— Tarde, seu Rubens.
— Quanto tempo, seu Luís! Vai beber o quê?
— Não bebo mais, nessa idade. A mulher mandou pedir calendário, daqueles de parede…
— Ixi, 2020? Ninguém usa…
— Usa, sim! Por que não faz um, com foto do presidente, pra agradar a freguesia?
— Tá maluco? Coisa ruim, todo dia…
— Nada! O Brasil voltou a ser o que já foi.
— Não que eu me lembre.
Contrariados, ambos.
— Serve cachaça, então.
Vai. Volta com um papelão sujo.
— Achei esse. Pode levar.
— Mas é de 1964!
— Os dias são iguais.
Excelente ler este conto e saber que ele foi laureado com o pódio no certame. Parabéns, Daniel, o microconto ficou mesmo muito bom. É triste ver que tantos comentários mencionam que o texto é “polêmico”, “ousado”. Infelizmente, é isso mesmo. Estamos em 2020 e ter uma posição política virou algo a se guardar na intimidade, ao que parece.
Uau, outro conto fantástico, parabéns pelo conto!
História curta em diálogos, com dois pontos de vista opostos. A meu ver, não há proselitismo do autor, pois ele dá voz aos dois lados. A sacada mesmo foi a questão dos dias do ano serem os mesmos, em 1964 e 2020. Eu tinha visto isso num calendário dos Beatles, já. De qualquer forma, boa sorte no desafio. Abs.
Um humor muito inteligente com uma crítica muito bem direcionada.
Em um tempo como esse em quem adversários políticos são vistos como verdadeiros inimigos algo assim nunca esteve tão explícito em relação ao fanatismo e a ignorância.
Um excelente conto.
Um abraço.
Tanta coisa boa aqui, fico até perdido.
O que mais gostei é o seu Luis, que não bebe mais, mas já que não tem calendário vai de cachaça.
A crítica política que gira em torno do calendário, a discussão cotidiana que coloca velhos amigos em lados opostos de uma richa, a tirada do seu Rubens, tudo bem executado.
A história ser contada principalmente pelo dialogo também foi uma bela escolha.
Parabéns.
Abraços.
Olá, Bissexto. Ainda não li todos, mas dou-lhe já lugar no pódio. Fantástico. Sem rodeios. Excelente crítica e constatação. Parabéns e boa sorte no desafio.
Olá, Bissexto.
Hohohoho. Alguém sem medo de cutucar a onça! Divertido o texto, feito de diálogos. O final é uma pérola. Vai perder votos, contudo, dos eleitores do coisa-ruim.
Boa sorte no desafio!
Gente, os comentários estão tão interessantes que não quero contaminar a discussão com os meus! Por isso, só falo depois de revelada a autoria… e mais não digo.
Um conto digno de jornal; uma crítica política em forma de conto. Antigamente eu tendia a desgostar de textos assim mas depois de um tempo entendi o correto: a escrita é uma arma, é uma ferramenta. Deve ser usada como tal. Um conto pode, sim, e talvez até tenha a obrigação, se achar necessário, de criticar a politica, a religião e o que mais for. Afinal, é uma forma de expressão e uma das mais fortes que existem.
Apesar de discordar da opinião expressada, o conto é muito bem escrito e passa bem a ideia que o autor gostaria de expressar.
Escrita: Muito boa
Conto: Muito bom
Uma crítica ao governo atual a partir de um diálogo. Um microconto honesto que peca pelo caráter panfletário. Boa sorte.
Nao achei panfletário. Achei, pelo contrário, como você mesmo falou, um conto honesto. Um diálogo lúcido entre dois camaradas com uma forte mensagem política.
PS: não sou o autor hahahahah!
(Acho que meu outro comentário não foi). Gostei bastante do conto, é arriscado escolher política como tema, já que muitos não vão concordar com o ponto de vista e achar que não precisa. Falar sobre política, só os grandes escritores do passado, não é mesmo? O legal aqui é que não cai no panfletismo, na propaganda eleitoral que deixa alguns contos meio ridículos. A sacada do ano (eu fui pesquisar) foi excelente.
Bom dia! Um conto ágil, irreverente, que diz a que veio. Contos políticos são arriscados, já que não agradará quem não concorda, mas é bom ver um texto que diz a que veio, toma um partido e não cai no panfletismo, além de bem escrito. Gostei da sacada do calendário, fui pesquisar e bateu. Muito bom.
