EntreContos

Detox Literário.

Entre as Estrelas do Céu (Michele Barão)

 

O céu aquela noite estava forrado de estrelas e Leon o contemplava com o fascínio de sempre. Desde muito pequeno, Serena já percebia sua conexão com o cosmo:

– Quando morrer serei mais uma estrela no céu, mamãe! Ela apenas observava.

A maturidade do filho apesar da idade a comovia. Cerrou os olhos vencida pela exaustão enquanto sussurrava quase num gemido que aquele momento durasse pela eternidade. Amava-o desesperadamente.

Há um ano atrás…

– Bom dia, doutor Alberto! O senhor já tem os resultados dos exames? Perguntou Serena ansiosa ao se deparar com a expressão fria do médico.

– Bom dia, senhora! Os exames acusaram que seu filho é portador de um linfoma em estágio avançado. O tratamento é evasivo e as chances de desfragmentação de sua resistência não é descartada. – – – Mas, Leon tem chances com ele. Disse categoricamente a mãe.

Por um longo momento Serena o fitou. Era um estranho. Mas precisava confiar o filho aos seus cuidados. Ele e a equipe médica eram referências na área de oncologia. No fundo ela sabia dos riscos do tratamento. Tudo era incerto. O medo misturado à possível perda do filho tumultuavam suas emocões. Somente uma vez se sentiu assim. Estava grávida e feliz com a novidade. E logo em seguida o namorado a abandonou. Ele não queria criar vínculos, era imaturo e egocêntrico. Mas isso não a intimidou a seguir em frente e recomeçar sua vida em outro lugar.Longe de tudo.
Talvez se ele tivesse conhecido o filho estaria orgulhoso dele que, apesar da deficiência auditiva tinha talento para a escultura. O talento certamente que havia herdado dele.

-Senhora! A voz do médico tirou Serena dos pensamentos.

– Não é justo! Desabafou Serena em prantos. Ele tem atravessado todos esses anos aprendendo a lidar com suas limitações, não sei se está pronto para enfrentar mais isso.

– Eu acompanho crianças há quase duas décadas nesse hospital. E posso assegurar que tanto a equipe médica quanto a multidisciplinar são de grande valia. Mas o suporte familiar sempre contou muito no processo de recuperação e cura.

Seu filho precisa desse apoio. E quando digo família, não específico a padrão, mas aquela parte que irá fazer toda a diferença enquanto ele estiver se tratando.

– Eu confio em você, mãe!

Por um longo instante serena se calou. Gostaria que aquilo tudo fosse um pesadelo e pudesse acordar. Mas não era. O filho estava doente.Muito doente. Leon mal suportava as dores e estender seu sofrimento seria deixá-lo morrer à própria sorte. E, assim deram inicio ao tratamento.

A unidade de internação pediátrica se resumia a um enorme prédio que ainda mantilha resquícios de antiguidade. Mas seu espaço físico como infraestrutura não deixavam nada a desejar.

Aquele lugar passou a ser extensão de casa onde Leon permanecia dias a fio. As sessões de quimioterapia eram devastadoras e penalizantes, mas ele em momento algum deixava transparecer o medo e a tristeza que sentia. O quarto do hospital que comportava um número pequeno de crianças tinha como os demais suas paredes brancas com largas janelas e cortinas de algodão que remetiam a um ambiente familiar. Com o passar do tempo Leon se acostumou com o lugar bem como com a entrada e saída das crianças . Algumas retornavam e por outras não ousava perguntar.

A enfermeira chefe encarregada do andar não ajudava muito. Era ranzinza e nunca sorria .

