EntreContos

Detox Literário.

O Colecionador (Evelyn Postali)

No começo, a criatura olhou-o desconfiada, mas o cheiro da cachaça e a consciência de ser, aquilo, uma corda de tabaco, a atraiu para perto da acanhada fogueira. Jürgen Einsheart parou um segundo, receoso do gesto, mas cortou um pedaço do fumo e esticou o braço para o pequeno ser oferecendo o mantimento.

O habitante da mata desmontou do animal, apoiando-se na vara que segurava. Depois, encostou o bambu fininho na árvore. Aproximou-se. Aceitou o pedaço do vício, tomando-o para si com as duas mãos em um gesto indeciso, mas delicado, como se tivesse sido presenteado com algo valioso. Depois, sentou-se com os olhos escuros, tão escuros quanto o céu daquela mata à noite, ainda grudados no caçador, e mordeu o fumo colocando um naco na boca, mascando e sorvendo o gosto forte da erva prensada, impregnada de melaço preto.

— Fala a minha língua? — perguntou, mesmo sabendo da inutilidade. Segundo os nativos, a língua falada pela criatura era tupi arcaico, misturada com outros sons; diziam ser dos animais da floresta; a língua da natureza. Outros relatavam o poder mandingueiro a ele concedido: o de reviver as criaturas mortas por caçadores.

Não obtendo resposta, o alemão cutucou as madeiras com movimentos contidos, avivando o fogo. Ainda sentado com uma das pernas dobrada para baixo da outra, abriu a garrafa de aguardente.

— Meu nome é Einsheart — apresentou-se. Soubera na vila que ninguém jamais falara com o silvícola. — Vim de longe — tentou parecer natural. — De uma terra fria, sem esses tons de verde, mas de beleza ímpar, assim como essa mata densa. — Bebeu um gole generoso da pinga e estendeu a garrafa para o convidado.

O morador da selva cuspiu a saliva impregnada da seiva do fumo. Tomou da cana devagar. Apreciou o sabor. E, como se amigo fosse, sorriu para ele.

O estrangeiro preparara tudo com parcimônia. A pequena espingarda de um tiro e os dardos tranquilizantes jaziam ao seu lado. Por um tempo, observou o nativo. A garrafa estava pela metade quando decidiu ser a hora de fazê-lo dormir. Caberia a Frederick Triumph, o contratante daquela empreitada, o trabalho de colocar a criatura no descanso eterno.

Com um movimento discreto, Einsheart girou o corpo, tomou a arma e disparou uma vez contra a criatura, atingindo-a no ombro. O segundo dardo, habilmente carregado segundos depois, acertou-a na região do peito quando ela movia-se para longe, tentando fugir da droga.

Assim que a presa fechou os olhos, ouviu-se um estrondo no céu. Quando o corpo do silvícola tombou, seu animal de estimação e montaria deitou-se caprichoso ao seu lado, obediente, resguardando-o. O caçador parou em atenção. Um vazio de sons tomou conta de tudo. A floresta emudecera.

Pingos grossos bateram de encontro às folhagens. Ele ouviu cada batida. Primeiro devagar. Depois, num crescendo, até não haver distinção entre uma e outra, tão intensamente que provocou arrepios.

A chuva caiu sem dó, escorrendo pelos cipós e outras cordas trepadeiras quando ele ajeitou o corpo do pequeno ser dentro da grande mala. O dócil javardo deixou-se capturar e seguiu com Einsheart, levado por uma corrente.

Choveu a cântaros. O acampamento foi desfeito. A bússola e um mapa detalhado da trilha foram suficientes para guiá-lo naqueles quilômetros para fora da selva encharcada até o descampado.

Ao chegar ao avião, retirou o Caapora da mala e ajeitou-o com cuidado, prendendo-o com as correntes junto do animal na parte modificada do biplano, especialmente desenhada para transportar as mercadorias. Recarregou a arma tranquilizante e ajeitou-se na cabina com a sensação incômoda de estar cometendo um crime. Reparou o mar verde ao redor. A vegetação rasteira já invadia a pista improvisada, construída há meses para a sua vinda. O sujeito que o contratara não sabia mesmo o que fazer com tamanha fortuna.

Lembrou-se perfeitamente do dia que o mensageiro batera à porta de sua modesta casa em Berlim carregando passagens de trens e navios. O destino: a América. O contrato: uma caçada no Brasil. Até aquele momento, visitar as terras brasileiras próximas da Venezuela jamais estivera em seus planos, mesmo sendo o melhor caçador de relíquias, mas Frederick Triumph mudou isso.

 

— É uma coleção estranha e… — Olhou diretamente nos olhos do ser esverdeado com membranas nos pés e mãos atrás do vidro triplo. — Intrigante…

—Algumas foram capturadas depois de muita espera. Eu participei de quase todas as ações de capturas. Contudo, na última… — Girou a cadeira de rodas e afastou-se da enorme recipiente cilíndrico. Sinalizou ao empregado para que fossem servidos de uísque.

—O senhor já tem um grupo numeroso nessa… Galeria-museu — circulou pelos receptáculos passando os olhos nas criaturas sem conseguir deixar de encará-las. Percebeu algo díspar naquele grupo extraordinário. — O que é esse aqui?

— Um Kappa. — Aproximou bem a cadeira. Naquela posição, ficou alguns palmos mais baixo que o prisioneiro. — Capturei-o com um pepino, acredita nisso?

— E aquele? É um macaco?

— Um macaco? Ora… — O norte-americano balançou a cabeça em desaprovação. — É um exemplar de Yeh-Teh. Segundo os nepaleses, ele é o resultado do cruzamento de um macaco com uma ogra.

— Qual o propósito da coleção, Herr Frederick? — Verificou o painel de controle luminoso na base do tubo. — O que está usando para evitar o autoextermínio das células? Formol? É gás o que está usando? — notou os cilindros metálicos abaixo da base. — Ele evita o ataque de bactérias? — Voltou-se para o anfitrião. — Essas criaturas não parecem estar mortas…

Dearest Einsheart… Um milhão de dólares me parece uma soma adequada para não fazer suposições ou perguntas. — O homem dentro do terno risca de giz se voltou para ele e levantou o copo de uísque em um brinde. — À peça que falta à minha coleção.

— À peça que falta à sua coleção fantástica, senhor Triumph.

— Não se esqueça do fumo e da cachaça. Não há como trazê-lo sem isso.

— É claro.

 

É claro. Desvencilhou-se das lembranças e ligou o motor. Decolou rumo a Ciudad Bolívar. O percurso só não foi tranquilo em virtude das luzes e estrondos furiosos. A tempestade o acompanhou até a Venezuela. A rota planejada encurtou o trajeto entre o solo brasileiro e seu destino, a fronteira mexicana, com paradas estratégicas no Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Guatemala.

Aterrissou com dificuldade na pista irregular com o X5665. Três dias de voo.  Estava em Ciudad Acuña, poucos quilômetros distante da fronteira com os Estados Unidos. Antes mesmo de desligar o motor, recarregou a Walther 38. Não confiava no contratante norte-americano, apesar de ter recebido em espécie parte do pagamento. Ouvira boatos sobre as mortes dos contratados por ele, por isso, ao deixar o monomotor dobrou a atenção.

Tampouco confiou o transporte terrestre a alguém. Não viu necessidade de dopar o silvícola mais uma vez e ajeitou-o dentro da grande mala. Certificou-se de a corrente estar prendendo o pescoço do porco selvagem e seguiu com a mercadoria até a propriedade de Triumph.

Foi levado para a grande sala da mansão, aquela na qual já estivera.

My dear Einsheart!  Vejo que trouxe minha encomenda. — Apertou um dos botões do painel e o tubo gigante ejetou-se da superfície de metal. — Pode colocá-los aqui. — O homem movimentou a cadeira de rodas.

Herr Triumph.

Sus scrofa — o colecionador olhou diretamente para o pequeno e singular javali. — Teve trabalho em trazê-lo? — E, diante da resposta negativa, continuou: — Ele é, digamos, a extensão do Caapora.

— Que é uma criatura mágica. — Sentiu os olhos de Triumph sobre ele. — Andei lendo a respeito delas.

— Caro Jürgen… Posso chamá-lo assim? — Não esperou pela resposta. — Vamos ao que interessa. — Apontou para a bagagem.

Diante da urgência, o alemão deitou a mala no chão, tomando cuidado para não machucar o ser narcotizado em seu interior.

O javali continuou resignado àquela condição de prisioneiro. Muito tranquilo, deixou-se colocar em cima da base do tubo e assentou-se docilmente. Triumph aguardou a abertura da mala. Poderia, assim, entubar seus troféus.

O alemão puxou o molho de chaves do bolso interno da capa. Destravou os cadeados laterais e ergueu as presilhas.

— Não tem pena de matar essas criaturas?

A pergunta de Einsheart soou avessa, como uma ofensa. O norte-americano moveu de forma brusca a cadeira de rodas para perto da mesa de tampo metálico e abriu uma das gavetas, retirando duas ampolas cujo conteúdo amarelado cintilou contra a luz. Abeirou-se do tubo onde o javardo fora colocado e acionou um dos botões. Abriu-se um orifício na parede da base e dela saíram dois suportes com canos condutores. Triumph encaixou as ampolas.

— Estamos perdendo tempo, Mr. Einsheart. Abra a mala e coloque o Caapora junto da montaria para eu completar minha coleção — ordenou arrogante e com urgência. — O restante do pagamento estará em suas mãos assim que eu conferir a encomenda.

Einsheart separou a terceira chave e destravou o cadeado principal.

Assim que a mala foi aberta, Triumph parou extasiado com a visão da pequena criatura perfeitamente encaixada naquele espaço. O brilho dos olhos e a mudez momentânea do colecionador não deixaram dúvidas: ali se encontrava um espécime ímpar.

O caçador se agachou e passou uma das mãos por baixo do pescoço do silvícola, envolvendo o tronco com o outro braço. Nesse momento, ouviu-se um gemido discreto, um sopro saído com sofreguidão. Desconsiderando isso, Einsheart ergueu-o, tirando-o para fora da mala. Foi quando o Caapora abriu os olhos e o encarou.

