmas lhe dando as boas vindas, Lidiane.

A irmã, mais pálida do que de costume, sacudiu a longa cabeleira loira e puxou o marido pela mão. Já fora o suficiente para eles. O gosto era de Paula, o apartamento dela, então que fizesse bom uso de suas assombrações. Saíram os dois, ela reclamando de algo e o marido esbarrando o ombro no batente da porta.

De volta ao silêncio acolhedor, Paula esticou as pernas no sofá que bravamente sobrevivera ao ataque do cunhado. Estava tão cansada que nem percebera as janelas abertas. Não se lembrava de ter deixado aquelas duas sem fechar. As cortinas retornaram à sua delicada dança, desta vez com maior velocidade. O vento mais forte do que nas outras noites prometia tempestade.

Olhou suas mãos e as sentiu transparentes e secas. Precisava de hidratante e substância.  Levantou-se à procura de sua vaidade. Deu-se conta de que não possuía espelho algum. Só podia contar com um reflexo tênue nos vidros das janelas. No entanto, estas quando abertas só revelavam o vão da noite com a escuridão de costume.

Não, Paula não acreditava em fantasmas. Eles não existiam. Repetiu a negativa para si mesma enquanto se deixava  atravessar pela parede.

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35 comentários em “Enfim Sós, Fantasmas (Claudia Roberta Angst)

  1. Leandro B.
    15 de janeiro de 2014

    Eu até gostei do final, embora tenha ficado um pouco confuso. Só consegui pensar que todos estão mortos e em negação. Achei a personagem bacana e o incômodo com a presença da família bem divertido.

    Gostei, embora seja um pouco frustrante saber que o final “terminado de qualquer jeito” tenha me agradado.

    • Phantom Monk
      15 de janeiro de 2014

      Não é que eu tenha terminado de qualquer jeito, mas de um modo impulsivo. Precisaria ter deixado um pouco de molho nas ideias e depois enxaguar os excessos. Gostei também da parte da família que incomoda. Vou rever tudo graças ao ótimo feedback do pessoal aqui. Valeu.

  2. Edson Marcos
    15 de janeiro de 2014

    Um belo começo, uma bela narrativa, mas o final…
    A menção das janelas abertas deixa claro a queda, a morte, mas do jeito que foi exposto, suga demais a imaginação do leitor, deixa o final aberto demais. Mas o que me chateou de verdade foi o fato do autor responder nos comentários que “perdeu a paciência e terminou de qualquer jeito”. Pra melhorar, você poderia… Ah, tá bom, valeu.

    • Phantom Monk
      15 de janeiro de 2014

      Levei um puxão de orelhas, mas merecido. Realmente, eu não deveria ter agido impulsivamente e terminado o conto com pressa. Tomarei jeito, prometo. Valeu pelo comentário.

  3. fernandoabreude88
    15 de janeiro de 2014

    Não gostei do começo do conto, com a utilização de algumas frases meio poéticas que lembram letras ruins de Mpb. Mas, a partir do momento que surge o conflito entre a protagonista e os familiares, o texto torna-se interessante e engraçado, a parada do sofá, a discussão, a vontade de que a irmã a deixasse em paz, tudo muito bom, com um tom meio de crônica, bacana. Acha que você (escritor/a) estava procurando o conto, e conseguiu encontrá-lo a partir da parte citada. Corte o começo e desenvolva-o a partir dali, cortando a parte falha em que o fantasma se relaciona com a corretora.

    • Phantom Monk
      15 de janeiro de 2014

      Sugestões lidas e anotadas. Gostei da ideia de tirar a parte da corretora e desenvolver o restante. Thanks.

  4. Raione
    11 de janeiro de 2014

    A ideia é bem bacana, mas traz pontas mais ou menos soltas: como a Paula, na sua condição de fantasma, consegue se relacionar normalmente com a corretora e o casal (como pode uma irmã não estar informada sobre a morte da outra? Ou estão todos mortos ali no apartamento? É o que parece ser sugerido com o clima de velório dento do elevador e o medo inexplicável da Lidiane diante das janelas); se a Paula está mesmo morta (aí vem a ironia de ela estar em luto pela própria morte) ou se fazer dela um fantasma é uma forma fantástica de expressar seu alheamento da vida por causa do luto; a relação entre o lugar já ser assombrado e receber uma nova moradora também fantasma (agora me ocorre se se trata de um prédio inteiro de fantasmas, quem sabe até a corretora). A meu ver (quero dizer, pro meu gosto) o conto também perde um pouco com metáforas que às vezes soam despropositadas, como dizer que ela estava à procura de sua vaidade para dizer que ela queria encontrar um espelho.

