EntreContos

Detox Literário.

Angústia (Pétrya Bischoff)

Estava em desespero, já familiar que o era.

A cabeça zonza. Os olhos e até os ossos lhe doíam. Seu lamentar eram resmungos de uma criança desamparada. Não havia outra solução.

Pegou o canivete. Aquele preto e grande, com o qual sabia fazer pequenos e ágeis molinetes. Pegou-o e partiu.

Caminhou. Caminhando não reparou nos vultos que passavam. Aqueles borrões, blocos de cimento e carne humana. O cinza dos prédios e o cinza das almas. Mas ele não viu isso. Sentia-se pesado. Inda mais pesado era o nó em sua garganta. Deus! Como aquele nó era enorme; algo quase palpável. Não o deixava engolir ou respirar. Chamam de angústia. Aquela que faz os olhos arderem a seco.

Percorreu aquelas doze quadras em lentas duas horas. Ou teriam sido vinte minutos? O mais provável é que nem tenha saído de casa e a sensação de solidão que aqueles familiares rostos estranhos lhe traziam era, na verdade, a lembrança do que é viver com eles. Cada um protagonista de seu próprio mundo, onde alguém como ele desempenha um papel de nada mais que figurante. Um transeunte, sem emoções ou anseios; que vai para cima e para baixo, vem da esquerda e da direita e de fora para dentro. Todos figurantes de rostos diferentes e tristezas que não importam. O importante é não descer do salto ou desarrumar o cabelo; balançar a chave do carro zero fedendo a THC. E rir disso. E rir, também, do nosso amigo figurante, de todos estes figurantes que sobem e descem, vão e vêm, a pé ou em seus carros-zero-fedendo-a-THC. Todos ávidos por uma platéia. Todos tristes. Um aglomerado de almas solitárias chorosas.

Ah! Um aperto no coração.

***

Chegou, enfim. Aquela praça repleta de famílias felizes com seus filhos e amigos e cães. Tudo tão perfeito. Ele nunca entendera se aquilo era uma aparência que as pessoas tentavam passar, ou se naqueles momentos nonsense realmente havia felicidade.

Houve um tempo em que também fora feliz. Há muito, quando criança, e toda criança é feliz. Não tem certeza sobre quando isso mudou, mas depois de adulto não sabe mais o que é felicidade. E ele não pode ser o único no mundo, portanto, não acredita na felicidade alheia.

Sentou-se em um banco de pedra no canto da praça. Bem perto de todos mesmo. Ninguém o notaria. O veriam, talvez até fizessem um comentário entre si sobre o homem sentado a tarde toda sozinho no banco da praça, mas ninguém se lembraria dele. As pessoas são narcisistas e egocêntricas. Todas. Todas sem exceção. Até os mais acanhados, tímidos e medrosos. Mesmo ele em seu íntimo deseja que o enxerguem. Que o admirem e queiram estar com ele, ou queiram ser ele. Até mesmo ele deseja não ser medroso e tímido para poder rir com os outros.

E era o que acontecia ali. Cada um preocupava-se demais em ser notado, enquanto era sua própria plateia. E ele avulso, naquele cenário de protagonistas.

Nove e quinze. Recém anoitecera e o movimento mudara de famílias para adolescentes e suas tribos. Todos também alegres, com seus lícitos e ilícitos. Como desejava um bom vinho barato e quente agora. Mas puxou apenas um cigarro. Acendeu. Aquela primeira tragada maravilhosa, a fumaça descendo aveludada na garganta, serpenteando em suas entranhas e saindo pela boca, carregando seja lá o que for que lhe comprimia o peito naquele momento. Sentia-se bem. Gostava de olhar a fumaça enquanto essa dissolvia-se no céu. Olhava então o céu, os primeiros pontinhos surgindo. Alguém uma vez dissera-lhe que à primeira estrela da noite faz-se um pedido. Ele era bastante cético, mas sempre o fazia. Não como pedido, mas um pensamento constante, em um suspirar de saudades. Por fim, simplesmente pensava, enquanto as estrelas surgiam.

Nove e vinte e cinco. Olhou o relógio para lembrar-se de cada detalhe para sempre. Queria poder recordar o momento em que fora forte o suficiente pra exorcizar ao menos um de seus fantasmas.

