EntreContos

Detox Literário.

Microcontos 2021 – Cazalbé (Felipe Lomar)

[A1]

Sentado no banco da praça, o homem admirava o vaivém. Mas aí tudo explodiu e todos entraram em desespero!

Cabo Canaveral, 28 de janeiro de 1986.

[B2]

– Bolas! Esta bicicleta está quebrada! Parece até minha vida: não importa o que eu faço, não sai do lugar!

– Pois é! Onde nossa filha arrumou isto? Como vamos nos exercitar com este estorvo?

– Ligue para a loja, faça uma reclamação. Como é mesmo o nome do modelo, “ergo”… o que?

– Ergométrica.

[C1]

“No meu tempo que era bom! Não havia essas chatices de hoje, a gente podia criar os filhos como bem entendesse, a esposa era submissa ao marido, quem não tinha direitos não reclamava disso porque senão levara porrada. Só lembranças boas, porque a demência já esqueceu de tudo de ruim!”

[D1]

O escritor cria um mundo novo em seus livros: personagens, paisagens, lendas, heróis e vilões.

Será que o herói irá salvar o mundo hoje? Claro que não, pois o escritor desligou o computador e esqueceu de salvar o arquivo.

[E1]

Lembro do tempo em que a gente se conhecia. Você dizia que iria durar pra sempre, e eu concordava.

Hoje, você é apenas uma vaga lembrança, e você nem lembra que eu existo.

[A2]

– Pelotão, sentido! – Grita o Sargento.

– Sua ordem não faz sentido, senhor! – Respondeu o recruta, bisonho.

– Claro que ela não faz sentido, ela não é um soldado!

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33 comentários em “Microcontos 2021 – Cazalbé (Felipe Lomar)

  1. anamartorelli
    10 de abril de 2021

    Oôh amigo Cazalbé,

    Arrancou-me alguns sorrisos pela ingenuidade das piadas, adoro! Acho que tem um bom conjunto, há quem vá implicar, mas tudo bem. A1 precisei pesquisar, tudo bem dar trabalho para o leitor, mas não sei se funcionou como conto.
    Temos no meio das piadotas alguns micros que saem deste clima, acho ótimo o equilíbrio. Inclusive destaco C1 e E1 como meus favoritos, reflexivos e profundos em curto espaço.

    Por fim parabéns pelos textos e boa sorte!!

  2. Ana Carolina Machado
    10 de abril de 2021

    Oiii. Abaixo falarei um pouco mais detalhadamente de cada texto :
    (A1)
    Um microconto com uma referência a um evento na vida real, sobre a explosão do ônibus espacial. Logo que li não entendi a referência, só entendi depois de uma rápida pesquisa.
    (B2)
    Um microconto sobre um diálogo entre idosos que estão tendo dificuldades de usar uma bicicleta de exercícios.
    (C1)
    Um microconto reflexivo que nos faz pensar em como antigamente as coisas eram maia difíceis para as minorias e que muitas vezes quem diz sentir saudade desse tempo são as pessoas que eram privilegiadas.
    (D1)
    Eu ri muito com o final desse. Eu ri e lembrei que uma vez isso aconteceu comigo. Estava escrevendo e me esqueci de salvar o arquivo.
    (E1)
    Um microconto melancólico sobre como amores que parecem ser para sempre um dia acabam e restam só lembranças ou as vezes nem isso.
    (A2)
    Uma piada leve sobre uma ordem que não sentido por não ser soldado.

    Parabéns pelos textos e boa sorte no desafio!

  3. Ana Maria Monteiro
    10 de abril de 2021

    Olá, Cazalbé.

    Relativamente ao primeiro conto tive de pesquisar, mas, achando bom, acaba por não ser um conto e ainda nos traz tristeza; já em B2 encontrei uma ponta de humor, não muito conseguido, mas satisfatório; C1 é muito bom!, merecia um comentário muito mais longo que ele, foi o meu favorito e com grande destaque relativamente aos demais; D1 também trás humor, mas este muito mais alcançado que em B2, ou seja, muito melhor; E1, também não chega a ser um conto, mas retrata bem a verdade de muitas situações, bastante comuns; E por fim, A2 termina de novo com humor, este fica no ponto intermédio entre os dois anteriores, mais baseado em trocadilho, funciona melhor que B2. Já disse o meu favorito, o que menos gostei foi B2.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

  4. Amana
    10 de abril de 2021

    Olá, Cazalbé, tudo certo? Então, no geral seus micros não funcionaram muito comigo. Mas gostei bastante do D1, embora a meu ver ele seria perfeito se fosse apenas o segundo parágrafo, onde se concentra o enredo todo. E gostei bastante do A1 pela lembrança e por ter feito com que eu pesquisasse para saber qual era o evento naquela data. Me surpreendi, eu vi pela tevê esse acontecimento. Muito trágico.