    • Phantom Monk
      15 de janeiro de 2014

      Acho que me precipitei e não dei tempo suficiente para o fantasma se manifestar como deveria. Foi impulso, vontade de ver o filho nascer, enxergar logo sua face. Agradeço o comentário. Com certeza, vou rever os detalhes apontados. 🙂

  5. Ryan Mso
    9 de janeiro de 2014

    Gostei do início, mas me parece que a “magia” se perdeu em algum lugar. Vejo bastante potencial no conto, pode ser melhor trabalhado. Desejo sorte e parabenizo ao autor.

  6. Pedro Viana
    3 de janeiro de 2014

    Apesar de diferente e pouco comum, não gostei do final. O conto é muito bem escrito, sem dúvidas. O(a) autor(a) imprimiu um cenário e uma situação inicial bastante convincente, mas resolveu passar uma borracha em tudo para acabar tentando dar olé no leitor. Peço perdão por minha grosseria, mas isso vem de um leitor frustado que estava amando o conto e, enquanto sentia a tensão da narrativa se desenrolando para o clímax, se deparou com um final muito abaixo de suas expectativas.

    • Phantom Monk
      4 de janeiro de 2014

      Foi a pressa mesmo, Pedro. Você tem toda razão. Também acho que comecei bem, depois perdi a paciência e terminei de qualquer jeito. Tentarei uma nova versão mais tarde. Desculpe-me por desapontá-lo.

  7. Paula Mello
    24 de dezembro de 2013

    Gostei bastante do texto,a leitura faz você viajar para o universo de Paula.
    No inicio confesso que fiquei procurando o fantasma do conto e somente no final achei,o conto tinha muito mais conteúdo,porem foi pouco explorado.
    Mas a dinâmica da escrita valeu muito a pena. 🙂
    Boa Sorte!

  8. Gunther Schmidt de Miranda
    24 de dezembro de 2013

    Após ler uma série de observações sobre os comentários por mim postados neste concurso e suas respectivas respostas (infelizmente) concluí que fui tomado de certa pobreza de espírito. Em certos momentos nem fui técnico, muito menos humilde. Peço perdão a este escritor pelo comentário até maldoso por mim desferido. Sendo assim, apenas me resta ser breve: apenas alguns detalhes desencachados. Mas seu esforço é louvável e deposito esperança em sua próxima obra.

  9. Weslley Reis
    23 de dezembro de 2013

    O contro prende, mas chega ao final com muitos furos e poucas pontas fechadas.

    Visto como o conto foi levado durante toda a narração, ficou faltando um grande choque.

  10. Frank
    22 de dezembro de 2013

    Como já foi mencionado, a leitura é muito agradável, mas o enredo parece ter furos. Além disso, pessoalmente, a história não agradou: achei-a pouco original.

  11. Sandra
    21 de dezembro de 2013

    Logo de início me preparei para me desembocar em Os Outros. Mas me desencontrei um bocadim com o final. Fiquei meio confusa pelo fato de a protagonista ser um fantasma, mas ter se relacionado com a irmã e o cunhado… Falta um pontinho de virada, mesmo que seja sugerido, onde possa ocorrer essa metamorfose.
    De resto, só posso dizer que essa escrita recheadíssima de lirismo, de imagens tão perfeitas e gramática correta tem um estilo Sr. Phantom Monk, que não me passaria despercebido, nem se as peças desse quebra-cabeças estivessem com a face para baixo.
    Você pega as palavras e faz delas um brinquedo…
    Boa sorte!

  12. Jefferson Lemos
    18 de dezembro de 2013

    Achei muito bem escrito, e posso dizer que o melhor que li até agora, apesar de não ter gostado muito da rapidez do texto. Estava gostoso de ler e eu esperava mais, rs
    Enfim, você escreve muito bem e tem um ótimo material em mãos, uma encorpada no texto deixará ele melhor.
    Parabéns e boa sorte!

  13. Pedro Luna Coelho Façanha
    18 de dezembro de 2013

    Bacana e bem escrito, mas não achei a história interessante e por isso não pude gostar mais. E o curioso é que dos que li até agora, esse está entre os melhores.

  14. susyramone
    17 de dezembro de 2013

    Escrita excelente, esmerada, mas quando foi que a Paula morreu? Quem sabe, assim que a irmã e o cunhado saíram do apartamento? Fiquei pensando, e talvez esta tivesse sido a sua ideia, mas reli e não encontrei indícios. Apenas este detalhe ficou a desejar, de resto, está perfeito na minha opinião.

