EntreContos

Detox Literário.

A Folha do Oleandro (Bia Machado)

oleandro

Quando as batidas na porta do quarto finalmente vêm, ainda estou acordada. Já há várias noites não durmo, não conseguiria justamente agora que o fim estava próximo. Tenho que ser a mesma que sempre fui, forte e decidida. Eu consigo.

Não abro logo, me delicio com a angústia das batidas desesperadas de Camilo. Camilo, Camilo… Não posso pensar em nós nesse momento. Ainda não. Sei esperar.

“Ana, pelo amor de Deus, abra! É a Luísa, está tendo outra crise!”

Claro que é a Luísa. Esta noite ela não conseguirá, tenho certeza. Um organismo como o de minha irmã não resistiria a tantos dias, debilitado como está. Quero acreditar que estou aliviando suas dores, ao mesmo tempo em que finalmente me presenteio com o que mais quero: uma família que seja realmente minha, por direito. Dou-lhe a paz e em troca recebo a liberdade justa dos desejos que há tempos me acompanham.

Posso ver o espectro de nosso pai, ele me acusa de invejar a doce e fraca e tão bela Luísa, a ponto de causar-lhe mal. Chama-me de escória, justo ele que sempre me preteriu. Nada que essa assombração me diga fará com que eu mude de opinião, sei que estou fazendo o maior bem que alguém faria a uma pessoa tão doente quanto minha irmã: o descanso eterno. Com a consciência tranquila assumirei o lugar onde sempre deveria ter estado: esposa de Camilo, mãe de seus filhos. Logo nossos pais a receberão.

Quando abro a porta, meu cunhado me puxa pelo corredor, fora de si. Pede urgência, pois a crise é muito mais intensa. A cama está suja de vômito, sangue, Luísa em meio aos lençóis, mais fraca do que previ. Talvez eu tenha exagerado na dose. É certo que exagerei, sim, bem vejo por seu estado. Não foi minha intenção, pelo menos…

“Diga que consegue salvá-la, Ana! Se minha Luísa se for, não sei o que faço!”, implora meu grande e único amor, me afastando de meus pensamentos, aquele por quem sou capaz de tudo. Sinto um misto de ódio e compaixão. Eu deveria ter sido sua esposa, eu! Camilo é um fraco. Aceitou Luísa em meu lugar e me esqueceu, como tinha sido capaz? Bem merece passar por isso. É bom que sofra, o sofrimento dignifica as pessoas.

Demonstro grande pesar ao dizer que não há mais nada a ser feito. Que ela tinha sido até mais forte do que qualquer previsão médica. Confirmo que, quando criança, não lhe davam muito tempo de vida. Ainda assim, tinha conseguido parir quatro crianças a maldita, quatro! Todas saudáveis e tão belas quanto o pai, cujo orgulho aumentava a cada filho que segurava nos braços, agradecendo à esposa com o olhar inundado de paixão. Eu assisti a tudo.

“Há coisas que a medicina pode apenas aliviar por um tempo, querido Camilo. Foi o que me ensinou a época de enfermeira. Nossa Luísa já tomou todos os medicamentos indicados e não reagiu. É uma questão de horas, talvez nem isso, lembre-se das palavras do doutor.”

“Vou chamar o médico de novo!”, ele se desespera, sem aceitar.

“Claro, é certo que ainda tem esperança, devemos lutar até o final. Mas esqueceu? Dr. Alencar está tratando daqueles casos de malária na cidade vizinha e não conseguiria trazê-lo a tempo, meu cunhado, infelizmente”.

“Deus, não…”, Camilo deixa-se cair ao chão, enquanto decido limpar toda aquela sujeira, como forma de tornar mais digna a partida de minha debilitada irmã. Explico que nem mesmo é possível dar-lhe qualquer remédio para alívio das dores, ou para cortar o vômito, já que o estômago de minha irmã parecia não conseguir aceitar mais nada. “Creio que é melhor chamar Padre Antônio”. Ele concorda, apenas com um movimento de cabeça, dizendo que voltará o mais rápido possível, a tempo dela se confessar antes de partir. Luísa sussurra algumas palavras e Camilo se aproxima para tentar entender.

“Que foi, meu cunhado?”

“Ela… está dizendo que quer que fiquemos juntos, e que seja a mãe dos filhos dela, Ana.” Baixo meus olhos sem nada dizer, sentindo satisfação, mas ao mesmo tempo admirada. Não teria coragem de lhe pedir a mesma coisa, tenho certeza. “Minha querida irmã já tinha me pedido isso. Mas agora está delirando”, respondi, dando a entender que a ideia era infundada.

Calculando o tempo que Camilo levaria para voltar, corro para o pequeno jardim da casa. Sei onde está o que preciso. Apenas uma folha, apenas uma, suficiente para que ela não agonize por mais tempo.

Volto ao quarto e Luísa parece inconsciente. Amasso a folha, abro sua boca e passo-a em sua língua, apenas o necessário para que a substância se espalhe, a quantidade que eu julgava ser suficiente para terminar com aquilo tudo de uma vez por todas. Tão fraca está Luísa que não tem condições nem de sussurrar.

“Farei o que pediu, irmã. Cuidarei de sua família como se minha fosse, pois essa é a verdadeira justiça. Não devia ter durado tanto. Chegou sua hora. E a minha também. Vá em paz, já sofreu o necessário, não necessita de extrema unção, mas a absolvo de todos os pecados.”

