EntreContos

Detox Literário.

Cravo (Cláudia Roberta Angst)

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Nunca se viram, nem de longe, nem de perto. Apenas trocaram fotos e silêncios. Ela sempre muito gentil. Ele, um enigma.

Marcaram um encontro na pracinha. Ali, em frente à velha igreja.

Era domingo, dia de festa. Ela espiou o céu pela janela e sorriu. Pôs o cravo vermelho nos cabelos, toda faceira. Sentiu-se mais feliz do que nunca, com o seu mundo a dançar. Encontraria seu grande amor, na próxima hora, sem mais tardar.

No espelho, ele conferiu a vida. Não era homem para ela. Nem para mais ninguém. Olhou a pá encostada na porta. Vestiu luto.

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87 comentários em “Cravo (Cláudia Roberta Angst)

  1. Felipe Teodoro
    27 de janeiro de 2017

    Achei o conto bem escrito, com boas descrições. O perfil da personagem é bem traçado e o homem, realmente bem enigmático, como tbm é o desfecho da história. Na minha leitura a possibilidade de um serial-killer é a mais barata, preferi encarar o sujeito como um homem que não pode ser de ninguém, como o próprio texto diz, um sujeito que ao tentar se relacionar com mulheres, sempre veste luto. Um grande amor perdido no passado? Talvez.

    A pá remeteu a ideia dele ser um coveiro e caso fosse, imagine se o mesmo enterrou a própria esposa. Nossa, mais triste ainda. Enfim, um trabalho bem interessante.

  2. Gustavo Henrique
    27 de janeiro de 2017

    Não gostei muito não, o texto não me agradou. Boa sorte.

  3. Victória
    27 de janeiro de 2017

    Eu gostei do conto em geral, mas não entendi bem o final. Pode ser realmente mais um conto que começa bonitinho e termina com um homicídio, mas pode ser também que ela estava apaixonada e, quando viu de verdade o homem pela janela, o encanto passou. Gostei mais da segunda interpretação, mas nenhuma das duas chega a ser muito estimulante.

  4. Remisson Aniceto (@RemissonA)
    27 de janeiro de 2017

    Olá, Juno
    Em alguns momentos perdi o foco da leitura, por não conseguir entrelaçar os fatos que, apesar do pouco espaço. há no texto.
    Há partes com as quais não me identifiquei, como o encontro na velha igreja (que não aconteceu) e a pá. Ainda assim gostei do conto, ou seria poesia? Abraço.

  5. rsollberg
    27 de janeiro de 2017

    Um texto muito bem escrito, com descrições que geram uma narrativa bem visual.
    Lembrou-me de uma parodia de Hugh Laurie, que guardada as proporções possui o mesmo mote.

    Enfim, gostei do conto.

  6. Leandro B.
    27 de janeiro de 2017

    Oi, Juno.
    Alguns elementos do texto acabaram me afastando da leitura. Por exemplo, o trecho que fala que suas conversas se limitavam a silêncios e fotos me causou estranhamento, já que de certa forma limita uma conversa na qual uma pessoa pode se mostrar gentil, ou mesmo enigmática.

    É possível, e até provável, que eu tenha tomado essa parte exageradamente de forma literal.

    Outro trecho que me incomodou foi a rima entre dançar e tardar, achei meio do nada e um tanto deslocada.

    Mesmo assim, achei interessante o jogo de contradições, o que mostra talento.

  7. Estela Menezes
    26 de janeiro de 2017

    Já observei que posso reler um conto pq me encantou e quero curtir mais uma e outra vez; porque faço questão de voltar e verificar que não perdi nada; porque algum detalhe chamou particularmente a minha atenção; até porque ache que vale a pena apreciar uma história separadamente da técnica, ou vice-versa… Só não gosto de ficar lendo e relendo na tentativa de chegar até onde o autor possa ter pretendido me levar… Neste caso, foi exatamente o que aconteceu, e não por causa da narrativa, que é bem correta e bem feita…

  8. Gustavo Aquino Dos Reis
    26 de janeiro de 2017

    Juno,

    Teu conto é bem bonito.
    Mas, na minha humilde opinião, enveredar para tragédia não casou bem com o contexto.
    Havia a escrita esmerada, a ambientação bem feita, a narrativa… E tudo descambou no final.

    De todo o modo, parabéns.

  9. Simoni Dário
    26 de janeiro de 2017

    Confesso que já saturei de textos que começam bonitinhos, com um toque de poesia e terminam com um psicopata matando na base da pá. Noto que o autor é criativo e talentoso, pena que o final não foi de meu agrado.
    Bom desafio!

  10. Givago Domingues Thimoti
    26 de janeiro de 2017

    Por mais que tenha sido bem escrito e a narrativa foi desenvolvida bem, eu não gostei do conto. O texto ficou muito aberto para mim. Gosto pessoal mesmo.
    Boa sorte!

  11. Srgio Ferrari
    26 de janeiro de 2017

    as vezes eu fico lento pra entender as coisas. Boa escrita, acho que não saquei o “todo”. Parece tudo muito bom. Queria ter sacado mais o final, nebuloso.

  12. Rubem Cabral
    26 de janeiro de 2017

    Olá, Juno.

