Hospital psiquiátrico, 1914. Ele, seu pai – internado. Ela, sua filha – muda. Ouvia tudo o que a mente senil, perturbada por assombrações, dizia. Sua mãe a abandonara quando pequena. Restava apenas o carinho do pai, que em todas as conversas, se autoproclamava um viajante do tempo. Quando isso acontecia, ela sinalizava aos enfermeiros e beijava sua testa, com olhos marejados. “Foi por você”, ele balbuciava… Lá fora, os jornais estampavam o improvável resgate do arquiduque austríaco, como se isso pudesse alterar a história. Seria possível? Olhou ao redor. E voltou a vender flores, iluminando vidas que jamais ouviriam seus lamentos.
Tem que pegar as referências… 1914, assassinato de Francisco Ferdinando, estopim para a Primeira Guerra…
Achei bonito esse sentimento entre pai e filha. Mas gostaria que essa história fosse mais longa… dá um bom conto.
Avise-me se for escrever mais!
Boa sorte
(E, finalmente, minha última rosa… Daqui, me despeço de todos, com um pequeno pensamento: “Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira.” – Cecília Meireles)
Outra viagem no tempo. Bonita, esta. Mas esse tema exige, a meu ver, um nível maior de criatividade.
Boa sorte!
(Agradeço a leitura!)
-Originalidade(10,0): Uma espécie de narrativa histórica disfarçada, mas que convence pela simplicidade e delicadeza.
-Construção(8,5): Apesar de ter esperado um algo mais no final, o texto em si me cativou. Entendi a referência com a Guerra Mundial e o arquiduque austríaco e isso fez toda a diferença.
-Apego(8,5): A paixão do pai pela filha o motiva a voltar no tempo para salvá-la. Belíssima história que, como já disseram, poderia muito bem virar um romance. Eu compraria!
Boa sorte!
(Bom saber que minha pequena história fez tantos ‘apreciadores’ de emotividade. Agradeço as definições generosas e bem acertadas. Tome esta última rosa. Não sei se terei outra chance… Mas voltarei em breve, e você(s) terá(ão) uma nova perspectiva sobre os fatos. Isso eu garanto!)
Um conto bem escrito e com um enredo bacana. O pai de Sofia evitou a morte do duque Franz Ferdinand, evitando (ou seria “adiando”?) início da Primeira Guerra Mundial? Mesmo que a guerra fosse algo inevitável, adiando seu início ou transferindo sua ocorrência para outras localidades, ele conseguiu, ao menos, salvar sua filha. daria um belo conto, novela ou mesmo um romance, pois temas históricos sempre tem muitas coisas a serem contadas.
Boa sorte.
(Evitar ou adiar está na mente de quem lê. Não sei se teria “voz” numa novela escrita, mas quem sabe, um dia… Agradeço a gentileza! São minhas últimas flores. Pegue uma delas, por favor.)
Achei o conto médio. Sinceramente não entendi a viajem no tempo. Achei bem escrito e as frases curtas não me incomodam, gosto delas, inclusive, no entanto, não fui capaz de entender a história. Boa sorte.
(Agradeço a leitura. Sei que o tempo urge (ou seria ruge?). Mas gostaria que tentasse compreender as nuances em uma nova leitura. Dizem que o senhor é gentil com os pacientes. Cá entre nós, tem um dentista ali, do outro lado da rua, que nem se quer limpa os alicates, veja só… Temo que minhas flores estejam acabando. Resta apenas algumas rosas. Uma, talvez, será capaz de alegrar seu dia).
A premissa é muito boa. Seria legal se pudesse transformar esse conto em algo maior depois. Aqui, porém, o pouco espaço deixou o texto com um pouco a desejar. Entretanto, como eu já disse, a premissa é boa e você escreve muito bem. Parabéns.
(Agradeço a gentileza. Você não é o primeiro a me dizer isso. Infelizmente, minha deixa neste palco está chegando ao fim. Se voltarei algum dia? Há de se pensar.)
Um pouco confuso para mim, mas gostei do tom de mistério
(Que misteriosa seria a vida sem seus mistérios escondidos nas entrelinhas… Agradeço a leitura!)
S inceramente o conto tem uma boa proposta e arquitetar algo assim é realmente arriscado, visto que pode parecer confuso para muitos e é.
O lhando para seu conto e analisando a escrita, não posso questionar nada, pois o texto é muito bem escrito.
F ica para mim entretanto a sensação estranha de algo que não se completa, como um elo quebrado, ou apenas que esteja faltando pegar o alicate e apertá-lo para que as pontas soltas se juntem e assim fortaleça o nó da corrente.
Isso é meio estranho para mim, mas por mais que seja um tema que eu goste, senti que a final da leitura, o fato histórico, a oportunidade de mudar tudo, isso deixou um vazio, e sei que foi intencional. Afinal, seria ou não seria? Tipo, será que vai dar tempo?
A gora já ao final do meu comentário e veja que esse texto foi um dos primeiros que li para acompanhar um pouco de sua interação com o pessoal, digo que realmente soou ainda que bem executado um fragmento de algo maior. Mas saiba que ainda assim gostei de toda a proposta que você nos apresentou. Foi um ensaio bem realizado!
(Querido, agradeço acróstico tão bem arquitetado, recheado de emoções e sinceridades. Quanto ao fim, realmente foi intencional. Queria manter um tom mais realista e emotivo – se de repente tirasse um coelho da cartola (um ex-coelho-machina), era capaz dos espectadores saírem mais desapontados. Sua palavra “ensaio” indica que, em breve, meu teatro da vida fechará as cortinas… Triste, mas terei de deixá-los com seus pensamentos inquietantes. Quem sabe alguém não trará as respostas por mim, no futuro? Mas fico feliz por deixar uma marca em seus corações).
Querida Sofia,
Tudo bem?
Seu conto promete algo maior. A premissa sugere que você tem muito mais a contar e que o trabalho merece o investimento em um conto de fôlego maior. Quem sabe até em um romance.
Parabéns por seu trabalho e boa sorte no desafio.
Beijos
Paula Giannini
(Um romance… a ideia me atinge de forma certeira, ainda mais com seu incentivo, querida. Mas tenho medo de me perder no caminho, sabes, não sou tão prolixa assim. Quem sabe num projeto futuro. Estou um pouco triste, pois meu tempo está acabando, assim como as flores de meu estoque. Mas fico imensamente feliz por todas as expressões de seus amigos, desde o início).
A idéia é boa, um ótimo conto!
(Agradeço a gentileza!)
Me aparecem diversas teorias na cabeça, varias perguntas. O arquiduque vai sair vivo de Sarajevo? A guerra será evitada? Sofia vai se chocar com algo mais além da revolução russa na década em que se narra?
Um texto muito bem escrito com uma história muito intrigante e interessante. Apenas o final que destoa um pouco de todo o resto, o espaço poderia ser usado para alguma sugestão megalomaníaca, ai sim seria muito arrebatador.
Ótimo conto.
(Suas perguntas atingiram o objetivo. Seria possível mesmo alterar tudo? O vazio é intencional. Garanto que, se me enveredasse por esse lado megalomaníaco, a história perderia muito na emotividade e seus amigos não iriam gostar. Agradeço a leitura. Minhas flores estão quase acabando, mas ainda tenho algumas, se desejar.)
Não se preocupe, Sofia. O conto funciona. Há algumas questões de estrutura que poderiam ser melhoradas, mas ele não deixa de ser interessante por isso. Acho que falta polir, arrumar uma ou outra coisa (falou tempo?). Nada novo, mas é funcional.
(Agradeço a gentileza… Tempo, esse eterno menino brincalhão que insiste em se esconder e não ser achado, aparecendo quando menos se espera, ganhando o jogo, por fim).
esta história não cabe neste desafio, merece mais espaço precisa de respirar num espaço mais amplo. Tu mostras que sabes escrever muito bem e tens uma história-trama muito bem pensada, então é só repegares neste texto e desenvolver para um conto com pretensões maiores, parabéns
(Curioso, és o terceiro ou quarto a dizer isso. Não creio que o impacto seria maior, em proporção. Prefiro manter-me singela, na vaga lembrança de escritos esquecidos, atrás da cortina dos anfiteatros da vida).
O pai da menina fez uma viagem no tempo, provavelmente fez algo para impedir o assassinato do Franz Ferdinand… rs, e salvou a humanidade. Só que a humanidade foi salva de brinde, pois o cara diz “foi por você”, ou seja, ele queria salvar a filha, que provavelmente morreria na guerra. Bom, nem todo herói usa capa e é reconhecido… kkk. Bom, foi isso que entendi.
Gostei do conto. Achei interessante a mistura das ideias de quem escreveu, com fatos históricos. Apesar de ter cem contos aqui no desafio, poucos foram nessa onda.
(Agradeço a leitura. O “brinde” está correto, assim como suas suposições. Os verdadeiros heróis são aqueles que, diante da adversidade, impõe sobriedade.)
Olá! O título me parece algo que o pai, viajante no tempo, diria à filha em desespero ante uma tragédia iminente. “Foi por você” confirma essa teoria. As ideias subentendidas brotam por todos os lados. Achei esse conto extremamente bem construído, deixando tanta substância para interpretação, mas, ainda assim, proporcionando uma bela história e construindo um perfil muito sólido para a protagonista.
