Tito era um rapaz extremamente magro, esguio e alto. Vivia numa cidadezinha no interior e nunca havia saído de lá, até que por um único motivo tivera que viajar.
Ficou muito nervoso com a situação que o destino lhe proporcionou. Era o décimo filho de uma família simples que viveu todo o tempo no cultivo da roça, e era de lá que todos tiravam o seu sustento. Depois que seus pais partiram deixou toda a família desamparada. Tito era o único filho que saiu para trabalhar fora daquele lugar, e quando possível voltava para visitar os irmãos. A maioria não se casou e as três irmãs que haviam contraído matrimônio ficaram lá mas também não tiveram filhos, por que, os que nasceram foram de parteira e por serem partos complicados morriam ao nascer, outros morreram antes de completar a primeira infância e assim aquele lugar era só de velhos.
Aos poucos cada um de seus irmãos partiam. Uns pela idade avançada, outros pela doença que os assolava pelos poucos cuidados.
Já era próximo da virada do século e Tito percebeu que só sobrara três de seus irmãos, com ele somava quatro integrantes da família, dos quais três ficaram na zona rural, sobrando apenas ele que morava na cidade.
Como era o único que sabia ler e escrever deu início ao processo de desmembramento da terra, que apesar de pequena havia acumulado valor. A cidade cresceu e já estava encostando na sua propriedade. Foi ele também que fez o inventário da família, corria atrás de tudo.
Na juntada de documentos e papeis para o processo, ficou sabendo pelo cartório que faltava um documento importante e que não conseguiria tirar na cidade onde morava, mas que teria que ir para São Paulo, capital, para a sua expedição. Isso porque os antigos proprietários residiam por lá. Na realidade ele deveria procurar pelos filhos ou netos para o certificado que atestasse o documento necessário.
Já fazia mais de uma semana que Tito não dormia direito só em saber da necessidade da viagem à capital. No serviço falava com os colegas e do pavor que estava passando por isso. Alguns lhe encorajavam, outros, com conversas faziam aumentar seu pesadelo.
O tempo foi passando e ele teria que resolver aquele incômodo de qualquer jeito. Nesse meio tempo um de seus irmãos veio a falecer e complicou ainda mais a situação. Mas o problema tinha que ter um fim e ele era o único a resolver.
Conseguiu que uma amiga de trabalho o acompanhasse para a capital. Jurema já havia estado em São Paulo, mas fazia muito tempo. Porém, na sua visão, aquele lugar não era muito diferente de quando estivera lá, a três décadas.
Depois dos preparos partiram a procura dos antigos proprietários das suas terras. O cartório lhe ajudou na localização na capital. A meia noite tomaram o ônibus, deveriam chegar lá por volta das seis horas da manhã. Estava previsto a chegada na Estação Tietê. Entretanto, a Estação que Jurema estivera anteriormente era a da Luz.
Ao chegarem em São Paulo ainda dentro do ônibus, depararam com todo aquele movimento e com o tráfego lento. Jurema começou a entrar em desespero. Não era a cidade da qual ela imaginou guiar seu amigo. Porém, para Tito tudo aquilo era desesperador e ao mesmo tempo uma grande novidade. Seus colegas já haviam lhe contado como era tudo aquilo, mas ele tinha que testemunhar.
Assim que desembarcaram ficaram atônitos. Pessoas que iam e vinham sem se olharem. Era difícil para se localizarem e saberem para onde ir. Mesmo sendo desengonçado com sua altura e sua magreza não chamava a atenção nas pessoas, muito pelo contrário, era ele que ficara olhando para cada uma que passava e se ridicularizava com as vestimentas, os pierces e as tatuagens.
Depois de muito pra lá e pra cá, depararam com um dos integrantes do metrô, que os vendo desamparados foi até eles. Foi um milagre disse Jurema, pois já estava desesperada. Fora pra lá para ajudar seu colega e estava muito mais perdida que ele, que só ficava a observar. Tudo era novo, o metrô, as pessoas e as lojas que ali estavam.
Orientados pelo rapaz, já sabiam agora onde era os sanitários, onde deveriam tomar mais informações e onde poderiam comer com o pouco dinheiro que dispunham para aquela façanha.
Já estava começando a ficar melhor comentou Tito à sua companheira de viagem. Mas agora tinham que comer algo, antes de partirem para a busca das aventuras.
