EntreContos

Detox Literário.

Virada (Anorkinda Neide)

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Mal a luminosidade do dia primeiro de janeiro alvoreceu e Carmélia já estava à janela. À espera.

Guilherme semiabriu um dos olhos e a primeira coisa que viu foi o beijo da espuma de Yemanjá na areia. Ciente da sutileza de meus passos me aproximei da moça e rescendi no ar o encanto da maresia, ela sentiu…

– Ah… Que vontade de molhar meus pés no mar!

Ainda naquela manhã Carmélia comprou passagem para o litoral.

Sentei-me ao lado do rapaz, na areia e exalei um perfume de mulher.

“- Sinto um cheiro doce como um afago!  Acho que bebi demais.

Guilherme riu de si mesmo, mas passou o dia todo à beira-mar como se esperasse por algo.

Um descuido. Uma curva fechada, o ônibus despencou na ribanceira com Carmélia e seu sonho de uma vida inteira.

Apesar de minha forma sutil, Guilherme pode ouvir meu suspiro de cupido injuriado.

66 comentários em “Virada (Anorkinda Neide)

  1. Fabio D'Oliveira
    29 de janeiro de 2016

    Olá!

    O texto é um pouco confuso, pois o autor não soube organizá-lo de forma devida. E nunca é bom confundir seu leitor dessa forma, a não ser que tenha um motivo muito inteligente para isso. Por isso não gostei muito do texto. Mas ele está bem escrito.

    Nota: 7.

  2. Tamara Padilha
    29 de janeiro de 2016

    Achei um pouco estranha a escrita, não consegui construir tão bem a relação de Guilherme e Carmélia. A parte final de o ônibus cair na ribanceira foi o que deixou o conto melhor.

  3. Matheus Pacheco
    29 de janeiro de 2016

    Nossa, foi triste e inesperado, mas muito bom, eu curti bastante,

  4. Nijair
    29 de janeiro de 2016

    .:.
    Virada (Valentim)
    1. Temática: Fatalidade. Morte. Vida interrompida.
    2. Desenvolvimento: As paisagens sugerem as estações da vida, desde o nascimento até a morte – ficaram legais essas comparações, mesmo que sutis.
    3. Texto: Muito bom. O texto teve atrativos linguísticos.
    4. Desfecho: A ira do cupido não ficou muito convincente – faltou contextualizar melhor.
    Boa sorte!

  5. Thales Soares
    29 de janeiro de 2016

    O conto está bem escrito, mas não me atraiu.

    O final foi bem bacana! Conseguiu salvar um pouco a história que nada estava me agradando.

    No final das contas, achei um conto mediano. Não pude me conectar muito pois não faz parte do meu estilo. Ou seja, o fato de eu não ter gostado tanto foi por puro gosto pessoal. Mas o autor fez um bom trabalho aqui.

    Boa sorte no desafio.

  6. Miguel Bernardi
    28 de janeiro de 2016

    E aí, Valentim. Tudo bem?

    Vamos lá, direto ao ponto, porque não consegui construir este comentário de outra forma… a ideia é boa mas, ao meu ver, a execução da mesma, não. A construção ficou um pouco confusa (creio que o limite de palavras tenha dificultado nisso, porque explicar num espaço curto uma boa ideia tem certa dificuldade). Na segunda leitura, a coisa ficou mais clara, mas mantive a opinião que predominou na primeira: poderia estar melhor executado.

    Ainda que o fator de influência sobrenatural esteja presente, achei o primeiro “travessão” um pouco forçado (digo, o que sucedeu o travessão).

    Bem, grande abraço e boa sorte.

  7. Fil Felix
    28 de janeiro de 2016

    Reli pra entender e achei a construção muito boa, apesar de complicada de início! Mostrar como o Cupido trabalha, ou como as energias tecem essas linhas de conectividade entre as pessoas, de uma maneira bem leve e até humorada. Ficou bonito, sem ser muito piegas, com boas descrições. Percebi alguns errinhos, mas nada de mais (como a aspa que não fecha).

  8. mkalves
    28 de janeiro de 2016

    Tive dó desse cupido. Achei simpático e bem resolvido o conto. Demora um tantinho para entender a mudança de foco narrativo, mas ao final o quadro fica vívido e coerente. Gostei!