Viu-o de longe, sentado em meio às árvores, quase escondido. Um borrão negro envolto em escuridão. Encolhido, curvado, com um pesar esculpido no rosto que ele interpretou como o misto de medo, vergonha e tristeza. Preparou o fôlego, assoviou lhe chamando e observou enquanto este dirigia-se a ele. Aqueles quinze segundos foram mais longos que toda a sua espera até agora. Ainda não havia medo. Sentia agora a euforia tomando o lugar da angústia.

Ele não era um assassino cruel, sanguinário e desalmado. Havia algum motivo.

Aquele resto humano miserável; o trapo de carnes e peles e olhos odiosos estava agora em pé à sua frente, com um semblante de questionamento.

Levantou-se, então, deu um passo sem pressa para o lado, sacou rápido e habilmente o canivete e, com um único movimento em que pôs toda sua raiva da vida e de seus infortúnios, enfiou com força a lâmina do objeto de metal na lateral do pescoço do outro. Segurando com tanta raiva que suas próprias unhas rasgaram a palma de sua mão. Não houve dor. A adrenalina o fez flutuar enquanto puxava o canivete ao redor do pescoço do homem. Foi feito com tanto esmero que dilacerou grande parte daquele trapo nojento. O sangue jorrou alto e longe e com gritos abafados de um quase afogamento. Ninguém viu ou ouviu.

Tão logo retirou o canivete, aquele corpo caiu no chão, corcoveante tal qual uma galinha com pescoço quebrado. Por não mais que quinze segundos. Segundos estes que ele ficou assistindo a cena triunfante, feliz e aliviado. Muito aliviado.

Virou-se e saiu a passo, banhado em um sangue agridoce.

Foi quando olhou para as próprias mãos, realmente rasgadas por suas unhas, que percebeu que estava em sua cama naquela maldita kitnet, fitando seu teto vermelho odioso.

Como fora feliz naqueles minutos em que teve coragem de enfrentar um de seus fantasmas, mesmo que em sua mente. Como foi lindo aquele momento que não aconteceu.

47 comentários em “Angústia (Pétrya Bischoff)

  1. Carlos Henrique Fernandes Gomes
    24 de fevereiro de 2015
    Avatar de Carlos Henrique Fernandes Gomes

    Eu tinha feito o comentário sim; só não cliquei em publicar comentário! Peço desculpas! Gostei demais do conto! A cadência, o vocabulário, as expressões, os cenários, até a angústia da tomada de coragem, da espera, do desafio, do enfrentamento. A revelação de que era um sonho e o final com uma poesia ímpar que me atraiu bastante. Eu tinha comentado sim!

  2. wilson barros
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de wilson barros

    Bem original e interessante ao narrar os conflitos internos de um assassino, do seu ponto de vista. O estilo é denso, parecido com os de Hemingway. Recomendo a leitura dos contos desse grande autor. Só acho que o final poderia ser melhor descrito, sem a evocação, mais contido, simplesmente descrevendo, tipo assim:
    “Foi quando olhou para as próprias mãos, realmente rasgadas por suas unhas, que percebeu que estava em sua cama naquela maldita kitnet, fitando seu teto vermelho odioso. Mas fora feliz naqueles minutos em que teve coragem de enfrentar um de seus fantasmas em sua mente, naquele lindo momento que não aconteceu.”

  3. Pedro Luna
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de Pedro Luna

    O ponto positivo é que realmente todo o texto passa um clima de angústia. No fim, fica aquela sensação estranha por ter sido um sonho. Mas talvez tenha sido melhor assim mesmo para passar o que o autor queria passar.

  4. Lucas Almeida
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Lucas Almeida

    Acredito que seu texto prenderia mais minha atenção se chocasse mais, ou se pelo menos ele concretizasse o que imaginou fazer. Acho que assim deixaria o pecado mais forte no texto. Boa sorte.

    • Lucas Almeida
      22 de fevereiro de 2015
      Avatar de Lucas Almeida

      Meu celular deu pane então só só o primeiro comentário vale tá, apesar de de que ambos dizem a mesma coisa.

