EntreContos

Detox Literário.

Mar (Fernando Cyrino)

Laura trouxe o baldinho amarelo e a pá. Juntou-se aos novos amigos que tentavam construir um túnel na areia. O casal saiu embolando suas coisas, arrastava toalhas, brinquedos e filhos. A menina, desentendida de tudo, continuou entretida no projeto. Na barraca ao lado uma lágrima escorreu pelo rosto negro da mãe.

………………….

Atualizado em 02/02/2020 às 23h00

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74 comentários em “Mar (Fernando Cyrino)

  1. Maria Luiza
    4 de fevereiro de 2020

    Parabéns, Fernando! Infelizmente, ainda há muitas formas de desamor: o preconceito é uma delas! Seria a mais cruel?!

  2. Lorene Cristine de Souza Martins
    4 de fevereiro de 2020

    Forte e claro! Infelizmente é assim que algumas pessoas agem, o que é muito triste…

  3. Dani Araujo
    3 de fevereiro de 2020

    Uau. Forte e sensível ao mesmo tempo. Parabéns!

  4. Daniel Reis
    1 de fevereiro de 2020

    Preconceito é foda, e existe. É preciso contar essas histórias, para que as crianças não as repitam. Parabéns pelo tema e pela escrita.

  5. Tom Lima
    1 de fevereiro de 2020

    Outra paulada nesse desafio.
    Muito interessante a forma, o parágrafo único ajuda no efeito cotidiano da situação. Talvez a frase “O casal juntou suas coisas e saiu arrastando toalhas, brinquedos e filhos.” pudesse deixar mais claro o que acontece, mas quando li a impressão é que foi proposital, para deixar a leitura num primeiro momento no ponto de vista de Laura.
    Um belo conto, sobre o horrível do ser humano. Parabéns.
    Abraços.

  6. Ana Maria Monteiro
    1 de fevereiro de 2020

    Olá, Blackbird. Gostei muito do seu micro que demonstra como é possível, em bem poucas palavras, transmitir uma ideia completa sobre um problema tão grave quanto imenso, ainda hoje. O racismo patenteado e sem juízo formulado, muito bom e ainda surpreendente. Parabéns e boa sorte no desafio.

  7. Rubem Cabral
    1 de fevereiro de 2020

    Olá, Blackbird.
    Bacana a construção do microconto: revelando o racismo na última frase. Interessante as cenas até ali. Gostei!
    Boa sorte no desafio!

  8. Matheus Pacheco
    1 de fevereiro de 2020

    Poucas porém fortes palavras que mostram aos pelos olhos de uma criança o preconceito enraizado em país tão miscigenado quanto o Brasil.
    Um ótimo conto…
    Um abraço.

  9. M. A. Thompson
    1 de fevereiro de 2020

    Um conto sobre preconceito racial, curto e poderoso com as palavras. Deveria ser usado no Enem. Parabéns.

  10. Gustavo Azure
    1 de fevereiro de 2020

    Foi um conto que parece inocente como a criança que está na praia, mas que no fim revela algo que nem ela consegue compreender ainda. Um dia na praia em que muitas pessoas se misturam, que passa a ideia de união, mostra que nem sempre as coisas são assim. Parabéns pelo conto, boa sorte. Gostei

  11. Renata Rothstein
    31 de janeiro de 2020

    Triste e revoltante…e mais ainda saber que nossa sociedade é hipócrita, adora dizer que não é racista, que não há racismo, mas continua exercendo esse não direito de ser imbecil.
    Bom e impactante seu conto. O título tem muito a ver com a profundidade e xtensão do tema.
    Parabéns!

  12. Carolina Langoni
    31 de janeiro de 2020

    Pior que quando são crianças, ninguém liga para essas diferenças, mas quando os pais nitidamente discriminam, as crianças deles tendem a fazer o mesmo…
    Devemos dar exemplo para as crianças para que essa atitude não se repita.
    Gostei do texto, e da forma sutil de mostrar a cruel verdade em muitos casos.