Numa manhã, enquanto se retirava da sala dos exames periódicos, Leon se deparou com uma nova paciente à espera da vez. Por um momento se entreolharam e ele pode notar o quanto era linda. Os longos cabelos dourados reluzentes em pequeninos cachos que caiam sobre os ombros formando uma cascata mais lembravam um anjo. Era como se a conhecesse de longa data. Leon sentiu seu coração pulsar com mais intensidade. Estava fascinado. Era o amor na estação do seu tempo acontecendo. Mas, em seguida, suas feições se fecharam. Ela estava doente. Sua tristeza era profunda. E quase podia senti-la. Enquanto caminhava pelo extenso corredor em direção ao quarto chorou.

Os dias se passaram e Leon não conseguia se aproximar daquela menina que passou a alegrar sua vida. A sua timidez o embaraçava.
Uma noite caminhou até à porta do seu quarto e pela penumbra a viu sentada na beira da cama com as mãos entrelaçadas no colo, cabisbaixa. Então, se aproximou e alguns minutos depois estavam a olhar pela imensa janela próxima ao leito de Pamela, o céu da noite forrado com suas milhares de estrelas até onde os olhos podiam alcançar. Por um instante eles eram simples crianças deslumbradas com o céu da noite. Esquecidos momentaneamente da realidade que massacrava o curso natural da infância. Tem coisas que somente Deus explica. A doença os uniu. A cumplicidade os amparava. Pam, como assim carinhosamente a chamava, em pouco tempo já começava a dominar a linguagem dos sinais. Leon a ensinava. Eles se entendiam em silêncio. Era mágico.

Os longos e exaustivos dias naquele ambiente hospitalar começaram a entendiar Leon. A argila foi suspensa temporariamente sob recomendação médica e então ele pediu à mãe material para desenhar. Também tinha desenvoltura com os desenhos. Serena sabia que Leon acabaria usando os desenhos para transformar aquele lugar. Conhecia o filho.

Numa manhã ensolarada, Pamela acordou com um envelope embaixo do seu travesseiro. Nele havia um lindo desenho, quase real, onde seus cabelos que haviam caído em razão da quimioterapia, estavam caprichosamente esmiuçados nos detalhes: compridos e com várias mechas azuis adornadas com estrelas por toda a extensão. Eram tantas que pareciam saltar da folha. O que mais chamou sua atenção foram as sardas que marcavam seu rosto e o seu sorriso que havia se apagado de suas feições. E pela primeira vez desde que chegou aquele lugar, ela sorriu.

E assim outros desenhos passaram a ser deixados a outras crianças.Como fez a Thiago, companheiro de quarto, que voltou a cantar depois de se ver no desenho abraçado ao pai, músico numa banda até bem requisitada, mas que se encontrava ausente, alegando estar trabalhando dobrado para suprir os gastos da doença do filho. Na verdade, ele não conseguia enfrentar a doenca do filho. Alguns familiares, infelizmente, se afastam. O desenho foi parar nas mãos daquele pai. Serena se encarregou. Alguns dias depois, o músico visitou o filho. Decorrido o encontro a enfermeira chefe não dava mais conta do menino e suas cantorias.

Helena, interna no quarto de Pamela também foi surpreendida com um lindo desenho no qual ela estava abraçada a seu cãozinho de estimação. Não se viam há meses. Ela sempre encontrava dificuldades para demonstrar seus sentimentos. Alvoroçava a todos inclusive a enfermeira chefe para que permitisse a visita do pequeno animal, até que numa manhã ele saltou para sua cama. Serena também havia convencido o diretor daquele hospital.

Theo, o menino do quarto ao lado chorou de emoção ao se ver beijado no desenho pela avó que falecera anteriormente à descoberta da doença dele. Resistia em chorar. Nem mesmo pela doença. A mãe trabalhava muito. Estava residindo em outro estado. Até que um dia entrou pelo quarto do filho e de lá não mais saiu. Serena nao mediu esforços para encontrar e leva-la a presença do filho.

Ivys era um pré adolescente com o qual Leon se identificou pelo histórico de vida. Para Leon foi muito simples retratar o amor de filho. O desenho encheu Ivys de gratidão pela mãe. Mas Serena nao se daria por satisfeita.

