EntreContos

Detox Literário.

Uma Espada Para Lilibeth (Drácula)

Impotência. A terra seca da estrada sob seus passos parecia fincar agulhas nos calcanhares fazendo as panturrilhas latejarem. Era apenas a poeira de uma longa estiagem. Nada podia fazer. Não se humilharia mais, deixando o corpo desabar. As dores seriam ainda mais excruciantes se fosse arrastada como um trapo. O ruído dos cascos do cavalo suplantava o fraco sopro do vento e a desolação daquela estrada.

— Água!

A voz, apesar de todo o sacrifício imposto, soava forte. “Uma Ulianov não se curva assim tão facilmente”. O soldado não se moveu na sela, mas ouviu o pedido. Os pulsos de Lilibeth começavam a arder pelo atrito da corda, mas não ousou esticá-la para chamar a atenção dele.

O homem fungou e o cavalo parou. Lilibeth teve um lampejo e deu dois passos para à direita, enquanto ele desmontava à esquerda. Outros dois passos e o animal estaria entre os dois. Poderia tomar de volta sua espada.

— Ei — gritou ele desembainhando uma adaga e apontando-a — Quietinha aí!

Contrariada, deu um passo atrás. Ainda com a arma em riste, livrou a correia e sacou o cantil da sela. Avançou com um sorriso cínico e tirou a tampa com a própria boca. Ela segurou o odre com dificuldade, por conta das mãos atadas.

— Um bom gole e só — avisou, encostando a faca no pescoço dela.

Abriu a boca ao máximo e prendeu a respiração, deixando a água invadir e encher a garganta. Devolveu o cantil com as bochechas infladas. Ofegou com os olhos fixos na espada no flanco do cavalo. O captor tornou a montar e retomaram o passo.

O sol escaldante — incomum naquela época do ano — não era problema para o homem. Um bom chapéu de feltro e aba larga o protegia. Lilibeth sentia o topo de sua cabeça arder. A pele clara não resistia a tanta exposição e a vermelhidão se estendia entre os fios de cabelo, o rosto, o pescoço e o colo. O suor empapava as peças íntimas. O maldito poderia amarrar suas mãos às costas e colocá-la sobre o cavalo, sentando-se por trás. A viagem seria mais rápida. Mas a ordem era extenuá-la.

Sabia o destino. A fortaleza na montanha não era segredo para mais ninguém. Como não era também a intenção de a terem caçado e capturado para o tal Conde Tepes. Lilibeth Anna Ulianov era a filha mais velha do mestre espadachim Viktor Ulianov. Sua cabeça estava a prêmio, por frustrar o ataque dos soldados à aldeia de Sevich, na noite de Saint Remy.

Entre tantos mortos por golpes de sua espada, dera cabo também de uma das prediletas do Conde — uma das concubinas assassinas — revelando a todos os aldeões as reais intenções do sinistro personagem: alimentar-se do sangue dos indefesos, estendendo o domínio dos vampiros naquela parte dos Cárpatos.

Dois esfarrapados haviam pedido abrigo sob a muralha de Sevich, alegando terem escapado da fortaleza. Ao cair da noite de festa, renderam os vigias e permitiram a entrada de uma leva dos soldados do Conde, que capturaram todos os jovens ainda vivos. Uma carroça cheia deles partira para as montanhas, antes dela. Lilibeth deveria seguir a pé, humilhando-se conforme as exigências do vampiro. A viagem drenaria suas forças. Desejava-a impotente, incapaz de lutar pela vida.

Lilibeth intuía que o real desejo do vampiro era transformá-la. Daí a viagem torturante. Onze milhas entre a aldeia e as montanhas. O caminho agora serpenteava pela encosta e em breve, chegariam à fortaleza. Exausta e sofrendo com as dores nos pés descalços, pensava em como mudar sua sorte.

O corpo — e a cabeça decepada — da concubina, transformara-se em pó tão logo raiou o dia. O Sol cuidou de apagar de vez a existência daquela “coisa”. Lilibeth sofria com as queimaduras da viagem, mas não era avessa ao astro-rei. Apreciava vê-lo brotar atrás dessas mesmas montanhas que ora escalava, dourando as hastes de capim nos campos além da muralha de Sevich. Isso enchia seu coração de esperança. O clima naquela região, predominantemente frio, convidava as pessoas a apreciarem a luz solar. Detestaria ser transformada e obrigar-se a evitar o contato para todo o sempre.

Detestaria todas as outras obrigações também. Subjugar-se como uma escrava sexual de um ser abjeto e desconhecido. Alimentar-se do sangue e da vida de pessoas indefesas. Submeter-se a uma ideia de dominação que não considerava a comunidade e sim o indivíduo. Não era seu projeto de vida.

Nada indicava se teria sucesso em uma tentativa de fuga. “Mas, seria mais útil morrer tentando, ao invés de se entregar”. Não gostaria do sangue da última dos Ulianov, cooptado por seres das trevas.