O javardo, sentado, ergueu-se em um movimento ligeiro.

Com a mesma rapidez com que abriu os olhos, o silvícola agarrou-se aos braços de Einsheart, que, assustado, cambaleou de ré, em um misto de assombro e medo.

— Segure-o! Leve-o até o cilindro! Rápido! — Triumph ordenou histérico e lançou a cadeira para trás, em direção de uma mesa. — Não o largue!

Einsheart, contudo, não conseguiu agir, paralisado do susto. Viu o javali saltar da base cilíndrica em sua direção. Tentou largar o Caapora e se arrastar para perto de outro cilindro, mas o silvícola prendeu seus braços e o afrontou com o olhar. Na cabeça do caçador, aquele era um sinal de combate, de vingança pela traição.

Triumph abriu a última gaveta e retirou uma pequena espingarda. Com rapidez alimentou-a com um dardo tranquilizante. Tentando ser ágil em sua limitação, o homem girou a cadeira e apontou-a para o Caapora sem, contudo, ser bem-sucedido. O porco, até o momento, parado, saltou em sua direção abocanhando uma das pernas. A arma disparou, mas o alvo foi outro. O alemão foi atingido pelo dardo no pescoço. O corpo adormeceu rapidamente das extremidades para o tronco. Ao perder a sensibilidade nas pernas, caiu de joelhos. Os braços penderam para baixo e o Caapora saltou para longe quando o alemão despencou caindo parcialmente em cima da mala aberta.

O javardo correu para perto de seu dono e os olhos do pequeno ser brilharam ao pronunciar as palavras em tupi-guarani antigo. Nesse momento, o colecionador se deu conta do efeito inevitável. Ao usar o encantamento, o Caapora fez acordar as criaturas.

O primeiro a abrir os olhos foi o Yeh-Teh. Forte, e percebendo estar preso, urrou enraivecido e bateu de encontro ao tubo, provocando uma fissura. As pancadas subsequentes quebraram parte do tubo, deixando o gás escapar. Logo, o enorme bicho respirava em cima de seu algoz, arrancando-o da cadeira e arremessando-o de encontro a outro cilindro com força descomunal.

A cadeira de rodas, jogada a seguir, bateu contra o tubo onde o Kappa estava preso, provocando sua quebra. As outras criaturas despertas, dando-se por conta da situação, também utilizaram a força para escapar das redomas, derrubando os cilindros.

O Yeh-Teh e o Kappa saíram por primeiro, arrebentando a porta, abrindo caminho. As outras criaturas libertas seguiram depois.

Somente o Caapora e o javardo ficaram.

Aproximando-se do norte-americano, o pequeno ser da mata cutucou-o com um dos pés. Observou-o com prudência. O colecionador estava morto. Isso bastava. O Caapora montou no pequeno javali e passou próximo do alemão, ainda sob o efeito do tranquilizante. Deu uma boa olhada no caçador. Depois, contemplou a destruição merecida daquele espaço de tristeza e seguiu para fora.

O caminho era longo até as terras brasileiras, seu lar, mas ele estava livre, assim como as outras criaturas.

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115 comentários em “O Colecionador (Evelyn Postali)

  1. Lee Rodrigues
    23 de junho de 2017

    Oie, Telêmaco!

    A ideia é bem interessante, a escrita é madura, mas eu senti falta de elementos que conferem credibilidade ao texto. O início do conto me abraçou. Contudo, apesar de achar interessante a premissa, o desenvolvimento dos personagens, principalmente a do colecionador, não me comprou. As motivações se mostram rasas, não despertou em mim nenhum sentimento em relação aos personagens.

    Talvez, o limite de palavras tenha podado alguns galhos que imprimem identidade, porque criatividade se você tem.

  2. Daniel Reis
    23 de junho de 2017

    (Prezado Autor: antes dos comentários, alerto que minha análise deve se restringir aos pontos que, na minha percepção, podem ser mais trabalhados, sem intenção de passar uma crítica literária, mas uma impressão de leitor. Espero que essas observações possam ajudá-lo a se aprimorar, assim com a leitura de seu conto também me ajudou. Um grande abraço).

    O Colecionador (Telêmaco Augusto)

    ADEQUAÇÃO AO TEMA: sim, com certeza, existe.

    ASPECTOS TÉCNICOS: acho que três contos desse desafio trouxeram a temática do folclore brasileiro para resolver o enigma da imagem. Dentre eles, esse foi o que me pareceu menos “reaproveitamento” de ideias do desafio passado. Quanto à escrita, em si, acho somente que o uso do “dearest”, ou da mistura dos idiomas, me soou forçada. E que a última linha, do retorno e longo caminho, poderia ser eliminada.

    EFEITO: o autor domina as ferramentas necessárias para prender a atenção do leitor e construir imagens na imaginação. Parabéns!

    • Evelyn Postali
      24 de junho de 2017

      Oi, Daniel,
      Não. Eu não reaproveitei ideias do desafio anterior.
      Obrigada por ler e comentar.
      Até mais ver!

  3. Pedro Luna
    23 de junho de 2017

    Achei bem escrito. Uma boa leitura. Agora, o Caapora se meteu em uma roubada, heim, e tudo por causa de fumo e cachaça..kk. Muito chão no caminho de volta. Para mim, o mais interessante foi mesmo essa ideia do colecionador de criaturas, pena que tanto ele quanto o caçador soaram personagens pouco explorados, meio distantes. Mas entendi que o conto privilegia a ação, e por isso não me incomodei tanto. A cena do encantamento e seguido retorno das criaturas ficou interessante.

    • Evelyn Postali
      24 de junho de 2017

      OI, Pedro,
      Anotados, aqui, os apontamentos que fez. Vamos para a reescrita.
      Obrigada por ler e comentar.
      Até mais ver!

  4. Wilson Barros
    22 de junho de 2017

    Mais um caipora, ou Kaapow, como vi escrito em um conto delirante aqui. Dessa vez ele é bem esquisito e muito carismático, muita criatividade. Bem escrito, com ritmo e nitidez, e a famosa volta ao passado, que dá naturalidade ao conto. Esse foi o que mais sofreu, submetido ao crime da mala. A confusão toda no final dá um toque, digamos assim, heroico ao conto. Muito bom, parabéns.

  5. Wender Lemes
    22 de junho de 2017

    Olá! Para organizar melhor, dividirei minha avaliação entre aspectos técnicos (ortografia, organização, estética), aspectos subjetivos (criatividade, apelo emocional) e minha compreensão geral sobre o conto. Tentarei comentar sem conferir antes a opinião dos colegas, mantendo meu feedback o mais natural possível. Peço desculpas prévias se acabar “chovendo no molhado” em algum ponto.

    ****

    Aspectos técnicos: o conto está bem revisado e organizado. Não sei se aproveitou alguma ideia do desafio anterior e a adaptou. Se o fez, em todo caso, a adaptação ficou imperceptível, uma vez que o tema atual se encaixa perfeitamente na trama. Não conhecia essa faceta jóquei de javali do Caipora.

    Aspectos subjetivos: a mistura escolhida foi bem criativa. O nacional e o estrangeiro não se cruzam apenas entre a entidade e seu suíno de estimação. São também os estrangeiros que movem toda a busca. Cativou-me mais o raptado que seus raptores.

    Compreensão geral: penso no conto também por uma perspectiva mais ideológica, é como se estivessem tentando tirar da Amazônia não só um protetor, mas uma cultura, como se invadissem um lugar que não lhes pertence e tentassem desapropriá-lo de seus valores, corromper seus conhecimentos. O resultado, no caso do conto, foi trágico para os desapropriadores, mas isso nem sempre ocorre.

    Parabéns e boa sorte.

    • Evelyn Postali
      24 de junho de 2017

      Oi, Wender.
      Não. Não aproveitei nada do desafio anterior. Gosto de escrever sobre coisas do Brasil.
      Obrigada por ler e comentar.
      Até mais ver.

  6. Raian Moreira
    22 de junho de 2017

    Sua história é muito boa, flui muito bem, da gosto de ler até o fim. Desenrolou muito bem a história. Só achei que o conto não foi tão legal, pra mim pelo menos.
    Os personagens ao meu ver, pecam na contrução de profundidade e sentmentos, mas tdo certo, entendo que o limite de palavras atrapalha.
    Parabéns acima de tudo, participe dos próximos contos.

    • Evelyn Postali
      24 de junho de 2017

      Oi, Raian,
      Anotado aqui os apontamentos. Reescreverei para melhorar.
      Obrigada por ler e comentar.
      Até mais ver.

  7. Thiago de Melo
    22 de junho de 2017

    Amigo Telêmaco,
    Gostei do seu conto. Achei que a opção que incluir o folclore brasileiro enriqueceu bastante a sua história. Como autor, também gostei da sua opção de iniciar a história já com a interação entre o caçador e o caapora. Como leitor, isso me deixou intrigado, pensando em toda a jornada que o caçador deve ter enfrentado para chegar até aquele momento. Muito legal.
    Depois, gostei também da parte “flashback”. Muito interessante também as pistas que você deu sobre as caçadas do colecionador e de como na última vez as coisas não deram muito certo.
    Achei que o conflito de consciência do caçador ficou legal, mas acabou ficando um pouco superficial, pelo menos na minha avaliação. Não sei exatamente como isso poderia ser melhorado mantendo-se o limite de palavras do desafio. Só achei que a intenção era mostrar um pouco de remorso, mas que o efeito ficou um pouco aquém do objetivo.
    Por fim, achei que ficou muito legal a ideia de o caapora acordar e dizer as palavras em tupi que fariam todos os seres da coleção voltarem à vida, e o fato de você ter citado essa característica dele no início do texto, quase despercebida, ficou muito legal também, porque quando aconteceu no final não pareceu um “superpoder tirado da cartola”.
    No geral, gostei da sua história. Parabéns!

    • Evelyn Postali
      24 de junho de 2017

      Oi, Thiago.
      Anotei aqui as sugestões. Obrigada por apontar.
      Obrigada por ler e comentar.
      Até mais ver!

