EntreContos

Detox Literário.

A Lenda do Urso Polar (Thiago Barba)

O que você sabe sobre os ursos? Antes de começar essa história quero saber. Eu vou fazer três perguntas e você vai pensar aí na sua cabecinha e tentar me responder. Pode ser?

Aqui vai a primeira pergunta: O urso é um animal que vive solitário ou em grupos?

Lá vai outra: Será verdade que o urso come muito, muito, muito, pra depois dormir o inverno inteirinho?

Última pergunta: Se você fosse um Urso Pardo, Marrom, e se eu fosse um Urso Polar, Branco. Se eu te abraçar, você me amaria?

Se na primeira pergunta, você respondeu que os ursos são animais que vivem solitários, você está correto. Esses animais tem o hábito de viver sozinhos, mas também podem muito bem conviver pacificamente com outros ursos por perto. Agora se você respondeu que eles vivem em grupos, juntos com seus familiares, você também está correto. Como as duas respostas estão corretas? Simples, essa história se passa há muito, muito tempo. Um tempo na qual havia comida em abundância e todos os ursos viviam em bando.

Esta história é sobre a Tribo do Norte. Eles eram um grupo de trinta e um Ursos Pardos. Todos muito grandes e fortes. Entre tios, avós e irmãos, Anak era a ursa que menos se encaixava naquele grupo. Suas ideias eram as mais improváveis e as suas conversas eram as menos tradicionais. Anak não só era conhecida como a esquisitona, como também não se via como parte daquele grupo. Tão deslocada se sentia, que se apaixonou por Turek, um Urso Pardo das Terras do Sul.

Ninguém sabia como os dois se conheceram, Urso Pardo nenhum invade território de outra família urso. Alguns diziam que Anak não batia muito bem da cabeça, ela mesma é quem devia ter se aventurado pelas Terras do Sul. Outros olhavam para Turek com certa desconfiança. Achavam que ele estava invadindo a Tribo do Norte para levar informações para uma possível invasão dos Ursos das Terras do Sul. Anak e Turek não queriam saber de nada dessas discussões, só queriam saber de seu amor e do seu filhote que estava porvir.

Alvoroço foi a descoberta do bando, quando soube. Anak está grávida. O burburinho se espalhou rapidamente. Uns diziam que Anak era uma irresponsável por ter trazido para o bando um forasteiro e muito mais desajuizada ainda esperar um filhote dele. Já outros diziam que Turek estava enganando Anak, tudo o que ele queria era ter um filho com os genes superiores do Norte para depois que ele nascer, agarrá-lo e levá-lo para viver nas Terras do Sul. Enquanto todos falavam, Anak e Turek se amavam. E assim foi a tranquilidade do casal, até o dia do nascimento de Ansã, a primeira Ursa Branca.

A segunda pergunta, como você respondeu? Você acha que os ursos dormem o inverno inteirinho? Quem respondeu que sim, está correto. Eles enchem suas enormes barrigas durante o verão, para na primavera, se preparar para dormir. Eles podem dormir mais da metade do ano. Muito, né?! Eles não acordam nem para comer, nem para fazer xixi. Acredita? E olha que nenhum deles faz xixi na cama. Muito esperto estes ursos, hein?! Agora se você respondeu que não é verdade, que os ursos não dormem o inverno inteiro, você também respondeu corretamente, porque na época de Anak e Turek, a comida era muito farta durante o verão e também durante o inverno. Ansã era uma menina muito comilona e comia de tudo o que encontrava, desde frutas, mel e até carne, e assim ela cresceu rapidinho, ficando muito grande e forte.

Ansã era ligeiramente maior que todos os outros Ursos Pardos da Tribo do Norte. Além de Anak e Turek, nenhum outro urso gostava dela. Todas a achavam esquisita e pensavam que ela poderia ter alguma doença que fosse perigosa e deixaria toda a Tribo do Norte igual a ela, branca e esquisitona.

Ansã só brincava sozinha. Triste, ela observava de longe os outros filhotes. Às vezes até tentava se aproximar, mas rapidamente era repelida pelos Ursos Marrons do bando. Ansã nunca desistia, sempre tentava ser amiga de todos. Uma vez, os filhotes brincavam de esconde-esconde quando Ansã se aproximou e ficou olhando a brincadeira mais de perto. Todos os filhotes viram ela querendo brincar, eles se juntaram e decidiram, finalmente, deixar Ansã brincar, mas com uma condição, avisou Cael, o filhote mais velho, para entrar na brincadeira, Ansã teria que começar contando. Feliz da vida ela nem parou para pensar, pôs-se logo a contar. Um, dois, três… e ouviu a correria dos filhotes para se esconder. Noventa e oito, noventa e nove, cem. Lá foi Ansã começar a procura. Procurou e procurou, mas estava muito difícil achar algum. Quando ela só observava de longe, parecia ser tão mais fácil, mas ela não era uma ursa que desistia fácil, não! Ela procurou por muito tempo, estava exausta quando ouviu bem longe do local do esconde-esconde, risadas e brincadeiras na água. Ansã foi até o barulho e viu todos os outros filhotes ursos brincando no rio, tomando banho.