Uma curva na estrada os levou para a parte sombreada pelas escarpas e algo pareceu mudar ao redor deles. A atmosfera ficou espessa e fria e alguns passos bastaram para Lilibeth recobrar um pouco o ânimo. O soldado não pareceu notar isso. Um corvo crocitou, atraindo os olhos da mulher. Vislumbrou, adiante, o grande portão da fortaleza e dois soldados, portando lanças compridas nas laterais. “O lugar deve estar cheio deles, todos lacaios do tal Conde”.

Forçava-se a imaginar uma maneira de escapar da armadilha. Os guardas da entrada exibiram um sorriso cínico ao pôr os olhos em Lilibeth. Sua fama a precedia. O portão subiu para lhes dar passagem e viu outros dois cuidando do içamento. O lugar parecia um antro, à parte do mundo além das sombras. Sentiu-se penetrar em um súbito inverno.

Varria com os olhos o local, calculando a utilidade de cada descoberta. Poucos archotes nas paredes, forneciam luminosidade ruim. Mas muita coisa de madeira estava à vista. Uma mesa, à esquerda da construção principal, reunia outros seis homens. Seu “acompanhante” desmontou e com um movimento de braço, fez a corda girar no ar e enrolar-se ao longo do tronco dela. Fez uma mesura e apontou o caminho com a adaga. A espada permaneceu no flanco do cavalo. “Perdida. Ao menos até me livrar do Conde.”

O interior era melhor iluminado. Ouviu vozes vindo de uma escada que conduzia a um piso inferior. Gemidos, em sua maioria. “Os aldeões”. O homem a acompanhou até uma porta dupla de madeira e bateu nela com o cabo da arma.

— Entre Ulianova!

Uma voz grossa, um tanto rouca. “Deve ser o tal Conde”. O soldado a livrava da corda, na soleira da porta aberta. Lamparinas a óleo, fixas na parede que podia ver, deixavam a sala bem iluminada. A ponta da adaga encostou em seu pescoço e seu braço esquerdo foi torcido nas costas. Foi empurrada para dentro e ao se empertigar, livre de seu vigia, vislumbrou todo o aposento. Era uma sala de estar com poltronas acolchoadas, uma estante de livros e uma pele de urso diante da grande cadeira onde se sentava o Conde. A única janela, por trás dessa cadeira, estava selada com tábuas de madeira.

Tinha cabelos negros e olhos de um azul cinzento e mórbido. Um ricto decorava a expressão de curiosidade naquele rosto de um branco irreal. Lilibeth não se deixou levar pelo olhar sinistro da “criatura”. Fixou os olhos em um broche oval preso logo abaixo do pescoço. Uma gema esverdeada, com detalhes em dourado. Apoiava o queixo em uma das esqueléticas mãos de unhas compridas.

— Ah! — disse ele.

A visão periférica dela captou um brilho de aço sobre o tampo de um aparador e a esperança encheu seu coração. Abaixou a cabeça e cruzou os braços diante do corpo, mantendo-os esticados. Entrelaçou os dedos. Esse gestual durou um instante e seus olhos voltaram para o broche. Mas durante esse mísero instante, pôde perceber que a empunhadura da espada estava ao alcance dele.

— Então, essa é a Espadachim? Deixe-nos a sós.

O soldado fez uma mesura e antes de sair o Conde recomendou que não desejava ser incomodado. Lilibeth estava exaurida e não saberia dizer se poderia mover-se com rapidez suficiente para suplantar seu oponente. Sabia o “como” fazer: tomar a espada e executar um giro antes de estocar o pedaço de pescoço à mostra. Não podia prever, no entanto, o quão rápido aquela “coisa” se moveria ao tentar impedi-la. Por isso, como boa aluna de seu pai, buscou o controle da respiração, agarrando-se à pequena possibilidade de sucesso.

— Você conseguiu me irritar e ferir. Cortou-me o coração, ao matar Valerie. De verdade.

Tepes disse isso e riu. O som que saiu de sua garganta faria gelar o sangue de qualquer mortal. O medo se insinuou na mente de Lilibeth, mas não cedeu espaço. Espremeu seus olhos e manteve os olhos no ponto escolhido. Uma sensação estranha a invadia e forçava-a a encarar aqueles olhos cinzentos. “Olhos de um morto”. Continuava focada em sua estratégia.

— Valerie era especial. Já tive outras, mas nada como ela. Espero que você possa tornar-se interessante. Não costumo ser complacente com quem me rouba… um amor.

— Deveria tê-la alertado para não se meter com uma Ulianov.

Tepes espalmou as mãos nos braços de sua cadeira e inclinou o rosto à frente, num movimento firme. Lilibeth foi atingida por um vento súbito, gelado e não pôde evitar arregalar os olhos na direção dele. Nesse instante, ele a fisgou. Sentiu-se presa, como se a corda de seu lacaio ainda estivesse ao seu redor. Soprou o ar e piscou os olhos tentando cortar aquela sensação. Não conseguiu mover a cabeça. Algo invisível a prendia naquele olhar.

— Aprecio a sua valentia Ulianova. Será útil. Terei o seu sangue e lhe darei a vida eterna. Tu também te alimentarás do meu. Os Ulianov serão riscados da história, como tantas outras descendências. Desista de sua petulância.