  13. Marco Aurélio Saraiva
    31 de janeiro de 2020

    Forte e muito real. Uma cena que infelizmente ainda aflige o mundo inteiro, narrada com alma, como que de experiência própria. Terminei a leitura com o coração pesado. Não há mais o que falar senão dar os parabéns.
    Escrita: Muito boa.
    Conto: Excelente.

  14. Angela Cristina
    31 de janeiro de 2020

    Olá!
    Forte e real, deu para sentir a dor dessa mãe.
    Parabéns.

  15. Catarina Cunha
    31 de janeiro de 2020

    Menina é vítima de racismo na praia e nem se dá conta. A mãe sim.
    Elementos fundamentais do microconto:
    Técnica — ótima. A forma descritiva, sem ser explicita, foi uma escolha brilhante.
    Impacto — ótimo. Na primeira leitura pensei: “O que o mar tem a ver com a pá?” Na segunda leitura o choque.
    Trama — ótima. As melhores tramas são aquelas que ficam quicando dentro da gente.
    Objetividade — ótima. Sutil como um elefante na sala. Precisamos falar sobre isso. Parabéns!

  16. Vanilla
    30 de janeiro de 2020

    Gosto muito do tema e do jeito que você decidiu fazer essa revelação, mas não sei se ficou realmente legal. Acho que não foi tão bem aproveitado quanto poderia, para criar essa força do final sobre o racismo e como isso é algo tão assustador. Parabéns pelo tema, é de extrema importância mesmo falar sobre!

  17. Thata Pereira
    30 de janeiro de 2020

    Entendi a ideia do conto pelos comentários e, assim como outro conto que comentei do desafio, acho que esses temas devem ser tratados na literatura e em tantas outras formas de arte. Mas a primeira leitura me deixou confusa. Quando li “o casal”, associei aos pais de Laura e logo pensei em uma história de abandono. Só depois de uma nova leitura cogitei que tratava-se de um casal racista, com outros filhos na praia. Acho importante, de alguma forma, tentar apontar isso para que essa confusão não ocorra novamente.
    Boa sorte!!

  18. jowilton
    30 de janeiro de 2020

    Racismo é uma merda mesmo. O conto é bem simples, mas, deu o recado. Boa sorte no desafio.

  19. Amanda Gomez
    29 de janeiro de 2020

    Olá,
    Impactante. Por ser tão real, por fazer parte da nossa realidade não tem como não se identificar ou lamentar o quão real é seu conto. Gostei da forma como você conseguiu essa história, aos poucos, como o castelo de área prestes a ruir. Me lembrou de alguns episódios que eu vi e que me causaram essa revolta e tristeza misturada. Parabéns pela sensibilidade, pela dose certa, pela mensagem.
    Parabéns!

  20. Fil Felix
    29 de janeiro de 2020

    Boa tarde! Confesso que fui ler os comentários pra entender melhor, não captei a mensagem inicialmente e tinha achado o conto bem simples. Quando cita o rosto negro da mãe, pensei que era algo mais metafórico e não literal. Infelizmente ainda há muito racismo, mesmo quando dizem que não, e crianças sofrem diariamente. E o conto soube usar o tema ao utilizar da inocência delas para criar essa crítica.

  21. Gio Gomes
    29 de janeiro de 2020

    Foda. Cara. Emocionante. Vc merece nota 10.

  22. Cicero G Lopes
    29 de janeiro de 2020

    Magnífico. A trama, o drama, uma mensagem forte e nem usou cem palavras. Adorei.

  23. Rafael Carvalho
    28 de janeiro de 2020

    Ótimo conto, abordar um tema tão importante,com um numero tão limitado de palavras, sem ser clichê ou simplório é bem complicado e você conseguiu tecer muito bem a sua história.
    Boa sorte. parabéns pelo texto.

