Estava com muita fome naquela noite. Para um irathus, diabrete que se alimenta de raiva, eu não deveria estar, já que encontrar gente briguenta nas grandes cidades não é nada difícil. O problema é a competição. Os humanos não nos veem, mas somos muitos. Ao redor de cada pecador, existe um enxame de pequenos seres infernais saciando-se da essência do pecado. Para nós, essa essência é como um vapor, uma fumaça. Cada pecado tem uma cor, sabor e cheiro diferentes. E cada um de nós vive de apenas um tipo.
Procurava alimento à noite, na Lapa, o mais famoso bairro boêmio do Rio. Espera encontrar uns bêbados que começassem uma briga de uma hora pra outra. Alimentar-se de fúria é como encontrar vaga em estacionamento: você tem que rodar e rodar até que ela surja na sua frente. Se aparecer em outro lugar, alguém estará por lá para pegar na sua frente. Vida difícil a nossa, cara. Sortudo são aqueles que conseguem uma alma pecadora. No momento da morte, a alma fica perdida e pode ser reivindicada por qualquer ser infernal (ou mesmo angelical, mas esses nunca estão por perto). É ainda mais difícil e raro que achar vaga, como ganhar na loteria. Ou achar alguém que nunca pecou. Aqueles que conseguem, voltam para o inferno e vivem da alma por toda a eternidade. Que sonho!
Sobrevoava pelos becos e vielas internas, em meio a muita confusão, sujeira e cheiro de urina, mas estava sem sorte. O pior era ver aquele monte de succubus satisfeitas de tanto sorver luxúria. Isso não falta na noite. A grande maioria das pessoas naquele antro exalava pelos poros a fumaça vermelha, que era sugada por aquelas diabretes de corpo feminino, lingerie, asas de morcego, caudas pontudas e rosto diabólico. Resolvi sair das ruelas internas e tentar a sorte no meio dos playboys e patricinhas. Ali quem fazia a festa eram os invidus e as vanitas, alimentando-se da torrente amarelo e laranja de inveja e vaidade que empesteava o ambiente ao redor daquelas criaturas fúteis.
Mas foi ali perto que encontrei Joana e Alberto. Ela estava sentada em um fradinho, puta da vida. Era loira e usava um vestido branco bem justo, revelando seu belo corpo e suas intenções. Senti de longe o doce aroma de sua raiva e fiquei aguado por aquela iguaria. Era gostoso demais! Em pé ao seu lado estava Alberto, um jovem executivo de terno e gravata, falando ao telefone.
— Ok, amor — ele dizia. — Amanhã de manhã pego a ponte aérea e volto pra casa. Beijos. Também te amo. — Ao ouvir essa última frase, subiu de Joana um odor desagradável de inveja. Esse eu não queria. Queria mais daquela raiva deliciosa. Cochichei ao pé do ouvido dela algumas palavras maliciosas.
— Alberto, você tem coragem de dizer que ama essa vadia na minha frente! — ela disse, aceitando minha sugestão. O delicioso vapor arroxeado da ira brotava de seus poros, para o meu deleite.
— Calma, meu amor, é você que eu amo — ele tentou acalmá-la, envolvendo-a num abraço carinhoso. — Agora sou só seu a noite toda.
Nessa hora, uma succubus se aproximou e estimulou a maldita luxúria nos dois. Aquele nauseante fedor rubro de novo. A competição é foda!
— Ei, sai daqui sua puta! — gritei. — Ela é minha.
— Ah, sai daqui você seu sapo gordo! Vai procurar um pit boy, vai.
E fomos discutindo e trocando tapas e socos seguindo o casal até o motel. No quarto, depois de uma sequência de sexo selvagem, a succubus já estava saciada, de barriga saliente, deitada em um canto. Joana lavava-se no banheiro e Alberto fumava na janela. Eu… Bem, eu fiquei na espreita, como um carniceiro que aguarda os predadores saciarem-se para finalmente agir.
O telefone de Alberto tocou. Joana apareceu nua secando os cabelos dourados, implorando com os olhos para ele não atender. Mas ele atendeu.
— Oi, amor! — Essa era a deixa.
Acheguei junto de Joana e falei uma ou duas coisinhas pra ela.
— Alberto, — ela gritou — desliga essa merda de celular e vem me comer agora! — Ah! O delicioso sabor da ira…
— O quê?… N-Não… — ele gaguejou. — Não é ninguém, amor. Ninguém — falava para o telefone.
Eu sussurrei algo como “Ele disse que você não é ninguém”, mas não imaginava que ia surtir tanto efeito. E foi aí que descobri porque a raiva dela era tão saborosa. Era como a cobertura de um bolo: escondia muito mais por baixo.
— EU NÃO SOU NINGUÉM, ALBERTO? — ela berrou. — Me deixa mostrar para essa puta o que essa ninguém aqui pode fazer!