– Bom dia, você é Juan? Perguntou Serena ajoelhada próximo a um mecânico de uma oficina localizada numa cidadezinha vizinha. No momento ele se encontrava debaixo de um carro, tentando concertá- lo e pelo visto à distância disso. Os chingamentos dele falavam por si.

– Sim, sou eu? O que deseja? Perguntou ele ao se levantar rispidamente à aproximacao de Serena que sem hesitar entregou-lhe o desenho.Foi uma longa conversa.

– Eu a magoei e ela nunca me perdoou. Um dia cheguei em casa e encontrei uma carta. Nunca mais a vi. Eu não sabia dele!

-Ela está pronta para te perdoar. E Ivys para conhecer o pai. Serena se sentia aliviada.

Dois dias se passaram e aquele menino foi surpreendido com um homem de quase dois metros de altura ao adentrar o quarto segurando um carrinho de madeira nas mãos. Enfim se abraçaram. Serenou sentiu um nó na garganta.

– É você, não é? Tentava perguntar em sinais a enfermeira chefe da unidade a Leon enquanto segurava numa das mãos seu desenho. Ela já nem se lembrava mais da ultima vez que sorrira. Perdera o marido para o câncer, com quem se casou apaixonada. A doença repentina seguida do óbito haviam lhe endurecido. O desenho onde ela estava rodeada pelas crianças na sua maioria daquele pavilhão haviam mexido com ela. Leon havia caprichado mas a mudança real nao fluiu até Serena se trancar na sua sala e quase aos gritos repetir o juramento da profissional. Em um dado momento ela se lembrou dele. Por sorte dela.

Com o tempo surgiu um boato que um anjo percorria os corredores daquele hospital à noite visitando as crianças enquanto dormiam e em seguida as presenteava com desenhos deixados debaixo dos travesseiros. Eles caíam como bálsamo a tantas dores e sofrimentos. Algumas eram privilegiadas. Serena que o diga. Mas Pam também tinha uma participação significativa, afinal acabou se tornando os ouvidos de Leon. E juntos faziam daquele pavilhão um encontro de almas, amores e sentimentos. A doença geralmente não só adoece o corpo, mas as emoções também. Eles juntos insistiam em acreditar no contrário. Bendita a insistência das criancas.

Após meses de tratamento, Leon ao contrário do esperado se mostrava muito enfraquecido e também era notório o desgaste físico e emocional de Serena, que se esforçava para que o filho não percebesse. O médico o liberou para as festividades de natal. Ele sabia o que fazia.

Uma tarde em casa Leon pediu a mãe para que o levasse até o atelier. Mal se aguentava em pé e suas mãos trêmulas deixavam em evidência as sequelas do tratamento prolongado. Afinal um ano já havia se passado depois da descoberta da doença. Mas, algo ainda havia a ser feito. Ele tinha pressa.

Por aqueles dias Leon precisou retornar às pressas para o hospital. Seu estado havia piorado deveras. Estava muito debilitado e o médico não era mensageiro de boas notícias. Em seus últimos momentos, respirava com muita dificuldade e Serena o abraçava numa ânsia desenfreada de mantê-lo vivo. Inutilmente. Leon sorriu para a mãe e em seguida cerrou seus olhos lacrimejantes com um último suspiro. E ali ela permanecera, numa infinidade de minutos, abraçada a seu bem mais precioso, que enfim descansava, isento de todo o sofrimento acarretado em seu castigado corpo.

Duas semanas após , numa manhã gelada, a campainha da porta tocava e por ela adentrava uma senhora perplexa ao chamado de Serena.

– Bom dia! – Cumprimentou a recém chegada. Rebekah, uma mulher aparentemente nova, embora apoiada em sua bengala, adentrava a sala aquecida pela lareira. Não fazia menção do que se tratava aquele convite. Havia conhecido Leon ainda no hospital através da filha. A desolação em seus rosto ainda era muito nítida.

