EntreContos

Detox Literário.

A Batalha da Planície (Rafael Penha)

É noite na Planície. Rodrik está no centro do círculo formado por seus companheiros, sujo e ofegante. Após o golpe, sua visão finalmente volta a focar e ele enxerga a guerra à sua frente. Visceral, sangrenta e desordenada. No chão, corpos de companheiros, orcs e goblins atrapalham o caminho, e o sangue negro misturado ao rubro, tinge a vegetação rasteira.

Sua atenção é atraída quando um grupo de goblins, se choca contra a parede de escudos que lhe abrigava.

Graças apenas à parede de escudos ainda estava vivo, mas a parede imperfeita, deixava frestas e, ocasionalmente eram atingidos. Alguém caiu no chão, deixando um vão na defesa do grupo, que precisava ser preenchido imediatamente, ou seria o fim de todos eles. Rodrik correu e estocou um orc de olhos amarelos no momento em que ele penetrava a defesa. Seu escudo fechou a lacuna. Gritou para os companheiros que estava bem, mas não estava. Nenhum deles estava. Sabiam que aquilo não ia durar.

Das altas muralhas do Reino de Baltak, Felix observava a Planície ser invadida pouco a pouco, mas o grosso da hoste inimiga ainda se mantinha de fora, detida pelo exército liderado pelo Capitão Clintisk.

Felix estava apreensivo. Já haviam sido atacados muitas vezes, mas jamais por um contingente tão grande. Conseguia enxergar ao longe, o exército de Baltak defendendo a passagem do Gargalo, uma passagem no desfiladeiro, a pouco mais de um quilometro dali. Entre montanhas, a cidade fora construída naquele lugar estratégico, dando acesso a eventuais inimigos apenas por aquele caminho estreito. Ali, um exército poderia resistir em desvantagem numérica por muito tempo.

Felix percorria as ameias, dando ordens e incitando coragem nos homens. Agradeceu aos Deuses, pelo esforço descomunal que o exército fazia segurando a imensa hoste negra enviada pelo maldito Deus das Sombras. Mas eles não segurariam por muito mais tempo. Onde estavam os Guerreiros Dragão? Os jovens que, segundo dizia a lenda, derrotariam Arkrok e salvariam o mundo. Felix olhou para as montanhas ao redor, na esperança de ver um desses grandes heróis retornando de seu treinamento. Focou novamente na batalha ao longe, o exército minguava e a horda negra não parecia diminuir.

– Diabo! Onde estão vocês, Dragões?

Dentro das muralhas do Reino de Baltak, a cidade tentava organizar o caos instaurado. Casas, lojas e pertences eram largados pela população, que fugia às pressas.

Samantha ajudava a organizar as dezenas de milhares de pessoas numa fuga ordenada. Carregando provisões, idosos e doentes, as carroças eram lentas, e a fuga da cidade prosseguia, noite adentro. Ela olhou para o palácio, que se projetava no céu noturno. O Rei aparentemente não tinha intenção de fugir, talvez ocupado em alguma conjuração mágica que impedisse o avanço do exército de Arkrok.

– Onde estão os Guerreiros Dragão, meu Deus?

Ela saiu do pequeno torpor quando ouviu vozes familiares.

– Sam!

– Samantha!

Duas mulheres e uma menina de não mais de 4 anos se aproximaram. Os cabelos louros e os olhos puxados das quatro denunciavam o parentesco.

-Mamãe! Isabel! – Samantha se surpreendeu – O que ainda fazem aqui?

Isabel, aos prantos, soltou a mãe e agarrou os ombros de Sam, desesperada: – Eu perdi Isaque! Não sei onde ele está! Eu não sei onde ele está!

Samantha se desvencilhou da irmã e a agarrou pelos braços:

– Isabel, acalme-se!  Eu ouvi dizer que alguns meninos foram até o Portão Norte para tentar ajudar na batalha. Vou pedir pra procurarem por ele, mas você tem que se acalmar!

Ela abraçou a irmã, que soluçava, e a entregou à mãe, sinalizando para se juntarem à fila.

– Nos veremos em breve mamãe, todos conseguiremos fugir, tenho certeza!

Nisso, ela sentiu algo puxar seu vestido, e viu sua pequena sobrinha, com o rosto sujo e os olhos vermelhos pelo choro.

– Titia, nós plecisamos mesmo ir embola? Eu não quelo ir.

Samantha se agachou, seu semblante, sisudo, se abrandou:

– Por enquanto precisamos, meu amor. Mas garanto que vamos voltar logo.

– Os Gueleiros Dlagão vão vir nos salvar?

Samantha mordeu os lábios: – Vão sim! Vamos ter esperança – Ela deu um beijo na criança e a entregou para a avó, que se juntou à Isabel na fila, saindo pelo portão.

Samantha acompanhou a ida da família, esperando revê-las em breve. Esperava também que as palavras ditas à sobrinha não fossem em vão. Mas agora, precisava descobrir o paradeiro do sobrinho.

Rodrik estava apavorado. Fora da parede de escudos, já avassalada pelo inimigo, ele viu um trio de trolls, grandes e cinzentos, correndo na direção dos companheiros engajados no combate, alheios ainda à ameaça maior.

– Cuidado! – Rodrik correu na direção deles, mas foi barrado pela ferocidade da batalha à sua frente. Goblins obstruíam o caminho. O grupo de companheiros à distância dava conta do número bem maior de orcs que o cercava, mas os trolls estavam perigosamente próximos.

– EEEEEEII, CUIDAD… – Rodrik sentiu um forte golpe atingir-lhe o ombro, derrubando-o.

Um orc assomou sobre ele, arreganhando os dentes negros, e ergueu seu tacape novamente, para desta vez, atingir-lhe a cabeça. Rodrik arregalou os olhos, mas viu uma lâmina brotar e sumir do peito do inimigo. Fora salvo no último instante, mas algo mais lhe atraiu a atenção. Uma figura branca se aproximava em grande velocidade. O som de cascos de cavalo em disparada parecia sobrepujar a gritaria da batalha. Era o Capitão Clintisk!

O cavaleiro branco abria caminho pela horda à golpes de espada e, veloz, foi em direção ao grupo, que mal via os trolls já atacando-os. Clintisk ergueu sua espada branca apontando para o céu, que trovejou. Um relâmpago desceu das nuvens até a arma, e o capitão a apontou na direção dos monstros. Um clarão branco iluminou o lugar, e logo depois, os trolls estavam caídos, carbonizados. Um coro de determinação saudou a proeza do grande capitão do exército humano, dando-lhes nova empolgação.

Rodrik ergueu sua arma, pronto para se unir ao líder, quando viu uma flecha púrpura, solitária, partir da turba inimiga, cruzar o espaço como se magicamente guiada, e se encravar na coxa direita do capitão, ignorando sua armadura.

– Não… – a voz do jovem saiu embargada pelo soluço, ao ver o campeão desfalecer na sela de seu cavalo.

Longe dali, uma sombra deslizava sobre o campo de batalha. Era Linksratus. Sua velocidade e agilidade vampíricas lhe conferiam o papel de assassino oculto. Ele não engajava em lutas cara-a-cara. Matava inimigos pelas costas. Os humanos mal sabiam o que lhes salvara, os orcs sequer viam o que os matara. Era assim que progredia no combate. Um vulto mortífero.

O meio-vampiro parou atrás de um aglomerado de corpos. Ser híbrido tinha suas desvantagens: precisava descansar. Ergueu os olhos púrpura para o céu, à noite estava apto a usar todo seu potencial, mas em breve o sol nasceria, e ele estaria novamente fraco.