Um incêndio púrpura parecia irradiar de sua pele. Era tanta fúria que eu mal podia sugar tudo. Era como criança e brigadeiro, virgem e puta, geek e iPhone, patricinha e cartão de crédito… Bem, você entendeu, né?
A baixaria foi digna de programa vespertino da TV. Ela berrando grosserias e tentando pegar o telefone e ele impedindo a todo custo. E a chifruda, do outro lado da linha, só chorava. Até que ele irritou-se de tanto apanhar e empurrou a loira. O problema é que eles estavam muito perto da janela e ela desequilibrou-se sobre o parapeito. Alberto ainda tentou segurar, mas apenas conseguiu tocar de leve a última vez naquele corpo quente que tanto o satisfazia.
Quando ela chocou-se no solo e vi sua alma desprendendo-se do corpo, percebi que era a oportunidade da minha existência. Voei pela janela pra reivindicar a alma, já sentindo o cheiro forte de enxofre, o uivo agonizante das almas e o calor do inferno em minhas escamas…
Mas quando cheguei perto, aquela maldita succubus estava levando a alma de Joana. A piranha foi mais rápida que eu! Essa competição que fode tudo!
E foi assim que eu perdi a grande chance de abandonar essa vida entre os mortais, essas criaturas desprezíveis que se acumularam ao redor do corpo Joana, admirando suas curvas ou rindo de seu destino. E daquela multidão de diabretes que voava ao redor inalando seus pecados.
Porra! Que raiva!
Interessante o conto. Puxa um pouco de espiritos obsessores. Aquei retratados como demônios. Parabéns.
Obrigado Filipe, que bom que gostou! 😀
Gostei da ideia das criaturas, incentivando a desgraça e se alimentando com elas. Não gostei muito do conto como um todo, mas parabéns pela ideia criativa.
Valeu, Pedro! Quem dera fosse tão criativa quanto a sua 😉
Olá, caro Irathus!
Como estou lendo e comentando os textos do concurso de acordo com a data de postagem, tenho que dizer que você me deixou com os cabelos em pé. Óbvio que, na medida em que vamos lendo os contos, uma lista mental de melhores e piores vai sendo formada. A minha já estava pronta. Agora, tenho que incluir mais você entre os dez melhores! (kkk) Mas gostei de tudo em seu conto, desde a mitologia até as belíssimas descrições que trouxeram um tom muito bom para a trama. Falar sobre irathus assim deste jeito, em primeira pessoa, transmitindo emoções e desejos para o leitor é certamente digno de um ótimo autor e um excelente conto. Parabéns!
Obrigado mesmo, Andre. Você é um dos que sempre gosta dos meus contos e fico muito feliz por isso! Obrigado pela indicação e grande abraço!
Parecido com Súcubus, de Richelle Mead. Abordagem muito boa, bem original do tema. Um enredo cativante, muito criativo. Uma história, por assim dizer, deliciosa. Você está no caminho certo e pode fazer muito sucesso com seus contos. Para se inspirar, sugiro que leia livros de fantasia modernos, dos escritores consagrados, tipo Meg Cabot, Richelle Mead… (P.S. o único erro de revisão que encontrei foi a palavra “sortudo”, no singular).
Muito obrigado, Wilson. Prometo que seguirei suas indicações e lerei bastante os livros sugeridos. Inclusive lerei também o Súcubus, de Richelle Mead, que ainda não li. Seus comentários foram sempre muito bons! Espero que continue participando dos próximos desafios. Grande abraço!
Muito bom!!! Essa votação está ficando cada vez mais difícil, muito louco esse conto. Adorei a forma como o tema foi trabalhado, acho que o diabrete pode se alimentar da própria raiva agora.
Boa sorte!!
Obrigado, Thata! 😀
A trama muito bem escrita, a linguagem está bem estruturada e o texto é de fácil leitura.
A conclusão do conto é bastante interessante e ao meu ver, inesperado. A tragicomicidade chama a atenção.
Parabéns!
Fico muito feliz que agradou, Swylmar. Precisei reescrever o final algumas vezes para passar o efeito desejado e não estourar o limite. Que bom que agradou! Grande abraço.
Que conto maravilhoso! Tudo acreditável demais! Excelentes imagens! Deu pra sentir os cheiros dos pecados, ver os diabretes trocando porrada! Sensacional, engraçado sem forçar a barra, real. Sobre a técnica, nada a dizer!
Caraca, assim você aumenta minha soberba, Carlos! 😀 Fico muito feliz que tenha gostado e agradeço imensamente pela indicação. Grande abraço!
Quando você insere a informação de “diabrete que se alimenta de raiva”, já inicia algo bem recorrente em seu texto: a dispensa aleatória de informação sem muito valor narrativo ou de trapaça/atalho para chegar a alguma conclusão mais tarde. Isso desvaloriza o texto, uma vez que desperdiça qualquer senso de coesão e organicidade do universo que está sendo retratado. De forma que não vemos uma progressão autêntica dos fatos, mas uma forçada e muito trancada na proposta/argumento.
