Sentado em cima de uma lápide, ele batia furiosamente nas teclas de uma maquina de escrever, espalhadas por toda sua volta, estava muitas folhas de papel amassado. Um rapaz se aproxima, curvando a cabeça com curiosidade, para em frente a ele e pergunta.
— O que está fazendo?
— É óbvio, não? Estou escrevendo – respondeu sem levantar o rosto, continuou escrevendo.
— Sim, é óbvio… Mas porque aqui e agora?
— Tenho que escrever um conto, sobre cemitério. – Ele não parava de teclar.
— Fez algum progresso?
— Não. Não consigo dar continuidade, até desejo ver um fantasma para poder me inspirar.
— Você está tão obcecado com essa escrita, que vai acabar vendo fantasmas de verdade. – O rapaz deu um sorriso sarcástico, o outro não viu, não levantava a cabeça por nada.
— Se eu começar a ver fantasmas, é porque já sou um deles.
— Sim, isso também é óbvio, não? – Rindo muito, o rapaz se afastou.
Se ele tivesse se dignado a levantar pelo menos o olhar, teria visto o rapaz, como um espectro, deslizando para dentro de uma tumba, e se daria conta do óbvio.
Gostei do seu conto, curtinho e delicioso de ler. No entanto, uma revisão precisa ser feita. Há uns errinhos espalhados pelas linhas. 🙂
Fico feliz que tenha gostado. Aponte os erros, por favor, Claudia. Agradeço desde já, um forte abraço.
Vamos lá ! – Disse a chata da revisora:
maquina > máquina
estava muitas folhas > estavam muitas folhas
Mas porque aqui e agora? > mas por que aqui e agora?
um conto, sobre cemitério.> aqui acho que não há necessidade desta vírgula
O rapaz deu um sorriso sarcástico, o outro não viu, não levantava a cabeça por nada. > O rapaz deu sorriso sarcástico que o outro não viu, pois não levantava a cabeça por nada. (não é um erro, só fica mais claro)
Se eu começar a ver fantasmas, é porque > aqui não há necessidade de vírgula
Abraço. 🙂 ❤
Obrigada!!!
Valeu mesmo.
Excelente jogo de palavras num texto tão curto. A obviedade que permeia o texto encontra força na reviravolta final. Uma ótima ideia para causar impacto, como contos curtos exigem. Apenas tenho uma sugestão. Na frase inicial “Sentado em cima de uma lápide, ele batia furiosamente nas teclas de uma maquina de escrever. Espalhadas por toda sua volta, estavam muitas folhas de papel amassado.” Ficaria melhor o ponto antes de “escrever”, assim como o “m” em “estava”.
* ponto “depois” de escrever.
Obrigada Brian por ler. E agradeço em dobro pelas dicas. Um abraço bem apertadoooo
Que texto legal Neusa!! Porque você não aprimorou a ideia para o desafio?? Gostei bastante!!!
Que coisa boa saber que gostou. Mandando um abraço apertado para ti.