Foi quando viu um cavalo branco conduzindo um homem desfalecido cruzar o campo de batalha. Linksratus estremeceu. O Capitão Clintisk fora abatido!

– Abram os portões, RÁPIDO!!!! – Felix correu pela muralha praguejando. Ele desceu a galope as escadas de pedra até chegar ao pátio onde soldados se reuniam ao redor de Clintisk.

– Ele está morto?

– É o nosso fim!

– Malditos sejam os Dragões, que não voltaram a tempo!

– Abram caminho! – bradava Felix em meio à turba até alcançar o cavalo do capitão.

Crianças que não deveriam estar ali corriam alardeando a morte do capitão, antecipada à constatação.

Clintisk respirava pesadamente, desmaiado. Não demonstrava ferimentos, exceto pela estranha flecha púrpura cravada em sua coxa.

– Derrubou Clintisk com apenas um tiro… Só pode ser um Duque de Arkrok… Maldição! Ajudem-me aqui! – os soldados prontamente o ajudaram a desmontar o homem ferido.

– Ele ainda está vivo! Levem-no para a curandeiria! Rápido!

Felix apertou as têmporas. Sem Clintisk, o Gargalo não demoraria a cair.

– O capitão Clintisk caiu! O capitão Clintisk caiu! – Um garoto maltrapilho vinha correndo espalhando as más notícias.

Imediatamente o povo, em romaria, lamentou. Choro, descrença, raiva e desespero eram vistos nos olhos e nas bocas das pessoas. Samantha agarrou o menino fofoqueiro.

– Isaque! Sua mãe está desesperada!

Pessoas choraram e se desesperaram ao ouvir as palavras do garoto que viera da muralha, gerando um início de confusão

– Tia Sam! O capitão Clintisk morreu! É O NOSSO FIM!

Samantha abraçou o sobrinho, que explodiu em pranto.

– Tenha fé NOME! Nosso exército é forte. Eles vão segurar!

Agora, as lágrimas de Samantha se mesclavam às do sobrinho, mas ela não se deu por vencida. Virou-se e gritou para o povo:

– Vamos ! Chorar não vai nos salvar. Honrem as vidas que estão se sacrificando pelas nossas!

O brado da mulher fez renascer a coragem no coração de alguns, suficientes para conter o povo e reorganizar a fila de fuga, entretanto, uma coragem desprovida de esperança.

Mas Samantha ainda se agarrava à fé de que aqueles garotos que deixaram o Reino, quase um ano atrás voltariam a tempo. Mas sua fé minguava, como o exército de Baltak.

Rodrik rugiu, enfiando a espada na garganta de um goblin. Ao seu lado, apenas um punhado de soldados sustentava a posição. A linha de defesa do Gargalo cedera à pouco, e a ordem para retroagir havia sido dada. Mas ele e os companheiros se recusaram a fugir. Ainda sustentavam alguma resistência próximo à torre de guarda do Gargalo. A coragem do grupo inspirava os soldados a lutar até o fim, mesmo que fosse apenas para retardar a invasão da planície. Entretanto, já mal conseguiam repelir os orcs que os cercavam.

Sangue e suor pingavam de seus cabelos curtos quando se livrou do último inimigo. Mas não se aliviou; um som grave de tambores precedeu o terrível: um grupo de trolls armados e encouraçados com placas de metal, vinha em sua direção, avassalando tudo em seu caminho.

Enquanto isso, Linkisratus retroagia, defendendo a retirada dos soldados de Baltak. O Gargalo caíra. Enfrentar aqueles números na planície era suicídio. Com sua velocidade sobre-humana, conseguia impedir que os inimigos atingissem os soldados em fuga. Divisou um pequeno grupo de soldados lutando ao longe, perto da torre de guarda. Uma pilha de inimigos jazia ao redor deles, demonstrando seu valor.  Pobres almas valentes. Link desejou ajuda-los, mas sabia de seu dever. Continuou retroagindo.

Na cidade, as pessoas choravam e, em seu desespero, atrasavam a fuga. Quase toda a população já fora, mas ainda restava alguns retardatários, e a mulher permanecia ajudando-os. Agora, tambores orc são ouvidos. Precursores da catástrofe.

Samantha lamentou. Pessoas antes, sorridentes, cheias de esperança e amor, agora condenadas à morte ou à padecer fugindo.  Ela já não esconde mais as lágrimas ao imaginar que aqueles homens, mulheres e crianças podem estar mortos no anoitecer do próximo dia.  

Com esforço, Rodrik conseguiu se desviar da enorme lança do troll, que tentara fisgá-lo. O monstro tapava o próprio céu, como uma montanha negra. Rodrik golpeou-o, mas sua arma não ultrapassou a espessa armadura do inimigo. Angustiado, ele viu seus companheiros caírem um-a-um, ante à temível brigada. Os Trolls os abatiam com facilidade e brutalidade.

Rodrik avança num último esforço contra o monstro e o apunhala no flanco. O Troll geme de dor e atinge o rapaz com um golpe de mão que o arremessa longe, cuspindo sangue. Ao tentar se levantar, o rapaz sente seu peito ser atravessado.

Rodrik engasga, mas não grita, mesmo quando a lança é arrancada de seu peito e o Troll segue adiante, como se tivesse matado uma mosca. O rosto do rapaz pende, enquanto seus olhos perdem a vida. Ele divisa as montanhas ao longe. Sua visão falha, turva. Uma figura está lá. Rodrik sorri e se despede.

Agora, amanhecia na planície. Link ainda cobria a fuga dos guerreiros aliados, quando algo o aterrorizou. Cinquenta trolls encouraçados avançavam, se aproximando do exército em fuga. Quando aqueles monstros alcançassem exército, seria um desastre. Mesmo enfraquecendo, Link se preparou para ir de encontro a eles. Talvez conseguisse derrubar uns 2 ou 3 antes de ser morto.

O pelotão de trolls já chegava no exército, quando algo aconteceu. Um tremor violento agitou a terra, derrubando humanos e orcs. Estarrecido, Link viu de perto; o chão se abrir abaixo das bestas, numa enorme fenda e tragá-las para o seio da terra.

Com um novo tremor, a fenda se fechou novamente, deixando apenas escombros e poeira no lugar da brigada de trolls. Os dois exércitos, pararam, atônitos.

Uma sombra surge dentro da poeira. Nela, Link divisa um rapaz, alto, trajando uma armadura cinzenta e uma capa de pele. Era um d’Eles; Yori; Um Guerreiro Dragão.

A poeira baixa, e o exibe a ambos exércitos. O rapaz olha para os humanos e Link capta o brilho verde nos olhos negros dele.

O Guerreiro Dragão, sem qualquer palavra, investe, como um aríete, contra o exército negro.

Felix ainda estava atônito. Que bendita proeza fora aquela? Nada humano poderia ter destruído aquele batalhão de Trolls daquela forma.

O sol raiava, e com ele, gritos de júbilo e alegria foram tomando o campo e contagiando a muralha, até o convencerem. Um Guerreiro Dragão finalmente retornara!

A planície reverberou a euforia dos humanos. O Guerreiro Dragão avançou contra o assustado exército negro. Os soldados de Baltak agora são outros. O espirito renovado e a empolgação da chegada do lendário campeão lhes deu novas energias e eles investem contra a horda também.

Felix vê uma chama reluzir ao redor de Yori e, no momento em que com o punho adiante, ele atinge o exército inimigo, a aura se transforma em um imenso dragão esmeralda, que penetra as linhas inimigas, devastando tudo em linha reta. A turba negra, totalmente desorientada, agora é massacrada pelo exército humano, que luta renovado. Felix não consegue conter o grito de alegria.