Aí estão vocês. Ansã corria de encontro a eles. Eu nunca iria imaginar. Sorria ela. Quase chegando na água foi parada por Cael dizendo que ela não podia entrar no rio, ia acabar sujando toda a água. Ele a empurrou mandando ela embora. Aberração. Depois ainda quando Ansã já ia caminhando furiosa ele disse que ela só podia ser mesmo, filha daquele casal de esquisitões. Ansã, furiosa por ouvir todos os filhotes rindo dos seus pais, voltou seu corpo em direção a Cael, levantou a pata e bateu com toda sua força nele. Cael caiu no chão e ficou ali, desacordado.

Em pânico, todos os outros filhotes começaram a chamar seus pais, depois que todos viram e ouviram dos filhotes que Ansã havia batido em Cael porque era muito feroz, os Ursos Anciões decidiram expulsá-la da Tribo do Norte. Daquele dia em diante, ela não era mais considerada uma ursa. Ansã ficou conhecida como, a Branca.

Turek ficou enfurecido com a decisão do grupo e disse que os Ursos das Terras do Sul, jamais fariam isso com um de seus filhotes. A Tribo do Norte em coro bravejou que toda a culpa era dele. Turek foi quem trouxe o sangue ruim para a família perfeita do Norte. Anak pediu que Turek ficasse calmo, puxou seu marido para fora da tribo e decidiu viver apenas os três. Longe do grande grupo. Agora a Tribo do Norte estava dividida em dois grupos: A Tribo dos Trinta e a Tribo dos Três.

O tempo passou, Ansã cresceu. Agora ela era uma Ursa Branca adulta enorme, maior que seus pais, possivelmente maior de todos os Ursos Pardos que já existiram um dia na terra. Anak e Turek tinham muito orgulho de como sua filha cresceu tão forte e saudável.

A Tribo dos Trinta, escondidos, constantemente vigiava a Branca. Ansã era esperta e sempre percebeu que tinham dois Ursos da Tribo dos Trinta a observando, mas ela não se importava, na verdade até gostava, pois assim, não se sentia tão sozinha quando saia para passear e comer nos campos verdes. Verdes e frios. Estranhamente cada vez mais frios.

Um dia, Ansã acordou, olhou para o seu nariz e achou uma coisa estranha e engraçada. Seu nariz que era preto estava todo branquinho. Na hora pensou que o resto do seu corpo estava ficando igual ao seu pelo, mas logo percebeu que além de estar branco, sentia também um gelado estranho no nariz. Quando ela colocou a pata no focinho sentiu molhar seu pelo e o branco do seu nariz desapareceu. Ela olhou seus pais ainda adormecidos e percebeu que eles tinham as pontas dos seus pelos começando a ficar brancos também. Ansã desesperada lembrou de quando era filhote e toda a Tribo do Norte dizia que ela iria deixar todos doentes. O dia chegou. Ansã tinha deixado seus pais doentes. Desesperada ela começou a urrar e chorar. Anak foi a primeira a acordar e correr até Ansã. Fugindo, disse para sua mãe não chegar mais perto, enquanto vê seu pai levantar e se balançar. Quando ele se balançou, Ansã percebeu que as manchinhas brancas voaram para longe do pelo de Turek. Depois, Ansã olha ao seu redor e começa a perceber todo o chão com pequenas manchas brancas. Pela primeira vez na história dos Ursos, surgiu aquele fenômeno. E esse foi o primeiro dia que nevou nas terras da Tribo do Norte.

No início a neve era bem fraquinha, levou alguns dias para cobrir todo o chão de branco. A Tribo dos Trinta começou a passar dificuldades pra conseguir achar comida, não tinha mais mel das abelhas, nem frutas nas árvores, os rios estavam muito gelados e eles mal conseguiam entrar na água para pegar os peixes. A Tribo dos Três também sentia dificuldades. Anak era a principal pescadora, mas suas patas pareciam quebrar de dor ao encostar na água extremamente fria. Turek e Ansã também não conseguiam achar frutas, nem mel, a terra inteira estava branca e gelada, parecia que não havia mais vida.

Turek avisou que iria caçar, outros animais grandes como ele também estavam lutando por suas vidas nessas terras geladas e Turek sempre foi um bom caçador, ele se escondia atrás dos arbustos e pegava com suas fortes garras os animais desprevenidos. Turek tentou uma vez, duas vezes, três vezes. Nunca foi tão difícil para Turek conseguir caçar. Seu corpo grande e marrom ficava muito evidente na paisagem branca e os outros animais o viam de longe. Estavam acabados, agora a Tribo dos Três não tinha mais o que comer e a Tribo dos Trinta passava pela mesma dificuldade.

