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Detox Literário.

O Sustentável Peso do Ser – Conto (Sérgio Silva)

– Márcia, tenho uma novidade para você. Decidi abandonar a minha vida sedentária – disse Fábio, ao chegar na sua casa após um exaustivo dia de trabalho. Márcia, sua esposa, enquanto ensaboava um copo, após usá-lo para beber leite com achocolatado, voltou o rosto para Fábio, ofereceu-lhe os lábios, os quais ele beijou, e esperou pelo complemento da notícia. – O meu estilo de vida está me matando.

– Enfim você reconheceu que precisa de reformas. – comentou Márcia, sorrindo em tom de leve censura.

– Por favor, Márcia… Poupe-me das piadas e dos sermões. Você me alertou para o meu estilo de vida, sedentário, que me prejudica. Vou de carro daqui até o escritório; de carro, do escritório volto para casa; de carro, vou à padaria, que fica no outro lado da rua; de carro, vou à banca de revistas do Manoel, que fica lá na esquina; daqui até lá, um pulo, com a perna esquerda, para ir, e um pulo, com a perna direita, para voltar. E eu, de carro… Quer saber, Márcia, o que me aconteceu, hoje, e me fez mudar de atitude? Tive de andar uns setecentos metros, mais ou menos, do escritório até o cartório… Mal me aguentei em pé ao chegar ao cartório. Cansado, mal consegui respirar. Ofegante, diante da mocinha do cartório, não me recordo se a Fátima, se a Evelyn, que me fitava, esperando que eu lhe dissesse o que eu desejava, fitei-a, sinalizei que atendesse uma mulher que chegou logo após eu, e sorri, constrangido. Ela sorriu, e atendeu à mulher. Pouco depois, ou Evelyn, ou Fátima, eu já recomposto, atendeu-me. Márcia, mal consegui andar setecentos metros! Como cheguei a este ponto!? Escreva o que digo: Perderei estes pneuzinhos…

– Pneuzinhos?

– Não zombe. Tire esse sorrisinho da cara. São pneuzões de caminhão, os que perderei, e os perderei antes do Natal. É uma promessa. Se eu ficar como estou, confundir-me-ão com um leitão, ou com um peru. Você se surpreenderá. Ficarei esbelto como um galã de novela.

No dia seguinte, no café-da-manhã, Fábio, para surpresa de Márcia, fez uma refeição frugal: duas fatias de torrada com geléia de cereja, uma pêra, seis uvas e um copo de laranjada.

– Pelo visto, Fábio, ontem você falou sério – comentou Márcia, surpresa e contente.

– Bote fé, Márcia, o regime é pra valer.

Fábio foi até o escritório, a pé, distante mil e duzentos metros da sua casa. Exausto, sentou na cadeira, e permaneceu sentado durante cinco minutos, para renovar as energias consumidas durante a caminhada. Colegas de trabalho não perderam a oportunidade de convertê-lo no alvo de piadas preferencial durante a manhã. Fábio, de bom humor, embora constrangido, ouviu-as, e divertiu-se com as contadas por Josué, dotado de senso de humor irresistível.

No almoço, no restaurante em frente ao escritório, Fábio sentou-se à mesa. Carlos, o garçom, atendeu-o:

– O de sempre, Fabião?

– Não, Carlos. Traga-me cinco grãos de arroz, três grãos de feijão, duas folhas de alface, quatro fatias de pepino, seis fatias de tomate, e, para beber, meio copo de vinho.

– E os oito bifes de alcatra, Fábião?

– Não quero bife.

– Não quer bife? – perguntou-lhe Carlos, surpreso. – E as quinze coxinhas de frango?

– Esqueça-as, Carlos. Esqueça-as. Não quero ver cheiro de carne.

– O que você comerá de sobremesa?

– Gelatina de limão.

– Gelatina de limão, Fabião!?

– Eu disse gelatina de limão, então é gelatina de limão.

– Você está doente?

– Não.

– Você está bêbado?

– Não.

– Você fumou maconha? Cheirou cocaína? Entupiu-se de crack?

– Não! Não! E não!

– E o pudim, e o doce de coco, e o bolo de chocolate, e o rocambole, e o brigadeiro, e o doce de leite, e a marmelada, e a goiabada com queijo, e a maria-mole, e a teta-de-nega…

– Gelatina de limão, Carlos. Gelatina de limão. Entendeu? De limão. Gelatina de limão.