  15. Pétrya Bischoff
    16 de dezembro de 2013

    Muitíssimo bem escrito, ortografia toda corretinha. Uma dança maravilhosa com as palavras, descrevendo situações, local e sentimentos da personagem.
    Cheguei a pensar que a corretora estava fechando negócio com verdadeiros vivos, que Paula não via. Talvez só visse a corretora, pensou que esta estava falando com ela. Não houve assinatura de contrato, nem mudança. Os sons na casa, bem como a tv ligar sozinha, cortinhas, etc… são os vivos que Paula não quer ver. Só não consegui descobrir a irmã e o cunhado, poderiam ser de sua imaginação também, no entanto falaram com a vizinha. Daí minha teoria caiu por terra T_T
    Apesar de ser um texto muito bom, não me agradou 😦

  16. Gunther Schmidt de Miranda
    15 de dezembro de 2013

    Tudo ia bem: havia um local, havia um tempo (uma sexta-feira, talvez 13), o texto prendia a atenção, bem escrito até que tudo foi ladeira abaixo!
    Como um fantasma arranjaria dinheiro para comprar um imóvel?
    Existe imobiliária no além?
    Não senti nenhum calafrio…

  17. Elton Menezes
    13 de dezembro de 2013

    Sobre o título… Divertido e bem bolado.
    Sobre a técnica… Escrita maravilhosa, com a dose certa de lirismo para descrever os gostos e sentimentos da protagonista. Ortografia corretinha.
    Sobre a história… Idéia curiosa, até divertida. A moça que busca a paz eterna num velho apartamento. Mas peraí… A coisa travou nesse ponto para mim. Apesar da idéia cheia de humor negro, as coisas se perdem quando você se pergunta por que um fantasma moraria aí. Como um fantasma arranjaria dinheiro para comprar, ou como faria para assinar um contrato. Talvez a idéia tivesse funcionado muito bem se a corretora também fosse fantasma, a tal irmã não existisse, e de repente os tais barulhos que ela ouvia fossem os verdadeiros moradores da casa. Ficaria meio “Os Outros”, mas faria mais sentido se puxarmos para a realidade.
    Sobre o final… Complementando o que eu disse, ficou bem escrito, cheio de humor negro e ironia, mas recai no que eu falei da história, que acabou cheia de buracos apenas para dar vazão a tal final.

  18. Caio
    12 de dezembro de 2013

    Olá. Achei curioso, porque gostei da narrativa, do tom sincero e, não sei, dessa veia honesta que vai levando ao final, mas ao mesmo tempo… será que faltou inspiração? Boas histórias tem muitos lados, mas se a gente dividir em dois grandes, o enredo e a escrita, o seu texto tem pouco deste e bastante daquele. Quem sabe se depois da saída da irmã e antes do final você não colocasse algum conectivo. Por exemplo, ela está andando pela casa de noite e a tv liga de novo sozinha, ela se assusta, cambaleia um pouco, se enrosca nas cortinas que estão dançando e tropeça num piso mal encaixado e cai. Acorda e se passa o final, em que a gente descobriria que ela morreu, vítima das pequenas coisas antes tão belas e que ela se recusou a ver como sinais de assombração. É só um exemplo, mas que mostra como você podia ter trazido um senso de propósito maior ao texto, e ainda surpreender o leitor ao dar função de enredo às descrições poéticas que a gente lê e acha que é só estético. Assim dando um enredo maior sem precisar perder a beleza nem recorrer a absurdos.

    Ahn, espero que não leve a mal essa intromissão na sua criação… é que é tudo muito benfeito mesmo, nesse conto, e eu me senti relacionado a ele por essa sinceridade que eu mencionei, mas faltou esse lado de história. Espero ajudar, abraços

    • Phantom Monk
      12 de dezembro de 2013

      Tinha decidido não responder aos comentários postados aqui, pelo menos até a conclusão do desafio. No entanto, gostei tanto das suas colocações que não resisti. Depois de ler os comentários anteriores e concordar com a falta de explicações, fiquei imaginando em como poderia reescrever o final do conto dando sentido ao fantasma. E você foi o primeiro a me sugerir algo de fato. Iluminou o canto das ideias perdidas. Thanks.

  19. Gustavo Araujo
    11 de dezembro de 2013

    Dos que li até agora, este é o melhor em termos gramaticais. O autor sabe o que está fazendo, tem total domínio da escrita e sabe como poucos empregar metáforas com efeito surpreendente. Quanto à história em si, digo que fui absorvido por ela. O desenvolvimento ficou excelente, muito bom mesmo. O problema foi o final. Muito abrupto. Creio que o autor sucumbiu à tentação de dar à narrativa um tom inesperado a qualquer custo. O resultado foram os furos já apontados pelos outros leitores. Se a história tivesse prosseguido, explicando os encontros com a corretora e com a irmã/cunhado, a amarração das pontas ficaria melhor. Em todo caso, um bom conto.