Agora: “já que encontrar gente briguenta nas grandes cidades não é nada difícil”. Cara, tem pouca coisa quanto à qual eu tenho tanta antipatia quanto a estruturação de qualquer ponto da narrativa em expressões claramente de senso comum, que têm esse caráter pegajoso e absoluto. Acaba com TODA a credibilidade do texto, a partir daí eu já não espero ler nada original ou inovador de ~qualquer~ forma, em ~qualquer~ esfera.
Dessa forma, temos uma construção narrativa baseada em informações artificiais, sem muito valor sólido e com sacadinhas frágeis, como “o problema é a competição” ou “sortudos são aqueles que conseguem uma alma pecadora” ou “ou mesmo angelical, mas esses nunca estão por perto” já que qualquer valor dessas informações morre junto com o final do texto. Não se carrega nada.
Pois, ainda sobre as informações levantadas: há muita mitologia para pouca narrativa. Os fatos se dão, mas acontece tanta pouca coisa pra tanta letra usada a fim de definir o universo etc. que a história é: irathus encontra casal de empresário e amante, perde disputa com succubus, os vê transando num hotel, promove a raiva e, ao ver que a moça morreu, vai capturar sua alma, e pegam na frente dele.
Ainda, contradição na mitologia: por que é fácil pras succubus e não é pros irathus? Não há competição entre elas? Por quê?
Um diálogo como “Ei, sai daqui sua puta, ela é minha” “Ah, sai daqui você seu sapo gordo! Vai procurar um pit boy, vai!” adiciona o quê à trama?
Aí você vai e faz ~questão~ de novamente apoiar sua narrativa em pensamentos comuns de o que fica ao lado do que: criança com brigadeiro, virgem com puta (?), geek com iPhone, patricinha com cartão de crédito. Assim não dá não.
Além disso, todo o andar da narrativa é muito previsível. Pior que A Princesa Dragão.
~veneno off
Gustavo, obrigado por comentar e expressar sua opinião de forma tão bem fundamentada. Um comentário como o seu é infinitamente melhor que um simples “não gostei, por questão de gosto”, ou coisas do tipo.
Um coisa eu concordo com você: é muita mitologia para o tamanho do conto. Eu tenho um sério problema de inventar um novo universo a cada conto que escrevo. É culpa da minha mente criativa que funciona assim. Preciso aprender a ser criativo em ambientações mais comuns (como em Fome Inerente, por exemplo).
Esse problema gerou outro: tive que explicar um universo relativamente complexo em poucas palavras. Isso justifica o seu primeiro ponto (informações sem valor narrativo). Um é consequência de outro. Penei um bocado para fazer caber e confesso que, toda vez que lia, achava que essas explicações poderiam estar forçadas. Achei que veria mais reclamações quanto a isso por aqui.
Sobre as frases de senso comum, concordo em parte, mas refletiam a opinião do diabrete, era como ele via o mundo e também foram uma tentativa de fazer rir (funcionou com alguns).
Sobre a sua dúvida em relação à mitologia, segundo o narrador, a luxúria era mais constante durante a noite e existia, sim, competição, mas não era essa que importava para ele.
Um grande abraço!
PS.: gostei bastante de “A Princesa Dragão” 🙂
Achei bem criativo seu texto, porém, a trama não me prendeu, acho que faltou algo ai, mais chocante, talvez menos detalhes dos outros tipos de seres invisíveis e mais ação do narrador, ou melhor ainda, mais ira, para deixar o leitor sentindo o sabor de que irathus fala. De qualquer forma boa sorte
Obrigado, Lucas. Na minha primeira versão, de mais de 2 mil palavras, existia participação de todos os sete tipos de diabretes. No texto final, ficaram só 4. Mas concordo contigo: a trama principal precisava de mais foco. Só que faltaram palavras 😦
Um grande abraço!
Buenas! Uma baita sacada, esse conto. Adorei toda a construção, bem como a ideia em si. Agora sim, tenho certeza que crio uma família numerosa desses diabretes ao meu redor hahahah. Gostei de como o autor apresentou todos os diabretes e seus respectivos pecados e gostei inda mais de, diante de um casal de amantes, ter atido-se à raiva mais que à luxúria. A narrativa conduz bem a leitura e a escrita é de fácil entendimento. Parabéns e boa sorte.
Obrigado, Pétrya! Fico muito feliz que tenha gostado 😀
Oi, Irathus.
Gostei muito do mundo competitivo que você apresentou. Realmente comprei o personagem e esse universo. Achei a narrativa muito boa, talvez também por achar a temática interessante, e devorei o texto.