    Pelo que entendi a moça era casada e matou o marido e o enterrou. Ela sairá com um namorado a seguir.

    Conto misterioso e com surpresas discretas. Bacana a imagem do cravo, da flor no cabelo e a associação da mesma à cerimônias fúnebres.

    Nota: 8.5

  13. Vitor De Lerbo
    26 de janeiro de 2017

    Há muito subtexto nesse conto, e as analogias falam mais alto que as palavras escritas. A construção é boa e o final em aberto deixa o leitor pensando nas diversas variáveis possíveis.
    Boa sorte!

  14. Anderson Henrique
    26 de janeiro de 2017

    Trama simples, mas muito bem conduzida. O final é sutil, deixa em aberto na medida certa. Eu tomei minha decisão e fui por ela. A minha versão? Fica enterrada por aí. Bom conto.

  15. Cilas Medi
    25 de janeiro de 2017

    Tudo bem até ler a última frase, e, com ela na minha mente martelando: não entendi o final apesar de entender, perfeitamente, as palavras. Não quero e não vou decidir sobre o tema morte, a pá, o luto e o que quer que tenha havido entre eles.

  16. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    25 de janeiro de 2017

    Olá, Juno,

    Tudo bem?

    Seu conto é bem escrito e envolvente, mas peca, ao menos para mim, por ser um tantinho aberto demais. Finais abertos são ótimos, mas é preciso que o autor deixe a chave com o leitor.

    O encontro às escuras, via internet, creio, é uma ótima premissa. O cravo nos cabelos, a diferença entre ambos. Tudo muito bem construído.

    Creio que o assassino declinou de se encontrar com ela e dessa forma, a personagem foi poupada da morte, não é?

    Parabéns por seu trabalho e boa sorte no desafio.

    Beijos

    Paula Giannini

  17. angst447
    25 de janeiro de 2017

    O que temos aqui? Uma mocinha ingênua, um homem enigmático, um cravo, uma pá. O cenário é de uma cidade do interior, com a sua praça e igreja tradicional. Um encontro às cegas, não se sabe se arranjado pela internet ou por cartas. Imaginei o homem mais velho, simples, ligado à terra (talvez pela menção à pá), mas pode ser mesmo um coveiro. Mas há outras possibilidades de interpretação: um serial killer, um rapaz com baixa autoestima, uma mulher que esperará o amado até o cravo murchar em seus cabelos.
    Bem escrito, com uma rima acidental lá pelo meio, mas que não me incomodou. Ritmo de passeio na praça. Sem entraves ou falhas.
    Boa sorte!

  18. Glória W. de Oliveira Souza
    25 de janeiro de 2017

    Temática que remete ao tempo atual de redes sociais, onde o real e o irreal se misturam. Neste sentido, uma leitura possível é que o personagem masculino tenha transtorno de identidade de gênero e, assim, o encontro construído e desejado poderia se transformar em situações inimagináveis. Com medo, e sentindo falta de perspectiva, somente a morte (suicídio, talvez) seja a sua companheira. Sem praça, sem igreja. Apenas a infelicidade. Narrativa com início bem descrito, mas escorrega no desenvolvimento por falta de dramaticidade cênica, apesar da conclusão provocar certo impacto.

  19. Daniel Reis
    25 de janeiro de 2017

    Já no começo, encasquetei com o “Nunca se viram”. Seria o mesmo que “Nunca haviam se visto”? E a história da pá, no final, eu procurei e não descobri o que significa. Será uma simpatia? De qualquer forma, a narrativa flui muito bem construída, e a ação em dois planos diferentes torna a história de cada um deles muito interessante. Um texto bem escrito, que só por aqueles dois detalhes me incomodou. Boa sorte!

  20. Davenir Viganon
    24 de janeiro de 2017

    Conto já larga uma pista, quando diz que ele é um enigma. Um cara misterioso que acaba sendo atraente para a moça. O contraste da inocência dela e desse “?” que é o rapaz, fazem o conto valer a pena. Gostei.

  21. Laís Helena Serra Ramalho
    24 de janeiro de 2017

    Não sei se interpretei certo o final: ele ia matá-la? Depois de tantos contos românticos que enveredaram por esse caminho, não sei se isso foi exatamente uma surpresa para mim. Ainda assim, foi bem construído. A escrita me agradou, exceto por contar um pouco em vez de mostrar e das rimas no segundo parágrafo. Elas deram um ritmo que, ao menos para mim, soou um tanto fora de lugar.

  22. vitormcleite
    24 de janeiro de 2017

    boa história com múltiplas leituras e uma boa estrutura, lamento só poder escolher vinte textos…

  23. Thiago de Melo
    24 de janeiro de 2017

    Amiga Juno,

    Gostei de 85% do seu conto. Achei que toda a parte envolvendo a moça apaixonada ficou muito boa. É muito fácil imaginar uma cidadezinha com “a velha igrejinha” no centro da cidade. Para um brasileiro basta meia palavra para conseguir ter essa imagem viva na mente e eu estava lá com ela, esperando o amor da vida.

    Só que na sua última frase o mundo virou de uma forma que eu acabei me perdendo. Não entendi mais se a mulher morreu porque o cara não apareceu, se ele a matou, se ela já estava morta e ele era o coveiro, se ela ficou esperando por ele a vida toda e ele com receio de ir adiante… e por aí vai. Apesar desse comentário, acredito que o seu texto está bem escrito. Suspeito que seja o horário, o cansaço ou a minha simples ignorância que não me permitem captar tudo o que está no conto, bem diante da minha cara.

