EntreContos

Detox Literário.

O Resgate (Priscila Pereira)

Uma nova manhã estava prestes a nascer e a escuridão cedia aos poucos, relutante em desaparecer por completo. O cheiro de mata cerrada se acentuava com o orvalho e o ar gelado queimava os pulmões.

Lado a lado eles caminhavam, como um só, cada qual pensando diferente, mas no fundo igual, completando um ao outro. O homem pensava no frio, cansaço e na fome que sentia.  Enquanto tentava ignorar o peso da enorme mala que carregava, procurava estar atento ao caminho e alerta aos perigos. O Javali pensava que esta seria sua última jornada, precisava estar preparado, logo chegariam ao seu destino, onde teriam abrigo, comida e descanso, precisava aproveitar ao máximo.

– É por aqui. – Disse o homem puxando de leve a corrente que prendia o Javali.

– Isso é realmente necessário? – Disse o Javali, indicando a corrente com a cabeça.

– Desculpe, mas não posso correr o risco de você fugir.

– Eu não vou fugir, já disse mil vezes, logo que ouvi sua história dei minha palavra que te ajudaria. Porque eu fugiria agora? Deixa pra lá, olha, já dá pra ver a cabana.

A cabana era muito rústica, escondida entre as árvores, mas a fumaça que saía pela chaminé a tornava quase acolhedora. Pararam na porta e o homem assoviou uma melodia simples. Na mesma hora a porta se abriu e os dois entraram. A primeira coisa que perceberam foi o cheiro delicioso de comida quente, fazia dias que só comiam pão e queijo, bebiam água dos rios e comiam as frutas boas que encontravam pelo caminho.

– Vocês chegaram bem na hora. – Disse a mulher que abriu a porta. – Coloque a mala naquele armário Halden, lá estará segura. Porque você prendeu o Javali? Ele não quis vir por vontade própria?

– Desculpe senhora, mas seu irmão é muito “cabeça dura”, imagina que fugirei se ele me soltar. – Disse o Javali fazendo uma reverência.

– Meu nome é Amaranta, fico feliz que tenha vindo nos ajudar. – Disse ela com respeito e amabilidade, e olhando para o irmão, franzindo as sobrancelhas, disse: – Halden faça o favor de soltar o Javali, agora!

Halden soltou a corrente, relutante, bufando e resmungando.  Logo depois tirou o casaco de couro, sacudiu para expulsar as gotas de orvalho. Tirou também os óculos de visão noturna e o chapéu. Ele e o Javali sentaram-se à mesa, ansiosos.

Amaranta preparou dois pratos com uma sopa fumegante de legumes, cogumelos e carne e observou os dois comerem em silêncio.  Conseguia imaginar, quase ouvir mesmo, o que cada um pensava, com um sorriso de canto de boca pensou que ganharia algum dinheiro se apostasse sobre o que pensavam.

Ela sempre havia sido muito boa em ler as pessoas, sabia o que sentiam e pensavam só de olhar para elas, isso quase nunca agradava. Juntando esse “dom” com um gênio forte e um espírito livre e aventureiro, muitos achavam que ela era feiticeira e embora fosse muito bonita, nunca conseguiu se casar. O que não a incomodava em nada, mas sentia a falta de ter filhos e desde que o irmão começou a tê-los, se apaixonou perdidamente pelas crianças e era quase como uma mãe para elas.

Halden não gostava de ver sua irmã parada ali enquanto ele comia, era doloroso demais, era parecido demais com suas memórias mais doces de Cristiana, sua esposa, com as mãos cruzadas sob o queixo, como se estivesse segurando a cabeça que pesava toneladas de bons pensamentos. A comida em sua boca se tornou amarga e desceu com dificuldade pela sua garganta, ele cerrou o maxilar e se obrigou a continuar comendo. Ele merecia sofrer, merecia ser torturado pelas lembranças.

Sim, ele havia se deixado seduzir por uma mista.  Sim, ele deixara sua família desprotegida para sentir a adrenalina de uma aventura cheia de luxúria e medo de ser pego desobedecendo à lei. Até que um dia sua doce e pacata esposa foi violentada e assassinada enquanto tentava proteger seus três filhos, que foram capturados e estavam sob o domínio do líder dos mistos no Entremundos. Foi aí que se afogou no álcool e na comiseração. Foi aí que Amaranta o encontrou e lhe deu uma surra de chicote, curou sua ressaca, limpou suas feridas, o trouxe para o mundo das criaturas e mostrou o caminho para recuperar seus filhos. Desde então nutria uma mistura de amor e ódio por ela.

O Javali por sua vez, comia com satisfação e prazer, procurava não pensar no que enfrentaria a seguir, aprendera há muito tempo a viver o presente com a intensidade de uma vida inteira. Sentia-se aquecido, era respeitado por uma linda mulher que o observava comer com preocupação e doçura, logo deitaria e dormiria algumas horas que faria durar por anos, estava feliz.

– Tem uísque? – Perguntou Halden, com ar de deboche.

– Claro que não! Tem café. Vai querer?

– Se não for muito incômodo…

Amaranta ainda ofereceu café para o Javali que recusou e foi dormir. O clima ficou ainda mais tenso entre os irmãos.

– O Javali ofereceu resistência em vir com você?

– Não…

– Então por que a corrente?

– Eu não pude acreditar que ele viria por livre vontade. Sabendo o que vai acontecer…

–Você não entende nada mesmo. Está na natureza dele. Ele representa a coragem e a bravura e, como todos do reino animal, é puro e inocente.

– Não entendo mesmo e nunca vou entender. Só estou fazendo isso porque é a única maneira de recuperar os meus filhos.

– Você vai recuperá-los! Agora vá dormir um pouco, vocês ainda têm muito que fazer.

Ele tentou dormir, mas pesadelos horríveis de Cristiana pedindo socorro enquanto os soldados mistos abusavam dela, suas facas pontiagudas rasgando a pele muito alva e macia, seus olhos castanhos implorando misericórdia enquanto mãos asquerosas apalpavam, arranhavam e dilaceravam o seu corpo.  Seu sangue se espalhando, sua vida se esvaindo.

“Na frente dos meus filhos não!”

Acordava sobressaltado, com essas palavras ainda ecoando em sua mente, aterrorizado. Era sempre assim. Sabia que se adormecesse novamente, sonharia com seus filhos sendo torturados no Entremundos. Seus gritos de dor e agonia, suas vozes gritando “papai, socorro!” o assombrariam pelo resto do dia. Decidiu que não dormiria mais. Olhou para o Javali que estava dormindo profundamente, o sono dos justos. ”Como ele consegue?”

Procurou Amaranta pela cabana, mas não encontrou, viu que ainda faltava muito tempo para o por do sol. Resolveu sair e procurar sua irmã, ela não deveria andar sozinha no mundo das criaturas, era perigoso demais, os humanos eram vistos com desconfiança porque podiam abrir as fendas e transitar entre os mundos. Assim que saiu da cabana, viu Amaranta colhendo algumas ervas.

– O que está fazendo aqui fora sozinha?

– Não é óbvio? – Disse ela fazendo um gesto teatral apontando para as ervas.

– E as criaturas? – Disse olhando, desconfiado, em redor.

– Não se preocupe com elas, sabem o que viemos fazer aqui.

– Viemos? Nada disso. Você não vai, de jeito nenhum.

– Claro que vou! Quem você acha que vai abrir a fenda? Você não pode mais abrir fendas, desde que se envolveu com aquela mista, não se lembra?

Ele não se lembrava.  Aquela mista havia destruído a sua vida, se pudesse voltar no tempo… Mas ele não podia, e agora nem podia mais abrir fendas. “Maldita mista!”

– Você deveria estar dormindo.

– Não posso.

– Os pesadelos… Já sei! Vamos, vou preparar um chá que te fará dormir.

Assim que tomou o chá, dormiu um sono sem sonhos. Acordou com o Javali sacudindo os seus ombros, estava na hora.

Os três se prepararam, Halden com sua mala, Amaranta com sua adaga de bronze e o Javali com sua determinação. Saíram ao por do sol e caminharam por uma trilha quase escondida no meio da mata, logo chegaram a uma clareira que servia de portal para o Entremundos, um lugar onde antes era desabitado, só um espaço vazio entre os mundos, agora era habitado pelos mistos, seres provenientes de duas espécies distintas.

Amaranta passeou pela clareira até sentir o local exato da fenda, pegou sua adaga e cravou aparentemente no ar, mas logo uma fenda se formou, rasgando a matéria que impermeabilizava os mundos e expondo o Entremundos.

Halden abriu a mala e tirou de lá uma pedra de mármore, uma adaga comprida e afiada e uma vasilha de prata. Colocou a pedra em frente à fenda e disse ao Javali:

– Tem certeza que você vai fazer isso?

– Seus filhos devem estar muito assustados, querendo desesperadamente ver o pai e voltar para a casa. Como posso ignorar isso, sabendo que tenho o poder de trazê-los de volta?