  5. Fernanda Caleffi Barbetta
    9 de abril de 2021

    [A1]
    A ideia foi excelente, só acho que a última frase ficou uma explicação, dando uma ajudinha ao entendimento, acho que isso tira um pouco o encanto de um microconto.

    [B2]
    Kkkk muito boa ideia. Ri muito aqui.

    [C1]
    Na minha opinião, “a demência me fez esquecer” seria melhor do “que a demência esqueceu”.
    Interessante ele saber que se esqueceu e, ainda assim, dizer que no seu tempo era melhor… achei estranho.

    [D1]
    Boa ideia, achei engraçado. E que raiva que dá quando a gente não salva.

    [E1]
    Este ficou legal. Curto, com uma história completa. Triste fim ao casal.

    [A2]
    Gostei da ideia e achei divertido.
    “Respondeu” – talvez fosse melhor disse porque não houve uma pergunta.
    “Bisonho” ficou estranho.

  6. Luciana Merley
    9 de abril de 2021

    Olá, caro autor.

    Para minha avaliação, utilizarei dois critérios principais: se o microtexto é uma HISTÓRIA e o IMPACTO que ela provocou.

    Gostei dos contos. Acho que faltou um pouquinho mais de trabalho na questão do impacto, do imprevisível, que é super importante para gerar a sensação ao ler um micro.

    [A1
    Um humor leve e gostoso. Um pouco ingênuo, mas bom.

    [C1]
    Uma boa crítica aos reacionários.

    [D1]
    Um bom meta-texto adaptado aos modernismos de hoje.

    [E1]
    Uma reflexão pessoal sobre um amor do passado. Não me pareceu um conto, com enredo e tal.

    [A2]

    kkkkkk ótima piada, adorei.

    Parabéns.

  7. Klotz
    9 de abril de 2021

    Lendo o pseudônimo imaginei que fosse uma brincadeira sonora para Carlos Alberto. Ao ver a imagem do banco da praça, tive certeza. A1 – Para mim o conto não funcionou pq a data não é como o 11/09, 25/12 ou 31/12. B2 – Procure a palavra certa. Em vez de “não importa o que eu faço” – não importa o quanto eu pedale. Em vez de “faça uma reclamação”, reclame. “ergo” …o que?” está sobrando. Diminuiu o impacto. C1 não é conto. É pensamento. D1 – Maravilha. Ainda bem que o micro salva sozinho periodicamente. E1 – Muito bom. A2 – piada de caserna – manjada.

  8. jeff A Silva
    9 de abril de 2021

    Olá caro autor ou autor.

    Só pelo pseudônimo já fiquei meio assim… Me remeteu a última seleção que li e comentei. Novamente uma coleção de humor impregnada em vários cantos de cada textos, com exceções pontuais. O primeiro é um deles, e que na minha opinião a necessidade de se saber da referência da tragédia do ônibus espacial torna o mini um tantinho seletivo e tira um pouco de seu brilho. Os demais soaram suas piadas sem muito objetivo e não me roubaram sorrisos. Sei que existe audiência para esse estilo de criação. Eu infelizmente não estou nela.

    Parabéns pelo trabalho e sorte no certame.

  9. Catarina Cunha
    9 de abril de 2021

    Micro: A narrativa e trama poderiam ser melhoradas. Percebo um estilo meio descomprometido, mas deve ser impressão minha.

    Conto: No A1 senti falta da trama. O A2, B2 e D1 é piada fácil, mas eu gostei. O E1 ficou devendo em emoção.

    Destaque: O C1 tem uma dicotomia que me causou bela estranheza. A demência do personagem só lembra-se de coisas ruins e o presente é pior ainda, mas ele era feliz assim porque, na verdade, sempre foi um homem ruim. Muito bom.