Quando cheguei no final tive a impressão que talvez o desfecho funcionasse melhor se houvesse alguma alusão a ele logo no início. Nada muito explícito, mas o que a gente vê no final do conto é que o demônio estava contando essa história para dizer como perdeu essa oportunidade única, mas o início do texto não remete a essa intenção.
Então talvez um primeiro parágrafo com reclamações generalistas e daí um segundo (Agora sim) explicando o mundo acabasse deixando o conto um pouco mais redondo.
Mas isso é um grande talvez e só uma impressão que pode muito bem estar errada.
Gostei bastante da coisa como está. Passou um ou outro erro de revisão, mas nada que atrapalhe o texto como um todo.
Bom trabalho!
Valeu, Leandro. Juro que tentei fazer como você disse: coloquei em alguns pontos ele reclamando da competição, dizendo que seria um sonho conseguir uma alma pecado e coisas do tipo. Tentei não exagerar para não entregar muito.
Obrigado pelo comentário e pela indicação.
Grande abraço!
Bem divertido.
Gostei do que o autor fez com o tema.
O universo criado é bem interessante, bem como as criaturas que se alimentam dos pecados. Aliás, isso é muito impressionante, tendo em vista o limite de palavras desafio.
O protagonista é um sarro, um underdog do além.
Lembrou-me um pouco do “Um trabalho sujo” que também brinca com as cores e as almas, e também tem esse estilo de humor.
Percebi apenas um alteração no tempo no segundo parágrafo, penso que ali deveria ser “esperava”. Gosto bastante da Lapa, mas espero não encontrar um irathus, melhor um succubus.
Parabéns e boa sorte.
Obrigado pelo comentário, Rafael. Fazer esse universo caber no tamanho foi bem difícil. Fiquei até impressionado com a recepção, pois achei que reclamariam muito disso rs
Parabéns mais uma vez pelo seu conto, muito bom!
Abraços.
Deu mole né? O cabra tinha a alma ali, doce e suave e não aproveitou. Vai continuar na busca de outra, mas um pouco mais de sabedoria, ou um pouco mais de pecado e ele já ganhava essa. Bom o conto, e as ruas da cidade, parece que se fundem ao mijo, seu aroma particular.
Obrigado, Edivana Zoé. Fico feliz que gostou. 🙂
Grande abraço!
Olá, autor(a). Primeiro, segue abaixo os meus critérios:
Trama: Qualidade da narrativa em si.
Ortografia/Revisão: Erros de português, falhas de digitação, etc.
Técnica: Habilidade de escrita do autor(a), ou seja, capacidade de fazer bons diálogos, descrições, cenários, etc.
Impacto: Efeito surpresa ao fim do texto.
Inovação: Capacidade de sair do clichê e fazer algo novo.
A Nota Geral será atribuída através da média dessas cinco notas.
Segue abaixo as notas para o conto exposto:
Trama: 7
Ortografia/Revisão: 10
Técnica: 7
Impacto: 6
Inovação: 7
Minha opinião: Bom conto. Achei criativa a escolha desses diabretes para compor o conto e a trama foi bem desenvolvida, conseguindo explicar tanto as motivações do demônio quanto do casal.
Parabéns e boa sorte no desafio.
Valeu, Willians! Bom que gostou. Acho que é a primeira vez que te agrado. Agora só falta entrar na sua lista 🙂
Aliás, o seu estava na minha, gostei bastante!
Grande abraço.
No começo até achei interessante. Mas depois desanimei da leitura, não foi fácil chegar até ao final. Não sou muito fã dessas criaturas abordadas no conto, e acho que o desenvolvimento ficou aquém do que eu esperava, justamente pelo começo ter me empolgado um pouco. De qualquer forma, boa sorte!
Obrigado pelo comentário, Bia. Tentarei agradá-la em outra oportunidade. Espero que continue participando dos próximos desafios. Abraços!
Gostei do espírito do texto e da ideia, que já é clichê mas que não tinha sido aindaexplorada nos demais contos daqui, o diabo no ombro. Gostei do resultado. Meu único porém é, que motel é esse que tem um janelão aberto no meio do quarto? Achei um pouco forçado pra ela morrer.
Nunca foi em motel com janela, Tiago? O conto não diz que fica no meio do quarto, diz apenas que o Alberto estava lá fumando. Obrigado pelo comentário e grande abraço!
Gostei do conto. Tive que me valer de um dicionário de terminologia satanista para matar a curiosidade sobre os “irathus, vanitas e os invidus”. Entretanto, autor, não encontrei nenhum verbete. De fato, pesquisei e vi que “irathus” é uma banda de metal! Muito bom, cara.
Então, Gustavo, eu inventei esses nomes, aproveitando apenas as succubus, que são famosas, com o intuito de fazer parecer que é uma classificação já conhecida. Legal que você se interessou a ponto de procurá-los. Grande abraço!
Inicia despretensioso, mas vai ganhando forma. O narrador sabe conduzir o texto. Precisa de um pouquinho mais de cuidado com os diálogos, melhorá-los, trabalhá-los. Bom conto! Muito bom!