  9. Nijair
    28 de janeiro de 2016

    A ira do cupido não ficou muito convincente – faltou contextualizar melhor. Boa sorte!

  10. Pedro Luna
    27 de janeiro de 2016

    De começo, não entendi nada. Mas depois percebi que um ser estava tramando o encontro dos dois, com artimanhas.

    A ideia foi bacana, o texto é simpático, mas é sim um pouco truncado, deixando-o com a aparência confusa em relação a narração. O autor foi corajoso, mas precisa entender que certamente não é um texto que vai agradar a todos.

    Achei bacana.

  11. Swylmar Ferreira
    27 de janeiro de 2016

    Texto criativo, confesso que demorei a ver a presença do Cupido na trama. Mas está bem escrito e causa certa surpresa no final.
    Parabéns.

  12. Tom Lima
    26 de janeiro de 2016

    Na primeira vez que li não entendi. Quem narra? Qual é a relação dos dois? Três? Não ficou claro. Ai volto, leio com mais calma e começo a entender.

    O cupido tenta unir um casal mas falha? Ou o objetivo não era unir? Calma, injuriado, não é? Ele não gostou, certo? Toda essa confusão atrapalha aqui.

    Ai vem errinhos que saltam aos olhos nessas horas, misturar aspas com travessão e não fechar as aspas… descuido, parece.

    As duas falas soam um pouco forçadas.

    Acaba que a união das partes não parece formar um todo.

    Boa sorte.

  13. Kleber
    26 de janeiro de 2016

    Olá Valetim!

    A dor da perda! A desolação alheia, sob os olhos daquele que “engrendrou” tudo. Realmente agradável de se ler por sua ironia. As figuras de linguagem também me agradaram. Foi o que aguçou minha imaginação, fazendo-me pensar em todas as outras alternativas não abordadas no conto.

    Sucesso!

  14. Daniel Reis
    26 de janeiro de 2016

    Oi Valentim, então é o seguinte:

    TEMÁTICA: inevitabilidade e o fantástico, a partir do Cupido e do destino cruel de Carmélia. Interessante.

    TÉCNICA: bem escrito, poderia realmente passar por um aprimoramento na forma de apresentar os personagens e seus papéis.

    TRANSCENDÊNCIA: não consegui vibrar com o texto, acho que o morte de Carmélia foi um anticlímax inexplicado pelo autor. Coisas da vida.

  15. rsollberg
    26 de janeiro de 2016

    Achei muito legal usar o cupido como narrador!
    A meu ver, o conto ganha pontos porque fugiu do óbvio – não é o cupido narrando uma história bem sucedida. Aqui, ele teve seus planos frustrados, talvez, de forma irreversível.

    O amor interrompido desta maneira é sempre comovente, contudo, em razão do limite de palavras, não consegui criar maior conexão com os personagens, e nesse sentido, a emoção final não foi tão forte. Todavia, o autor conseguiu criar algo com início, meio e fim, o que já é uma louvável tarefa neste tipo de enredo.

    Só peguei um “pode” ao invés de “pôde” ali no final.
    é isso!!
    Parabéns e boa sorte no desafio..

  16. Wilson Barros Júnior
    25 de janeiro de 2016

    Eu acho que esse conto deve ser lido no reveillon. Muito interessante, o recurso de adaptar criaturas mitológicas para o mundo atual. A história em si parece um microconto trágico, ao estilo de Shakespeare. Aliás, lembrei-me do poema de Mário de Andrade, Serra do Rola-Moça:

    “A Serra do Rola-Moça
    Não tinha esse nome não…
    Eles eram do outro lado,
    Vieram na vila casar.
    E atravessaram a serra,
    O noivo com a noiva dele
    Cada qual no seu cavalo.

    ………………………………….

    Ah, Fortuna inviolável!
    O casco pisara em falso.
    Dão noiva e cavalo um salto
    Precipitados no abismo
    Nem o baque se escutou.

    Faz um silêncio de morte.
    Na altura tudo era paz…
    Chicoteando o seu cavalo,
    No vão do despenhadeiro.
    O noivo se despenhou.