Samantha agora ouve o bramido de milhares de vozes em exaltação. Estava prestes a deixar o Reino de Baltak, quando viu um homem correr em sua direção, anunciando aos gritos o que ela tanto implorara.

– Acabou ! Acabou! Estamos salvos! O Guerreiro Dragão chegou!!

Mais homens vêm atrás replicando a notícia e a multidão que antes fugia da cidade agora comemora. Ela corre adiante e vê uma procissão já dentro da cidade. À frente, Yori, um dos jovens que foram treinar e retornar como a esperança que tanto ansiavam.

Yori passou por ela sem a notar, conduzido pelos soldados em êxtase. Sam caiu de joelhos em meio à profusão de alegria e chorou. Uma mão toca seu ombro e ela vê Félix, com um sorriso enorme e acolhedor. Ele a ajuda a levantar e ela abraça o amigo. Eles não dizem nada, sabem que o rumo daquela guerra acabara de mudar.

– Tia Sam!

Seus sobrinhos surgiram correndo e a abraçaram. Sua mãe e sua irmã vinham atrás, abraçadas em pura emoção.

Samantha ergueu a sobrinha e a colocou nos ombros, para ver o desfile do herói rumo ao palácio. Sam sorria e chorava sem poder exprimir palavras, mas sabia o que aquilo significava:

Esperança.

24 comentários em “A Batalha da Planície (Rafael Penha)

  1. Fil Felix
    30 de março de 2019

    Resumo: uma cidade está sob o ataque de monstros. Os guerreiros estão fazendo tudo o que pode para contê-los. Em paralelo, Samanta tenta evacuar a cidade. Tudo parece estar caminhando para a derrota dos humanos, quando surge o Guerreiro Dragão para salvá-los.

    Considerações: é um conto que bebe bastante nas batalhas épicas e medievais, como Senhor dos Anéis. Pelos nomes, planícies, monstros e poderes me lembraram de Magic The Gathering, que curto bastante. A quantidade de nomes e personagens é grande, fiquei um tanto perdido ali no meio em tentar separar quem era quem, mas a história se desenrola bem e com um ótimo desfecho. Mesmo com o leitor já prevendo a vinda do Guerreiro Dragão, a gente se surpreende como surge. Muito bom.

  2. Wender Lemes
    30 de março de 2019

    Resumo: uma batalha épica entre humanos e criaturas fantásticas. Os soldados humanos tentam durante boa parte da história proteger, sem muito sucesso, o reino de Baltak. Entre os personagens, destacam-se alguns com poderes extraordinários, como o capitão Clintisk, e até mesmo o híbrido Linksratus. Temos a narrativa sob duas perspectivas: a da batalha na planície e a da fuga na cidade. Após muito sangue derramado dos dois lados, chega finalmente UM dos esperados Guerreiros Dragão e dá conta do recado, salvando o reino.

    Técnica: notei algumas falhas no uso da crase (em geral, no uso dela quando não era necessária). Outro ponto que penso que poderia ser revisado é o uso dos tempos verbais. Ele varia, em alguns casos, dentro de um mesmo contexto: um personagem “faz” algo no presente, em seguida “fez” algo no passado.

    Conjunto da obra: a narrativa é concisa, ficou bem adequada ao que se espera de uma fantasia tradicional. É um episódio épico e mergulha o leitor nessa atmosfera. Os personagens têm o carisma particular daqueles que estão lutando por suas vidas. Em suma, é um bom conto.

    Parabéns e bom trabalho!

  3. Marco Aurélio Saraiva
    30 de março de 2019

    Um conto épico sobre a Batalha no Gargalo de Baltak. O Deus das Sombras tenta invadir o reino de Baltak e o povo foge enquanto os exércitos humanos tentam segurar as pontas até a chegada do lendário Guerreiro Dragão. O Guerreiro Dragão chega, enfim, mas não a tempo de salvar o bravo Rodrik da morte.

    Este conto peca por tentar ser um capítulo de um livro muito maior. Você nos introduz a uma história em curso, com tantos personagens que nenhum deles desperta grande apreciação ou cria uma ligação com o leitor. Em outras palavras: nenhum dos personagens foi valorizado ou bem trabalho, graças ao curto espaço que você tinha. Contos costumam girar em volta de dois personagens, ou mais…. talvez três ou quatro… cinco se você for bom. Segue a lista de NOMEs que eu vi neste conto:

    Reino de Baltak
    Rodrik
    Felix
    Capitão Clintisk
    Guerreiros Dragão
    Arkrok (Deus das Sombras?)
    Samantha
    Isabel
    Isaque
    Linksratus
    Yori

    É muito personagem pra pouco espaço!! Por isso não senti o desespero de ninguém, nem senti o medo de perder personagens que eu admirava… pois não cheguei a admirar ninguém! E este seria o ator principal do seu conto: fazer o leitor sentir o desespero da batalha e o medo da morte. Mas infelizmente isso não aconteceu.

    Seu conto é muito baseado no mundo de Senhor dos Anéis, especialmente no que diz respeito às criaturas do mal. Infelizmente, não sei se todos sabem o que são Orcs e Goblins. Talvez a maioria saiba destes, que são mais comuns, mas Trolls… não sei dizer se todos imaginariam o que é um Troll de verdade. Além do que, existem diversas mitologias diferentes para Trolls. Você parece usar o de Senhor dos Anéis aqui, mas não o descreveu. Devido ao tamanho da história, comprimida em tão curto espaço, você teve que sacrificar muitas descrições que adicionariam à ambientação. Por exemplo: qual a motivação do Senhor da Sombra em invadir Baltak? Quem era Felix? Por quê Linksratus é um “meio-vampiro”? Quem era Rodrik e qual o seu passado?

    Sua técnica é boa, daquelas que, trabalhando mais um pouco, dá para ver em um livro publicado. Mas você tem que prestar atenção em alguns erros primários:

    1) Você confunde pretérito com presente na sua narrativa, às vezes trocando o tempo verbal na mesma sentença.

    2) Melhore a sua revisão do texto. Além de alguns erros de digitação, eu achei um placeholder “NOME”. Quando eu coloco placeholders no meu texto (coisas que depois voltarei para preencher) eu coloco ele [ENTRE COLCHETES] para depois procurar por colchetes e ver se não esqueci nada =)

    3) Tenho quase certeza de que “retroagir” não é o mesmo que “recuar”.

    • Marco Aurélio Saraiva
      30 de março de 2019

      Por fim, eu queria dizer que o conto tem uma premissa interessante e muita criatividade, mas é muito pretensioso para um espaço tão pequeno. Eu provavelmente leria um livro sobre esta história, porém.

      Abraços!

  4. Felipe Rodrigues
    30 de março de 2019

    Há três pontos de vista distintos, no primeiro o guerreiro Rodrik luta contra os orcs até morrer. No segundo, a mulher do povoado, Samantha, lida com o desespero das pessoas até que perceba a vitória no final. De dentro da muralha, Felix percebe a chegada de grandes guerreiros, os grandes Dragões, que fazem seu povo vencer a guerra. Ao fim, os personagens 2 e 3 se juntam com esperanças renovadas.

    A parte em que é narrada a batalha envolvendo Rodrik, todas as suas nuances e ações no percurso, é a que mais envolve o leitor, parece até mesmo que o conto foi escrito a várias mãos, pois destoa muito dos outros trechos. Personagens surgem de repente, ao bel prazer do autor, e isso acaba por exigir muita paciência de quem lê para criar alguma emparia em relação a eles. O final me pareceu muito forçado, colocar o tal guerreiro que simplesmente venceu a guerra para seu povo num passe de mágica foi furada.