  20. Inês Montenegro
    10 de dezembro de 2013

    Gostei muito da escrita, os diálogos interessam, as descrições prendem, as comparações permitem uma associação rápidas, os vocábulos parecem inserir-se perfeitamente… E tudo encontra-se muito bem equilibrado.
    Quanto ao enredo, gostei da ideia sujbacente, mas deixa demasiadas questões em aberto, questões de lógica, o que é pior: ela imaginou a visita da irmã e do cunhado? Estão todos mortos? Ou ela morreu depois? O mesmo vale em relação ao contacto com a agente imobiliária.
    O último parágrafo está particularmente bom.

  21. Marcelo Porto
    10 de dezembro de 2013

    Uma boa leitura. Mas não é um bom conto.

    Achei o final forçado demais, em nenhum momento o autor dá sinais e ou infere a verdadeira situação da protagonista.

    Tá todo mundo morto? As visitas são imaginárias ou paranormais, enfim, terminei a história decepcionado.

    Uma narrativa tão agradável merecia um final melhor.

  22. bellatrizfernandes
    10 de dezembro de 2013

    Gostei.
    O autor(a) conseguiu utilizar bem da personagem para contar a sua história, conseguiu nos dar alguém que parece real parra nos agarrar. Mas de alguma forma, a história me pareceu meio vazia, meio forçada.
    Se ela era um fantasma, a irmã e o cunhado a viam? Não sabiam que ela morreu?
    Acho que é isso.
    Em termos de gramática, sem falhas que eu tenha notado.
    Beijos!

  23. alanadasfadas
    10 de dezembro de 2013

    Gostei do conto, bem leve e gostoso de ler!

    Não encontrei erros notáveis, que mereçam ser destacados. As frases são curtas, deliciosas de ler… Só tem um porém nisso tudo: faltou um pouco mais de explicação. Gosto de finais abertos, mas não tão abertos como este! Assino em baixo do comentário do Marcellus, fiquei com as mesmas dúvidas que ele!

    Abraços e parabéns!!!

  24. Thata Pereira
    10 de dezembro de 2013

    Muito prazeroso de ler, mas fiquei com uma sensaçãozinha de vazio, de que poderia ter esticado mais um pouquinho e desenvolvido mais a história. O final é previsível, mas eles não me incomodam. Adorei muito a última frase do texto.

    Achei a relação das irmãs muito estranha (são irmãs mesmo?).
    “Conteve seus instintos assassinos”, assassinos? Para cima da irmã e do cunhado? Paula me pareceu, na verdade, muito calma para ter um instinto assassino rs’

    Boa Sorte!

  25. Marcellus
    10 de dezembro de 2013

    Gostei do conto, mas adoraria ter um pouquinho mais explicações (ou alguma explicação). Paula era um fantasma em crise de negação? As outras personagens eram fantasmas vivendo em um ‘mundo paralelo’ ao nosso?

    De qualquer forma, parabéns ao autor!

  26. selma
    10 de dezembro de 2013

    Gostei de ler, é confortável e vai enlevando. A historia é boa, poderia ter sido mais aproveitada, embora exista a máxima de que “menos é mais”! Parabéns!

  27. Bia Machado
    10 de dezembro de 2013

    Gostei do conto, uma boa narrativa. Mas não posso negar que o final me incomodou um pouco, só porque eu queria um pouco mais de continuação, rs. Talvez para explicar como tudo aquilo aconteceu, se as outras pessoas também eram como Paula, ou não, tudo isso está martelando agora na minha cabeça, e é claro que falo por mim, não é nada geral, e aliás, gosto de finais abertos, mas concordo com o Ricardo, faltou um certo “impacto”.

  28. amandaleonardi23
    10 de dezembro de 2013

    Nossa, adorei! O estilo é muito bom, bem poético, meu conto preferido do desafio até agora. Só achei a estória meio fraca, mas o enredo nem sempre precisa ser o ponto alto de um texto.

  29. Ricardo Gnecco Falco
    10 de dezembro de 2013

    Muito bem escrito. O autor “mostra-se” ( ao contrário dos fantasmas deste conto!) visivelmente hábil com a pena. Esperava um final mais impactante, menos aberto. Mas, a escrita é tão gostosa e as cenas são tão bem descritas que tudo passa como se estivéssemos num passeio de férias; mesmo que eternas. 😉
    Parabéns pela obra!

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Publicado às 10 de dezembro de 2013 por em Fantasmas e marcado .
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