Escondidos do lado do rio, os dois Ursos Pardos que vigiavam Ansã, olhavam seu último pedaço de carne da caça que conseguiram pegar no último dia sem neve. Eles estavam discutindo de qual dos dois seria aquele pedaço. Nenhum deles querendo perder. Começarem a lutar pela carne até caírem na água e começarem ser arrastados correnteza abaixo. Ansã que estava ali perto ouviu os dois e correu para descobrir o que estava acontecendo. Quando viu os dois vindo no rio, em sua direção, ela não titubeou, se jogou no rio e se agarrou firme numa pedra grande que ficava no meio da correnteza. Quando eles estavam passando perto dela, Ansã esticou suas fortes patas e conseguiu segurar os dois ursos. Depois de muita força ela conseguiu tirar eles da água. Anak e Turek logo chegaram e desesperados abraçaram sua filha dizendo para ela se esquentar, mas Ansã achou estranho tanta preocupação, pois ela não estava sentindo tanto frio. Já os dois outros ursos, todos molhados, tremiam e se debatiam no chão tentando se esquentar. Anak depois de ver essa cena, percebeu que os pelos da sua filha eram impermeáveis, o que fazia ela ter muito mais resistência com a água fria.

Na terra, Anak começou a dar dicas de pesca para Ansã. Esperta como era, aprendeu rapidinho e conseguiu pegar muitos peixes, o suficiente para ela, os pais e os dois ursos que estavam se recuperando do susto e do frio que tiveram no rio. Ansã começou a imaginar que toda a Tribo dos Trinta devia estar passando por dificuldades, então resolveu passar o dia inteiro pescando e enviou junto com os dois ursos, duas cestas bem grandes cheinhas de peixe.

Ao receber as cestas, os Anciões da Tribo dos Trinta decidiram agradecer Ansã por salvar toda a Tribo do Norte. Assim, a Tribo dos Trinta vestiu suas roupas mais bonitas, coloridas e alegres e foram todos num desfile cantando até onde viviam a Tribo dos Três. Quando avistaram Ansã e seus pais, a tribo dos Trinta formou um grande círculo, os ursos jovens com seus fortes pulmões cantavam lindas canções que aprenderam com os mais velhos. Canções passadas através de muitas gerações. Os ursos adultos, com suas fortes patas, batiam no chão e no peito, criando um divertido ritmo, enquanto os anciões faziam belas danças com seus corpos e também com galhos secos que pegaram nas floretas geladas. Por fim, um dos anciões pegou alguns galhos e os trançou num círculo. Caminhou até Ansã e colocou sobre sua. Alguns ursos adultos e jovens se aproximaram dela também e a levantaram, dançando com Ansã, que pela primeira vez era tocada por algum Urso Pardo que não fosse para ser empurrada. Enquanto sorria e chorava ao mesmo tempo, Ansã ouvia as palavras do Ancião Líder. Ouvia também todos os pedidos de desculpas de toda a tribo e ainda ouvia o Ancião Líder falando, Ansã, a Grande Ursa Branca.

No final daquele dia todos os Ursos Pardos abraçaram Ansã e um a um foram pedindo desculpas. Pediam também que Ansã e seus pais voltassem para viver junto com toda a Tribo do Norte, mas Ansã recusou, não porque não queria estar junto deles, mas porque amava estar com seus pais, juntos, em família. Ela prometeu visitá-los e sempre voltaria na Tribo do Norte para contar as novidades.

O que nenhum Urso sabia, é que depois daquela neve ir embora, o alimento não seria mais o mesmo, assim a tribo precisou se separar. Cada urso precisou ir viver num lugar diferente para que todos pudessem ter comida suficiente. Como eles eram muitos, de vez em quando um a um ainda se encontrava. Eles sentavam e contavam muitas histórias de seu passado quando viviam juntos. E assim é até hoje, os ursos vivem sozinhos, mas se encontram algum amigo urso, se sentam e começam a contar as histórias de seus antepassados. As histórias dos dias frios, por isso eles sabem que tem que comer bastante, pois as histórias os ensinavam que nos dias frios não tem comida e apenas um urso no mundo conseguia encontrar comida no frio. Ansã, a Grande Ursa Branca. Todos os Ursos Pardos conhecem esse nome, alguns dizem que ela teve três filhos, outros dizem que foram quatro ou cinco. Isso ninguém sabe direito. Já faz tanto tempo. O que todos sabem é que os filhotes de Ansã nasceram todos branquinhos e foram morar ainda mais ao norte, mas Urso Pardo algum ouviu falar de um Urso Branco de novo.

Você já ouviu falar em abraço de urso? As pessoas dizem isso, pois ursos são muito amigos e depois dessas longas conversas e histórias se despedem com um longo abraço apertado e carinhoso. O que todo Urso Pardo sonha mesmo, seria um dia poder abraçar Ansã, a Grande Ursa Branca. E você, abraçaria?