Achei o conto inteligentíssimo. Não porque concordo com tudo que foi dito, haha’ concordo, mas porque realmente a ambientação e condução foram bem escolhidas e fizeram com que a história tivesse começo, meio, fim e sentido. Humor inteligente, gosto.
Boa sorte!!
Conto ousado. polêmico! Gostei da escrita e de como os personagens agem, eles parecem ter vida. A proposta em si foi muita arriscada, mas acho que você não se importa com isso. De toda forma, parabéns e boa sorte
Crítica, diálogoo, coincidências e uma escrita excelente. Resultado: perfeito
Olá, adoro microcontos com diálogos! Muitos deles! Mas do jeito que você fez, mostrando a história, contando coisas realmente importantes.
Essa conversa parece tão natural, gostei muito.
Achei interessante os pequenos detalhes como o cliente dizer que não bebe porque a mulher pediu, ou o homem do bar recusando a sugestão dele sobre o calendário com a foto do presidente.
Foi um microconto divertido, leve e cheio de conteúdo. A crítica sobre nossa política foi tão sutil, mas ao mesmo tempo marcante.
Principalmente pela última afirmação. Um microconto inteligente e muito bem escrito.
É um bom conto. Estão acontecendo umas bizarrices mesmo hoje em dia. Mas, o impacto não foi tão grande em mim, o que enfraqueceu foi o dono do bar ter encontrado um calendário justo de 1964 nos fundos de seu bar. ele podia ter entrado na internet e baixado um virtual, para tirar uma onda, ou qualquer outra forma, seria mais crível. Mas a crítica foi boa. Boa sorte no desafio.
Olá!
Infelizmente, um conto mais real do que deveria.
Bom texto.
Parabéns.
Um calendário volta do túnel do tempo para enquadrar os anos atuais.
Elementos fundamentais do microconto:
Técnica — ótima. Sem ser panfletário, mas exato em sua construção crítica.
Impacto — ótimo. A metáfora do calendário foi muito feliz.
Trama — ótima. Somos animais políticos e literatura é politica sim, que questiona, cutuca ferida, subverte a ordem e evolui.
Objetividade — ótima. Catarse com a faca nos dentes. Parabéns.
OBS: Olha só, este conto é o 64º na ordem de publicação dos concorrentes no desafio. Não é nada, não é nada, então não é, né?
Olá,
O texto traz um posicionamento político, mas é preciso ler como um texto.
Há personagens que farão coisas e representarão coisas que amamos e que odiamos. Mas são os personagens!
O grande exemplo é o conto “Os Anões”, da Veronica Stigger. Não é a Veronica que odeia anões, mas ela se utiliza dos personagens, que odeiam, para trazer a racionalização justamente disso.
Como estamos aqui para prestigiar a literatura do autor, não a opinião política, creio eu que é assim que devemos apresentar nossa crítica.
Estou escrevendo isso porque vi comentários sobre esse micro
O texto é muito bem escrito. Os diálogos são ágeis, engraçados, irônicos.
Só tenho que te dar meus parabéns!
Um abraço
Olá, Bissexto!
Um conto quase todo diálogo que com poucas palavras mostrou muita coisa, a interação entre o dono do bar e um freguês ficou ótima, mas deve funcionar melhor para o ativismo político, de ambos os lados, pra mim ficou indiferente.
Parabéns e boa sorte!
Conseguiu fazer o humor sendo político, sem ser panfletário. Alias quem se ofender tem mais é que ir se f. e eu to feliz sim por alguém usar a arte pra mostrar que esse governo é de filhote da ditadura!
Então… Gostei do texto, apesar de claramente politizado, tem humor, critica e representa bem o momento atual, não me espantaria estar em um bar e escutar um dialogo igual ao escrito por ti aqui.
Vi muita gente escrever que é datado, quanto a isso não vejo problema, pois a ideia que o texto quer passar pode ser entendida claramente, mesmo sem o conhecimento da situação atual, por pura dedução.
Parabéns pelo texto, boa sorte. abraço
Oiiii. Um microconto sobre um diálogo que reflete sobre a atual situação do país e sobre acontecimentos do passado que não podem cair no esquecimento. Foi interessante como usou a metáfora do calendário para introduzir a reflexão. Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio!