    E a serra da Rola-Moça
    Rola-Moça se chamou.”

    O conto foi muito bom de ler, parabéns.

  17. Mariana G
    25 de janeiro de 2016

    Então, o conto teria sido bastante promissor se não tivesse sofrido cortes tão duros. Muitas partes ficaram confusas, deixando a leitura cansativa, o que é uma pena já que a historia é boa.
    Boa sorte!

  18. Eduardo Selga
    25 de janeiro de 2016

    A NARRATIVA ESTÁ MUITO ENTRECORTADA, como se fosse uma adaptação de um texto maior, cuja ideia geral é cansada —o cupido atuando para unir dois corações. Está fatiado a ponto de haver referências soltas.Por exemplo, no início é dito que “Carmélia já estava à janela”, mas não se sabe se é de sua casa, de outra habitação ou até mesmo do ônibus. A menção a Yemanjá sugere que o orixá de algum modo desempenhará papel relevante na narrativa, o que não ocorre. Mas em se tratando de microcontos, não há espaço para referências vãs, exceto se houver importância estética, o que não me parece ser o caso. O uso de Yemanjá como figuração do mar (portanto um uso estético do orixá) seria válido se na construção da sentença não fosse possível vislumbrá-la como possível personagem. E isso acontece por causa de “beijo da espuma de Yemanjá na areia”. A palavra beijo unida ao nome do Orixá pode sugerir a presença física dele, apesar da palavra espuma, que não apaga totalmente essa impressão.

    • Valentim
      26 de janeiro de 2016

      Não é uma adaptação… fui criando a historia enquanto escrevia, aliás estive lendo o original, sem cortes nos meus arquivos e está bem mais bonito, ficarei com ele.
      Usei Yemanjá como figuração do mar. Percebo que este tipo de conto deveria ter um tempo para maturaçao antes de ser postado, onde o trabalho nos cortes não destoassem tanto o sentido e principalmente a beleza do texto. Acho que neste quesito, Catarina tinha razão, o desafio deveria ser no tempo de costume e não na forma relâmpago.

  19. Jowilton Amaral da Costa
    25 de janeiro de 2016

    Na primeira leitura na entendi, achei que estava faltando alguma coisa, que o autor havia se enganado em algo. Depois compreendi que havia um cupido na estória, e foi ele que se sentou ao lado de Luis e exalou um perfume de mulher. Aí Carmélia morre, e os planos do cupido foram por água abaixo. É bom o conto, acho que deveria tentar reescrevê-lo. Boa sorte.

  20. Murim
    23 de janeiro de 2016

    Um conto singelo (apesar da desgraça) que aproveitou bem a inspiração de fim de ano. Bem escrito, mas vi um pequeno problema de estrutura: o segundo parágrafo vai de Guilherme e Carmélia sem aviso, como ainda não sabemos que se trata da narração de um cupido com dom da ubiquidade, fica um tanto confuso desnecessariamente. Acho que o parágrafo podia ser dividido em dois.

    • Valentim
      23 de janeiro de 2016

      Sim! Foi um erro de digitação.
      Esqueci de dar um Enter, quando fiz os tais cortes no texto, me perdi um pouco.
      Eu havia explicado lá num primeiro comentario.
      Obrigada por tua leitura.

  21. vitormcleite
    22 de janeiro de 2016

    olá, olha talvez por eu ser de Portugal e escrever diferente de grande número dos nossos camaradas eu gostei muito do modo como escreves, interages muito com o leitor. Escreves muito à português, seja lá isso o que for. Muitos parabéns e desejo-te as maiores felicidades neste desafio. O texto é perfeito? não, mas certamente aprendeste mais um pouco com este desafio. nunca fiques na zona de conforto, continua a procurar um caminho teu. parabéns.