Ela não chegou a ouvir todas as minhas palavras. Embrulho o que resta da folha em um lenço e corro para meu quarto, colocando dentro do colchão. Assim que possível darei um jeito naquilo, mandarei cortar o oleandro junto com outras plantas, na desculpa de renovar o jardim. Ninguém suspeitará, direi que Luísa adoraria um jardim mais alegre que o atual.

Lavo minhas mãos para tirar todo o veneno, vejo novamente o espectro paterno.

“Leve-a logo, não faça cerimônia”, mostro que não tenho medo dos dias que virão. Porque Camilo não seria capaz de deixar de atender a um pedido de Luísa. Quando ele retorna com o padre e me olha, em desespero, tenho certeza de que não. Sabe o que esperar de mim. E o que não sabe terá muito tempo para descobrir. Serão tempos de felicidade plena.

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86 comentários em “A Folha do Oleandro (Bia Machado)

  1. Mariana Gomes
    24 de fevereiro de 2015

    Oi, Bia! Concordo contigo! Personagens como a Ana são muito difíceis de ”vestir” como você disse.
    Eu li o seu conto praticamente no dia que foi postado (acredito eu). Então não me lembro dos erros ortográficos com exatidão. Mas, depois de uma rápida relida o que eu percebi, é o mais ”alarmante” foi:
    “Leve-a logo, não faça cerimônia” Acredito que deveria ter um ponto ai.
    Tchau! Eu que agradeço!

    • Mariana Gomes
      24 de fevereiro de 2015

      Desculpa, era para isso ter saído na resposta rsrs

      • Bia Machado
        24 de fevereiro de 2015

        Oi, Mariana! Então, eu não acho que seja regra um ponto ali. No caso, optei por colocar entre aspas as falas, e a vírgula serve para separá-las da narração.

        Ex.:
        “Não quero saber o que acha”, o rapaz me desafia.

        Obrigada por responder!

      • Mariana Gomes
        25 de fevereiro de 2015

        Entendi! Se para você não há problemas em não ter ponto, tudo bem. Eu não sou nenhuma especialista em português rs rs rs.

  2. Pedro Luna
    23 de fevereiro de 2015

    Lembrou para mim o psicopata do livro Dias Perfeitos. Aquele tipo que acha que o que está fazendo é o certo. Meio assustador a personagem Ana.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Verdade, só sendo psicopata paralevar a cabo uma ideia dessas. A Ana é melhor que o Téo de Dias Perfeitos: ela não cometerias os “erros” que ele cometeu, haha. Valeu! 😉

  3. wilson barros
    23 de fevereiro de 2015

    A idéia foi bem desenvolvida, com ritmo, evoluindo em direção à revelação final, lembrando muito os contos cruéis de Horácio Quiroga. Se você ainda não leu, recomendo-lhe o livro deste autor uruguaio, “Contos de Amor, de Loucura e de Morte”, como inspiração.
    Gostaria de contribuir com um pequeno detalhe. Você escreveu seu conto no tempo presente do indicativo, muito menos usado e mais difícil de usar que o pretérito. Nesse caso, você:
    a) deverá escrever as frases usando sempre essa técnica, não podendo misturar os tempos.
    Assim, a frase “o fim estava próximo” deve ficar “o fim está próximo”
    “ela não chegou a ouvir” -> “ela não chega a ouvir”.

    b) os outros tempos deverão referir-se ao presente. O passado é o passado perfeito (não o passado mais-que-perfeito, como seria em um conto narrado no passado) e o futuro, o futuro do presente (não o futuro do pretérito).

    Logo, a frase “como tinha sido capaz”, deve ser “como foi capaz”.
    Esperando ter sido útil em algo, aqui me despeço, por enquanto.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Obrigada, Wilson, de grande ajuda seu comentário. É a primeira vez que narro em tempo presente, e em meio a uma correria. Senti muita dificuldade e insegurança, mas resolvi arriscar. Não sabia dessa regra do passado perfeito e futuro do pretérito. Achei que tivesse errado simplesmente por não ter colocado alguns no presente, por esquecimento, mas não sabia dessa questão desses dois tempos associados. Obrigada mesmo!

      Sobre o Quiroga, bingo! Me inspirei nele. Não li todos os contos desse livro que mencionou, mas já li vários textos do autor. E me apaixonei à primeira lida, rs.

  4. Thata Pereira
    23 de fevereiro de 2015

    Muito bom o conto! Gostei bastante. Eu só fico um pouco perdida com os diálogos no meio da narração, separado por aspas, mas aqui foi mais tranquilo de ler. Foram melhor trabalhados, não havia falas emendadas uma na outra e acho que isso deve ser uma preocupação de quem está acostumado a escrever contos com essa estrutura. Não evitou que eu precisasse lê-lo mais de uma vez, mas não me incomodei.

    Boa sorte!!

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Obrigada, Thata! 😉

  5. Lucas Almeida
    22 de fevereiro de 2015

    Parabéns pelo texto, adoro ler textos em que morre alguém, principalmente quando a outra pessoa fez isso por pura inveja. Não sei se ajudaria mas uma pitada de mistério aí no meio acordo que coroaria sua História. De qualquer forma foi muito bom. Boa sorte 🙂

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Oi, Lucas! Valeu pelo comentário assustador, hahaha! Então, se tivesse um espacinho de 1000 palavras a mais, teria colocada uma pitada de mistério, rs. 😉

      • Bia Machado
        24 de fevereiro de 2015

        Ops, ***colocado. 😉

  6. Leandro B.
    22 de fevereiro de 2015

    Oi, Piedade.