    “No meu tempo que era bom! Não havia essas chatices de hoje, a gente podia criar os filhos como bem entendesse, a esposa era submissa ao marido, quem não tinha direitos não reclamava disso porque senão levara porrada. Só lembranças boas, porque a demência já esqueceu de tudo de ruim!”

  10. Anorkinda Neide
    8 de abril de 2021

    Ahhh, Cazalbé.. não curti a piadinha no final, desnecessária.. sorry…boba… rsrs
    Mas vamos lá
    Tem algumas sacadas boas no seu trabalho e alguma piadas, como a segunda tb, o B2.. eu ri.
    Gostei mesmo do D1 pq metalinguagem é o que mais gosto de ler.
    Boa sorte no desafio
    Abraços

    • Anorkinda Neide
      8 de abril de 2021

      Voltei depois de ler os comentarios…
      Faz tanto tempo que eu não vejo televisão, não tem televisao na minha casa, pra ti ter uma ideia.. que eu desconhecia completamente este, pra mim novo, apelido do Carlos Alberto de Nóbrega!!
      agora suas piadinhas infames fazem sentido kkkkkk
      e o primeiro texto, seria o proprio sentado na praça? hehe
      desculpe mas este universo sbt não em faz rir nem um pouquinho…
      só pra falar mesmo da minha descoberta.. desculpa ae

  11. Fil Felix
    8 de abril de 2021

    Olá, Cazalbe!

    Pelo pseudônimo, já cheguei aqui esperando por um banco de praça e várias piadas. E até que nos primeiros encontramos um pouco desse humor mais “Praça é Nossa” que, confesso, não sou tão fã. Gostei muito de dois dos micros: E1 e A2. E1 é poético, mas forte e levanta várias memórias e emoções, é sempre interessante ler sobre esse tipo de assunto: os encontros e desencontros. O que despertamos nas pessoas, o que elas despertam em nós. Pensar se somos queridos em algum lugar. Ou se ainda somos lembrados. Pensar nas pessoas que esquecemos. Então foi um micro que me despertou muitas coisas, gostei bastante.

    Em A2 há um tipo de humor meio Recruta Zero que gostei, achei inteligente e traz aquela piada em cima da metáfora, trabalhando com o jogo de palavras. Meio Alice no País das Maravilhas. Também gostei e, por finalizar a coleção, meio que gostaria de ter lido mais piadas nesse sentido. Os primeiros micros não funcionaram muito bem comigo, como da bicicleta ergonômica, que é bem provável que eu que não tenha entendido. Ou o primeiro, com um quê histórico e tragicômico.

  12. davenirviganon
    8 de abril de 2021

    [cazalbé]
    [A1] Tive de buscar a referência fora do conto. Não funcionou como conto para mim.
    [B2] Mais uma anedota que um conto anedótico.
    [C1] A mensagem estava clara demais, não parecia um conto.
    [D1] A ideia do conto é muito boa, mas faltou mostrar mais e contar menos. E deixar o leitor imaginar o cenário por sugestão é ainda mais importante nos micros.
    [E1] É um lamento, uma lembrança mais que uma história em si. Achei ok.
    [A2] O humor aqui funcionou bem sem parecer uma piada. Gostei.

  13. Fernando Dias Cyrino
    8 de abril de 2021

    Olá, Cazalbé, Cá estou eu às voltas com os seus microcontos. Navego neles e vejo que você possui a competência para abraçar o leitor. Trabalha com a surpresa, com a mudança de expectativa de um jeito legal. Criativo, bom domínio do idioma, Ficou legal o que me apresenta, amigo. Destaco a ironia sarcástica do C1. Não somente o tempo apaga o passado. A demência também é capaz disso, não é mesmo? Bacana. Parabéns e o meu abraço.

  14. danielreis1973
    7 de abril de 2021

    Prezado(a) Cazalbé
    Gostei do coloquialismo de suas histórias, da agilidade narrativa e da despretensão em narrar ao invés de mostrar habilidades linguísticas. A meu ver, o mais fraco deles é o A2, com a polissemia do sentido trabalhada – só faltou falar que ele não podia pois estava soldado no chão (tu-dum-tá). De qualquer forma, bom trabalho, parabéns!

  15. Elisa Ribeiro
    7 de abril de 2021

    Um conjunto bem heterogéneo na abordagem. Achei A1 muito interessante, digamos, do ponto de vista conceitual: uma ficção histórica em formato mínimo. Nunca havia visto ou pensado nisso. Mas o micro que mais agradou veio no epílogo. O humor nonsense de A2 me capturou. Desejo sorte. Um abraço.