  8. Fil Felix
    21 de junho de 2017

    Isso aí, mais uma vez o Brasil mostrando que aqui não é bagunça. Pode mexer com Japão, Nepal, mas aqui é Caipora, é a terra da Cuca! Gostei bastante dessa ideia do colecionar de criaturas, me fez lembrar um pouco AHS: Freakshow, com o museus dos freaks. O começo tem um quê de Marvada Carne (se não viu, veja), quando um Curupira (ou um Caipora) pede fumo ao protagonista, que lhe dá um tiro. Então algumas cenas meio que já estão no imaginário, digamos assim. Gostei das referências entre um lugar e outro, movendo o corpo da criatura, do começo de compaixão do caçador (que seria de relíquias). Confesso que algumas palavras me foram novas, como silvícola e javardo, achei interessante. Alguns momentos ficaram um tanto caricatos, como o sotaque alemão e o colecionador na cadeira de rodas, mas no geral foi um bom conto!

    • Evelyn Postali
      24 de junho de 2017

      Oi, Fil,
      Anotado tudo aqui.
      Obrigada por ler e comentar.
      Até mais ver!

  9. Felipe Moreira
    20 de junho de 2017

    Esse conto daria um bom filme. haha

    Achei muito bem escrito e consciente. A premissa é interessante, a narrativa dos eventos, passo a passo, é muito bem aplicada. Vejo um roteiro formado, além da riqueza em descrições e informações sobre a atmosfera dessa caçada, a aventura entre seres mitológicos. Excelente. Em termos de criatividade, é um dos melhores até agora.

    Parabéns e boa sorte no desafio, Telemaco.

    • Evelyn Postali
      24 de junho de 2017

      Oi, Felipe!
      Obrigada por ler e comentar.
      Que bom que gostou!
      Até mais ver.

  10. Sabrina Dalbelo
    20 de junho de 2017

    Olá autor(a),

    Eu gostei, e muito!
    Há um outro conto que também faz alusão a algo do folclore, neste desafio. Eu não sei se o autor dele, ou se tu, fizeram isso por gosto. Mas o teu, ao contrário daquele, não é uma extensão do desafio anterior, ele é totalmente independente.
    A gente só lembra disso porque sabe.
    O domínio da língua e da escrita é fenomenal.
    Tudo está no seu devido lugar, as frases, curtas e longas, na medida, assim como as informações da trama.
    Para mim funcionou muito a tua narrativa, pois eu a acompanhei visualmente.
    Sabe o que me lembrou? Indiana Jones e suas sagas em busca de tesouros!
    Gostei dessa mistura de caráter dos personagens, de nacionalidades e de posicionamentos. Tudo ficou muito vivo.
    O javali não teve um lugar de destaque, mas teve o seu lugar ao sol e apareceu na hora certa. Gostei muito disso também!
    Está tudo ali!

    Parabéns!

    • Evelyn Postali
      24 de junho de 2017

      Oi, Sabrina,
      Obrigada por ler e comentar.
      Fiquei deveras feliz.
      Até mais ver!

  11. Bia Machado
    18 de junho de 2017

    Desenvolvimento: Esse é um conto que não me pegou desde o começo. No início achei até meio chato, ou com informações demais, mas essa foi a minha sensação e, aos poucos, a coisa vai mudando de figura e me peguei torcendo para acontecer o que acabou acontecendo mesmo, rs, mas nem mesmo ter previsto tirou o brilho da sua narrativa, que é bem segura. Tanto que comecei a
    ler com a sensação de que era só aguardar, que tudo ali tinha um propósito e logo uma reviravolta ocorreria. Só achei a parte do clímax meio rápida, ou talvez faltou trabalhar melhor. O final deixa a gente com um gosto de quero mais, além de feliz. Eu me vi dizendo “Yes!!!” pra mim mesma, comemorando, rs.

    Personagens: O Caapora toma conta, os outros servem à narrativa, não me cativaram os dois homens, mas foram bem elaborados para o que necessitavam cumprir na trama.

    Emoção: No geral, gostei bastante. Foi bem emocionante! Foi um dos que mais valeu a pena fazer a leitura aqui.

    Tema: Completamente adequado e ainda por cima fazendo essa ligação com folclore nosso. Parabéns!

    Gramática: Não vi nada de mais, se tiver eu estava tão mergulhada na leitura que não percebi.

    • Telêmaco Augusto
      19 de junho de 2017

      Oi, Bia,
      Fico feliz que ao longo da leitura tenha conseguido gostar do conto.
      Obrigado por ler e comentar.
      Até mais ver!

  12. Andreza Araujo
    16 de junho de 2017

    O texto é incrivelmente rico, se o(a) autor(a) já não conhecia tais figuras do folclore, certamente fez uma boa pesquisa. Os personagens foram todos bem descritos, foi como se eu pudesse até mesmo sentir a textura da pele dos seres.

    O início foi um pouco confuso por conta de não saber quem era o ser com que o homem dialogava, penso que seria melhor para o entendimento se fosse revelado mais cedo qual era a criatura da mata. Uma pena que o caçador tenha saído quase ileso hehehehe

    • Telêmaco Augusto
      19 de junho de 2017

      Oi, Andreza,
      Anotado aqui sobre o começo. Verei isso depois do certame.
      Obrigado por ler e comentar.
      Fico feliz que tenha gostado do conto.
      Até mais ver.

  13. M. A. Thompson
    15 de junho de 2017

    Olá!

    Usarei o padrão de avaliação sugerido pelo EntreContos, assim garanto o mesmo critério para todos:

    * Adequação ao tema: houve sim.

    * Qualidade da escrita (gramática, pontuação): nada que eu tenha percebido ou atrapalhasse a leitura.

    * Desenvolvimento de personagens, qualidade literária (figuras de linguagem, descrições, diálogos): muito bom.

    * Enredo (coerência, criatividade): muito bom, parabéns. É um conto do folclore brasileiro com uma pegada contemporânea.

    De modo geral foi um bom conto e valeu a leitura.

    Parabéns e boa sorte no Desafio!

    • Telêmaco Augusto
      19 de junho de 2017

      Oi, M. A. Thompson,
      Obrigado por ler e comentar.
      Fico feliz que tenha gostado.
      Até mais ver.

  14. Givago Domingues Thimoti
    14 de junho de 2017

    Adequação ao tema proposto: Muito adequado
    Criatividade: Alta
    Emoção: Gostei do conto, principalmente pelo uso do folclore brasileiro.
    Enredo: Muito bem desenvolvido. Acho muito positivo quando o autor ousa em abordar a mitologia brasileira. No meu ponto de vista, o nosso folclore não é tão bem explorado quanto deveria. São tantas histórias e poucas são conhecidas.
    Gramática: Não percebi nenhum erro

    • Telêmaco Augusto
      19 de junho de 2017

      Oi, Givago,
      Obrigado por ler e comentar.
      Uma verdade: nosso folclore não é tão bem explorado quanto deveria.
      Até mais ver!

  15. Cilas Medi
    13 de junho de 2017

    Concordância com o substantivo: Estava em Ciudad Acuña, poucos quilômetros distante(s) da fronteira com os Estados Unidos.
    Um bom conto que poderia até participar no do folclore. Enfim, bem estruturado, criativo e com um certo suspense. Gostei. Parabéns!

    • Telêmaco Augusto
      19 de junho de 2017

      Oi, Cilas,
      Anotado aqui. Corrijo depois do certame.
      Obrigado por ler e comentar.
      Até mais ver.

  16. Fabio Baptista
    12 de junho de 2017

    Caramba… acabei falando desse conto no Facebook e quase esqueço de comentar aqui no lugar certo rsrs.

    Bom, vamos lá: como eu disse no grupo, a escrita é de gente grande, de quem sabe o que está fazendo e já está calejado. Esse elemento (boa escrita) sozinho já garante boa parte do caminho (e da boa nota), pois torna a leitura agradável. Não sou o tipo de leitor que curte “leituras difíceis” do ponto de vista técnico, nem quando o difícil é proposital, muito menos quando o difícil é sinônimo de sofrível.

    Enfim… aqui tudo flui com clareza e naturalidade e isso é muito bom. O plot da história me lembrou um pouco o colecionador dos Guardiões da Galáxia, mas achei interessante a caçada, de qualquer forma.

    O começo foi minha parte preferida do conto, achei o “encontro” (relembrando os tempos de RPG) com a criatura muito bem narrado e é criada uma boa tensão ali, com o lance do fumo e tal. Depois, há até uma dúvida se vai rolar uma traição entre contratante e contratado, mas a história acaba seguindo um “caminho seguro” e dá ao leitor o que ele queria (ver o colecionador se foder).

    Só achei muito juvenil da parte dos dois terem sido enganados tão facilmente pelo “silvícola” (gostei desse termo :D). Pô… deveriam manter o bicho sedado até que ele estivesse dentro do gás rsrs.

    Bom conto!

    Abraço!

    • Telêmaco Augusto
      19 de junho de 2017

      Oi, Fábio,
      Obrigado por ler e comentar!
      Fico feliz que tenha gostado.
      Anotei aqui: Guardiões da Galáxia. Vou procurar e ver o que é.
      Até mais ver.

  17. Victor Finkler Lachowski
    10 de junho de 2017

    Seu conto foi muito original, tratando de caça a seres folclóricos brasileiros, isso foi muito criativo.
    A narrativa é bacana, alguns trechos meio longos, mas nada de mais, o que pode ser interessante é uma versão desse conto em primeira pessoa, se você quiser testar, eu recomendo.
    Os personagens não trazem empatia nenhuma, são caricatos e poderiam ser melhor desenvolvidos.
    A adequação ao tema é bem parcial, por mim conta, por outros não sei.
    Seu conto foi bem original e pode ser ainda melhor, boa sorte no desafio.

    • Telêmaco Augusto
      10 de junho de 2017

      Oi, Victor,
      Obrigado por ler e comentar.
      Agradeço os apontamentos.
      Gostaria de saber onde a adequação ao tema é parcial.
      Até mais ver.