  24. Matheus Pacheco
    24 de janeiro de 2017

    Uma tristeza, não só para a jovem que estava disposta a tentar uma vida com esse homem, mas também para o homem que a deixou desconfiado de alcançar uma felicidade que julgava não merecer.
    Um abração ao escritor.

  25. Miquéias Dell'Orti
    24 de janeiro de 2017

    Oi Juno,

    Percebi muita delicadeza nas palavras colocadas no seu conto. Uma história simples mas que fez o seu papel em trazer o leitor (nesse caso, eu) para dentro da cidadezinha onde o casal morava.

    O final está bem aberto e nos deixa com dúvidas até demais. Além de outras coisas, o cara pode ser um simples homem da roça que não se sente digno o bastante para desposar a linda moça. Ou talvez se ache velho demais para ela. Ou talvez ele seja um coveiro ou um assassino.

    Bem… Talvez se vc tivesse fechado ele só um pouquinho, um “tiquinho” que fosse, não ficaria com essa impressão de que algo está completamente perdido. Mesmo assim é uma história triste e bonita a seu modo e qualquer que seja a real interpretação não vai desabonar esse fato.

  26. Mariana
    24 de janeiro de 2017

    Não consegui me conectar com a história, sinto muito. Ela está bem escrita, questão de gosto pessoal mesmo

  27. Sabrina Dalbelo
    24 de janeiro de 2017

    O conto é sobre a chance de um amor, que acaba não acontecendo porque o cara é um assassino? Ou porque é bloqueadão para o amor?
    Puxa, que pena, a moça estava tão contente!

    Parabéns, a atmosfera do conto é boa e está bem escrito.

  28. Luiz Eduardo
    24 de janeiro de 2017

    Gostei de todo o conto, mas não enetndi o final. Faltou clareza, boa sorte

  29. Lee Rodrigues
    24 de janeiro de 2017

    Aqui não foi uma “balde de água”, foi uma pá mesmo.
    Uma pá, sete palmos de amor com direito a flor. Tá vendo? Até rimei pra você.
    Juno, brinquei com a rima, mas é um recurso que não me apetece.

  30. Lohan Lage
    23 de janeiro de 2017

    O final traz uma dúvida: seria a pá uma metáfora? Teria o homem assassinado o ”antigo amor” literalmente? Ou ele estaria planejando matar a moça?

    Sob esse ponto de vista, eu curti!

  31. Gustavo Castro Araujo
    23 de janeiro de 2017

    Muito bom o conto. Fala de nossas expectativas, dos sonhos que gostamos de alimentar mas que nunca temos coragem de vivenciar. Aqui essa ideia foi aproveitada de forma sensível, sem alardes e sem grandes pretensões. Há, é claro, certa melancolia no ar, que é polvilhada por uma sensação de frescor juvenil pela metáfora do cravo nos cabelos da moça. Pude sentir o perfume e o nervosismo devorando-a, tudo para ver-se frustrada. Triste mas verdadeiro. Belo conto. Parabéns!

  32. Thata Pereira
    23 de janeiro de 2017

    Não tem como saber o que aconteceu com os personagens. A única coisa que temos certeza é que ele já amou alguém, mas isso não é o suficiente para entender se ele mata ou não ela.

    O último parágrafo é muito direto, sendo que o que faz referência a ela é bastante poético. Isso pode querer indicar traços de personalidade, mas não temos como saber se de forma intencional.

    Boa sorte!

  33. Thayná Afonso
    23 de janeiro de 2017

    É fácil deduzir que tenham se conhecido na internet, mas devido ao que o restante do conto me transmitiu, preferi imaginar que tenham trocado cartas, sem importar como isso tenha começado. O final é bastante intrigante, fiquei na duvida sobre um possível assassinato ou se a pá e o “vestir luto” se tratava de um simbolismo sobre a baixa auto-estima do homem. Parabéns pelo conto!

  34. elicio santos
    23 de janeiro de 2017

    Ele pensa em matar a pretendente ou em se matar? Fica a dúvida. Gostei da sugestão subliminar, embora o tema tenha sido abordado à exaustão nesse desafio. Boa sorte!

  35. Juliano Gadêlha
    23 de janeiro de 2017

    Bom texto. Bem escrito, repleto de boas descrições e até metáforas. O tema é batido, mas isso não tira os méritos do conto. Bom trabalho, parabéns!

  36. Luis Guilherme
    22 de janeiro de 2017

    Hmmm, não sei se entendi alguma coisa.

    Se conheceram pela net, o cara é meio malucão e planeja matar a mina?
    Mas eles vão se encontrar na praça, então como isso seria viável?

    Ele veste luto, então ele gosta realmente dela, mas vai matar mesmo assim?

    Não entendi bem, ficou enigmático, igual o homem.. rsrs

    Por outro lado, é legal que tenha várias possibilidades em aberto, assim nos faz ficar curiosos e reler várias vezes.

    Parabéns pela construção, e boa sorte!