  16. cgls9
    6 de abril de 2021

    O melhor dos nossos desafios são as várias escolhas que os amigos fazem para apresentação de seus trabalhos. Você, me parece, apostou no humor e na piada pronta. E um estilo corajoso. Boa sorte!

  17. Fabio D'Oliveira
    5 de abril de 2021

    Olá, Cazalbé!

    Todos seus micros estão bem escritos, você consegue ser simples sem prejudicar a qualidade literária, entregando assim uma leitura fácil para nós. Não gostei de todos os contos, devo admitir, achei alguns genéricos, principalmente quando comparamos com outros que são inteligentes, como meu favorito A2, então fiquei com a impressão que você se segurou aqui. Gostei mais do A2 pelo jogo de palavras, que me obrigou a parar e refletir um pouquinho, e foi tão bem feito que isso não se tornou um estorvo.

    Foi uma boa leitura, porém. Parabéns pelo ótimo trabalho.

  18. Nilo Paraná
    5 de abril de 2021

    ola Cazalbé, gostei dos teus micros, bem humorados, bem estruturados e com bons finais. nota especial para C1, fantástico. parabéns, boa sorte.

  19. Elisabeth Lorena Alves
    4 de abril de 2021

    Olá, Cazalbé.

    Que triste e, que real. Obviamente que para quem desconhece a passagem histórica a que se refere [A1], cabe a necessidade de pesquisar. Mas Cabo Canaveral, com data e tudo, dá o desfecho da tristeza mundial televisionada. Até eu que nem tinha televisão em casa vi essa cena. Criar um contexto para esse desfecho foi genial.

    [B2] traz uma piada pronta, mas bem contextualizada. um humor necessário para depois do primeiro conto.

    [C1] é uma verdade incontestável. É um conto excelente. [D1] traz a tragédia cotidiana do escritor moderno. Ainda bem que mais moderno ainda é o uso de nuvem. Uso duas.

    [E1] mais uma história de amor que não resistiu ao tempo.

    [A2] Outro momento de humor. Acho que esse Cazalbé é o filho do Manoel. O trocadilho com o significado de sentido ficou bem feito.

    Sucesso no Desafio.

  20. Luis Fernando Amancio
    3 de abril de 2021

    Olá, Cazalbé,
    Bem interessante o seu estilo. Histórias permeadas por um humor leve, reflexões pertinentes e bom controle narrativo.
    Destaco, particularmente, o D1, metalinguístico. Também gostei do microconto sobre a bicicleta, embora, talvez, não tenha me surpreendido com o final (tava na cara que estávamos falando de uma bicicleta ergométrica). O E1 também seria um destaque, mas a repetição de “você” acabou travando um pouco a minha experiência.
    Em todo caso, gosto de observar quando a coleção de micros tem uma marca autoral – e é o seu caso. O conjunto da obra proporciona um bom entretenimento ao leitor.
    Parabéns e boa sorte!

  21. j2bohn
    2 de abril de 2021

    MICROCONTOS 2021 – CAZALBÉ

    A1: Para mim uma ótima interpretação do estímulo, conciso e comovente, gostei muito. O destaque da coleção.

    B2: Este microconto parece ter uma piada legal por trás, mas o sentido e a graça iludem este leitor inexperiente.

    C1: Ideia interessante, mas a execução não me agrada, achei inconclusiva.

    D1: Outra ideia encantadora, mas não necessariamente convincente. O microconto fala de vários livros, mas eles não são escritos e perdidos em um dia.

    E1: Um resumo um tanto fatalista da letra da música. Gostei.

    A2: Infelizmente não entendi a proposta deste microconto.

    Parabéns pelo trabalho e boa sorte no desafio!

  22. Sandra Daher
    1 de abril de 2021

    Cazalbé, gosto quando os contos surpreendem ao final. Acho que os seus caminham nesse sentido, são bons no geral. O penúltimo gostei menos, um pouco sem impacto. Gosto mais da bicicleta ergométrica. O primeiro é a realidade suplantando a ficção! Apreciaria maior brilho em todos, mas cumprem bem seu papel .Boa sorte!