Logo que saíram daquele local se depararam com as bancas dos vendedores de comida. Era ali que iriam se abastecer antes de iniciarem a caminhada. Ele pediu um cachorro quente, era sua comida predileta, e ela um pão com presunto. Não tomaram nada para economizar, porque não sabiam o que poderia vir acontecer até o final da sua encomenda cartorária.
Embarcaram no ônibus conforme as informações tomadas e lá foram num deslumbre pela cidade da garoa. Antes de chegarem ao destino já não sabiam mais onde estavam e o nervosismo tomou posse dos dois. Mas um queria ser mais sabido que outro e não trocaram informações entre si e foram viajando pela cidade. Desciam e subiam pessoas nas paradas e eles lá sentados e seguros com as mão geladas e suadas na barra do banco. A uma certa altura depois de muito andarem perceberam que o coletivo estava voltando de onde embarcaram. Todos os passageiros desceram e eles como ficaram sozinhos também se viram na obrigação de descerem.
Diante da mesmo movimentação de quase três horas atrás se viram perdidos novamente. subiram as escadas rolantes, foram ao banheiro que já conheciam e partiram novamente para os afazeres. Passaram pela mesma banca e comeram novamente. Além de perdidos estavam agora com mais fome. Acharam por bem comerem o mesmo pedido. O sol já estava em seu pleno furor e o calor umedecia todo o corpo com o suor que escorria entre o corpo e as roupas de frio. Seus colegas de trabalho os tinham orientados que a capital era muito fria naquela época do ano.
Tito depois de comer o terceiro lanche com molho de tomate, percebeu que suas vísceras deram de queixar. Pediu à sua companheira que voltasse com ele para a rodoviária, pois tinha que fazer uso do banheiro novamente.
A cada passo que dava sentia as cochadas na barriga que viajavam para cima e para baixo. Quando subiam o deixava enojado daquela comida e quando desciam tinha que prender para não se sujar.
Assim foi todo o percurso até a rodoviária. Suas pernas longas davam passos gigantescos, ainda mais com aquele mau estar. Porém, era segurado pela colega que não conseguia lhe acompanhar. Quanto mais ele caminhava mais ela o obrigava a diminuir seus passos. Foram eternas as distâncias daquelas quadras que os distanciavam do terminal.
Ao chegarem ele disparou na frente correndo desesperadamente. Jurema também corria, porém, não o alcançou. Esbarrava nas pessoas sem noção do que fazia. As cochadas aumentaram muito e ele achava que não daria tempo. Se dirigiu desnorteadamente até a direção dos sanitários e tal qual um animal irracional queria chegar ao seu destino definidamente.
Entrou como um louco esbarrando nas pessoas que saíam e o olhavam sem entender o que acontecia com aquele bambu ambulante. O ambiente estava repleto de pessoas, também à espera de uma cabine. Assim ele se postou diante de uma, e mal a pessoa saiu ele entrou como num raio.
Mal conseguiu abrir o botão da calça e aquilo que ele mais temia aconteceu. Desesperado sentou-se com as mãos segurando o queixo e ali ficou imóvel, quase sem sentido com o cheiro impregnado em seu nariz. Aos poucos foi voltando a sua consciência e pode tomar ciência do que acontecera. Despiu-se muito cuidadosamente e enrolou a calça para esconder ao máximo o mal feito.
E agora? Era a pergunta que lhe via repetidamente na cabeça. E agora, o que fazer?
Via a porta do box ser empurrada por outras pessoas a procura de um box vazio. No entanto, segurava a porta para se certificar que não abriria. O suor, a dor, o mau estar do estômago, a vergonha, lhe tomaram conta. Pensava em abrir a porta para tentar falar com alguém que estivesse à espera, por várias vezes fechou e abriu a porta.
Já devia ter passado mais de uma hora e ele ali sem saber o que fazer. Era um terror o que lhe havia acontecido. E Jurema? Onde estaria? Será que ela entendeu toda a sua pressa?
Passado alguns minutos diminuiu a movimentação e ele abriu a porta novamente bem devagarzinho para se certificar que ninguém a empurraria como das outras vezes. Abriu um pouco mais e viu algumas pessoas diante das pias, outras saindo e outras entrando, mas sem muito tumulto. Levantou com muito esforço e viu o rapaz que passava panos no chão. Chamou por ele.
– Moço! Ô moço! Moço!
O cara olhava pelos lados sem saber de onde vinha aquele chamado. Tito insistiu chamando um pouco mais alto. Talvez pela vergonha tivesse falado só para si.
– Moço! Moço! Moço!
Uma pessoa que também usava o banheiro veio até ao box onde ele estava, mas ele rapidamente fechou a porta com vergonha. Meu Deus! que terror estou passando! Pensava.