Subitamente, a sensação se foi e Tepes gargalhou, voltando a se recostar no espaldar de sua cadeira. Levou um segundo ou dois nesse movimento. “É hora de dançar, Lili” — pareceu escutar o pai lhe falar. Descruzou os dedos e atacou.

Esticando os braços — como se preparasse um comprimento — atirou-se à frente, com toda a parca energia restante em seus membros inferiores. Dois passos rápidos, bailando em direção ao aparador. Um passo para à esquerda e girou o corpo, já de espada em punho. O Conde moveu o braço, tentando contê-la. A lâmina decepou parte daquele braço esquálido. A lâmina seguiu e voltou. Os olhos gelados tingiram-se de vermelho.

Abriu a boca numa horrenda mandíbula animal, com caninos proeminentes. A máscara do terror congelada num instante e, a seguir, o pescoço verteu um fio grosso de sangue vermelho.

Lilibeth ofegou e lutou para manter-se de pé. Suas pernas fraquejaram, mas golpeou novamente, terminando o serviço e desabando exaurida. A cabeça de Tepes rolou para o canto da parede, ainda exibindo os dentes pontiagudos e os olhos vermelhos. O corpo tombou para a frente. Sua algoz jazia a seu lado no chão, sem sentidos pelo esforço. Os soldados do lado de fora, escutaram o baque surdo de corpos contra o chão de madeira. Nada suspeito quando o Conde se alimentava.

Instantes depois, Lilibeth despertou. Não tinha forças para enfrentar os homens lá fora. Ainda que fossem apenas homens, não poderia dar conta de tantos soldados. O corpo sem cabeça ainda estava a seu lado. O sangue empoçara sobre a pele de urso. A respiração era difícil. Tentou controlar-se e apreciou as vigas e o madeiramento de sustentação do piso superior. “Haverá outros lá em cima? Sabem que decapitei o líder? Terão força igual a dele?”

Aos poucos foi se aquietando e controlando a respiração, lutando contra o extremo cansaço. Uma ideia se insinuou e seus olhos buscaram a cadeira onde o Conde Tepes estivera sentado. Forçou-se a erguer o torso sobre os cotovelos, girou o rosto e olhou a poça de sangue. Então, esticou os lábios e bebeu.

Sobre Fabio Baptista

30 comentários em “Uma Espada Para Lilibeth (Drácula)

  1. claudiaangst
    4 de maio de 2024

    Oi, Dracula, tudo bem?

    O conto aborda os temas propostos pelo desafio. A protagonista viaja, arrastada, mas viaja. O conde faz menção ao fato da moça ter roubado a vida da sua concubina preferida. Enfim, embora apareçam apenas como um tênue pano de fundo, ambos os temas estão presentes.

    Não encontrei falhas importantes de revisão. Talvez eu discorde do uso de algumas vírgulas (e a falta delas em algumas passagens).

    A linguagem empregada é clara, e o enredo desenvolve-se de forma fluida.

    Apesar da lentidão descritiva no começo da narrativa, há bastante ação durante o desenrolar final da trama, culminando em um desfecho que considero interessante.

    Boa sorte!

    • Drácula
      6 de maio de 2024

      Muito grato pelo comentário. Sigo tentando agradar aos públicos mais exigentes e reconheço que ainda tenho muito a melhorar. Espero contar sempre com o incentivo de todos os participantes desse desafio, ainda que com críticas “incisivas”. Muito me honra ter um parecer favorável de uma escritora tão profícua.

  2. Queli
    27 de abril de 2024

    Caramba!!!
    tenho que confessar, inicialmente, que não curto histórias envolvendo zumbis e vampiros, mas amei a sua história.

    Você escreve muito bem! É envolvente, claro, fluido e conduziu muito bem a trama.

    Não tenho ressalvas!

    • Drácula
      28 de abril de 2024

      Olá Queli. Confesso que com elogios assim, minha sede até se manifesta hehehe.
      Muitíssimo grato pela leitura e comentário. Como há vários colegas insistindo, pretendo em breve contar a estória toda dos Ulianov e a saga da secular Lilibeth.

  3. Luis Guilherme Banzi Florido
    24 de abril de 2024

    Olá, Drácula. Tudo bem?

    Estou voltando aos desafios após longos anos, então estou um pouco enferrujado, mas muito empolgado em ler os contos e deixar minha opinião! Obrigado por enviar o seu, e vamos lá:

    Um resumo rápido do conto: mulher é capturada após sua vila ser atacada e destruída pelo exército de um conde vampiro. Por ter matado a esposa do conde durante o ataque, Lilibeth, que descende de uma família de espadachins, é levada a pé até o castelo amarada ao cavalo, para que sofra bastante. Ao chegar ao castelo, consegue matar o conde e bebe seu sangue para se tornar vampira e sobreviver.