  5. Lucas Almeida
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Lucas Almeida

    Não percebi erros ou qualquer erro na forma do seu texto, mas acredito que a história não fechou bem. Eu preferiria ter lido que o personagem principal de fato concretizou sua ira ou que o texto desse a Idéia de que ele ele o faria e nnão ficaria apensas Não cabeça. Acredito que assim manteria a fidelidade ao tema. Boa sorte

  6. Leandro B.
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de leandrobarreiros

    Oi, Azevedo

    No geral, acabei não gostando muito do texto.

    Começando do início:

    “Percorreu aquelas doze quadras em lentas duas horas. Ou teriam sido vinte minutos? O mais provável é que nem tenha saído de casa e a sensação de solidão que aqueles familiares rostos estranhos lhe traziam era, na verdade, a lembrança do que é viver com eles.”

    Acho que essa passagem funcionaria melhor sem a afirmação do início. Parece que a mensagem vem do narrador e depois se choca com as dúvidas do personagem. Acho que ela faria mais sentido se narrador e personagem se misturassem logo no início do parágrafo. Algo como “Duas horas ou vinte minutos, quanto tempo havia levado para percorrer as doze quadras?” ou qualquer coisa do tipo.

    Ainda no mesmo parágrafo, achei que o personagem assumiria uma tonalidade um pouco flâneur, o que, acredito, ficaria bacana, mas o parágrafo em si parece um pouco contraditório. Os micro-mundos interessam ou não? Se são desinteressantes, por que o personagem se pega pensando neles?

    Algumas mudanças no tempo verbal ao longo do conto também ficaram um pouco confusas e tiraram um pouco o ritmo da leitura (da minha leitura, pelo menos).

    Algumas passagens também me pareceram um pouco inconsistentes, por ex.:

    “Alguém uma vez dissera-lhe que à primeira estrela da noite faz-se um pedido. Ele era bastante cético, mas sempre o fazia. Não como pedido, mas um pensamento constante, em um suspirar de saudades.”

    Ora, se não era como pedido, então ele não fazia o que foi dito que sempre fazia. Acho que a construção ficou um pouco estranha.

    Também não gostei do “não aconteceu” do final. Acho que você podia ter seguido a realidade da coisa e puxado um questionamento sobre a própria invisibilidade do sujeito e questionado se agora as pessoas lhe dariam atenção. (Mas isso é uma grande intromissão minha. Só quero mesmo dizer que não curti muito a “solução/mensagem” final).

    Tendo reclamado tanto (rs), devo admitir que houve passagens que gostei muito. Acho que é um conto com potencial que precisa ser retrabalhado.

  7. Rodrigo Sena Magalhaes
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Rodrigo Sena Magalhaes

    Hahaha! Muito legal. Escrevi um conto parecido com esse. O final foi bem legal. Gostei.

  8. Swylmar Ferreira
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Swylmar Ferreira

    Muito bem escrito o conto, Boa estrutura, objetiva e leve mostrando a parte da vida do personagem, este também é bem fechado na dramaticidade, principalmente no embate, na ira. Linguagem pouco rebuscada e o final do conto foi surpreendente, apenas um sonho.
    Parabéns.

  9. Edivana
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Edivana

    Essa bola de angústia, quem nunca sentiu? Extravasar de olhos no teto, criar situações, escrever sobre elas, imaginar o fim da solidão, do medo, a coragem necessária para deixar a cama e a casa. Situações que passamos e criamos.

  10. Bia Machado
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Bia Machado

    Estava gostando, mas os últimos parágrafos me desanimaram. Fui perdendo o ânimo, e o final achei fraco, como se fosse apenas para terminar ali. Boa sorte.

  11. Eduardo Selga
    21 de fevereiro de 2015
    Avatar de Eduardo Selga

    Eis a diferença entre contar uma estorinha e escrever um conto. Muito mais do que o enredo, a trama ou a ação, aqui é o homem o que importa. Mas não em sua dimensão rasa, o homem tornado imagem facilmente deglutível para deleite de um espetáculo social feito de kkk’s. Tampouco é o ser humano cristianizado, um depósito artificial de “bons sentimentos” (se não os tiver não se é um “bom cristão”): é ele em sua contradições, com seus fantasmas inerentes à contingência de existir, à sua inevitabilidade. E exatamente por isso temos a atmosfera algo insólita do conto, assim como a vida o é, quando fixamos nela não nossos olhos deslumbrados como quem admira um show, mas sim nosso pensamento reflexivo.