A pessoa entendeu que o chamado era para o faxineiro e assim o fez.
Quando abriu novamente a porta o rapaz uniformizado apareceu diante dele. Mas o que ele iria falar? Não sabia! Nem como iria começar a conversa. O funcionário tentou empurrar a porta apesar da resistência de Tito, e lhe perguntou:
– O senhor está passando bem?
– Sim!
– O senhor me chamou?
– Não! Sim! Sim!
– Aconteceu um problema comigo, gostaria que me ajudasse a resolver.
O rapaz empurrou mais a porta e notou o chão sujo e o mau cheiro que exalava daquele lugar.
– Eu não posso lhe ajudar, vou chamar a polícia.
– Não! A polícia não!
– Como posso lhe ajudar então?
– Preciso de uma outra calça.
– Uma calça? Mas eu não tenho? Venho trabalhar assim.
Tito fechou a porta novamente. E agora? Pensava ele, se pelo menos Jurema estivesse ali tinha certeza que o ajudaria. Abriu novamente a porta e clamou pelo faxineiro.
– Tem uma moça lá fora de nome Jurema, poderia achar ela pra mim?
– O que? tem milhares de pessoas lá fora, como vou achar essa moça? Não! Isso não dá pra fazer!
– Mas e aí? Como vou sair daqui? Estou pelado! – Disse a última palavra quase sem som de tanta vergonha. – Como pode me ajudar então? – Questionou novamente.
– Não sei! Posso conseguir um pano.
– Um pano? Mas como sair daqui envolto num pano? A polícia me prenderia.
Fechou a porta novamente quando aumentou o fluxo de homens naquele lugar. Mais uma vez empurravam a porta para se certificar se estava vazia. O odor havia se espalhado de tal maneira que os comentários lá fora eram alto. Ele queria entrar naquela bacia de tanta vergonha. Logo que percebeu a diminuição do fluxo abriu a porta novamente clamando pelo moço.
– Me ajuda moço!
– Mas como posso te ajudar?
– Tem alguma loja de roupa aqui perto?
– Loja! Tem muitas!
– Pode comprar uma calça pra mim?
– Comprar uma calça? Eu não sei comprar roupa! Minha mulher que compra pra mim. E eu também não posso sair do meu trabalho. A não ser que seja numa loja de roupa aqui do terminal.
– Pode ser! Meu número é trinta e dois, mas tem que ser bem comprida pela minha altura.
– Trinta? – Retrucou o rapaz.
Ele não respondeu só moveu com a cabeça positivamente, fechou a porta rapidamente porque o fluxo aumentara novamente. Retirou do bolso da fatídica calça com muito cuidado um enroladinho de dinheiro. De lá tirou cinquenta reais, sobrando apenas alguns miúdos.
O rapaz olhou para o dinheiro e disse:
– O que eu compro com isso?
Sem responder fechou a porta rapidamente. Olhou para o relógio e viu que já era quase quatro horas. O dia já tinha ido embora e a passagem de volta já estava comprada para a meia noite. Ficou em silêncio aguardando a chegada da sua encomenda. Até que ouviu dois toques na porta.
– Quem é? – Perguntou assustado.
– Quem seria? – Indagou o rapaz
Abriu a porta novamente e pegou a sacola de plástico preto. Ao abrir era uma calça jeans para criança de número trinta e a cor não lhe agradou nada, era rosa.
Deu um grito lá de dentro.
– Não! Não posso usar isso! Não cabe em mim! E essa cor!
O moço voltou para certificar se teria acertado na compra. A barra da calça vinha até o meio da canela e a cor realmente não combinava com aquela vareta. Todos dali riram.
Saiu com a sacola debaixo do braço com a calça suja dentro. Deixou aquele lugar sem olhar para lado algum e rapidamente galgou a porta. Queria sair dali o mais rápido possível. Lá fora saberia que muitas pessoas nem iriam notar sua vestimenta. O que queria agora era achar Jurema e voltar para sua cidade.
RESUMO: Tito, o filho caçula de uma família antiga de pais falecidos resolve correr atrás da venda das terras para ajudar seus irmãos idosos. Com toda a burocracia do processo Tito, que é da zona rural, vê-se diante de diversas dificuldades das burocracias da cidade grande.