19 comentários em “A Lenda do Urso Polar (Thiago Barba)

  1. gabrieldemoraes1
    15 de junho de 2019

    RESUMO:
    O conto se inicia com a apresentação de um universo simples onde a história se passará, um questionamento breve e então o relato do amor entre dois ursos pardos, o nascimento de um urso polar fêmea, e o desenvolvimento do mesmo em se sustentar no inverno e conseguir sua aprovação de volta na tribo.
    CONSIDERAÇÕES:
    Achei que o conto teve os elementos necessários para prender a atenção de uma criança, perfeito em apresenta um universo místico e seu desenvolvimento, além de ensinar fatores interessantes sobre a sobrevivência de um animal com relação as suas diferentes características. Não tenho nenhuma crítica. Bom trabalho!

  2. Benjamim Nkadi
    15 de junho de 2019

    Quando os tempos gelados começam a assolar a terra dos ursos, Ansã, uma ursa diferente, branca (filha de um urso da tribo Sul e uma ursa da tribo Norte) decide ajudar todos os ursos com o seu grande poder de caça e a capacidade impermeável de seus pelos, provendo alimentação. Através disso ficou conhecida, no mundo dessa espécie animal, como uma heroína. E seus feitos são transmitidos de geração a geração.

    É um lindo conto de facto, e merece ser adaptado como desenho animado. Os mais novos poderão ler e deliciar-se com as aventuras de Ansã, essa ursa que usa a irmandade como uma forma de superar a distinção. Portanto, o texto é uma grande lição para todos nós, seres humanos. Não obstante a nossa raça, o nosso tom de pele, o nosso cabelo, as nossas diferenças, enfim … não obstante tudo isso somos todos irmãos de uma só raça: a raça humana. Excelente!

  3. Renan de Carvalho
    12 de junho de 2019

    A fábula retrata um tempo distante, onde os ursos pardos viviam em bandos, antes da chegada do inverno, quando a comida era farta. Da mistura de dois ursos de tribos diferentes nasce Ansã, a primeira ursa branca, que junto de seus pais, foi expulsa da tribo. Mas um dia vem o inverno desconhecido, diminui o acesso aos alimentos, e a única que suporta o frio é Ansã, fazendo com que ajude a tribo que antes a baniu.

    O enredo interessante, mas pecou na evolução e na coesão.

    alguns trechos mal aproveitados o que pode deixar o leitor perdido nas informações apresentadas. No trecho: “Caminhou até Ansã e colocou sobre sua.(…)” faltou a palavra que acredito ser cabeça.

  4. Estevão Kinnek
    11 de junho de 2019

    Resumo: História que conta de como surgiu o Urso Polar, de quando os ursos viviam em grandes tribos, grandes grupos e sofriam das paixões humanas.

    Comentário: eu até gostei, achei singelo e escrito de forma que me fez acompanhar até o final sem grandes problemas. Mas o enredo não foi algo que tenha me emocionado, que tenha me chamado a atenção. A intenção era escrever um conto infantil? Não sei se seria adequado para tal. Talvez, se fosse muito ilustrado, desenhos maravilhosos, quem sabe? Gostei das personagens, mas acho que elas ficaram aquém do que poderiam. Há necessidade de uma revisão, há até palavras faltando aqui e ali, algumas vírgulas deslocadas… Esses errinhos não dificultaram minha leitura, porém seria interessante sanar esse ponto. Enfim, escrever para o público infantil não é fácil, não. Foi para esse público que você escreveu, né? É porque de terror não tem nada, rs. Imaginei uma história em quadrinhos com essa narrativa. Acho que ficaria bacana. Enfim, boa sorte no desafio!

  5. Elisabeth Lorena Alves
    11 de junho de 2019

    A Lenda do Urso Polar (Presidente da Ursal)
    Conto Infantil
    Resumo
    Uma ursa apaixona-se por um urso de outra tribo, amor correspondido e sem importar-se com as implicações políticas causadas pelo relacionamento, dessa união nasce a primeira ursa branca, que sofre com os medos das duas tribos, em uma brincadeira dos ursos infantis em que ela é feita de boba, a filhote rara fere um dos ursinhos e é definitivamente banida da tribo da sua mãe. Pai, mãe e filhote passam a viver à parte. É nessa época que surge também o primeiro grande inverno. A ursinha acaba salvando todos da fome, mas aquela “matadura” foi o princípio das mudanças de hábitos dos ursos, que deixaram de viver em bando, passando a viver e caçar sós e alimentarem-se muito para o inverno, quando agora hibernam.