  5. Rsollberg
    28 de março de 2019

    Storyline: Uma batalha decisiva. O “bem” contra o “mal”, o destino de um povo na mão de alguns guerreiros. O retorno do herói. A volta da esperança.

    O conto já começa com muita ação, o autor parece ter muita familiaridade com a condução da movimentação das lutas, das batalhas. O problema é que são muitos personagens, todos eles surgem sem muita apresentação, ou seja, não são desenvolvidos e logo não há empatia com sua jornada, missão/propósito. Talvez, na cabeça do autor tudo pareça muito mais elaborado, com uma história de fundo muito maior. Para mim, uma penca de personagens com suas habilidades especificas jogadas em uma batalha aparentemente do bem contra o mal, Porém, não enxerguei as motivações, as ligações…

    Volto a dizer, as cenas de ação são muito bem elaboradas e descritas. Porém, o enredo e a trama ficaram prejudicados. No que diz respeito a alguns conceitos ““O cavaleiro branco”, “relâmpago na arma”, “Gargalo” “Guerreiro Dragão” é tudo mais do mesmo. E quando digo mais do mesmo me refiro também a forma de apresentação, pois acredito que da para inovar com um personagem batido usando outra forma, outro jeito de apresentar, o que aqui não ocorre.

    A técnica é boa, especialmente no desenvolvimento das ações. Lembrou-me os grandes, Chrsitian Jacq, Conn Iulgudden, Wilbur Smith, Valério Mássimo, Alan Massie…
    Único destaque negativo é para o paralelismo, O conto é narrado no passado, mas em determinados trechos a ação é narrada no presente, no estilo roteiro audiovisual, separo aqui um exemplo:
    “A poeira baixa, e o exibe a ambos exércitos. O rapaz olha para os humanos e Link capta o brilho verde nos olhos negros dele.

    O Guerreiro Dragão, sem qualquer palavra, investe, como um aríete, contra o exército negro.” Sacou?

    De qualquer modo, um conto divertido.
    Boa sorte.

  6. Daniel Reis
    26 de março de 2019

    BREVE RESUMO: Rodrik no campo de batalha massacra os orcs, goblins e quetais. Do alto das muralhas, o rei Felix observa a invasão do alto da fortaleza de Baltak, torcendo pela chegada dos Guerreiros Dragão (?), para derrotar Arkrok (imaginei ele de chinelo). Na cidade de Baltak, Samantha prepara a fuga dos cidadãos antes da invasão, enquanto seu irmão se perde. A irmã e a mãe, além da sobrinha, precisam fugir. A batalha continua, com a defesa de Linksratus (um nosferatu dragão?), até que o capitão Clintisk foi abatido. Não morreu, mas foi pra curandeira. Por fim, com Rodrik mortalmente ferido, chegam os Guerreiro Dragão e dão um pau nos malvados. Felix fica aliviado. Samantha& companhia estão livres para viver.
    PREMISSA: Descrição de uma batalha fantástica épica, com todos os ingredientes.
    TÉCNICA: o autor consegue manter a narrativa histórica coerente, apesar de muitas vezes o excesso de elementos e histórias dificultar que o leitor acompanhe toda a história. Mas veja, isso é um dos males dessa fantasia tolkiana em geral.
    EFEITO: um filme de ação, com muita espada, porrada e bomba. Mas pontas frouxas e um final bem piegas. Desculpe, autor, mas tive que falar.

  7. Daniel Reis
    26 de março de 2019

    BREVE RESUMO: Rodrik no campo de batalha massacra os orcs, goblins e quetais. Do alto das muralhas, o rei Felix observa a invasão do alto da fortaleza de Baltak, torcendo pela chegada dos Guerreiros Dragão (?), para derrotar Arkrok (imaginei ele de chinelo). Na cidade de Baltak, Samantha prepara a fuga dos cidadãos antes da invasão, enquanto seu irmão se perde. A irmã e a mãe, além da sobrinha, precisam fugir. A batalha continua, com a defesa de Linksratus (um nosferatu dragão?), até que o capitão Clintisk foi abatido. Não morreu, mas foi pra curandeira. Por fim, com Rodrik mortalmente ferido, chegam os Guerreiro Dragão e dão um pau nos malvados. Felix fica aliviado. Samantha& companhia estão livres para viver.

    PREMISSA: Descrição de uma batalha fantástica épica, com todos os ingredientes.

    TÉCNICA: o autor consegue manter a narrativa histórica coerente, apesar de muitas vezes o excesso de elementos e histórias dificultar que o leitor acompanhe toda a história. Mas veja, isso é um dos males dessa fantasia tolkiana em geral.

    EFEITO: um filme de ação, com muita espada, porrada e bomba. Mas pontas frouxas e um final bem piegas. Desculpe, autor, mas tive que falar.

  8. Fernando Cyrino
    4 de março de 2019

    Olá, Finrod, cá estou eu a apreciar a duríssima batalha da planície que você me traz diante dos olhos. Você sabe relatar um evento épico é assim mágico, fantasioso por demais. Vi-me aqui como se estivesse lá nas ameias a ver a angústia pela guerra que parecia perdida. Parabéns pela sua bela fantasia. Gostaria de lhe dar duas dicas: revise a sua narrativa. Há alguns pontos clamando por serem olhados. Também achei que o fato de você me alertar várias vezes para a vinda dos guerreiros dragões, fez com que se tornasse meio óbvio que eles viriam para vencer. Bem, fato é que eles não vieram. Só um veio e o cara deu conta de tudo. Ufa. Abracos de parabéns.

  9. Gustavo Araujo
    2 de março de 2019

    Resumo: O reino de Baltak está sitiado. Para protegê-la, Rodrik, um soldado, está envolto numa batalha de vida ou morte contra orcs e goblins. Das amuradas da cidade, Felix observa apreensivo enquanto a população tenta fugir, lamentando o fato de os Guerreiros Dragão não aparecerem. Samantha ajuda a organizar a fuga. No campo de batalha, Linksratus, uma criatura vampiresca, ajuda a proteger a última linha de defesa. Apesar do esforço de todos, inclusive do Capitão Clintisk, é impossível resistir. No fim, quando tudo parecia perdido, Yori, um Guerreiro Dragão, aparece e salva o dia.

    Impressões: é um conto escrito de maneira competente, segura e isenta de erros. Embora sejam vários os personagens, todos têm sua cota de importância, contribuindo para com a criação de uma atmosfera épica e até certo ponto envolvente. Faço a ressalva porque apesar de bem concebido, o conto não apresenta novidade alguma. É uma repetição dos clichês do gênero fantasia — ainda que bem trabalhados. As cenas da batalha se destacam a meu ver, pois foram bem escritas, revelando a intensidade e a angústia dos personagens.

    O final, entretanto é telegráfico, isto é, desde o momento em que Félix está nas ameias, lamentando a ausência dos Guerreiros Dragão, já dá para perceber como tudo vai terminar. E infelizmente essa expectativa se confirma no melhor estilo “quando-tudo-estava-perdido-o-guerreiro-indestrutível-aparece-e-salva-o-dia”. Há algo de Deus-ex machina nesse contexto, o que contribui para a minha rabugice.

    É bem possível que outros leitores apreciem o enredo, sobretudo porque bem arquitetado, mas, para mim ao menos, faltou aquele algo a mais, aquele passo no escuro. De todo modo, parabéns pela escrita e boa sorte no desafio.

  10. jowilton
    25 de fevereiro de 2019

    Conto de fantasia bem ambientado, que narra uma batalha entre aa tropas do reino de Baltak contra o exército negro ,composto de trolls, orcs e afins.