CONSIDERAÇÕES: O conto é decepcionante em vários pontos. É linear, mal escrito e não se enquadra dentro das temáticas propostas. Apesar dos vícios iniciais torcemos por uma trama envolvente, que nunca chega. Ao final somos surpreendidos negativamente novamente com o enredo pobre que deixa de lado o que poderia ser melhor explorado para tratar uma dor de barriga como gancho para um falso terror. Dispensável.
Olá Jacob d’Veneto.
Seu conto fala de um rapaz do interior que precisa ir até São Paulo, capital, resolver questões notariais relacionadas a um inventário. O tal “terror” é uma baita dor de barriga, após comer comida de rua.
E justamente por causa disso não considero seu conto nem infantil e nem terror, está mais para comédia.
O que eu posso acrescentar é a crítica social da sociedade moderna, com as pessoas se tornando invisíveis umas as outras. Ao perceber isso o personagem resolveu sair pelado (ou cagado) do banheiro sem se importar.
Boa sorte no Desafio.
O autor tem habilidade com a escrita, em criar um enredo. Mas a história de Tito ficou mais engraçada do que assustadora. Tito sente o terror, mas não o leitor. Não consegui sentir o mesmo que o personagem, o que torna o conto fraco, pelo menos pra mim. Assustar o leitor seria o objetivo de toda história de terror. Uma história de terror não precisa conter monstros, pode ser terror psicológico, porém, o terror de Tito não consegue atingir o leitor. As situações são mais cômicas do que dramáticas.
Espero que o autor nos traga no próximo tema, uma história mais contundente, de emoções fortes, ações marcantes, um bom diálogo, enredo, ambientação surreal, assustadora, normal, seja o que for e tudo mais de um bom conto.
Boa sorte no próximo tema.
“O terror de Tito” traz a história de um homem de meia idade, que nunca saíra da cidadela em que nascera para nada, mas com a morte dos pais e por ser o único dos filhos letrado, tem que ir até a capital e resolver os problemas das posses da família. Para tal ele convida uma amiga do trabalho, que vai com ele, pois já esteve em São Paulo antes, mais nova. Chegando lá a cidade mudou muito, e eles não conseguem encontrar o lugar ode deveriam ir, perdem-se na cidade, comem comida de rua, o que se torna o grande mal de Tito. Ele começa a se sentir mal, e antes que consiga chegar ao banheiro e sentar no vaso, ele evacua nas calças, e começa a ter vergonha de sair do box, até ser ajudado pelo faxineiro, que traz para ele uma calça infantil, e ele, um homem magro e alto, sai do banheiro querendo apenas voltar para casa.
O texto parece meio parado. Algumas informações ficaram soltas ou repetidas, parecendo que o autor enrolava para discursar sobre o assunto. Não sei se essa lentidão foi intencional. Se foi, funcionou.
Do meio para o fim, parecia pender para algo mais e desenrolar a história, mas eu me perdi e não consegui acompanhar a conclusão.
Gabriel Bonfim Silva de Moraes
RESUMO:
O conto relata a história do protagonista Tito. Um homem do interior que se vê na necessidade de visitar São Paulo. Sua amiga Jurema vai com ele e eles chegam na estação. Lá uma série de trapalhadas começam a acontecer. Eles se perdem pela cidade e Tito passa mal de tanto comer cachorro-quente. No final, o homem acaba sujando as calças em um banheiro, pede ajuda para um faxineiro lhe arranjar novas vestimentas e passa vergonha na estação.
CONSIDERAÇÕES:
O autor procura a infantilidade na clássica história de um personagem inocente visitando uma nova realidade. O conto é relatado perfeitamente de acordo com o tema, mostrando e entretendo o leitor com as engraçadas e ao mesmo tempo desesperadas situações de Tito. Minha única ressalva é a falta de uma conclusão moral para a história, talvez um final que mostre um aprendizado ou uma consequência para sua viagem. É uma pequena opinião, de resto, achei incrível!
Resumo
Tito, um rapaz interiorano que resolve ir para a cidade grande conseguir os documentos das terras que ele herdou do pai. Acaba perdido na metrópole, ingerindo uma grande quantidade de salmonella e acaba enfrentando o maior piriri de sua vida, passa uma vergonha danada no banheiro público e acaba tendo que sair de lá com uma calça muito menor que a dele, sem ter os documentos que foi buscar.
Comentário
O terror fugiu do que se espera em uma cidade grande: ser roubado; ser enganado ou sofrer com alguma zombaria. Mas foi algo muito comum aos citadinos que acabam consumindo qualquer comida na rua por culpa da vida corrida da cidade. Para o pobre Tito é pior pois está fora de seu espaço comum, não conseguindo resolver seu problema antes que acabasse sujo.