Por um momento, Serena se afastou e logo voltou com um embrulho nas mãos, apressando-se a entregá-lo à recém chegada.

– Leon, meu filho, antes de falecer, pediu-me para te entregar um presente!

Ainda acomoda no sofá, passou a abrir a caixa envolta em um papel e laço grande. Seus olhos mal podiam conter as lágrimas que passaram a escorrer furtivamente pelo rosto, enquanto deslizava a sua delicada mão sobre o presente de Leon.

– Olhe! Um cartão! – Disse Serena. – É para você!

– Leia, por favor! – Pediu Rebekah emotiva.

E, após Serena ler com a voz embargada o bilhete redigido pelo filho em seus últimos momentos de vida, um grande silêncio se instalou naquele ambiente aconchegante.
Ela não podia enxergar, assim nascera, mas pelos seus dias, poderia através daquele lindo presente continuar a afagar a face da sua doce e eterna filha, Pamela, esculpida em argila.

– Seu filho não somente tinha a arte de criar com as mãos. Acima de tudo, de cuidar com os olhos. Eu sinto que eles continuam cuidando um do outro.

-Também sinto a mesma coisa e, se quer saber mais, eu os encontro sempre que olho para o céu da noite.Entre as estrelas.

…” A vida aproxima os encontros, a morte, os enlaces.”

Alguns anos mais tarde…

– Dra. Serena! O menino do quarto 302, internado hoje de manhã não quer se alimentar! Poderia examiná lo por favor? Pediu a enfermeira do pavilhão.
– Enquanto se dirigia até o quarto da criança , Serena ia examinando seu prontuário quando algo a paralisou.
Sorriu.
– Tenha fé pequena criança! Tudo vai acabar bem! Disse Serena com os olhos marejados para a criança.

Dados de identificação:
Nome: Leon Sanchez, 10 anos, órfão e à espera da adoção.

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17 comentários em “Entre as Estrelas do Céu (Michele Barão)

  1. Tom Lima
    15 de dezembro de 2019

    Entre as Estrelas do Céu (Kristen)

    Resumo: A história de um menino doente, que passa muito tempo internado, e que através de seus desenhos alegra a vida dos outros internados. No meio disso ele se apaixona por uma menina que também esta doente.

    Comentário: Devo dizer de partida que não gosto desse tipo de história, então isso pauta toda a avaliação. Não tenho pretensões de ser imparcial, e isso pesa bastante na hora da leitura. Sigamos, até o momento, mais ou menos no meio, onde a única relação do Leon é a Pamela, o texto vai bem, mas aí o texto dá um salto, e o momento é a frase “E assim outros desenhos passaram a ser deixados a outras crianças.”. A partir desse ponto são introduzidos vários personagens, mas sem desenvolvimento, várias vezes eles têm só um parágrafo, nos é mostrado o que eram, o momento que chegou o desenho, e o que mudou pra melhor, muito rápido que acaba ficando superficial. Assim fica faltando o peso emocional que uma história desse tipo necessita, uma conexão entre quem lê e as personagens.

    Conclusão: Um conto que erra a mão ao introduzir personagens demais sem o devido desenvolvimento deles. Tenta passar uma mensagem de esperança, mas os diálogos tem em excesso um tom de pregação: “– Tenha fé pequena criança! Tudo vai acabar bem!”, é uma fala muito artificial, e esse tom ao longo do texto é bastante cansativo. Confesso que não entendi bem o final, se é somente uma outra criança com o mesmo nome do filho falecido ou se tem algo a mais ai, mas de um jeito ou de outro não gosto da ideia de uma mãe que perdeu o filho cogitando a ideia de substituí-lo.

  2. gabrieldemoraes1
    15 de dezembro de 2019

    A história de um garoto doente que leva o amor e a esperança para o hospital através de desenhos para os pais e para as crianças.

    O texto é muito bem escrito com muitas cenas incríveis. Ele ganha valor pelo conteúdo emocionante. Muito bom.