    O protagonista, numa camada narrativa que não se sabe bem se sonho ou devaneio (e não faz a menor diferença seja um ou outro, no conto), assassina quem? Não é uma pessoa “concreta”, acho que a narrativa consegue deixar isso claro com a estranheza gerada pela aproximação após o assovio. Não parece ser alguém de “carne e osso”. E o que seria, então?

    Levanto uma hipótese: a personificação do sofrimento da angústia sentida pelo personagem. Ele assovia para essa personificação que, a partir daí, se aproxima ao ponto de ser assassinada, causando deleite ao protagonista. Matá-a é matar a própria angústia, a “imensa dor que sente” (lembrei-mo Legião Urbana agora, não sei por quê). Portanto, é um ato simbólico. Como também o fato de o golpe ter sido desferido contra a garganta. A agonia costuma silenciar as palavras ao oprimir a alma, e abri-la à força, à lâmina, é uma necessidade desesperante. Daí
    o protagonista ter assistido aos estertores do moribundo sentido-se “[…]feliz e aliviado. Muito aliviado”. O assassinato significa, por esse ângulo, soltar o verbo.

    Mas a angústia está entranhada no protagonista, que não consegue enxergar nenhuma cor na existência, seja a sua seja a de todos. Logo, ele é a própria angústia. Portanto, ele, simbolicamente, se mata, ou melhor, mata a angústia que lhe habita a alma. Ou supõe fazê-lo, em seus devaneios, achando “[…] lindo aquele momento que não aconteceu”.

    Há um detalhe na construção frasal que acentua o sentimento de angústia do protagonista e a habilidade autoral: a proposital repetição de vocábulos muio próximos e da conjunção aditiva E. Esse sentimento costuma causar na pessoa a tendência de reiterar constantemente todo o seu universo interior, e essas repetições servem para isso. Por exemplo, nesse trecho, com as palavras PESADO e NÓ (observe-se também a escolha das palavras repetidas, elas fazem parte do campo simbólico do angustiado): “Sentia-se PESADO. Inda mais PESADO era o NÓ em sua garganta. Deus! Como aquele NÓ era enorme[…]”. Outro exemplo, agora com a conjunção: “Recém anoitecera E o movimento mudara de famílias para adolescentes E suas tribos. Todos também alegres, com seus lícitos E ilícitos. Como desejava um bom vinho barato E quente agora”.

  12. rsollberg
    20 de fevereiro de 2015
    Avatar de rsollberg

    A narrativa é bem descritiva, o vocabulário é muito bom.
    O personagem intriga. A autor revela pouco de algo que parece bem complexo.

    No entanto, não consegui identificar bem o tema do desafio. Talvez um pouquinho de inveja nos parágrafos iniciais da segunda parte. Não consegui enxergar a ira, achei tudo muito cadenciado para isso. Na cama, olhando para o teto, preguiça? Talvez. Me pareceu mais resignação.

    Bem, desculpe-me se deixei passar algo. Realmente não consegui ver o “pecado”.

    De toda maneira, parabéns e boa sorte.

  13. Leonardo Jardim
    20 de fevereiro de 2015
    Avatar de Leo Jardim

    Prezado autor, optei por dividir minha avaliação nos seguintes critérios:

    ≋ Trama: (2/5) não entendi o instinto assassino do cara. Não ficou claro o motivo de ele querer matar, mesmo que tenha sido apenas na imaginação.

    ✍ Técnica: (2/5) achei a narrativa meio cansativa pra um conto pequeno. Foi o primeiro que eu pensei no meio se faltava muito pra acabar. Muitas descrições antes de vir o clímax. Na próxima, tente trazer a motivação mais cedo.

    ➵ Tema: (0/2) os pecados capitais passaram bem longe. Nem mesmo vi a ira, já que o “crime” foi a sangue frio.

    ☀ Criatividade: (2/3) é criativo.

    ☯ Emoção/Impacto: (3/5) descobrir no final que foi imaginação funcionou, mas fiquei chateado por não saber o motivo.