Amaranta abraçou o Javali e disse:

– Obrigada por trazer meus sobrinhos de volta, são tudo o que tenho na vida. Jamais me esquecerei de você.

O Javali deitou com calma e tranqüilidade sobre a pedra e disse:

– Façam valer à pena… – Então ele fechou os olhos e esperou.

Halden pegou a adaga com as mãos tremulas, levantou e…

– Eu não posso fazer isso. Você não tem culpa nenhuma, eu é que deveria estar no seu lugar, fui eu quem destruiu minha família. Como eu posso fazer isso com você? Não é justo!

– Não se trata de justiça. Não adiantaria nada se você estivesse no meu lugar, só o sangue de um inocente pode fazer o resgate, você não entende?

– Não entendo porque você vai fazer isso…

– Você não precisa entender, só aceitar. Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro. Estou salvando três mundos, afinal. Quer seus filhos de volta? Então faça isso agora!

Enquanto Amaranta olhava de longe, Halden se posicionou, fechou os olhos e cravou a adaga no coração do Javali. Retirou a adaga com cuidado e o sangue começou a jorrar na vasilha.

Amaranta chegou perto de Halden e colocou a mão em seu ombro.

– Você ainda precisa dizer…

Com a voz rouca de emoção ele grita:

– Com o poder desse sangue inocente eu reivindico a vida dos meus filhos!

A pedra, o Javali, a vasilha e todo o sangue foram desaparecendo aos poucos, perdendo a consistência até sobrar só pontos de luz, que foram se transformando lentamente, ganhando forma, se materializando nas três crianças de Halden.

Logo que perceberam onde estavam, as crianças pularam sobre Halden e Amaranta, com abraços e beijos e lágrimas de alívio e felicidade.

– Eu prometo crianças, que nunca mais vou deixar vocês sozinhos, vou protegê-los de qualquer perigo, custe o que custar. A tia Amaranta e eu vamos levar vocês para casa agora.

–Vamos crianças, temos um longo caminho até acharmos a fenda para o nosso mundo, enquanto isso, vou contar para vocês a história de um Javali muito valente, e de como o pai de vocês percorreu todo o mundo das criaturas até achar alguém que pudesse ajudá-lo a trazer vocês de volta.

Todos de mãos dadas foram caminhando pela mata, só com a luz da lua para guiá-los. Passariam a noite na cabana e pela manhã começariam a jornada para casa.

119 comentários em “O Resgate (Priscila Pereira)

  1. Nanquim
    3 de julho de 2017

    Prima, seu conto ficou muito bacana!
    Tem toda a aura de causo com a cerne de fábula. Muito booooom!
    Lembrei de algumas coisas, como está escrito nas escrituras sagradas, e gostei tambem do fato de ter colocado um Javali, um animal que é tao arisco e feroz, como um coadjuvante bonzinho e muito valente.

    Voce continua escrevendo muitissimo bem.
    Parabens e saudades!
    Beijao

  2. Daniel Reis
    23 de junho de 2017

    (Prezado Autor: antes dos comentários, alerto que minha análise deve se restringir aos pontos que, na minha percepção, podem ser mais trabalhados, sem intenção de passar uma crítica literária, mas uma impressão de leitor. Espero que essas observações possam ajudá-lo a se aprimorar, assim com a leitura de seu conto também me ajudou. Um grande abraço).

    O Resgate (Gegê Márquez)

    ADEQUAÇÃO AO TEMA: sim, já de começo.

    ASPECTOS TÉCNICOS: a premissa parecia muito interessante, com o javali falante e o sacrifício dele, num desenrolar cheio de simbolismos. Mas depois torna-se uma fábula dos Grimm, ainda que sem moral ou explicação. Na parte da técnica, o próprio significado do que é “mista” deveria vir bem antes (“seres provenientes de duas espécies distintas” só aparece bem adiantada a narrativa).

    EFEITO: começou bem, patinou e derrapou no finalzinho. Pena.

    • Gegê Márquez
      23 de junho de 2017

      Oi Daniel, obrigada pelo comentário. Pena que o final não te agradou…

  3. Wilson Barros
    22 de junho de 2017

    Achei a cara de Marion Zimmer Bradley:
    “Não estava muito cheio. Dois chaks peludos se refestelavam por baixo dos espelhos, na outra extremidade. Dois ou três funcionários do espaçoporto, em uniformes de tempestade, tomavam café no balcão. Três habitantes das Cidades Secas, altos e magros, usando túnicas coloridas, estavam de pé ao lado de um balcão na parede, comendo. (Aves de Rapina)”
    O conto tem toda a maestria dos autores famosos. Tudo bem descrito, emocionante, nebuloso e de leitura agradabilíssima; Sem retoques, parabéns.

    • Gegê Márquez
      22 de junho de 2017

      UAU!!!! Wilson, ganhei o ano com o seu comentário!!! Muito obrigada!!

  4. Lee Rodrigues
    22 de junho de 2017

    Hoje, a fábula não exerce sobre mim o mesmo fascínio de outrora, não que ela tenha perdido a graça, é que a gente acaba mesmo perdendo um pouco da docilidade.

    Seu conto tem o viço gostoso da inocência, tranquilamente dá o seu recado sem pesar a mão. Contudo, se houvesse mais espaço o enredo ficaria mais rico.

    A alegoria me trouxe a memória o sacrifício de Cristo. O sangue inocente derramado em favor de muitos. Aquele que, como cordeiro mudo, se entregou levando sobre si as nossas dores. Aqui, a figura do cordeiro deu lugar a do Javali.

     “agora era habitado pelos mistos, seres provenientes de duas espécies distintas.”
    *** Sabe, Gegê, “misto” já dá a ideia que é a mistura de alguma coisa, talvez ficasse melhor se você aproveitasse para dizer quais espécies deram origem a esse novo povo.

     “Amaranta o encontrou e lhe deu uma surra de chicote, curou sua ressaca, limpou suas feridas…”
    *** Adorei isso! shushuashua

    • Gegê Márquez
      22 de junho de 2017

      Oi Lee, você entendeu maravilhosamente bem a alegoria por trás do sacrifício do Javali. Muito obrigada por seu comentário. Eu também amei a parte da surra!! kkkkk

  5. Wender Lemes
    22 de junho de 2017

    Olá! Para organizar melhor, dividirei minha avaliação entre aspectos técnicos (ortografia, organização, estética), aspectos subjetivos (criatividade, apelo emocional) e minha compreensão geral sobre o conto. Tentarei comentar sem conferir antes a opinião dos colegas, mantendo meu feedback o mais natural possível. Peço desculpas prévias se acabar “chovendo no molhado” em algum ponto.

    ****

    Aspectos técnicos: os (poucos) detalhes de ortografia não atrapalharam a leitura. A estética de fábulas (com direito a antropomorfismo do Javali) permitiu uma abordagem interessante do tema, fora do padrão utilizado até agora. A ideia que guia o conto se revela aos poucos – quando reli, já sabendo do fim do Javali, percebi que a narrativa deixou pistas desde o começo.

    Aspectos subjetivos: como disse, foi uma ideia legal trazer o tema para um ambiente fantástico, a estética escolhida permite que explore o caráter insólito da imagem/tema sem que pareça forçado. Chame-me de inocente, mas me fisgou com o idealismo honorável do Javali.

    Compreensão geral: o ambiente criado lembrou-me “João e Maria”, mas com um toque mais medonho ao mergulhar no Entremundos. Aliás, fiquei tentado a conhecer mais sobre esse lugar, havia potencial a ser explorado nele, é uma pena que não sobrou espaço para descrevê-lo melhor. Por outro lado, o final me desapontou um pouco – mais especificamente no momento em que todos saem de mãos dadas da clareira, tive a impressão de que isso quebrou a tensão do recente sacrifício. Sim, é uma fábula, mas…

    Parabéns e boa sorte.

    • Gegê Márquez
      22 de junho de 2017

      Oi Wender, que bom que gostou!! O mundo precisa de mais inocentes que apreciem histórias de idealismo honorável.Obrigada pelo comentário.

  6. Thiago de Melo
    22 de junho de 2017

    Olá, Gegê,
    Parabéns pelo seu conto. A adequação ao tema está bastante clara e achei bastante criativa a forma que você encontrou para chegar à cena da foto do nosso desafio. Confesso que, como eu sabia qual era a imagem tema do desafio, senti que a escolha de um javali como “sangue inocente” a ser sacrificado ficou um pouco forçada. Acho que tenho dificuldade de associar um javali grande, com presas compridas, à imagem de uma alma inocente a ser sacrificada (e mais, voluntariamente).
    Fora esse detalhe, gostei também do final. Achei muito emocionante.
    É uma boa história e bastante criativa. Parabéns!
    Abraço

    • Gegê Márquez
      22 de junho de 2017

      Obrigada Thiago, fico feliz que tenha gostado e achado emocionante!