  37. Fil Felix
    22 de janeiro de 2017

    O desenvolver do seu conto me lembrou do meu próprio que enviei para o Micro Contos 1. A figura da mulher, da cidade, da sexualidade. E alguém tinha levantado uma questão no meu que acho que também funciona aqui: visões de épocas diferentes. A troca de fotos e silêncio remete a algo virtual, enquanto o cravo no cabelo e o encontro na pracinha remetem a algo mais antigo. Não que seja um defeito, eu acho bem interessante essas percepções que o texto pode nos proporcionar. Em relação à história, há uma espécie de vácuo entre o sair da mulher e o homem vestido de luto. É a tal da abertura que tanto falam. Como li num comentário, um serial killer que já sabe o que vai fazer e por isso já entra na figura do luto é uma interpretação que eu também faria. Muito legal.

  38. Gotinha Mágica
    22 de janeiro de 2017

    Inocência. Baixa auto-estima. Um assassinato. Texto aberto. Tema batido, sem margem para navegar. Boa sorte!

  39. Jan Santos
    22 de janeiro de 2017

    A possibilidade de um serial-killer é bem instigante, mas a abertura vaga dilui bastante a força que poderia ter. De qualquer forma, os flertes com esse gênero entregam um@ autor@ promissor@.

  40. Vanessa Oliveira
    22 de janeiro de 2017

    Bem, ficou bem em aberto o que vai acontecer, mas acredito que ele seja um matador de mulheres. Sei lá, só consegui pensar nessa possibilidade. Interessante, boa sorte!

  41. Tatiane Mara
    22 de janeiro de 2017

    Olá…

    Texto sobre um encontro às cegas, onde um dos lados é meio esquisito. Não dá pra dizer muita coisa, pois é aberto demais.

    Bem escrito, com boa narrativa e fluidez.

    Infelizmente, as opções são tantas que diluem qualquer propósito.

    Boa sorte.

  42. waldo gomes
    22 de janeiro de 2017

    Conto “não sei terminar” sobre alguma coisa.

    Abertíssimo, o que, de certa forma, prejudica a mensagem.

    Bem escrito, embora a frase ” Encontraria seu grande amor, na próxima hora, sem mais tardar.” seja meio estranha com essa parte entre vírgulas.

  43. Renato Silva
    22 de janeiro de 2017

    Bom, entendi que o rapaz “vestiu luto” antecipando o ato que iria acontecer. Vejo um crime premeditado, uma vontade mais forte que a própria pessoa. A pá já está pronta para enterrar o corpo da vítima.

    Gostei da narrativa e me veio à cabeça a imagem de algo mais antigo, como aquelas antigas festas realizadas nas pequenas cidades, mas ao mesmo tempo, tem a troca de fotos, algo muito comum em tempos de internet. O jovem me lembrou Norman Bates.

    Boa sorte.

  44. Tiago Menezes
    21 de janeiro de 2017

    Um bom conto de Serial Killer. Marcar encontros assim pela internet não é nada legal. Foi bem construído e com belas palavras. Parabéns e boa sorte.

  45. Pedro Luna
    21 de janeiro de 2017

    Consegui interpretar de duas formas. Ou o cata ia matar a mina, ou ele tinha vergonha de alguma possível profissão ligada pá e decidiu vestir luto, ou seja, matar aquele relacionamento (provavelmente não indo ao encontro).

    Interessante de ler, mas não chegou a criar fortes emoções, provavelmente pela sensação de não ter entendido muito bem. Agora, se o desejo do autor, autora, foi criar dúvidas, conseguiu com êxito.

    • Pedro Luna
      21 de janeiro de 2017

      Cara*, a pá*, perdoe erros, to com notebook novo e tá foda acostumar com o teclado.

  46. Anorkinda Neide
    21 de janeiro de 2017

    Oi, a princípio desgosto desta visão de q só tem serial-killers na internet,.. rsrs mas os sinais estavam ali..ele era enigmático.. gurias e guris, nunca marquem encontro com alguém enigmático! 😮
    sério..ela tava tão motivada a acreditar na sua própria fantasia q nem precisou q ele ‘passasse aquela lábia’ na garota.
    Certamente ele pediu pra ela usar o cravo pra se identificar pq já fazia parte do modus operandi..o serial-killer tem um ritual nao é mesmo?
    e a pá já estava a postos pra finalizar o serviço. muito bacana.
    E ainda dá uma dica das razões ou de algum auto-julgamento sobre si mesmo que o assassino tinha, sabia q nasceu para matar e q ninguem o merecia.
    Gostei muito mesmo.. parabéns
    abraço

  47. Antonio Stegues Batista
    21 de janeiro de 2017

    Pelo final se deduz que o cara marcou encontro com uma mulher pela internet, com intenções de matá-la. Por qual motivo? Ou não teria? Talvez um psicopata, serial killer. Não me surpreendeu, pois o tema me pareceu comum, uma realidade dos dias de hoje, que a gente está acostumado de ver,ler.

  48. Amanda Gomez
    20 de janeiro de 2017

    Olá,

    Uma história bem atual contada de um forma ritmada que me agradou bastante. O primeiro encontro de duas pessoas que se conheceram virtualmente,ela totalmente entregue ao amor desconhecido, ele já sabendo o capítulo final desde romance desde o primeiro momento.