– E essa agora! Se eu contar para o gerente, ele vai me demitir.

– Deixe de conversa fiada, e traga-me a comida.

– Comida!? Que comida, Fabião? Continue assim, e você aprofundará a crise econômica internacional. Espero que ninguém siga o seu exemplo. Você está de regime?

– Estou – a voz áspera de Fábio fez com que Carlos o olhasse com estranheza.

– O mundo está de cabeça pra baixo – sentenciou Carlos, que ficou de costas para Fábio, e afastou-se, abismado.

Nos dias seguintes, Fábio repetiu essa refeição, para surpresa e espanto de todos.

– Você emagrecerá mais rápido, Fábio – disse-lhe Márcia, uma semana depois -, se praticar um esporte. Que tal ir à academia? A na qual a irmã da Jéssica faz ginástica é ótima, disse-me minha irmã.

– Emagreci?

– Um pouco. Se você se mexer mais, emagrecerá mais, e mais rapidamente. Você pesava cento e vinte e oito quilos; agora, pesa cento e vinte e sete quilos e oitocentos e noventa gramas.

– Virou piadista, mala-sem-alça?

No dia seguinte, Fábio, na academia de ginástica, na sala de musculação, exercitou-se até encharcar a camisa de suor e exaurir as energias.

Encerrados os exercícios, satisfeito com o seu desempenho e com o seu esforço, Fábio mirou-se ao espelho. Irreconhecível, a sua figura. Era o Fábio, o Fábio de sempre. A camisa banhada em suor, ele pensou, era uma recompensa pelo esforço aplicado durante uma hora de exercícios físicos. Sorriu, exultante. Sentia-se outro homem. Saudou a professora, despediu-se dela e dos outros sete alunos, pegou da toalha, enxugou os cabelos ensopados de suor e removeu o suor que lhe porejava o rosto e o pescoço. Retirou-se da academia. Deu não mais do que vinte passos, olhou para o outro lado da rua, e exclamou:

– Ninguém é de ferro! Sou filho de Deus!

Ato contínuo, atravessou a rua, e entrou na lanchonete, e devorou, em dez minutos, com voracidade animalesca, três x-tudo, dois pastéis de carne, duas coxinhas de frango, um quarto de uma torta, e sorveu, sedento, de uma garrafa, dois litros de refrigerante de laranja.

24 comentários em “O Sustentável Peso do Ser – Conto (Sérgio Silva)

  1. Pedro Paulo
    29 de março de 2024

    Achei o título uma ótima sacada e curti o bom humor que permeia os diálogos, o sarcasmo da esposa e a descrença do garçom. Também achei que teve uma boa dosagem da hipérbole. Eu nunca li Rabelais, mas conheço a fama do seu personagem Pantagruel e por um momento me diverti com a ideia do glutão que faz dieta, como é o caso aqui.

    Apesar do que gostei, também acho que o texto poderia ter sido enxuto. E compartilhei da dúvida do Renato quanto à condição do texto entre crônica e conto, mas concluo que se trata de um conto, pela existência de um conflito estabelecido desde o início, mesmo sendo algo prosaico. Foi um texto majoritariamente bem escrito que não me prendeu muito, mas que achei fácil de ler, fluido.

    Agora que comentei, estou pensativo. Quando li, pensei em não registrar comentário por não achar que tinha o que dizer, também me perguntei se cabia uma avaliação fora de certame… bem, quero ser um leitor contribuinte na área OFF, então cá está o registro. Mantenhamos o fluxo de textos!

  2. Marco Aurélio Saraiva
    24 de março de 2024

    Conto bem humorado, com tema bem escolhido, já que provavelmente vai atingir uma grande maioria dos leitores. Quem nunca viveu essa lut, afinal?

    Gostei da leitura leve e caricata. Os exageros da narrativa são um convite para “não levar nada disso aqui a sério”. Foi quase como se eu estivesse assistindo a um show de stand-up. Curti, rendeu algumas boas risadas!

    Ao mesmo tempo, porém, fiquei com aquela sensação de que o conto não foi “nada de mais”. Uma leitura agradável, porém esquecível… eu diria. Não trouxe nenhuma novidade, nada fora do comum. Por outro lado, entendo que esta é uma visão mais pessoal, pode ser só o meu gosto mesmo.

  3. Renato Silva
    24 de março de 2024

    Gostei. Curto, objetivo e divertido.

    Lá vou entrar nessa discussão de novo… por acaso, seria uma crônica? Uma estória do cotidiano, bem humorada e cheia de ironia.