  7. Felipe Moreira
    20 de junho de 2017

    Um conto de fantasia, um gênero que aprecio muito, que poderia ser melhor se coubesse dentro dos limites do desafio. Digo isso porque uma história de fantasia demanda texto para imersão no universo apresentado. Quando a gente começa a ler um texto de fantasia, tudo é novo. No ponto em que me dei conta de um javali falante, pareceu abrupto. Se a referência for da Amaranta de Cem Anos, acho que ficou interessante. Um tanto criativo, sobretudo por se utilizar a ideia do misto. O texto é bem juvenil, e bem escrito mesmo. Amaranta é a personagem mais carismática, sem dúvida.

    Poderia criar um romance com essa premissa.

    Parabéns e boa sorte, Gabo, digo, Gegê. Abraço.

    • Gegê Márquez
      20 de junho de 2017

      Oi Felipe, fico feliz que tenha gostado do texto e da minha Amaranta, ela abriu uma fenda em Macondo e foi parar na minha estória… kkk estou pensando seriamente em um romance mesmo… quem sabe??

  8. Sabrina Dalbelo
    20 de junho de 2017

    Olá autor(a),
    Quer saber? Gostei!
    A linguagem é simples, inocente e tudo é bem contado.
    É um belo conto de fadas. Eu leria ele aos meus filhos. E acho que eles iriam gostar.
    Nosso desafio aqui era o de amoldar a figura da foto a uma história criativa. E tu conseguiu.
    O final, com a morte do javali, não era esperado. Veja que as palavras que o distinguiam: bravo e corajoso, deram a ideia de que ele lutaria, talvez, mas não que se sacrificaria pelos filhos do homem.
    E esse homem, hein!? Quanta fraqueza! Ficou bem claro isso.
    Em contos de fadas não é imprescindível saber detalhes sobre o antes e o depois. É a história agora, com o seu “moral” que importa.
    Daí que de onde vinham os homem e o javali não nos interessa.
    Grande abraço,

    • Gegê Márquez
      20 de junho de 2017

      Oi Sabrina, que bom que você gostou!!! É preciso ter mais coragem para se sacrificar do que para lutar né, que bom que você notou isso!

  9. Raian Moreira
    20 de junho de 2017

    Um javali honrado e corajoso ? que coisa rapaz.
    Um conto épico e tocante, que poderia ser roteiro de filme de seção da tarde. Nunca imaginei um conto de fadas no desafio.
    “Todos de mãos dadas foram caminhando pela mata, só com a luz da lua para guiá-los. Passariam a noite na cabana e pela manhã começariam a jornada para casa.” – Simplesmente de encher os olhos, imaginando um musica feliz que toca o coração; Ponto para o javali falante que se sacrificou para que o homem pudesse recuperar seus filhos.
    Boa sorte.

    • Gegê Márquez
      20 de junho de 2017

      Oi Raian, que bom que gostou do meu “conto de fadas”… kkk obrigada pelo comentário simpático!!

  10. Bia Machado
    18 de junho de 2017

    Desenvolvimento: O conto teve um bom desenvolvimento, consegui ler de uma vez só, sem me apressar ou perder o foco em algum momento. Foi bacana esse estranhamento do começo: “Ei, um javali falante!” Muito bacana mesmo. E Amaranta é do livro do Gegê mesmo, rs. Acho que você acabou tornando a sua e a do Gegê bem parecidas, aliás. Eu não sei como foi a questão de lidar com as duas mil palavras, mas senti só a falta de um maior desenvolvimento no relato do passado e também quando o encanto se desfez, faltou um pouco de emoção nessa parte, já que é tão importante… Mas ei, é uma ideia que daria um livro, hã?

    Personagens: Gostei, me cativaram. Fiquei triste pelo javali… =/ E desculpe, acabei lembrando do Schindler quando li aquela frase de “quem salva uma vida salva o mundo inteiro”, não pude evitar! Talvez devesse ser dito de outra forma. Apesar de me cativarem, acho que faltou aprofundar um pouco, talvez com um pouco mais de cuidado nos diálogos, alguns senti de forma meio rasa.

    Emoção: Gostei. Não sou muito fã de histórias de fantasia, no geral, são as que menos procuro para descansar a cabeça, digamos. Mas eu leria um texto maior sobre o que aconteceu antes, de onde veio o javali, como ele foi pego, por que justo ele etc., etc…. Altas conjecturas!

    Tema: Está bem adequado, agora verei a imagem e me lembrarei dele naquele javali.

    Gramática: Precisa de uma boa revisão na pontuação principalmente, no uso dos porquês, então… Mãos à obra!

    • Gegê Márquez
      18 de junho de 2017

      Oi Bia, felicidade ler seu comentário… 😀
      Só você notou o meu pseudônimo e a Amaranta, eu queria mesmo deixar as duas parecidas. Admito que colei a frase do Schindler mesmo… deveria ter modificado né… Que bom que gostou, quando eu terminar o livro, que nem comecei ainda, ficarei feliz que você leia.

  11. Iris Franco
    18 de junho de 2017

    Oi, tudo bem?

    A hora que olhei o começo do parágrafo pensei: meu deus, mais uma história de um mundo que não existe! Odeio Senhor dos Anéis…

    MAS, SEU CONTO ME SURPREENDEU.

    Fiquei muito interessa, foi muito bom mesmo.

    Você escreve muito bem!

    Uma das coisas que mais gostei no texto foi o fato de você ter colocado a perspectiva das personagens. A irmã queria o que o irmão tem. O irmão não queria nada do que tinha, CULPA OS OUTROS pelo que aconteceu e só passou a dar valor quando perdeu.

    Você tem uma sensibilidade muito grande para analisar o ser humano, acredito que deve ser difícil o seu dia-a-dia, porque denotei uma capacidade de percepção de mundo diferenciada.

    Mas, aqui estão minhas críticas:

    – O começo do texto é o doce mais gostoso da doceria. Se você não cativar o leitor no começo, ele não vai querer ler o restante. Este começo em forma de poema, não gostei. Faltou um pouco de suspense no começo. Mas claro, têm pessoas que gostam, isso é uma opinião extremamente subjetiva;

    – Há erros com vírgula (quem não tem?);

    – Não gostei muito do final. Não sei se é porque estou revoltada pelo fato do porco ter se sacrificado por algo que não fez ou porque acho que deveria ter um fim diferente.

    Por fim, acho que é o uma história para um livro, deveria investir.

    Bom, é isso, boa sorte! 🙂

    • Gegê Márquez
      18 de junho de 2017

      Oi Iris, fiquei muito feliz com o seu comentário, feliz mesmo!! Obrigada!
      Vou arrumar as vírgulas… kkk ( não são o meu forte mesmo), estou pensando sériamente em transformar essa estória em livro, vários colegas apontaram isso…

      • Iris Franco
        18 de junho de 2017

        Olha Gegê Márquez, eu não sei como funciona o site porque não pesquisei profundamente, mas dá uma olhada no Clube do Autor.

        Se você pretende lançar um livro, acredito que lá é um bom começo.

        Boa sorte no desafio!

  12. Andreza Araujo
    15 de junho de 2017

    Uma fantasia bem pensada, com uma trama misteriosa que é revelada aos poucos. Ponto para o javali falante que se sacrificou para que o homem pudesse recuperar seus filhos, não conhecemos aquele mundo das criaturas a fundo mas deu a entender que não foi fácil achar uma criatura inocente que acompanhasse o homem por livre vontade, sabendo o fim que lhe aguardava, então esse javali me cativou um pouco, embora ele, enquanto personagem, tenha se mostrado até passivo demais!

    Ponto negativo para a rápida história do passado (o sequestro). Apenas um parágrafo para descrever o que houve, ficou muito cru, não deu pra gente se emocionar com tão poucas palavras ou ver isto refletido no homem, então acabou ficando um pouco forçado. Ou seja, gostaria de ver esse trecho do passado mais desenvolvido, entender melhor como eram e o que são os mistos (inclusive com aspectos físicos), conhecer mais criatura deste mundo também me passou pela cabeça (mas aqui cito apenas como curiosidade de minha parte).

    Enfim, um ótimo texto que dá pano pra manga, acho que merece. Obs: vi que errou mais de uma vez o uso de vírgulas em vocativos, dá uma lidinha caso não tenha sido apenas uma mosca comida Abraços!

    • Gegê Márquez
      15 de junho de 2017

      Oi Andreza, obrigada pelo comentário. Que bom que você gostou, estou pensando mesmo em desenvolver melhor essa estória. Valeu pelo incentivo.

  13. M. A. Thompson
    15 de junho de 2017

    Olá!

    Usarei o padrão de avaliação sugerido pelo EntreContos, assim garanto o mesmo critério para todos:

    * Adequação ao tema: muito boa.

    * Qualidade da escrita (gramática, pontuação): nada que atrapalhasse a leitura.

    * Desenvolvimento de personagens, qualidade literária (figuras de linguagem, descrições, diálogos): ótimos.