Parabéns e boa sorte.
(Agradeço a leitura. Já que estamos na reta final, devo esclarecer a minha interpretação: sou apenas uma pessoa simples, sem voz num mundo turbulento, com um pai bastante cuidadoso, apesar de sua situação atual. Diz ele que me salvou de um evento futuro – que pode afetar outros – mas como sou a pessoa mais importante de sua vida, ele diz que ‘fez o que fez’ por mim. A imaginação é a maneira que a humanidade encontrou de voar, sem tirar os pés do chão.)
O que eu entendi é que ele de fato voltou no tempo e salvou, de alguma forma, o arquiduque, impedindo o evento que serviu de estopim para a primeira guerra mundial. O questionamento levantado (…”como se isso pudesse alterar a história”) é válido, já que, ao que os historiadores comentam, não fosse a morte do arquiduque outro evento serviria de estopim. As nações naquela época já se encontravam em estado de ebulição, loucas para testar seus novos “brinquedos de guerra” por aí e expandir seus territórios em plena revolução industrial.
Agora, não entendi como isso afeta a vida de Sofia, muito menos quem era mesmo o pai dela. Minha cabeça explodiu quando li o comentário do Selga, que faz tanto sentido que cheguei a admirar mais o seu conto, mesmo com você admitindo em resposta que ele havia exagero na interpretação, hehehehe.
Gostei muito da forma como você escreve. Só não entendo o costume do pessoal de escrever tudo em um parágrafo só. Não é por que o mini conto é pequeno que ele tem que ser escrito em apenas um parágrafo!
De qualquer forma, uma excelente leitura. Dá o que pensar.
(Agradeço a gentileza. Sabe, eu e meu pai somos pessoas bastante comuns. Se ele realmente conseguiu atingir seu objetivo, creio que tenha evitado algo que impactaria diretamente em nossas vidas – e a de outros, por tabela. Pelos elogios, não vou cobrar-lhe esse ramo de calêndulas).
A idéia é boa, como são todos os contos nessa temática, mas os paradoxos levantados são tantos que arruinaram o conto.
(Não dizem que alguns veem a pintura, enquanto outros veem a rachadura? Agradeço o comentário.)
Senti que o fechamento do texto não condiz com o clima criado até então. Talvez esse seja mais um dos textos que precisa de um espaço maior para ser desenvolvido. Aí sim teríamos uma grande história.
Resultado – Average
(Espaço maior? Talvez. Mas acho que resumi bem minha situação, apesar da pequena confusão de pronomes iniciais. Já a conclusão abre inúmeras possibilidades; mas a que mais gosto é a da ‘esperança’, apesar do tom melancólico. Agradeço a leitura.)
Uma realidade histórica alternativa misturada com FC em microconto? Achei muito boa a ideia. Pena que a premissa não tenha tempo nem espaço para se desenvolver. Agora, em questão de lógica, se ele era um viajante no tempo, e ela era sua filha, não tinha como ele saber que seria por ela, pois ela não existiria se ele não tivesse voltado… Mesmo assim, um início promissor.
Aqui eu me metendo no conto alheio de novo. A menina era uma adolescente ou adulta quando ele fez a viagem no tempo. O conto inicia com a informação que estavam em 1914, o arquiduque sofreu o atentado, justamente, naquele ano, então a viagem no tempo pode ter retroagido meses, ou dias, ou horas. Portanto, a moça não só era nascida, como crescida. Mesmo que ele não tivesse voltado, o evento que ele tentou e conseguiu interromper aconteceu com ela já existindo. Desculpa aí a interferência e boa noite.
(Olá, moços (novamente)! Acho que sei quem me defende… Deixando as brincadeiras de lado, ele está certo. Foi uma viagem curta. Não pense no paradoxo do avô, onde se volta muito tempo. Pense no paradoxo da predestinação, onde qualquer ação é consertada pela própria história, mesmo que um indivíduo se intrometa em algum evento histórico momentâneo. Trouxe ramos de Amarilis para vocês. Obrigada.)
Peraí, estou quase entendendo… Se ele não resgatasse o arquiduque (só que Francisco Ferdinando não foi sequestrado, foi assassinado), ela morreria na primeira guerra mundial? É isso?
(“Resgate” da situação, querido. Resgate pode se referir a qualquer situação. Quanto ao seu raciocínio, está correto).
MERGULHO da virgem no precipício. Algo me escapou quanto ao arquiduque austríaco e sua viagem no tempo. Sobrou começo e faltou espaço precioso para dar IMPACTO no final. Belo, porém estrategicamente mal executado.
(Agradeço o mergulho, querida! Vejo que entendeu a parte principal, a viagem no tempo e o drama. Quanto à execução, talvez algumas partes tenham ficado um pouco travadas, admito. Mas, quem sabe, num futuro próximo, não poderemos nadar juntas nas águas de remorsos passados, assim que o desafio terminar?)
O episódio que precipitou o início da Primeira Guerra Mundial, o homicídio do arquiduque Ferdinando, é conhecido -ou deveria ser. Assim, esse conto trabalha com realidade histórica alternativa na qual, em minha opinião, o personagem é o próprio arquiduque.
Os indícios que me fazem adotar semelhante interpretação: 1) 1914 é ano do atentado e o do início da Primeira Guerra; 2) o nome da personagem feminina, Sofia (aqui, filha do personagem masculino), é o mesmo da esposa do arquiduque (ela morreu no mesmo atentado); 3) o fato de Sofia ser muda pode ser uma referência ao fato de que a esposa do arquiduque Ferdinando não tinha voz na côrte austríaca, discriminada por não ter “sangue azul”; 4) baleado, o arquiduque teria dito à sua esposa, ates de morrer, palavras carinhosas, assim como o personagem internado diz “foi por você”; 5) essa frase também adquire outro significado possível: uma alusão à grande e bem sucedida insistência do personagem histórico em casar-se com uma plebeia, diante da cerrada oposição paterna.
A versão alternativa da História estaria essencialmente no fato de que Ferdinando não teria morrido no atentado: ele estaria internado num hospital psiquiátrico, motivo pelo qual os jornais falam em resgate, o que gera uma frase irônica dentro de um enredo de realidade histórica alternativa: “como se isso pudesse alterar a história”. Esse resgate parece não ser do agrado da personagem, provavelmente preocupada com a integridade física do pai (“seria possível? Olhou ao redor”).
Um belo trabalho literário, mas considero o seguinte período mal construído, por gerar uma ambiguidade que suponho indesejada: “Ele, seu pai – internado. Ela, sua filha – muda. Ouvia tudo o que a mente senil, perturbada por assombrações, dizia”. Quem ouvia? Ela, em função de conversar com o personagem, ou ele, ouvindo a si mesmo? A dúvida muito rapidamente se dissolve, mas o trecho precisaria de melhor organização.
(Agradeço o tempo investido em sua análise. Ah, a tecla sonora dos pronomes iniciais – já estou querendo me esconder! Foi um erro, eu sei, mas pretendo corrigir em nova versão. Obrigada. Quanto a história em si, vi um ângulo diferente que realmente poderia se encaixar. Dizem que as histórias ganham uma nova roupagem na mente alheia, e a sua foi a mais criativa. No entanto,devo dizer que essa não foi a ideia inicial, mas também me surpreendi ao ver que realmente poderia ser desse jeito. Nos trilhos da vida, ou você é o maquinista ou é o desvio.)
Está bem escrito e provavelmente há algo além do que foi contado, fazendo referência a algum evento histórico. Mas não me cativou. Fiquei com impressão de muita informação para pouco espaço, além da informação extra caso o leitor queira pesquisar sobre o tal resgate do arquiduque austríaco.
A última frase é uma das mais belas do desafio, mas infelizmente não teve tempo de ser impactante.
Abraço!
(Querido, não há referência maior para o ser humano do que nossa própria história. O que dirão nossos descendentes sobre o período em que vivemos? Quanto às suas divagações, devo dizer-lhe que há apenas um contexto histórico e nada mais, que deveria ser bastante conhecido, mas vejo que me enganei. Se há muita informação? Somente sua percepção pode responder. No entanto, vejo que já estás cansado e exaurido de entusiasmo. Dizem que camomilas e lírios acalmam uma alma agitada. Posso lhe deixar algumas, como agradecimento?)
Um triste fim para o homem e sua filha, a dor de ambos é passada com esmero pelas linhas escritas. Fiquei com aquela sensação de nostalgia, como se eu própria estivesse naquela cena, naquele hospital psiquiátrico em 1914. Pelo ano, deduzo que sua história teria relação com a Primeira Guerra Mundial, mas o meu conhecimento histórico fica por aqui, infelizmente. Imagino que a história foi alterada, pela forma que o conto é narrado. Um conto muito singelo e com imensa carga dramática.
(Acertou nos conceitos, querida. Quanto ao dar certo ou não, deixo você decidir. Sim, tentei explorar sensações – uma tarefa árdua. Alguns são mais sensíveis, outros não. Me alegra saber que minha pequena história causa tantas interpretações. Afinal, só posso tocar o coração de quem deixa sua janela entreaberta.)
