Calcar na rocha a rubrica da dor
tatuar no sangue espesso
cristalizar signos
da cruz de todo o dia.
Pictografar a pele
na tortura do voo revés
desguarnecido das asas
com que sonhei-me anjo
ou pássaro…
Tanto mais a vida me reflui
mais me infinito em paradoxos.
Assimilo-me às pedras e perdas
faço-me montanhas. Túmulos…
No desamparo da queda
apeado de asas
em múltiplas âncoras
álibis ou habeas-corpus tão inúteis.
O voo se desata no chão.
É um poema bem trabalhado, sem dúvida… mas me deixa dúvidas… hehehe
Os dois primeiros parágrafos: pictografar, tatuar, calcar, cristalizar signos, achei tudo a mesma coisa, como sinônimos para ‘encher’ o poema.
Tanto mais a vida me reflui
mais me infinito em paradoxos.
Adorei isto! achei este verso maravilhoso! e simplesmente, ele vive sozinho, acho q nem encaixa neste poema, pra dizer a verdade.
e novamente: desguarnecido de asas, apeado de asas, voo se desata no chão…. tudo a mesma coisa… poderia dizer isto uma só vez, num verso só. O poema ficaria mais forte.
A mensagem é muito bonita e intimista, cortando repetiçoes de ideias, daria um belo e forte poemeto!
Abração
desculpe nao sao parágrafos e sim, estrofes!
kk a leitura de contos me perturbou!
“Assimilo-me às pedras e perdas/ faço-me montanhas. Túmulos…”
Muito bom Francisco, eu me apropriei da poesia no primeiro trecho, encarnei as palavras.
“tatuar no sangue espesso/ cristalizar signos/ da cruz de todo o dia”. Me serviu a carapuça é muito do que faço, pois sou todo marcado, algumas marcas não escolhi, mas a maior parte delas costumo dizer que marco minha pele que por tantas vezes me marcou.
Enfim, fiquei muito satisfeito em ler seu poema.
Obrigado, Vitor Leite e Juliano Marques, curtam o meu blog http://impalpavelpoeiradaspalvras.blogspot.com.br/ onde poderão ler outros dos meus poemas.
olá Francisco, parabéns pelas imagens que apresentas, algumas muito interessantes. gostei muito da frase final. muitos parabéns
Que belo poema, um final surpreendente. parabéns gostei muito.