  23. Marlo Romulo Werka
    1 de abril de 2021

    Cazalbé, parabéns.
    O humor leve prevalece, com alguns toques de melancolia e drama.
    Gosto do A1, com a certeira referência à Challenger, que muita gente não viu ao vivo, o que dificulta a compreensão inicial.
    Também aprecio B2 e D1.
    E nem tanto C1 e A2.
    No geral, é bom sim.
    Boa sorte.

  24. Evelyn Postali
    31 de março de 2021

    Caro(a) autor(a),
    Apesar da escrita elaborada, sem erros, e do toque de humor em alguns, seus microcontos não provocaram aquele encantamento que eu busco quando leio construções tão mínimas. Devo acrescentar que o conto que mais me interessou foi o D1 porque me trouxe referências à escrita e ao mundo como ele está hoje: veloz, tecnológico e efêmero.
    Boa sorte no desafio.

  25. Fheluany Nogueira
    31 de março de 2021

    Com esse pseudônimo, os micros tinham que ser anedotas, se bem que senti também uma sátira política e uma decepção de amor. Textos leves e bem escritos, engraçados, e têm plot twist, que previsíveis. Não chegam a emocionar — e nem é essa a proposta — mas fazem rir.

    Meu preferido é o primeiro, apesar de exigir alguma pesquisa do leitor.

    Parabéns e boa sorte! Abraço.

  26. Claudia Roberta Angst
    31 de março de 2021

    Pequeníssimos contos que apresentam um toque experimental de comédia, drama, melancolia, etc. [o etc. é sempre o mais impactante]
    O tom de humor não funcionou muito comigo, no sentido do SENTIDO no Pelotão. O micro sobre a bicicleta estacionária foi mais leve, embora a ideia já tenha sido explorada.
    Gostei mais do [D1].
    Uns detalhes escaparam da apressada revisão:
    [C1] = levara = levava porrada
    [B2] “ergo”… o que? = o quê?
    Parabéns pela participação e boa sorte.

  27. Bruno Raposa
    31 de março de 2021

    [A1] Interessante a abordagem, trazer uma passagem histórica. A forma como foi inserida, colocando local e data, me agradou. Tem um bom impacto. Só achei a exclamação que fecha o primeiro parágrafo desnecessária. Bom micro.

    [B2] Incomoda o excesso de exclamações. São três na primeira fala. Dá uma sensação de que há uma exaltação do personagem ao final de cada frase. É estranho de ler. O micro tem uma estrutura de piada mesmo. Honrando o pseudônimo, rs. Gostaria mais se o texto fosse mais limpo.

    [C1] A mensagem é boa, mas é muito esquisito que o próprio personagem fale sobre a memória seletiva por conta da senilidade. Como ele pode saber que esqueceu apenas as coisas ruins? Aliás, como ele pode saber que esqueceu algo? Não consegui embarcar na ideia.

    [D1] Mais uma piadinha. Confesso que não achei muita graça. 😦

    [E1] Uma reflexão, eu acho. Mas ficou bem vago.

    [A2] Fechando ao melhor estilo Cazalbé, rs. Não é o tipo de humor que me pega, mas tem seu valor.

    Gostei mais dos dois primeiros, sobretudo do primeiro. Você decidiu investir numa linha de piadocas, é um risco, vai funcionar com quem curte esse tipo de humor, talvez gere rejeição em outros. Não chegou a tanto em mim, mas não posso dizer que curti muito. Acho que se era pra seguir essa linha, talvez fosse melhor fazer assim em todos os micros e abraçar de vez o escracho. Da forma que está, senti um pouco de irregularidade.

    Boa sorte no certame.

    Abraço.

  28. antoniosbatista
    29 de março de 2021

    A 1- Uma tragédia naquele dia.
    B 2- Coitados dos pais desinformados, não sabiam o que era aquela máquina.
    C 1- Tempos bons que eram ruins. Meio ruim esse meu comentário.
    D 1- Coitado do escritor, escreveu, escreveu e se fuzilou…
    E 1- Então, o Amor dura para sempre, já a Paixão, não.
    A 2- A resposta do sargento é lógica. Não dá para retrucar.
    Os micros correspondem aos temas/estímulos. Simples e direto com bom humor.

  29. Kelly Hatanaka
    27 de março de 2021

    Oi Cazalbé.

    Seus contos são ligeiros, com humor e uma ironia às vezes ácida.
    Talvez sejam apenas meio sucintos demais, fiquei com gosto de quero mais.