  18. Evandro Furtado
    9 de junho de 2017

    Olá, autor. Sigamos com a avaliação. Trarei três aspectos que considero essenciais para o conto: Elementos de gênero (em que gênero literário o conto de encaixa e como ele trabalha/transgride/satiriza ele), Conteúdo (a história em si e como ela é construída) e Forma (a narrativa, a linguagem utilizada).

    EG: Uma aventura com elementos folclóricos/mitológicos. Interessantes escolhas realizadas pelo autor na questão da criatura.

    C: A impressão que passa é que a ideia é melhor que a execução. Ter um colecionador de criaturas, por si só, nem é novidade tão grande assim, mas, trabalhado da forma certa, pode gerar uma história interessantíssima. O autor, no entanto, não explorou todo o potencial do argumento, detendo-se sobre certos aspectos menos interessantes.

    F: Aliada a possíveis mudanças na trama, uma narrativa em primeira pessoa, estilo diário de viagem, poderia gerar uma obra fascinante. A terceira pessoa, usada aqui, não trouxe nada em especial.

    • Telêmaco Augusto
      10 de junho de 2017

      Oi, Evandro,
      Obrigado por ler e comentar.
      Gostaria que apontasse os erros com relação à execução da ideia, para eu poder ter uma noção melhor, já que interessante é uma palavra vaga. Gostaria de saber que outros potenciais do argumento se poderia trabalhar, assim, ao rever tudo, poderei melhorar a ideia.
      Uma narrativa em primeira pessoa limitaria o ponto de vista e, um diário de viagem tomaria mais palavras. Se o fizesse teria que reduzir em muito a sequência de ação e aí, os comentários se voltariam para a ausência.
      Até mais ver!

      • Evandro Furtado
        13 de junho de 2017

        Olá, Telêmaco

        Acho que seria interessante desenvolver mesmo esse hábito de colecionar do personagem, contando um pouco mais sobre suas aventuras e mostrando mais criaturas que ele colecionou. De fato, isso requer um espaço maior, mas, se bem executado, pode gerar um material bem bacana. Se quiser um personagem para se espelhar, e tiver paciência para isso, indico que assista Mosura, filme japonês de 61 onde tem um personagem, Nelson, que tem esse mesmo tipo de “passatempo”. No caso dele, é um legítimo FDP, um approach mais realista pra alguém com esse trabalho.

  19. Elisa Ribeiro
    9 de junho de 2017

    Olá Telêmaco. Gostei demais do argumento e do enredo da sua história. A ambientação na floresta e na casa do Herr Triumph e os personagens deram um ar de filme de ação com mistério, meio Indiana Jones, sei lá, que gostei muito. A narrativa e a linguagens são boas. Algumas explicações excessivas, talvez. O problema que senti no seu texto foi que o final ficou um pouco acelerado em relação ao resto da narrativa. Creio que tenha sido por conta da limitação de palavras. Outra sugestão que daria seria já apresentar logo o Caapora, com nome e sobrenome, sem mistério, no começo. Acho que sua história não ganhou nada com esse suspense, pareceu só um truque para prender a atenção do leitor. De qualquer forma, foi uma ótima leitura. Divertida e inteligente. Parabéns pelo trabalho! Boa sorte do desafio. Abraço.

    • Telêmaco Augusto
      10 de junho de 2017

      Oi, Elisa,
      Obrigado por ler e comentar!
      Gostei da sua avaliação positiva e dos apontamentos que fez.
      Até mais ver!

  20. Rubem Cabral
    9 de junho de 2017

    Olá, Telêmaco.

    Resolvi adotar um padrão de avaliação. Como sugerido pelo EntreContos. Vamos lá:

    Adequação ao tema:
    O conto tem todos os elementos da imagem-tema: homem encasacado, mala, javali e até a floresta de fundo.

    Qualidade da escrita (gramática, pontuação):
    O conto está muito bem escrito. Não observei pontos a acertar.

    Desenvolvimento de personagens, qualidade literária (figuras de linguagem, descrições, diálogos):
    A escrita é muito boa, somente senti um tanto de pressa na cena de ação, quando o Caapora escapa. Os diálogos estão igualmente bons. Não gostei muito do uso de “Herr” e “Dearest” misturados ao português: para mim, isso são estereótipos de Hollywood. Explico: lemos em português o que os dois provavelmente conversavam em inglês (americanos tipicamente não falam outras línguas, mas europeus sim). Então, as expressões tentaram apenas dar alguma cor local, mas soaram um pouco desnecessárias.

    Enredo (coerência, criatividade):
    A história foi bastante criativa, lembrou-me o universo das HQs do Mike Mignola, o autor de Hellboy. Talvez, ao se referir ao javali, você poderia ter usado algum dos espécimes brasileiros, feito o queixada ou o cateto, ao invés do velho Sus scrofa padrão.

    O final ficou um tanto em aberto, mas não comprometeu o restante do bom conto.

    Abraços e boa sorte no desafio.

    • Telêmaco Augusto
      10 de junho de 2017

      Oi, Rubem,
      Anotados aqui os apontamentos. Na reescrita, repensarei o uso dos termos.
      Com relação ao final apressado, não tinha muito o que fazer. Ao alongar a cena, refletindo sobre cada ação de personagem talvez perdesse um pouco do movimento de tudo.
      Obrigado por ler e comentar.
      Até mais ver!

  21. Marco Aurélio Saraiva
    7 de junho de 2017

    ===TRAMA===

    Gostei muito! Você conseguiu contar tudo muito bem, passando a atmosfera de um conto grandioso em poucas palavras, de forma impecável. Não ficou aquela sensação de texto corrido ou incompleto. Foi uma leitura excelente!

    O tema está todo aí também, de forma bem natural, mesclada aos personagens. Gostei muito da sua sacada (e a de alguns outros autores do desafio também) de usar o caapora como personagem. Ele é perfeito para o uso do javali. Mas o seu conto me parece ter encaixado a criatura perfeitamente bem, incluindo o uso da mala, que por si só já é uma espécie de personagem.

    Gostei também da força do caapora, e em como ele brilha no final, ele mesmo se tornando o verdadeiro protagonista, como se tudo estivesse seguindo conforme os seus planos.

    ===TÉCNICA===

    Muito boa. Descrições muito bem feitas, palavras muito bem escolhidas e sem erros de revisão ou digitação. Parabéns. Mais um autor do certame que escreve como profissional!

    ===SALDO===

    Muito positivo.

    • Telêmaco Augusto
      8 de junho de 2017

      Oi, Marco,
      Agradeço imensamente a avaliação positiva do conto. A emoção me pegou por aqui. Você pontuou algo fundamental. O Caapora tem, nesse conto, um papel bastante relevante. Ele é o único ser fantástico da Mitologia Brasileira – até onde minha pesquisa foi – que tem o poder de reviver as outras criaturas, sejam elas da mata ou fantásticas. Em algumas narrativas, ele usa palavras mágicas, em outras, ele usa um galho de japecanga e em outras ele ordena ao porco do mato para que encoste o focinho nas criaturinhas mortas para que voltem a viver.
      Obrigado por ler e comentar.
      Até mais ver!

      • Marco Aurélio Saraiva
        9 de junho de 2017

        Não sabia dessa informação… mas tem tudo a ver com o seu conto!

  22. Catarina
    7 de junho de 2017

    Senti o INÍCIO lento; talvez pela profusão de vírgulas no 1º parágrafo ou falta de empatia com o estilo; não sei. Mas depois engrenou e fiquei totalmente envolvida com a aventura e a impagável TRADUÇÃO DA IMAGEM. Personagens muito bem estruturados e vocabulário rico. O pequeno detalhe, de que o Brasil próximo da Venezuela não tem mar, não atrapalhou.
    EFEITO sessão da tarde com direito à guaraná com pipoca.

    • Telêmaco Augusto
      8 de junho de 2017

      Oi, Catarina,
      Obrigado por ler e comentar.
      Não entendi a questão do Brasil próximo da Venezuela não ter mar…
      Até mais ver.

      • Catarina
        21 de junho de 2017

        Peço que releia seu conto que você vai acabar encontrando o seu equívoco ou o meu erro de interpretação. Mas está lá.

    • Telêmaco Augusto
      21 de junho de 2017

      Quero muito entender…

      É claro. Desvencilhou-se das lembranças e ligou o motor. Decolou rumo a Ciudad Bolívar. O percurso só não foi tranquilo em virtude das luzes e estrondos furiosos. A tempestade o acompanhou até a Venezuela. A rota planejada encurtou o trajeto entre o solo brasileiro e seu destino, a fronteira mexicana, com paradas estratégicas no Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Guatemala.

  23. Brian Oliveira Lancaster
    6 de junho de 2017

    EGO (Essência, Gosto, Organização)
    E: Uma excelente mistura de distopia e fantasia. Poderia ter se encaixado no desafio passado. É um texto diferente, com a aura de guerra que muitos optaram por escrever, mas com certo realismo embutido. Mesmo quieto, o javali tem uma força bastante presente.
    G: A história me prendeu pelo suspense, mas devo dizer que foi difícil entender de primeira que havia outra criatura junto ao javali. Fiquei pensando o que era o tal do silvícola e como poderia caber numa mala, levada por outro homem, nem tão forte assim. Mas a questão de existir um colecionador de criaturas bizarras, dá a mescla intrigante de história de 2ª guerra com terror sutil.
    O: Funciona bem. Só acho que os primeiros diálogos deveriam ser melhor explicados, a fim de evitar a confusão que apontei acima. Quanto ao restante, o clima de Liga Extraordinária, e de livros britânicos antigos, permanece mesmo após o final Nárnia.

    • Telêmaco Augusto
      8 de junho de 2017

      Oi, Brian,
      Obrigado por ler e comentar.
      Anotarei os apontamentos, aqui.
      O Caapora é um índio pequeno, segundo o Câmara Cascudo e outras fontes de pesquisa, bem diferente do Curupira, um ser mais forte e aterrador. Com relação aos diálogos, gostaria de saber que tipo de confusão você percebeu, para eu poder rever na reconstrução do mesmo.
      Até mais ver!