  3. Thata Pereira
    15 de dezembro de 2019

    RESUMO: Leon é um menino ligado ao Cosmo desde criança, sua mãe sempre soube. Um dia um médico conta à Serena sobre a doença do filho, câncer. Passando dias no hospital, Leon, com a ajuda de sua mãe e de Pam, começa a transformar aquele lugar, com seus desenhos. Leon morre e sua mãe vira médica e um dia se depara um menino chamado Leon esperando para ser adotado.

    CONSIDERAÇÕES: é um conto muito bonito e extremamente emotivo. Contudo, há algumas falhas de execução que atrapalham um pouco, principalmente nas pontuações que dividem os diálogos. Algumas repetições de palavras… Mas sobretudo a pontuação. Nada que não seja ajustado com o tempo, com muita leitura (prestando atenção na forma como a pontuação é construída, principalmente nos diálogo) e escrita. Afinal, criatividade e capacidade de emocionar o autor tem e com o tempo essas questões vão se ajustando.

    Boa sorte!!

  4. angst447
    12 de dezembro de 2019

    O conto baseia-se em uma ideia comovente: menino doente que sensibiliza todos a sua volta, mesmo após a morte. Não sei se o final ficou muito claro – Leon voltou? E será adotado por Serena? (e ela era médica?)
    Não é uma ideia nova, mas sempre funciona.
    O texto carece de uma revisão mais apurada. Nada que não se resolva fácil.
    Parabéns pela sua participação.
    Feliz Natal e um maravilhoso 2020.

  5. Laryssa Cristiny Nascimento Moraes
    12 de dezembro de 2019

    ENTRE AS ESTRELAS DO CÉU
    RESUMO: Serena acompanha seu filho no tratamento contra o câncer. Durante seus últimos dias de vida o menino transforma várias vidas através de seus desenhos. No final Serena se torna médica, após a morte do menino.
    COMENTÁRIO: Texto e ideias muito bons, porém há falhas na pontuação e coerência de algumas frases, o que dificulta um pouco a leitura. Não entendi se no final o filho dela reencarna, ou se é apenas um garoto com o mesmo nome que Serena pretende adotar.

  6. Val
    12 de dezembro de 2019

    Sinopse:
    Serena é mãe de uma criança com câncer. Surdo e com muitas habilidades artísticas, Leon e a mãe vão interagir na vida das pessoas do hospital oncológico para levar a elas um pouco mais de carinho e amor. Serena vê na força do filho um motivo para continuar seguindo e ajudando os paciente da forma como é possível. No final vemos que ela se torna médica e passa a atuar nesse centro de oncologia.

    Opinião:
    Vou começar com um puxão de orelha na autora, é besteira, mas é bom você saber. “Há um ano atrás” é pleonasmo, “concerta” tem outro sentido do que você empregou, enfim, alguns errinhos aí. Pesquisa aí por que. E outro detalhe foi que faltou um pouco mais de revisão no texto. Na próxima, peça que alguém leia ou espere o dia seguinte para ler novamente. Provavelmente você já sabe disso.

    Fico imaginando se a autora passou por uma experiência semelhante, seja como Leon, seja como Serena. Penso isso pela riqueza de detalhes que ela apresenta no conto, descrevendo os personagens da oncologia, as enfermeiras, médico, etc. Já fiz visitação em um Centro de Oncologia e felizmente, até a presente data, não tive nenhum familiar próximo a passar por uma situação dessas.

    Sinceramente não consegui gostar desse conto, li uma vez, li duas, com muita dificuldade li uma terceira, mas nem acabei. Achei muito entediante. Mas saiba que isso não é demérito seu, é meu mesmo, meu gosto literário é um pouco fora desse tipo de narrativa que você utilizou aí.

    A história está bem escrita, não sei se entendi o final, a Serena vai adotar o órfão só por causa do nome lembrar o filho? Minha interpretação é que sim. Imagino que isso faça muito sentido na cabeça de uma mãe que perdeu um filho.