Não é por acaso que a autora escolheu o pseudônimo, “Sophie” foi a esposa do herdeiro do Império Austro-Húngaro, falecida no mesmo atentado e, aqui, você foi muito sábia ao construir esta trama que envolve temas árduos mesclando fantasia e realidade histórica, com linguagem simples e terna. (Além disso, oferecendo flores aos comentaristas). Gostei muito e vai para a lista. Uma das funções da Literatura é ampliar horizontes. Parabéns! Abraços.
(Ampliar horizontes… é o que preciso. Agradeço a generosidade. Sei que não agradei a todos, mas fico muito feliz com esse comentário. O horizonte não está tão longe do alcançar, depende exclusivamente do desejo de encontrar. Aceitas um pequeno ramo de kalanchoe, como símbolo de gratidão?)
O conto é muito bem pensado e inteligente. Infelizmente, precisei ler os comentários (e relembrar as aulas de história) para entender, mas tecnicamente é muito bem escrito e a ideia, bastante interessante. Parabéns
(Agradeço a gentileza. Gostaria de um lírio do campo?)
Oi Sofia. Realmente seu conto é pra quem teve boa frequência nas aulas de História. Mas nem assim é fácil acompanhar seu enredo. Tem gente aqui no EC q é muito “cabeça” e consegue ler entrelinhas q eu jamais alcançaria. rsrsrs. Mas vejo q tb tem gente q boiou mais do que eu. Então, sabendo q a gente não escreve pra agradar a gregos e troianos, só posso dizer que tecnicamente vc escreve muito bem, seu estilo fica claro, vc se esmera na escolha das palavras, fez um bom trabalho mesmo com o conto. Parabéns.
(Obrigada, querida. Minha intenção era ser mais emotiva, mas vejo que o lado histórico incomodou muita gente. Sinceramente, achei que seria um fato bastante conhecido por todos… de repente, papai tinha razão, e conseguiu fazer algo a respeito).
Oi Sofia, o conjunto todo do seu texto está muito bonito de se ver, começando com a imagem, que me levou a quase conseguir te ver contando essa história. Então, o seu pai (provavelmente) salvou o mundo da primeira guerra e você não pode se gabar disso, ao contrário, tem que buscar seu sustento vendendo flores e ainda conseguir forças para visitar seu pai “louco” e alegrar um pouco a vida dele, que deve ficar feliz de pelo menos tê-la poupado de uma guerra. Gostei bastante. Parabéns e boa sorte!
(Conseguiste compreender tudo, minha querida. Agradeço a gentileza. Infelizmente, assim é a vida. Mas procuro avaliar a beleza e sinceridade escondida nos pequenos detalhes; pois a felicidade é feita de retalhos que, vistos de longe, formam uma bela paisagem.)
A Primeira Guerra Mundial não é dos meus assuntos preferidos em História. A mim me convenceu, o pai enlouqueceu com a tentativa de salvar o arquiduque, mas não adiantou nada. Sofia, sábia como o próprio nome, continuou em sua lida. Que mais haveria de fazer? Mesmo pensando isso, tenho certeza de que deixei escapar algum detalhe importante, rs… A você dou os parabéns pela segurança da narrativa. Viagem no tempo e história alternativa são dois temas que adoro e vê-los em um mesmo conto, ainda por cima microconto (mais complicado ainda!), é para respeitar, não é para qualquer um. Parabéns!
(Querida, agradeço imensamente seu comentário. Entendeu tudo direitinho sim, apesar de, intencionalmente, ter deixado em aberto a questão da viagem ter funcionado ou não – depende de quem lê. Fico envergonhada com tantos elogios. Só me resta dizer: 그래서 친절에 감사드립니다).
천만에요, 잘되길 바래요, 지혜씨! 😉
Fui ler todos os comentários – bastante favoráveis em sua maioria – na esperança de que me ajudassem no meu próprio comentário, que vou acabar não fazendo porque, apesar de várias releituras, confesso não ter conseguido acompanhar a história… Embora conheça o episódio, a própria expressão “resgate do arquiduque” me confundiu…
Bem, não sou o autor deste microconto, mas eu acho que o autor quis dizer que com o resgate do Arquiduque a primeira guerra mundial seria evitada. Então de certa forma, ele ajudou a todos e inclusive a sua filha.
(Exatamente! Apesar de tentar focar no lado mais emotivo, também procurei aplicar um contexto histórico. Agradeço a defesa, mas também agradeço o comentário sincero, acima. Afinal, não somos todos iguais no início e no fim? As experiências é que ditam o meio. Tenho flores para vocês dois, queridos.)
Muito bacana!
De imediato ”saquei” a parada. Achei muito legal a forma como foi contato esse conto, usando momentos históricos grandiosos, como o estopim para a primeira guerra mundial. Conhecendo os humanos, sabemos que se não fosse esse,seria outro motivo.
Mas a beleza do conto está nisso, em imaginar em como seria bom ter a chance de voltar ao passado e desfazer erros como este. A autora usou um personagem que desde sempre foi tido como louco, incompreendido, mas pelo visto um herói. É comum imaginar essas coisas, como voltar ao tempo e impedir as guerras e toda a desgraça do mundo.
E a filha mal sabe da grandiosidade dos atos do pai, de certo ela seria uma vítima, e estaria recebendo flores em um túmulo, e não vendendo e celebrando a vida.
A escrita está muito boa, me senti na cena, ficou bem ambientado mesmo em um curto espaço.
Parabéns pela criatividade. Gostei!
(Agradeço o comentário gentil. Você captou bem as nuances de minha história. Mas, quanto a voltar no tempo, creio que isso estragaria inúmeras experiências futuras do próprio viajante, e mesmo que trouxesse algum benefício, acabaria por deixá-lo um tanto desnorteado, ou louco… Percebi que crisântemos laranjas combinam bem com seu perfil. Posso ceder-lhe um ramalhete, se desejar).
Eu encontrei três histórias, sem conexão. Li por três vezes e essas três histórias ficaram sem um elo que protegesse de escrever que não gostei porque não entendi. Boa sorte!
(Agradeço a sinceridade. Acredito que trilhamos nossos próprios caminhos, sem qualquer interferência externa, a não ser que haja algum imprevisto. Ou seja, falhei em minha premissa com você. Mas, acontece. Quem sabe um dia não nos encontremos em posições opostas? Obrigada pelo seu tempo).
Eu viajei no mal sentido no “voltar a vender flores” depois do começo no hospital. Mea culpa, sim, eu sei, reli. A vida volta ao “normal” que não deveria, mas a trama é como é pr conta de: motivos!!!! hehehehe. Well…..tudo bem. Aquém disso, olha, como plot de viagem no tempo, nada de novo, concordemos?…. ou não? Ah, concordemos sim, ué. Se fosse fácil todos empatariam em primeiro lugar. Principalmente com a famosa viagem no tempo, dá caldo o tema, mas dá calos também. Médio. Boa sorte.
(Wow! Of course! Yes! Nossa, isso são termos bem diferentes, moço. Vou anotá-los. Querido, agradeço muito pelas impressões tão gentis e febris – por que não? Só não entendi a parte do “mal sentido”. O cavalheiro se refere ao quê exatamente? Sabes, ainda sou um tanto inocente. Aceitas um ramo de girassol? Dizem que atraem boas vibrações).
Incrível! Muito bem construído e vai pegar de surpresa muita gente que não gosta de história. Detalhes e enredo que eu adoro! E lá se vai o atentado de Sarajevo… “Como se isso pudesse alterar a história”, predestinação? O final é incrível também. Boa sorte!
(Predestinação? É possível. Uma vertente bastante curiosa da história. Agradeço os elogios tão efusivos. Por favor, pegue este cravo vermelho. Se não lhe trouxer sorte no amor, lhe trará boas lembranças, eu garanto).
Excelente! É uma ideia que me atrai bastante, a dos viajantes do tempo que tentam alterar coisas mas tem um problema causal pra enfrentar…
Brincadeiras à parte, conto excelente. Gostei de tudo e fiquei querendo mais! Parabéns!
Só uma pergunta, Sofia. Em que mês se passa a história?
Abraços.
(Quem não deseja saber mais sobre sua própria vida? Gostaria de possuir uma máquina do tempo, para correr o novelo da vida e consertar erros passados. Mas então poderia correr o risco de estragar outras coisas. Acho que sou o que sou, hoje, somente pelas experiências vividas. Desculpe, são muitas divagações. A história é centrada no início de 1914, o que sugere que, depois das reticências, passou-se um tempo e provavelmente meu pai tenha conseguido alcançar seu objetivo. Sim, ficou bastante subjetivo).
Ou adiar o inevitável… 🙂
Parabéns, novamente.
Gostei muito do conto e da qualidade da narrativa, me deixou com gostinho de quero mais e, pessoalmente falando, esse é o melhor elogio que eu poderia dar, porque quando o trabalho é bem feito, ficamos com aquela sensação de que não quer que acabe. O fato de citar viagem do tempo me fez lembrar Doctor Who, gosto bastante desse tipo de história. Parabéns!!