Obrigado, Rodrigo! Grande abraço!
Bastante clichê o enredo do conto, igualzinho que nem a todos os contos previsíveis que incluem o suposto vampirismo astral. Nos personagens não há nenhum traço individualizante a diferenciá-los do oceano de tipos que superpovoam contos assim. Talvez o uso da gíria e do palavrão tenha sido uma tentativa do(a) autor(a) de emprestar algum caráter ao protagonista, mas não me pareceu o bastante. É razoável, considerando o que entendemos por vida humana, supor que, no caso de existência de espíritos vampirescos, eles se utilizem dessa linguagem, mas um personagem é mais do que seu código de expressão verbal. Este funciona como uma digital, uma carteira de identidade, mas nem por isso o personagem deixa de ser unidimensional. Sem hesitações, sem dores particulares, sem universo próprio, o personagem fica sem vida, é apenas um instrumento pelo qual a trama atravessa. Como se fora uma marionete.
Pode-se talvez afirmar que esse tipo de conto pede essa construção rasa. Se a intenção for apenas a diversão amena, sim. Afinal, profundidades filosóficas e sociológicas incomodam, não causam arrepios nem são engraçadinhas. Discordo um pouco disso, porém. Mesmo em alguns textos cuja intenção é muito mais agradar o leitor do que provocá-lo esteticamente é possível encontrar personagens com alguma elaboração. Nem que seja para apenas na aparência fugir ao clichê.
Obrigado pelo comentário, Eduardo. Nem precisa dizer que são sempre muito bons de ler (faço questão de lê-los em todos os contos).
Concordo com você em praticamente todos os pontos. Tentei, sim, dar personalidade ao narrador da forma como você disse (gírias e palavrões), mas talvez não tenha sido o suficiente. O clichê existe, e tentei dar uma nova forma, principalmente focando na visão de um desses “vampiros astrais”.
Agradeço mais uma vez pela sua análise fundamentada. Um dia quero escrever como você 😀
Grande abraço!
É um bom conto. achei bacana os diabretes, a coloração dos pecados, a ranzinzice do irathus. Mas os toques que ele dava a Joana me lembraram os toques que outro personagem, o diabo do conto Amigos para Sempre, e isso diminuiu um pouco da minha empolgação no restante da leitura. Boa sorte.
Valeu, Jowilton! E mais uma vez parabéns pelo seu conto (acho que merecia uma posição melhor). Abração!
Um conto muito bem escrito na primeira pessoa. Gostei bastante! Uma ótima introdução, apresentando de forma contundente todo o universo criado e a ser explorado no decorrer de uma leitura fluente e prazerosa, típica de quem já tem o controle da pena. Aliás, a “pegada” deste conto é sensacional (literalmente) e no final nos vemos torcendo pelo ser protagonista e compactuando com sua visão sobre nossa própria espécie.
Parabéns!
Boa sorte,
Paz e Bem!
Ricardo, sinto uma boa sensação de dever cumprido lendo o seu comentário. Era exatamente isso que eu queria com este conto. Fiquei muito feliz com seu comentário, de verdade!
Grande abraço!
O ponto forte deste conto é a criatividade. A ideia de que pequenos demônios se alimentam dos pecados mundanos que todos cometemos foi uma boa sacada. Não lembro de tê-la visto em algum conto por aqui. A ideia do narrador ser o próprio pecado — no caso, a ira — também foi interessante. Nesse caso, não inédito, porque no conto “Amigos para Sempre” tal subterfúgio também é usado. E é nesse aspecto que este texto aqui perde pontos. A comparação inevitável com o “Amigos…” termina por demonstrar que a ideia é melhor aproveitada lá. Isso porque os personagens têm lá mais substância. Aqui, faltam elementos que façam o leitor se identificar com Alberto e Joana. A raiva que aparece — travestida de ira — surge de forma plana. Não sabemos pormenores de Joana. De Alberto há alguma coisa, mas pouco. Insisto nisso porque para cativar o leitor é preciso que o texto traga elementos que permitam a identificação dos personagens com que lê. Dar-lhes características próprias é um bom começo para tanto. Por exemplo, poderia o autor ter inserido elementos que permitissem perceber que Joana era mãe solteira, que estava em busca de um amparo para seu filho, que vinha batalhando por um lugar ao sol e que, sim, com a conquista de Alberto teria seu futuro garantido. Já Alberto poderia ser um cara infeliz no casamento, mas incapaz de dar um pé na bunda da esposa, por ter pena dela, ou por ela ser doente… Bem, não sei se consegui me fazer entender. A ideia é dar mais elementos aos personagens. Mesmo com um limite baixo de palavras como ocorre neste desafio, creio que isso teria sido possível. De qualquer maneira fica a dica. No geral, portanto, um conto mediano, salvo pelo lampejo de criatividade do autor.