    Comentário
    O Conto tem estrutura de conto. O ‘narrador intruso’ fala direto com o leitor, chamando-o para a leitura através de perguntas aparentemente óbvias. E ele retoma essa interferência ao final, o que enriquece o texto. Geralmente os escritores que usam desse artifício esquecem dele ao longo da história, em outros casos a interação se torna prolixa, no presente texto o escritor “acertou a mão”.
    Os personagens são bem marcados, possuem características físicas e ideológicas bem delineadas,
    As marcas de situação inicial pode ser vista sobre qualquer ângulo, menos sobre o de pontuar equilíbrio, afinal a apresentação da personagem Anak é bem pesada e isso marca a força do Conto. A ursa “rebelde” se apaixona por um urso de fora e vive seu amor independente, com o nascimento e depois o banimento de sua cria, passa a viver em companhia de sua nova família e essa atitude é o passo que desencadeia o Conflito. Aqui, no momento em que o medo dos trinta se torna real, se a análise fosse levar em conta Cael, que significa heróico e ligeiro, há o rompimento da ideia de liderança, em que a ursa branca e temida vence quem deveria destruir ou afastar – e afasta com o engodo de deixar que a diferente “bater cara” para que os demais se escondem – estratégia que se mostra infeliz. Esse é um conflito real entre parte dos trinta e Ansã.
    Conflito estendido que se intensifica com a interessante “concretização” do medo dos demais ursos quando a filhote vê seus pais cobertos de neve, acredita que a maldição caiu sobre eles e fica assustada: “Um dia, Ansã acordou, olhou para o seu nariz e achou uma coisa estranha e engraçada. Seu nariz que era preto estava todo branquinho.” Essa percepção se dá principalmente pela inocência do “monstro” que acredita ser realmente a portadora do mal.
    Na o clímax surge com o salvamento dos dois ursos espiões com a pesca da maravilhosa e o cuidado com os demais ursos – é a mudança de Fortuna. Ela que era evitada, passa a ser louvada por ter sua colaboração reconhecida – exatamente no ponto de discórdia, a diferença entre ela e os outros.
    O desfecho é perfeito, a filhote salva todos, mas não passa a viver com os outros ursos. Pelo contrário, passa a ser vista como a benfeitora.
    Ao final tem a retomada da fala direta narrador. A propósito, não aceito o abraço de urso, tenho problema com abraçar estranhos e não gosto de “ursada” – quer dizer, quem é que gosta de traição de amigo?
    É um conto certinho. Tem uma lição implícita de perdão e gratidão, o que remete à ideia de fábula do título. Por outro lado, se o texto fosse analisado observando técnicas de significação e de comunicação, a ideia de que o elemento que causa medo é também o que causa prazer, pois os pais amam a pequena Ansã e aí reside algo interessante que relaciona o nome dos pais à euforia-disforia. Sim, eu fui procurar os significados, Turek, o generoso, Anak, a criança. A mãe que era considerada a diferente de seu bando, era o ser de alma pura e o pai, invasor na opinião dos ursos do Sul, era o generoso e a junção desses dois seres – acasalamento e prenhez – deu origem ao ser diferente, que trazia em si a dualidade – dualitāte – eufórico ⇐>disfórico, o ser que ameaça por sua estranheza, diferença e tamanho, lembrando ou representando a maldade é também uma criança, símbolo natural da Pureza. Os pais aceitam Ansã como a criança que ela é, os trinta ursos como o monstro que eles podem ver.

    Nota para o editor: porvir é substantivo, sendo assim, o filhote estava por vir, assim mesmo, separado.

  6. Amanda Gomez
    5 de junho de 2019

    Olá,

    A história de uma tribo de ursos pardos, certa vez um urso vindo do sul se apaixonou por uma do norte e tiveram ma filha. A relação dos dois não era aceita pela tribo, pelo preconceito com os ursos do sul, por sua cor branca. Depois de um incidente o casal resolve viver afastado a tribo, pra preservar sua filha, a ursa branca. O tempo passa e o inverno chega, trazendo dificuldades para os ursos pardos que não sabem lidar com esse clima. Em um novo incidente a ursa branca mostra seu valor e tudo se resolve. Com o temo para preservar a espécies os ursos passam a viver separados, mas amigos.

    É uma boa fábula, uma história comum contada através da perspectiva de ursos, tem todos os clichês e cenas de filmes que a gente já viu, ainda assim tem uma certa originalidade. A leitura flui bem, é agradável. Não é uma história de terror, então suponho que seja infantil Não uma de crianças, mas para crianças, aquelas histórias de livros infantis que vemos na biblioteca, foge do convencional… ou pelo menos do que eu esperava de um conto infantil, o que é uma coisa boa. Passada a estranheza de ” o que esse conto está fazendo aqui ?” as coisas passam a fazer sentido.

    Boa sorte no desafio.