    Em linhas gerais, gostei do conto. Senti falta apenas de uma problematização maior. Quero dizer, não seria necessário, mas parecia uma boa oportunidade para fazê-lo. Vemos claramente que Ana quer o fim da irmã para usurpar seu lugar. Talvez uma dose de piedade (Verdadeira) pela condição da irmã deixasse a coisa um pouco menos unilateral.

    Achei alguns detalhamentos um pouco exagerados e desnecessários, na minha opinião eles acabam colocando um melodrama um pouco cansativo na trama, como a passagem que indica que o médico está no vilarejo vizinho por causa da malária e por isso não poderia atender Luísa…

    De resto achei bem escrito. Não notei erro algum de revisão ao longo da leitura.

    Bom conto.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Oi, Leandro. Sobre a problematização maior: minha dificuldade em escrever contos tão curtos me limitou bastante, confesso. Escrevi e tive que cortar umas 400 e poucas palavras pra não passar do limite. Aí por isso acabei caindo nos detalhamentos exagerados. A informação sobre o médico foi uma tentativa de mostrar a época do conto, o porquê da facilidade dela em conseguir finalmente o seu intento… Mas é isso, a gente vai aprendendo. Obrigada!

  7. Swylmar Ferreira
    22 de fevereiro de 2015

    O conto tem boa estrutura, objetiva, mostrando até onde um ser humano é capaz de ir . A trama mostra início, meio e fim, o final apesar de ser o esperado é interessante, pelo texto não sei se o autor(a) conseguiria fazê-lo diferente, justo pela trama. O personagem principal chama atenção pela falta de piedade.
    A linguagem do texto é bem estruturada e fácil de ler. Atendeu perfeitamente ao temário proposto: inveja.
    Parabéns.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Obrigada!

  8. Rodrigo Sena Magalhaes
    22 de fevereiro de 2015

    Excelente! Dramático na medida certa. Boa narrativa. Está entre meus favoritos. Parabéns!

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Obrigada! =)

  9. Edivana
    22 de fevereiro de 2015

    Não é lindo o amor? Nem sempre. As pessoas deveriam aceitar quando a pessoa não lhe pertence, mas não, ficam remoendo e aceitam migalhas para viver. Depois cometem crimes, ou aliviam dores?! rs… Abraços.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Pois é. Cada coisa nesse mundo. Inveja é o pecado mais antigo, né? =)

  10. Gustavo de Andrade
    22 de fevereiro de 2015

    Putzzzzzzzz
    Isso que parece faltar: personagens sinceros e, ao mesmo tempo, intensos. Isso foi muito encontrado aqui, de uma forma inesperada. A inveja se tornou algo até poético, trágico. Um tom melancólico ao mesmo tempo que retorcido nesse amor fraternal. Vemos uma personagem já cansada e calejada pela própria inveja, que transformou seu amor a Camilo e missão de substituir a irmã, matando-a, em uma tarefa tão vulgar quanto lavar as louças, dando um leve tom de psicopatia. Me dá a impressão que, quando formar a família com Camilo, depois de algum tempo se verá indiferente à situação, tamanha a aparente odisseia que empreendeu para detonar a irmã (ao menos assim me parece: este recorte seria a conclusão de anos de inveja, recalque e batalhas internas para finalmente terminar com a irmã).
    Se tem algo que não fica claro, é: por que ela escolheu AQUELE (este) momento, retratado no conto, para fazer o que fez? Não teve outras oportunidades? Como foi impedida/quais foram os obstáculos? Com isso claro, acho que veríamos um conto impecável ao que se propõe, e isso é com certeza o primeiro grande mérito de qualquer escrito.
    Boa escrita! 😉

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Olá, Gustavo! Muito obrigada pelos apontamentos! Foi muito animadora a sua preferência pelo meu conto, depois de eu ter ficado tanto tempo sem escrever uma história completa, ainda que de apenas 1000 palavras, rs. Então, o final é bem aberto, né? Se fosse uma história maior, claro que faria a Ana se estrepar de verde e amarelo, sofrer tudo o que precisasse nessa vida, bem sofrido, adoro isso, hahahaha! =P Bem, sobre a pergunta de por que ela escolheu aquele momento, tentei deixar claro, mas não consegui. Ela já vinha envenenando, aos poucos, para não dar nas vistas. Mas naquela noite, o médico da cidadezinha, o único, estava longe, não chegaria a tempo. Bastou dar uma dose um pouco maior naquela noite “propícia”, tirar o cunhado da casa, aplicar o golpe de misericórdia e voilà, rs… Mas não bastaria dar uma dose um pouquinho maior, pra ela morrer ainda antes do marido sequer pensar em sair de casa? Bastaria. Mas a Ana é sádica. Adora um showzinho e sambar na cara dos outros: “Viu? Fiz tudo isso e saí ilesa.” Como muita gente que tem por aí, rs. Claro que nada disso deu pra colocar no espaço do conto, mas foi o que vislumbrei, então só estou compartilhando, haha. 😉

  11. Carlos Henrique Fernandes Gomes
    21 de fevereiro de 2015

    A frieza que o caso merece! Gosto dessas narrativas de monstruosidades como se fossem coisas do cotidiano. Bem ambientado e conduzido. Nada a acrescentar quanto à técnica e enredo.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Obrigada, Carlos. É, o cotidiano tem muito dessas histórias. 😉

  12. rsollberg
    21 de fevereiro de 2015

    Pobre Luísa!!!