    O texto tá bem escrito. Os diálogos são rápidos e certeiros. E falar aquele monte de comida em certas horas do dia chega a ser maldade; ainda bem que li depois da minha última refeição diária.

    E se eu fosse o Fábio, daria uma maneirada na comilança. Chega uma hora que o coração não aguenta. Vai virar atração do programa “Quilos mortais”.

  4. Regina Ruth Rincon Caires - Caires
    23 de março de 2024

    É um texto divertido, sem dúvida. O autor escreve em linguagem simples, usa expressões coloquiais e isso aproxima o leitor disposto a se divertir. Gosto disso.

    Engraçado como essa batalha de perder peso convoca tantos soldados, não é? Eu estou nessa. Fico espantada quando alguém deixa de beliscar qualquer alimento “para não atrapalhar o almoço”!!! Isso nunca aconteceu comigo! Eu belisco, eu como, eu belisco, eu como e ainda almoço! Sem qualquer problema.

    Percebi que você utiliza um narrar “hiperbólico” no seu conto. Mas isso é bom, leva o trabalho  ainda mais para o lado da comédia. O normal não choca, não atrai.   

    O fato de ser prolixo pode ser uma característica da sua produção. Não é defeito, só exige mais cuidado do que escrita concisa. Só isso.

    Parabéns pelo trabalho, Sérgio!

    Abração…

  5. Andre Brizola
    20 de março de 2024

    Olá. Sérgio!
    Sou fã de contos bem humorados, e o seu se encaixa no gênero. Achei divertida a forma “escandalosa” de apontar o quando o personagem estava gordo e sedentário, e acho que o absurdo da narrativa vai num tom bem condizente. É um texto leve, ligeiro e, de certa forma, até um tanto crítico, pois deve ter atingido no ego de uns 85% dos leitores…. no meu foi em cheio.
    Creio que alguns diálogos foram um pouco além da normalidade, mas nada que tenha me incomodado. Como disse, assumi para a narrativa um tom meio absurdo que encontro nessas novas comédias do cinema nacional, em que os textos são todos amplos, cheios de metáforas e comparações, e entendo que seu conto foi mais ou menos nessa linha. Algo meio “A Grande Família”.
    Como senão, deixo apenas uma sugestão para tentar reduzir a quantidade de vezes que o nome do personagem aparece no texto, pois isso ficou meio estranho. A quantidade de vezes que “Fábio” aparece no conto (e Márcia, no início) é até meio assustadora.
    Mas é isso aí. Conto divertido que desce que nem coca cola gelada num final de expediente. Parabéns!

  6. fabiodoliveirato
    17 de março de 2024

    Buenas, Sérgio!

    Achei as críticas dos colegas pertinentes, então vou reforçar algumas.

    Sobre os diálogos, a falta de naturalidade faz com que o leitor se afaste do conto. E, sem a imersão do leitor, a leitura se torna mais apática, fria, e o alcance do conto diminui. Procure criar diálogos mais naturais. Imagine-se conversando com sua esposa (pode ser imaginária, hahaha), na mesma situação, e como as coisas seriam ditas entre vocês. Visualizar a ideia ajuda muito.

    Sobre a escrita, achei-a boa, está indo num bom caminho, mas tendo a concordar com a Priscila sobre a lapidação. Em alguns momentos, você chega perto da narrativa prolixa, neste trecho da abertura: “voltou o rosto para Fábio, ofereceu-lhe os lábios, os quais ele beijou”. Isso poderia ser resumido em: “aceitou o beijo do marido” ou algo semelhante. A narrativa prolixa faz com que a leitura se torne cansativa. Temos a impressão que detalhar todas as cenas torna a narrativa mais rica, mas isso não é verdade. Precisamos pensar no impacto que aquelas cenas farão nos leitores. E se o detalhamento daqueles cenas são importantes para o conto. Ações corriqueiras dos personagens geralmente não são tão importantes, a não ser que o objetivo seja mostrar a rotina de determinado personagem porque isso é importante para a história.

    Sobre a história, ela entretém, mesmo que não seja original. Não tive o mesmo estranhamento do Rubem diante a surrealidade dos fatos, nem tudo precisa se justificar num conto, principalmente quando é algo que atrapalharia a leitura. Até gostei. Deu um charme. Aqui entra uma questão interessante que é importante saber como autor: nem todas suas decisões criativas irão agradar os leitores. Pode agradar um, enquanto desagrada outro. Sabendo disso, precisa ter firmeza na hora de tomar suas decisões. Assim, você começa a encontrar sua voz como escritor, seu estilo, sua identidade, sabe?