  24. Ana Carolina Machado
    28 de janeiro de 2020

    Oiiii. Um microconto sobre racismo e sobre a inocência de uma criança diante da situação. O final é bem triste, pois as mães sempre tentam proteger os filhos da maldade das pessoas e é muito triste ver um filho diante de uma situação dessas, por isso a lágrima derramada. Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio.

  25. Sarah S Nascimento
    28 de janeiro de 2020

    Uau, seu microconto ficou incrível.
    A inocência da menina diante de uma situação tão triste e lamentável.
    Achei muito legal como descreveu a saída do casal, compreendemos que saíram com muita pressa, quase correndo, descreveu muito bem toda a cena.
    Principalmente a lágrima no final.
    Muito emocionante seu microconto.

  26. Claudio Alves
    28 de janeiro de 2020

    Nossa! Que crônica belíssima e surpreendente! A pureza das crianças e a dureza do coração dos adultos. Vi a cena acontecer. Parabéns!

  27. Sabrina Dalbelo
    28 de janeiro de 2020

    Olá,
    A mensagem é importante, está clara no texto e é uma crítica necessária. O racismo é um grande entrave nas relações, mas não para uma criança. A inocência é a melhor das ignorâncias.
    Entretanto, achei a estrutura um pouco simples.
    Quem sabe a história sob o ponto de vista da criança?
    Um abraço,

  28. Priscila Pereira
    28 de janeiro de 2020

    Olá, Blackbird!
    Tão simples, tão profundo, tão triste!
    É inadmissível que isso ainda aconteça! E é importante se falar e escrever sobre isso! E vc falou de uma forma bem bonita, sem agressividade e sem apelações, eu gostei!
    Parabéns e boa sorte!

  29. Fabio D'Oliveira
    28 de janeiro de 2020

    Olá, Blackbird.
    Além de estar bem escrito, você trouxe algo muito importante: a discussão sobre o racismo em nossa sociedade. É algo tão estrutural que, infelizmente, dificilmente percebemos quando cometemos ou somos vítimas. Quando uma pessoa atravessa a rua, com medo de uma pessoa considerada “estranha”, muitas vezes pela cor da pele ou forma de vestir, acabamos alimentando esse preconceito, nela, nas pessoas que observam e convivem com ela.
    No micro, em si, você ainda expõe esse racismo com muita sensibilidade, colocando a menina como vítima. E ela, em sua inocência, sequer percebe o que está acontecendo. É algo triste. Até demais. Já vi isso acontecer. E creio que MUITA gente já viu, também.
    O ponto forte do conto é esse: a forma sensível como você aborda o racismo.
    Parabéns! E boa sorte no desafio!

  30. Givago Domingues Thimoti
    27 de janeiro de 2020

    A sutileza do racismo visto pelos olhos inocentes da criança…
    Gostei da maneira como foi escrito, extremamente próximo de como uma criança retrataria o caso. Parabéns!!!

  31. Evandro Furtado
    27 de janeiro de 2020

    Uma história de abandono bem resumida mas efetiva. O(a) autor(a) não dá pistas em relação ao que vai acontecer, e a reviravolta, consequentemente, não é nada previsível.

  32. brunafrancielle
    27 de janeiro de 2020

    Wow, impactou. Gostei. Pra uma história com temas desse tipo funcionarem pra mim, tem que ser escritas de uma forma adversa, não o que a gente vê sempre. E parece que vc conseguiu fazer isso.
    Uma história pra se pensar. Soube abordar o tema, principalmente por tê-lo deixado subentendido, e não escancarado .Este foi o grande diferencial do seu conto. Parabpens

  33. Anderson Góes
    27 de janeiro de 2020

    Um conto que me surpreendeu, sendo simples, mas com aquela virada gostosa que gosto de ver em micro contos. No ínicio parecia um conto de inclusão e no fim era o inverso, mostrou a tristeza e a inocência da mãe e da menina respectivamente em frente ao racismo das outras pessoas… Parabéns!