    Uma boa narrativa, com os diálogos inseridos nos parágrafos, dando mais agilidade para estória. Apenas não gostei deste: ““Claro, é certo que ainda tem esperança, devemos lutar até o final. Mas esqueceu? Dr. Alencar está tratando daqueles casos de malária na cidade vizinha e não conseguiria trazê-lo a tempo, meu cunhado, infelizmente”. Seria melhor que a informação viesse de outro modo, soou como diálogo de novela – muita explicação.

    Consegui sentir a inveja e maldade da protagonista. O autor foi bem em criar e demonstrar a personalidade da personagem.

    Gostei do desfecho, tenho apreço por esses finais mais sombrios. Afinal, às vezes o mal também vence.

    Parabéns e boa sorte.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Olá! Então, tive dificuldade em inserir todas as informações que precisava. Esse trecho foi uma forma de colocar esse ponto importante na história, mas na correria não pensei a respeito do teor muito explicativo dele. Se é diálogo de novela, não sei, há muito tempo que não vejo uma. Mas já fui noveleira e guardo na lembrança algumas ótimas novelas, com muita nostalgia, rs. Novelas de antigamente, claro, do meu tempo. =)

  13. Andre Luiz
    21 de fevereiro de 2015

    Olá, cara Piedade!
    Gostei bastante do seu conto principalmente pela carga emocional dele e da reviravolta ao final. Gostei também da forma como você tratou a morte da mulher sendo que tudo que a irmã queria era não vê-la sofrer. A folha do oleandro veio para acabar com todo o sofrimento. Parabéns!

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Olá! Obrigada pela leitura. Mas não sei não… Será que Ana não queria mesmo que a irmã não sofresse mais? =)

  14. Leonardo Jardim
    20 de fevereiro de 2015

    Prezado autor, optei por dividir minha avaliação nos seguintes critérios:

    ≋ Trama: (3/5) interessante a invejosa assassinando a irmã pra ficar com o cunhado. Bem macabro também.

    ✍ Técnica: (3/5) boa, funciona bem, sem nenhum grande percalço.

    ➵ Tema: (2/2) inveja (✓).

    ☀ Criatividade: (2/3) não é a primeira vez que vejo algo do tipo.

    ☯ Emoção/Impacto: (3/5) senti raiva e nojo da protagonista.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Obrigada pelas notas. 😉

  15. Pétrya Bischoff
    19 de fevereiro de 2015

    Buenas, gostei da estória. Adoro esses protagonistas malvadinhos que não medem esforços para conseguir o que querem hahaha. A escrita é clara e a trama é envolvente. Tchê, essa flor aí tem aos montes nas praças daqui, que viagem ahhahah. Não tenho o que acrescentar, visto que o texto me convenceu. Parabéns e boa sorte.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Pois é! Achei que a morte por envenenamento por uma planta considerada tão “inocente” seria a forma perfeita da Ana conseguir o que queria. Fiquei surpresa quando fiz a pesquisa! Obrigada pelo comentário!

  16. Luan do Nascimento Corrêa
    18 de fevereiro de 2015

    O conto foi bem escrito e a história teve um desenvolvimento, mas achei a história um tanto melodramática. Mas isso, é claro, não retira mérito algum.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Obrigada, Luan.

  17. Jowilton Amaral da Costa
    18 de fevereiro de 2015

    Ali no começo no início na segunda linha do primeiro parágrafo seria melhor retirar o Já e ficar só com “Há várias noites não durmo.”. Confesso que a personagem da Ana me fez sentir raiva. A condução do conto é boa, pensei que pudesse houver alguma reviravolta, principalmente quando a enferma chama o marido para falar-lhe ao ouvido. Imaginei que ali Ana fosse ser desmascarada. Bom conto. Boa sorte.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Valeu a leitura, sobre o “Já”, coloquei pensando em aproximar a narração o máximo possível da linguagem falada… Mas é válida a observação, claro. Sobre reviravoltas, é complicado em um texto de 1000 palavras, eu pelo menos vi que preciso “treinar” muito em contos desse tamanho, fico desesperada pra fazer caber tudo o que preciso. Foi o conto mais curto que escrevi na vida até o momento, rs. E se já disseram que meu conto parecia cena saída de novela, imagine se Ana fosse desmascarada? =D

  18. williansmarc
    18 de fevereiro de 2015

    Olá, autor(a). Primeiro, segue abaixo os meus critérios:

    Trama: Qualidade da narrativa em si.
    Ortografia/Revisão: Erros de português, falhas de digitação, etc.
    Técnica: Habilidade de escrita do autor(a), ou seja, capacidade de fazer bons diálogos, descrições, cenários, etc.
    Impacto: Efeito surpresa ao fim do texto.
    Inovação: Capacidade de sair do clichê e fazer algo novo.

    A Nota Geral será atribuída através da média dessas cinco notas.

    Segue abaixo as notas para o conto exposto:
    Trama: 6
    Ortografia/Revisão: 10
    Técnica: 6
    Impacto: 6
    Inovação: 6

    Minha opinião: Conto muito parecido com o “Amigos para Sempre”, usando a inveja entre irmãs como estopim de um crime. Porém, acredito que o outro conto tenha sido mais eficiente em elencar os motivos que geraram a inveja e estabelecer as causas para um crime tão banal e hediondo. Em “a folha de oleandro”, as motivações ficaram um pouco vagas.