(Vou lhe confessar um segredo, cá entre nós: grande escolha de série. Não é de meu tempo, mas é do tempo de quem vos transcreve estas palavras. Ufa! Me senti deslocada por um momento. Alcançar o objetivo de encantar quem me ouve, traz uma felicidade indescritível. Quem sabe um dia não revele mais sobre meus passos nas finas areais do tempo? As marcas ficam.)
Oi!
Gostei do conto, acho que ele foi muito bem pensado e isso é importante. Porém
me parece que para o limite do desafio a ideia é grande demais. Claro que com o pouco escrito você conseguiu levantar várias questões, como por exemplo:Interferência na história, viagem no tempo, realidades paralelas. Poxa, isso tudo é muito legal, mas ainda assim, acho que seu enredo ficaria ainda melhor em uma história mais longa. Compreende? Sobre a questão do conhecimento de mundo exigido para uma melhor compreensão, acho que o autor
realmente não deve se preocupar em facilitar as coisas, ainda mais quando usamos assuntos que deveriam ser de conhecimento da maioria, de qualquer forma, seu texto instigou muitos aqui a darem aquela famosa pesquisada, e isso tbm é muito legal. Gostei muito também da forma como você narrou e acho que a questão do desfecho, quando temos o “voltou a vender flores”, acho que essa ação poderia ter um significado um pouco mais explícito, além do metafórico em relação toda a trama.
Enfim, um texto bem construído, que na minha opinião, merece uma boa colocação.
Parabéns!
(Pois então, querido ouvinte. Realmente havia muito o que contar, mas pouco tempo… Aliás, tempo, essa entidade estranha, que quanto mais nos esforçamos em alcançar, mais distante fica. Agradeço comentário tão gentil. Desejas comprar um buquê de rosas?).
Que texto legal, deu originalidade a ideia de viagem no tempo. Parabéns
(Agradeço o conciso elogio!)
(Agradeço o conciso elogio! Se sou original? Quem sabe.)
GOD (Gosto, Originalidade, Desenvolvimento)
G: Encontrei apenas umas duas histórias de FC nesse desafio, que por coincidência, também trazem o tema de viagem no tempo. Mas aqui a construção tem um ar mais emotivo, diferente. É claro, tem o problema inicial dos pronomes (isso confundiu um pouco), mas é possível sentir a angústia da personagem. – 9,0
O: Não é tão original assim, mas o que chamou a atenção foi o uso da realidade histórica alternativa. O contexto dá a entender que aconteceu alguma coisa (ou não). Isso brinca um pouco com a vertente que diz que a história se conserta sozinha. – 8,5
D: Bem escrito, tirando a pequena falha inicial, mas eficiente em transmitir a amargura de tempos inconstantes. – 8,0
Fator “Oh my”: um texto que cativa mais pelo lado emocional, pois não houve muito espaço para um maior desenvolvimento e por consequência, envolvimento.
(Querido, sabia que ia gostar de minha trama. Tem ares que percorrem um estilo próprio, mas procurei me ater, principalmente, às sensações. Aproveitando, gostaria de comprar uma flor?)
Bastante original, o conto escolhe as palavras certas e narra tudo da melhor forma possível. Será que a sobrevivência de Franz Ferdinand mudaria muita coisa?
Parabéns!
Boa sorte!
(Essa é a grande questão de minha vida. Agradeço a leitura!).
Bacanérrimo. O conto faz com que um viajante do tempo evite a primeira guerra mundial, mas teria evitado mesmo? Se não fosse esse, talvez fosse outro evento. Eu me lembrei de um filme ruim chamado Premonição, onde um acidente de avião que causaria a morte de todos os seus passageiros é evitado, mas as pessoas saem morrendo na sequência do filme, uma a uma. A comparação é ruim, mas quem garante que salvando o arquiduque outro evento não iria disparar o gatilho que iniciou o conflito mundial. Minhas divagações sobre o assunto não atrapalham a excelente ideia do texto e a sua execução meio “comendo pelas beiradas”. Eu gostei, algo ficou sugerido, mas não a ponto de ficar nebuloso. Cumpriu com louvor o seu papel de microconto. Estrelinha para você.
(Gostei da estrelinha e dos termos “fora de minha época”. Vou anotar bacanérrimo em meu jornal. Vejo que entendes perfeitamente o contexto. Sim, creio que a história sempre dê um jeito de se consertar sozinha. Uma vertente pouco apreciada, mas tomada como verdade por muitos. Agradeço a generosidade, querida.)
Olá, tudo bem?
Então, li o conto logo nas primeiras horas do desafio e me chamou atenção a os detalhes, porque se piscar o olho ou se cabular as aulas de história, já era. Gosto porque fica uma sacada inteligente e acho que a magia da escrita, da literatura, está também em inserir assuntos diversos em um montante só. Aqui encontrei a interferência no fato histórico (o assassinato arquiduque Francisco Fernando) estopim para a primeira guerra mundial, entrando, portanto, numa realidade histórica alternativa.
Gostei do seu trabalho da forma que está.
Boa sorte no desafio.
(Querida, aguardava com ansiedade sua opinião. Vejo que entendes o ponto principal de minha história, apesar de conter vários elementos, como você disse. Senti que não lhe agradei como um todo. Por isso, dou-lhe esse pequeno ramalhete de flores azuis. São diferentes, mas belas. Não dizem que o cheiro das flores se conectam a desejos ocultos? Quem sabe o que o amanhã lhe trará.)
Obrigada, meu pudinzinho 😉
Parabéns por ter conseguido misturar tantos elementos complexos e contar a história com clareza e simplicidade, sem deixar de levantar as perguntas certas. Adorei o seu conto.
(Clareza e simplicidade são elogios acima da média. Muitos acharam difícil compreender minha história, mas não os culpo. É uma longa estrada até chegarem aqui, e muitos já estão cansados. Agradeço a perseverança).
Esse conto deu um nó em mim. Eu gostei. Não consigo explicar. Simplesmente gostei!
Parabéns, Sofia!
(Obrigada. Se desatarmos todos os nós de nossa vida, qual deles segurará o conjunto?)
Sofia, não se preocupe. O grande desafio para nós, enquanto escritores, é fazer com que o leitor entenda a percepção dos nossos mundos imaginários, o que é nada fácil, mas por outro lado, enriquece a história e inquieta o leitor, é quando ele dá aquela mexida desconfortável na cadeira, pois o que lê não está mastigadinho, o que tornaria a leitura bem mais fácil. O seu conto me pareceu fragmentos de outra história, levo a crer que o arquiduque é o pai dela, que a loucura dele se confunde com a dela, enfim, um conto que me tirou da zona confortável. Parabéns.
(Não creio que papai chegue a este ponto de loucura. Mas agradeço palavras tão gentis. Me emocionam. Tentarei não me preocupar demais. “Se viver é estar preocupado, prefiro preocupar-me em viver”. Quem sabe violetas lhe agradem?)
Sofia,
achei muito corajoso o seu conto.
Ele é bem escrito e não nos guia pela mão. Muito pelo contrário: precisamos nos debruçar sobre ele. Lê-lo com calma, sem pressa, correlacionando tudo.
Infelizmente, essa arte de leitura está em extinção.
Queremos as respostas de imediato e não olhamos com beleza para aquilo que é velado…
Bom, me sinto feliz por ir na contramão.
Afinal, o leitor apressado come cru.
(Quero arruda e carqueja, costela-de-adão e eunimo).
Parabéns.
(Gentileza gera gentileza, não é mesmo? Agradeço os apontamentos e palavras tão suaves para descrever como me sinto. Como gostaria de ter mãos à me guiar. Mas, como dizem, “quem anda em volta em busca de pensamentos, já pensou em voltar”… Infelizmente, arruda não tenho mais. As folhas de carqueja são boas para se fazer chá. Desculpe, mas desconheço eunimo. Costelas-de-adão possuem uma fragrância bastante forte. É para alguém em especial?)
Para moi mesmo. Vou preparar um banhador.
Eu achei o conto lindo, bem escrito. Entender, confesso que só entendi através dos comentários.
Ao escrever um conto assim o autor faz uma escolha. Imagina então quando se trata de um microconto… a escolha entre escrever aquilo que deseja, compreendido pelos que conhecem o contexto da história e conseguem fazer a associação, ou ser compreendido por todos e depender exclusivamente do gosto pessoal de cada um para que a história seja ou não aceita.
Gosto de autores que fazem a escolha que você fez. O que importa é o que o autor quis fazer, se o leitor for mais importante vira uma questão comercial.
Boa sorte!!
(Suas belas palavras me inspiram. Os escritores do jornal são seus conhecidos? Algumas coisas deram margem à diferentes interpretações. Sim, fiz uma escolha. Pena que muitos decidem apenas colher os espinhos, e quando chegam na rosa, já estão cansados. Aliás, margaridas parecem combinar bem com seu estilo. Permita-me colocar uma em sua orelha direita.)
Texto confuso. Acho que uma revisão com troca de palavras daria mais sentido à coisa.
O pai da fulana é doido de pedra, acha que viaja no tempo, aí o texto solta uma informação que não bate com a história real ( o duque que foi morto e não sequestrado), então o maluco viajava mesmo. A idéia é boa, mas sou suspeito porque adoro o tema.
Entretanto, a consecução do plano não ficou boa, desculpe, o negócio ficou muito enrolado.