    * Enredo (coerência, criatividade): muito bom, parabéns. Mas um conto que parece capítulo de um livro que vale a pena ser lido.

    De modo geral foi um conto muito bom e valeu a leitura.

    Parabéns e boa sorte no Desafio!

    • Gegê Márquez
      15 de junho de 2017

      Oi M.A, obrigada pelo comentário, fico feliz que tenha te agradado, quando eu aumentar essa estória faria muito gosto que você lesse.

  14. Cilas Medi
    13 de junho de 2017

    Um conto muito criativo, uma fábula na verdade, de fácil leitura e com precisão no início do suspense até a conclusão. No coração do que é considerado fera, existe o sacrifício generoso.
    Precisa verificar o corretor ortográfico porque tranquilidade ainda está com trema. Transitivo direto: por (pôr) do sol.

    • Gegê Márquez
      13 de junho de 2017

      Oi Cilas, obrigada pelo comentário, fico feliz que tenha gostado. Vou verificar o corretor, ele está ultrapassado mesmo.

  15. Fil Felix
    13 de junho de 2017

    Geralmente há um impasse em contos mais fantásticos com um limite baixo de palavras, por se parecer um “capítulo”. Talvez pelo costume que temos de ver grandes narrativas fantásticas, épicas. E algo menor acaba dando esse estranhamento. Mas o engraçado é que essas características são típicas de fábulas, que são curtas, fantásticas e não nos perguntamos tanto de onde vem cada coisa ou o quê, o autor só precisa abrir a porta pro leitor entrar na magia. E aqui isso funcionou muito bem, porque tem ares de fábula. Quer dizer, javali falando, bosques com cabanas escondidas, criaturas de outros lugares? Tudo já bem fixado em nosso imaginário. E todo esse contexto foi bem trabalhado pelo autor, a questão das fendas, dos motivos que levaram o protagonista a fazer o que fez, todas as descrições estão boas, principalmente o “flashback” com a matança. A grande questão levantada é sobre matar um inocente em nome de salvar outros, o famoso cobrir um santo descobrindo outro. Por ser um conto interessante, acho que esse ponto poderia ser melhor explorado, já que o javali se entregando de mão beijada (por mais que diga que seja de sua natureza), faz perder um pouco o drama, até porque o básico de qualquer animal é seu instinto de sobrevivência. Muito legal.

    • Gegê Márquez
      13 de junho de 2017

      Oi Fil, obrigada pelo comentário. Fiquei feliz que tenha gostado. Sobre o sacrifício do Javali… eu queria passar um simbolismo cristão, o sacrifício voluntário de um inocente para salvar outos é o pilar do cristianismo e fico espantada que tantas pessoas achem isso inverossímel.

  16. maziveblog
    13 de junho de 2017

    O autor ou autora procurou contar uma história simples de uma forma complexa. A cozinheira tem que escolher entre fazer o seu trabalho (matar o javali) e deixar-se levar por sentimentalismos.

    • maziveblog
      13 de junho de 2017

      Desculpa, acima postei um comentario errado.

      O verdadeiro: Um texto formalmente bem escrito. As minhas questões tem a ver com o conteúdo.
      1) Por que o javali? Era a única criatura com sangue puro?
      2) Tirando o sacrifício do javali, a forma como as crianças são resgatadas me parece muito fácil. Esperava alguma oposição por parte dos mistos.
      3) O que aconteceu com a tal mista. Se Halden procurava a luxuria, qual era o interesse da mista? Agiu só por maldade?

      • Gegê Márquez
        13 de junho de 2017

        Oi Maziveblog, obrigada pelo comentário, respondendo suas perguntas:
        1) o javali é obviamente por causa do desafio. Na verdade no conto fala que todos os animais são inocentes, mas o Halden conseguiu que o Javali o ajudasse…
        2) Então, eu tinha planejado uma luta entre o Halden e o Javali e os mistos, mas o lumite de palavras não permitiu.
        3) Sobre a mista, ela seduziu o Halden pelo simples prazer de seduzi-lo, e os mistos aproveitaram que havia uma família desprotegida e foram saquear, matar e sequestrar.
        Espero ter esclarecido o texto e que você tenha gostado.

  17. Fabio Baptista
    13 de junho de 2017

    Normalmente não dá muito certo a ideia de querer apresentar um mundo fantástico num conto com limite diminuto de palavras, como é o caso do presente desafio. Aqui, porém, o(a) autor(a) conseguiu ser bem-sucedido(a) nessa tarefa.

    A história é muito simples e os elementos fantásticos são coadjuvantes – na narrativa curta isso fica bacana.

    A parte técnica, com exceção a uma ou duas escorregadas nos tempos verbais e uma ou outra vírgula, ficou bem legal, passa uma aura de inocência e doçura. O sacrifício consentido do javali consegue ser triste e bonito, na medida certa.

    – Coloque a mala naquele armário Halden
    >>> armário, Halden

    – Desculpe senhora
    >>> Desculpe, senhora

    – Halden faça o favor
    >>> Halden, faça o favor
    >>>> (bom, acho que você entendeu o espírito, né? rsrs)

    – fazia dias que só comiam pão e queijo, bebiam água dos rios e comiam as frutas boas que encontravam pelo caminho.
    >>> a técnica está boa e isso aqui pode parecer procurar pelo em ovo atrás de defeito. A intenção não é essa, mas sim compartilhar algo que venho tentando fazer nos meus textos: eliminar o máximo de “que”s possível.
    >>> nessa frase, por exemplo, poderia trocar o final para: “frutas boas encontradas pelo caminho”.

    – aprendera há muito tempo a viver o presente com a intensidade de uma vida inteira
    >>> muito legal essa frase

    – Com a voz rouca de emoção ele grita
    >>> a tal escorregada pro presente

    – Entremundos
    >>> Direto eu lia Entrecontos! HAUHUAUHA

    Belo conto!

    Abraço.

    • Gegê Márquez
      13 de junho de 2017

      Oi Fábio, seu comentário foi muito instrutivo, obrigada por apontar os erros, não tinha notado a questão do tempo verbal, vou corrigir. Fiquei feliz que você tenha gostado.

  18. Givago Domingues Thimoti
    12 de junho de 2017

    Adequação ao tema proposto: Muito bem adequado
    Criatividade: Média
    Emoção: Sem dúvida nenhuma, foi um dos contos que mais me tocaram aqui. Grudei no texto do início ao fim
    Enredo: Fechadinho e muito bem desenvolvido
    Gramática: Alguns erros que seriam corrigidos por uma boa revisão.

    Parabéns!

    • Gegê Márquez
      12 de junho de 2017

      Oi Givago, gostei demais do seu comentário, obrigada!

  19. Leo Jardim
    12 de junho de 2017

    O Resgate (Gegê Márquez)

    Minhas impressões de cada aspecto do conto:

    📜 Trama (⭐⭐⭐▫▫): ela é fechada e redondinha, me pareceu que foi criada em cima de uma ambientação já existente. Não conhecer os termos não atrapalhou muito, mas deixou uma sensação de ser uma história dentro de outra maior. Acabei sem entender, também, as motivações do javali. O instinto primitivo mais básico dos seres vivos é a sobrevivência e acho difícil um animal (mesmo um que fala e é bastante educado) aceitar a morte assim. E é aí que entra a lacuna na ambientação: num mundo onde animais falam, eles podem ser também altruístas?

    📝 Técnica (⭐⭐⭐⭐▫): muito boa, sem erros, narrativa muito eficiente e compreensível, mesmo nas partes mais fantásticas. Todas as boas imagens ilustradas no conto formaram em minha mente.

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): existe um mundo bem criativo neste conto, mas vimos apenas uma pedaço de sua superfície.

    🎯 Tema (⭐⭐): está adequado.

    🎭 Impacto (⭐⭐▫▫▫): o final é bonito e feliz, mas sem grande impacto. A morte do javali, que poderia trazer algum, acabou ficando sem grande carga dramática. O resgate das crianças também acabou sendo muito rápido. E, repetindo: não conhecer a ambientação atrapalhou a entender o que eles estavam vivendo.

    • Gegê Márquez
      12 de junho de 2017

      Oi Leo, gostei da sua avaliação, obrigada. Escrevi essa estória para esse desafio, ela não faz parte de nada maior, ainda, mas como vários colegas tiveram essa impressão, deduso que ela pode render mais do que eu imaginei. Estou querendo levá-la adiante para ver o que dá…

  20. Lucas F. Maziero (@lfmlucas)
    10 de junho de 2017

    Conto criativo. Com que então se abrem fendas para mundos sortidos!
    Como seria essa mulher mista que habita o Entremundos? E o mundo onde Halden, Amaranta e o javali, qual seria? E qual o mundo para o qual eles precisavam encontrar o caminho de volta? Seria o nosso? São perguntas que ficaram sem resposta. E a candura do javali ao se deixar sacrificar, só mesmo um que fala para apresentar tal submissão! Como, bastou sacrificá-lo para os filhos se materializarem? Creio que ficaria melhor uma breve explicação — um motivo que seja, para o conto ter mais coerência.