    Boa sorte no desafio.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Olá! “Erros de português, falhas de digitação, etc.” Poderia apontar os erros de português? Como trabalho com revisão, seria importante aprender e ver algo que deixei passar. Quanto a digitação, também fiquei sem saber…

      “[…] as motivações ficaram um pouco vagas.” – Que pena que ficou obscuro esse item. Pensei que estivesse bem claro que Ana queria a morte da irmã para ficar com Camilo, por um amor doentio e por inveja da felicidade da outra. Mas são coisas que acontecem. Obrigada pela leitura.

      • williansmarc
        25 de fevereiro de 2015

        Olá, Bia!

        Não achei erros de português no seu conto, acredito que você interpretou o dez como uma quantidade, mas é uma nota: “nota 10”.

        Sobre as motivações, eu entendi isso mesmo, Ana queria a morte da irmã para ficar com Camilo, mas por que ela queria tanto assim ficar com o Camilo? O que tal homem tinha de tão espetacular? Era apenas uma birra com sua irmã?

        Esse tipo de duvida não aparece no conto “Amigos para Sempre”, que achei bem parecido com o seu. No conto do Fábio Baptista, da pra perceber claramente de onde vem tanto ódio entre as irmãs.

        Abraço!

      • Bia Machado
        16 de abril de 2015

        Bem, eu vejo no jornal cada coisa que a pessoa matar a outra pra ficar com o marido, mesmo sendo irmã, é algo dentro do que aparece por aí… Pra mim é só uma coisa: loucura. Ah, desculpa comentar só agora, é que desde aquela época não entro na minha conta do wordpress… o.O

  19. Maurem Kayna (@mauremk)
    16 de fevereiro de 2015

    O monólogo-confissão funciona bem. O fantasma paterno que atormenta a personagem me lembrou trechos de Como Água para Chocolate. Aliás, a história toda se parece, embora com desfecho um pouco distinto. A mulher obcecada que faz qualquer torpeza para satisfazer sua fantasia de felicidade convence – gente escrita assim existe mais do que seria necessário.

  20. alexandre cthulhu
    16 de fevereiro de 2015

    Como se diz em Portugal, “soube-me a pouco”. O texto está bem narrado, mas podia ter desenvolvido um pouco mais. O final parece meio apressado.

  21. Ricardo Gnecco Falco
    16 de fevereiro de 2015

    Uma história pesada, mas bem escrita. Só o final que causou-me um lampejo de dúvida. Tive de reler o último parágrafo para certificar-me. Não sei se foi preciso cortar na carne para atender ao requisito limítrofe do Desafio, mas penso que um reforço na frase subsequente a “Porque Camilo não seria capaz de deixar de atender a um pedido de Luísa.” seja de extrema utilidade. Pois, ao ler “Quando ele retorna com o padre e me olha, em desespero, tenho certeza de que não.” Esse “não” pode representar duas coisas paradoxalmente inversas. Pode dar a entender (de forma errada ao desejado) que Camilo seria capaz, SIM, de deixar de atender a um pedido da esposa morta. E foi o que vislumbrei em minha primeira leitura, contrastando então com a última frase do texto; o que me levou à segunda leitura e, somente então, à extinção da incômoda (e certamente indesejável) dúvida quanto ao ocorrido na história. Por isso, deixo a seguinte sugestão de acréscimo:
    “Quando ele retorna com o padre e me olha, em desespero, tenho certeza de que não seria mesmo.”
    É isso…
    Boa sorte,
    Paz e Bem!
    🙂

  22. Rodrigues
    16 de fevereiro de 2015

    Gostei do conto. Achei o pecado da inveja bem utilizado, construído junto a um personagem doentio e obcecado que realmente convence. Bem escrito, o conto não utiliza-se de uma saída fácil para a conclusão e a frase final resume o tom de loucura da Ana, alheia a qualquer coisa que possa atrapalhar seu caminho. Bom conto!

  23. Virginia Ossovski
    15 de fevereiro de 2015

    A história está bem contada, apesar de fazer lembrar algumas outras que envolvem desejo, inveja e morte. A grande novidade é a folha de oleandro, nunca tinha ouvido falar, mas agora fui pesquisar e fiquei de boca aberta, imagina o perigo de ter um negócio desses no jardim rsrs muita gente pode ter ideias como a dessa Ana do conto. Parabéns e sucesso no desafio !

  24. Gustavo Araujo
    14 de fevereiro de 2015

    Muito bom! Gostei bastante. A construção da narradora ficou muito boa, especialmente considerando a limitação imposta pelo desafio. Em poucos parágrafos já se sente desprezo por ela, raiva até. Tive sensação semelhante quanto assisti a “O Talentoso Ripley” — um protagonista odioso que se dá bem enganando, dissimulando, matando, com a audiência como úncia testemunha. O mesmo ocorre aqui. O leitor sente-se, senão como partícipe, ao menos como conivente. Ao ver o desenrolar dos planos de Ana e, mais do que isso, ao vê-los funcionando, sente um desconforto próximo da indignação. “Não acredito que essa filha da mãe vai se dar bem…” E se dá. E que bom (para a narrativa) que isso acontece. Nada seria mais broxante do que a irmã se recuperar e Ana pagar por seus pecados numa prisão. Como em “O Talentoso Ripley”, o mal vence. E, para a literatura isso é um ponto altamente positivo. Parabéns!