  11. jowilton
    25 de fevereiro de 2019

    Achei o conto de médio para bom. Percebe-se que o autor tem fôlego para narrativas de ação e para textos mais longos. Achei bem escrito, apesar de do meio para o fim, ter uns problemas com os tempos verbais. O que me incomodou mais, foi a quantidade de personagens, todos com importância na trama, mas, com uma quantidade limitada de palavras, faz com que não nos apeguemos, porque nào temos um aprofundamento maior sobre eles. Essa estrutura de romance dentro de um conto, dificilmente me agrda, por conta de ficar uma leitura cansativa, na minha opinião. Acho que o autor deveria tentar escrever um romance de fantasia. O impacto nào foi alto, é uma história como muitas de batalhas fantásticas e o aparecimento do Guerreiro Dragão no final era óbvio. Boa sorte no desafio.

  12. Fabio Baptista (@Reflexesdo719R)
    23 de fevereiro de 2019

    ———————–
    RESUMO
    ———————–
    Um exército inimigo tenta invadir uma cidade. Várias frentes são mostradas, tanto no campo de batalha quanto na condução das pessoas para fora. Todos esperam que os guerreiros dragão apareçam para mudar os rumos da batalha. No final, um deles aparece e salva o dia.

    ———————–
    ANOTAÇÕES AUXILIARES DO RESUMO DURANTE A LEITURA:
    ———————–

    Rodrik na batalha contra os orcs.
    Felix observa batalha no castelo, esperando pelos dragões
    Samantha organiza a fuga da cidade e descobre que o sobrinho Isaque se perdeu.
    No campo de batalha, Rodrik se junta ao capitão Clintisk que é atingido por uma flecha e desmaia (ou morre?)
    O capitão acaba sendo levado pelo cavalo até o vampiro Linksratus, que lutava furtivamente em outra frente de batalha.
    Clintisk é levado para Felix, no castelo. Ainda está vivo.
    Samantha encontra Isaque, que estava alardeando que o capitão morreu.
    Rodrik escuta o chamado para recuar, mas decide ficar no campo de batalha.
    Linkisratus recuou.
    Orcs chegando.
    Rodrik enfrenta um troll no 1 x 1 e é derrotado. Antes de morrer, vê (muito provavelmente) a cavalaria chegando para salvar o dia.
    Sim, era a cavalaria: Yori; Um Guerreiro Dragão
    Pra encurtar a história, o dragão entra em cena e fode todo mundo.
    Felix encontra Samantha, amigos e família reunida, final feliz.

    ———————–
    SOBRE A TÉCNICA:
    ———————–

    Já começo dizendo que realmente não curti a narração no presente. Normalmente isso só causa confusões de tempos verbais e aqui não foi diferente.
    Com exceção a isso a escrita é boa, faz o texto fluir bem, com descrições bastante claras de todos os eventos. Não há nada primoroso, nenhuma passagem de encher os olhos, mas também nada comprometedor.

    Como aprimoramento, sugiro mais experimentações com o uso da vírgula. Em algumas passagens ficou errado (tipo separando o sujeito da ação). Em outras, poderiam ser posicionadas de forma melhor (na minha opinião, claro).

    – Rodrik está no centro do círculo formado por seus companheiros, sujo e ofegante
    >>> Rodrik, sujo e ofegante, está no centro do círculo formado por seus companheiros
    >>> Eu tenho ido mais numa linha de resolver as descrições e depois encadear outros eventos. Pro meu gosto, assim fica melhor.

    – No chão, corpos de companheiros, orcs e goblins atrapalham o caminho
    >>> No chão, corpos de companheiros e inimigos atrapalham o caminho

    – quando um grupo de goblins, se choca
    >>> quando um grupo de goblins se choca
    >>> o tal de separar o sujeito da ação

    – mas a parede imperfeita, deixava frestas
    >>> mas a parede deixava frestas
    >>> se deixava frestas já está subentendido que era imperfeita. E ainda aproveitamos pra matar a vírgula.

    – Conseguia enxergar ao longe, o exército
    >>> Conseguia enxergar, ao longe, o exército
    ou
    >>> Ao longe, conseguia enxergar o exército

    – organizar as dezenas de milhares de pessoas numa fuga ordenada
    >>> melhor evitar essa repetição: organizar / ordenada

    – Isabel, aos prantos, soltou a mãe e agarrou os ombros de Sam
    >>> Aqui as vírgulas foram bem empregadas!

    – Titia, nós plecisamos mesmo ir embola? Eu não quelo ir
    >>> Sei que a intenção foi passar o jeito de falar infantil, mas inevitável não lembrar do Cebolinha rsrs

    – avassalada
    >>> não curti esse adjetivo, “devastada” teria ficado melhor

    – Os humanos mal sabiam o que lhes salvara, os orcs sequer viam o que os matara
    >>> Essa frase ficou ótima (tirando a questão do tempo verbal)

    – Tenha fé NOME
    >>> Não entendi isso…

    – Pessoas antes, sorridentes, cheias de esperança e amor, agora condenadas à morte
    >>> Pessoas, antes sorridentes e cheias de esperança, agora condenadas à morte

    – Os dois exércitos, pararam, atônitos
    >>> Os dois exércitos pararam, atônitos

    – sem *a notar*, conduzido pelos soldados em êxtase. Sam caiu de joelhos em meio à profusão de alegria e chorou. *Uma mão*
    >>> duas cacofonias bem pertinho uma da outra

    ———————–
    SOBRE A TRAMA
    ———————–

    A trama é um clichezão de batalha épica, com o exército do bem sofrendo um perrengue e rezando pra chegar a salvação de última hora, que normalmente chega.
    Lembrou bastante a batalha do Abismo de Helm, com o dragão fazendo o papel de Gandalf da vez.

    O maior problema aqui foi o espaço. A batalha do Helm’s Deep teve umas 500 páginas de preparação. Aqui os personagens vão aparecendo e aparecendo sem dar tempo de respirar e se apegar a eles.
    Como já li bastante desse gênero, consegui me apegar aos estereótipos, mas mesmo assim não rolou muita empatia. Felix e o vampiro poderiam ser limados sem prejuízo algum, por exemplo. Na verdade, até Samantha ou mesmo Rodrik. Talvez tudo funcionasse melhor com apenas um personagem principal.

    ———————–
    CONSIDERAÇÕES FINAIS
    ———————–
    Mesmo com os problemas indicados acima, eu gostei do conto. Esse foi meu tipo de leitura preferido por muito tempo e até hoje ainda gosto muito.
    É o tipo de história e personagens que pedem bem mais espaço, então tá aí o ponto de partida para um romance.

    NOTA: 3,5

  13. Catarina Cunha
    22 de fevereiro de 2019

    O que entendi: Um reino medieval é atacado por uma cambada de trolls, orcs e uns capetas vindos das sombras do mal. Humanos são liderados por um comandante destemido que parece ter morrido com uma flecha amaldiçoada. Uma mulher tenta acalmar a população indefesa e não faz a menor diferença na trama. Todos aguardam o Dragão, que chega e salva o reino.

    Técnica: É simples: descrever cenas de forma que o leitor crie a imagem. Embora o texto seja fluido e bem escrito, não encontrei elementos fundamentais para gerar empatia no leitor: desenvolvimento consistente dos personagens (De onde vieram? Quais são seus valores? E defeitos?) e lastro de origem (Por que o reino estava sendo atacado? Qual o histórico dessa guerra? Como heróis viraram heróis?). Enfim, acho que li o capítulo final de uma fanfic simpática. OBS: “– Tenha fé NOME!” Ou quando o (a) autor (a) estava escrevendo o conto o personagem ainda não tinha nome, ou mudou de nome de Isaque para Nome. De qualquer forma ficou esquisito.