    Vejo o conto como um alerta a essa falsa sensação de conhecimento sobre pessoas desconhecidas.

    A cenas foram bem construídas,e causa certa tensão. Eu, pelo contexto do encontro as cegas já imaginava que seria uma coisa ruim. Dito e feito, não tem nada de original, mas o autor soube concluir bem a história e os elementos funcionaram.

    A cena final fecha muito bem o conto.

    Parabéns, boa sorte no desafio.

  49. Andreza Araujo
    20 de janeiro de 2017

    Apenas na segunda leitura eu (acho que) consegui captar as nuances do conto. Imagino que o homem, desde o início do relacionamento deles, orquestrou todo o assassinato. Ou seja, conheceu alguém com a intenção de matar, nunca foi com a intenção de amar.

    A história não diz como eles se conheceram ou como trocavam as fotos (internet… cartas?), mas o clima da narração é tão singelo que me fez voltar no tempo, ou então imagino que a história se passa numa cidade pequena. O resultado final é interessante com as figuras brilhantes que o texto traz, como “conferiu a vida” e “vestiu luto”.

  50. Eduardo Selga
    20 de janeiro de 2017

    A personagem, quando se vê no espelho, considera aspectos estéticos e, satisfeita com eles, sente-se “[…] mais feliz do que nunca, com o seu mundo a dançar”. O personagem, mirando-se também diante do espelho, faz uma avaliação de outra ordem, eliminando os aspectos externos (“[…] ele conferiu a vida”). Disso resulta uma reação que sugere num primeiro momento que ele decide matar a moça tão deslumbrada (“Olhou a pá encostada na porta. Vestiu luto”), ela que pretende encontrar “seu grande amor” sem nunca tê-lo visto pessoalmente.

    O curioso é que se ele toma essa decisão, seria de se esperar uma frase do tipo “ela não era mulher para ele”, ou seja, o personagem se colocando no centro da ação a ser levada a efeito. Mas não. A frase é “não era homem para ela. Nem para mais ninguém”. Ou seja: ou ele se diminui muito quanto ou outro, ou se acha magnífico demais para qualquer um. Na segunda hipótese, a culpa disso é do outro, que merece a morte.

    Temos a singeleza de um espírito colorido, sem cálculo, frente ao negrume de um espírito calculista. O resultado do embate, que não se dá no conto, é sugerido ao leitor pela flor utilizada pela personagem: o cravo é uma dessas flores típicas de velório, usada também na vestimenta dos participantes.

    Mais que um conto que mostra um sujeito cuja mente é doentia e uma mulher apaixonada por uma possibilidade de amor, é um conto para ser lido por meio de seus símbolos.

  51. Tiago Volpato
    20 de janeiro de 2017

    Bom texto. Bem desenvolvido. O problema é que no meio do texto já imaginei que vinha uma desgraça. A culpa não é sua, é desse desafio que de 100 textos 90 tem assassinato. Mas é um bom texto. A pá seria alguma homenagem ao nano?
    Abraços!

  52. catarinacunha2015
    20 de janeiro de 2017

    MERGULHO em mar aberto sem beira e nem cabelo para se segurar, a piscina já estava de bom tamanho. Embora nunca tenham se visto, nem de longe, trocaram fotos. Acontece. Os dois primeiros parágrafos são desinteressantes, mas o último é um microconto completo, perfeito. IMPACTO de uma pá na cara quando se entra por uma porta alegremente.

  53. Guilherme de Oliveira Paes
    18 de janeiro de 2017

    Há alusão à morte, mais uma vez; porém é feita mais sutilmente, deixando algum espaço para dúvida, o que é positivo. A linguagem é simples e direta, permite fluência e entendimento imediato até o fim, mais dúbio. Talvez pudesse ser um pouco mais atraente nesse sentido, parece meramente descritiva.

  54. juliana calafange da costa ribeiro
    17 de janeiro de 2017

    Não entendi essa pá encostada na porta… quem vai ser enterrado? Ele, pq “não era homem pra ela nem pra mais ninguém”? Pretendia mata-la, era um serial killer? Se for, não ficou bem claro não. Não considerei como um final aberto, pra mim ficou mais pra um final mal entendido… Tb achei bobo o versinho melódico: “seu mundo a dançar” rimando com “sem mais tardar”. Não combina com o resto do conto. Enfim, precisava de uma caprichada a mais, na minha opinião…

  55. Jowilton Amaral da Costa
    17 de janeiro de 2017

    Bom conto. Bem alinhavado e que deixa um mistério no ar. Quem seria ela? Quem seria ele? Porque ele olhou para uma pá? Ele seria um coveiro? um assassino? com certeza alguém com baixa auto-estima. Nunca teremos certeza. Mais uma boa história de desencontros. Boa sorte.

  56. Victor F. Miranda
    17 de janeiro de 2017

    Juro que li, reli e me auxiliei pelos comentários, mas não entendi completamente. De qualquer forma, não acho que está mal escrito, apenas a história que não ficou clara pra mim de uma forma que fizesse todas as palavras valerem. Boa sorte.

  57. mariasantino1
    17 de janeiro de 2017

    Olá!