  25. Sonia Rodrigues
    14 de fevereiro de 2015

    Bom conto. Bem escrito, bem desenvolvido, sutil.
    O começo pode ser melhorado.
    O desenvolvimento vai revelando aos poucos ao leitor os personagens, quem é Luísa, o cunhado, a irmã e suas intenções veladas.
    O final é convincente, deixando a personagem com a certeza da vitória e ao leitor a esperança de que as coisas não corram tão bem assim para a malvada…
    Muito bem. Parabéns.

  26. Claudia Roberta Angst
    14 de fevereiro de 2015

    O que fazer se li o conto todo com a imagem de Scarlet O’Hara na cabeça. Ela apaixonada pelo Ashley e a pobre Melanie dando seus últimos suspiros. Tentei demover essa ideia, mas o vento não levou…rs.
    Conto muito bem escrito, narrativa desenvolvida de forma impecável…oppps, adjetivo proibido neste certame.
    O pecado está aí muito bem fundamentado. Vou tomar cuidado com as folhinhas que aparecerem por aqui.
    O que dizer? Acertou de novo, autor. Boa sorte!

  27. Sidney Muniz
    13 de fevereiro de 2015

    Gostei!

    Digo que o início do conto não foi dos melhores, na verdade até estava me desagradando por alguns deslizes que apontarei abaixo, mas de repente a narrativa adquire fluidez e o enredo me conquista pela proposta.

    Até pensei que o pecado central abordado era a gula, e não a ira, ou a inveja, mas enfim, de repente me vi muito curioso pelo desfecho e quando ele se deu foi muito satisfatório.

    Seguem alguns pontos que não me agradaram:

    agora que o fim estava próximo – há uma mudança de tempo da narrativa – para manter sugiro “está”

    Quando abro a porta – Outra palavra que fugiu um pouquinho, deu aquela sensação estranha na leitura foi esse “quando” desnecessário e descaracterizado, o corte dele em minha opinião acrescentaria na narrativa.

    Trama: (1-10)=10
    Narrativa (1-10)=9
    Técnica (1-10)=8,5
    Personagens (1-10)=10
    Inovação e ou forma de abordagem do tema (1-5)=5
    Título (1-5)=5 instigante, pesquisei e curti conhecer a tal folhinha…

  28. mariasantino1
    13 de fevereiro de 2015

    Olha,sinceramente, seu conto dá pano pra manga.

    Gostei bastante. A trama se sobressai. Fiquei instigada para saber como terminava o conto. A cobiça da irmã, a inveja… Foi bem dosado e você deu subsídios para que se imagine o final, o depois. Não curti alguns diálogos da Ana, mas isso não incomodou.
    Parabéns e Boa Sorte no desafio.

  29. Anorkinda Neide
    12 de fevereiro de 2015

    Um bom conto, colocou bem o pecado da Inveja
    mas o enredo é bem clichê, vi isso na novela das nove..rsrsrs

    Pelo espaço apertado do texto, não houve tempo para sentirmos compaixão da moribunda e seu marido banana, entao ficou uma narrativa meio fria, a narração em primeira pessoa tb não ficou boa, pois parece qd o personagem fala sozinho na novela,nao faz muito sentido, gostaria do texto com narrador universal.
    mas sao meus pitacos, apenas para reflexão.

    boa sorte ae!

    • Bia Machado
      16 de abril de 2015

      Ok, obrigada. Pena que ficou clichê, mas eu não tinha ideia que as novelas não têm mais finais felizes (do qual fugi), faz tanto tempo que não vejo uma… Bem, com ela vendo fantasma do pai, falar sozinho parece ser o de menos, coisa de gente meio doida mesmo… 😉 Desculpa só responder agora, é que desde aquela época não entro na minha conta do wordpress…

  30. Gilson Raimundo
    12 de fevereiro de 2015

    Uma história muito bem contada, a inveja e a cobiça destruindo os laços entre irmãs, cenas muito claras são passadas através do texto.

  31. Eduardo Selga
    12 de fevereiro de 2015

    Uma personagem robusta, com “P” maiúsculo, e que poderia servir de parâmetro (mas não modelo, pois isso implica copiar) para contistas iniciantes que consideram que personagem bom é o que consegue ser cópia de uma realidade possível, ou seja, autores ainda muito presos à mimese e ao efeito de real.

    Digo isso porque a personagem, não obstante verossímil, não é rasa, ou seja, não é apenas uma marionete nas mãos do(a) autor(a) com vistas a cumprir os desígnios que este(a) imaginou: a ´personagem supera esse “determinismo”, ganhando vida ao longo do enredo em função de, ao lado de sua extrema frieza, haver um dado que merece atenção e que pode ser entendido por dois caminhos, pelo menos: ela enxerga o espírito do pai falecido. Seria uma demonstração de insanidade mental, assim como o cálculo e a indiferença quanto à irmã também podem ser entendidos, ou, por outro lado, o fato de enxergar a “assombração” está dissociado de qualquer loucura? Essa interrogação suspensa no ar é o que faz Ana ser sólida, parecer uma pessoa e não uma personagem.