    Continue escrevendo, mesmo que eu não tenha gostado do seu conto, sei que muita gente deve ter gosto. Ele traz um resgate do espírito humano, a intenção de ajudar pessoas, deixar um marca.

  7. Priscila Pereira
    7 de dezembro de 2019

    Olá, autor!
    Que conto lindo!! Me emocionou, de verdade!! Você escreve com muito sentimento, só falta aprimorar a técnica! Tenho certeza que logo, com a prática, seus contos ficarão perfeitos!
    Parabéns e boa sorte!

  8. Givago Domingues Thimoti
    7 de dezembro de 2019

    1. Resumo
    “Entre as estrelas” é um conto que narra a história de Leon, um garoto que em seu pior momento, conseguiu encontrar forças para ajudar outros pacientes como ele.

    2. Impacto
    Esse foi um conto polêmico. Contos assim, “melodramáticos”, que apelam para o lado emotivo do leitor sempre despertam sentimentos antagônicos. Uns, por um lado, detestam, vêem o clichê e consideram piegas, chato e apelativo. Quando não há um grande enfoque na gramática (como ocorre nesse conto, por exemplo), é visto mais ainda como apelativo.

    Isso, ao contrário do que esses dizem, não torna o conto menos valoroso que aquele no qual o autor escolhe delicadamente cada palavra. Na verdade, para mim, prefiro muito mais um conto extremamente apelativo do que um conto descritivo, que esmiúça cada detalhe.

    Portanto, impacto altíssimo, o mais alto até então

    3. Enredo
    O enredo é bonito, singelo e poderoso. Tem os seus clichês, contudo, isso não é demérito, principalmente considerando-se a condução da história. Diria que se estendeu um pouquinho a história ali no final, mas a soma de tudo é maior do que os erros.

    4. Gramática
    Encontrei alguns erros gramaticais, principalmente no que toca a colocação de vírgulas. Creio que se tivesse preocupado mais com esse detalhe, teríamos aqui um conto impecável

    5. Pontos Positivos/Negativos
    + Impacto altíssimo!
    + Conto singelo
    – “Desleixo” gramatical (uma revisão teria salvado nesse quesito)

  9. jetonon
    5 de dezembro de 2019

    ENTRE AS ESTRELAS DO CÉU

    Resumo: Serena mãe de um garoto que é diagnosticado por um câncer. O garoto já vinha convivendo com dificuldades por ser deficiente auditivo. O pai o deixa antes de ter nascido. Apesar de muito difícil para ambos, mãe e filho, o que torna um acalento para a mãe é a facilidade que o filho tem em se expressar através de seus desenhos. No hospital, na ala das ciranças com o mesmo tratamento, o menino é um ícone em fazer amizades com seus desenhos, apesar da impossibilidade de ouvir e falar em sinais. Pâmela, a menina que torna o garoto mais feliz, com a sua presença é a dupla que faltava para alegrar aquele lugar, apesar das suas dificuldades. As mães se unem depois da partida dos dois.

    Comentários: O conto deve ser o retrato de uma história real, pois pessoas assim, têm o dom de unir, mesmo com os sofrimentos que estão sentindo. É um conto bem cativante e tira lágrimas do leitor. O autor foi feliz nas descrições.

    Correções:
    1. Disse categórica a mãe. Não seria: Disse categórica à mãe.
    2. O parágrafo abaixo de: – Eu acompanho crianças…
    Seu filho precisa desse apoio… (creio que esse parágrafo devia vir seguido do anterior, pois ainda é o médico que fala com a mãe. Caso contrário, deveria ser seguido de travessão com explicação. Supor: E o médico ainda continua: – Seu filho precisa de apoio…

  10. Luis Guilherme Banzi Florido
    21 de novembro de 2019

    Bom dia/tarde/noite, amigo (a). Tudo bem por ai?
    Pra começar, devo dizer que estou lendo todos os contos, em ordem, sem saber a qual série pertence. Assim, todos meus comentários vão seguir um padrão.
    Também, como padrão, parabenizo pelo esforço e desafio!
    Vamos lá:

    Tema identificado: drama

    Resumo: a história de Leon e sua mãe, que enfrentam juntos o linfoma que tiraria a vida do menino. Apesar da doença terminal, o garoto se transforma em alguém que toca e transforma a vida de todos no hospital, com seus desenhos (e uma escultura, no final) encorajadores.