    Xa vê se entendi. Um homem e uma mulher se correspondem e marcam um encontro (até aí ok). Ela é receptiva e tem pensamentos bons para o futuro de ambos (por aí), mas ele tem outros planos e deseja que ela vá pro saco. Quem se veste de luto é porque perdeu alguém, e na hora que o homem reflete no espelho ele já assassinou a mina (num plano sentimental) e sai para cometer o ato. Gostaria de ver o seu conto alongado em outra ocasião, porque essas tramas com matadores em série dá pano pra manga.
    Achei muito bom sua ousadia de tentar demostrar a psiquê das duas personagens tendo um espaço tão curto.

    Parabéns e boa sorte.

  58. José Leonardo
    16 de janeiro de 2017

    Olá, Juno.

    Entendo o que aconteceu, mas não descubro exatamente o porquê.

    Minha interpretação é também a da maioria dos comentaristas. Ele era um serial killer que marcou encontro com a moça. O detalhe da flor, a simbologia, parece não ter passado despercebido para ele, mas sim para ela.

    O cenário que imaginei foi de uma cidadezinha pequena, mas, em geral, todo mundo se conhece ou, no mínimo, se viu.

    Achei sua escrita muito boa, singela e tocante ao mesmo tempo. Entretanto, não consigo encaixar as peças, portanto, o mais perto que (imagino) cheguei é a possibilidade descrita anteriormente.

    Boa sorte neste desafio.

  59. Wender Lemes
    16 de janeiro de 2017

    Olá! Senti o final mais enxuto, em um ritmo diferente do início, tão descritivo, do conto. Pode ser uma consequência do limite se aproximando, uma maneira de simbolizar a mudança de humores após o suposto assassinato, ou pode ser a intenção de passar a bola da interpretação para o leitor. “No espelho, ele conferiu a vida.” e a vida como um todo, ao que me parece. Naquele momento, percebeu que não poderia amar ninguém mais do que amava matar?
    Parabéns e boa sorte.

  60. Fernando Cyrino
    16 de janeiro de 2017

    caramba, ele a mata depois de um encontro assim às escuras? Entendi correto? Gostei do jeito leve com que conta a história, apesar do cravo ser flor que sugere velório, ao meu ver e do contraponto pesado do cara no final. Ficou bacana. parabéns. Abraços de sucesso.

  61. Bruna Francielle
    16 de janeiro de 2017

    Bem, a primeira vista da a impressão que o último parágrafo ocorre simultaneamente ao penultimo, mas depois, pensando aqui pode ser que o último paragrafo ocorra depois do encontro na praça
    Mas não encontrei nada que identificasse isso na escrita, apenas me pareceu o mais lógico.
    Seriais killers sempre são muito batidos, mas gostei da forma que vc narrou essa história. Parabéns

  62. Marco Aurélio Saraiva
    16 de janeiro de 2017

    Eu vejo um serial killer encontrando sua vítima nas redes sociais e finalmente marcando o encontro para o abate. O conto narra a história do ponto de vista da menina, inocente e cheia de esperança. Há abertura para outras interpretações, mas com certeza essa é a mais forte.

    O conto é muito bem escrito. Ao contrário do que alguns acharam, gostei das rimas ocasionais. Sua escolha de palavras foi excelente! Porém acho que a ideia é um tanto clichê. A inocência extrema da menina é quase caricata. Nada de inovador.

    • Marco Aurélio Saraiva
      16 de janeiro de 2017

      Aliás, gostei de como o cravo – a flor dos mortos – foi a aparato utilizado para identificá-la na praça, já que eles nunca haviam se visto ao vivo. É como se ela houvesse marcado um encontro com a morte.

      Boa metáfora =)

      • Juno
        16 de janeiro de 2017

        Que bom que você percebeu essa simbologia do cravo, moço. Ufa!

  63. Douglas Moreira Costa
    16 de janeiro de 2017

    É bastante complicado de se entender o conto, mas é muito interessante como são tão amplas as possibilidades de interpretação. No entanto, elas são tantas e tão diluídas que eu não consigo dar crédito a nenhuma, e me faz pensar que todos os finais são vazios demais. Então não cria impacto, cria um grande ponto de interrogação.
    Eu gostei da condução do conto, mas acho que alguns ajustes no último parágrafo dariam margem para uma interpretação mais impactante e dai criaria grande impacto.

  64. Ceres Marcon
    16 de janeiro de 2017

    A pá encostada na porta. Cara, não sei bem, talvez ele fosse enterrar um corpo. O da moça do encontro?
    Dois pontos de vista distintos, sem causar confusão na leitura. Parabéns pela construção da história.

  65. Leo Jardim
    16 de janeiro de 2017

    Minhas impressões de cada aspecto do microconto:

    📜 História (⭐⭐▫): não saquei qual é da pá. Ele era um coveiro? Apesar disso, gostei bastante. Dois personagens bem construídos em poucas linhas e a diferença das expectativas bem delineada.

    📝 Técnica (⭐⭐⭐): muito boa, texto com sonoridade poética, gostoso de ler.

    💡 Criatividade (⭐▫): um tema um tanto comum.

    ✂ Concisão (⭐⭐): as lacunas trabalham a favor.

    🎭 Impacto (⭐⭐▫): gostei do texto, como já adiantei. O impacto talvez teria sido maior se eu entendesse a pá, ou não, pois ficar pensando se ele era um coveiro amargurado ou um potencial assassino também foi bem legal.