(Querido, a palavra “resgate” pode se referir à qualquer evento, não necessariamente sequestro. Vejo que compreendeu algumas nuances de minha história, mas com uma interpretação diferente. Excelente. Dizem que a beleza está nos olhos de quem vê. Você pode ter descoberto uma nova dimensão de sua própria alma… Gostaria de comprar um flor?)
Excelente conto!
Aberto e fechado!
Histórico!
Quem lê com pressa ou com má vontade talvez não entenda o sentido. Os detalhes bem camuflados escondendo uma realidade, até mesmo no pseudônimo.
A forma como o texto é escrito também é muito boa.
Parabéns, Sofia. 🙂
(Muitos estão interessados em meu nome. Garanto que não há nada demais. Agradeço as palavras tão gentis! Afinal, ler é o ato de acessar a mente de outrem, com permissão.)
Uau! Uma história de viagem no tempo me leva de volta ao primeiro desafio que participei aqui. Adoro essa inserção de fatos históricos na narrativa. Triste que muitas pessoas desconheçam tanto a História e acabem diminuindo o conto por não entendê-lo ou por não ter disposição de dar uma pesquisadinha. Para mim, contos como esse são sempre enriquecedores. Qual não foi minha surpresa ao descobrir que a esposa do arquiduque Francisco Fernando chamava-se Sofia, a duquesa de Hohenberg, assassinada juntamente com seu marido em 1914.
Não gosto muito da passagem “como se isso pudesse alterar a história”, mas entendo perfeitamente sua presença diante da escassez de palavras que o tema permite.
Parabéns por fugir do comum.
(Olá, moço. Você está certo em sua colocação. Quanto ao nome, foi apenas coincidência – se é que elas existem. Agradeço a “defesa” de minha história em linhas tão diretas. A frase em itálico é para ser ambígua mesmo. Será que houve mesmo uma alteração? Não lembro de estar em desafios anteriores, mas se minhas preocupações lhe agradaram, fico feliz.)
O conto é meio inquietante, porque li e reli e não consegui formar base de comentário sem ler os outros comentários. Tem beleza e talvez até poesia, mas não entendi a história. Desculpe autor, acontece ás vezes(por incompetência minha). Bom desafio!
(Não se martirize, minha querida. Minha história realmente pode confundir os mais incautos. Não era minha intenção. Podem existir várias interpretações. Lembre-se: a borboleta se acha feia por não ser capaz de vislumbrar suas próprias asas.)
Olá …
Texto sobre a filha que testemunha convulsões do pai num hospital psiquiátrico, sendo que o pai lhe diz que viaja no tempo e que o faz por ela.
O episódio do duque deixa entender que a história foi alterada.
Texto meio confuso pra mim, apesar de arriscar uma interpretação, isso não chega a ser positivo.
Boa sorte.
(Você acertou em praticamente tudo. Sua sensibilidade falou mais alto. Desejas um ramo de begônias?)
Eu li o conto algumas vezes e corri pros comentários, porque não captei a mensagem. E parece que estou numa festa com todo mundo se divertindo, menos eu. A narrativa é bonita e passa uma imagem também bonita, com ternura. Mas a história, eu não peguei. Pesquisei sobre o arquiduque citado, cheguei em alguns personagens citados nos comentários, mas tá ainda nebuloso pra mim. No início, parece que alguém está visitando um hospital. E lá (no hospital) está o pai e a filha dessa pessoa. Ou o pai viajante estava no hospital no dia da visita? Deu um nó.
(Não há uma terceira pessoa. Somente eu e meu pai. Aconteceu alguma coisa, disso tenho certeza. Mas o quê, exatamente, só poderei saber nos anos vindouros. Fique com estes ramos de petúnias e zínias. Garanto que lhe deixarão um sozinho no rosto, se assim desejar. Não dizem que a ternura de uma criança reside em sua inocência, tal qual vaga-lume que se apaixonou por uma brasa aquecida?)
Oi,
Conto bonito e com um grau de profundidade que ainda não vi em nenhum aqui no desafio. O contexto histórico, real foco da narrativa na minha opinião, da mais que um simples toque de maestria, mas força o leitor que não detém conhecimento a busca-lo para entender o drama.
Como nem tudo é perfeito, o início dá margem para uma interpretação errônea quanto à quantidade de personagens na cena. Fato já citado em outros comentários.
Um dos que eu mais gostei até agora. Parabéns.
(Eu sei. O início de minha história contém inconsistências já apontadas pelos seus colegas. Devo admitir. Foi falta de tempo. Mas agradeço imensamente pelos comentários gentis e profundos. Afinal, o que é a amizade, senão uma troca de compreensão espontânea?)
Textaço! Pode até parecer fechado, mas é aberto, leva o leitor a se questionar, a querer saber mais da verdade implícita no texto. Bem elaborado, tema muito bom, muito bem trabalhado. Parece coisa de profissa! Parabéns mesmo!
(Um comentário tão gentil assim me desconcerta. Leve este bouquet de amor-perfeito. Creio que lhe trará belíssimas lembranças ao entregá-las à alguém que possa estar lhe aguardando.)
É leve, romântico, enternecedor.
(Grata pelas palavras sensíveis. Gostaria de comprar uma rosa?)
Várias informações em um espaço conciso. Gostei do tema histórico, da leve menção ao início da IGM. Achei interessante a premissa do viajante no tempo, e também a menção à profissão da filha, vendedora de flores – algo sutil mas com significado. Li uma segunda vez, para me certificar de que entendi a ideia, mas acredito que poderia ler várias vezes e tirar várias interpretações. Considero isso algo bom, o conto tem que deixar um pouco para a interpretação e imaginação do leitor. Obrigada pelo texto e boa sorte.
(Agradeço por achar minha pequena história tão cativante. Alegra-me muito. Ler é o ato de se conectar ao outro e retirar-lhe, sem remorso, um pequeno pedaço de seu mundo.)
Olá, Sofia ,
Decidi escrever meus comentários antes de ler as observações dos colegas.
Gostei do seu conto, gosto da temática da viagem no tempo e gosto muito de história. Por isso, foi muito bom ler o seu conto.
Achei, contudo, que você incluiu muitas coisas na sua história que, provavelmente, passarão batido em um conto tão curto.
Uma das coisas que me intrigou foi saber quem era exatamente a vendedora de flores. Com certeza não era a esposa de Franz Ferdinand (que por acaso também se chamava Sofia).
Parabéns pela história. Acredito que com mais palavras vc poderia ter elaboração um pouco mais e a história ganharia.
Parabéns! Boa sorte.
*poderia ter elaborado um pouco mais….
(Realmente, não sou a esposa de tão distinto cavalheiro. Alguns colegas seus acham que sim, mas então minha história seria muito mais confusa. Apenas ganhei este nome quando nasci, por coincidência, através de uma escolha. Tinha muito a lhe contar, mas meu tempo é curto e preciso cumprir minha cota. Desejas aproveitar e comprar um ramo de girassol?)
Lembra-me relato histórico. Faz-nos viajar no tempo. É terno. É romântico. Tem dimensão amorosa. O texto correto e bem escrito fornece leveza na leitura. Gostei.
(Agradeço a leitura. A compreensão. O objetivo. A sensação. Os elogios. A dimensão)
A impressão que tive é que o autor (a autora) resolveu pegar muitas ideias e enfiar tudo em 99 palavrinhas. Teve o cuidado suficiente para deixar a narrativa clara quanto ao tema – viajante do tempo/loucura.
A filha, vendedora de flores, me fez pensar no filme My Fair Lady e um do Charles Chaplin. Poética essa profissão. E no meio de uma possível guerra, por que não falar em flores, não é mesmo?
Bem escrito, mas faltou algo para me fazer mergulhar no universo de pai e filha.
Boa sorte!
(Que pena que não lhe cativei, moça. Devo ter errado na escolha de cores. Também aprecio este ilustre senhor, Charles Chaplin. Pena que o espaço é curto demais para trocarmos ideias. E quanto as flores, o que elas são, senão a expressão do avesso de nossas almas, gritando para que deixemos a luz entrar?)
Eu acredito que tenha uma história dentro dessa história exatamente na questão viagem do tempo e o resgate do arquiduque austríaco, sem contar no “foi por você”. Gostei especialmente por esse fato. É um conto bom de ler, linguagem clara (a não ser pela confusão do ‘seu’, ‘sua’, no começo), bem situado no tempo/espaço. Parabéns.
(Querida, sou um pouco confusa por natureza. Você tem razão em seus apontamentos. Agradeço o interesse em saber mais sobre mim. Sim, ainda há muito o que contar, mas onde posso encontrar alguém que me ouça, através de simples sinais?)
Uma bom tema de realismo fantástico. Porem, para esse tipo de tema, vejo que é importante inserir elementos mais naturais que nos façam acreditar que essa realidade fantástica realmente aconteceu. Por exemplo: A manchete do jornal que diz que o resgate do arquiduque poderia ter mudado a história não soa verdadeira pra mim. Seria verdadeiro vindo do viajante do tempo, mas não de um jornal que não sabe que a história realmente foi alterada.