    Comentário: caramba, que conto lindo! gostei muito da história do Leon. vamos por partes.

    Devo começar dizendo que a escrita possui muitos pontos que precisam ser melhorados: existem vários erros de pontuação e concordância nominal, o que acaba não prejudicando tanto. O que mais me incomodou foram os diálogos, que ficaram um pouco confusos. Pelo uso incorreto dos travessões e pontuação, tem hora que não fica muito claro quem está falando o quê, e nem mesmo dá pra saber bem se se trata de diálogo, ou do narrador. Além disso, existem também alguns trechos como “há um ano atrás”, que deixa um pouco rebuscado o texto. Poderia dizer somente “um ano antes”, por exemplo.

    Com uma caprichada maior na parte técnica, o texto ficaria ainda melhor do que é.

    Bom, agora que já fiz a parte chata, vou dizer que isso é tudo que tenho pra “reclamar” do conto. Quando eu disse que o texto poderia ser melhor do que já é, é pq ele é realmente mto bom. Vamos lá:

    Primeiramente, queria dizer que adorei muito a figura do Leon. Sou budista, e no Budismo nós temos a figura do “Bodisatva”, alguém que se dedica para transformar positivamente o ambiente e tocar o coração das pessoas, independente das dificuldades que passe. Devo dizer que o Leon me lembrou muito essa figura do Bodisatva. Fiquei muito tocado com a pureza e bondade do menino, e da forma como ele transforma a vida de todos de quem se aproxima.

    Além disso, Leon demonstra como as limitações pré-existentes não são decisivas, e como é possível romper os limites individuais e se tornar alguem grandioso.

    Gostei muito também da forma delicada e bonita como você retratou o amor infantil, o amor mais puro.

    Ou seja, a história me tocou muito mesmo, e fiquei emocionado em vários momentos. Parabéns.

    Realmente acho que um trabalho mais apurado na gramática e na estrutura do conto valorizariam ainda mais o trabalho.

    Parabéns e boa sorte!!

  11. Felipe Rodrigues
    21 de novembro de 2019

    Garoto com câncer é cuidado por Serena, juntos animam outros doentes do hospital com desenhos do pequeno, que acaba morrendo. Ao fim, parece que ela adota um menino de mesmo nome.

    Embora seja uma história de superação, envolvendo pessoas simples dentro de um hospital honesto, achei que o conto apresenta recursos demasiados dramáticos no sentido de convencer o leitor. Claro, trata-se de um drama, diriam alguns. Porém, alia-se aí doenças terminais, crianças, desenhos bonitos, esperança, órfãos, não sei, a coisa simplesmente passa do limite. A escrita também precisa de revisão com atenção às maiúsculas-minúsculas, repetições demais, inserção de frases fora de contexto como forma de impactar o texto, entre outras coisas.

  12. Fernanda Caleffi Barbetta
    18 de novembro de 2019

    Parabéns pelo conto. Gostei bastate da história de amor ao próximo, muito bonita. Boa sorte no desafio.

    Obs: esta não é uma leitura obrigatória para mim neste desafio, por isso não há resumo. É apenas a minha breve impressão sobre o texto.