  22. elicio santos
    21 de janeiro de 2016

    O texto ficou confuso. O autor teve uma boa ideia ao narrar a história pelo ponto de vista do cupido, mas pecou na forma como alternou as cenas. Um microconto não permite tanto malabarismo literário, haja vista a necessária unicidade do seu teor. Na próxima procure fazer um recorte mais harmonioso da realidade. Outra coisa, antes de narrar uma tragédia dê ao menos indícios ao leitor de que isso poderá ocorrer, acho que fica mais verossímil. Acidentes ocorrem o tempo todo e destroem inúmeros sonhos e projetos em segundos, mas a literatura não é a vida real. Pareceu-me que o autor não planejou a história ou a estruturou com pressa. A morte abrupta da personagem mais parece o “deus ex machina” ao inverso. Boa sorte!

    • Valentim
      21 de janeiro de 2016

      Ao inverso? vc acha?! Ok! rsrs
      sim, escrevemos com pressa, foi um desafio relâmpago!

  23. Pedro Henrique Cezar
    20 de janeiro de 2016

    Uma história simples, mas interessante. O conto foi de compreensão complicada, não se entende em uma primeira leitura. No entanto o terceiro personagem, o cupido, tem papel vital na história! Ele foi apresentado no final… Mesmo assim, me cativou e senti muito por ter dado tudo errado! Parabéns!

  24. Cilas Medi
    20 de janeiro de 2016

    Entendi, em parte, somente na terceira leitura. Achei confusa a mudança de um para outro personagem entre sonho e realidade. Sorte!

  25. Laís Helena
    20 de janeiro de 2016

    Parece que a história é narrada por uma entidade onisciente, o que explica a aparente troca da terceira pessoa para primeira, o que em uma primeira leitura causa confusão.

    Afora isso e alguns problemas de revisão (algumas vírgulas fora de lugar e um parágrafo que devia ter sido dividido em dois), não consegui encontrar nada de errado no texto, apesar de não ter gostado. A ideia da entidade tentando juntar casais é até interessante, mas o final trágico não impactou.

  26. Evandro Furtado
    20 de janeiro de 2016

    Fluídez – 9/10 – as únicas coisas que destacaria foram as rápidas mudanças de arco que, para um leitor menos atento, pode causar confusão;
    Estilo – 10/10 – simples, mas bem trabalhado;
    Verossimilhança – 10/10 – foi um belo desenvolvimento de trama e de personagens;
    Efeito Catártico – 9/10 – o melhor dessa história é justamente o que não foi contado, o que poderia acontecer…

  27. Antonio Stegues Batista
    20 de janeiro de 2016

    Um conto original, na verdade um drama, uma virada do Destino e a frustração de Cupido,o Amor, que na verdade é a Harmonia entre os seres, e o equilíbrio da Natureza. Acho que poderia ter melhorado nas construção das frases, escrever várias vezes até achar a mais bonita, pois podemos dizer uma coisa de diversas formas.

  28. Leonardo Jardim
    19 de janeiro de 2016

    Minhas impressões de cada aspecto do conto antes de ler os demais comentários:

    📜 História (⭐▫▫): qdo o narrador se mostra um personagem, fiquei confuso, principalmente por ele falar com os outros dois personagens que estão distantes. Qdo descobri quem ele era lá no final, tive que reler. É uma boa ideia, mas com alguns problemas de execução.

    📝 Técnica (⭐⭐▫): é boa, apesar de uns problemas como repetição de “à” no primeiro parágrafo e outros de revisão.

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): achei criativa essa participação do cupido.

    🎭 Impacto (⭐⭐▫): a reviravolta é boa, pena que ficou um pouco confusa.

  29. Simoni Dário
    19 de janeiro de 2016

    Mas que maldade essa virada toda, eu estava amando e desejei um final feliz Hollywoodiano…pelo menos um…! Essa foto até acho que fui eu que tirei!!
    Brincadeiras à parte, gostei muito, você escreve bem e conseguiu me tocar apesar do final infeliz. To triste agora por causa do seu conto…parabéns!
    Bom desafio!

    Agora to rindo muito da tua resposta autor, ao comentário do Piscies, bota cupido atrapalhado aí, sai pra lá!

  30. Catarina
    19 de janeiro de 2016

    O INÍCIO deu o tom idílico ao conto, a ilustração ajudou, sem desconfiarmos do FIM trágico. FILTRO acelerou a TRAMA para caber nas 150 palavras, pode ser impressão. Adorei o PERSONAGEM do Cupido, ESTILO sutil.