Obrigado pelo comentário, chefe! Se você tá dizendo, tá certo… hehe.
Brincadeiras a parte, concordo totalmente com você. Nas primeiras versões deste conto (em que o narrador ainda era externo e ultrapassava 2 mil palavras), tentei contar um pouco mais da história do casal. Quando comecei a recontá-lo (tive que literalmente reescrevê-lo do zero por motivos técnicos), fui dando mais ênfase ao demônio e menos ao casal. Tinha noção disso e tentei resolver, mas sabia que não havia conseguido. Aliás, fiz uma lista mental dos problemas que achei que seriam levantados aqui esse era o primeiro. Acabou que foram poucos que reclamaram disso…
Grande abraço e parabéns por esse ótimo site!
UAU! sim senhor! Excelente conto. Adorei a originalidade de criar personagens em redor dos pecados e fraquezas do ser humano. A luta e competição com Succubus está demais. A narrativa é boa, directa e sem grandes floreados, como eu gosto.
Podia ter aprofundado os duelos, procurando mais figuras, como o Incubbus, por exemplo. Mas o conto é teu e eu adorei. Parabens!
Alexandre, muito obrigado por essas palavras. Em uma das versões deste conto (precisei reescrevê-lo algumas vezes), a Joana era disputada pelo irathus, pela succubus e por um invidus. Inclusive era esse que levaria a alma, mas faltou espaço e ia ficar estranho ele aparecer só no final. Quem acabou levando foi a succubus.
Grande abraço!
Ao invés de explicar a dieta de cada diabrete, poderia ter demonstrado com cenas. Gostei do andamento até o clímax, mas achei que a tensão decresceu demais no final. Talvez se o fim deixasse no ar se o diabrete conseguiu ou não a alma de Joana, ou mesmo se acabasse com sua derrota ao assistir a luxúria ganhando a parada.
Maurem, preciso dizer que pensei seriamente em terminar no parágrafo onde a succubus leva a alma, reescrevi os últimos parágrafos umas dez vezes ou mais vezes. Mandei o conto sem ter certeza se esse final estava bom (mandei nas últimas horas do prazo). Acabou agradando alguns e desagradando outros. De qualquer forma, obrigado pelos toques.
Grande abraço!
Isso, vai dando ouvidos pro diabo pra ver no que vai dar… rsrs, gostei do conto, achei divertido, e a técnica ficou muito boa, embora eu não goste de palavrões. Parabéns e boa sorte !
Obrigado, Virgínia. O uso de palavrões é polêmico mesmo, mas aqui no Rio nós falamos muito e fica até difícil imaginar um demônio da fúria que não fale… 😦
Grande abraço e parabéns pelo seu conto. Estava entre meus preferidos. 🙂
É uma ideia diferente, e o autor executou bem o que quis. A descrição dos diabretes ficou um pouco confusa,poderia ter sido melhor explicada.
Obrigado pelo comentário, Pedro. Evitei fazer muitas descrições, já que o narrador era o próprio diabrete e o espaço era curto. Deixei para a imaginação dos leitores (a imagem do conto foi uma tentativa de ajudar).
Grande abraço.
Huauuhua outro protagonista se ferrando!
Gostei muito do enredo, com esse diabinho em primeira pessoa ae.
E a chifruda, do outro lado da linha, só chorava. Impagável!hhauuiua
Bom, bom, muito bom!
Parabens!
Valeu, Anorkinda. Fico feliz de verdade que gostou e mais feliz ainda pela posição que me colocou. Obrigado 😀
Então… eu tinha 4 contos classificados como primeiro lugar…. rsrsrs
Tive que escolher s outros dois acima do seu, pela densidade filosófica deles… e depois veio o teu diabrete metafísico e depois ainda as caveirinhas simpáticas do Thales.
Mas, na verdade, estão os 4 empatados no pódio mais alto!
Parabens pelas inspirações, sempre gosto muito..e vamu que vamu \o/
Tem o mérito de utilizar personagens originais, entrar pelo reino dos sucubus e outros diabretes.
A idéia de eles se alimentarem dos cheiros emanados pelas emoções é interessante.
A linguagem usada pelo autor não me agradou, não aprecio o uso de palavrões nos textos, nem o final do conto, pouco criativo – que raiva!
Obrigado pelo comentário, Sonia. Como disse pra Virginia acima, não consegui imaginar um diabrete da fúria que não falasse palavrões. Juro que tentei me conter para não exagerar…
Grande abraço!
Parabéns pelo conto!
No momento da morte, a alma fica perdida e pode ser reivindicada por qualquer ser infernal (ou mesmo angelical, mas esses nunca estão por perto) 😦 Estamos sós.
Boa ideia, boas imagens, boa condução (ao menos para mim).