    Meu favorito foi o A2, do soldado debochado.

    Parabéns e boa sorte.

  30. mariasantino1
    27 de março de 2021

    Olá, Cazalbé!

    Sinto, mas não curti muito não e vou dizer os motivos. No [A1] não há muito para se avaliar dentro do exposto, o tom jornalístico só revela algo e última linha serve para o leitor buscar suporte fora do texto. Isso faz perder pontos pois as referências que engradecem o texto são válidas para reforçar o exposto, já aquelas onde vai auxiliar ou inserir o sentido faz parecer muleta para o texto. O [B2] possui um humor simples, bonitinho, porém bobinho. Já o [C1] é bacana perceber as ironias e por ele ser inspirado na frase do Dorian Gray faz lembrar sua persona, entretanto a última frase que justifica os absurdos corta um pouco a linha por ser mesmo apaziguadora de ânimos e, pelo menos pra mim retirou o impacto do texto. O [D1] é bem fraco, embora o sentido seja mesmo real, uma vez que tudo depende de salvar ou não o texto, de botões que são cruciais para nossa vida atual. A estrutura[E1] com repetições de “você” desagradou a minha apreciação e não teve qualquer ousadia. E o último texto foi um humor raso. Não sei se o autor é genial e eu seja muito burra para não notar o que está escuso nos seus escritos e minha avaliação não tem qualquer sensibilidade. Em todo caso.

    Parabéns e boa sorte neste desafio.

  31. thiagocastrosouza
    27 de março de 2021

    Cazalbé, como vai?

    Achei os micros bem escritos, no geral, a maioria tentando fechar de maneira original. Há humor, majoritariamente, mas também crítica política e desilusão amorosa. Acho que o que menos gostei foi E1, muito genérico e vago, assim como o A2 que faz um trocadilho, mas sem muito impacto, apesar de fazer todo “sentido”.

    Os demais estão bacanas, D1, B2 e C1. Só não saquei se em C1 o narrador fala da própria demência ou está sendo irônico em relação à algum parente ou tio bolsoninion.

    Destaque:

    “Sentado no banco da praça, o homem admirava o vaivém. Mas aí tudo explodiu e todos entraram em desespero!

    Cabo Canaveral, 28 de janeiro de 1986.”

    Apesar de convidar o leitor a pesquisar a data, o local e o acontecimento, gostei da ideia de trazer uma explosão para o contexto cotidiano e pacífico da praça. Ocultando informações, você nos coloca no papel desse homem, que talvez nem imaginasse que havia uma base de lançamento nas redondezas.

    Boa sorte no desafio!

  32. Regina Ruth Rincon Caires
    27 de março de 2021

    Microcontos 2021 – Cazalbé

    [A1] – Praça

    O texto, em poucas palavras, retrata a tristeza da explosão do ônibus espacial Challenger, em 1986, 73 segundos após a decolagem. A tripulação era composta por 7 pessoas, entre elas, uma professora. Marcante.

    [B2] – Fotografia: Arte de rua – Bicicleta na parede

    O texto faz uma brincadeira com a bicicleta ergométrica, coisa da modernidade. Engraçado.

    [C1] – “Há coisas que são preciosas por não durarem.”

    O texto retrata a liberdade buscada pela mulher ao longo dos anos. Ainda bem que a mentalidade machista, aos poucos, está se tornando apenas “tristes lembranças” do passado. “E viva nóis!!!” – Reflexivo.

    [D1] – Ilustração do livro aberto

    Outro paralelo criado por um autor. O livro de papel, o escrever que fica concretamente registrado no caderno ou na folha da máquina de escrever, e a escrita anotada na “modernidade”, aquela que necessita da tecla “salvar”. O encanto de escrever é o mesmo. Interessante.

    [E1] – Música: A Lista (Oswaldo Montenegro)

    O microconto fala do tempo, do eterno que não é eterno, do amor que foi infinito só enquanto durou. É a vida. Doce.

    [A2] – Palavra : PELOTÃO

    O texto brinca com os significados da palavra “sentido”. Divertido.

    Cazalbé, prezado Carlos Alberto, trabalho muito bom para ser lido, parabéns!

    Boa sorte no desafio!

    Abraços…

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Publicado às 27 de março de 2021 por em Microcontos 2021 e marcado .
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