    Criatividade: Não há ineditismo na trama, nos personagens e nem no vocabulário. Respeito a fanfic, mas o desafio aqui é fantasia inédita, o que acredito que você seja capaz de nos oferecer em outra oportunidade.

    Impacto: Nenhum. No começo já sabíamos como terminaria.

    Destaque: “Um tremor violento agitou a terra, derrubando humanos e orcs. Estarrecido, Link viu de perto; o chão se abrir abaixo das bestas, numa enorme fenda e tragá-las para o seio da terra..”

    Sugestão: Escrever um romance, desenvolvendo personagens com histórias inéditas.

  14. Rubem Cabral
    21 de fevereiro de 2019

    Olá, Finrod.

    Resumo da história: observamos, sob vários ângulos, a Batalha do Gargalo. De um lado, as forças da luz, humanos, híbridos e super-humanos, do outro, as forças da escuridão: orcs, goblins, trolls. Alguns heróis morrem, outros sobrevivem para ver a chegada Guerreiros Dragão.

    Prós: é uma história bem escrita, com pouquíssimas falhas de pontuação e um tanto de variação temporal. O autor foi além do uso de elementos do folclore/mitologia européia, ao incluir um híbrido de humano e vampiro e os Guerreiros Dragão. Observar a batalha através de olhos de vários personagens deu agilidade à história.

    Contras: faltou aprofundamento no desenvolvimento de tantos personagens num espaço tão reduzido. O leitor não chega a visualizar tais personagens ou mesmo criar empatia por eles. A narração também deveria decidir sobre o tempo verbal a utilizar: narra-se no presente na maior parte do texto e depois, sem justificativa temporal, passa-se a narrar no passado.

    Nota: 3

  15. Victor O. de Faria
    20 de fevereiro de 2019

    RATO (Resumo, Adequação, Texto, Ordenação)
    R: Muito bem. Vamos ver se entendi: está acontecendo uma guerra contra forças do submundo num reino distante. Há três personagens principais: a moça, o guerreiro na linha de frente e o vampiro. Todos estão à espera de um campeão, neste caso um guerreiro com características elementares de um dragão. O enredo começa no meio e também termina no meio, visto que não nos é mostrado o que acontece no final da batalha. Pelos clamores da moça na conclusão, a guerra está ganha. O enredo se foca num período bastante fechado.
    A: O texto possui um contexto cultural enorme. Eu me encontrei porque conheço esses termos vindos de rpgs eletrônicos e de mesa, mas para quem não está acostumado, um troll e um goblin são a mesma coisa. Acho que o autor deveria gastar um pouco mais de tempo enxugando os coadjuvantes (há muitos) e descrevendo-os melhor com características mais sutis, afinal, “feio e grande” pode se referir a qualquer coisa, entende? Está dentro do tema, mas a roupagem, infelizmente, está meio vazia. – 4,0
    T: Você tem um potencial enorme, mas precisa condensar melhor as ideias. Apesar do texto se focar apenas num acontecimento, há muitos núcleos perdidos, que não acrescentam nada e ainda introduzem personagens aleatórios. O ideal era você escolher apenas um ponto de vista. Aqui há pelos menos uns quatro. Talvez, como sugestão, manter a história somente no meio da batalha, ou manter somente o ponto de vista da família dentro do castelo (a parte que foi melhor desenvolvida em minha opinião). – 2,0
    O: Foco. Faltou isso. O texto tem características de alguém que está amadurecendo, mas ainda precisa lapidar um pouco mais, seguindo as sugestões dos colegas. Em tempo: há um grande excesso de vírgulas onde a ação poderia continuar e algumas camadas sofrem com a troca repentina de tempo presente para tempo passado. Em suma: está no caminho certo, só precisar enxugar um pouco mais e atentar à gramática. Espero que não fique chateado com esses apontamentos. Estou apenas tentando ajudar – você já está quase lá, porque escreve bem, falta apenas a coesão. – 2,0
    [2,6]

  16. Evandro Furtado
    20 de fevereiro de 2019

    Uma clássica fantasia medieval que relata cenas de uma batalha. O autor optou por trabalhar em múltiplos arcos que envolvem guerreiros, um meio-vampiro e uma plebeia que vaga em busca de uma criança.

    Há alguns problemas de pontuação e de paralelismo que atrapalharam um pouco o dinamismo da leitura.

    As caracterizações dos personagens são boas, no entanto, essa é uma grande armadilha para o gênero. Como o autor optou pelo modelo clássico de múltiplos personagens, isso acabou por prejudicar um pouco a densidade da trama. Essa quantidade acaba requerendo um espaço maior, algo que não se encaixa nesse desafio, para desenvolvimento individual dos personagens. Assim, o autor consegue, apenas, tocar na base dos acontecimentos, e as coisas não evoluem.

  17. angst447
    20 de fevereiro de 2019

    RESUMO: Batalha inicia-se à noite, o exército de Baltak defendendo a passagem do Gargalo. Felix observa do alto, o exército liderado pelo Capitão Clintisk. Pergunta-se onde estarão os guerreiros Dragão. Dentro da cidade, Samantha encontra a mãe, a irmã e a pequena sobrinha. Fica sabendo do desaparecimento do sobrinho, o qual reencontra mais adiante. A batalha prossegue, e antes dos trolls avançarem e o exército negro acabar vencendo, surge finalmente o guerreiro Dragão. E a esperança reina.

    AVALIAÇÃO: Conto com (nítido) tema fantasia. Personagens caracterizados como guerreiros, salvo Samantha e família. A narrativa fundamenta-se no confronto entre guerreiros, orcs, trolls e goblins. Apesar de não curtir muito esse tipo de enredo, considero que está bem escrito. Algumas falhas quanto ao uso da vírgula e uma alternância de tempos verbais desnecessária tiram um pouco do brilho do texto. O autor tem claramente vocação para escrever romances, textos mais longos do que este. Parece que teve de cortar várias cenas para a história caber no limite de palavras. Vou reler para tentar entender algumas passagens. Há muita informação para quem não está habituada a lidar com fantasias. Mas afinal Felix era amigo ou algo mais de Samanta?
    Te vejo na segunda rodada. Boa sorte!

  18. Leo Jardim
    20 de fevereiro de 2019

    🗒 Resumo: em uma guerra num mundo de fantasia, as forças das trevas estão prestes a vencer as últimas defesas do reino humano. No fim, um Guerreiro Dragão, um campeão deste mundo, aparece para salvá-los.

    📜 Trama (⭐⭐▫▫▫): o conto apresenta problema comum em contos de fantasia: um mundo novo (mas particularmente parecido com tantos outros), muitos nomes e lendas próprias. Isso tudo tem dois efeitos colaterais: o texto fica muito denso, com excesso de informação; e não dá pra se apegar muito ao mundo e aos personagens, pois há pouco espaço para desenvolvê-los. Essa é uma armadilha comum que acontece com muitos de nós, que gostamos de criar mundos e tentamos encaixar todo ele num conto. Eu fiz muito isso no início.

    São muitos personagens na trama e poucos têm alguma relevância. Rodrik está lá apenas para morrer. O vampiro também não serve para praticamente nada. Felix também não mostrou a que veio. Samantha mostra os civis e é a melhor personagem, mas faz pouco pela trama. Se você cortasse vários deles, o conto ainda funcionaria igual e teria mais espaço pra desenvolver os que sobraram.