Olá, Bissexto!
Então, um micro puramente político, o que não me agrada muito. É uma crítica temporal, direcionada ao governo atual e ao esquecimento da população em relação à terrível ditadura que vivemos, ou seja, possui pretensões. E, apesar de respeitar e reconhecer o valor de obras dessa natureza, não consigo admirá-las. A leitura foi tranquila e você escreve muito bem. Sabe fazer diálogos de qualidade! Gostei, então, da forma do micro, que serviu muito bem
Enfim, é isso!
Parabéns! E boa sorte no desafio!
Deixando politiquices de lado..
o conto é ótimo.
Consegui ver as duas pessoas conversando, a gente vê na real, esta conversa todos os dias por aí…
Foi claro, bem executado e eficiente.
Parabéns
Tipo de conto que faz a gente querer ler os comentários. A brilhantia aqui está em deixar tudo subentendido, relegando ao(à) leitor(a) a interpretação. E, sem dúvida, a catarse é tão forte que não dá nem pra se importar com uma possível natureza propagandística. Quer saber? Foda-se.
Oooooooooooooooutstanding!
Adorei seu conto. A crítica. Necessária sempre. Dá preguiça desse povo que escreve e não sai da fantasia. “Se tua ficção não conversa com a realidade, é só anestesia”. Então, parabéns, ainda mais porque, além de todo esse engajamento teu conto está muito bem escrito. Boa sorte!
Oi, Bissexto! Conto ousado pela temática a ser abordada em tão poucas palavras. O ambiente calhou bem para tratar de maneira superficial, despropositada e irônica, desembocando na sacada de “os dias são iguais”.
Olá,
Gostei da forma descontraída e inteligente cujo o autor mostrou suas intenções. Os diálogos são bons, as tiradas também. Não concordo em absoluto com a mensagem transmitida ,mas, isso é o de menos. Analisando o texto em si, esta bem interessante, leve, despretensioso e com boas sacadas.
Boa sorte no desafio.
A situação cotidiana enriquece a leitura, deixando-a imprevisível na medida em que é uma conversa plenamente possível, que poderia ir em várias direções. O desfecho dá um tom anedótico e satírico que também é crítico, valorizando o microconto. Muito bom.
Gostei da situação, do diálogo, dos personagens e do final. A conversa enxuta chegou onde precisava e sem apelações. Parabéns.
O texto ficou muito bom. O diálogo das personagens deu uma boa dinâmica. A estrutura muito bacana. Não achei que o texto beirou a panfletagem, apenas expôs o pensamento do autor e demonstrou os lados da equação. Interessante o registro da “contrariedade de ambos”, talvez com a opinião do outro, mas, apesar disso, seguem amigos.
O conto é bem escrito, com bons diálogos, mas o tema político ficou meio que deslocado com um conclusão de algo fora do contexto. Além do mais, o assunto sobre integralismo é bem antigo, é algo que para atualizar a memória, eu precisaria fazer uma boa pesquisa na internet, pois não lembro quais foram os motivos da revolução.É que uma coisa leva à outra.
Uma crítica é uma crítica! Aberta ou disfarçada… Bem escrita e bem elaborada, você sabe usar as palavras e é corajoso também! Apenas eu não gosto do tema escolhido, política e opiniões políticas… Em todo caso, parabéns e boa sorte!
Olá, Bissexto. Você tem diálogos bem escritos uma sacada humorística muito apurada. Uma representação bem engraçada e sarcástica dessa histeria e dessa falta de senso de proporção que observamos em alguns grupos mais ligados à politica hoje em dia. Minha ressalva, e é a que faço em todo texto que avalio e que parte pra esse lado, é que poderia ter abordado o tema “integralistas” de um modo menos conspiratório com o presente, já que isso é tão antigo que quase ninguém sequer sabe o que é. Não digo isso porque não se possa tratar de política em literatura (É claro que pode. Fazemos isso a vida toda) mas a boa literatura não admite panfletarismos. Só a literatura partidária admite (aliás, a que tem acabado com a nossa arte nas últimas décadas rs). Mas seu texto é bom, no geral. Um abraço.
Não gostei do enredo por se basear num histerismo e propagar o mesmo. A ditadura não começou em 2018 e não haverá democracia quando um leftista assumido ganhar. Eleições são falsas e o povo não possui real poder de mudança, independente dos personagens no poder.