    Opinião e comentários gerais:

    De modo geral, é um conto gostoso de ler, que flui muito bem por contar com uma boa escrita e boas descrições. Percebi que o foco do autor está na viagem, e não tanto na cena no interior do castelo, o que pode ser justificado pelo tema do desafio. A impressão que fiquei é que o conto funcionaria melhor como algo mais longo (mas você precisou se manter dentro do limite do desafio e decidiu focar na viagem, eu entendo). De todo modo, um pouco mais de desenvolvimento na cena do encontro entre Lilibeth e o conde com certeza valorizaria muito a história. É criada bastante expectativa para esse embate, que acaba sendo um pouco frustrada pelo curto diálogo entre eles e pela facilidade com que a mulher derrota o vampiro.

    Quero dizer, com certeza a criatura é centenária, experiente e já lutou e matou centenas de pessoas poderosas e capazes, então me parece meio infantil a maneira como ele é derrotado. Além disso, fica estabelecido que ele possui um tipo de controle mental, o que me faz estranhar que, mesmo pegando-o distraído, a moça tenha tido tempo de dar dois passos, girar e atacar. De todo modo, são apenas minhas impressões sobre a parte final. Acredito que esse conto possa ser retrabalhado, agora fora dos limites do desafio, dando profundidade ao encontro entre eles com mais diálogos e um embate mais desafiador, quase impossível.

    Por outro lado, gostei da conclusão No momento em que acreditei que ela simplesmente aceitaria a morte, ela decide fazer algo terrível para sobreviver, o que combina com a construção da personagem que você fez bem durante o conto para justificar esse momento de coragem. Minha única dúvida sobre a cena é: me parece que você se inspirou e seguiu a mitologia do Drácula, e fica de certa forma estabelicido no seu conto que a pessoa que seja transformada pelo conde precisa beber seu sangue para continuar vivendo. Se isso for correto, como ela será capaz de sobreviver se o sangue dele vai “morrer” com ele? Essa pergunta não faz diferença no contexto do conto, que se fecha bem do jeito que está. Estou perguntando apenas como sugestão caso você realmente deseje continuar a história e ampliar o universo que criou. 

    Ademais, a escrita está boa e eficaz, com alguns poucos problemas, como quando você separa o sujeito do verbo por vírgula em um ou outro momento, como: “Os soldados do lado de fora, escutaram o baque surdo de corpos contra o chão de madeira.” Além desse, isso também acontece em alguns outros momentos, além de um excesso de vírgulas ao longo de todo o texto. Apesar de essas vírgulas estarem em geral usadas corretamente, elas atrapalham um pouco a fluidez do texto, algo que pode ser evitar ao refrasear.

    Obrigado por nos trazer um suspense/terror, algo que aprecio muito e que geralmente é escasso por aqui.

    Obs final: gostei de como a imagem se encaixa perfeitamente como continuação do final do conto, dando a impressão de que algo mais vem por aí. Se eu pudesse dar uma opinião final seria: esse conto é material para algo maior, off desafio: o antes, o depois, um melhor desenvolvimento do encontro entre moça e monstro, o universo onde eles vivem, o mito do vampíro nesse universo, o alcance e limites dos poderes, etc.

    Enredo 7,0

    Ritmo: 7,0

    Desfecho: 8,0

    Técnica 7,0

    Construção de personagem: 8,0

    Total: 7,4

    Parabéns pelo trabalho e sucesso no desafio!

    • Drácula
      24 de abril de 2024

      Caro Luis Guilherme,
      Antes de mais nada, bem-vindo de volta. Muitíssimo grato pelos comentários. Na premissa original, a ideia não era o foco em Viagem e sim em Roubo. A pressa é inimiga da perfeição, mas meu tempo diante da folha em branco é escasso. E para atrapalhar ainda mais, o mês de abril foi extremamente fecundo. Várias idéias e concursos a se inscrever (a última, foi ontem à notinha).
      Lilibeth terá sua estória contada, de cabo a rabo, com toda a certeza. Já me organizei o suficiente para isso e aguardo apenas o final do desafio. A medida que construí e aparei as arestas da narrativa, tive vislumbres sobre o que e o como dizer a respeito do antes e do depois da “minha Lagertha”.
      Como bom aprendiz, voltei ao banco da escola e capturei aulas de gurus da nossa amada Língua Portuguesa, para aprender mais sobre vírgulas e sintaxe também. A ideia é nunca deixar de tentar e (mais) nunca (ainda) dar-se por satisfeito. Conhecimento não ocupa espaço.

      Sobre o “beber o sangue”, considerei o seguinte: imaginemos Lilibeth se explicando para seu Anjo da Guarda:
      – O que você queria que eu fizesse? – pergunta a vampira
      – Me esforcei para lhe proteger e dar-lhe coragem para o último golpe e você faz isso? Transforma-se em um monstro? – replica o Anjo.
      – Cara, sinceramente? Estava no bico do corvo, cansada pra dedéu, louca por um banho e cama. Teria que levantar e lutar com mais quantos? Uns dez? Pensei: “Quer saber? Vou beber essa magia aqui e virar a f*&dona da p** toda, ora bolas” E bebi. Agora quem manda na bagaça sou eu.