    Por fim, tem um último problema: a trama é previsível. Desde que os Guerreiros Dragões foram citados, era fácil esperar que eles aparecessem no final e salvassem a todos e foi exatamente o que aconteceu. Com agravante ainda do personagem que surgiu, além de muito poderoso, não termos nenhuma afeição à ele, nem sabemos quem ele é. Não sabemos oq ele passou pra ficar tão poderoso nem porque demorou tanto.

    Enfim, essa história é boa, mas precisaria de muito mais espaço para desenvolver cada personagem e dar mais peso dramático às suas ações. As guerras só funcionam bem qdo estamos apegados aos personagens, com medo de perdê-los. Invista nela sem as amarras do desafio, desenvolva bastante cada personagem e cada elemento da trama e, por fim, coloque-os na guerra para que roamos as unhas por seus destinos.

    📝 Técnica (⭐⭐▫▫▫): o autor sabe escrever e desenvolver boas cenas, mas precisa tomar cuidado com a pontuação e tempo verbal do texto. Geralmente a regra é que os verbos devem estar sempre no mesmo tempo verbal qdo a ação ocorre no mesmo momento da narrativa. Esse conto, por exemplo, é narrado no passado, mas tem alguns momentos onde os verbos escorregam para o presente sem um motivo claro para isso. É um deslize comum que, com um pouco de treino, não se repetirá.

    ▪ Graças apenas à *parede* de escudos ainda estava vivo, mas a *parede* (repetição próxima) imperfeita *sem vírgula* deixava frestas

    ▪ Nos veremos em breve mamãe *ponto* Todos conseguiremos fugir, tenho certeza

    ▪ Tenha fé NOME (sobrou uma lacuna a preencher)

    ▪ Quase toda a população já *fora*, mas ainda restava alguns retardatários, e a mulher permanecia ajudando-os. Agora, tambores orc *são* ouvidos. (tempo verbal escorregou para o presente)

    ▪ Pessoas antes *sem vírgula* sorridentes

    ▪ condenadas à morte ou *à* padecer (sem crase)

    ▪ Ela já não *esconde* mais as lágrimas ao imaginar que aqueles homens, mulheres e crianças *podem* estar mortos no anoitecer do próximo dia (tempo verbal)

    ▪ Rodrik *avança* num último esforço… (todo o parágrafo no presente e o problema continua no texto em alguns momentos à partir daqui)

    🎯 Tema (⭐⭐): alta fantasia [✔]

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): percebe-se que o autor é criativo e criou todo um universo. Não houve espaço, porém, para que esse mundo se destacasse de tantos outros de fantasia que vemos e menos por aí. Talvez se desse mais destaque aos Guerreiros Dragões…

    🎭 Impacto (⭐⭐▫▫▫): o conto, pelos motivos que já citei, acabou não tendo um impacto muito forte, principalmente por não ter tido tempo para me apegar aos personagens e pelo final previsível.

    ⚠️ IMPORTANTE: gosto muito de fantasia e já cometi muito os erros que apontei aqui. Vale à pena continuar investindo na escrita, pois a parte mais difícil, que é a arte inventar histórias, o autor já domina. Resta agora refinar a técnica (parte fácil) e trabalhar a trama ou num texto maior ou pensar em histórias menores que caibam no espaço de um conto (parte difícil). Estas críticas e dicas servem se já for um autor mais rodado, mas foram escritas com esmero para aqueles que estão ainda em busca de aprendizado.

  19. Ricardo Gnecco Falco
    19 de fevereiro de 2019

    Olá Felagund; tudo bem? 😉

    O seu conto foi o primeiro trabalho que eu li e avaliei. Havia postado anteriormente o meu comentário aqui, mas por algum motivo o site acabou não o exibindo para mim. Por isso, como não sei se deu ‘tilt’ ou não (pois os demais comentários nos outros contos lidos aparecem para mim), voltei aqui para ver se desta vez ele vai ficar registrado.

    COMENTÁRIOS GERAIS: Havia copiado vários trechos onde havia localizado alguns probleminhas bobos no seu texto, e comentado um a um por aqui, mas como aparentemente o meu comentário não foi registrado pelo site, vou fazer diferente dessa vez. Em geral, os problemas diziam respeito à vírgulas mal utilizadas. Infelizmente, os exemplos todos que eu havia marcado se perderam (aparentemente), mas fica aqui o alerta para você dar uma reavaliada nessa questão, analisando com atenção esse quesito no seu texto.

    No mais, sobre a história, achei tudo bem amarradinho e com os pontos de tensão bem estruturados. A batalha, a aparente derrota e a reviravolta final ficaram bem marcadas.

    Destaque para a possibilidade de uma leitura mais ‘distópica’ da própria realidade política do nosso país, com relação a personagens no conto que trazem algum tipo de semelhança com autoridades de nosso cenário político atual (o mago-capitão, guerreiros que estudaram no exterior e voltaram trazendo a esperança para todo um povo, a ‘tia’ Sam, os inimigos Orcs invasores etc.).
    Parabéns e boa sorte no Desafio!

    ————————————-
    RESUMO DA HISTÓRIA:
    ————————————-

    O trabalho narra uma grande batalha, épica e sangrenta, ocorrida entre diferentes criaturas, humanas e fantásticas (como orcs, trolls, híbridos vampirescos, magos…). Os ‘mocinhos’ aguardam o retorno de guerreiros dragões, que poderiam não somente equilibrar a guerra, mas também fazê-los vencer. Contudo, a demora custa a vida de muitos guerreiros do bem. Quando tudo já parecia estar perdido, porém, ressurge a esperança e, com a coragem e competência de poderosos guerreiros, o mal é expurgado para longe.

  20. Ricardo Gnecco Falco
    19 de fevereiro de 2019

    Olá Felagund; tudo bem? 😉

    O seu conto é o primeiro trabalho que eu estou lendo e avaliando. Vou começar colocando abaixo os pontos que, de acordo com o correr natural da leitura, eu for encontrando no texto e que me façam, por algum motivo, dar uma parada. Assim, vou conseguir passar para você, autor/a, o meu real sentimento enquanto leitor (a tal da ‘primeira impressão’) e, quem sabe, ajudar você a, caso concorde com meus apontamentos, aprimorar seu (nosso!) ofício. Se discordar de algum apontamento feito, apenas passe por cima e siga para o próximo! Meu intuito (sempre) aqui é dar o mesmo tipo de feedback para os meus colegas que eu gostaria de receber deles. Portanto, se alguma crítica ou análise minha lhe magoar de alguma forma, peço a gentileza de lembrar-se que este não é (nem de longe) o meu intuito! E vamos que vamos!

    “…atenção é atraída quando um grupo de goblins, se choca contra a parede de escudos que lhe abrigava.” — Essa vírgula, depois de ‘goblins’, ficou sobrando. Não é recomendável separar o sujeito do verbo.

    “Graças apenas à parede de escudos ainda estava vivo, mas a parede imperfeita, deixava frestas e, ocasionalmente eram atingidos.” — Ainda com relação ao estranhamento que estas vírgulas me causaram, segue minha sugestão: ‘Graças apenas à parede de escudos, ainda estava vivo. Mas a parede, imperfeita, deixava frestas e, ocasionalmente, eles eram atingidos.’

    “Conseguia enxergar ao longe, o exército de Baltak defendendo a passagem do Gargalo…” — Sugestão: ‘Conseguia enxergar, ao longe, o exército de Baltak defendendo a passagem do Gargalo…”

    “– Tenha fé NOME! Nosso exército é forte….” — ??? Pareceu-me que o sobrinho (Isaque) ganhou um nome após terminada as primeiras revisões e, neste trecho, o autor havia marcado para inserir o tal nome posteriormente, mas deixou escapulir na revisão final. Foi isso mesmo…?