  66. Edson Carvalho dos Santos Filho
    16 de janeiro de 2017

    É um microconto ou uma charada? Ficou enigmático demais. A ideia do coveiro que li aqui nos comentários é a que mais passa próximo de uma resposta. Porém, se for esse o caso, o começo destoa do resto, quando diz que eles “trocaram fotos”. Ele pode ter visto a foto dela, mas ela a dele? É bom ter surpresas e enigmas, mas tudo em equilíbrio.

  67. Fabio Baptista
    16 de janeiro de 2017

    Com exceção a uma rima (imagino que involuntária) de “dançar” com “tardar”, estava tudo perfeito até o último parágrafo.

    Daí, eu não entendi nada. Li de novo e de novo e continuei sem entender. Apelei para os universitários aqui dos comentários abertos e continuei sem uma conclusão razoável. Acho que a teoria da Iolandinha é a mais coerente, mas, nessa altura, o impacto já tinha se perdido totalmente.

    Abraço!

  68. andré souto
    15 de janeiro de 2017

    Um conto aberto,( vidas paralelas em uma cidade pequena ?) bem escrito,envolvente.Boa sorte.

  69. Iolandinha Pinheiro
    15 de janeiro de 2017

    Eles nunca se viram, nem de longe, nem de perto, porque ela era a morta que ele iria enterrar. Ele, o coveiro, ela, a defunta. O cravo é uma flor que se usa muito dentro dos caixões. A praça, a igreja. o velório. Para mim, foi isso.

    • Iolandinha Pinheiro
      15 de janeiro de 2017

      Não sei se a minha interpretação foi a correta, mas eu gostei das possibilidades às quais o autor nos manda percorrer. Interessante. Estrelinha para vc.

  70. Fheluany Nogueira
    15 de janeiro de 2017

    Narrativa aberta, muitos contrastes entre o homem e a mulher que marcaram um encontro. Não sei se ele seria um assassino ou um suicida, a roupagem de luto e a pá sugerem enterro. Bem escrito e estruturado. Parabéns pela participação. Abraços.

  71. Olisomar Pires
    15 de janeiro de 2017

    Tema: encontro às escuras envolvendo uma romântica e um sujeito.

    Não há notícia do que aconteceu, sobram especulações.

    Tenho duas alternativas maiores:

    a.) o rapaz matou a coitada ou
    b.) o rapaz tinha matado outra pessoa e não iria ao encontro.

    Bem escrito, entretanto, as rimas intencionais do 3º parágrafo, talvez para dar o ar cândido da personagem, a meu ver, atrapalharam a atmosfera, tornando-a inverossímil, como um sonho.

    Lamento.

  72. Tom Lima
    15 de janeiro de 2017

    Não consigo me importar com os personagens. Termino de ler e digo “ok”. Sem essa empatia não me esforço pra preencher as lacunas deixadas.

    Pode ser um começo de história interessante, desenvolvendo mais as personagens, mas com o limite de palavras não foi possível. Pra mim não funcionou.

    Boa sorte.

    Abraços.

  73. Virgílio Gabriel
    14 de janeiro de 2017

    Olha, esse é um conto que me fez o lê-lo umas cinco vezes. Porém, ainda assim não consegui chegar a um desfecho real. Poderia a festa ser “Finados”, e ele vestiu luto por isso? Estranho. Teria ele a matado? Estaria ele enterrando a mulher? Complicado. Peço até perdão, mas não consigo gostar de algo tão amplo. Parece que o autor deu um tiro no escuro, e isso não me agrada. Mas boa sorte.

  74. Andre Luiz
    14 de janeiro de 2017

    O enigma que permeou o conto ficou no ar como cheiro de terra molhada. Acredito que cada um de nós compreendeu da sua forma o desfecho da história, e isto é interessantíssimo em um texto. Uma professora de literatura certa vez me disse que quem completa o texto é o leitor. E você soube trazer-nos para dentro da história.

    -Originalidade(7,5): É um tema que pode ser batido, se interpretado como um cara maluco que iria assassiná-la, porém se olharmos que o autor nos atenta para que eles “nunca se viram” e que o homem “vestiu luto”, poderemos perceber que o assunto é muito mais complexo do que isto, e parece que ele acha que não é digno dela.

    -–Construção(Uso do limite de contos para formar um enredo)(9,0): Achei a trama fechada, com um início, meio e fim, porém que deixou um algo a mais para o leitor refletir, o que foi muito bem pensado. Parabéns pela genialidade!

    -Apego(8,0): De certa forma eu gostei bastante de ambos os misteriosos personagens e do homem em especial pela dual personalidade que pode ser inferida(psicótico ou humilde demais).

    Parabéns pelo conto!

  75. Evandro Furtado
    14 de janeiro de 2017

    Gosto de coisas inteligentes, e esse microconto é um exemplo disso. Ele desafia o leitor, diz que pra ele que não vai entregar tudo de mão cheia, faz ele pensar. Uma história que começa como um romance sabrinesco e termina como uma boa história de assassinato – ao menos, diante de uma das leituras possíveis. Temos uma narrativa que trabalha no campo das metáforas de forma brilhante. O não falar, às vezes, é mais efetivo. Personagens bem claros, apesar do pouco espaço conferido no desafio. Trama simples, mas rica em detalhes e que possibilita diversas interpretações. Basicamente o autor entrega vários contos em um, cabendo ao leitor escolher qual ele prefere.