      E foi isso. Muitíssimo grato mais uma vez e um conselho desse iniciante: esses desafios são um “professor” excepcional. Mesmo que meu conceito final seja ruim, já ganhei um tesouro sem preço. Por isso, caríssimo, não se afaste. Abraços.

      • Luis Guilherme Banzi Florido
        24 de abril de 2024

        Fala, Drácula! Legal! Me parecem boas ideias para a continuação da história! Quando continuar desenvolvendo o texto, pós desafio, se quiser pode contar comigo como uma espécie de “leitor beta”. Posso continuar lendo e opinando, se te interessar. Abraço!

  4. Mauro Dillmannn
    17 de abril de 2024

    Um conto rico em cenas, como se estivesse narrando um filme. Aliás, tem bastante descrição, poucos diálogos, falas, pensamentos.

    Não sou familiarizado com a literatura mais voltada à fantasia, especialmente com o tema vampiros. Mas sei que existe muita coisa publicada nesse sentido.

    O conto está relativamente bem escrito, embora bastante entranhado de caracterizações, acredito que na ânsia de ambientar e conduzir o leitor.

    Um texto muito adjetivado cansa o leitor. Num mesmo parágrafo aparece cabelos “negros”, azul “cinzento”, branco “irreal”, broche “oval”, gema “esverdeada”, mãos “esqueléticas”, unhas “compridas”. O texto tem ‘gordura’, poderia ser mais limpo, seco.

    Penso que o tema foi contemplado na viagem de Lilibeth.

    Um detalhe: “dois passos para à direita” (aqui não tem crase, exceto se a construção fosse “dois passos à direita”. Como já incluiu a preposição ‘para’, não precisa do acento grave).

    Parabéns.

    • Drácula
      17 de abril de 2024

      Muito grato pelo comentário. Não havia pensado nisso, do excesso dos adjetivos. Excelente dica. Sim, outros apontaram o erro na crase. Abraços

  5. Vladimir Ferrari
    16 de abril de 2024

    Escrevi uma estória muito parecida com essa e por isso, tive de consultar meus cadernos velhos. No meu conto há um herói que luta com vários opositores desde o entardecer até a noite alta, quando invade o castelo e enfrenta o vampiro. Mas o componente da minha versão, é que “Conde” e “Herói” são amantes. Como você citou aos outros comentaristas, sua intenção era contar a viagem, o sofrimento. Ficou quase bom, na minha opinião. Deveria ter se aprofundado mais no que se passava na mente da protagonista. E antes que você me condene, é uma opinião. Aceite-a SE QUISER.
    Alguns comentaristas sugeriram e farei coro: continue. Dê asas de vampiro à sua imaginação. Por exemplo: conte o “antes” dos Ulianov. Os horrores do “condado” (ou reinado?) do Conde Tepes (SUGIRO trocar o nome, ficou clichê. Troque se quiser, ok?). A estória pode ficar muito boa e fugir do formato conto para uma novela talvez. Sucesso.
    P.S.: pode deletar meu comentário se quiser.

    • Drácula
      17 de abril de 2024

      Interessante, Vlad. Mas um romance fugiria da proposta do desafio, que é Viagem e/ou Roubo. Realmente, Tepes é “manjado”, mas foi proposital por conta do Pseudônimo. Penso seriamente em dar sequência ao conto, transformando-o em uma novela talvez. Aprofundar-se na mente de Lilibeth é interessante, mas isso provavelmente deixaria o texto mais denso. Não tenho gabarito para um romance, ainda. Muito grato.

  6. Priscila Pereira
    16 de abril de 2024

    Olá, Drácula! Tudo bem?

    Vou deixar minhas impressões sobre seu conto, lembrando que é a minha opinião e não a verdade absoluta. (Obviamente)

    Conto muito interessante. O clima de suspense e a insinuação do terror foram bem elaborados, a ação bem descrita, as reflexões da personagem muito bem pensadas.

    O conto está bem escrito, fluído, com uma boa revisão. A ambientação ficou ótima, no começo podemos sentir a sede, o calor, a tortura da protagonista e depois o clima muda dentro do castelo do vampiro, o frio, a iluminação, tudo muito bem escrito.

    O tema pode ser considerado a viagem que a protagonista foi obrigada a fazer e também o sequestro (que não deixa de ser um roubo).

    Única coisa que pra mim ficou estranho foi a “facilidade” com que a protagonista conseguiu matar o vampiro… Foi meio anticlímax. Mas ela decidir beber o sangue dele para poder “sobreviver” com dignidade foi uma boa sacada.

    Boa sorte no desafio!

    Até mais!

    • Drácula
      17 de abril de 2024

      Fico-lhe grato pela apreciação e sou obrigado a concordar sobre a facilidade (já que é quase uma unanimidade). Mas, pensando cá com meus botões: quem forjou vampiros super-poderosos foram os outros autores, não eu. Meu Conde Tepes é um morto-vivo um pouco mais poderoso que um Walker kkkk.
      Muto grato pelo comentário e prometo a você e aos demais, não fazer um vampiro tão banana kkkk (será que cometi um sacrilégio?)