O texto é de uma linguagem distensa. Uma temática trash que viaja entre o terror e a comédia, maximalista no ponto de vista da linguagem e criando ruído que não atrapalham a comunicação da narrativa.
Não me desagrada.
Rapaz do interior se vê obrigado a viajar para a capital e lá se perde com a amiga, passando por vários transtornos, como não saber em que ponto descer do ônibus. No final, tem uma diarreia e suja as calças, ficando ilhado no banheiro. Pede ajuda a um faxineiro, que compra uma calça infantil rosa para ajudá-lo.
Parece que o texto pretende fazer uma brincadeira com a palavra terror e, na verdade, divertir com uma história de humor. Pelo menos espero e vou presumir que seja isso!!
De qualquer forma, acho questionável dizer que é um conto infanto-juvenil também. Me parece mais uma história geral de humor. Mas falemos do conto, que já está enviado, de qualquer forma.
A história não apresenta nada muito interessante até o terceiro ato (em que o protagonista se encontra ilhado no banheiro). Dá um contexto pra viagem no início, depois ele se perde na cidade e repete a comida…. Tudo isso traz uma leitura desinteressada, pois não apresenta nada que se destaque. Parece que foi escrito apenas como uma necessidade para justificar a parte do banheiro. De alguma forma, poderia ter cortado tudo e começado da terceira parte!
Ou incrementado o resto com observações engraçadas comparando interior com capital, acontecimentos bobos por ele não saber como a cidade funciona… sei lá! Só sei que, até a parte do banheiro, tudo pareceu um tanto “normal” e sem graça.
Nesse terceiro ato, as coisas melhoram. O que mais gostei foi o faxineiro afirmar que não sabe comprar roupa, pois é sua mulher que o faz pra ele. Tão absurdo que é engraçado. E pior que acontece!
Mesmo assim, o conto como um todo não tem muita força. Parece que faltou foco para pensar o que de bom uma história assim poderia trazer. O que de engraçado pode haver ao se perder na cidade, ao ser caipira, etc. No fim das contas, é uma história mais sobre passar apuros no banheiro. E esse aspecto também poderia ser melhor trabalhado!
Quanto ao aspecto mais técnico, queria fazer umas observações:
“Assim que desembarcaram ficaram atônitos. Pessoas que iam e vinham sem se olharem. Era difícil para se localizarem e saberem para onde ir. Mesmo sendo desengonçado com sua altura e sua magreza não chamava a atenção nas pessoas, muito pelo contrário, era ele que ficara olhando para cada uma que passava e se ridicularizava com as vestimentas, os pierces e as tatuagens.”
Esse parágrafo tá bem confuso. Era difícil pra quem se localizar, os que desceram do ônibus ou os transeuntes. Quem se ridicularizava? Construção muito ambígua e uso estranho da palavra.
“– Não! Sim! Sim!
– Aconteceu um problema comigo, gostaria que me ajudasse a resolver.”
Aqui, o mesmo personagem (pelo que entendi) fala duas vezes, como se fosse dois. Confundiu.
O uso de vírgulas está ruim e tem vários trechos com erros bobos, talvez pela correria na hora de entregar o conto.
Os que anotei: “mau estar”, “Foram eternas as distâncias daquelas quadras que os distanciavam do terminal” (Aqui é só repetição mesmo, não erro), “Seus colegas de trabalho os tinham orientados”, “– Uma calça? Mas eu não tenho? Venho trabalhar assim.”, “ O odor havia se espalhado de tal maneira que os comentários lá fora eram alto”
Conclusão: Tem muito a melhorar nesse negocio de contar histórias.
Mas, por favor, apesar de tudo não desanime. Se você gosta de escrever, continue. Não garanto que eu seja bom, também. Não critico com prazer, mas para ajudar. Até uma próxima!
Como o próprio autor descreveu, Tito parte para a capital numa encomenda cartorária, tendo Jurema como guia, sua colega de trabalho. Os dois acabam se perdendo e eis o fatídico acontecimento: Tito se borra todo devido a um desarranjo intestinal. Sem dinheiro, e sem outra calça senão aquela que ficou borrada, Tito sai à procura de Jurema após se ter demorado bastante tempo no balneário.
O único aspeto que tenho a salientar é que, embora esteja bem escrito, penso que o conto está mais inclinado para o humor do que para o terror.