    O enredo, contudo, peca por certo esquematismo. Uma irmã que planeja e leva a efeito o homicídio da outra irmã em função de um amor que teria sido
    “roubado” pela segunda é um motivo comum em literatura e roteiros de cinema. O que poderia fazer a diferença, o tratamento dado, também não foge muito do padrão, inclusive com a vítima ingênua que nos estertores finais pede à algoz tudo o que ela sempre quis: o marido e os filhos.

    • Bia Machado
      16 de abril de 2015

      Olá, mil desculpas por não ter respondido, acabei entrando na minha conta do wordpress só agora… Agradeço pela análise e pela atenção. Uma irmã que mata a outra é comum não só em literatura e em cinema, mas na vida real também… Foi complicado eu escrever em 1000 palavras, ainda mais eu que invento umas tramas mirabolantes, mas tudo bem, sobrevivi, rs.

  32. Gustavo Aquino dos Reis
    11 de fevereiro de 2015

    Gostei muito desse conto. Só fiquei com dúvida no uso da palavra “preteriu”.

    Parabéns!

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Oi, Gustavo. O verbo “preterir” existe, sim, e está de acordo com o significado da frase. Obrigada pela leitura. 😉

  33. Rodrigo Forte
    11 de fevereiro de 2015

    O conto foi bem escrito, mas teve algo que me incomodou um pouco: Os diálogos. Algumas frases (como o fato de a narradora chamar o Camilo de “meu cunhado”) soaram bem fora da realidade. De todo modo, foi interessante ver como a inveja é capaz de consumir uma pessoa e seria bom se esse tipo de história acontecesse apenas na literatura.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Olá, Rodrigo. Só explicando a expressão “meu cunhado”, foi usada para demonstrar que era em uma época mais antiga, em outro século, quando as pessoas se tratavam assim (meu pai, minha mãe, irmão meu, por exemplo, ao falar com a pessoa). Um costume antigo. Mas uma pena que não soube usar bem o recurso. Também pensei que assim mostraria bem a falsidade da Ana, ao chamar o cunhado de “meu cunhado”, as intenções não eram tão respeitosas assim, na verdade. Mas tudo bem, agora com um pouco mais de espaço, tudo se ajeitará, rs.

  34. Brian Oliveira Lancaster
    11 de fevereiro de 2015

    Meu sistema: EGUA.
    Essência: desde o início fica bem claro. Nota 10,00.
    Gosto: um enredo bem envolvente, em primeira pessoa. A escrita leve e fluente ajuda muito. Lembrou muito os contos de fadas “reais”. Os personagens secundários transmitem emoção, mesmo sem descrições. Nota 10,00.
    Unidade: nada me incomodou. Nota 10,00.
    Adequação: bem específico: inveja e outros. Nota 10,00.
    Média: 10,00.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Muito obrigada! É uma satisfação quando a gente “acerta” com um leitor. =D

  35. Tiago Volpato
    10 de fevereiro de 2015

    Não gostei muito. Tá um pouco novela o enredo. Isso não é necessariamente ruim, só não sou o público alvo. Mas dentro do estilo o conto está bem escrito.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Obrigada, Tiago. O grande paradoxo: não assisto novelas, rs. 😉

  36. Pedro Coelho
    10 de fevereiro de 2015

    Texto um pouco confuso. A narrativa da Ana não consegue atingir aquele suspense para depois vir com o final surpreendente. Mas a ideia foi boa, faltou só aquela tensão, aquele climax, pra ficar melhor.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Obrigada pela leitura e desculpe pela confusão. 😉

  37. JC Lemos
    10 de fevereiro de 2015

    Sobre a técnica.
    Não que seja ruim, mas achei cansativa. Talvez mais pelo enredo do que pela qualidade narrativa.

    Sobre o enredo.
    Não é ruim, mas não me encheu muito os olhos. Senti pena de Luiza, no entanto. O mundo num sempre é justo com aqueles que fazem por merecer.

    Parabéns e boa sorte!

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Sim, não dá para agradar a todos. Nunca pensei a respeito do meu estilo, mas concordo que não é nada de encher os olhos, minhas ideias são bem normais, priorizo mais os sentimentos do que a ação. Não serviria para escrever thrillers, ou livros de ação, por exemplo. 😉

  38. Thales Soares
    10 de fevereiro de 2015

    Não gostei. O conto como um todo está bom. Boa escrita, narração leve e fluida, bom desenvolvimento. Porém, não consegui me conectar com a história, por uma questão de gosto mesmo. Estou começando a me enjoar de contos de inveja de irmãos. Estou buscando por idéias ousadas, diferentes, bizarras. Este conto foi normal… não que isso seja ruim… mas não era o que eu buscava.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Ok, como é complicado escrever atendendo a todos os gostos, escrevi do jeito que achei melhor. Também gosto de ler textos ousados, diferentes e bizarros, quando bem escritos. Já para escrever, confesso: sou bem normal. Fazer o quê? 😉

  39. Alan Machado de Almeida
    9 de fevereiro de 2015

    Achei interessante o que você fez de criar toda uma história só a partir do estado moribundo da personagem principal

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Obrigada pelo comentário, Alan. 😉

  40. Fabio Baptista
    9 de fevereiro de 2015

    Esse conto me lembrou aquele filme do Liam Neeson, Busca Implacável: ele liga pros caras que sequestram a filha dele e fala “tô indo aí matar todo mundo e resgatar minha filha”. Ele vai lá, mata todo mundo, resgata a filha e o filme acaba.