  7. André Felipe
    25 de maio de 2019

    Dois ursos de tribos diferentes se apaixonam contra a vontade dos líderes e dão a luz a uma ursa diferente de todos. A família vai viver separado e depois de um inverno rigoroso descobre que a ursa é resistente ao frio e acaba salvando seu bando.
    ***
    Não acho que a estrutura das perguntas e respostas ajudou o texto. Isso quebrou o ritmo da história. Algumas partes me deixaram confuso. Quando diz que os ursos dormem no inverno, a explicação pra isso inverteu a ordem das estações. Atenção também para uso exagerado e má colocação das vírgulas. É uma história com começo, meio e fim bem marcados, mas o ritmo prejudicou a fluidez. Boa sorte.

  8. jetonon
    25 de maio de 2019

    A LENDA DO URSO POLAR
    RESUMO
    As tribos dos ursos do sul e do norte; um habitante da tribo do sul, Turek, se desloca para a do norte e casa com Anak, daí nasce Ansã; Ansã é rejeitada pelos outros ursos filhotes por ser de pelagem branca; as tribos se dividem e forma a tribo dos trinta e a dos três; Ansã apesar de ser diferente, tem uma desenvoltura grande para a pesca em virtude de seu pelo ser impermeável; com o inverno e a falta de alimentos, Ansã é que salva ambas as tribos com peixes que consegue pescar.
    COMENTÁRIOS
    No parágrafo vinte e cinco, quando: caminhou até Ansã e colocou sobre sua. Faltou alguma palavra para completar a frase. Talvez sobre sua cabeça?
    O conto é bem legal, prende a atenção do leitor e ainda trás uma conotação de amizade e reconciliação entre povos, familiares e amigos. Retrata também, que, muitas vezes, tem que haver recompensa para a reconciliação, o que não deveria ser necessário acontecer.

  9. Adauri Jose Santos Santos
    25 de maio de 2019

    Resumo: Um casal de ursos de tribos diferentes, tratado com indiferença pelos chefes de suas tribos tem uma ursa branca. Depois a filha do casal foi expulsa da tribo do norte. O inverno começou a ficar cada vez mais frio, só ela se adaptou às mudanças climáticas e assim ajudou a salvar a vida dos seus pais e dos ursos das duas tribos.

    Considerações: Achei uma boa estória, a linguagem é simples e direta como se propõe uma estória infantil. O enredo é modesto e parece ter algumas pontas soltas. Não vi nenhuma cena de terror. Alguns problemas de revisão.

  10. Tiago Volpato
    23 de maio de 2019

    Resumo:
    A história começa com perguntas… com a primeira ursa branca no meio dos ursos pardos que sofre bullying por isso, fica irritada, mas deixa pra lá… O que deixa ela realmente p é falar mal dos pais, aí ela parte pro soco… E assim foi expulsa da tribo. Ela e os pais vão morar em outro lugar… o tempo passa… chega a neve… fica difícil para os pardos caçarem alimentos pois tudo é branquinho… a ursa branca se destaca no ambiente… a tribo a perdoa e todos vivem felizes para sempre.

    Originalidade:
    Gostei bastante do início, a ideia das três perguntas, fazendo um paralelo com uma professora lendo uma história para a turminha. Eu me senti parte do grupo de crianças e realmente respondi mentalmente, bem legal.
    O uso de fábula com realidade é muito bem pensado o que traz uma história bem original e única.

    História:
    Gostei bastante da história, misturar uma fábula infantil com uma história da evolução, imagino tranquilamente ela sendo usada em aula, prende bastante a atenção das crianças e dá para discutir com eles sobre o assunto. O enredo é bem agradável e gostoso de ler. O texto foi muito bem pensado e teve um excelente desenvolvimento.
    Também consigo ver a história em um desenho animado da Pixar/Disney, Dreamworks ou qualquer outro. Até agora foi minha história favorita!

    Manja das letras:
    Sim! Tem uma escrita gostosa e sabe trabalhar os detalhes. Foi tudo tão bem construído que deu prazer de ler. Ótimo!

    Leria pro filho?:
    Com certeza, é uma história que traz muita coisa que dá pra ser discutida com uma criança, comportamento, ciência, amizade, família. Como já disse lá em cima, vejo tranquilamente esse texto sendo usado em uma aula (só me preocupo com os pais religiosos mimizentos reclamando a evolução, mas esses que se danem!).

    Veredito final:
    Um excelente texto, uma verdadeira pérola. Você criou um texto maravilhoso que merece todos os loiros. Não gosto de falar em números, mas nas minha contas você levou um 10. Maravilha!!!