  13. Bruna Francielle
    15 de novembro de 2019

    Resumo: Criança doente chamada Leon é internada num hospital, onde conhece diversas outras crianças e de algum modo fica sabendo de seus respectivos dramas particulares. Com a ajuda de sua mãe,Serena, Leon então decide intervir e tentar ajudar cada criança com um desenho. Os desenhos que ele criou aproximaram familiares e ajudaram a resolver os dramas das outras crianças.
    Análise: A mudança de perspectiva de um personagem para outro durante a narrativa, sem a existência de uma separação nítida, me incomodou um pouco. Explico: o conto começa sendo contado a partir do ponto de vista da mãe, Serena, e de repente, o ponto de vista é mudado para Leon, o filho. Também achei estranho a criança saber da vida íntima das outras. Não houve uma explicação clara para esse fato. Tirando isso, sua ideia foi boa e até mesmo emocionante. É uma história que poderia passar na TV se fosse real. Semi-gostei do final, poderia ter deixado um indicativo de que Serena adotou o outro Leon. Um ponto positivo foi que você conseguiu dotar Leon de uma personalidade destacável: ele gostava de ajudar pessoas e fazer o bem. Pensei que o drama de Leon não conhecer o pai seria resolvido, mas este fato foi apenas jogado no conto e depois não foi usado para mais nada, o que tornou a inclusão deste dado desnecessária e sobrando.

  14. Rubem Cabral
    12 de novembro de 2019

    Olá, Kristen.

    Resumo do conto: Serena é médica e mãe de um menino chamado Leon. Seu filho, que crescera sem pai e nascera com problemas de audição, teve um diagnóstico de câncer e teve que começar um tratamento quimioterápico. No hospital, a criança desenhava e esculpia para alegrar outros pequenos pacientes. Infelizmente Leon não sobreviveu à doença e deixou um legado de desenhos e esculturas. Um ano depois Serena encontrou outro menino com o mesmo nome, órfão e à espera de adoção (e descobrimos que o menino do início do conto era o 2º Leon).

    Considerações: o conto é um drama forte, já que envolve crianças e doenças graves e morte, mas às vezes resvala no melodrama, o que não foi muito bom. A escrita carece de um tanto de revisão a mais: concertar, doenca, chingamento, etc. Há alguma confusão na separação da narração e dos diálogos: “– Enquanto se dirigia até o quarto da criança , Serena ia examinando seu prontuário quando algo a paralisou.”

    Nota: 6

    Boa sorte no desafio!

  15. Elisabeth Lorena Alves
    9 de novembro de 2019

    A vida hospitalar, como acompanhante e como visitante até me fez muito próxima dessas realidades… O texto lindo é também uma homenagem aos que partiram, deixando sonhos inconclusos…

    • Michele Barão
      17 de dezembro de 2019

      Elisa… agradeço a generosidade das palavras e o imenso carinho que mostrou pelo conto ao compartilha-lo no seu face. Sei que não está perfeito, mas pelas análises, o importante foi transmitido. E só por isso já valeu a pena. Abraço enorme. Feliz Natal e que Deus realize todos os desejos do seu coração nesse ano que aproxima.Também perdi uma pessoa muito importante para o câncer. Tentei canalizar, um pouco, a dor através do conto. Acho que funcionou. Paz.

  16. Pedro Teixeira
    2 de novembro de 2019

    Garoto é internado em hospital para tratamento de câncer e com seu talento para o desenho acaba por trazer momentos de grande felicidade para os pacientes e seus familiares.
    A ideia é muito bacana, mas acho que o conto carece de desenvolvimento em certos aspectos: os diálogos não soam naturais, os personagens poderiam estar mais bem caracterizados. Tive a impressão também de que há personagens demais e pouco espaço para o aprofundamento da relação entre eles, especialmente entre Leon e Pamela. Devido a esses fatores, a estória precisa de mais espaço para ser bem desenvolvida. Enfim, vi bastante potencial na trama e nos personagens, mas nesse espaço tanto um quanto o outro não tiveram um desenvolvimento satisfatório, tornando o enredo por vezes confuso.

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Publicado às 1 de novembro de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 4, R4 - Série C e marcado .
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