    Problemas encontrados:
    ● Inda mais pesado (Ainda)
    ● E ele não pode ser o único no mundo, portanto, não acredita na felicidade alheia. (faltou um “que”)

  14. Gustavo de Andrade
    19 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gustavo de Andrade

    “Deus! Como aquele nó era enorme; algo quase palpável. Não o deixava engolir ou respirar.” — essa digressão sobre o nó na garganta me pareceu desnecessária.
    A sequência frenética de períodos fez cansar em certos momentos.
    Quando chega no “até ele deseja (…)”, com o verbo no presente, parece que tá tudo bem mas ao mesmo tempo não. Eu tomaria cuidado com isso (visto que o parágrafo começa com “sentou-se”, pretérito).
    “E ele avulso, naquele cenário de protagonistas.” — gostei da frase.

    Quanto ao fim: apresentar toda uma situação como se ela não tivesse ocorrido é algo que eu acho muito perigoso. Faz com que tenhamos a sensação de inutilidade da leitura, como se fosse desnecessário/irrelevante nosso ato de ler este conto, já que ele (em seu próprio universo criado) não aconteceu. Dito isso, achei interessante a construção da personagem mas talvez tenha faltado solidez nos sentimentos narrados, uma vez que eu senti mais o frenesi do que uma construção psicológica de fato.
    Boa escrita 😉

  15. Thata Pereira
    19 de fevereiro de 2015
    Avatar de Thata Pereira

    Gostei do conto, apesar de achar que o tema foi abafado pelo sentimento que nomeou o conto. A angústia do protagonista sobressai pela forma como o(a) autor(a) narra a história. O pecado acaba sendo apenas um vulto.

    Boa sorte!!

  16. Jowilton Amaral da Costa
    18 de fevereiro de 2015
    Avatar de Jowilton Amaral da Costa

    Gostei do conto até quase o fim, até descobrir que foi apenas um sonho. Isso sempre me decepciona, gosto pessoal mesmo. O texto é melancólico, quase sombrio, tenho preferência a contos assim. A construção do primeiro parágrafo me pareceu estranha, deu uma travada na leitura, mesmo ele sendo bem curto, o resto fluiu bem. Boa sorte

  17. Luan do Nascimento Corrêa
    18 de fevereiro de 2015
    Avatar de Luan do Nascimento Corrêa

    A escrita dá forma aos sentimentos apresentados. Um enredo simples, mas cheio de vida. Muito bom!

  18. Andre Luiz
    18 de fevereiro de 2015
    Avatar de Andre Luiz

    Olá, caro Azevedo!
    Seu conto trouxe-me suspense e muita agonia, de forma que sua ótima construção de ambiente e sua boa escolha lexical imergem o leitor na trama. Contudo, há certo sentimento de incompletude no total, talvez pelo peso aplicado na narração e em detrimento aos diálogos. Parabéns!

  19. alexandre Cthulhu
    17 de fevereiro de 2015
    Avatar de alexandre Cthulhu

    realmente o medo é antecâmara do fracasso e devemos enfrentar os nossos medos para podermos ser mais fortes e evoluir. Posso dizer que li um bom conto
    Parabens

  20. Maurem Kayna (@mauremk)
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

    Até a cena do assassinato (sem motivação?) tudo é apenas contado, nada é “mostrado”. Não se tem pista nenhuma da origem da angústia (que não combina com a imobilidade do sujeito na praça) ou da raiva. E a solução do final – tudo não passou de um delírio(?) é batida demais.

  21. Rodrigues
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de Rodrigues

    Gostei do conto, as descrições conseguem realmente passar a sensação de desespero e solidão do personagem e, fora algumas passagens exageradas, achei a criação do cenário e a trama bem satisfatórias. O olhar amargo do personagem emula e homenageia histórias já bem famosas e que agora não me lembro, restando-me à memória os personagens principais de Crime e Castigo e O Apanhador no Campo de Centeio. O final cumpre a tarefa de aliar a falta de esperança do personagem a sua própria falta de coragem e a sua apatia. Com o sonho, a sensação de solidão de multiplica e num prisma de sensações estranhas o leitor termina a leitura. Bom conto.

  22. williansmarc
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de williansmarc

    Olá, autor(a). Primeiro, segue abaixo os meus critérios:

    Trama: Qualidade da narrativa em si.
    Ortografia/Revisão: Erros de português, falhas de digitação, etc.
    Técnica: Habilidade de escrita do autor(a), ou seja, capacidade de fazer bons diálogos, descrições, cenários, etc.
    Impacto: Efeito surpresa ao fim do texto.
    Inovação: Capacidade de sair do clichê e fazer algo novo.