  31. Daniel
    19 de janeiro de 2016

    Demorei p/ entender, mas quando entendi, gostei. No que diz respeito à estética, gostei especialmente do penúltimo parágrafo!
    Parabéns!

  32. Marina
    19 de janeiro de 2016

    Achei lindo, com uma ótima ideia, mas confuso. Estou até agora me perguntando se entendi direito este conto.

  33. Andre Luiz
    18 de janeiro de 2016

    Gostei do conto, achei bastante peculiar e de certa forma poético. Achei, assim como bastante colegas comentaristas, que talvez o limite tenha te prejudicado, no que eu chamo de “cortes” em alguns lugares errados. Infelizmente, quando escrevemos parece-nos que está em mil maravilhas, exatamente porque já estamos com o enredo engendrado, e conhecemos toda a sua forma. O mais difícil é passar isso ao leitor. Boa sorte!

  34. Gustavo Castro Araujo
    18 de janeiro de 2016

    A ideia do cupido sorando o amor nos ouvidos de Carmélia e Guilherme foi bem engenhosa. No entanto, senti falta de algo mais poético, mais cândido. Sei que no limite imposto pelo desafio fica difícil descer a essa profundidade, ainda mais quando se tinha na manga a surpresa quanto ao acidente que frustrou o intento amoroso, mas talvez fosse esse o caminho para me agradar mais. Sim, eu sou egoísta, rs

    • Valentim
      19 de janeiro de 2016

      Foram os cortes, Gustavo, que tiraram a profundidade da situação. Lamentável a minha inabilidade com cortes, vou começar a treinar com facas de corte mais preciso!
      .
      Quanto ao egoísmo, lembrei-me desta canção:

  35. Thata Pereira
    18 de janeiro de 2016

    Como eu não sabia de quem se tratava o narrador, fiquei um pouco perdida quando os dois diálogos apareceram, eram os personagens ou a “pessoa” que estava com eles? Adorei a proposta e acho que você deve escrever esse conto novamente. A parte da tragédia, senti falta de emoção. Caiu, caiu e ficou por isso mesmo. Nem sentimos. É preciso sentir, assim como achei lindo sentir o beijo da espuma de Yemanjá na areia.

    Boa sorte!

    • Valentim
      18 de janeiro de 2016

      Pois é, Thata…
      Cortei, cortei e lá se foi a emoção! Somente a frase da espuma é que ficou mais sensível.
      Obrigada pela leitura.
      *as falas são dos personagens.

  36. Piscies
    18 de janeiro de 2016

    Ao que tudo indica as tragédias caem bem em microcontos. Rs rs.

    O ar romântico envolve todo o texto. A escrita levemente poética e as palavras escolhidas dão aquele “leveza” na leitura, que nos faz lembrar daquela época (e todos temos esta época) quando nossos corações estão abertos ao desconhecido, à paixão, ao diferente. Ao “tentar”.

    E quantas vezes nos pegamos como Guilherme, sentados esperando que nossa alma gêmea apareça na esquina ou nos dê um sinal de sua existência?

    Espero que todas as vezes que passei por isso não tenham causado a morte de uma mulher em outro lugar qualquer. o.o”

    • Valentim
      18 de janeiro de 2016

      Não! Cupido atrapalhado somente nesta minha criação!
      Obrigada pelas palavras, Piscies.

  37. Marcelo Porto
    18 de janeiro de 2016

    Boa história, gostei do ponto de vista. Principalmente por só entregar no último momento.

    A construção do conto demonstra um excelente domínio sobre a narrativa, pega a gente pela mão e leva até a surpresa final. Que de certa forma é trágica.

    Muito bom!

  38. Jef Lemos
    18 de janeiro de 2016

    Olá, Valentim.

    A história é boa, mas a forma como foi contada não me agradou. Poderia ter sido belo e emocionante, mas pareceu um pouco vazio. Essa transição não foi muito eficiente, acho. Talvez uma mudança no ponto de vista possa acrescentar algo mais.

    De qualquer forma, parabéns.

    Boa sorte!