  11. Carolina Pires
    22 de maio de 2019

    RESUMO: Em um lugar/espaço em que os ursos viviam em grupos, existiam duas tribos distintas, que eram inimigas entre si: os ursos do sul e os do norte. Anak, uma ursa parda do norte apaixona-se por Turek, um urso pardo das terras do sul. Por ter se envolvido com um urso da tribo inimiga, o casal sofre com os preconceitos da tribo do norte, principalmente depois do nascimento de filha Ansã: uma ursa branca. Por ser diferente dos demais e por ter sido expulsa por ter ferido um urso pardo, Ansã e seus pais acabam partindo da tribo e vivendo apenas os três na floresta, onde Ansã cresce muito forte, saudável e solitária. A temperatura do lugar ficou cada dia mais fria, vindo até mesmo a neve, fazendo com que os alimentos ficassem escassos. Depois de salvar a vida de dois ursos da tribo do norte que se afogavam e de notar que não sentia frio como os outros ursos, Ansã aprendeu com Anak a pescar e conseguiu muitos peixes para alimentar não só sua família mas como toda a tribo do norte. A tribo fez uma grande festa em homenagem à Ansã e agradeceu a ela por ter salvado a vida de todos. Mas Ansã se recusou a ir morar com eles, preferindo continuar vivendo com seus pais na floresta. Anos se passaram e os ursos entenderam que o melhor eram viver em grupos menores devido às dificuldades climáticas, mas cada vez que esses grupos se encontravam, reviviam histórias de seus antepassados se se lembravam de Ansã, a grande ursa branca.

    CONSIDERAÇÕES: O conto é todo narrado em terceira pessoa. O narrador, no início, dirige ao leitor algumas perguntas, fazendo com que o leitor se sinta participativo na leitura, principalmente porque não tem resposta certa ou errada, uma vez que cada uma delas é explicada, seja pela forma atual como os ursos vivem, seja pela forma como eles viviam dentro da história. Gostei da história, achei meiga e bem desenvolvida. Senti um pouco de falta dos discursos diretos livres, mas sei que foi escolha do autor/da autora desenvolver todo o conto com discursos indiretos. Achei que o conto atendeu muito bem o tema infanto-juvenil, além de falar sobre assuntos como fraternidade, amor, superação e perdão; tudo de uma forma leve que a história soube conduzir. Eu abraçaria Ansã, mas só se eu fosse um urso.

    Boa sorte na competição! 🙂

  12. Antonio Stegues Batista
    18 de maio de 2019

    Um ótimo conto infantil para os adultos lerem. As perguntas, singelas, são dirigidas às crianças, mas qualquer um pode e deve responder. Não, eu não abraçaria um amigo urso, aliás, o urso é um animal selvagem e não raciocina, vai que ele me morte, né?

  13. Fernando Cyrino
    13 de maio de 2019

    ei, amigo, que história mais singela você me traz. Gostei muito da sua lenda, ficou bacana a maneira como você a construiu, a partir de me aguçar a curiosidade com perguntas. Tem alguns pequenos detalhes que necessitam de revisão, mas nada que embace o encanto da leitura. Meu abraço fraterno, Fernando.

  14. Tom Lima
    7 de maio de 2019

    Resumo:
    Uma lenda sobre o surgimento dos ursos polares. Um casal formado por ursos de diferentes tribos tem um filhote branco, diferente de todos os ursos até então. A filhote sofre com a intolerância da tribo ao diferente, e, ao se defender de um ataque, é forçada a abandonar a tribo, e seus pais a acompanham. Durante o isolamento se inicia uma era glacial, e a filhote diferente, já grande, é a única preparada para lidar com o frio mais intenso. Ela caça. Alimenta seus pais e a tribo que a expulsou, ganhando o reconhecimento desta e a oferta de retornar a tribo, ao que ela recusa e continua a viver sozinha com seus pais, dando origem aos ursos polares.

    Comentários:
    Texto muito bonito. A estrutura que segue as três perguntas iniciais e a forma como foram sendo respondidas foi brilhante, muito interessante de ler. Realmente ficou com cara de lenda, de mito, de uma explicação fantástica para a realidade. Não tenho pontuações ou apontamentos de falhas ou algo do tipo. Os personagens são interessantes, cativam a querer saber o que acontece com eles, como vão lidar com as situações que aparecem e o desfecho um tanto inusitado, com ela se negando a reingressar a tribo, ficou ótimo, uma boa surpresa.

    Conclusão:
    Um lindo conto infantil, que gostaria de contar para meus filhos. Bem desenvolvido e escrito, só fica em segundo na minha lista por questões de preferência pessoal.
    Parabéns!

  15. Sidney Muniz
    7 de maio de 2019

    Resumo: A Lenda do Urso Polar (Presidente da Ursal)

    Bem, até que enfim um conto deveras infantil, e com uma boa história. Gostei. O conto fala da lenda do nascimento do primeiro urso, ou melhor ursa polar, a forma como a neve surgiu, e como houve a separação entre os “clãs”. Muito bem conduzido, tem seus clichês, mas até agora é o melhor infantil, até porque não encontrei nem um infantil, infantil mesmo e nem mesmo um terror, terror mesmo… hehe

    Caminhou até Ansã e colocou sobre sua ??? – Faltou algo aqui, né?