    Sobre a escrita: Em alguns parágrafos, a pontuação está incorreta e, em outros, ela não aparece onde deveria (vírgulas).

    No entanto, por ser um conto singelo, gostei.

    Parabéns!

    • Gegê Márquez
      10 de junho de 2017

      Oi Lucas, você tem muitas perguntas… Em um conto, a maior parte da estória fica por conta dá imaginação do leitor, acho divertido isso…
      Quem sabe eu tente escrever um livro com essa estória, quando ficar pronto, se quiser ler, ficarei feliz.

  21. Evandro Furtado
    10 de junho de 2017

    Olá, autor. Sigamos com a avaliação. Trarei três aspectos que considero essenciais para o conto: Elementos de gênero (em que gênero literário o conto de encaixa e como ele trabalha/transgride/satiriza ele), Conteúdo (a história em si e como ela é construída) e Forma (a narrativa, a linguagem utilizada).

    EG: Tenho a teoria de que a fantasia clássica é o gênero menos indicado para se inserir dentro de um conto. Ela precisa de um desenvolvimento profundo de ambientação e de personagens. Para isso, descrições extremamente detalhadas são necessárias, e, em um curto espaço, isso se torna impraticável.

    C: A história é bem estruturada, mas passa rápido. Mais uma vez fica o destaque para o gênero dentro do tipo. Uma história dessa natureza precisaria de um espaço bem maior para funcionar, com flashbacks e com desenvolvimento para o personagens. Essa é uma maneira de criar empatia para com o leitor. Aqui, o conto já começa com as crinças sequestradas. O autor até explica certos acontecimentos prévios, mas não o suficiente para que o leitor compreenda tudo que está acontecendo. Quais são as regras desse mundo? Que leis regem ele? Que tipo de pessoas vivem aqui? O que as ligam e o que as separam?

    F: A escrita, apesar de não arriscar, consegue ser competente no que se compromete. A escolha pela terceira pessoa faz todo o sentido. Os diálogos são bem estruturados.

    • Gegê Márquez
      10 de junho de 2017

      Oi Evandro, só de saber que a estória mereça uma esticada boa eu já fiquei feliz… não deu pra saber se você gostou ou não, pena… será que fiquei com um average?

  22. Victor Finkler Lachowski
    10 de junho de 2017

    Olá autor/a
    Seu conto apresentou o final de uma jornada de salvação e busca de redenção, bem original e que se adequou bem o tema da imagem.
    A narrativa flui muito bem, boa gramática, só com alguns erros de digitação.
    O enredo seguro o leitor e os personagens ganham uma certa simpatia do leitor, o final com a nobreza do javali foi bem tocante, além da carga emocional do protagonista ser muito grande e transmitir isso muito bem para quem está lendo.
    Alguns diálogos e frases ficaram muito estranhas no meio, no sentido de parecerem irreais demais, sei que é um conto fantástico, mas mesmo assim, soaram meio “novela das 8”.
    Seu conto é muito bonito e bem escrito, boa sorte no desafio e nos presenteie com mais obras,
    Abraços.

    • Gegê Márquez
      10 de junho de 2017

      Oi Victor, obrigada pelo comentário tão gentil. Se puder apontar os erros de digitação, ficarei muito grata. Novela das oito… kkkk sacanagem…

  23. Evelyn Postali
    8 de junho de 2017

    Oi, Gegê Marques,
    Gramática – Está bem escrito. De uma forma geral a escrita foi cuidadosa. Não percebi erros muito gritantes no decorrer da leitura e, esta, flui muito bem.
    Criatividade – Gostei dessa história. Ela me parece um conto de fadas, uma daquelas narrativas clássicas. Tem uma leveza bacana. Gostei da construção dos personagens. Gostei do javali falante e de sua nobreza.
    Adequação ao tema proposto – No meu entendimento ficou adequado.
    Emoção – O final é o ponto máximo da história. Ele nos comove duplamente – pelo regresso das crianças e pelo sacrifício do javali. Duas coisas que marcam mesmo esse conto.
    Enredo – Começo, meio e fim entrelaçados, e coerentes. Tudo bem dentro do tempo. Não vejo esse conto como um conto que desenvolveu mais uma das partes em detrimento de outra.
    Boa sorte no desafio!
    Abraços!

    • Gegê Márquez
      8 de junho de 2017

      Oi Evelyn, que felicidade você ter gostado do meu conto, muito obrigada. Até mais!!

  24. Marco Aurélio Saraiva
    8 de junho de 2017

    É um conto arriscado, daqueles que dariam livros.

    ===TRAMA===

    Boa, mas com a clássica sensação de que um livro inteiro foi comprimido em poucas palavras. A gama de assuntos abordados é tanta que não há como focar e desenvolver nada em específico. O resultado são personagens rasos e um ritmo acelerado demais, onde cada parágrafo joga a história muito para frente, sem preâmbulos.

    A trama me parece muitíssimo boa, cheia de imaginação. Mas ele pede muito mais espaço para respirar. Cada personagem no texto parece ter passado por uma longa jornada, que não nos é revelada.

    Por fim, o conto me lembra MUITO a trilogia Fronteiras do Universo, com direito a animais falantes e adagas que abrem portais para outros mundos.

    ===TÉCNICA===

    Sua escrita me parece um diamante em estado bruto. Há muito esmero, mas também muito ímpeto, muita correria. Suas palavras parecem pedir um pouco mais de espaço; mais tempo; mais atenção.

    O texto é simples, com uma leitura boa e fluida, mas com alguns problemas de pontuação e algumas repetições de palavras que travam um pouco a leitura.

    ===SALDO===

    Médio. Não há muita originalidade no conto, e a técnica poderia melhorar um pouco, mas, ao mesmo tempo, temos um conto completo e com uma boa história.

    • Gegê Márquez
      8 de junho de 2017

      Oi Marco, fiquei feliz com seu comentário, imagina se o conto vira livro?? Rsrsrs seria bom…
      Nunca ouvi falar da trilogia Fronteiras do universo, mas agora fiquei muito curiosa… vou ler…
      Pena que o texto não te agradou de todo… até mais!!

      • Marco Aurélio Saraiva
        9 de junho de 2017

        Poxa, leia. É meio voltado para o público jovem-adulto, mas o segundo livro da trilogia se chama A Faca Sutil, que é um artefato que “corta” dimensões e abre portais para outros mundos…hahhhahaha!

  25. Rubem Cabral
    8 de junho de 2017

    Olá, Gegê.

    Resolvi adotar um padrão de avaliação. Como sugerido pelo EntreContos. Vamos lá:

    Adequação ao tema:
    O conto tem todos os elementos da foto-tema: mala, homem encasacado, javali, corrente.

    Qualidade da escrita (gramática, pontuação):
    O conto está bem escrito, no entanto, há algumas poucas vírgulas “comidas”. Por exemplo: “– Eu prometo crianças…”, “–Vamos crianças”…

    Desenvolvimento de personagens, qualidade literária (figuras de linguagem, descrições, diálogos):
    A escrita é bem desenvolvida, os diálogos foram bons, os personagens tiveram alguma profundidade.

    Enredo (coerência, criatividade):
    Houve um tanto de excesso de “contar”, ao invés de mostrar. Ao apresentar o “mundo” e falar do histórico dos personagens, teria sido mais interessante fazê-lo de forma mais orgânica e integrada ao texto (flashbacks, por exemplo), ao invés de usar de parágrafos explicativos.

    O enredo é bom, é quase um conto de fadas. A abordagem ao tema foi bastante criativa. O personagem do javali, tão nobre, roubou a cena.

    Abraços e boa sorte no desafio.

    • Gegê Márquez
      8 de junho de 2017

      Oi Ruben, obrigada pelo comentário tão atencioso.

  26. Pedro Luna
    7 de junho de 2017

    Um bom texto, simples, que adota um tom de leveza com pitadas de seriedade, como diversas histórias de fantasia. Durante a leitura fiquei com medo que certas coisas não fossem explicadas e ficassem mais claras, como as criaturas, e as tais fendas. Mas felizmente o autor ou autora dá espaço no conto para desenvolver esses detalhes, exemplo: a cena final onde ocorre o sacrifício. Bom, não é meu estilo preferido, isso é verdade, mas foi uma agradável leitura.

    • Gegê Márquez
      7 de junho de 2017

      Oi Pedro, fiquei feliz que mesmo não gostando do estilo, você tenha gostado um pouco do texto. Obrigada.

  27. Olisomar Pires
    7 de junho de 2017

    1. Tema: Adequação presente.

    2. Criatividade: muito boa. Pai busca salvar seus filhos com a ajuda da irmã e do javali inocente que será imolado.

    3. Enredo: As partes se conectam muito bem. Apresentação da história, sucessão dos eventos, pré e final, bem entrelaçados. Uma boa linha.