  24. Gustavo Araujo
    6 de junho de 2017

    Ótimo conto. A ideia de um caçador capturar o caipora a mando de um colecionador foi excelente. O ritmo do desenvolvimento e principalmente as descrições ficaram excelentes, com destaque para o momento em que a captura acontece. Fiquei aqui pensando, enquanto lia, nos motivos pelos quais o caçador levaria também o javali, mas você, caro autor, parece ter lido minha mente e acabou justificando isso no parágrafo seguinte, rs

    Dentro da ideia de um conto – ou seja, de uma narrativa curta – a história fica redondinha, com um final que, apesar de acelerado, arremata com competência a ideia exposta. O caipora despertando a galera da mata que também estava aprisionada foi uma boa saída para encerrar a trama, mas isso, porém, deixou aquele gostinho de “lição de moral”, especialmente porque alude a americanos e a alemães como vilões, deixando entrever certo maniqueísmo cultural, sobretudo por conta dos adjetivos empregados em relação a eles. Talvez eu esteja viajando demais nesta análise, mas eu teria gostado mais do conto se as alusões fossem a “caçador” e a “colecionador” simplesmente, sem especificar-lhes as origens.

    De qualquer forma, a história é muito boa, revela criatividade do autor, está muito bem escrita e tem o mérito de dar o seu recado com competência. Parabéns!

    • Telêmaco Augusto
      8 de junho de 2017

      Oi, Gustavo,
      Obrigado por ler e comentar.
      Quem conhece a história do Caapora sabe que o porco do mato tem um papel importante na vida deste ser. Em algumas narrativas é o porco do mato que encosta o focinho para reavivar as criaturas mortas pelos caçadores. Normalmente é através da ação do Caapora, segundo várias pesquisas, que as criaturas retornam à vida. Por isso era necessário a presença do javali junto do pequeno ser da mata.
      Desculpe, mas não tive a intenção de colocar alemães ou americanos como vilões. Escolhi americanos pela forte tendência a usurpar o que é do mais fraco. É impossível não abordar essa faceta. Além do mais, já faz tempo que a Amazônia está na mira de grandes laboratórios americanos, e não somente americanos. Com relação ao alemão, usei minha origem, porque uma das coisas que percebo com relação a ela é que a organização é base de progresso. Disciplina é algo fundamental. Um bom caçador deve ser disciplinado, atento, minucioso.
      Agradeço imensamente os apontamentos.
      Até mais ver!

  25. Afonso Elva
    5 de junho de 2017

    Toda a atmosfera do começo do conto é perfeita, desde a conversa na fogueira até o acerto do contrato. Cenas essas que achei muito charmosas e que têm um time, digamos assim, muito adequado. O que contrasta com a confusão do final. Na hora de fechar o conto perde a linha e o charme. Queria um final no ritmo do conto. Mas enfim, um bom conto, parabéns pelo trabalho
    Forte abraço

    • Telêmaco Augusto
      8 de junho de 2017

      Oi, Afonso,
      Obrigado por ler e comentar.
      Anotei aqui seus apontamento.
      Gostaria que me dissesse o que singifica um final no ritmo do conto…
      Até mais ver.

  26. Fernando Cyrino
    4 de junho de 2017

    Uma história altamente criativa e mesmo instigante. Bacana a sua imaginação a me trazer um alemão até o interior da amazônia brasileira com a missão de levar sequestrado o nosso querido caapora, personagem folclórico, e seu bicho. Gostei da forma como conduz a narrativa e do que há simbólico por trás dela. Estaria vendo demais, encontrando além da questão americana diante da América do Sul pouco desenvolvida, a proposta de uma homenagem bolivarista sutilmente colocada no voo para Ciudad Bolivar… Ou viajo demais na maionese? Bem, gosto de imaginar esses rios subterrâneos. O que colocar mais? Bem, um conto criativo, bacana e que me cativou. abraços.

    • Telêmaco Augusto
      8 de junho de 2017

      Oi, Fernando,
      Obrigado por ler e comentar.
      Eu acredito que ler as entrelinhas são para poucos. E não, não viajou demais na maionese.
      Até mais ver!

  27. juliana calafange da costa ribeiro
    3 de junho de 2017

    Oi Telêmaco! Criativa a sua história. Quando eu estava escrevendo Tb pensei numa história de um caçador que colocava o Caipora na mala. Mas acabei fazendo outra coisa. Eu gosto da fluidez do seu texto, vc tem um ótimo domínio das palavras, da construção das frases. Mas nem tanto na construção dos personagens, que achei meio superficiais. O começo foi muito bom, a cena do caçador atraindo a criatura é muito bem construída. Eu cheguei a achar que o conto se fecharia na primeira parte, após o caçador efetivamente aprisionar a criatura e o javali. Daí, quando vc começou a 2ª parte, com a viagem até a “galeria” do americano, achei explicativo demais, perdeu a emoção do começo. O final feliz, apesar da boa cena de ação, é bem previsível, de baixo impacto, na minha opinião. Terminei a leitura com a impressão de que vc deveria “enxugar” um pouco essa história, pra ficar mais densa, mais concisa, mais bem arrematada. Boa sorte!

    • Telêmaco Augusto
      3 de junho de 2017

      Oi, Juliana,
      Obrigado por ler e comentar.
      Anotadas aqui as sugestões. E gostaria de perguntar sobre a construção dos personagens. Como, na sua opinião, eles se tornariam mais consistentes? E, sobre a segunda parte, o que você sacaria fora para deixar mais ágil?
      Sobre a previsibilidade da cena final, seria impossível acontecer diferente uma vez que o Caapora não estava morto e tem o poder de acordar as criaturas e despertá-las da morte.
      Até mais ver!

  28. Antonio Stegues Batista
    3 de junho de 2017

    Gostei da escrita, da construção das frases referente às descrições, muito boas. As ações ocorrem sem pressa o que torna leitura agradável, gera suspense, expectativa. Os personagens são fortes, os motivos aceitáveis, um colecionador de entes fantásticos, um caçador de origem alemã, o desfecho com as criaturas fugindo, mas parece que ficou faltando algo no enredo. Talvez a causa da paralisia do caçador, o motivo de estar numa cadeira de rodas. Faltou elucidar, talvez, o por que de um caçador alemão e por que os outros caçadores anteriores terem morrido…

    • Telêmaco Augusto
      3 de junho de 2017

      Oi, Antônio,
      Anotado aqui seus apontamentos.
      Obrigado por ler e comentar.
      Até mais ver!

  29. Iolandinha Pinheiro
    3 de junho de 2017

    Olá, Telêmaco. O que gostei mais em seu texto foi a criatividade. Muito boa essa sua ideia de um colecionador de seres mitológicos. O começo foi muito bom. O meio foi um tiquinho chato pelo excesso de detalhes que vc inseriu. O final, apesar de ser cheio de ação, não causou impacto. Achei que faltou mais sangue, vingança, algo que movimentasse mais a trama. Mas os seres todos usaram o mesmo para se livrar dos tubos, e o Caapora foi embora, quase de boas, montado no seu javali… Ficou morno. Concluindo, houve a adequação ao tema, quase nenhum erro gramatical e a ideia foi muitíssimo criativa. Só não me conquistou por conta do final. Um abraço e sorte no desafio.

    • Telêmaco Augusto
      3 de junho de 2017

      Oi, Iolandinha,
      Obrigado por ler e comentar!
      O Caapora tem o poder de fazer acordar as criaturas. Por isso, os seres mitológicos fugiram ao mesmo tempo. O Caapora foi o responsável pela fuga. Triumph morreu pelas mãos do Yeh-Teh. O alemão caiu drogado. Não creio que mais violência fosse caber aqui, já que o museu-galeria foi destruído. Gostaria de saber como utilizar a violência nesse final, com mais sangue, vingança, ou essas coisas. Porque depois do desafio, vou reorganizar o que não está bom e isso ajudaria.
      Até mais ver!

      • Iolandinha Pinheiro
        4 de junho de 2017

        Eu entendi seu conto e gostei muito das suas ideias, mas gosto de escrever suspense e terror, e achei seu final muito limpinho, rs. Quando o desafio terminar e a gente puder conversar livremente, terei prazer em te dar umas ideias no sentido de dar mais emoção ao conto, mistério e tals. Abraços.

    • Telêmaco Augusto
      3 de junho de 2017

      *O Caapora tem o poder de reviver, de acordar as criaturas.

    • Telêmaco Augusto
      4 de junho de 2017

      Maravilha! Adorei essa ideia!
      Obrigado.

  30. Fátima Heluany AntunesNogueira
    2 de junho de 2017

    Primeiramente, gostei do envelhecimento da foto, assim como da história de aventura e ação ao estilo Indiana Jones, em diálogo com o folclore (O pseudônimo seria uma homenagem ao primeiro etnógrafo paranaense?) e com a imagem-tema bem retratada. Viram no texto até uma sátira à política imperialista, hein?

    Realmente é um trabalho muito bom, criativo, com cenas facilmente visualizadas, pena que em alguns trechos perderam o ritmo e, por consequência, o impacto.

    Uma ideia bastante interessante e com execução primorosa. Foi um prazer ler esta narrativa. Parabéns pela participação. Abraços.

    • Telêmaco Augusto
      3 de junho de 2017

      Oi, Fátima,
      Obrigado por ler e comentar.
      Sim. O pseudônimo é em homenagem ao Telêmaco, sem dúvida.
      Pode, por gentileza apontar as cenas onde o ritmo se perdeu? Gostaria muito de retomar esse texto depois.
      Até mais ver!

  31. Sick Mind
    2 de junho de 2017

    Não sei se em alguma região ainda se fala Silvícola e Javardo. Nem sei quantos anos que não ouvi/lia isso.
    O conto é bem estruturado e bem escrito. Gostei da narração em terceira pessoa e do flashback somente em diálogos. Só não gostei de como as cenas de ação foram descritas. Elas ficaram um pouco longas pro meu gosto, o que desacelerou o ritmo e tirou um pouco do impacto dos acontecimentos finais da obra.