    Pessoalmente, não posso dizer que o conto me agradou. A leitura foi cansativa e o conto é pequeno. E o trocadilho com o título me pareceu um pouco forçada. Naturalmente, o leitor vai esperar alguma relação com a obra de Kundera. É uma faca de dois gumes usar esse tipo de referência. Precisa ter cacife literário pra atender as expectativas que os leitores criarão. Se não, acho que permanecer na humildade é uma boa alternativa, hehe.

    Continue escrevendo, Sérgio!

    • sergioricardosite
      17 de março de 2024

      Bom dia, Fábio. E obrigado pelo comentário, que me são de valor. Estou longe de ser aquele autor que só quer saber de elogios e de leitores que gostem do que ele escreve. Longe disso. Escorrego na prolixidade, reconheço. Já me vi apagando e reescrevendo textos, uma, duas, ou mais vezes, e ao entender que estão de bom tamanho, releio e… ainda estão prolixos. E seguirei escrevendo… Até mais.

  7. rubem cabral
    16 de março de 2024

    Olá Sérgio.

    Achei divertido o conto, pois ele pinçou bem uma situação corriqueira à maioria das pessoas e desenvolveu a contento a trama.

    Alguns dos leitores acima acharam os diálogos um pouco duros e apontaram também alguns poucos erros, o que é um feedback valioso. Eu me incomodei, no entanto, com o surrealismo do conto, por não ver/encontrar nenhuma referência a algo que se passasse fora de nossa realidade. Eu entendo que o exagero é parte do humor, então se fosse um desafio temático, não retiraria pontos por isso.

    Então, oito bifes num almoço, pedir por grãos de arroz e de feijão, e a lista gigante de sobremesas ficaram um pouco “fortes” para mim, mas apenas porque não encontrei no conto elementos que insinuassem algum surrealismo antes, por parecer que o texto estava plantado em nossa realidade do dia a dia.

    Abraços!

    • sergioricardosite
      17 de março de 2024

      Bom dia, Rubem. Obrigado pelo comentário. De fato, usei de exagero para fazer o humor. Tenho este hábito. Vejo no exagero uma forma de graça. Acho eu que seja um pouco influência dos filmes do Chaplin, do Gordo e o Magro, e de alguns outros filmes de que muito gosto. E até a próxima.

      • Renato Silva
        25 de março de 2024

        Como fã de comédias clássicas e desenhos animados, essas cenas conseguem me divertir bastante.

        Nos animes, tem uns recursos gráficos de humor que é mostrar os personagens em SD, ou escorrendo uma gota enorme de suor na têmpora, tem o caindo para trás ou o chorro em “torrentes”. Muita gente vê isso e não entende, mas são estes elementos que tornam as cenas mais engraçadas. Claro, isso vale para quem gosta e já se acostumou com a linguagem dos animes.

  8. Antonio Stegues Batista
    16 de março de 2024

    O recurso escolhido pelo autor para dar informações por meio de diálogos, é meio chato, mas é válido, nada contra. Em vez de ser o narrador anônimo que explica a cena, é o personagem Fábio contando para a esposa (que já sabe) mas mirando o leitor. Gostei da história de Fábio, um homem sedentário que só usa o carro para se locomover. Ele resolve fazer dieta mas não aguenta por muito tempo. Algumas frases são brilhantes, outras, opacas. Devemos sempre procurar as palavras certas para uma frase ser marcante, clara, refinada. Parabéns pelo conto.

    • sergioricardosite
      17 de março de 2024

      Obrigado, Antonio. Anotei as suas observações, que me são de grande valor para pensar o que escrevo. Sigamos. E mais uma vez: obrigado.

  9. Kelly Hatanaka
    15 de março de 2024

    Esta história conta com o poder da identificação. Quem nunca seguiu uma dieta maluca que estava fadada a dar errado? Uma típica dieta de privação tão intensa que a única coisa possível de se perder em duas semanas são mesmo 15 dias e a vontade de viver? Pois…

    Gostei do seu conto, divertido e bem conduzido. A linguagem, por vezes formal demais, combinada com elementos bem coloquiais, causou um enfeito interessante.
    Como todo bom humor, há aí uma tragediazinha escondida: a sabotagem geral que sofre todo gordinho que decide perder peso (e eu posso falar “gordinho” pq sou tbem: tenho lugar de fala). Começa com a descrença e a chacota geral e termina com a autosabotagem deslavada.