    Os personagens estão bem construídos, inclusive o Javali em sua decisão, gostei bastante dos três elementos.

    4. Escrita: Boa. Talvez uma revisão nas construções frasais tornassem o texto mais atraente, cito alguns exemplos:

    – “O cheiro de mata CErrada SE aCEntuava ..”
    – “coMO UM só” – ”
    – É por AQUI. – Disse o homem puxando de leve a corrente que prendia o JAVALI.”
    – “não posso correr o risco de você fugir. – Eu não vou fugir..”

    E por aí vai, pequenos detalhes, pequenas repetições fonéticas, nada grave para o efeito textual, mas que geram um certo entrave, pelo menos pra mim.

    Em todo caso, é um conto que gostei, seja pela mensagem passada na figura do javali que se doa, seja porque o conto cumpre sua função de “contar”.

    5. Impacto: alto.

    • Gegê Márquez
      7 de junho de 2017

      Oi Olisomar, fiquei feliz e surpresa com seu comentário. Obrigada pela leitura e compreensão detalhada… vou dar um jeito nessas frases depois. Até mais!!

  28. Catarina
    6 de junho de 2017

    Um INÍCIO de beleza clássica e simples. Em seguida um javali falante nos joga num mundo de terror “chub” fantástico. Com a TRADUÇÃO DA IMAGEM lírica, o conto tem uma linguagem gostosa para o mundo infantil. Até a morte do javali está fofa e a mensagem linda. Mas esse estupro e assassinato da mãe, a forma adulta como foi escrito, causa estranheza. Tira a possibilidade de mostrar para uma criança de 7 anos. Mas os contos de fadas sempre foram cruéis, né? Tudo bem, o lobo mal comeu a vovozinha, mas não “violentada e assassinada” e “os soldados mistos abusavam dela, suas facas pontiagudas rasgando a pele”. Substituir algumas palavras é só uma sugestão.
    EFEITO sorvete na calçada, balão perdido no céu, pipa cortada com cerol.

    • Gegê Márquez
      6 de junho de 2017

      Oi Catarina, obrigada pelo comentário, mas não consegui entender se você acabou gostando ou não… e o que quer dizer “chub”?

    • Gegê Márquez
      6 de junho de 2017

      Ah, esqueci de falar… nunca passou pela minha cabeça que o texto pudesse ser infantil, pensei mais em fantasia mesmo, não em contos de fada… mas a acho que errei a mão né.

      • Anorkinda Neide
        7 de junho de 2017

        Eita, vc é novato por aqui? nao sabe o q é chub? 🙂

      • Neusa Maria Fontolan
        7 de junho de 2017

        Kinda, para de enrolar e explica logo pra ela (ele) o que é um chub.

      • Gegê Márquez
        7 de junho de 2017

        Kkkk pior que não sei mesmo…. alguém me explica??

    • Neusa Maria Fontolan
      8 de junho de 2017

      Já que a Kinda não fala, falo eu. Chub é personagem de um conto da Anorkinda, de tão fofo ele virou mascote aqui do entrecontos.

      Os chubs (Anorkinda Neide)

      • Gegê Márquez
        8 de junho de 2017

        Obrigada Neusa, vou ler o conto, mas já gostei dessa palavra…kkk

  29. Brian Oliveira Lancaster
    6 de junho de 2017

    EGO (Essência, Gosto, Organização)
    E: Texto com ar de fábula bem interessante. Consegue ser sombrio e leve ao mesmo tempo. A figura do aviador apareceu pouco, mas o javali está bem presente. Só acho que ele não aceitaria ser sacrificado tão facilmente. Poderia existir algo em troca ou um objetivo maior para ele, ou até uma recusa temporária – ficaria mais “realista”, por assim dizer.
    G: Um enredo singelo, mas não senti tanta emoção como gostaria. A história passada do protagonista, se colocada em primeiro plano, talvez trouxesse melhor conexão. A história cativa, mas ficou muito “vamos do ponto A ao ponto B”. Gostaria de ver as consequências daquele ato. Abrir um portal para outro mundo sempre gera alguma ação contrária (lei da causa/efeito).
    O: Está bem escrito, com um ar infantil embutido, apesar de certas passagens mórbidas. As sensações compensam.

    • Gegê Márquez
      6 de junho de 2017

      Oi Brian, ninguém engoliu o fato do javali ter se entregado voluntáriamente e sem pedir nada em troca, nem o Halden, deixei bem claro isso no texto, mas foi exatamente assim que eu queria que fosse. O Cordeiro foi trocado pelo Javali. Obrigada pelo comentário, pena que o texto não te agradou muito.

  30. Elisa Ribeiro
    5 de junho de 2017

    Olá Gegê. Um adorável conto de fantasia com javali falante, casa na floresta, mundos paralelos e criancinhas que voltam para casa. Foi uma leitura agradável que atravessei sem qualquer entrave. O enredo é simples, mas está bem estruturado, os personagens ficaram meio esquemáticos, mas como se trata de um conto de fadas, tudo bem, o desfecho com final feliz combinou com a história. Destaco positivamente as descrições dos elementos fantásticos. Limitaram-se ao essencial para o entendimento do enredo sem estenderem-se em muitos detalhes. Vi um ou outro probleminha de revisão, nada que comprometa. Uma história agradável e despretenciosa que refrescou esse desafio. Parabéns! Abraço.

    • Gegê Márquez
      6 de junho de 2017

      Oi Elisa, que bom que pude refrescar o desafio pra você, fico feliz!!

  31. Afonso Elva
    5 de junho de 2017

    Bela história! Cheia de fantasia e leveza (o que é um grande mérito, afina, temos o sacrifício de um inocente). Parabenizo o autor também pelo desprendimento, gosto de textos assim, sem pretensão, sem muitos “Por que?”, só uma passagem em um mundo que, apesar de novo, é facilmente reconhecível (e momento nenhum senti qualquer estranheza). 🙂
    Forte abraço

    • Gegê Márquez
      5 de junho de 2017

      Oi Afonso, fiquei muito feliz com seu comentário, obrigada!!!

  32. Fernando Cyrino
    4 de junho de 2017

    Estarei diante de um conto “narnianesco”, Gegê? Encontro dentro da sua história um simbolismo cristão (tão presente na obra de Lewis) do resgate a ser pago pelo sangue do inocente. Gostei dessas suas referências. O conto está muito bem escrito, tudo muito certinho. Mas confesso que senti falta de uma pegada mais forte, sabe? não no final com o sacrifício, mas na história como um todo. Faltou uma tensão maior no meu modo de ver. De repente esperava mais do Javali, será? Mesmo assim reitero, bacana o conto, gostei e está tudo bem bacaninha. Abraços

    • Gegê Márquez
      4 de junho de 2017

      Oi Fernando, fiquei feliz de você ter reconhecido o simbolismo cristão, queria poder escrever mais como o Lewis, quem sabe no futuro… obrigada pelo comentário!

  33. Sick Mind
    2 de junho de 2017

    Quase uma fábula. Leitura agradável, poucos personagens e pouco aprofundamento também, que deu um certo ar infanto-juvenil a obra. As explicações sobre como funciona o universo criado podiam ter sido entregues com mais sutileza.
    Tem alguns erros espalhados pelo conto, mas eles não me incomodaram. O que me incomodou foram verbos colocados em sequência nessas duas frases:

    “Halden soltou a corrente, relutante, bufando e resmungando.”

    “…enquanto mãos asquerosas apalpavam, arranhavam e dilaceravam o seu corpo.”

    O primeiro parágrafo podia ser eliminado sem perda alguma para o conto e toda sua indicação do clima, distribuído pela caminhada e nos diálogos do javali e Halden.

    • Gegê Márquez
      2 de junho de 2017

      Oi Sick Mind, agradeço a leitura e comentário. Vou arrumar as frases que apontou.

  34. Gustavo Castro Araujo
    2 de junho de 2017

    Um conto despretensioso, leve, fluido e fácil. Uma fábula bem montada, que tem a singular qualidade de não apresentar uma lição de moral. Posso me imaginar lendo essa historinha para a minha filha mais velha. Tenho certeza de que ela irá gostar. Temos mocinhos, temos bandidos, temos sacrifícios, temos amizade e resignação. Tudo o que compõe os bons contos de fadas – ou mesmo o universo de fantasia infanto-juvenil – está aqui. Dentro do que se propõe, o texto é muito bom. Parabéns!

    • Gegê Márquez
      2 de junho de 2017

      Oi Gustavo, fiquei contente com o seu comentário, depois me diz o que sua filha achou do conto. 😉

  35. Claudia Roberta Angst
    2 de junho de 2017

    Olá, autor, tudo bem?