    • Telêmaco Augusto
      3 de junho de 2017

      Oi, Sick Mind,
      Obrigado por ler e comentar.
      Silvícola e javardo foram sinônimos adequados para esse texto uma vez que a história se passa no início do século XX. Como você sugere que as cenas de ação sejam descritas? Tenho a intenção de retomar o texto para melhorar o que não está bom.
      Até mais ver!

      • Sick Mind
        7 de junho de 2017

        Verdade, agora percebo que esqueci do fator ambientação, hehe.
        E sobre cenas de ação, acho difícil existir um modelo que agrade a todos, mas minha preferência é por cenas rápidas, concisas e sem mtos detalhes. Uma sensação de movimento também acho bastante agradável nessas horas. Mas não se apegue mto ao que eu digo, pois há quem prefira a sensação dos resultados dessas ações, por exemplo a descrição da dor ao sentir um golpe, ou do sangue quente escorrendo da ferida…
        Acho que livros policiais são um precioso material de estudo para cenas de ação, outra indicação legal são as descrições de combates de Bernard Cornwell, que retrata lutas sangrentas com uma “leveza” incrível.

  32. Olisomar Pires
    2 de junho de 2017

    1. Tema: Adequação presente.

    2. Criatividade: boa. Sujeito coleciona espécimes exóticos e ao que parece, até mitos folclóricos.

    3. Enredo: As partes do texto se ajustam tranquilamente.

    Destaco a primeira parte (da captura) e a última (da fuga) como mais interessantes. A parte do meio (das explicações e da viagem) ficou meio lenta e quebrou o ritmo, embora não esteja ruim.

    Uma idéia muito interessante, apesar de há ter sido usada em filmes e livros, a presa em questão ser folclórica, irreal ou fantástica é mero detalhe. No caso, foi muito bem escolhida para cumprir a regra do desafio.

    4. Escrita: Muito boa. Fluida. Não notei erros que travassem.

    5. Impacto: Alto.

    Geralmente leio o conto antes dos comentários e estes depois, quase estragaram a primeira impressão que tive em função das ilações pessoais extra-texto.

    Conseguindo me ater, unicamente ao que li e minha interpretação, mantenho o primeiro julgamento.

    • Telêmaco Augusto
      3 de junho de 2017

      Oi, Olisomar,
      Obrigado por ler e comentar.
      Eu pretendo retomar esse texto depois do desafio e a intenção é refazer a parte do meio, onde você aponta a lentidão. Se não for pedir demais, gostaria de sua opinião sobre isso – onde existe diminuição de fluxo de leitura.
      Sobre a ideia já ter sido utilizada, devo dizer que todas as ideias são, de fato, já velhas pelo uso, se considerarmos que quase tudo já foi feito nessa vida.
      Por que a leitura dos comentários quase estragaram a primeira impressão que teve?
      Até mais ver!

      • Olisomar Pires
        7 de junho de 2017

        Nada demais. Estava pensando alto. Parabéns pelo belo texto.

  33. ROSELAINE HAHN
    1 de junho de 2017

    Olá Augusto, apreciei o seu conto, mas por vezes me perdi nos excessos, o enrede é bastante criativo, todos os elementos do desafio inseridos no texto, com o plus de retomar questões do folclore, di desafii anterior. Precisei reler os diálogos para melhor entendimento, e achei a voz do narrador um tanto descritiva; osconflitos vc enxertou bem, faltou mais emoção para deixar a historinha redondinha. Abcs

    • Telêmaco Augusto
      3 de junho de 2017

      Oi, Roselaine,
      Obrigado por ler e comentar.
      Por gentileza, pode apontar as partes dos excessos descritivos? Quero melhorar o texto depois do desafio.
      Até mais ver!

  34. Gilson Raimundo
    30 de maio de 2017

    Gostei da história folclórica, as vezes faltava um pouco de emoção mas não foi ruim. Observo que por se tratar de uma história iniciada pelo meio a gente estranha a facilidade com que o caapora se deixou dominar, daquele jeito qualquer matuto teria dado cabo da criatura, isso ficou irreal. Ruim também ter enfiado ele na mala que se tivesse que aparecer poderia ser para guardar as armas e apetrechos do caçador. Enfim, idéia muito boa. Parabéns.

    • Telêmaco Augusto
      30 de maio de 2017

      Oi, Gilson,
      A questão da facilidade de conquistar o Caapora é que, segundo todas as histórias, ele não resiste ao fumo e ao álcool. E, o Caapora é um ser de altura pequena, não é grande ou semelhante ao Curupira cuja estatura é alta. Além do mais, para ele cavalgar um javali, ou porco do mato, é preciso que ele realmente seja pequeno. A mala, considerando a imagem, faz justiça ao propósito, que é levar o ser ainda vivo até o colecionador.
      Obrigado pela leitura.
      Até mais ver!

  35. Jowilton Amaral da Costa
    30 de maio de 2017

    Um bom conto. Uma trama interessante com uma narrativa bem feita. Não gosto muito de contos com folclore, sempre os acho repetitivos e com alguma lição de moral no fim. Mas, esse aqui me agradou pela ideia bem original. Boa sorte.

    • Telêmaco Augusto
      30 de maio de 2017

      Oi, Jowilton,
      Uma pergunta: você não gosta de contos com mitologia brasileira, ou não gosta de contos com mitologia de qualquer origem?
      Obrigado por ler e comentar.
      Até mais ver!

  36. Jorge Santos
    29 de maio de 2017

    Conto interessante. O autor deve rever a pontuação e algumas repetições. Um exemplo típico é a repetição da palavra depois num dos parágrafos. É um erro comum quando se inicia a escreve e que só se corrige com a leitura atenta, de preferência por outra pessoa. Novamente temos aqui o recurso à magia, mas de uma forma sucinta e coerente. A ligação à natureza está sempre presente no texto, bem como o confronto entre esta e a civilização. A alegoria está bem construída, sem grandes dissertações sobre o assunto – o leitor deve conseguir depreender o teor do conto pelas acções da personagem. Fico com a ideia de que o final é excessivamente previsível, muito próximo do cinema de Hollywood. Preferia uma surpresa maior.

    • Telêmaco Augusto
      30 de maio de 2017

      Oi, Jorge,
      Anotei aqui seus apontamentos.
      Obrigado pela leitura.
      Até mais ver!

  37. Luis Guilherme
    28 de maio de 2017

    Boa noite, amigo, tudo bem?

    Cara, gostei! Que conto delicioso.
    Engraçado, já é o segundo conto que leio nesse desafio que apresenta como temática o folclore brasileiro. Acho que o povo ficou realmente entusiasmado com o último desafio, rsrs.

    Vamos lá! O texto é fluido e agradável, gostoso de ler. O curupira foi perfeitamente adaptado ao contexto.

    Não notei problemas na escrita, nem estruturais.

    O enredo tá bem tramado e conduzido, assim, a leitura é prazerosa.

    O final é justo e agrada.

    Parabéns e boa sorte!

    • Telêmaco Augusto
      30 de maio de 2017

      Oi, Luís,
      Obrigado pelo comentário!
      Até mais ver!

  38. Neusa Maria Fontolan
    28 de maio de 2017

    Gostei do conto, aliás ele está ótimo para esse desafio quanto serviria para o desafio anterior.
    Considero uma coisa boa, colocar personagens do folclore sempre que possível nos contos. Temos que aprender a ler e a escrever sobre nossas coisas, principalmente o folclore.
    Enfim, está bem escrito e flui muito bem.
    A história é boa.
    meus parabéns
    sucesso no desafio.

    • Telêmaco Augusto
      28 de maio de 2017

      Oi, Neusa,
      Obrigado por ler e comentar!
      Muito feliz que tenha gostado.
      Até mais ver!

  39. Eduardo Selga
    28 de maio de 2017

    Como obra estética, a mim me parece o conto demasiado formal, ou seja, os elementos da narrativa estão presentes dentro do esperado, sem nenhuma subversão da cartilha. A ponto de a narrativa ficar um tanto carente de viço. Uma ideia bastante original, um sujeito que coleciona seres mitológicos ficou um tanto oclusa em função disso. Talvez, e não estou aqui pretendendo ensinar ninguém a escrever esteticamente, talvez se houvesse menor relevo para descrições, afastando sobremaneira o narrador da cena, tivesse ficado melhor.

    No entanto, há um dado simbólico que me atraiu: o colecionador ser norte-americano e o objeto de seu desejo uma entidade da mitologia brasileira, com o intermédio de um alemão. Pode perfeitamente ser entendido como alegoria do imperialismo norte-americano, engolindo as manifestações culturais de nações potencialmente ricas, que têm possibilidades de crescimento, tendo como aliados países europeus também imperialistas, porém submetidos aos EUA, como é o caso da Alemanha.

    Também simbólico o fato de o caipora, representação do Brasil, país de terceiro mundo, ter conseguido libertar-se, acordando do sono induzido (quem não conhece o nosso “deitado eternamente em berço esplêndido?”) e estimulando a libertação dos outros (sabemos que o Brasil tinha potencial para ser uma espécie de porta-voz do terceiro mundo).

    Essa análise, no entanto, é de caráter político, tentando demonstrar a ponte existente entre o texto ficcional e o que chamamos realidade. Ainda que esteja correta (e não creio estar enxergando fantasmas) seria desejável se do ponto de vista literário fosse mais pungente.

    • Telêmaco Augusto
      28 de maio de 2017

      Oi, Eduardo,
      Obrigado por ler e comentar! Gostei dos apontamentos.
      Devo dizer que o conto teria mais palavras, mas os cortes foram inevitáveis. Talvez, depois do desafio, será possível acrescentar algumas coisas idealizadas e não realizadas.
      Pode explicar essa coisa de “afastar o narrador da cena”? Gostaria muito de entender esse ponto.
      Seria pedir demais uma explicação sobre ser “desejável se o ponto de vista literário fosse mais pungente”? Eu confesso que escolhi um americano pela evidente e sempre presente presunção com relação às outras nações e um alemão por sua extrema competência na ação. Se notar, o nome Frederick Triumph tem alusão a ‘triunfo’, mas também é o nome disfarçado do pai do atual presidente americano. Uma brincadeira, porque sou péssima em encontrar nomes para personagens.
      Escolhi o caapora por ele ser capaz de reviver as criaturas mortas, assustando os caçadores, apesar de sua queda irresistível pelos vícios – cachaça e fumo. Confesso que considerei isso quase um insulto, porque gera uma imagem negativa mesmo não querendo, mesmo tendo encontrado isso nas muitas versões.
      Agradeço a paciência.
      Até mais ver!