(A manchete do jornal não menciona isso, querido. Só diz o fato. Por isso foi necessário o uso do itálico depois, é uma sugestão, entende? Agradeço o interesse em minha história).
Nesse caso, ao invés do itálico sugeriria aspas. Mesmo assim, como eu disse, na minha opinião, tira o envolvimento do leitor. Um realismo fantástico precisa, a meu ver, trazer o máximo de naturalidade para soar verdadeiro. Assim, faria um bonito contraponto com a fantasia. Só minha opinião.
Oi, Sofia
O início me quebrou pela ambiguidade criada. Os pronomes possessivos, “seu”, “sua”, permitem que encontremos uma terceira personagem no primeiro parágrafo. Daí perguntei: “quem que ouvia o pai a quem o narrador sugere a princípio ter problemas mentais. A filha do pai? Ou a filha da filha?
Depois, percebi que essa terceira pessoa não existe.
Voltei.
Até gostei do que li. Mas algo me incomodou, Como se uma ideia grande não coubesse numa caixinha tão pequetita sem amassá-la.
Creio que seja uma boa ideia experimentar repousar as potencialidades do conto em mais linhas,a fim de dar espaço a essa energia que o conto carrega.Assim,sua inspiração tem a chance de crescer e se desenvolver sem que a limitação de caracteres prejudique o desencadeamento das ideias, de sua inspiração.
Boa sorte!
Oi, Sofia
O início me quebrou pela ambiguidade criada. Os pronomes possessivos, “seu”, “sua”, permitem que encontremos uma terceira personagem no primeiro parágrafo. Daí perguntei: “quem que ouvia o pai a quem o narrador sugere a princípio ter problemas mentais. A filha do pai? Ou a filha da filha?
Depois, percebi que essa terceira pessoa não existe.
Voltei.
Até gostei do que li. Mas algo me incomodou, Como se uma ideia grande não coubesse numa caixinha tão pequetita sem amassá-la.
Creio que seja uma boa ideia experimentar repousar as potencialidades do conto em mais linhas para dar espaço a essa energia que o conto carrega para que sua inspiração cresça e se desenvolva sem que a limitação de caracteres prejudique o desencadeamento das ideias, de sua inspiração.
Boa sorte!
(Concordo com todas as suas observações, querida. E quanto à caixinha apertada que descreve todo meu ser, lembra-me de certos ditados populares, mas que fazem sentido. “Um patinho feio só é notado se visto em companhia de belas gaivotas”. Gostaria de comprar uma flor? Rosas parecem combinar com sua personalidade).
Ficou legal, mas o resultado parece estar devendo. Trouxe-me um tema instigante. Um retorno ao passado de um tempo bastante estudado. Senti que faltou algo, achei portas abertas demais o que me provoca um tanto de confusão. Quem sabe essa sua festa exigisse um salão maior.
(Festas, querido, são para quem pode. Infelizmente preciso ajudar em casa. E isso tira um pouco de meu tempo. Sim, a princípio minha vida parece sem graça, mas garanto que há muito o que descobrir, se olhar com os olhos do coração. Agradeço a sinceridade).
O que dizer? Lamento.
No geral, gosto de narrativas com viagem no tempo. Agora, não tenho certeza se interpretei certo. Esqueci uma coisinha ou outra das aulas de história, mas pelo que me lembro o assassinato do arquiduque foi o estopim (ou pelo menos um dos estopins) para a primeira guerra, que começou em 1914. Ao impedir a morte dele, pelo que entendi, a guerra não aconteceu, o que salvou a vida da moça. O pai da moça teria voltado ao passado para mudar o evento que causou a morte dela, e então retornou ao presente e ficou senil. Mas para que isso fizesse sentido, a história não teria de se passar alguns anos (ou pelo menos meses) depois da morte do arquiduque, em vez de na época em que a notícia de seu salvamento veio à tona? Ou será que o homem senil é o eu futuro do pai dela? Ou será que impedir a primeira guerra e salvar a filha são dois eventos sem relação entre si?
Ou seja, algumas coisas ficaram um tanto confusas. Talvez não seja o tipo de história que caiba em 99 palavras (ou talvez eu tenha esquecido de alguma coisa das aulas de história que seria essencial para o entendimento do conto).
(Moça, sua explicação é excelente e concordo em alguns pontos. Mas lembre-se que se houvesse existido um conflito, ele ocorreria meses a dentro do referido ano, ou em seu fim. O que me leva a crer que meu pai anda dizendo essas coisas desde o início deste ano. No entanto, você pode estar certa. Ainda me sinto confusa com tantas ideias. Gostaria de comprar uma flor ave-do-paraíso? Garanto que ela impressiona qualquer um, inclusive um futuro pretendente.)
Oie, Sofia!
Moça, você deu alguns nós na minha mente (como se fosse possível dar mais), seu conto faz alguns links com um belíssimo filme: “A escolha de Sofia”, uma polonesa que perdera a mãe cedo, mas que também abriu mão da filha, numa escolha dramática entre ela (uma menininha de 8 anos) e seu filho mais velho com 10 anos. Ambos seriam mortos se ela não escolhesse tentar salvar um, que iria para os campos de concentração, e o outro, para a câmara de gás. E quando a escolha é feita e menininha é tirada de seus braços, ela dá um grito mudo, de dor, de desespero… e continua muda em relação as tragédias vividas na II guerra, casa-se com um esquizofrênico drogado e violento, onde ela já não acreditava em Deus, e o fim que a leva ao suicido, não vou mencionar, porque posso estragar a desgraça mhor da trama. E as flores, as flores que oferece, seriam do seu tumulo Sofia? Ou apenas viajei demais? rs
(Querida, apesar de estar certa em alguns pontos, devo dizer-lhe que desconheço essa trama apresentada. Parece mesmo conter alguns pontos de minha breve vida, mas digo-lhe que minha história é diferente. Quanto a escolha, devo dizer que, no momento, escolhi trilhar um caminho de paz e sossego interior. Mas não quero sobrecarregá-la com ideias excessivas. Quanto as flores, o que elas são, senão a representação divina do que buscamos nos tornar?)
De início, a impressão que se tem é que há três personagens no conto: o pai (internado), a mulher, e a filha dessa mulher, uma garota muda. Talvez ficasse mais claro se escrito desta forma: “Ele, seu pai – internado. Ela, muda”; ou “Ele, seu pai – internado. Ela, filha desse homem – muda”. Tirando essa confusão, o conto mostra-se bastante competente ao instigar a imaginação daqueles, como eu, que apreciam um fato histórico relacionado à trama. Aqui, esse aspecto mostra-se ainda mais relevante, dado o baixo limite de palavras. Vê-se que o pai é um viajante do tempo que, de alguma forma, salvou o arquiduque Francisco Ferdinando de ser assassinado e, com isso, evitou a eclosão da I Guerra. De quebra, esse mesmo homem (o pai, internado), também salvou a filha de algo que não sabemos.
Bem, um microconto que se preze deve deixar lacunas para o leitor preencher, mas são necessárias, na minha opinião, alguns pontos em que se possa ancorar. Ainda que instigante o salvamento do arquiduque, não há qualquer indicativo de como isso ocorreu. Deixando minha rabugice de lado, seria possível passar por cima disso se houvesse algum indício de explicação de como e por que ele (o pai, internado), conseguiu salvar a filha. Dá para imaginar que a cadeia de acontecimentos – caso a guerra tivesse acontecido – não permitiria o nascimento dela; logo, salvando o arquiduque, a menina pôde vir à luz. É uma explicação plausível, mas talvez aberta demais. De todo modo, este conto dá o que pensar e mostra-se muito criativo e corajoso ao expor suas ideias. Enfim, é um trabalho competente e instigante. Faz pensar, o que, na minha opinião, é o melhor elogio que se pode fazer a um texto.
(Cadeia de eventos é uma forma de entender minha breve existência. Você está certo em vários pontos e concordo com certas modificações. Não sei mais o que dizer diante de cliente tão importante como o senhor. Desejas um ramo de dentes-de-leão? Quem sabe sua filha irá gostar e trará um novo brilho em seus olhos.)
Minhas impressões de cada aspecto do microconto:
📜 História (⭐⭐▫): quando li sobre viagem no tempo pensei “Que ousado, um microconto nesse tema”. Subi minhas expectativas nas alturas, mas, o limite é muito curto e não deu tempo pra muita coisa. Ainda assim, gostei bastante.
📝 Técnica (⭐⭐▫): boa, não encontrei nenhum problema. Só a primeira frase com “ele” é “ela” soou estranha.
💡 Criatividade (⭐⭐): achei criativo.
✂ Concisão (⭐▫): faltou espaço para uma história mais complexa.
🎭 Impacto (⭐⭐▫): gostei do resultado, mas confesso que estava esperando um final mais arrebatador.
(Querido, quem de nós não espera um final arrebatador? Mas a vida é assim. Feita de pequenos momentos sublimes, mas em maior parte, aterradores. No entanto, o brilho de uma estrela não se apaga facilmente, assim como seu comentário. Desejas uma Flor de Lis? Creio que alguém de sua família, quem sabe esposa, irá gostar).
Corre por uma linha. É possível enxergar a cena. Gostei do contexto. As flores iluminam toda a sombra e densidade do conto.