  34. Pedro Paulo
    27 de janeiro de 2020

    O racismo em sua forma “sutil”, em reações que escapam dos olhos inocentes de uma criança. As primeiras ações são narradas de forma crua: a criança faz isso e aquilo, a palavra “amigos” sugerindo que as demais crianças a acolhem. Na reação dos pais é que se encontra a discriminação, aludindo, talvez, à visão inocente das crianças, até certo ponto incapazes de interagir com os mesmos preconceitos nutridos pelos adultos. Se a leitura se inicia com ações descritas em precisão, o final escolhe contextualizar pela primeira e última vez, com uma lágrima escorrendo por um rosto negro, dando sentido a tudo o que vem antes. Um microconto que cresce na sutileza.
    Boa sorte!

  35. Davenir Viganon
    27 de janeiro de 2020

    Conto abordou o racismo com excelência, concisão e habilidade. Ficou ótimo também, o contraponto entre a inocência da criança e a vida calejada da mãe.

  36. Rozemar Messias
    27 de janeiro de 2020

    Ótimo texto, retrata de forma simples uma questão tão séria! Parabéns!

  37. Bia Machado
    27 de janeiro de 2020

    Olá, tudo bem? Revoltante a situação narrada nesse pequeno grande conto. Quanta verdade, quanta realidade que dói de ver acontecer e o que eu não daria para ver isso acabar de vez… Só chamo a atenção para o “juntou-se” e “juntou” muito próximos. Quanto ao título, me parece que não encaixa, sei que estão na praia, mas… Talvez usar algum complemento, enfim, só uma observação. Eu gostei muito! Obrigada.

  38. Marília Marques Ramos
    26 de janeiro de 2020

    Texto meigo e com uma história comovente. Mas acho que faltou vírgula.

  39. Carlos Vieira
    26 de janeiro de 2020

    Mais uma proposta neste desafio de microcontos de abordar o trágico, o que em si me parece uma tarefa ousada e difícil. A cena me pareceu propositalmente pouco desenvolvida, para que a primeira impressão me remetesse a imagens de um desastre (“arrastar” me remeteu a desespero, o que funcionou! Rsrs). No entanto, a sutileza com que abordado o tema do racismo, realçou genuinamente sua forma também sutil na maioria das vezes, o velado. Coincidência ou não, velado também me remeteu a barco e ao mar.

  40. Raione LP
    26 de janeiro de 2020

    A inversão de expectativa funcionou bem: enquanto esperava uma situação típica de crianças na praia, deparei com uma cena de racismo, relatada com sutileza. Concordo que à primeira vista, apesar do cenário, é difícil ligar o título ao núcleo da história.

    • Blackbird
      26 de janeiro de 2020

      Ei, Raione, obrigada pelo seu comentário. Quanto ao título, a princípio ele seria Túnel, mas fato é que desejava algo ainda mais intenso e profundo que ele e, para mim, que resido longe dele, nada existe mais intenso e profundo do que o Mar. E olha que eu queria mesmo tratar no conto era dessa intensidade e profundidade de sentimentos… Acresce, o que já disse no comentário, que tudo acontecia ao lado dele. Valeu mesmo.

  41. Valéria Vianna
    25 de janeiro de 2020

    O autor soube passar com muita precisão o tema do racismo, fazendo o contraponto entre a inocência infantil e a vivência calejada da mãe. Perfeito. Desfecho brilhante. Parabéns!