  7. Antonio Stegues Batista
    15 de abril de 2024

    Texto bem escrito, com algumas belas frases e palavras clichês, ambiente lembrando a região da Valáquia. A história me pareceu parte de uma maior, um resumo citando as cenas anteriores. O conto é uma clássica cena do Gênero Fantasia e gênero Terror/Vampiro. Uma guerreira que caça vampiros é capturada e levada ao castelo do conde Tepe, referência ao conde Vlad Tepes da Romênia, de que Bram Stoker se inspirou para criar o Conde Drácula, o rei dos vampiros. Se fossem os servos vampirizados de Drácula, com certeza, sedentos de sangue, não deixariam a Lilibeth viva. Acho que a guerreira venceu o vampiro muito rápido, a luta poderia ser mais extensa, demorada, dando mais emoção e suspense às cenas. Terminou rápido demais.

    • Drácula
      15 de abril de 2024

      A proposta não era, em absoluto, descrever a luta entre o Conde e Lilibeth. A viagem, tanto no esforço físico da protagonista, como o roubo do poder da imortalidade, sim. Mas muito grato por apreciar o texto. Bram Stoker inspirou-se em “Carmilla”de J.Sheridan Le Fanu também.

      • Antonio Stegues Batista
        16 de abril de 2024

        Drácula foi escrito principalmente na década de 1890. Stoker produziu mais de cem páginas de notas para o romance, extraindo extensivamente da história e cultura da Transilvânia.[2] Alguns estudiosos sugeriram que o personagem de Drácula foi inspirado por figuras históricas como o príncipe valáquio Vlad, o Empalador, ou a condessa Elizabeth Báthory, mas há um desacordo generalizado. As notas de Stoker não mencionam nenhuma das figuras.[3] Ele encontrou o nome Drácula na biblioteca pública de Whitby enquanto passava férias lá, escolhendo-o porque achava que significava diabo em romeno.[4] Fonte; Wikipédia.

      • Drácula
        28 de abril de 2024

        A Wikipédia é uma fonte um tanto quanto estranha. Além de um volume chamado “O Diário de Drácula” citado, de 2015, há também a longa reportagem da Revista Superinteressante, de 2020 e o citado livro de Sheridan Le Fanu, que introduziu o termo “vampiro” na literatura em 1872. Mas, tá valendo! Abraços, caríssimo Mr. Stegues.

  8. Thales Soares
    15 de abril de 2024

    Escrita:
    A escrita é de um nível bastante elevado, capturando efetivamente a essência do gênero gótico com descrições detalhadas e um tom sombrio. O autor demonstra uma habilidade extrema para compor cenas bastante vívidas, mostrando ser um grande escritor. No entanto, o excesso de foco nesse aspecto tornou o texto muito denso e descritivo. Na minha opinião (e agora saímos do âmbito da técnica, e entramos numa questão de gosto pessoal), histórias assim me deixam um pouco cansado ao ler, e por mais bem feito que as construções estejam, para mim não foi uma leitura muito fluida, com palavras excessivamente complicadas.

    Adequação ao Tema:
    O conto aborda ambos os temas, “Roubo” e “Viagem”. Porém, talvez pelo fato de não focar em um único tema, ele apenas dá uma pincelada em cada um, não sendo o cerne da história. O roubo, pelo que eu entendi, é da ameaça de ter a humanidade de Lilibeth roubada pelo vampiro, transformando-a em uma criatura da noite. A viagem é aquela relatada na introdução, mostrando Lilibeth indo com seu captor até a fortaleza do Conde Tepes.

    Entretenimento:
    O conto contêm suspense, ação e elementos de horror gótico. A tensão é construída de maneira eficaz, mantendo o leitor ansioso pelo desenrolar dos eventos e pelo destino da protagonista. O confronto final entre Lilibeth e o Conde Tepes é particularmente chato, devido à facilidade com que a garota derrota o antagonista. Tudo bem, foi dito na história que ela era foda, tipo a Buffy, a Caça vampiros. Mas um Lorde das Trevas que é derrotado sem dar nenhum trabalho, de forma tão… instantânea…. como se ele fosse um vampirinho de fundo de quintal, estragou um pouco da experiência do final. E por falar em final… a Lilibeth bebeu o sangue do vampiro? Pera… o quê?! Por que diabos ela fez isso? Foi por pura raiva e sede de vingança? Foi com o intuito de se transformar em uma vampira? Mas… por que ela quereria algo assim, sendo que de início, esse é justamente o maior medo dela? Não compreendi nada a respeito da motivação que levou a personagem a cometer um ato tão insensato!

    Conclusão:
    PONTOS POSITIVOS:
    – Escrita extremamente rica.
    – Temática gótica com elementos fantásticos de vampiros.
    – Ambientação da história muito bem descrita, dando uma boa atmosfera.

    PONTOS NAGATIVOS:
    – Não deu muito destaque ao(s) tema(s).
    – Texto descritivo demais em algumas passagens, deixando um pouco cansativo.
    – Desfecho insatisfatório, com facilidade de resolução, e um tanto inverossímil.