    A Nota Geral será atribuída através da média dessas cinco notas.

    Segue abaixo as notas para o conto exposto:
    Trama: 6
    Ortografia/Revisão: 9
    Técnica: 7
    Impacto: 6
    Inovação: 6

    Minha opinião: Não consegui descobrir qual pecado capital foi abordado, considerando-se que angustia não é um deles, talvez tenha sido a irá, mas não tenho certeza. Dito isso, achei o conto mediano, não há nada que chame a atenção, a não ser essas boas descrições de angustia no inicio do texto.

    Acho que onde está escrito “Inda mais pesado” seria “Ainda mais pesado”, certo?

    Boa sorte no desafio.

  23. Alexandre Leite
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de Alexandre Leite

    Narrativa sortida de boas imagens e metáforas. Bom conto.

  24. Sidney Muniz
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de Sidney Muniz

    Gostei, mas também não gostei tanto…

    Gostei da primeira parte. Principalmente por ter me fisgado pela excelente narrativa e descrição desse sentimento, “a angústia”… beirou a perfeição a forma como que o autor(a) conseguiu retratar tão bem essa torturante aflição.

    Já para segunda parte senti que pecou em relação a narrativa, o que me afastou um pouco do texto. Não senti a mesma pegada, e até acho que houveram certos exageros como uma rima(proposital ou não)

    pescoço quebrado… – feliz e aliviado…

    Penso que se continuasse seguindo a linha inicial teria me conquistado por completo.

    Trama (1-10)=7,5
    Narrativa (1-10)=7,5
    Personagens (1-10)=8
    Técnica (1-10)=8,5
    Inovação e ou forma de abordar o tema (1-5)=4
    Título (1-5)=5 gostei muito do título.

    No mais dou-lhe os parabéns desejo sorte no desafio.

  25. Ricardo Gnecco Falco
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de Ricardo Gnecco Falco

    Um conto “Dexteriano” (os entendidos entenderão…). Achei só que faltou explicitar um pouquinho melhor os motivos que levaram o protagonista a idealizar tanto e de tal forma o assassinato imaginário.
    Boa sorte no certame,
    Paz e Bem!

  26. Virginia Ossovski
    15 de fevereiro de 2015
    Avatar de Virginia Ossovski

    Gostei das reflexões sobre o narcisismo e egocentrismo das pessoas, acho que está completamente certo, rsrs. O narrador consegue passar toda a angústia do personagem, só não captei muito bem quem era o fantasma que ele quis assassinar e por qual motivo. Acho que a intenção foi deixar isso no ar, e foi muito bem feito, sucesso no desafio !

  27. Gustavo Araujo
    14 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gustavo Araujo

    Não há dúvidas sobre a perícia do autor com as palavras. Conto muito bem escrito, com um quê intimista e, em alguns trechos, flertando com a poesia. Achei bacana a construção paulatina da raiva — e nesse sentido devo dizer que o título do texto funciona bem para despistar o leitor; cheguei a pensar que o conto deveria se chamar “Melancolia” — eis que, vagarosamente, o protagonista vai-se enchendo de indignação até romper com as convenções sociais e simplesmente dá vazão aos seus sentidos mais primitivos. Nesse aspecto, especialmente pelo final, lembrou-me um pouco o antigo curta metragem “Trancado por Dentro” (http://youtu.be/Dh4kcTOR1TM).
    Por fim, devo dizer que o único senão deste texto fica por conta da ausência de empatia que o leitor poderia sentir pelo protagonista. Culpa, naturalmente, do limite imposto pelas regras do certame. De todo modo, no geral, um conto elaborado de forma competente e que vai além do esperado.

  28. Gilson Raimundo
    13 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gilson Raimundo

    Muito eloquente a narrativa, em momento algum se pode imaginar que tudo não passa de um sonho. O final foi uma surpresa. Pensei que o cara fosse um maníaco que mataria todos na praça.

  29. rubemcabral
    12 de fevereiro de 2015
    Avatar de rubemcabral

    Bom conto: bem escrito, com algumas frases inspiradas. Contudo, não o apreciei muito talvez pelo excesso de introversão, de tantas reflexões. Penso que talvez alguns diálogos ou alguma divagação fora do foco central do protagonista teriam sido bem-vindos para causar certo efeito dinâmico.