  39. mariasantino1
    18 de janeiro de 2016

    E… no meio do caminho havia uma curva.

    Gostei. Uma sutileza muito bacana. O cupido sussurrou para a Amélia e a mulher, sensível, atendeu a dica dele. O acaso então veio e impediu o trabalho do querubim. E bacana, bonitinho. Daria um YA numa boa ou uma música.

    Não vi aqui um conto de fantasma, uma vez que cupido é uma espécie de anjo. Achei uma boa ideia, uma escolha de execução arriscada, mas eficaz comigo, narrativa acessível, equilibrada, sem firulas ou misturas. Não vou ficar com o conto porque ele merece mais caracteres, mais desenvolvimento, mas entreteu e enterneceu.

    Boa sorte no desafio.

    Parabéns!

    • Valentim
      18 de janeiro de 2016

      É Carmélia, o nome da falecida!
      Mais caracteres? Mas atingi o limite do desafio.
      Obrigada pela leitura, Maria. Vc entendeu direitinho apesar de tantos cortes no texto!!

      • mariasantino1
        18 de janeiro de 2016

        Desculpa, tá. Li Amélia. 😦

  40. Rubem Cabral
    18 de janeiro de 2016

    Olá.

    Achei o enredo bem bolado, mas não curti muito a execução. De início pensei que fosse Iemanjá que caminhasse pela areia, depois compreendi que o Cupido havia decidido juntar os dois e teve seus planos frustrados.

    Boa sorte e abraço.

  41. Bia
    17 de janeiro de 2016

    Interessante a proposta, mas a exeucação falhou. Consegui entender os três na narrativa e achei isso muito válido, só não funcionou a forma como escreveu esse triângulo. Só o final pegou para mim, afinal esse narrador, o terceiro, era um cupido injuriado mesmo? Ou o fantasma obsessor que imaginei ser? Se era fantasma, por que chamaria a si mesmo de cupido? Bem, boa sorte.

    • Bia
      17 de janeiro de 2016

      Ops, “exeucação” não, né, “execução”. Sorry!

  42. José Leonardo
    16 de janeiro de 2016

    Olá, Valentim.

    Creio que careceu de revisão final, mas como já há um comment seu a respeito, apenas registre-se. Além disso, que ser insensível esse fantasma. Sentiu-se somente injuriado pelo fato do não-acontecimento; nem derramou lágrima pela morte de Carmélia. Preocupou-se com a flechada perdida e nada mais.

    Enredo interessante, forma criativa de contar. Ponto negativo, mesmo, concentra-se na falta de revisão.

    Sucesso neste desafio.

  43. Rogério Germani
    15 de janeiro de 2016

    Fantasma apaixonado? A ideia é bacana. Falta uma revisão em alguns detalhes, mas o enredo se segura bem.

  44. Bruno Eleres
    15 de janeiro de 2016

    O texto foi confuso e, embora eu seja fascinado por finais trágicos, este não me causou nenhum prazer (nem dissabor). A melhor parte foi a construção de Carmélia, à espera, com seu sonho de molhar os pés no litoral.

  45. Renata Rothstein
    15 de janeiro de 2016

    Achei o conto ousado, romântico, trágico e criativo…enfim, gostei muito!

  46. Leda Spenassatto
    15 de janeiro de 2016

    Muito sinistro, nada emocionante.
    Não me cativou, e mais, fique com algumas
    dúvidas como; cheiro de homem, cheiro de quem?
    Não consegui acompanhar,
    a leitura me deixou sem saber para onde ir, não encontrei
    coerência na sua escrita.

  47. Sidney Rocha
    15 de janeiro de 2016

    Você conseguiu fazer uma virada no texto que, de alguma forma, mexe com o leitor. Fora isso, talvez pela limitação, senti que faltou algo.