    • Drácula
      15 de abril de 2024

      O Plot, meu caro Thales, é justamente Lilibeth decidir-se por assumir a posição de BadAss Vampire, no lugar de continuar lutando e quase perdendo a vida pela sobrevivência. Muito grato por apreciar a escrita, apesar de condenar as descrições. A intenção era focar na viagem e os motivos desta e não criar uma heroína.

  9. Kelly Hatanaka
    14 de abril de 2024

    Costumo avaliar os contos com base nos seguintes quesitos: Tema, valendo 1 ponto, Escrita, valendo 2, Enredo, valendo 3 e Impacto, valendo 4. Abaixo, meus comentários.

    Tema
    Ih, lá vem a chata do tema. Tem viagem? Até tem, porque Lilibeth é levada de Sevich até a fortaleza do Conde Tepes. Mas esta viagem, apesar de seu objetivo de exaurir as forças de Lilibeth, é apenas um pequeno detalhe da história. Ainda se algo relevante acontecesse durante o trajeto… Considero que atende parcalmente ao tema.

    Escrita
    Uma escrita muito boa, bonita, correta, gostosa de ler. Os diálogos e os pensamentos de Lilibeth estão bem definidos, têm voz própria.

    Enredo
    Não sei se sou eu, mas ando com a impressão de que as narrativas andam correndo no final. Gostei muito da história, mas fiquei com a sensação de que o trecho da viagem, em que nada acontece, se alongou e quando, finalmente, chegamos à fortaleza e há o confronto com Tepes, tudo ocorre rápido demais. Achei também que foi muito fácil derrotar o conde. Ok, Lilibeth é filha de um mestre espadachim e a história sugere que ela é uma excelente guerreira, mas mesmo assim. Tepes dá uma mostra de seu poder. Penso que deveria ter sido mais difícil matá-lo.

    Impacto
    Muito bom! Apesar do que apontei em Enredo, gostei muito da história e da ambientação, da escrita. É um ótimo conto, muito gostoso de ler e que dá vontade de ver mais. Gostei também do final dramático, em que Lilibeth se transforma em vampira para poder derrotar o inimigo. Fica a pergunta: o que acontece depois?

    Parabéns pelo conto e boa sorte!

    • Drácula
      15 de abril de 2024

      É sempre um prazer contar com seus comentários Kelly. Creio que falta pouco para lhe “fisgar” por completo e muito me honra com os elogios e críticas neste e em outros trabalhos. Prova que sou um bom aluno. Sim, confesso que tive vontade de permanecer escrevendo e também um certo medo em “fazer algo na viagem”. Entendi que enveredei numa pegada um tanto “velho oeste”, com o sol escaldante e o suor. E que deixaria a estória entediante com mais adereços no covil, e na batalha final. Mas estamos crescendo. Muito grato pelo comentário.

  10. Regina Ruth Rincon Caires
    12 de abril de 2024

    A leitura dos contos do desafio, até aqui, também cumpre um dos temas escolhidos. Quem não está embarcando nesta VIAGEM?! Iniciamos a caminhada adentrando pelos horrores da Segunda Guerra, e, conforme devaneios do personagem, nós passamos pela Itália (citadas as Bases de Monte Castello, ou Castelnuovo, comuna de Vergato, ou na Toscana com a briga do soldado do 5º Exército Americano, e ”divagamos” até mesmo na miscelânea com a Guerra Civil Espanhola).  Depois, dentro da própria Itália, passamos pela apaixonante Veneza dos mistérios e dos ostentados amores, e dali partimos para a eterna Roma com sua encantada Via Appia Antica. E, num passe de mágica, estávamos em Singapura, dentro do parque “Gardens by the bay”. Não posso afirmar que em seguida fomos para a França, mas, como precisei pesquisar, particularmente e em pensamento, fui para o Louvre e acho que “analisei” a obra de Delacroix com o mesmo cuidado dispensado por Murilo, mas de outra perspectiva.   

    E, agora, chegamos à Romênia. Mais precisamente visitamos os tempos medievais da região da Transilvânia, universo dos vampiros. E estamos desfrutando de um texto de terror, obviamente com teor vampiresco.

    Um conto muito bom. Bem construído, com descrições perfeitas. Quem não caminhou com Lilibeth Anna Ulianov?! O leitor sente os pés esfolados, a terra seca fincando-os como agulhas, os punhos feridos e incomodados pelo atrito das cordas, a sede angustiante, e o corpo minado de forças pelo sol que queimava de modo inclemente.

    Texto de linguagem refinada, altiva. Há muita clareza no ato de narrar, a leitura flui sem qualquer embaraço. Diante da belezura da escrita, o uso de “mais bem” no lugar de “melhor” acho que seria mais harmonioso (“O interior era melhor iluminado”.). E, sonoramente, a palavra “ela” é danada para produzir cacofonia, portanto, acho que seria bom substituir “como ela” por “igual a ela – comparada a ela”. Quero reafirmar que a escrita do autor é refinada, admirável.