Bruna, pra vc nao ficar triste com os deslikes.. vim lhe prestar minha solidariedade e tamu juntas na opiniao. 😉
BERRO. Nem vi que tinha 6 dislikes.
Tudo bem. Sem problemas..
Obrigado, Anorkinda.
Creio que vou sobreviver.
Agradeço pela solidariedade.
Até mais
Venezuela 2013: Maduro 51% dos “votos” contra Caprilles 49% dos “votos” no segundo turno
Brasil 2014: Dilma 51% x Aécio 49% no segundo turno
Colômbia 2014: Juan Manuel Santos 51% x óscar 49% no segundo turno
Argentina 2015: Macri 51% x Sciolli 49% no segundo turno
Peru 2016: Pedro Pablo 51% x Fujimori 49% no segundo turno
Viva a democracia.
Mais que a mensagem política, agradou-me no seu texto a representação suave e bem-humorada do fla-flu político que tomou conta do país desde a última eleição. O diálogo bem escrito e factível e o final impactante também me agradaram. Parabéns e boa sorte. Um abraço.
Gostei bastante do conto, é simples e direto. Só acho que a imagem que ilustra a história poderia ser outra, que tivesse mais relação com a trama. Parabéns!
Não concordo com o Luíz, Não parece a ditadura militar (era muito pior naquela época, embora eu não tenha passado por ela), tinha um controle muito rígido. O país não tá muito bem, mas a culpa é do povo que elegeu. Acho que o país nunca esteve bom desde a chegada dos Portugueses.
Texto bom, interessante que tenha ligado o calendário com política, tem toques irônicos e bem desenvolvidos. Parabéns! :DD
Divertida e inteligente crítica política. Fugiu do vulgar. A analogia com o calendário… perfeita. Excelente desfecho! Parabéns, Bissexto.
Olá, Bissexto! Tema polêmico, mas verdadeiro. Compartilho da opinião, inclusive, de que as diferenças entre aquele e este ano ficam, a cada dia, menores. Diálogo afinado de um cotidiano possível e atual (se é que podemos chamar de atual um retrocesso desses). Muito bom! Boa sorte no desafio!
Sátira bem construída, mas achei a mensagem final um pouco exagerada. Creio que o tema seja complexo demais para um microconto.
Microconto com teor político = cheiro de polêmica no ar
É um conto que versa sobre a situação política a qual vivemos, satirizando-a com a possibilidade de reutilizar o calendário. Achei inteligente, impecável gramaticalmente.
Sátira interessante, com uma alfinetada final perspicaz. O diálogo me pareceu muito bem trabalhado. O cenário que meio que emana do conto parece ser o de um bar / armazém tradicional, talvez numa cidade do interior.
Olá, autor(a)! Muito bom seu micro. Usou do humor para fazer uma critica, só assim para aliviar a tensão dos dias atuais, parabéns!
Desejo boa sorte no desafio. Abraços.
Muito bom — humor político é sempre perigoso, já que alguém, dependendo do viés para onde se inclina, pode sair contrariado ou chamuscado. Evidentemente, caro autor, você está ciente disso.
De minha parte, achei um humor inteligente, bem sacado, que demonstra bem diferentes lados dessa equação insolvível. Voltamos ao passado? Ou será que nunca saímos dele? Isso é bom ou ruim?
Você, ao final, como qualquer pessoa que não tem pendor para o medievalismo, deixa clara sua opinião, mas dá voz àqueles que não têm dúvidas que o melhor para o país é permanecer em Camelot.
Parabéns e boa sorte no desafio!
Rapa…Que tapa na cara da sociedade. O Brasil voltou a ser o quera? Santo Deus. Gostei muito do dialogo bem construido. Boa Sorte no desafio.
Olá, Bisseexto, adorei o seu microconto. A ideia é original, o tema é atual, Está bem escrito e bem estruturado. Parabéns e boa sorte.
Gostei do tom de crítica do conto, ao mesmo tempo humorístico. O humor inteligente é uma das armas contra aquilo que discordamos. Boa sacada a dos calendários iguais.
Boa sorte!
Tirando o cunho político, o qual inclusive é de fórum intimo e impossível de se comparar (nasci na ditadura e não é isso o que temos hoje, em absoluto), achei engraçado o conto. Boa sorte!