    Resultado – Very Good

  76. Sandra A. Datti
    14 de janeiro de 2017

    Complexo, característico da prosa poética, que se permite a ampliar o conteúdo das palavras e expressões. Inspirei fundo e, quando percebi, segurava o ar, hehe, como se o impacto da poética se pusesse a acordar a consciência que sobe e desce. Só mais uma leitura…

    Boora lá, linda escrita, sem rebuscamento, apenas a poesia leve à flor da….

    Ainda bem que o lírico é onisciente e vai entregando detalhes importantes para a compreensão… O cravo deu a luz à felicidade ao par, mesmo sabendo não ser homem para ninguém e a arremessa á cova: Depois, se veste de luto.

    Um psico que fisga a mulher sonhadora e sacia sua (dele) ânsia de matar.. Tudo isso embrulhadim numa prosa poética…

    Gostei.

  77. Bianca Machado
    13 de janeiro de 2017

    Ai, que homem complicado! Esse parágrafo final é de pirar o cabeção, como diz a música. Dá para pensar em um monte de coisas. Só o que não pensei foi que ele a matou, não creio que seja isso. Me parece mais que ainda estava ligado a algum passado, fosse um viúvo e a pá fosse seu instrumento de trabalho. A narrativa é muito bonita, imaginei bem o que foi narrado. Até esse homem aí. Cheguei até a pensar que ele fosse o anjo da morte e que o primeiro parágrafo fosse uma referência a uma paixão dele por ela, que seria impossível. A pá, então, seria subjetiva. Sim, acho que viajei um pouco, talvez pelo excesso de dorama das últimas semanas, rsss… Parabéns por esse momento de total indecisão da minha parte quanto ao que li, mas mesmo assim gostei.

  78. Guilherme
    13 de janeiro de 2017

    Achei muito promissor, bastante poetico e humano. Confesso que não pude entender perfeitamente o final, acho que vou ler de novo. Parabéns e boa sorte

  79. Brian Oliveira Lancaster
    13 de janeiro de 2017

    GOD (Gosto, Originalidade, Desenvolvimento)
    G: Contexto interessante que dá a entender que o homem era enlutado, mas que havia conhecido essa moça no mesmo período. Agora a pá foi uma incógnita. Era um coveiro de terno? – 8,5
    O: Ganha pontos pelo diferencial de pontos de vista bem distribuídos. Mostra bem como duas vidas, que se unirão, podem ser completamente opostas, até nas emoções. Me lembrou um clipe melancólico da Lily Allen, em que ela caminha por um lugar destruído, mas vai colorindo tudo o que encontra pela frente, pois vai se encontrar com alguém. Chegando lá, ele dá um bolo e ela volta pelo mesmo caminho, só que cinza. – 9,0
    D: Tenha certa rima não intencional (ou intencional) no parágrafo do meio, mas destoa um pouquinho do restante. Se o texto tivesse sido construído em cima de rimas, seria diferente. – 8,5
    Fator “Oh my”: gostei, tem diferenciais e um tom poético implícito.

  80. Lídia Duarte Costa
    13 de janeiro de 2017

    “Um enigma”, tanto o homem quanto a pá kkk
    Há uma dupla interpretação sim, mas ele “vestiu luto”, o que me faz desacreditar um pouco que ele a matou (se ele fosse um assassino, ficaria de luto?)…
    Creio que ele era apenas um trabalhador braçal, que pouco se expressa, pouco fala… (Como os personagens de Vidas Secas, talvez). Via-se com tanta inferioridade em relação à moça que “vestiu luto” por ela, que se apaixonara por um homem como ele…
    Enfim, belo texto!
    Boa Sorte 😉

  81. Priscila Pereira
    13 de janeiro de 2017

    Oi Juno, me corrija se estiver errada, mas, ele iria assassinar a garota??? O texto me deu a entender isso, dois desconhecidos indo se encontrar pela primeira vez, ela pensando ter encontrado o amor e ele planejando onde enterraria o corpo… se for isso, achei muito legal… boa sorte!!

  82. Evelyn Postali
    13 de janeiro de 2017

    Fiquei a pensar no quão inferior ele sentia-se perto dela pela possível profissão que tinha. Também mergulhei no pensamento de que ele fazia trabalho braçal e ela, talvez não. Muitos pensam que trabalho braçal é desmerecimento se comparado ao trabalho intelectual. O mundo tem dessas coisas, né? De gente pensando que existem níveis de humanidade diferentes. Acredito que existam, sim, níveis de humanidade diferente, mas não com relação às coisas positivas que nos tornam mais humanos e melhores. Enfim. Está muito bem escrito. Gostei muito dele.

  83. Zé Ronaldo
    13 de janeiro de 2017

    Micro aberto, levando o leitor a se questionar o porquê da pá encostada na porta. Cria dúvidas, leva à releitura, traz reflexão. Como todo bom microconto deve ser.

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Publicado às 13 de janeiro de 2017 por em Microcontos 2017 e marcado .
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