Já “assisti” Perdido em Marte. Como todo bom leitor de best sellers, não resisti à campanha de marketing desse novo blockbuster e corri para comprar o livro.
Veredito: O livro é bom, agora vamos esperar o filme.
O autor conseguiu a façanha de tornar um quase monologo, cheio de tecnicismo em uma narrativa interessante, na maioria das vezes fluída, onde realmente ficamos preocupados com o destino do protagonista, este que pra mim é o grande trunfo da história.
Logo de supetão somos informados que o cara foi abandonado em Marte, por ter “morrido” num acidente durante um escape de emergência do planeta vermelho. A premissa interessante, se torna ainda mais, pelo próprio nonsense com que o personagem encara a sua situação, nos fazendo romper a barreira da realidade, criando uma empatia imediata.
A narrativa, em sua maioria, em primeira pessoa, escrita como um diário de bordo, funciona e nos faz temer pelo destino do astronauta, principalmente pelo fato de que ainda não sabemos como aquilo veio à público. O apuro na criação do protagonista, porém não se repete nos demais personagens, quando eles começam a aparecer, surgem estereótipos visto em dezenas de outras obras, a comandante durona, martirizada por ter deixado um tripulante para trás, a nerd tímida que descobre que o protagonista tá vivo, o chefe, o burocrata, o inconsequente que vai chutar o pau da barraca e por aí vai. Mas isso não atrapalha a história, diria até que ajuda, pois nos faz focar na situação do Robinson Crusoé marciano.
As descrições necessárias e algumas vezes excessivas das ações e planos do protagonista são sempre entremeadas por gracinhas e analogias simples, com o claro intuito de “dourar a pílula” e as tornar menos maçantes para o leitor, o que o autor consegue de forma eficiente, ditando o ritmo, enquanto descortina o drama do seu principal personagem.
Uma autêntica obra de ficção cientifica, sem fantasias e aparentemente calcada na ciência. “O Resgate do Soldado Ryan” espacial, ou então, “À Procura de Spock” em Marte, onde “As necessidades de um, sobrepõem-se às necessidades de muitos…”.
Já vimos isso em algum lugar, mas vale a leitura.
Terminei a leitura agora. No início achei bastante maçante, mas depois não consegui deixar o livro. Estou ansioso por outras obras do autor.
Filme assistido! Gostei! 😀
Fala aí, Marcelo!
A resenha me deixou curioso, principalmente para saber como essa narrativa “quase monólogo” conseguiu se manter.
Infelizmente, com o tanto de livros que estão na fila, provável que vou acabar ficando com o filme. Muito livro pra pouca vida 😦
Abraço!