  42. Gustavo Araujo
    25 de janeiro de 2020

    Seguramente um dos textos mais contundentes do desafio. Não só porque aborda um tema de especial relevância, mas porque o faz de modo inteligente, exigindo certo mergulho e atenção do leitor. Lá está a pequena Laura, a pequena e negra Laura, filha da moça da barraca. Laura vem brincar com outras crianças, cujos pais, alarmados pela miscigenação involuntária e indesejada, decidem dar no pé, deixando a Laura sozinha com sua pá e seu baldinho amarelo. É de fato um tapa na cara este texto. Desses que merecem ir além deste espaço, ganhar as redes, já que revela uma cena urbana (praiana, no caso) longe de ser rara. A mistura de visões — mãe e criança — dá o tom certo do problema. Parabéns e boa sorte no desafio.

  43. Andre Brizola
    25 de janeiro de 2020

    Olá, Blackbird! Seu conto é revoltante. Revoltante por ser tão real e tão cruel. Uma cena fácil de ser presenciada em diversas situações, ainda mais hoje, com tanta gente se sentindo no direito de ser e praticar o racismo. E tendo esse tipo de comportamento endossado pelos governantes… Revoltante mesmo. O texto está certinho e meu único senão é a menção ao casal que, inicialmente, pensei serem os pais de Laura. Acertaria essa passagem para deixar a cena um pouco mais clara. É isso, boa sorte no desafio!

  44. Fabiano Sorbara
    25 de janeiro de 2020

    Olá, Blackbird! Um micro que é um soco na boca do estômago. O preconceito ainda existe e as pessoas ignoram, é triste uma situação assim. O microconto está bem escrito e causa impacto. Parabéns pela obra.
    Desejo boa sorte no desafio. Abraços.

  45. antoniosbatista
    25 de janeiro de 2020

    Infelizmente o preconceito, o racismo, existe em todo lugar, seja pela cor da pele, de raça, de grupos e condições diversas. O texto foi bem desenvolvido como uma história, não como bandeira ou mensagem e esse é o diferencial. O final elucida tudo.

  46. Regina Ruth Rincon Caires
    25 de janeiro de 2020

    Texto perfeito, tocante, humano. Traduz o preconceito velado e escancarado. Racismo machuca. Não podemos nos enganar, a inversão dessa realidade será demorada e AINDA requer muita luta. É preciso que o preconceito (todo e qualquer) seja trabalhado no cerne, não apenas no verniz. Chegaremos lá, as gerações futuras serão mais felizes. Escrita perfeita, sem qualquer deslize, muito bem cuidada. Trabalho de gente experiente.
    Parabéns, Pássaro Preto! Essa luta é nossa!
    Boa sorte no desafio!
    Abraços…

  47. Luciana Merley
    25 de janeiro de 2020

    Olá, Pássaro negro. Seu texto é muito impactante e comovente. Muito surpreendente no final. Deixa a gente pensando nele e esse é um critério importante para avaliar a “escrita do nocaute” que são os contos – o impacto causado no leitor. E você conseguiu. Parabéns.

  48. Elisa Ribeiro
    24 de janeiro de 2020

    O conto disfarça a temática forte com o cenário e a situação envolvendo uma criança, o que aumenta o impacto do desfecho. Texto eficaz. Parabéns pelo trabalho. Um abraço.

  49. Luiz Eduardo
    23 de janeiro de 2020

    Sutil e certeiro na crítica. Muito bem pensada a maneira como a menina e a mãe encaram o acontecimento de maneira distinta, a primeira confusa na sua inocência, e a segunda logo percebe do que se trata, muito provavelmente por já ter sofrido outros casos do tipo. Muito bom, parabéns!

  50. Maria Alice Zocchio
    23 de janeiro de 2020

    O preconceito em uma única cena. A menina que nem percebeu e a mãe que já conhecia a história de outras cenas . Escrito com delicadeza e precisão. Parabéns.

  51. Fabio Monteiro
    23 de janeiro de 2020

    Tema relevante, bem abordado. Ja vi cenas assim na pratica. Cenas dolorosas de vivenciar. Boa Sorte neste desafio. Muito bom.