(Agradeço a generosidade. As flores realmente evocam um brilho distinto nos olhos de quem busca a beleza interior.)
Lindo.
Em poucas palavras, o conto atinge uma grande profundidade. O silêncio, muitas vezes, é mais alto que um grito torpe.
A referência histórica enriquece o momento, assim como a dúvida do que será da vida dessa futura órfã.
Parabéns e boa sorte!
(Agradeço a preocupação, mas creio que papai tenha feito algo que me trará um futuro melhor. Assim espero. Gostaria de comprar uma flor? É o que tenho a oferecer, além destes meros sinais sem grande importância).
Com as referências implícitas é possível pensar que se trata de uma viagem no tempo. Tema difícil em tão poucas linhas, ainda mais porque o texto ficou meio truncado.
Depois de entendido é um conto que deixa boas perguntas ao estilo “e se”.
Percebo que meu comentário recebeu uma avaliação negativa, talvez porque eu tenha dito que o texto tenha ficado truncado.
Melhor explicar o que seja truncado, então.
A primeira linha do conto é muito infeliz com o recurso da interrupção por economia de palavras: “ele, seu pai – internado. Ela, sua filha – muda.”
Veja que não há relação entre as condições de ambos, um está internado, a outra é muda, além do quê os pronomes “seu” e “sua” trazem confusão quanto ao narrador, ´primeiro fala a filha, depois a esposa, a filha fala nos dois casos, é um narrador onisciente ?
Depois o texto continua com ambiguidade:
” que em todas as conversas, se autoproclamava um viajante do tempo. Quando isso acontecia, ela sinalizava aos enfermeiros e beijava sua testa, com olhos marejados. “Foi por você”, ele balbuciava… ”
Em TODAS as conversas o pai da moça se dizia um viajante no tempo, aí vem a contradição do narrador dizendo “QUANDO acontecia, ela sinalizava aos enfermeiros”
Presume-se que a moça chamava os enfermeiros a toda momento, que o pai viajava sem parar,embora seja possível, pelo bom senso, subentender que a moça saberia reconhecer quando a viagem acontecia: truncado, confuso, inábil.
Então, há uma meditação se o resgate do arquiduque pudesse alterar a história.
Que história, do ponto de vista de quem ? Esse é um questionamento do narrador, da moça, do pai ? novamente: truncado.
Sempre o pai balbuciava quando “viajava”: foi por você…. então ele tentou corrigir as coisas mais de uma vez ? os fatos não se amarram, pois se ele usa o verbo no passado “foi”, quer dizer que conseguiu alterar, mas se conseguiu por que voltar de novo ? truncado.
Acho que é isso. São reflexões que me vieram ao ler o texto e que atrapalham, não tem o objetivo de ataque, apenas a demonstração do que poderia ser melhorado. Eu tenho aprendido com críticas assim, não as considero negativas.
(Querido, não fui eu que negativei seu comentário. Vou levar tudo o que sabes e disses sobre minha vida em consideração, tenha certeza disso. São pontos bastante elucidativos. Desejas uma flor copo-de-leite? Dizem que ela acalma o coração).
A explicação do “truncado” é para todos, não apenas para quem tenha negativado. O intuito é explicitar, apenas.
Boa noite!
Olha, tua historia tem mto conteudo pra tao pouca palavra, mas confeço que, mesmo sendo um amante de historia, achei a coisa meio confusa e precisei da ajuda dos universitários.
Mesmo assim, eh uma abordagem interessante. Voce claramente nao eh nenhum iniciante. Eu mes quase me matei pra enfiar algum conteudo em 99 palavrad, e vc fez isso brilhantemente.
Parabens pela obra
(Agradeço a imensa generosidade, mas vejo que minha história causou sentimentos confusos em seus colegas. Alguns tem razão em certos pontos de minha vida, enquanto outros não. Mas, tudo bem. Enquanto existirem flores para serem cultivadas, sempre estarei disposta a ouvir meus clientes. Essa begônia lhe trará bons ventos. Pegue.)
Sofia!
Eu li os comentários anteriores, até para entender melhor se a interpretação que fiz estava correta.
Temos uma viagem no tempo, um homem internado que é um viajante do tempo, que salvou a filha. O carinho que ela dispensa ao pai e junto com tudo isso, um fato histórico. Um fragmento dentro de outro fragmento.
Qual a importância dela na história? “Foi por você” remete a algo ainda maior. O que ele fez em relação a ela que pode ter transformado o rumo da história?
Parabéns!
(Agradeço a consideração. Se papai estiver correto, e falando a verdade, jamais teremos um conflito no futuro, compreende? “Foi por você” se refere à mim. Pena que não posso confiar em tudo o que ouço. Gostaria de comprar uma flor? Alegrará seu dia).
Oi, Sofia.
Vou tentar espantar o historiador ranzinza da análise.
A ideia é interessante e precisa de coragem para abordar viagem no tempo em 99 palavras. Isso, foi bem realizado, com marcações claras do que foi feito, e porque foi feito (talvez, claras demais).
Enquanto você evidenciou o papel que seu pai desempenhou na história, e o evento histórico, deixou completamente de lado a origem de sua habilidade. E meu lado fantasioso ficou completamente angustiado, pois após três releituras do conto não encontrei nem uma “pistinha” para um subtexto sobre isso.
Quanto à importância histórica do evento que alguns colegas acreditam que todos devam conhecer, eu, particularmente, acho um tanto quanto irrelevante. É muito mais importante que saibam que o liberalismo criou a circunstância de uma guerra que seria inevitável (muito provavelmente e não consegui evitar o historiador ranzinza). E, se não souberem, não é o fim do mundo, porque alguém com interesse em biologia deve achar de suma importância que saibamos como nossas células funcionam, alguém com interesse em química que conheçamos a origem atômica do nosso planeta e alguém de direito que conheçamos o básico de direito constitucional, penal e etc.
Enfim, um trabalho bem interessante, mas que, acredito, poderia ser um pouco melhor equilibrado entre as coisas que contou e o que não contou.
(Então, o moço acredita que meu pai possa estar falando a verdade? Nunca pensei que isso seria possível! É claro, como vocês mesmo disse, não há uma explicação implícita. Ainda não sei no que acreditar. Mas agradeço muito sua amável disposição em explicar em detalhes minha história, pois entendo que muitos não a compreendem por inteiro… Mas o que somos, afinal, senão metades em busca da outra?).
Lembrando que o liberalismo econômico, que trouxe notáveis avanços na qualidade de vida das pessoas da época, numa linha pró-vida e liberdade, estava em franco declínio quando do início da 1ª GG, assim entendo sua frase “o liberalismo criou a circunstância de uma guerra que seria inevitável” como a constatação de que o liberalismo tanto incomodou os regimes totalitaristas-imperialistas, que estes não hesitaram em guerrear para por fim à revolução do sistema econômico.
Tanto assim o é, que após a primeira guerra os modelos fascistas,comunistas, socialistas e afins tiveram grande avanço.
Achei lindo, sinceramente. Não sei se é porque consigo me relacionar com a moça, consigo entendê-la de certa forma, tanto que dá até vontade de abraçá-la e dizer que tudo ficará bem no final. Tem que ter embasamento histórico? Sim. Mas mesmo assim acredito que o foco do conto não é nisso, e sim na moça. Pelo menos, foi nisso em que eu foquei. Tocante e simples, adorei.
Boa sorte!
(Awn… Sabe, me emociona suas palavras. Aceitaria o abraço de muito bom grado, querida. Você compreendeu bem o que quis transmitir com minha história: como somos “humanos”, independente de situações desesperadoras. Leve esta rosa branca com você. É a única forma de compensar sua generosidade).
O conto ficou um pouco incompreensível porque se baseia num episódio histórico que muitos não conhecem, embora é importante, pois dá o inicio à Primeira Guerra Mundial, o assassinato do arquiduque austríaco, Francisco Fernando da Áustria em 28 de Julho de 1914. O personagem, que se diz viajante do tempo seria o assassino, tentando mudar o curso da historia, que no final, deu errado. O conto curto, ficou sendo um fragmento de uma historia maior e por isso mesmo, incompleto.
(O senhor está certo em suas implicações. Mas não creio que papai seja um assassino. Ele apenas deseja o meu bem. E sim, como tenho dito à população, minha vida é um tanto sem graça, não tenho muitos recursos, por isso, incompleta. Mas compenso tentando ver o lado bom das coisas. Não concorda que uma pequenina abelha sentada em girassóis traz um quadro profundo do que devíamos nos tornar?)
O legal dessa história é que mostrou os dramas de pessoas comuns em meio a um cenário histórico turbulento… Uniu coisas distintas numa arriscada abordagem! O único porém foi que o limite de palavras deixou algumas coisas subentendidas para quem tem poucos conhecimentos histórico (o que não é o meu caso), mas está de parabéns… e que imagem romântica a da ilustração!
(Essa imagem foi escolhida a dedo, querido. Creio que reflete bem meus sentimentos. Estou sorrindo? Estou triste? Cansada? O que me diz? Sim, meu ponto de vista é um tanto turbulento, e creio que ao repassar meus temores mortais, deixei de fora muito do que realmente importava. Aliás, gostaria de comprar um cravo vermelho? Já vi um por aqui, em algum lugar.)