    Avaliação:

    Infantil ou infanto juvenil: de 1 a 5 – Nota 4 (Apenas achei que a neve poderia ser melhor explicada, poderia ter algo de mais mágico nela senão apenas seu surgimento do nada, mesmo que fosse uma punição por não aceitarem a Ursa Branca, mas para mim isso ficou vago, no mais é um infantil que agrada)

    Gramática – de 1 a 5 – Nota 4 (Nada demais, a linguagem é simples e bem executada.) Não acho que impermeável seja uma palavras simples para crianças, acho que isso poderia se contar de outra forma, mais simples.

    Narrativa – de 1 a 5 – Nota 4 (Também não achei uma narrativa perfeita, mas longe de ser ruim, é boa, os nomes se repetem muito a meu ver, o que cansa um pouco, mas é bem executada no geral)

    Enredo – de 1 a 5 – Nota 4 (Gostei da história, do enredo, é simples, tem algumas coisas que podiam ser cortadas, mas nada demais)

    Personagens – de 1 a 5 – Nota 4 (Ainda que tenha muitos personagens, o conto foca nos três, pai mãe e a ursa, e nisso executa bem, nos deixando familiarizados com os três, a ursa é forte e simpática, gostei!

    Título – de 1 a 5 – Nota 4 (Não sei, acho, que algo do tipo “A Lenda da Ursa Branca”, ficaria mais mágico para história. Faltou de um tom de fábula, sabe? Pode ser chatice minha, mas eu gostei num geral!

    Total: 24,0 pts de 30 pts

  16. O conto narra a história de Ansã, filha de Turek e Anak, ursos, respectivamente, da Tribo do Sul e da Tribo do Norte. Ela ficaria conhecida como a Grande Ursa Branca. Rejeitada pela Tribo do Norte, por sua aparência e por ser filha de um “forasteiro”, Ansã vive com os pais isolada da Tribo do Norte. Mudanças climáticas, com um inverno muito mais frio do que o normal, deixa os ursos da tribo em dificuldade. Ansã, então, com sua pelagem branca, consegue obter comida na neve e consegue ajudar aos pais e à Tribo do Norte.

    A história tem o estilo de uma fábula. A narrativa é leve, natural e acredito que será agradável ao público alvo (infantil) e a leitores em geral. Méritos do estilo de narração, conversando com os leitores e tornando a história fluida. Eu sugiro uma revisão, sobretudo de estilo – algumas frases, na minha opinião, são longas demais. Sinto falta de uma ou outro vírgula, nada muito prejudicial.

  17. Higor Benízio
    5 de maio de 2019

    Resumo: Nasce uma ursinha branca dentre os ursos pardos. Ele então “sofre por ser diferente”. No final, ela acaba conseguindo comida para todos no inverno, e é aceita pelo grupo.

    Sobre o texto: particularmente não gosto de histórias dentro de histórias, porque tudo fica com cara de relato (o conto “A Fábula de todos os tempos”, deste mesmo grupo, faz o mesmo). Por que não contar a história da ursinha com ela acontecendo? Como um conto mesmo, e não um relato. Não sei se me entende, mas, por exemplo, ao invés de escrever essas perguntas que não acrescentaram muito, pegar e mostra apenas a história da Ansã (como em “O patinho feio” do Hans Christian Andersen).
    Bom desafio!

  18. neusafontolan
    5 de maio de 2019

    Resumo = Uma ursa das terras do norte se apaixona por um urso das terras do sul. Isso traz conflitos entre os ursos da tribo, mas os dois só se interessam em serem felizes. Desta união nasce Ansã, a primeira ursa branca. Por ser descriminada pelos outros ursos os três vão viver afastados. Mas quando chega o grande inverno quem salva a tribo da fome é ela, Ansã, a grande ursa branca.

    Comentário = É uma boa história infantil – fala sobre descriminação. Nunca devemos julgar outro só por ser diferente.
    Não. Eu não quero um abraço de urso. Não mesmo.

  19. Pedro Teixeira
    2 de maio de 2019

    Olá, autor(a)! Resumo: uma ursinha branca nasce no meio de uma comunidade de ursos pardos e é discriminada, até ser expulsa da tribo com seus pais. Quando a neve cai e se torna mais difícil obter comida, certas características da ursa branca a tornam a mais apta para conseguir alimento. Os ursos pardos se reconciliam com ela. Mais tarde, as tribos são obrigadas a se separar para que todos tenham acesso a comida.
    Leitura bem agradável. É um conto bem escrito, com linguagem clara e uma ideia muito bacana. Tenho a impressão de que alguns diálogos tornariam a narrativa ainda melhor.
    Dicas de ortografia/gramática: que estava porvir – por vir bravejou – esbravejou.
    Parabéns e boa sorte!

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Informação

Publicado às 1 de maio de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 2, Série C - Final, Série C1 e marcado .