Olá, Bissexto, bravo! Bravíssimo! Seu conto ficou muito bacana. O contraste entre as duas posições, o fato de que ninguém mais usa folhinhas de parede, o diálogo dos dois. Que mais falar? Que gostei muito, muito mesmo. Parabéns.
Engajamento autêntico e mais que necessário para esses dias tão sombrios. Bravo autor, pela iniciativa tão inusitada para este desafio. Estava mesmo fazendo falta tema tão oportuno. Uma narrativa dialogada, enxuta. Não sobrou nem faltou nada. E que bela ideia de analogia às épocas em foco. Maravilhoooooso! Supimpa! Esse está no pódio não tenha dúvida.
Os calendários se repetem integralmente a cada 28 anos. … tá agora quem é que guarda um calendário tanto tempo? No micro, ele é usado para mostrar as divergências. Foi uma boa sacada, já que sempre existiram percepções diferentes de tudo.
Gostei muito da técnica narrativa: diálogos, enxutos, diretos, a ironia implícita.
Parabéns por captar com precisão o momento atual e criar um paralelo inteligente. Abraços.
Eita nós! Que crítica, que crítica! Até me arrepiei aqui. Tirando a parte política de jogo, a cena narrada é de um primor sem igual, o que é ainda mais louvável por tratar-se de um conto formado quase unicamente for falas. Um trabalho marcante. Nem vou te desejar sorte neste desafio hahahaha abraços!
Conto revolta. Diálogo com a contemporaneidade.
Dois caras conversam sobre o que vem ocorrendo com o País, um deles bandeia-se a achar que os dias atuais são os mesmo do passado.
Despretensioso, o conto, larga mão da literatura para lascar um tacada política. Não é mal, não é bom. Paralisa o tempo e, se fica para a história, fica como protesto.
É divertida a sacada do seu Luis quando compara os dois calendários.
Aproveitei pra dar uma olhada no calendário de 1964 e vi que é idêntico a 2020 relativamente aos dias da semana. Melhor seria se fosse igual a 2019.
Boa sorte.
Que baita texto! Simples na escrita, de uma criatividade impressionante, atual e antigo, divertido, sensato, profundo, VERDADEIRO. Um presente. Parabéns, Bissexto, este é O MICROCONTO! Como você mesmo respondeu para um comentarista, não se trata de um texto para agradar destros ou canhotos, é a descrição de uma realidade. O ano de 1964, “calendariamente” falando, foi exatamente como 2020 será. E, por “analogia” e infortúnio, as mentes retroagiram, abriram mão das conquistas. Renegam a liberdade e cultuam o absurdo. O nefasto impera… Quanto ao seu conto, Bissexto, como diz um colega daqui, é OUTSTANDING!!!!!!!!!!!! Nota 1000!!!!!!!!!!
Parabéns, parabéns!
Boa sorte no certame!
Abraços…
Enfim, amei! Super atual e muito criativo com uma narrativa crítica, tensa e bem humorada. Final primoroso. Parabéns e boa sorte!
Meu favorito até o momento!!! Acho que politica e arte tem que se misturar cada vez mais, ainda mais em tempos tão sombrios e nefastos no nosso país e também no mundo. Excelente texto. Parabéns e boa sorte.
Olá!
Texto para ganhar as redes sociais! Deu vontade de imprimir um calendário de 64 e pendurar na minha parede. Um tapa de luva cheia de concreto.
Parabéns pela ideia!
Uma solenóide indutora, com certeza. Boa sorte para todos nós!
Obrigado a todos pela leitura. Pretendo responder, um a um, na medida em que puder.
Eita!! Arrasou nos diálogos! Um retrato em poucas palavras de nosso cenário político atual. Adorei. Parabéns pela coragem de dizer!
Obrigado, Jorge. Muito além da crítica, é uma constatação dos personagens. Abraço fraterno!
gosto de diálogo, torna o micro conto mais dinâmico. bem interessante.
Nilo, diálogo é um exercício excelente, difícil tentar ser natural e informativo. Mas também gosto do dinamismo que ele dá à história. Sucesso a você também.
Primeiramente, adoro contos onde os personagens falam, gesticulam, xingam, são gentis, amorosos ou “barraqueiros”.