    Quanto ao tema, acredito que o roubo está bem definido quando, no desfecho, a personagem bebe o sangue do vampiro, roubando-lhe o poder: a supremacia sobre aquele povo. E a viagem sofrida, e competentemente descrita, feita por Lilibeth, também configura o outro tema (“Lilibeth intuía que o real desejo do vampiro era transformá-la. Daí a viagem torturante. Onze milhas entre a aldeia e as montanhas”).

    Parabéns pelo trabalho, Drácula!

    Boa sorte no desafio!

    Abraço…

    • Drácula
      15 de abril de 2024

      Confesso que fiquei extremamente feliz em ter lhe encantado dessa vez. Aprecio verdadeiramente suas sugestões e, outra confissão, estou aprimorando meus conhecimentos de revisão, tentando manter um fio narrativo uniforme, sem “licencinhas poéticas” conforme você observou.
      São incentivos que indicam que estou no caminho certo, mesmo diante de um ou outro Troiano. Muito grato pelos comentários.

      • Regina Ruth Rincon Caires
        15 de abril de 2024

        “Licencinhas poéticas”?!

    • Drácula
      17 de abril de 2024

      kkk
      Utilizar “mais bem” no lugar de “melhor” e a cacofonia citada. Considero “licenças poéticas” (ou seja lá que nome dão ao fato de ver o erro e deixá-lo propositadamente ali no texto). Muito obrigado pelo comentário, caríssima.

  11. Emanuel Maurin
    12 de abril de 2024

    Uma mulher capturada é levada ao castelo de um vampiro por um soldado. Ela luta com o vampiro, o mata e bebe seu sangue. O resto da vida dela é incerto.

    Achei que o conto não atende ao propósito do certame. Não vi nenhuma construção de viajem ou roubo, a não ser uma pequena parte sobre roubo, bem pequena mesma. A narrativa é fluida e a trama, que é meio batida tá bem estruturada e fluida.  

    • Drácula
      15 de abril de 2024

      Acompanho seu caminhar pelas veredas escuras dos comentários e vejo-o sempre resumir o enredo antes de opinar. Na minha opinião, isso é desnecessário. Mas é apenas minha opinião.
      Agradeço seu comentário e confesso que sinto muitíssimo não atingir seu discernimento com minha narrativa. Mas continuarei tentando encantar a você também nos próximos desafios. Fico descontente quando um leitor não consegue imaginar comigo a estória que narrei.
      Continuarei tentanto. Muito grato pelos comentários.

      • Emanuel Maurin
        17 de abril de 2024

        Faço um pequeno resumo para meu aprendizado, às vezes acerto, às vezes erro. Eu não sei fazer comentários elaborados com dicas de literatura, como muitos aqui fazem. Mas, o que realmente faço aqui é tentar.

  12. Angelo Rodrigues
    12 de abril de 2024

    Olá, Senhor Drácula.
    Conto legal de ler. Está bem escrito e mantém do começo ao fim um ritmo interessante.
    Um conto de vampiros e a luta contra eles. Ulianov e o Conde Tepes.
    O conto toma um curso bastante descritivo, falando da viagem do captor levando sua presa até o conde do mal. 
    O roubo, até onde pude perceber, está apenas em uma frase: “Não costumo ser complacente com quem me rouba… um amor.”. Concordo plenamente. Não se rouba o amor de ninguém, muito menos de um vampiro. Vai dar ruim.
    Bem, é o que temos. Um amor roubado.
    Um texto um pouco estranho quando mostra a saga de uma família, os Ulianov, combatendo o conde vampiro e, após ser morto pela última da raça, ela capitula e bebe o sangue do vampiro, transformando-se, ela própria, no vampiro que combatia. É isso?
    Achei que, por decorrência de não poder escapar da situação em que estava, ela resolveu dominar aquele povo todo tomando para si as competências daquele que foi o algoz de sua família. 
    Um conto rápido, ao estilo vim, vi e venci, quer dizer quase venci, porque me tornei aquele que combatia.
    Fiquei um tanto decepcionado com a garota. Tinha espaço para o conto continuar e ela, com as habilidades típicas dos Ulianov, quebrar a cara daquele povo todo que a cercava, gente do mal, com certeza. Mas isso não veio, e nossa heroica garota virou vampira.
    Notei algumas derrapadas textuais, tais como:
    “…deu dois passos para à direita…”
    “…deu dois passos à direita…”
    Algo que pode ser revisto com facilidade.
    Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.

    • Drácula
      15 de abril de 2024

      Como citei acima, a outro colega, caro Angelo, a ideia era Ulianova (o “a” do final, remete à descendência, como em Dracula, que vem a ser Filho do Dragão), tornar-se a Grande Vampira, ao beber o sangue do Conde, infiltrando-se no lado opressor no lugar do maior dos opressores. Como citei para a Regina, acima, estudo revisão de textos e pretendo evitar tais deslizes.
      Muitíssimo grato pelos comentários e confesso que ao chegar ao final dessa lista de comentadores, a vontade de escrever uma continuação faz meu sangue ferver.

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Informação

Publicado em 12 de abril de 2024 por em Viagem / Roubo.