Gostei. É diferente do que temos por aqui, demarcou bem o pecado e eu não cobro nada do narrador, porque ele era um diabrete (fora que o bicho se alimentava de raiva). As cores foi uma boa sacada pra ajudar a conduzir o leitor em algo novo. Eu gostei bastante e me vi torcendo pelo personagem (!)
É possível que esse conto esteja na minha lista. Vamos ver.
Abraço! Boa sorte no desafio.
Fico muito feliz que tenha gostado, Maria. Essa de torcer pelo protagonista era meu principal objetivo.
Obrigado pelo comentário e indicação. 🙂
Grande abraço!
O personagem irreverente deixa o texto bem divertido de se ler, a história é legal de acompanhar pelo personagem em si mesmo. Percebi alguns erros de ortografia, mas isso não atrapalhou muito. Boa sorte no desafio!
Obrigado pelo comentário, Mariana. Grande abraço! 😉
Estava gostando muito, mas do meio para frente a coisa desandou.
A narrativa se perdeu, e o enredo que fluía muito bem se transformou em uma novelinha um tanto cansativa.
Estava adorando a ideia, e ainda achei bastante original mesmo, mas ao contrário da maioria dos textos que li para o desafio até agora, o seu pecado foi justamente em esticar tanto o texto quando poderia terminá-lo com um número menor de palavras, visto que a trama estava muito bacana.
Não curti a ideia da mescla de pecados aqui, como disse o texto já era bom, pela apresentação do personagem principal, e por si só já merecia aplausos.
Vamos lá…
Trama: (1-10)=8
Técnica (1-10)=8
Narrativa (1-10)=8
personagens (1-10)=8
Inovação e ou forma de abordar o tema (1-5)=5
Título (1-5)=5
Parabéns e boa sorte!
Pena que não gostou do final, Sidney. Tive pouco espaço para trabalhar a trama e acabou ficando um pouco rasa, confesso. Para contornar isso, foquei nas comédia.
Grande abraço!
Meu sistema: EGUA.
Essência: bem criativo. Nota 10,00.
Gosto: textos mais urbanos tem uma pegada diferente quando misturados ao contexto psicológico e sobrenatural. O relato em primeira pessoa foi o fator mais envolvente deste enredo “cotidiano” do outro lado. Não sou muito de textos secos e diretos, mas esse merece. Nota 9,00.
Unidade: nada me incomodou. Nota 10,00.
Adequação: passeando pelos estilos, conseguiu abordar o objetivo. Nota 10,00.
Média: 9,80.
Arre Égua, gostei muito do sei comentário, Brian. Obrigado pelas notas e pela indicação.
Grande abraço!
Este conto eu deixei para ler por último, pois a foto e o título dele me deram altas expectativas!
Quando comecei a ler… o início estava me empolgando tanto que pensei que seria o melhor conto que já li este mês! A narrativa continuou me prendendo até o final. Muito fluida e prazerosa, e os elementos fantásticos presentes aqui e ali divertem bastante! Terminei de ler e achei, realmente, uma ótima história, certamente estará em meu top 10. Porém, eu estava torcendo para que ficasse em meu top 3. Talvez tenha faltado espaço (1000 palavras só é dureza) para que o conto realmente deslanchasse. Esta obra tinha potencial para ser mais ambiciosa, porém, ficou limitada devido às regras do desafio, infelizmente. Quando acabou, fui eu quem pensou “Porra! Que raiva!”, pois eu gostaria de ler mais desse universo fantástico que você criou! Fiquei bravo com as regras do desafio e com o baixo limite de palavras, e não com esta história fascinante.
Enfim, o conto foi realmente irado!
Parabéns.
Valeu, Thales. Claro que o limite foi o meu maior problema para escrever esse conto. Minha primeira versão tinha 2 mil caracteres e dois personagens extras que tive que eliminar. Já vi que temos gostos parecidos, pois também gosto muito dos seus contos.
Obrigado pelo comentário e pela indicação 🙂
Grande abraço!
kkkkkkk
Um conto bem divertido!
A escrita não é de encher os olhos, tem uma ou outra bobeirinha que escapou à revisão (tipo um espera que era esperava no começo), mas consegue compensar empregando um ritmo bem contagiante, com boas sacadas e piadas.
Ri alto com a conversa do “narrador-protagonista” com a Sucubbus.
A trama é criativa. O lance de narrar na perspectiva do demônio lembrou o o mote do meu conto, mas com uma abordagem bem diferente.
Veredito: gostei!!!
Valeu, Fábio, Já te disse que um dos meus objetivos aqui era escrever um conto que te agradasse, já que é um dos mais ranzinzas… hehehehe. Consegui e ainda figurei em 4º na sua lista! Aproveito pra dizer que seus toques em outros desafios me ajudaram bastante a melhorar.
Sobre minha “escrita de não encher os olhos”, estou tentando melhorar, mas também não gosto de muitos floreios, já que gosto de narrativa mais fluida. Um dia gostaria de conversar contigo sobre umas dicas para melhorar minha técnica sem atrapalhar a narrativa.