  30. Anorkinda Neide
    12 de fevereiro de 2015
    Avatar de Anorkinda Neide

    Ahhh um final brochante!hihihi
    Não vi um pecado ae no enredo… a princípio é um conto de assassinato. E ponto.
    Tem alguns problemas de linguagem que o treino e a leitura constante vão aperfeiçoando.
    Boa sorte

  31. Claudia Roberta Angst
    11 de fevereiro de 2015
    Avatar de Claudia Roberta Angst

    É lindo quando um momento pecaminoso acontece em sonho Toda a ira posta para fora, assassinando motivos e razões desconhecidas, e depois perceber que nada passou de um sonho. Acho que todos temos esses pecados guardados em uma caixa reservada no fundo da alma. Alguns abrem a caixa de vez em quando e pecam lindamente. Outros, consomem-se em uma tentativa inútil de se manterem ilibados (olha a contaminação da novela aí, gente…rs). Enfim, o personagem, um sujeito normal chegou ao final do conto ainda mais normal, ou digamos, humano. Com ódio por não ter tido a coragem de realmente por a raiva para fora, cometendo um pecado capital.
    O conto está bem escrito, talvez algumas passagens causem um certo tédio,mas há realmente uma linha de narrativa baseada no pecado. Boa sorte!

  32. Rodrigo Forte
    11 de fevereiro de 2015
    Avatar de Rodrigo Forte

    Achei o conto extremamente bem escrito e apesar de cair um pouco no velho clichê do personagem que sonha durante todo o tempo,ainda assim consegui gostar bastante dele. Mesmo porque, fugir de clichês e coisas que já aconteceram é extremamente difícil, e a originalidade da narrativa é o que faz com que tudo se torne interessante. Parabéns pelo conto e boa sorte!

  33. Brian Oliveira Lancaster
    11 de fevereiro de 2015
    Avatar de Victor O. de Faria

    Meu sistema: EGUA.
    Essência: um misto de inveja com terror contemplativo. Nota 9,00.
    Gosto: o narrador onisciente é interessante, mas não gostei de certas construções, apesar do cenário ser habilmente descrito. Os parágrafos não estão concisos, ora pequenos, ora grandes demais. A escrita flui e nos conectamos facilmente, mas não me cativou por inteiro. Nota 7,00.
    Unidade: as divisões de cenas me incomodaram um pouco. Nota 7,00.
    Adequação: subjetivo, mas quase fugiu se comparado ao final. Nota 7,00.
    Média: 7,5.

  34. mariasantino1
    11 de fevereiro de 2015
    Avatar de mariasantino1

    Olá! Tudo bem?
    Essa melancolia e as reflexões que você inseriu em seu texto são muito interessantes. Gostei bastante do que disse acerca do carro novo e sobre as pessoas que não enxergam o outro. A ira no ato que não ocorreu me deixou ligadona, mas infelizmente o fato de ser apenas imaginação não me agrada muito, mas é bom pensar no poder que nossa mente possui a ponto de nos fazer crer e sentir algo que não existe, que não está lá. Enfim… Fico tentada a sugerir algo na primeira frase que abre o conto, e falar sobre um ou dois deslizes, mas vou me prender no pano de fundo do conto, que foi ausência de coragem, covardia…Preferia que estivesse centrado na preguiça, ou na ira, mas não foi assim. Também desejaria que houvesse mais do personagem do seu conto, pois tudo o que você ofereceu instigou a minha curiosidade.
    Parabéns pelo conto! A Solidão ficou bem demarcada.
    Boa sorte neste desafio.
    Abraço!

  35. Sonia Rodrigues
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de Sonia Rodrigues

    Um sonho é pecado? Acho que não. O conto não contempla o tema do desafio.
    Sentir angústia não é pecado, sonhar não é pecado, e, como sabem os psiquiatras, a morte e os assassinatos em sonhos são símbolos, são outras coisas.

    O português é bom, o desenvolvimento do conto foi linear, o final inesperado, e o começo poderia ser outro. A primeira frase é muito confusa.

  36. JC Lemos
    9 de fevereiro de 2015
    Avatar de JC Lemos

    Sobre a técnica.
    Muito boa! Estou ficando sem palavras para descrever as técnicas tão bem trabalhadas do certame. Certamente esse é o melhor em termos técnicos.