Olá, autor(a)! A escrita apresentada aqui é clara e o texto está bem revisado. No entanto, me parece que faltou uma elaboração mais literária: a narração é muito contada e pouco mostrada. É algo que faz ainda mais falta quando a trama não apresenta nada de excepcional, como aqui. Além disso, o texto dificilmente pode ser classificado como infantil ou terror. O principal ponto positivo é a eficiência em expor o embaraço e a angústia do personagem no banheiro, o que demonstra um talento para descrições. Parabéns e boa sorte!
Olá, autor(a)!
Resumo: Homem do interior,estudou fora da cidade, embora nao tenha especificado onde estudou, pensei q seria numa cidade grande… mas depois ele precisa ir à cidade grande para correr atras de documentos e morre de medo de lá estar.Entao nao me parece que ele tenha estudado numa cidade grande.. bem… Uma colega foi com ele,mas fazia muito tempo q ela fora à cidade, sentiu-se em pânico e perdida…muito andaram e comeram (rrsrs) e por fim, nao encontraram as pessoas que procuravam para resolver os documentos e o homem se cagou todo no banheiro público, resolveu a situação pedindo ao faxineiro para comprar uma calça (nao sei como ele entrou na calça) e foi embora para o interior.
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Considerações:Bem, vc se perdeu aqui também, nao na cidade grande mas no texto grande… Há muita informação sobre a familia do protagonista, reveladas de forma didática (chata) quando poderia mostrar como eram e quais problemas enfrentavam por meio de cenas e diálogos.
Ficou eta confusão de q se ele estudou fora nao era pra ser tão jacú ao andar na cidade grande nem tão medroso.
E por fim, esta é uma situação de terror, vc apresenta dois medos reais, o medo da cidade grande e o medo de se borrar todo e ficar naquela situação embaraçosa e praticamente sem saída. Mas não é este o tipo de terror que o desafio propôs.. por mais que abramos o leque do conceito de terror.. o conto precisava nos incitar ao medo e ao relatar estes dois medos que vc abordou, não me fez, enquanto leitora, sentir medo também.
Resumo: O Terror de Tito (Jacob d’Veneto))
Poxa, sério? Mas não era para ser um conto de terror? Bem, aqui, terror apenas no título. O conto começa falando de Tito, contanto sobre sua família, sobre as terras que herdara e depois sem que nem pra quê passa a falar de uma espécie de dor de barriga que o personagem sente e isso termina em ele fechando e abrindo a porta de um banheiro para pedir ajuda do faxineiro até que o dito cujo o compra uma calça rosa e ele sai desfilando… Brincadeiras a parte, conto bem abaixo do esperado, principalmente por não haver terror algum.
por que, os que nasceram foram de parteira – porque
que os comentários lá fora eram alto – altos
Avaliação:
Terror: de 1 a 5 – Nota 1 (o conto não é de terror)
Gramática – de 1 a 5 – Nota 3,5 (poucos erros)
Narrativa – de 1 a 5 – Nota 3 (regular, não me chamou a atenção, mas não compromete)
Enredo – de 1 a 5 – Nota 1 (a história fala de algo no início que poderia instigar a leitura, mas de repente a linha muda e isso deixa o conto totalmente fora do que o certame propõe)
Personagens – de 1 a 5 – Nota 1 (Sinceramente, abaixo do esperado, não tem personalidade, personagens indecisos, sem atitude, sem nada a acrescentar)
Título – de 1 a 5 – Nota: 3 – Não gostei.
Total: 12,5 pts de 30 pts
Coitado! Pobre Tito.
Já pensou ficar nesta situação.
Bom conto
Parabéns.
RESUMO: Tito, um rapaz do interior, após o falecimento da maioria de seus irmão, precisou se deslocar até a capital paulista a fim de conseguir a documentação necessária para fazer o desmembramento da propriedade que lhes fora deixado de herança pelos pais. Ele tinha pavor de chegar até a cidade grande e, de fato, quando chegou a São Paulo, acompanhado de uma colega de trabalho, tudo era novidade e estranho.
Por fim, Tito, o protagonista do conto, comeu mais do que devia e acabou tento uma baita dor de barriga. Precisou ir às pressas ao banheiro, mas antes que conseguisse baixar a calça, cagou todo na roupa.
CONSIDERAÇÕES: Não se trata de um conto de terror. Está mais para comédia relatando uma situação constrangedora. É um bom conto, mas não é terror. Quanto à linguagem, percebo que o autor fez uso de uma linguagem bastante simples, sendo que em alguns trechos faltou-lhe as palavras adequadas e ele utilizou termos bastante limitados para se expressar.