Deixe-me ver: uma vendedora de flores (de verdade e metaforicamente falando), abandonada pela mãe, cujo pai é louco e cuja filha é indiferente. Triste, mas bom.
Gostei da primeira parte, é uma paisagem aos olhos.
Entretanto a segunda não me disse muito.
Boa sorte!
(Obrigada, querida, pela sinceridade. Não sou indiferente. Apenas preciso colocar o pão sobre a mesa. Peço perdão se minhas palavras soaram rudes, mas faço de tudo para manter meu pai bem. Infelizmente, ele anda dizendo coisas sem sentido. Espero um dia poder fazê-lo compreender que a vida é difícil, mas pode ser revigorante se prestarmos atenção aos pequenos detalhes. Gostaria de um ramo de violetas?)
Apesar das lacunas que dificultam a compreensão do texto, a abordagem é interessante. Resta ao leitor o conhecimento histórico suficiente para preencher os espaços vagos. Boa sorte!
(Obrigada, moço, pela sinceridade. Lacunas existem na vida de todos e alguns se esforçam para preenchê-las de alguma forma. A minha é vender flores. Mas poderia ter sido escritora… Quem sabe, no ano que virá, se nada “ruim” acontecer).
Excelente! Você pegou um texto pequeno e conseguiu colocar muita coisa nele. Parabéns. Não acho que o texto precise de um conhecimento profundo. Só pelo ano já dá pra sacar que é a Primeira Guerra. Esse é o tipo de conhecimento básico que todas as pessoas deveriam ter, é uma Gerra Mundial, não uma guerra civil de algum país obscuro da América Central.
(Pois então, moço. Sei que muitos não se importam em adquirir conhecimento, mas no meu ramo, se não sei o que colho, posso vender artigos ruins aos meus clientes. Vejo que compreendes minha situação. Aceite esse pequeno ramo colorido por sua gentileza).
Bem escrito,mas exige um embasamento histórico cada vez mais raro no leitor médio
(Direto ao ponto, meu querido. Agradeço a sinceridade. Devo dizer-lhe que isso me ajuda, e muito).
Aqui estou pegando o Conto mastigado pelos comentários, tenho que me desculpar pela falta de conhecimento nessa área, mas eu achei insanamente bem profundo na parte histórica.
Um ótimo conto.
(A história faz parte de nossas vidas, não importa o período em que vivemos. Agradeço a sinceridade. Deseja comprar uma rosa? São de baixo custo, mas muito bonitas).
Olá, Sofia.
Gostei do conto: o pseudônimo insinua uma “escolha de Sofia” que realmente aconteceu: salvar o arquiduque poderia evitar a 1a guera e até a 2a, e o custo do gesto foi a internação num hospital psiquiátrico. Talvez ele tenha salvo a vida da filha também.
Nota: 8.5.
(A escolha de Sofia… Uma expressão bonita, moço. Mas será que realmente tenho alguma? Vejo que se importas de verdade. Posso fazer um desconto se levares um pacote inteiro de dálias. O que achas?)
Não se preocupe
Gostei demais da proposta 🙂 Não achei que a História Alternativa retornaria ao EC depois do desafio. Fico feliz em vê-la retornar aqui.
O micro não só faz alusão, mas indica claramente, que se passa momentos antes da 1º Guerra Mundial. O viajante no tempo salva a o Arquiduque Francisco Ferdinando do atentado que seria o estopim da guerra. Achei uma excelente abordagem, pois esta justificativa para o início do conflito é a mais batida nos livros escolares. É tão batida que reveste o personagem de ingenuidade frente aos processos históricos, que são muito mais fortes que o personagem/indivíduo. No caso da 1GM tudo está mais atrelado a competição capitalista entre as potências europeias e o nacionalismo que a vida de um nobre de um país pequeno e insignificante no jogo político.
É um conto interessante para pensar o papel do indivíduo na história, ainda que não fique claro que rumo a “história” tomou, por mais que seja óbvio para mim que a matança da primeira guerra não seria evitada dessa forma.
(Conhecesses bem o ambiente em que vivo e se importas de verdade. Vejo que te preocupas com o rumo que minha vida tomará e isto me deixa feliz. Vou reserva-lhe um bouquet de crisântemos – dizem que são raras, só porque vem do oriente, mas lhe serão úteis caso queiras conquistar alguma donzela).
Pelo que entendi se refere à Primeira Guerra Mundia – se passa em 1914 – mas não estou certo a respeito do papel do doente na história. Também acho que ficou faltando localizar pelo menos o pais onde se passa a história. Valeu pela criatividade.
(Querido, não havia espaço para expor todos os meus sentimentos. Guardei o pior para mim, e poucos se importam. Agradeço o elogio, ao fim. Gostaria de comprar uma flor, quem sabe, para alguma paixão escondida?)
Olá, Sofia.
Como muito bem lembrou o Rafael Sollberg, o conto alude ao ato que deflagrou a Primeira Guerra Mundial (o estopim, uma vez que a guerra vinha sendo fermentada aos poucos nos anos precedentes). Aqui, o pai não seria, em verdade, um louco, mas um viajante do tempo que evitou a morte de Francisco Ferdinando. Mesmo assim, como a frase em itálico indica (não sei se havia necessidade do efeito nas letras, mas posso estar errado — uma interpretação errada minha, portanto), aquilo em nada evitaria o conflito. A frase “Foi por você…” pode se referir ao futuro da filha, ao de todos os filhos, na verdade, daquele continente-campo-minado.
Boa sorte neste desafio.
Pois é, José! Na minha opinião o autor ainda abusou do recurso, no meu entender o conto funcionaria se tivesse deixado menos informação, como o ano no inicio e usado o “foi por você” como título, por exemplo. Porém, estou vendo que sou voto vencido e que as coisas precisam ser mais explicitas.
(Vejo que compreende bem meus anseios cotidianos. Peço desculpas por importuna-lhe desse jeito, mas és uma pessoa de mente aberta. Tome esta pequena flor como forma de agradecimento. Gostaria que eu ajeitasse em sua lapela?)
Galera,, é considerado simplesmente o estopim da Primeira Guerra Mundial!!!!
Nesse caso, acho que vale a pena o povo dar uma pesquisada.
eu lembrei disso, pq assisti recentemente Downton Abbey, onde eles citam o assassinato do arquiduque esse… mas sinceramente, acho q pesquisar, nao é o desafio aqui, mas sim, fazer um micro conto claro e bonito! hehe
Entendo seu ponto de vista, mas o autor colocou até o ano!
Não é uma referência obscura, Francisco Ferdinando está em qualquer livro de história. Temos que tentar evitar um leitura superficial.
(Agradeço o interesse por meus dramas internos e por suas observações bem acertadas. Gostaria de comprar uma flor? Ajudará meu pai e, quem sabe, alegrará seu dia.)
Pesquisei no google sobre um atentado a um arquiduque austríaco e descobri um “Atentado de Sarajevo”, do qual nunca ouvi falar ! Não compreendo a importância e o contexto político do acontecimento, o que pode prejudicar meu entendimento do conto.
A exceção disso, a historia é bem bacana, uma moça com os integrantes da família cheios de problemas, a cena com o pai foi bem visual, bem descrita.
Mas fiquei sem saber que lamentos são esses, serão os dos problemas da família? Ou do atentado ?
(Problemas todos nós temos, minha querida. Infelizmente, pelo que tenho notado, muitos não compreendem o contexto histórico em que vivo. Mas pela sua gentileza e sinceridade, deixo-lhe esse pequeno ramo colorido. Lhe trará paz).
É impressão minha ou a ideia do conto é me remeter a algo maior, um acontecimento histórico? Acho que isso complica, pois expande as 99 palavras para um conhecimento que nem todos tem. Eu mesmo, não possuo.
(É de conhecimento geral que a guerra traz infelicidades aos que estão ao seu redor, mesmo sem intenção. Peço desculpas por confundi-lo com meu denso relato. Gostaria de comprar uma flor? É apenas 1 xelim.)
Gostei da maneira como a história foi escrita, mas realmente acho que deixou algumas lacunas que, embora não comprometam a história em si, podem dificultar a compreensão do conto.
(Agradeço a leitura. Infelizmente só tenho essa parte de minha história a lhe oferecer. Quem sabe uma flor não alegre o seu dia?)
Olha, eu acho q é necessário um pré-conhecimento de algumas coisas para se ter a interpretação deste conto..,conhecimento geral de historia, eu acho.
Como o certame aqui será corrido não será viável uma pesquisa googlótica, eu tenho uma ideia do q se trata mas nao tenho certeza.
Mesmo, eu considero que um conto deve ser fechado em si mesmo, sem links externos (exceto exceções.. hihi) por isso perde ponto comigo.
Boa sorte, abraço
@_@
(Que pena que não lhe agradei com minhas palavras ditas em silêncio. Infelizmente, só tenho estes sinais a oferecer. Gostaria de comprar uma flor? É apenas 1 Xelim. Ajudará em casa)
Muito bom, gostei da variedade de temas implicados.
(Agradeço a generosidade. Hoje em dia é difícil achar pessoas gentis.)