    Sobre o enredo.
    Gostei mais pelo final do que pelo conto em si. O trajeto até o fim foi meio monótono, achei um pouco desinteressante. Até chegar o final, e fazer o texto valer a pena.
    Bom conto!

    Parabéns e boa sorte!

  37. Gustavo Aquino dos Reis
    9 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gustavo Aquino dos Reis

    Bom conto. O final é de lascar,

  38. Tiago Volpato
    9 de fevereiro de 2015
    Avatar de Tiago Volpato

    Eu não sou muito fã de texto descritivo, mas o seu tem qualidades. Um pequeno deslize que percebi no quarto paragrafo “Caminhou. Caminhando não reparou”. Esse primeiro caminho podia ter sido cortado, pois já sabemos que ele caminhou. Fora isso achei bom.

  39. Mariana Gomes
    9 de fevereiro de 2015
    Avatar de Mariana G

    O talento do autor(a) é evidente, contudo achei o fim um pouco caído, não muito surpreendente, mas o resto é bom. Parabéns e boa sorte!

  40. Thales Soares
    8 de fevereiro de 2015
    Avatar de Thales Soares

    Eu acho que faz uma falta gigantesca a imagem de acompanhamento de um conto. Fico meio desanimado quando vou ler um conto sem a imagem, pois, para mim, é o mesmo que ler uma história sem o título.

    O texto está bem escrito, porém, não me cativou. Achei meio cansativo a leitura. A história também não me chamou a atenção. Mas tudo isso é totalmente questão de gosto. Tenho certeza que muita gente vai gostar, e o autor receberá seu merecido mérito. Desculpe pela analise pobre, mas é que eu acho difícil comentar contos como este.

  41. Luis F. T.
    8 de fevereiro de 2015
    Avatar de Luis F. T.

    Errrr… quis dizer “Narração consistente”. 😛

  42. Luis F. T.
    8 de fevereiro de 2015
    Avatar de Luis F. T.

    Narração consiste. Apresenta alguns poucos erros gramaticais, mas que de forma alguma prejudica a leitura. Quanto a história, acredito não ter compreendido bem o final, o que contrasta talvez com o fato de eu ter achado a abertura / introdução espetacular, rs. De qualquer forma, está de parabéns!

  43. Alan Machado de Almeida
    8 de fevereiro de 2015
    Avatar de Alan Machado de Almeida

    Gostei do conflito do personagem, não tenho o que reclamar desse conto. Só que, infelizmente, a história não me cativou. Não sei bem o porquê.

  44. Cácia Leal
    7 de fevereiro de 2015
    Avatar de Cácia Leal

    Nossa, me desculpa a sinceridade, mas o último parágrafo estragou o conto! Ele estava lindo, maravilhoso, espetacular!… O modo de escrever impecável, com esmero… muito bem escrito. Eu á o estava imaginado um serial killer… me decepcionei ao final. Mas sua escrita é excelente! Adorei o jeito como vc escreve. Parabéns!

  45. Fabio Baptista
    6 de fevereiro de 2015
    Avatar de Fabio Baptista

    Olá,

    Até as estrelinhas eu estava achando bem fraco, principalmente a técnica, com dois adjetivos para cada substantivo.

    Depois achei que melhorou bastante, ou talvez eu tenha mergulhado melhor nas reflexões do personagem. Essa solução de um crime (assassinato) repentino já foi usada algumas vezes aqui (no meu conto, inclusive) e já não surpreende mais.

    Porém, a revelação de que tudo era um devaneio, acabou surpreendendo.

    A frase que encerra o conto é muito boa.

    Veredito: bom conto.

  46. Pedro Coelho
    6 de fevereiro de 2015
    Avatar de Pedro Coelho

    É um bom texto e aborda vaidade e inveja de forma sutil e inteligente.Começa um pouco enrolado e termina um pouco enrolado. Mas em grande parte é bem construído. Tratou com simplicidade excessiva o assunto complexo do assassino, mas realmente, míseras 1000 palavras dificultam bastante qualquer complexação. Texto diferente e que fala bem de vários assuntos em pouco espaço.

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Publicado às 6 de fevereiro de 2015 por em Pecados e marcado .