    O título do conto é curto e só dá uma dica sobre o que pode vir a seguir.
    O tema proposto pelo desafio foi abordado: homem, javali e mala.
    Um conto de fadas, fantasia logo no começo e eu tive de me adaptar à imagem de um javali falando e se oferecendo em sacrifício para resgatar as crianças. Só o sangue de um inocente (no lugar de um cordeiro) em troca das três vidas também inocentes.
    Pouca coisa escapou à revisão e já apontada pelos colegas. Nada que atrapalhe a leitura ou tire o interesse do texto. Ritmo constante e sem entraves. Narrativa simples, singela, sem grandes reviravoltas. Lembrei-me do tempo em que lia contos dos irmãos Grimm.
    Boa sorte!

    • Gegê Márquez
      2 de junho de 2017

      Oi Cláudia, obrigada pela leitura e comentário. Fico feliz que tenha gostado.

  36. juliana calafange da costa ribeiro
    2 de junho de 2017

    Historinha singela para o público infanto-juvenil. É uma boa fábula, ainda que muito simplesinha e previsível. O texto é bom, fluido, a gente consegue acompanhar bem a trama, mas não a gente não chega a se envolver com os personagens, que são muito superficiais. Vc descreve bem as situações, o leitor consegue “visualizar” bem o conto, é como se estivéssemos assistindo um curta-metragem da Disney. O final é o clássico happy end, só faltou subirem os créditos. Precisa de uma revisão, tem uns poucos errinhos, nada que comprometa. Boa sorte!

    • Gegê Márquez
      2 de junho de 2017

      Oi Juliana, obrigada pela leitura e comentário.

  37. Fátima Heluany AntunesNogueira
    2 de junho de 2017

    Narrativa de fantasia infanto-juvenil, estruturada em linguagem quase coloquial, a que me pareceu faltar uma introdução.Boa ambientação, leitura fluida e agradável.

    O texto pede uma revisão nas vírgulas, nas repetições de palavras, no uso do “por que/ porque” e na mistura de tratamento, verbos e pronomes (tu/você — segunda e terceira pessoas gramaticais). Nada que o desvalorize. É trabalho muito bom, pois é difícil, neste gênero manter a coerência interna da rede de figuras, tornando o texto verossímil e aqui se conseguiu, exceto, em parte, pela docilidade exagerada do javali, para quem o desfecho foi cruel.

    Parabéns pela participação. Abraços.

    • Gegê Márquez
      2 de junho de 2017

      Oi Fátima, agradeço a leitura e comentário tão detalhado.

  38. Antonio Stegues Batista
    2 de junho de 2017

    História muito simples, num mundo em que os javalis falam, ele simplesmente se oferece, sem mais nem menos, a um sacrifício para resgatar os filhos do homem de um outro mundo, me parece que são 3. Achei história sem grandes pretensões, para um público leitor infanto/juvenil.Os personagens são bons, a escrita é boa mas os motivos me pareceram absurdos.

    • Gegê Márquez
      2 de junho de 2017

      Oi Antônio, agradeço a leitura.

  39. Iolandinha Pinheiro
    2 de junho de 2017

    Um conto de fantasia, um javali que se auto imola, um homem cheio de culpa, uma feiticeira, crianças sequestradas. Um conto diferente do que eu pensava encontrar aqui. A leitura tem fluidez, não vi problemas gramaticais, o texto não enche a história de detalhes que jamais entenderemos, mesmo com a presença de um entremundos, das criaturas e dos mistos, deu para compreender tudo sem esforço. A adequação ao tema foi feita e o javali ainda falava. Gostei. Só esperei uma batalha cruel para o resgate das crianças, mas a solução veio rápida. O desfecho também foi simples, sem impacto. Mas é um conto honesto que tem o seu valor. Um abraço e boa sorte.

    • Gegê Márquez
      2 de junho de 2017

      Oi Iolandinha, agradeço o comentário e fico feliz que tenha gostado.

  40. Roselaine Hahn
    31 de maio de 2017

    Olá Gegê, um Entremundos no Entrecontos, um misto de Nárnia Javalês, muito bom. Gostei bastante do retrato puro e inocente do javali, as minhas suspeitas se confirmaram no sacrifício dele, acho que os humanos deveriam se espelhar nos javalis, pois ele sabia “há muito tempo a viver o presente com a intensidade de uma vida inteira”, lembrei do best-seller O poder do Agora, do Eckhart Tolle, rsrs. Gostei muito do seu conto, bem contado, me envolvei completamente com a leitura, a trama e o suspense que foram num crescendo, o único “apenas” que ressalvo é a solução do conflito no final, foi muito rápido, do tipo “e viveram felizes para sempre”. No mais, nada a declarar, só coisas boas. Sucesso aí. Abçs.

    • Gegê Márquez
      31 de maio de 2017

      Oi Roselaine, seu comentário me deixou muito feliz. Obrigada!!

  41. Jowilton Amaral da Costa
    29 de maio de 2017

    Achei o conto médio. Este estilo de fantasia, meio infanto-juvenil, não me agrada muito. Achei a narrativa com pouca densidade, já que se tratava da história de um homem que se culpava pela morte brutal da mulher e do sequestro dos três filhos. O final feliz me agradou ainda menos, não me leve a mal. Mas, está bem escrito, não percebi erros e com certeza terá muitos leitores que gostarão. Boa sorte.

    • Gegê Márquez
      29 de maio de 2017

      Não levarei a mal Jowilton, gosto não se discute, obrigada pela sinceridade!

  42. Luis Guilherme
    29 de maio de 2017

    Olá, amigo, tudo bão por aí?

    Que belezinha, primeira fábula/fantasia que leio nesse desafio.

    Vamos lá: gostei e não gostei.
    Gostei pq a história é singela e tem uma bela mensagem.
    Não gostei pq achei que faltou profundidade no enredo. Sei lá, a situação só vai fluindo muito rápido e sem um trabalho melhor dos acontecimentos.

    O ponto alto do conto pra mim é a mensagem transmitida, em especial no trecho:

    “– Você não precisa entender, só aceitar. Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro. Estou salvando três mundos, afinal. Quer seus filhos de volta? Então faça isso agora!”

    “Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro”. Que mensagem maravilhosa e empoderadora! Concordo plenamente, e procuro viver minha vive com esse pensamento. Parabéns pela sensibilidade.

    Gostaria de apontar, também, que existem vários problemas com a pontuação do conto, principalmente com a vírgula. Não é algo que influencie na nota nem nada, mas vale a pena dar uma conferida nisso, pois valoriza ainda mais o texto.

    Parabéns e boa sorte!

    • Gegê Márquez
      29 de maio de 2017

      Oi Luis, que bom que gostou e pena que não gostou… acontece… verificarei as vírgulas.

      • Luis Guilherme
        29 de maio de 2017

        O gostei foi maior que o não gostei, principalmente na hora da nota 🙂

    • Gegê Márquez
      29 de maio de 2017

      😀

  43. Neusa Maria Fontolan
    28 de maio de 2017

    Uma fábula gostosa de ler, mas achei que tudo aconteceu muito fácil… O javali aceitou a sua morte rápido demais, tinha que ter um envolvimento maior nessa parte.
    Mas enfim, não deixa de ser um bom conto e bem escrito
    Parabéns
    um abraço.

    • Gegê Márquez
      28 de maio de 2017

      Oi Neusa obrigada pela leitura e comentário.

  44. Jorge Santos
    28 de maio de 2017

    A leitura deste conto choca o leitor menos preparado. Os diálogos são demasiadamente coloquiais, como se se tratasse de um simples passeio de um homem e o seu javali falante. O desfecho é especialmente brutal – quase uma alegoria para uma cena da Paixão de Cristo, quando voluntariamente se entregou para sofrer a morte. Neste caso, não está em causa a salvação da humanidade, mas de uma família (e, através dela, três mundos, conforme indica o autor, mas sem conseguir ser convincente). A existência de três mundos explica o facto de o javali falar – o conto é passado no mundo das criaturas. O conto é bastante coerente, ao contrário de muitos contos que têm aparecido neste desafio. A linguagem é eficaz, com a excepção do excesso de coloquialidade nos diálogos e na calma com que o animal enfrenta a morte. Por muito resoluto que fosse no seu auto-sacrifício, preferia sentir uma maior tensão para dar uma maior credibilidade ao conto.

    • Gegê Márquez
      28 de maio de 2017

      Oi Jorge, obrigada pela sua análise e apontamentos.

    • Gilson Raimundo
      1 de junho de 2017

      Em se tratando de um gênero que gosto bastante, o conto preencheu todos os requisitos. Teve uma pegada estilo Philip Pullman, um dos filhos poderia até ser a pequena Lyra que tenta encontrar seu pai. Uma coisa que não gosto é o uso dos nomes esquisitos usados para causar impacto, Halden e Amaranta é forçoso, procure usar nomes que fogem das regrinhas fantásticas estabelecidas, tem tantos nomes bacana se e universais para serem usados.