  52. Vitor De Lerbo
    23 de janeiro de 2020

    Singelo, triste e infelizmente real. Muita sensibilidade do/a autor/a narrando a cena pelo ponto de vista da criança, inocente.
    Parabéns e boa sorte!

  53. Alice Castro
    23 de janeiro de 2020

    Meu Deus!!!! Que texto lindo, trágico e verdadeiro! E independentemente do preconceito explicito à raça, acontece diariamente por divergências religiosas, étnicas, de gênero ou mesmo por anomalias genéticas….
    Comoveu-me profundamente!
    Parabéns pela sensibilidade e por se expor em palavras tão bem!

  54. fernanda caleffi barbetta
    23 de janeiro de 2020

    Olá, Blackbird, gostei do seu microconto, do fato de ter tocado em um assunto, infelizmente, ainda tão presente em nossa sociedade. Chegando ao final da narrativa estava pensando que seria uma história de pais apressados e primeiro amor da infância perdido, mas fui surpreendida com uma temática mais pesada, o racismo. Tocou também em assuntos interessantes, como o amor de mãe e a inocência infantil. Bem escrito. Gostei do pseudônimo, apesar de dar uma dica sobre o tema, mas achei o título fraco. Parabéns pelo conto.

    • Blackbird
      23 de janeiro de 2020

      Pois é, Fernanda, o título foi bem difícil. Ia ser Túnel, mas queria algo ainda mais intenso e profundo e para mim que moro distante dele, nada mais intenso e profundo para mim do que o mar. Feliz por ter gostado do meu conto. Obrigada.

  55. Paulo Luís
    22 de janeiro de 2020

    O racismo em sua plenitude e em plena vigência. Quanta tristeza saber que pertencemos a este mesmo povo. “Na barraca ao lado uma lágrima escorreu pelo rosto negro da mãe.” Esta frase vale como uma sentença condenatória. Sem mais palavras. Uma mensagem de grande valor. Parabéns Autor (a) pelo impacto causado.

  56. Fheluany Nogueira
    22 de janeiro de 2020

    Indiferença ou racismo, os dois tipos de comportamento doem em uma mãe que observa um acontecimento de que a filha participa inocentemente. Um texto que passou a mensagem com uma única palavra: “negra”. Bem escrito, claro e direto, bom ritmo, sensível.

    Parabéns pelo trabalho e boa sorte! Abraço.

  57. Angelo Rodrigues
    22 de janeiro de 2020

    Conto que busca fazer uma denúncia de situações que já foram tão presentes em nossas vidas, hoje se apresentando de forma mais velada, não menos presente. Arquetípico, o autor centrou na criança que brinca na praia. Legal.
    Transferiu também, ao conto, uma inominável amargura da mãe, que em situações como a apresentada, sequer tem a chance de manifestar seu repúdio ao ato, talvez por dois motivos, não menos ruins um que o outro: ou deixaram a garota e seguiram a vida, de forma displicente, ou por atuarem com um irracional comportamento racista.
    O fato de colocar a mãe negra que chora, por óbvio, transferiu a ela o segundo entendimento, o que queria o autor.
    Boa sorte.

  58. Augusto Schroeder Brock
    22 de janeiro de 2020

    Olá!
    Quando narrou a família se afastando da menina, já imaginei do que se tratava. Não precisamos de muito para construir mentalmente uma cena que representa muito da nossa realidade. A palavra “negra” poderia ser substituída por algo mais sutil, mas por outro lado, entendo que dessa forma – direta e objetiva – temos um xeque-mate para quem estava na dúvida.
    Parabéns, bonito conto.

  59. Rodrigo Fernando Salomone
    22 de janeiro de 2020

    Chocante e belo. Muito bem escrito, consegue com facilidade passar diversas emoções durante a leitura do conto. Parabéns e boa sorte.