    Algumas repetições de conjunções também me incomodaram um pouco, como no exemplo a seguir: “MAS Samantha ainda se agarrava à fé de que aqueles garotos que deixaram o Reino, quase um ano atrás voltariam a tempo. MAS sua fé minguava, como o exército de Baltak.” — poderia substituir por sinônimos (todavia, no entanto…)

    “A linha de defesa do Gargalo cedera à pouco, e a ordem para…” — creio que o correto seria ‘cedera HÁ pouco’, no sentido temporal, e não de distanciamento daquele local.

    “Quando aqueles monstros alcançassem exército, seria um desastre…” — faltou um ‘o’ antes do exército.

    “Estarrecido, Link viu de perto; o chão se abrir abaixo das bestas, numa enorme fenda e tragá-las para o seio da terra…” — Sugestão: ‘Estarrecido, Link viu de perto o chão se abrir abaixo das bestas, numa enorme fenda, e tragá-las para o seio da terra.’

    “Felix vê uma chama reluzir ao redor de Yori e, no momento em que com o punho adiante, ele atinge o exército inimigo, a aura se transforma em um imenso dragão esmeralda, que penetra as linhas inimigas, devastando tudo em linha reta.” — ficou confuso. Uma simples alteração na ordem apresentada poderia resolver. Minha sugestão: ‘Felix vê uma chama reluzir ao redor de Yori e, no momento em que ele atinge o exército inimigo com o punho adiante, sua aura se transforma em um imenso dragão esmeralda, que penetra as linhas inimigas, devastando tudo em linha reta.’

    COMENTÁRIOS GERAIS: Gostei do conto. Gostei, sobretudo, da possibilidade de interpretá-lo, ao final, como uma distopia, ou mesmo um trabalho metafórico de campo político/histórico recente. Vendo assim, as alegorias do mago-capitão, flechado na carne, o guerreiro-dragão Yori, que foi estudar no exterior e retornou como a esperança do povo, a ‘tia’ Sam; e o “exército inimigo” invasor, formado por violentos Orcs de dentes afiados… ganham um significado nas entrelinhas do conto. Parabéns! Boa sorte no Desafio!

    Bem, pra finalizar, e creio que nem seria necessária essa comprovação, visto os vários apontamentos feitos acima; mas… Regras são regras e elas exigem que eu faça um resumo da história lida, para exatamente provar que eu a li. Então vamos lá:

    ————————————-
    RESUMO DA HISTÓRIA:
    ————————————-

    O trabalho narra uma grande batalha, épica e sangrenta, ocorrida entre diferentes criaturas, humanas e fantásticas (como orcs, trolls, híbridos vampirescos, magos…). Os ‘mocinhos’ aguardam o retorno de guerreiros dragões, que poderiam não somente equilibrar a guerra, mas também fazê-los vencer. Contudo, a demora custa a vida de muitos guerreiros do bem. Quando tudo já parecia estar perdido, porém, ressurge a esperança e, com a coragem e competência de poderosos guerreiros, o mal é expurgado para longe.

  21. Paula Giannini
    19 de fevereiro de 2019

    Olá, autor(a),
    Tudo bem?

    Resumo:

    Em uma aldeia épica, a descrição da batalha na qual o lendário Guerreiro Dragão salva a população e dá esperança de uma nova vida ao povo.

    Meu Ponto de Vista:

    Querido(a) autor(a), o ato de escrever é, por si só, um grande mérito. Ao ler seu conto, imaginei-o como alguém jovem, cheio(a) de imaginação, e, com um longo e belo caminho a percorrer.

    Deixo aqui meu ponto de vista, na intenção de ajudá-lo neste ofício, onde todos aprendemos um pouco mais a cada novo dia.

    Seu conto tem uma história coerente, bem desenvolvida, com o ponto alto na descrição dos cenários sem exageros, mas com muita clareza, levando o leitor a acompanha-lo pelas cenas e ações.

    No entanto, apenas como sugestão, penso que, para que sua história (aparentemente parte de algo maior – um romance, quem sabe) ganhe um brilho pessoal, um quê de totalmente diferente do que já é feito por aí, será necessário que o(a) autor(a), insira algo na trama, que não soe como mais do mesmo. Quem sabe personagens inspirados na cultura brasileira, ou, talvez com a criação de um conflito que aproxime a saga e a luta dos problemas vividos pelo leitor, ou, ainda, algo que o(a) autor(a) descobrirá por si só. Talvez eu esteja errada aqui, e, se sim, me perdoe pela ousadia em opinar desse modo em seu trabalho.

    Parabéns por escrever.

    Beijos e sorte no desafio.
    Paula Giannini

  22. Davenir da Silveira Viganon
    19 de fevereiro de 2019

    A Batalha da Planície (Finrod Felagund):
    – Rodrik e Felix estão numa batalha épica contra o exército de Goblins, Orcs e Trolls do maligno Baldak. Enquanto isso Samanta e outros refugiados fogem. Em meio a batalha, o cavaleiro branco Clintsk e o meio-vampiro Link tombam. A esperança reside num guerreiro lendário dragão, que quando chega trás esperança a todos.
    – Conto que pode ser definido com muita facilidade como de Fantasia. É bem narrado e a escrita é bem eficiente. Porém, a história eu achei bastante previsível. Infelizmente o maior pecado aqui foi a história por ser linear e previsível demais. Outra coisa que esperava mais foi a construção de mundo: achei muito padronizada, com cavaleiros brancos e orcs negros. Não vi tentativa de fugir do mais do mesmo da Fantasia ainda muito presa nos pilares de Tolkien mas veja, não quero cobrar o supra sumo da originalidade mas também não vi uma tentativa de pegar ao menos um aspecto para subverte-lo, desculpe se algo me passou desapercebido. Achei alguns personagens carismáticos ainda que pouco profundos. A sensação que ficou é que tudo faz parte de algo maior, como um projeto de livro, porém condensado demais deixando tudo raso.

  23. Tiago Volpato
    18 de fevereiro de 2019

    Resumão:

    É uma guerra, os orcs tacam o terror geral. E agora quem poderá salvá-los? A galera dragão, que como todos os bons heróis, estão atrasados.
    Chega o cavalo branco para salvar o dia, mas ele se ferra, já era o reforço 😞
    Outro personagem morre, bye bye Rodrik.
    Finalmente os guerreiros dragões chegam, detonam tudo e todos vivem felizes para sempre! \o/

    O que gostei:

    O conto é muito bem escrito, as descrições são ótimas e o cenário que se passa a história foi muito bem construído. Sua técnica é excelente, não notei erros gramáticais e o texto fluiu bem, sem enrolar muito e cansar a leitura. A divisão da história em vários personagens serviu para dar um panorama mais geral e mostrar vários aspectos daquele universo, são pontos de vista diferentes que faz dá uma visão mais geral de tudo. Acertou em cheio no tema, é a fantasia clássica que todos nós amamos!

    O que não gostei:

    O conto é muito descritivo, não acontece muita coisa, senti como se fossem 5 páginas arrancadas de um livro com 1000. Apesar do texto ser tecnicamente excelente, achei pobre na criatividade, é só um apanhado de várias coisas que já li em vários livros, faltou você colocar uma coisa sua pra deixar o texto mais pessoal. Por ser um texto curto, a divisão em vários personagens fez com que eu não me importasse nenhum pouco com eles. Faltou espaço pra explorar as personalidades de cada um.

    Para arrematar: O texto cumpriu a tarefa, foi bem escrito, mas na minha opinião faltou algo para que ele se destacasse, ainda assim um bom conto.

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Informação

Publicado às 17 de fevereiro de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 1, Série B e marcado .