    Um disparo em linha reta, sem muito tempo para reflexões ou respirações mais profundas.

    É um bom filme. Também é um bom conto.

    – ela tinha
    >>> cacofonia

    Veredito: gostei!

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      É, é pouco espaço pra fugir dessa linearidade, rs. Eu até tentei, mas tive que reduzir algumas coisas pra ficar nas quase 1000 palavras. Aí deu-se o “disparo”. E sobre a cacofonia: é só pra não perder o costume, kkkkkkk Esqueci de inserir nos itens de revisão: exterminar a cacofonia nossa de cada dia, rs. =)

  41. rubemcabral
    9 de fevereiro de 2015

    É interessante ler textos em que o vilão ganha, foge um pouquinho do padrão. Muito bom!

    Bem, achei o conto bem escrito, só notei uma frase com pontuação estranha (Ainda assim, tinha conseguido parir quatro crianças a maldita, quatro!). O pecado-tema “inveja” foi bem explorado e a Ana é uma vilã com “V” maiúsculo.

    Sei que os sintomas de envenenamento podem parecer com os de várias moléstias, mas se o mal que acometia a pobre Luísa já acontecia há algum tempo, pareceu-me que o Dr. Alencar não era lá muito competente, não sei. Talvez tenha me passado algo despercebido, mas por que a moribunda está em casa e não num hospital?

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      A frase com pontuação estranha: ficou muito na oralidade. Tente falar a frase, dando ênfase à palavra “quatro”, depois de uma pausa. Foi mais ou menos isso que tentei fazer. Sobre a competência do Dr. Alencar, a culpa foi minha em não deixar muito claro. Não havia espaço para mostrar bem a época do conto, ou pelo menos não tive sucesso em dar um jeito para conseguir isso. Tentei marcar a época informando que o Dr. Alencar atendia a cidade e outras, cuidando de casos de malária, naquela época em que houve muitos casos e que os médicos ainda visitavam os doentes em casa, também mostrando ainda o costume de chamar o padre para a extrema unção. Hoje ainda existe isso, sim, mas como não destaquei bem, ficou vago que se tratava de outra época, mais antiga. A princípio, ia marcar os diálogos com segunda pessoa, mas desisti, com medo de que ficasse cansativo. Achei que a expressão “meu cunhado”, que hoje dificilmente é usada, também ajudaria a indicar o passado, mas pelo visto não funcionou, rs.

      • rubemcabral
        24 de fevereiro de 2015

        É, eu não captei bem que pudesse ser um conto de época. Quando você citou malária eu apenas contextualizei o enredo, geograficamente, em algum lugar do Brasil onde a malária ainda seja endêmica.

        Quanto à frase, eu acho que pontuaria diferente, algo do tipo: “Ainda assim, tinha conseguido parir quatro crianças, a maldita… Quatro!”.

        Por curiosidade li na Wikipédia que basta uma folha desta planta tão comum para causar um envenenamento fatal. Incrível que a espirradeira seja usada nos jardins no Brasil. Eu mesmo já tive e plantei esta planta perigosa, sem saber.

      • Bia Machado
        16 de abril de 2015

        Putz, só hoje que entrei na minha conta de novo, rs… Pois é, quando à época, acho que ficou muito generalizado. É que antes eu ia escrever em segunda pessoa, usar “tu” etc., mas fiquei com medo de deixar a coisa cansativa para ler. Eu também me espantei com essa plantinha! o.O

  42. Cácia Leal
    8 de fevereiro de 2015

    Bastante criativo o conto. Mas o desenrolar, no início, está bastante confuso. O autor tem uma boa escrita, mas os personagens, no começo da trama, confundem um pouco. Morte por veneno, muitos autores já o fizeram. É legal, mas não me agradou muito.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Olá, agradeço se puder me dizer de que forma os personagens confundem. Escolhi a morte por veneno por ser a que melhor se encaixava na situação. Ana não queria deixar pistas, não é mesmo? Era esperta o suficiente para arquitetar dessa forma. Quem suspeitaria do oleandro? De qualquer forma, você está certa, há muito veneno em diversas histórias por aí. E na vida real também. 😉

  43. Alexandre Leite
    8 de fevereiro de 2015

    Gostei do texto, mas não ficou claro na minha leitura sobre qual o pecado capital que ele versa.

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Bem, Ana quer o marido, filhos, tudo que é da irmã. O pecado seria a inveja. 😉

  44. Luis F. T.
    8 de fevereiro de 2015

    Eita, um final trágico que é, sob o ponto de vista narrativo, feliz. Bastante criativo e de gerar revolta em qualquer leitor, rs. Parabéns!

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Obrigada, Luis! Que bom que gostou. 😉

  45. Mariana Gomes
    8 de fevereiro de 2015

    Gostei bastante 😊.
    O começo não foi cativante (a própria personagem não é), contudo o restante foi muito bom. Erros aconteceram, mas você tem talento. Parabéns e boa sorte!

    • Bia Machado
      24 de fevereiro de 2015

      Oi, Mariana! Verdade, a Ana é triste. Ainda bem que foi só um continho de quase 1000 palavras, se fosse um livro inteiro, pensa na amargurada de ter que “vestir” esse papel por dias a fio, rs. Se puder me apontar os erros, pra ver se batem com os que já sei que preciso corrigir, fico grata. Muito obrigada pelo comentário!

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Publicado às 8 de fevereiro de 2015 por em Pecados e marcado .
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