Grande abraço e obrigado pela indicação!
A originalidade foi o ponto alto aqui. Gostei da narração em primeira pessoa que mostrou bem o mundo em que esse Irathus vive. Os diálogos também ficaram legais e pouco tem a se repreender nesse texto. O fato de achá-lo muito bom ou não vai mais de gosto pessoal mesmo, pois em termos estruturais ele está bem feito.
Obrigado pelo comentário, Rodrigo. Grande abraço!
Brilhante. Muito bem definida a história com cenas bem delineadas, é claro que tinha um certo ar de humor em meio tanta irá, fala pra esse diabrete que o melhor lugar para encontrar uma boa refeição é no congestionamento da marginal Pinheiros num fim de tarde bem calorento.
Obrigado pelo “Brilhante”, Gilson. Assim eu acaba atraindo alguns diabretes de soberba rsrs. Em uma das versões que escrevi, o irathus dizia que sua última refeição tinha sido no engarrafamento da Avenida Brasil 🙂
Grande abraço!
eu *acabo*
Gostei da escrita, bem rápida, uma voz narrativa envolvente e essa torrente de personagens associados aos pecados foi interessante, algo que envolveu pesquisa, creio eu. Achei, no entanto, que essa ideia tão boa não teve uma trama envolvente.
Agradeço pelos comentários, Rodrigues. Concordo que a trama acabou ficando rasa, muito em função do limite de palavras.
Grande abraço e parabéns pelo seu conto!
Obrigado, Leonardo!
Narrativa bem elaborada e melhor ainda desenvolvida. Os pecados e pecadores estão aí, assim como os predadores de pecados. Bem bolada essa ideia de sugadores de energias do Mal. Tipo vampiros de pecados. Enfim, gostei. Não chega a ter um grande clímax, mas nunca exigi isso de um texto. Simples, conciso e deu o seu recado. Boa sorte!
Muito obrigado, Claudia. Fico feliz em agradá-la. E muito mais em figurar na sua lista de favoritos 🙂
Grande abraço!
Sobre a técnica.
Olha, vai ser mais do mesmo, então vou me limitar a dizer que gostei, pois é fluida e sem nenhum empecilho que atrapalhe o desenvolvimento.
Sobre o enredo.
A ideia principal é muito boa! Só não curti muito o desenrolar. Acho que 1000 palavras era pouco. Mas ainda assim é bom. Gostei do que li.
Parabéns e boa sorte!
Valeu, JC. Mil palavras realmente era muito pouco. Acho que com mais mil eu teria um resultado mais satisfatório.
Grande abraço!
Excelente! Bem escrito, divertido e com uma boa ideia por trás! Parabéns!
Obrigado Luan, pelo comentário e pela indicação. Grande abraço!
Muito bom o conto. Excelente! Os diabinhos disputando as almas e os pecados! Muito criativo! O modo como foi escrito também me agradou bastante. Linguagem simples, clara e objetiva. A situação sob a ótica do diabinho, contado com suas palavras. E a decepção dele, ao final, quando a succubus pegou a alma, foi genial! Parabéns ao autor.
Obrigado, Cácia! Mais um comentário de inflar o ego (xô, vanitas, rs). Agradeço, também, por fazer parte de sua lista de favoritos. Grande abraço!
Conto interessante principalmente porque adoro os fantásticos e nesse desafio há tão poucos aqui. O jeito do personagem-narrador falar de coisas absurdas como se fossem normais me atraiu também.
Valeu, Alan! Agradeço pelo comentário e pela indicação! 🙂 Grande abraço!
Um conto imaginativo, que criou sua própria mitologia, esta ideia dos diabretes se aglomerarem ao redor dos mortais para comer, nossa, é muito boa.
Achei o texto divertido, o diabrete-narrador parece meio loser, mas tem personalidade.
Quanto ao nosso amigo Portuga, vi umas besteirinhas somente:
“Sortudo são aqueles”, “que se acumularam ao redor do corpo Joana”…
Bom conto!
Valeu, Rubem. Gosto muito de seus textos e fico feliz que o meu tenha agradado a ponto de figurar em sua lista de favoritos! 😀
Grande abraço!
Bom conto, flui bem porque a história é interessante e o texto foi muito bem redigido. Contudo, senti que faltou algo, algum suspense, alguma intriga, algo que me prendesse à história ou atiçasse minha curiosidade. Ainda assim, está de parabéns!
Obrigado pelo comentário, Luis. Concordo que a trama ficou um pouco rasa, não tive muito tempo para desenvolvê-la.
Grande abraço!
Como tenho preferência por textos mais realistas, o uso de símbolos fantasiosos para expressar ideias sempre me parecem sacrificar a criatividade por escolheres um caminho mais fácil. Texto bem escrito, boas descrições.
Agradeço pelo comentário, Alexandre. Grande abraço!