      • Eduardo Selga
        29 de maio de 2017

        Telêmaco Augusto,

        A narrativa em terceira pessoa provoca um distanciamento do narrador em relação à cena, pois dela ele não participa, apenas narra. Tal não acontece quando o narrador também é personagem, com o foco na primeira pessoa.

        Um dos efeitos dessa opção é que o distanciamento é repassado ao leitor, que pode não se envolver com a narrativa. É como alguém falando à distância, não como alguém falando ao ouvido. Em alguns casos, a terceira pessoa é bem vinda exatamente por causa da distância. Depende muito do enredo e dos personagens. Quando estes, por exemplo, funcionam como uma espécie de baú que o narrador vai abrindo e devassando aos poucos.

        Á razão de eu dizer “seria desejável se DO PONTO DE VISTA literário fosse mais pungente” é que o ponto de vista a partir do qual minha análise se deu foi o político, área em que o texto me pareceu muito produtivo. Esteticamente, em minha avaliação, a narrativa deixa a desejar por ser, digamos assim, certinha demais. O que não é nenhum defeito, por óbvio. No entanto, os ótimos personagens ficaram um tanto amarrados, com um “excesso de narrador”. Acredito que o ótimo enredo pede um tratamento que valorize o caráter dos personagens, seja a ganância do norte-americano, seja a pulsão libertária do caipora.

    • Telêmaco Augusto
      29 de maio de 2017

      Oi, Eduardo,
      Não sei se entendi bem o que quis dizer com relação à narrativa em terceira pessoa, mas entendi sobre a limitação da narrativa em primeira pessoa. Dessa forma, sobraria muito pouca opção. Uma narrativa sob o ponto de vista de um coadjuvante, sem ser Einsheart ou Triumph, ou o Caapora, estaria fora de qualquer possibilidade porque limitaria bastante as explicações. E, sem estar em terceira pessoa, como eu posso narrar um encontro entre Einsheart e o Caapora sem usar descrições, sem dizer como se passou? Não existe a possibilidade de um diálogo longo, a menos que seja Einsheart com ele mesmo. Haveria a possibilidade de uma reflexão se estivesse em primeira pessoa.
      Com relação aos personagens, creio que é possível trabalhá-los depois, quando o limite de palavras não cercear a ação porque nessa demarcação, não há como desenvolver mais sem infringir as regras do desafio.
      Obrigado por responder tão prontamente.

      • Eduardo Selga
        29 de maio de 2017

        É uma questão de escolha autoral. Há mesmo necessidade de tantas explicações por meio de um narrador? A mim me parece que tornou o texto um tanto cansativo essa coisa de dizer o que está acontecendo e não fazer parte do acontecimento. Entendo que se o narrador fosse também personagem, os dados fundamentais da cena poderiam ser transmitidos por ele.

        Se fosse “no começo, a criatura OLHOU-ME desconfiada […]” teríamos uma narrativa em primeira pessoa, a partir do ponto de vista do alemão, o contratado. Haveria alguma perda, no sentido de que o diálogo entre ele e o norte-americano não ficaria com tantos detalhes. Mas eles seriam fundamentais ao conto? Se a intenção era ressaltar a ação, talvez fossem importantes, mas não se a narrativa assumisse um tom intimista.

        Não creio serem absolutamente necessárias as descrições no caso do encontro entre Einsheart e o Caipora. Deixar alguma coisa por conta do leitor seria interessante.

        Você usou um narrador-observador, longe, e um tanto frio, não obstante a cena de ação. Poderia ter usado o narrador onisciente, entrando de vez quando nas emoções e pensamentos do personagem, por meio do fluxo de consciência. O texto teria ficado menos frio.

        No entanto, conforme disse, é uma questão de escolha autoral. Sem esquecer que a voz narrativa necessariamente ecoa na voz interpretativa, ou seja, boa parte do que o leitor vai “sentir” depende dessa escolha.

    • Telêmaco Augusto
      30 de maio de 2017

      Caro Eduardo,
      É sempre um prazer aprender. Obrigado por seus apontamentos.
      Abraço!

  40. Lucas F. Maziero (@lfmlucas)
    27 de maio de 2017

    Eis um bom conto! Bem construído, bem escrito. Estava esperando por uma leitura prazerosa e a encontrei. Não tenho nenhum parecer a oferecer como forma de melhorar o texto, pois me parece que não precisa disso. Bem adequado ao tema. Só destoou um pouco a personalidade de Einsheart, pois, ao mesmo tempo em que ele tinha fama de bom caçador (uma vez que bateram em sua porta solicitando seus serviços) e, portanto, sangue frio para a empreitada, ele demonstrou uma certa bondade para com a criaturinha, deixando, pasmem!, o javali com vida para no final auxiliar seu companheiro o Caapora. Mas, pensando bem, até que essa personalidade dual de Einsheart ficou melhor do que eu gostaria.

    Mais uma vez, um bom conto. Gostei!

    Parabéns!

    • Telêmaco Augusto
      27 de maio de 2017

      Oi, Lucas,
      Obrigado pelo comentário!
      Creio que, com algumas palavras a mais, depois do certame, eu possa trabalhar melhor esses pontos que você assinalou. Com a redução do número de palavras ficou difícil colocar mais coisas dentro do texto.
      Com relação à personalidade de Einsheart… Note que ele precisava levar o caapora e o javali vivos para o colecionador, uma vez que as criaturas entubadas não estavam realmente mortas e sim, sob o efeito das drogas que o colecionador – uma espécie de cientista, também – usava.
      Enfim, agradeço mais uma vez.
      Até mais ver!

  41. angst447
    27 de maio de 2017

    Olá, autor, tudo bem?
    O título do conto revela bem pouco sobre o enredo. É curto e eficaz.
    O tema proposto pelo desafio foi abordado com um bônus: dois em um – imagem + folclore brasileiro. Fiquei satisfeita.
    A trama prende mesmo a atenção e fiquei curiosa para saber se o Caapora ia conseguir fugir. Adorei a passagem da chuva despencando assim que a criatura foi aprisionada. Formei uma imagem muito linda e intensa na minha mente. Obrigada por isso.
    Os erros ortográficos ou de digitação são tão pequenos que me deu preguiça de comentar, tá?
    Bom ritmo, leitura flui fácil e o interesse se manteve até o final. Depois de tantos finais tristes, na literatura e na realidade, é sempre bom contar com um “felizes e livres para sempre”.
    Boa sorte!

    • Telêmaco Augusto
      27 de maio de 2017

      Oi, Cláudia,
      Obrigado pelo comentário!
      Fico muito feliz que o final feliz tenha agradado.
      Até mais ver!

  42. Vitor De Lerbo
    27 de maio de 2017

    A história prende o leitor assim como o alemão prendeu o Caapora, mas sem tranquilizantes.

    Narrativa fluida, trama bem amarrada e personagens interessantes.

    Boa sorte!

    • Telêmaco Augusto
      27 de maio de 2017

      Oi, Vitor,
      Sou muito grato pelo comentário.
      Até mais ver!

  43. Ricardo Gnecco Falco
    27 de maio de 2017

    Olá autor/autora! 🙂
    Obrigado por me presentear com a sua criação,
    permitindo-me ampliar meus horizontes literários e,
    assim, favorecendo meu próprio crescimento enquanto
    criativa criatura criadora! Gratidão! 😉
    Seguindo a sugestão de nosso Anfitrião, moderador e
    administrador deste Certame, avaliarei seu trabalho — e
    todos os demais — conforme o mesmo padrão, que segue
    abaixo, ao final.
    Desde já, desejo-lhe boa sorte no Desafio e um longo e
    próspero caminhar nesta prazerosa ‘labuta’ que é a arte
    da escrita!

    Grande abraço,

    Paz e Bem!

    *************************************************
    Avaliação da Obra:

    – GRAMÁTICA
    Pouquíssimos erros. Na verdade, só encontrei falha de digitação, certamente, como em: “…afastou-se da enorme recipiente cilíndrico.”

    – CRIATIVIDADE
    Mediana. Já é o quarto ou quinto conto que mistura a imagem-tema deste Desafio com a proposta do Certame anterior (Folclore); inclusive, com o mesmo personagem, o Curupira/Caapora. O destaque aqui é que, dentre todos os demais de folclore que li até agora, este foi o mais bem escrito.

    – ADEQUAÇÃO AO TEMA PROPOSTO
    100%. Na verdade, 100% para dois Desafios de uma vez (rs!). 🙂

    – EMOÇÃO
    Boa condução por parte do/a autor/a. A história, mesmo que partindo de uma premissa simples, prende a atenção do leitor, principalmente devido ao ótimo domínio de pena de seu/sua criador/a. Somente o final que, infelizmente, ficou muito aquém do que eu esperava e, certamente, este conto merecia. Não que seja ruim, mas não causou impacto algum. Soou, que pena, como um retumbante “E viveram felizes para sempre…”. Mas o/a autor/a está de parabéns pela ótima escrita.

    – ENREDO
    Caçador estrangeiro de renome é contratado por colecionador milionário, dono de uma incrível coleção de espécimes mágicas, para caçar o Curupira brasileiro; coisa que o faz, porém no momento da entrega da encomenda, o ser fantástico acorda e consegue salvar não apenas a si próprio (e seu javali), mas também a todas as demais criaturas aprisionadas, o que custa a vida do colecionador.