  48. Brian Oliveira Lancaster
    15 de janeiro de 2016

    BODE (Base, Ortografia, Desenvolvimento, Essência)

    B: Abordagem bem diferenciada. Primeiro achamos que o narrador é onisciente, depois entendemos que ela faz parte da história. Ousado. – 8
    O: A escrita é leve, mas certas passagens foram suprimidas demais. Entendo que é complicado neste caso, mas há várias correntes de tempo perto do final. – 7
    D: O cotidiano de um cupido trás bastante sensibilidade ao seu texto, e nos faz reler para compreender as nuances. O final é triste, mas funciona bem dentro do contexto. – 8
    E: Contar muito em pouco espaço de tempo é complicado. Apesar de focar somente no rapaz, o que foi ótimo, foram abertas brechas grandes, mesmo resolvidas subjetivamente. – 8

  49. Ricardo de Lohem
    15 de janeiro de 2016

    História de fantasma bem razoável, mas sem muita emoção e meio confusa. Eu entendi que era uma história de fantasma, e o cupido é só um jeito de falar, uma metonímia da alma apaixonada da moça. Gostei do fato que este conto conseguiu dar uma legítima reviravolta no final, objetivo louvável que muitos não alcançam. Bom conto, Parabéns, desejo Boa Sorte!

  50. Claudia Roberta Angst
    15 de janeiro de 2016

    Comecei a ler pensando que o narrador pudesse ser a Morte e não cupido. Acho que fui influenciada pela leitura de tantos contos com morte. Então por um descuido (mas aí foi do anjo de guarda dela,né), a moça sofreu um acidente e finou-se. Já o rapaz ficou a ver navios, pois a sua prometida não pôde aparecer.
    “(…) Guilherme pode ouvir meu suspiro de cupido injuriado.” > a frase é boa, mas faltou o acento em Pôde.
    Um conto agradável de ler com um toque de comédia romântica, mesmo com o final frustrante para Cupido.
    Boa sorte!

    • Valentim
      15 de janeiro de 2016

      Pensei que pôde era agora sem acento na nova regra ortográfica!
      Ainda fiquei pensando nisso, mas não pesquisei. Bem feito pra mim!
      Obrigada, Claudia.

  51. Sidney Muniz
    15 de janeiro de 2016

    Gostei da escrita, mas não do conto.

    Desafio difícil esse, pois a limitação realmente está pegando para alguns, eu que o diga, pois geralmente escrevo mais que o necessário.

    Você já se justificou em relação aos equívocos, então tá!

    A ideia renderia um conto interessante em um espaço maior, pois tantos personagens num conto só acabaram deixando tudo embolado demais.

    No mais é sim um bom conto.

    Parabéns pela escrita e boa sorte no desafio!

  52. Davenir Viganon
    14 de janeiro de 2016

    Ficou confuso e tive de fazer mais de uma leitura para pegar a história. Mesmo assim não consegui me conectar com o conto.

  53. Fabio Baptista
    14 de janeiro de 2016

    Ia comentar sobre as aspas perdidas, mas o autor já esclareceu no primeiro comentário.

    Bom, gostei da narrativa e dessa estratégia de revelar o narrador no final (que acredito ser um dos caminhos para surpreender nos microcontos e também nos contos “normais”). A revelação em si, porém, me deixou meio “nhé…”.

    Teria mais impacto se fosse alguém mais… do mal. E o acidente de ônibus não fosse necessariamente um acidente.

    Mas, um conto leve e divertido.

    Abraço!

  54. Anorkinda Neide
    14 de janeiro de 2016

    Olha.. tal qual o destino de Carmélia, o meu ano novo tb está despencando por uma ribanceira.. rsrs
    .
    Bem, gostei do que li.. cupidos. hummm.. 🙂
    .
    Um microconto com tres personagens em ‘ação’… ousado!
    Parabéns
    Abração

  55. Daniel Vianna
    14 de janeiro de 2016

    Tudo bem pela questão do metafísico, mas acho que ainda faltou alguma trama. Deu pra sacar que havia alguma coisa, espiritual talvez, entre Carmélia e Guilherme, mas o desenrolar, a meu ver, não foi satisfatório. De todo modo, boa sorte.

  56. Valentim
    14 de janeiro de 2016

    Quero registrar que as aspas, que abrem e não fecham, no pensamento do rapaz, foi um erro de digitação. E também o segundo parágrafo deveria ser dividido em dois,
    Foi a pressa.
    Desculpem.

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Publicado às 14 de janeiro de 2016 por em Micro Contos e marcado .