      • Gegê Márquez
        1 de junho de 2017

        Oi Gilson, obrigada pelo comentário, pena que não gostou dos nomes… usei Amaranta em homenagem a Cem anos de Solidão, que gosto muito e achei que Halden combinaria com o conto…

  45. Ricardo Gnecco Falco
    27 de maio de 2017

    Olá autor/autora! 🙂
    Obrigado por me presentear com a sua criação,
    permitindo-me ampliar meus horizontes literários e,
    assim, favorecendo meu próprio crescimento enquanto
    criativa criatura criadora! Gratidão! 😉
    Seguindo a sugestão de nosso Anfitrião, moderador e
    administrador deste Certame, avaliarei seu trabalho — e
    todos os demais — conforme o mesmo padrão, que segue
    abaixo, ao final.
    Desde já, desejo-lhe boa sorte no Desafio e um longo e
    próspero caminhar nesta prazerosa ‘labuta’ que é a arte
    da escrita!

    Grande abraço,

    Paz e Bem!

    *************************************************
    Avaliação da Obra:

    – GRAMÁTICA
    Não encontrei nada que me fizesse empacar na leitura.

    – CRIATIVIDADE
    Muito boa. Textos de fantasia são sempre gostosos de imaginar, pois permitem ao leitor dar vida e também criar um mundo todo ao redor da história que lhe é narrada. Geralmente, quando temos uma história de fantasia que envolve animais falantes, nos deparamos com o que se denomina ‘Fábula’. E o seu conto me pareceu fugir deste conceito, pois não se utilizou de outra característica marcante nas fábulas: a lição, ou moral da história. Você deixou tudo bastante aberto e isso foi inovador. Legal.

    – ADEQUAÇÃO AO TEMA PROPOSTO
    Em parte, pois não consegui visualizar a figura que serviu como tema do Certame.

    – EMOÇÃO
    Mediana. Penso que faltou um pouquinho mais de emoção no momento, principalmente, do martírio do javali.

    – ENREDO
    Pai de família, salvo por sua irmã de uma espiral de autodestruição, parte para uma realidade paralela junto da mesma em busca de reparação para um erro cometido que lhe custou a vida de sua esposa e o sequestro de seus três filhos, conseguindo reaver estes ao final.

    *************************************************

    • Gegê Márquez
      27 de maio de 2017

      Oi Ricardo, obrigada pela avaliação tão detalhada. Sobre a adequação a imagem, acho que você não prestou atenção ao segundo parágrafo, está tudo lá, homem, javali, mala, corrente…

      • Ricardo Gnecco Falco
        28 de maio de 2017

        Tens razão, Gegê. Li novamente e encontrei a cena perdida (por mim). Peço-lhe desculpas.
        Boa sorte! 😉

  46. Vitor De Lerbo
    27 de maio de 2017

    Uma fantasia bem trabalhada, sem descrições muito longas como muitas histórias nesse estilo costumam ter – o que nem seria possível por conta do nosso limite de palavras.

    Os três personagens são fortes, com características distintas. A história é bem contada e o final, mesmo que não gere nenhum tipo de surpresa, é agradável.

    Boa sorte!

    • Gegê Márquez
      27 de maio de 2017

      Oi Vitor, que bom que gostou. Fico feliz!

  47. Milton Meier Junior
    25 de maio de 2017

    Ótimo conto de fantasia. Deixa várias coisas em aberto, mas nada que tire o interesse da história. Muito bem escrito, leitura fluida e fácil, bons diálogos. parabéns!

    • Gegê Márquez
      25 de maio de 2017

      Oi Milton, que bom que o meu conto caiu no seu gosto. Obrigada!

  48. Ana Monteiro
    24 de maio de 2017

    Olá Gegê. Normalmente começo os comentários pelo que discordo ou acho menos bem. Então lá vamos: não entendi se a mãe das crianças era a tal mista, ou outra mulher que ele tenha conhecido depois. Porque se eram filhos da mista, pelo próprio texto, não deveriam sair do portal para o entremundos que é onde vivem os filhos dessas ligações. Por outro lado, se não eram filhos da mista, então parece-me que esse personagem sobra na história. Mas pode dar-se o caso de eu não ter compreendido. Agora que a parte menos boa ficou arrumada, vamos ao resto: o conto está bem escrito, lê-se bem todo de seguida, sem tropeços nem dificuldades de navegação. Tem os elementos na medida certa, embora o javali talvez peque por excesso de sabedoria. Sabe conduzir. Tem inspiração, muito bom enredo e alguma emoção. Vai ao encontro do desafio proposto. Não “sacode”, mas é bom de ler.

    • Gegê Márquez
      24 de maio de 2017

      Oi Ana, obrigada pela atenção. Vou esclarecer o texto para você…. os filhos são do Halden e da Cristiana, sua esposa, que é assassinada pelos mistos enquanto o Halden está com a mista. As crianças são sequestradas e ele então tem que resgatá-las. Espero que tenha te ajudado na compreensão.

      • Ana Monteiro
        25 de maio de 2017

        Obrigada pela resposta Gegê, não tinha conseguido perceber mesmo se elas eram uma ou duas e fiquei confusa. Agora já entendi melhor. Boa sorte.

  49. Anorkinda Neide
    24 de maio de 2017

    Que tantos tipos de javalis ainda vão aparecer por aqui, hein? Um javali-mártir!
    Num conto de fadas!
    Que lindo!
    Ganhei a noite com esta leitura.
    O texto todo redondinho, todo certinho, todo encantador.
    Os personagens todos bem demonstrados sem precisar de paragrafos descritivos, não parou para descrever as crianças nem os mistos..nossa.. ficou tudo a cargo da imaginação do leitor e vc se concentrou nos tres personagens centrais…isso é coisa de quem sabe o que tá fazendo.
    Hummmm grandes suspeitas da autoria.
    E o mais legal de tudo: Final feliz!!!!!! \o/
    Obrigada por este texto!
    Abração

    • Gegê Márquez
      24 de maio de 2017

      Oi Anorkinda, estou super feliz com seu comentário, ganhei o dia!! Aposto um milhão de reais que você errou nas suas suspeitas…kkkkk 😉

      • Anorkinda Neide
        24 de maio de 2017

        um milhao? nao posso comprar esta aposta!!! 😮

    • Gegê Márquez
      24 de maio de 2017

      Kkkkk que pena!!

  50. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    21 de maio de 2017

    Olá, Gegê,
    Tudo bem?
    A imagem do Javali parece ter inspirado muito o pessoal que gosta de escrever Fantasia. Gosto do gênero, embora pouco me aventure por ele.
    Em sua narrativa percebo que você é um poderoso contador de histórias e que o texto que apresentou para o Desafio permite que você parta para uma narrativa mais longa, se é que já não está fazendo isso. É uma história cheia de personagens ricos e mundos paralelos prontos a ser explorados.
    Gostaria de comentar com você aqui, algo que percebo em muitos contos de fantasia (falo especificamente do gênero conto). Ao escrever fantasia, o autor cria todo um universo que o leitor ainda desconhece. Por isso, muitas vezes, é preciso que se apresente a quem lê, algumas “pistas” para o entendimento do todo. Um conto é uma narrativa curta e que acaba não permitindo que o autor se alongue muito em detalhes. Mas é preciso que o leitor, seja ele conhecedor de fantasia, ou um velhinho que nunca assistiu a um filme, possa “penetrar” em seu texto para que a experiência seja completa. Em seu trabalho, senti isso na abordagem da fenda. Hoje, todos ouvimos falar em fendas no tempo, no espaço, mas um leitor mais antigo ou do futuro, talvez não o saiba. Então, não que você tenha que “explicar”, mas é preciso um algo mais para situar o leitor quanto a isso, entende? Espero que sim. Essa, afinal, é apenas a minha opinião.
    Parabéns por sua verve e boa sorte no desafio.
    Beijos
    Paula Giannini

    • Gegê Márquez
      21 de maio de 2017

      Oi Paula, obrigada pela leitura, vou levar sua sugestão em consideração, o limite realmente atrapalha um pouco as explicações necessárias… quem sabe em uma versão estendida, como sugeriu.

      • Paula Giannini - palcodapalavrablog
        23 de maio de 2017

        😀😁

  51. Marcelo Milani
    21 de maio de 2017

    Gegê que conto! Tive o prazer de ler ele escutando ” Love is a Four Letter Word” – Jason Mraz que me emergiu no conto. Malditos Mistos! Quando o javali falou eu pirei… esse mundo de fendas precisa continuar! Que outras criaturas fantásticas existem lá.

    O javali foi corajoso e honrado, mas mesmo com essas atitudes a morte não é algo tranquilo de se enfrentar. Acho que para ficar 100% redondinho deveria ter mais drama com a entrega do javali. Estrutura fluida e bem entendida. Os personagens casaram muito bem. No próximo conto eu te empresto minha espada e meu escudo. Parabéns!’

    • Gegê Márquez
      21 de maio de 2017

      Oi Marcelo, que bom que gostou. Ouvi a música que você citou e achei muito legal, pode ser a trilha sonora para a versão de cinema… kkkk

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Informação

Publicado às 20 de maio de 2017 por em Imagem - 2017 e marcado .