Segundamente foi ótima a ligação entre dois mundos completamente diferentes, os dias atuais e do início da ditadura, dos desmandos, das oligarquias.
Não pode falar em política? Não pode, concordo em um desafio de literatura.
Pode zombar?! Pode. Então foi o que me fiz rir da frase final:
— Os dias são iguais.
Sorte mesmo! Votem em mim, diz o autor, alto e em bom som.
Parabéns!
Cilas, obrigado pela leitura. Que bom que você conseguiu rir no final da história.Tomara possamos todos nós. Grande abraço!
É uma critica ao atual cenário politico, que tem um dialogo gostoso de ler. Bem, só não sei se vai agradar que é de estrema direita. Boa sorte.
Emanuel, como disse em outro comentário, esse pequeno texto é mais uma constatação das rachaduras de opinião sobre o que está acontecendo com a gente, e o embate entre a memória do que foi e a percepção do que está sendo. Não escrevi mesmo para agradar destros ou canhotos, como você disse. Obrigado pela leitura!
O calendário de 2020 repete os dias de 1964, ou seja meu aniversário vai cair em uma quinta-feira. O conto traz uma crítica e mais do que isso aponta para a divisão de opiniões que houve entre amigos, vizinhos e afins. O senhor até resolve voltar a beber, afinal voltou para 1964 e a coisa está feia! Adoro diálogos e este está supimpa. Boa sorte!
Algumas coisas se repetem na vida da gente, mesmo, Claudinha. Você pegou a essência do que eu queria dizer, mesmo que não tenha encontrado a forma para o espaço necessário – a contraposição entre percepções de quem viveu aqueles tempos e hoje. E supimpa é realmente um estouro! Que bom que gostou!
Muito bom, dei uma risada aqui, mas foi trágico.
Como uma boa crítica, consegue passar sua mensagem sem ser direto, ainda que tudo esteja explícito. Os diálogos foram bem pensados e o texto é muito enxuto, gostei da precisão.
Obrigado, Nelson, realmente não queria ser panfletário, mas mostrar a minha própria perplexidade com as coisas do jeito que estão. Agradeço as palavras gentis. Grande abraço.
O povo que esquece sua história está fadado a repetir os mesmos erros. Cara, genial. GE-NI-AL!
Gio, nem tenho palavras para agradecer o exagero em forma de elogio. Fico até com vergonha. Grande abraço!
gostei dessa crítica sutil ao cenário que se repete. Mesmo se tratando de política não trouxe “peso” ao texto… Parabéns!
Oi Luiza, que bom que a leveza existiu no texto, pelo menos… Obrigado pela gentileza e apreço! Paz e bem!
Olá, tudo bem? Uma crítica política dentro de um bem bolado micro. E talvez, se fosse maior, corresse o risco de ser panfletário. Assim ficou no tom certo. Parabéns! E 1964 também foi bissexto. Um dia a mais no governo desse Coiso! XD Obrigada!
O pseudônimo veio por último. Talvez porque não tenho escrito muito, nos últimos tempos, então sou um(a) escritor(a) bissexto(a). Acho que o conto não poderia ser muito maior do que isso, porque a idéia é pequena, mas pelo menos umas 10 palavrinhas já ajudava… Grande abraço, eu é que agradeço!
Muito bom! Bela crítica do (des) governo atual e sua ideologia fascista. Pena que as gerações atuais não saibam a diferença entre 64 e hoje. Pior ainda é ver a turma que sabe, mas ainda assim apóia. Gostei.
Pois é. A grande questão é que não há uma verdade única, e que a diferença não é tão grande assim, entre o agora e o antes de tudo. Parece que estamos na espiral ascendente, passando sempre pelo mesmo lugar, mas não na mesma altura da vida. Obrigado pela leitura, paz e bem!
Há quem diga que um texto datado nunca entra para história, que o tempo passa e o texto também…………até concordo, mas nem de longe significa que isso faça de um texto menor………..muito ao contrário…………pode ser gigante……….como este…………que registra uma realidade de um tempo…………..
As pequenas coisas podem não ser tão pequenas assim. E um calendário, mais do que as datas e o registro do tempo. Que bom que você sentiu isso, Eder. Paz e bem pra você!
Círculo vicioso? Solenóide? Creio que sim!
Boa sorte!
Uma solenóide indutora, com certeza. Boa sorte para todos nós!