    *************************************************

    • Telêmaco Augusto
      27 de maio de 2017

      Oi, Ricardo,
      Obrigado por ler e comentar, e apontar os erros.
      Devo dizer que me surpreende tantos comentários falando sobre o certame anterior. Essa coisa de ter desafio específico para falar sobre mitologia brasileira soa como preconceito para com um conteúdo tão rico e vasto. É bastante estreito o espaço para as coisas da terra nesse país. Espero que os escritores tenham os horizontes mais abertos, assim como os leitores, porque quando a lembrança da cultura de onde se nasce e vive se reduz a pequenos espaços, ela tende a desaparecer.
      Uma última observação sobre o caapora. Ele difere do curupira porque não tem os pés virados para trás e porque ele cavalga um porco do mato, ou javali. Foi por esse motivo que utilizei o elemento brasileiro também. Caapora quer dizer habitante da mata. O caapora é um pequeno índio, diferente do curupira, e se pesquisar, encontrará várias versões.
      Concordo com você com relação ao final, apesar de eu mesmo ter desejado o final feliz por estar cansado de escrever finais infelizes. Talvez reescrevendo o final ele não fique tão ‘felizes para sempre’, embora, nesse momento, eu deseje muito um final feliz daqueles de contos de fada.
      Até mais ver!

    • Telêmaco Augusto
      27 de maio de 2017

      Em tempo: o Caapora tem o poder de reviver as criatura assustando os caçadores. Em algumas versões ele fala na linguagem antiga de índio e habitante da mata, em outras o javardo encosta o focinho nas criaturas, em outra versão, ainda, ele encosta o galho da japecanga, uma espécie de cipó que ele carrega segundo uma ou outra versão da criatura.

  44. Leo Jardim
    26 de maio de 2017

    O Colecionador (Telêmaco Augusto)

    Minhas impressões de cada aspecto do conto:

    📜 Trama (⭐⭐⭐⭐▫): muito boa, bem amarrada, o flashback bem encaixado e um final feliz bastante satisfatório.

    📝 Técnica (⭐⭐⭐⭐▫): ótima técnica narrativa, sem erros ortográficos que mereçam nota.

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): a associação do javali com o porco do mato do Curupira (ou Caapora) foi abordado em vários contos aqui (provavelmente do povo com saudades do desafio anterior), mas achei criativa a ideia do colecionador de seres fantásticos.

    🎯 Tema (⭐⭐): cena descrita no conto exatamente igual à imagem.

    🎭 Impacto (⭐⭐⭐▫▫): o final foi bom, mas não tão impactante. Talvez esse seja o problema de finais felizes: é difícil fazerem causar. Talvez funcionasse melhor se tivesse mais espaço para nos deixar apreensivos pela vida do caapora ou do porco.

    • Telêmaco Augusto
      27 de maio de 2017

      Oi, Leo,
      Obrigado por ler e comentar.
      Aqui, me vejo novamente a precisar escrever sobre a sensação que tenho ao ler outros comentários em outros contos que usam a mitologia brasileira (contrl c + contrl v): me surpreende tanta surpresa sobre o uso do tema do certame anterior. Essa coisa de ter desafio específico para falar sobre mitologia brasileira soa como preconceito para com um conteúdo tão rico e vasto. É bastante estreito o espaço para as coisas da terra nesse país. Espero que os escritores tenham os horizontes mais abertos, assim como os leitores, porque quando a lembrança da cultura de onde se nasce e vive se reduz a pequenos espaços, ela tende a desaparecer. É comum confundir o curupira com o caapora. Mas, esse último, difere do primeiro porque não tem os pés virados para trás e porque cavalga um porco do mato, ou javali. Esse foi um dos motivos de usar o elemento brasileiro também. Caapora quer dizer habitante da mata. O caapora é um pequeno índio, diferente do curupira, e se pesquisar, encontrará várias versões.
      Concordo com você com relação ao final, mesmo eu tendo desejado um final feliz para o caapora e para as outras criaturas fantásticas. O momento atual da vida pedia um final feliz, para aliviar a tensão das coisas reais.
      Até mais ver!

      • Leo Jardim
        28 de maio de 2017

        Oi, autor, concordo com você. Fiz apenas uma observação porque este é o quarto ou quinto conto com essa característica (usando o folclore brasileiro). Isso é com certeza muito bom! Continue assim.

  45. Priscila Pereira
    25 de maio de 2017

    Oi Telêmaco, imagino que você tenha feito ums boa pesquisa para esse conto… está muito bem escrito e estruturado. Me lembrou um filme… quem sabe algum produtor de cinema não se interesse… a estória em si não me agradou muito… questão de gosto mesmo, mas não tiro o seu mérito.Boa sorte!!

    • Telêmaco Augusto
      27 de maio de 2017

      Oi, Priscila,
      Obrigado pelo comentário.
      Uma pena não ter agradado, mas é bom saber que o gosto não desmerece a escrita.
      Até mais ver!

  46. Ana Monteiro
    24 de maio de 2017

    Olá Telémaco. Fez-se justiça. Desconheço em absoluto qualquer história em torno destes personagens e tive que ler os comentários já feitos para tentar perceber. Ah! Ah! Ah! (isto sou eu a rir de mim) pensava que folclore fosse dança. Em Portugal é. É uma dança popular e ancestral, mas apenas uma dança. Quando vi o outro desafio (a que, claro está, não me aventurei) nem li as regras ou o que fosse. Nem o folclore nacional aprecio quanto mais outro qualquer! Continuo a rir da minha ignorância. Uma tristeza, mas enfim, perdoe-me, se puder. Assim, o meu comentário fica muito limitado, não é? mas olhe, gostei muito. A imagem que deu origem ao desafio transporta-nos a todos para a época da 2ª guerra e para alemães, no mínimo, duvidosos. Já a nível de javalis, temos de tudo. Gostei muito do seu. O conto está bem escrito e igualmente bem orientado. desperta interesse à medida que se vai desenrolando. Tem criatividade e emotividade. Adequa-se perfeitamente à proposta do desafio. Que mais se poderia pedir? apenas que eu própria soubesse antes coisas que fiquei a saber graças a si. Obrigada e boa sorte.

    • Telêmaco Augusto
      27 de maio de 2017

      Oi, Ana,
      Obrigado por ler e comentar.
      Uma pena ouvir que você não gosta sequer da mitologia de seu país, mas estamos sempre a aprender coisas novas e a nos surpreender. O bom é que ignorância tem cura. Apesar de você ter rido, foi em busca de entendimento, o que já é louvável. O caapora é um ser da mata que cavalga um javali. Ele cuida dos seres da mata e espanta os caçadores. Tem a capacidade de fazer reviver as criaturas. Se houver alguma outra coisa que deseje saber, por favor, pergunte.
      Até mais ver!

  47. Milton Meier Junior
    23 de maio de 2017

    Um texto ágil, bem escrito e bastante original. Trazer a mitologia brasileira para a história foi bem interessante e ao mesmo tempo não foge do “tema” proposto pela imagem. Muito bem construído. Parabéns!

    • Telêmaco Augusto
      27 de maio de 2017

      Oi, Milton,
      Obrigado pelo comentário!
      Até mais ver!

  48. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    22 de maio de 2017

    Olá, Telêmaco,
    Tudo bem?
    Gostei da lembrança do Caipora no desafio. Afinal, a lenda “cavalga” um Javali. O desafio Folclore passou, mas a menção a ele prova que a fonte é inesgotável.
    Imaginar um perverso colecionador de criaturas, mitos e lendas, capturando seres em todo o mundo, foi no mínimo criativo. Uma boa abordagem à figura da lenda e, mais que isso, do Javali. O porco é quase um coadjuvante até o momento final, mas está lá, “vivo”. Um personagem rico dentro da história e talvez até mais cativante que os protagonistas.
    Chegamos a sentir pena dos seres na cena em que o tubo vai se revelando para o momento do “abate”.
    O conto tem um quê de antigos filmes de caça na África. Não sei o motivo de a narrativa ter me remetido a essa imagem. Talvez pelo modo com que o autor conduz a trama.
    Os diálogos dentro do trabalho estão bem desenvolvidos e naturais. A escrita flui bem e é muito competente.
    Adorei o trabalho na imagem.
    Parabéns e boa sorte no desafio.
    Beijos
    Paula Giannini

    • Telêmaco Augusto
      27 de maio de 2017

      Oi, Paula,
      Obrigado pelo comentário!
      Sim. A fonte é inesgotável. A mitologia brasileira, o folclores, a fonte da terra é inesgotável. Deveríamos usar mais disso para que os leitores acostumem os olhos e percam aquele ranço preconceituoso de que tudo o que é daqui não tem valor.
      Até mais ver!

      • Paula Giannini - palcodapalavrablog
        27 de maio de 2017

        😀

  49. Anorkinda Neide
    20 de maio de 2017

    Olá!
    Então aqui vc trouxe o Caapora… será q vc, autor(a) não conseguiu participar do desafio do folclore brasileiro e ficou com a criatividade acumulada? hehehe
    Eu gostei do texto, ele flui legal, cheguei até o final sem dificuldades nem ressalvas. Achei mesmo competente a estrutura, as frases, o desenrolar da historia. Só achei q a história nao brilhou muito, pra mim, questão de gosto mesmo. Não consegui me apegar aos personagens, talvez faltasse um pouco de detalhes na construção deles, entendendo que o limite de palavras atrapalha.
    Mas é um bom conto, bom concorrente. Parabéns
    Abraçao

    • Telêmaco Augusto
      27 de maio de 2017

      Oi, Anorkinda.
      Tão bom receber um comentário seu!
      Sim. Trouxe o caapora, que é diferente do curupira. O caapora cavalga num porco do mato e não tem os pés virados para trás.
      Tenho que me repetir com relação ao uso do folclore, ou da mitologia nacional, aqui… Soa como preconceito limitar o uso da mitologia a um único certame quando utilizamos a mitologia mundial para qualquer certame. Uma pena. Espero que, aos poucos, os escritores e leitores percam esse ranço porque a cultura desse país, aquela da qual não se fala, música, dança, lendas… É rica e vasta, e tende a desaparecer pelo desuso.
      Anotei aqui os apontamentos com relação aos personagens e aos detalhes em suas construções. Podemos conversar sobre isso depois do certame?
      Até mais ver!

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Publicado às 20 de maio de 2017 por em Imagem - 2017 e marcado .
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