  60. Anorkinda Neide
    21 de janeiro de 2020

    Muito talento em dizer tudo com apenas uma palavra: negro.
    E com poucas palavras montar a cena que é ativa, é um conto.
    A pessoa aguenta e enfrenta tudo mas quando a injustiça atinge um filho, aí é que a coisa fica insuportável…
    Parabéns, autor(a)

  61. Emanuel Maurin
    21 de janeiro de 2020

    Nossa! Ler seu conto fez-me sentir um misto de ternura e revolta. Gostei.

  62. leandrociccarelli2
    21 de janeiro de 2020

    Nossa que triste! Amei o conto, a crítica e a sensibilidade. Obrigado por ter escrito este conto, maravilhoso e ao mesmo tempo revoltante. Parabéns e muita sorte no desafio.

  63. Nilo Paraná
    21 de janeiro de 2020

    bem escrito, em poucas palavras mas sem ser obvia, mostrou um crime dissimulado.

  64. Cilas Medi
    21 de janeiro de 2020

    A realidade da brutal forma de ser racista e piorar mais ao influenciar as crianças para adquirir essa péssima forma de viver em sociedade.
    As palavras explicaram, “disseram” corretamente e mostraram a violência.
    Parabéns!
    Sorte!

  65. Andreza Araujo
    21 de janeiro de 2020

    Um texto muito real (o que é uma lástima pra nossa sociedade). É lindo (e triste) observar o contraste entre a dor da mãe e a inocência de Laura, alheia ao racismo e à realidade que a cerca. Certamente faz a gente pensar. Boa sorte no desafio!

  66. Nelson Freiria
    20 de janeiro de 2020

    Em poucas palavras o conto conseguiu explorar muito bem a questão do racismo e para deixar essa questão no ar, precisou de apenas uma palavra: negro. Esse final ficou completamente chocante e para conseguir isso o autor(a) não precisou de criar uma grande cena. Simplesmente um trabalho incrível com as palavras!

  67. Jorge Miranda
    20 de janeiro de 2020

    Um conto curto e que trata de algo vergonhoso e revoltante: o racismo. O contraponto entre a lágrima da mãe e a inocência de Laura fornecem o ponto alto do seu texto. Parabéns! Desejo-lhe boa sorte no projeto.

  68. Luiza Moura
    20 de janeiro de 2020

    Uma triste realidade! Incrível a dinâmica usada no texto para narrar esse quadro de preconceito que infelizmente ainda está tão presente. Parabéns!

  69. drshadowshow
    19 de janeiro de 2020

    Belo retrato de nossa sociedade fascista de hoje. Comovente, também, ao mostrar uma criança descobrir na pele (e por conta dela), o flagelo do racismo. Belo conto, triste enredo. Gostei. Parabéns.

  70. jetonon
    19 de janeiro de 2020

    Pais sem percepção? Porque? Racismo? É inconcebível! Infelizmente ainda no século XXI veja-se isso. É um microconto curtíssimo, mas que trouxe muito para contribuir contra o racismo. As crianças não têm maldades no coração.
    Parabéns!

  71. Eder Capobianco
    19 de janeiro de 2020

    O contraste da inocência com a realidade……..no qual o inocente é quem não percebe a realidade………..que é desnudada pela descrição de uma cena de forma crua, economizando adjetivos para construir um substantivo sólido……………..orações curtas e objetivas que descrevem somente ações, que por si só revelam o pensamento………….

  72. angst447
    19 de janeiro de 2020

    O racismo ainda não percebido pela pequena Laura, que só enxerga a beleza e alegria na sua brincadeira com areia. Os pais das outras crianças é que se incomodam com a proximidade dos filos com aquela que ainda detém a pureza no olhar. Mas a mãe já atenta e vivida, percebe e sofre com a discriminação ostensiva. Triste! Ótimo conto. Boa sorte!

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Publicado às 19 de janeiro de 2020 por em Microcontos 2020 e marcado .
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