    Parabéns!

    • Kelly Hatanaka
      15 de março de 2024

      Efeito, não enfeito, jesuis…

    • sergioricardosite
      17 de março de 2024

      Bom dia, Kelly. Quem nunca fez uma promessa e a descumpriu. Eu, que sou um homem sensato, só faço promessas que posso cumprir. Por exemplo: ficar um ano sem comer berinjela. Obrigado. E até logo.

  10. Priscila Pereira
    15 de março de 2024

    Olá, Sérgio! Tudo bem?

    Gostei do conto, bem divertido 😅

    O título foi muito bem sacado. Coitado do Fábio, a força de vontade as vezes não é suficiente.

    O conto está bem escrito e bem revisado, mas precisa de uma melhor lapidação. Ex.: “chegou logo após eu” ficaria muito melhor de ler: “chegou logo depois de mim” e também: ” A na qual a” ficaria melhor simplesmente “onde”.

    Uma dica que dou é ler o conto em voz alta e vá arrumando tudo que não soa tão bem. 

    A história é bem legal e você conseguiu dar o tom de humor de uma forma bem legal! Parabéns!

    Até mais!

    • sergioricardosite
      17 de março de 2024

      Obrigado, Priscila, pelos comentários. Fico feliz que tenha gostado do conto. Aos poucos vou lapidando o meu estilo. Até a próxima.

    • Renato Silva
      25 de março de 2024

      Vou dar uma dica que venho usando: Jogo o texto no gerador de voz do Climpchamp e ele lê pra mim. Faço isso por 3 motivos: Não quero ser ouvido pelos vizinhos, ler em voz alta tira minha atenção do texto e preguiça.

  11. Gustavo Castro Araujo
    15 de março de 2024

    Bem, quem nunca passou por algo parecido, que atire a primeira pedra kk O conto é divertido, mas penso que poderia ser mais. É que a linguagem um tanto formal do Fabio e da esposa Marcia acabaram travando a leitura. É um conto dos anos 2020, mas com personagens que falam como se estivessem em 1940. Penso que um pouco mais de naturalidade cairia bem, até porque quando conversamos, não obedecemos às normas da língua culta, não é mesmo? É disso que esse conto precisa, um pouco de subversão gramatical, para refletir o jeito “normal” como todo mundo fala.

    • sergioricardosite
      17 de março de 2024

      Obrigado, Gustavo. Procuro um equilíbrio entre a linguagem mais natural e a mais formal, nem sempre com o resultado esperado. E vamos em frente.

  12. Angelo Rodrigues
    15 de março de 2024

    Olá, Sérgio.

    Conto legal de ler. Parece que o Fábio sobrescreveu a curva dos que entram na luta para emagrecer e acabam desistindo, voltando à comilança.

    Parabéns pelo conto.

  13. Givago Domingues Thimoti
    15 de março de 2024

    Olá, Sérgio Silva!

    Boa tarde! Espero que esteja bem! Muito bom ler o primeiro conto do período off entre os desafios. Após respirar com muita dificuldade depois de um caminhada de 700 metros, Fábio resolve mudar de vida! Adeus sedentarismo, olá vida saudável!

    Seu conto é veloz por conta dos diálogos. Acho que eles são o grande ponto forte do conto; são bem construídos e verosímeis, sabe? Não são forçados e de fato parecem que poderiam ser ditos por pessoas normais.

    Acho também que você conseguiu mostrar bem a luta de uma pessoa com problemas de peso em seguir uma rotina de exercícios e alimentação baseada, com leveza (o que achei positivo) A recaída nos podrões também, justificada pelo “eu mereço, também sou filho de Deus!”.

    Enfim, é uma história escrita de forma leve e competente, sem grandes deméritos.

    PS: acho que minha única crítica seria essa referência ao livro do Milan Kundera, A Insustentável Leveza do Ser. Teve um ar de trocadilho, mas eu achei meio sem graça, sabe?

    Parabéns!

    • sergioricardosite
      17 de março de 2024

      Bom dia, Givago. Obrigado pelo comentário. De fato, fiz uma piadinha com o título do livro do Kundera.

E Então? O que achou?

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Informação

Publicado às 15 de março de 2024 por em Contos Off-Desafio e marcado .