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Detox Literário.

Praga na vizinhança (Claudia Roberta Angst)

Já tendo ultrapassado meio século de existência, Carmella revela-se mais um caso de beleza tombada pelo tempo. Esse, no entanto, não é de longe o seu maior problema. Não parece se importar com a aparência, pois descarta qualquer filtro, seja do Instagram para o rosto, seja de bom senso para o que fala. 

Adentra esbaforida o hall do prédio, bolsa cruzada no corpo, e sacola escorregando das mãos.   

– Ei, ei, segura o elevador pra mim!

E ela vem, toda trabalhada na estampa selvagem, batom avolumando beiço já sem máscara, sorriso de quem está acostumada a receber raros nãos. Bufa ao ver a porta do elevador se fechando.

– Pode não, Dona Carmella. Regras do condomínio – adverte o porteiro, devidamente mascarado.

–  Bobagem, Tide. Deus tá no comando.

– Mas não custa dar uma ajudinha ao Homem lá em cima, né, dona…. Como dizem na TV: máscara, álcool gel e nada de ajuntamento.

– Ai, ai, lá vem esse papo de comunista robotizado. Vai confiando nesse povo da TV, vai.

– Até eu receber a vacina, tenho sossego não…

– Doidinho para virar jacaré, né?

– Viro até a Cuca, o Boitatá, todos os bichos juntos, só quero é ficar bem longe dessa praga – e depois de uma pausa dramática, solta como um suspiro – Viu o que aconteceu com Mainha? 

Carmella bufa novamente, impaciente, a sacola pesa, o sorriso se esvai. Lembra-se do ocorrido com a mãe do funcionário do prédio. Falecida há menos de três meses. Uns diziam ter sido falta de Deus no coração, outros apostavam em simples falta de sorte.

– Foi uma triste fatalidade.

– Depois de 500 mil tristezas, não dá mais pra falar em fatalidade.

– Ninguém morre de véspera.

– Mas como dizia Mainha, todo dia é a véspera de alguém.

–  Morre gente também por outras causas…. tipo o Dr. Olavo do 52.

– Covid.

– Não foi enfarte? E a Manuela da padaria, tão jovem….

– Covid.

– Vai dizer que Dona Yvone e Seu Germano…

– Covid… covid.

Carmella engole as palavras, buscando argumentos.

– Mesmo assim, Tide, tem muito exagero nessa história.

– Pois quero é que minha vida seja um exagero de longa.

Nisso, chega o casal do 63 com ares de muitos e bons amigos.

– Boa tarde, Seu Antunes. Sua filha passou aqui mais cedo.  

– Pois é… A fila da vacinação estava grande, mas valeu…. ambos vacinados.  

– Que beleza! Não vejo a hora de chegar a minha vez

– Já tomou, Dona Carmella?

– Ainda não…

O casal se entreolha procurando uma motivação para calar o espanto. Seguem para o elevador acenando um adeus fictício.

– Pronto, esses dois não morrem mais! – comenta Carmella, entre sarcástica e debochada.

Aristides, sem distinguir o tom descarrilhado, sorri e pisca os olhos miúdos e experientes de tanto ver.

– Morrer vão sim, que é a sina de todo ser vivente… Só não precisa ser de….

– … ?

– É.

Carmella ajeita a máscara no rosto e desfaz o sorriso por trás da trama do tecido duplo. Com um aceno tímido se despede do porteiro e segue seu rumo. Pela escada.

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26 comentários em “Praga na vizinhança (Claudia Roberta Angst)

  1. Fernanda Caleffi Barbetta
    26 de julho de 2021

    Oi, Claudia, muito bom o seu texto, bastante atual e divertido, apesar de trágico, pelas circunstâncias.
    Adorei os diálogos, daqueles que parece que a gente entrou no prédio junto com os personagens e ficou observando, tamanha a verossimilhança com a realidade.
    Logo no começo, a expressão “revela-se mais um caso de beleza tombada pelo tempo” me confundiu, pois li como se ela tivesse uma beleza mantida pelo tempo, já que quando algo é tombado significa que foi preservado… uma coisa levou a outra na minha cabeça, mas logo entendi na frase seguinte.
    Outra cosa que em incomodou é que vc diz que ela não se importa com a aparência, mas aparece de estampa selvagem e batom avolumando beiço… pareceram duas personagens diferentes. Apersar disso, os personagens são muito bem caracterizados, cada um no seu estilo, com modos de falar próprios.
    Na parte do elevador, quando diz “E ela vem”, vc coloca o narrador dentro do elevador… não seria melhor e ela vai?
    Apesar dos apontamentos, achei seu texto ótimo. Bjs

  2. Kelly Hatanaka
    25 de julho de 2021

    Eita, um conto muito atual, infelizmente!

    Fui lendo e pensando em muitas Carmellas…

    Muito bom, uma crítica pertinente, atual e feita de forma leve, embora direta.

  3. Fabiano Sorbara
    18 de julho de 2021

    Pior de tudo é que seu conto acontece na vida real todos os dias e a toda as hora. Povinho que não aprende.
    Quanto a narrativa, a proposta dela funcionou bem. Flui facilmente. Não observei nada que eu mudaria no texto. Muito bom!

  4. Amarelo Carmesim
    18 de julho de 2021

    Personagem principal bem construída na questão física e emocional nos primeiros parágrafos para depois sacrificar-lhe como uma pessoa que não entende o outro e possui pouca, talvez nenhuma, empatia.

    Gostei de Carmella só para deixar de gostar, isso foi bom, espero que realmente seja o caminho estético que queria com o conto.

    Sobre o fluxo do resto do texto: pareceu uma peça publicitária sobre importância da vacinação e da empatia em tempos de crise.

  5. Natália Koren
    18 de julho de 2021

    Olá, caro autor!
    Gostei do tom de crônica e do registro de uma situação que é praticamente o dia-a-dia de todos hoje em dia. Uma bela forma de colocar em palavras inúmeras conversas que temos, e que parecem ser todas a mesma. Um relato muito corriqueiro e triste, infelizmente. Seu texto está muito bem escrito e dinâmico, contando tudo o que precisa nas poucas palavras do desafio. Parabéns!

  6. Felipe Lomar
    18 de julho de 2021

    Interessante e pertinente a crítica social do seu texto. Achei engraçado a referência do pseudônimo (apesar de sempre achar que outra personagem que seria mais próxima do arquétipo do negacionista). É uma cena bem real, inclusive digo isso por experiência própria, e é assustador pensar como essas pessoas conseguem pensar desse jeito, uma completa negação da realidade. A conclusão traz subentendida uma certa esperança de que haja alguma ponta de juízo escondida em algum lugar dessas cabeças manipuladas, mas infelizmente não sei o quanto podemos ter fé nisso.
    Boa sorte.

  7. Jowilton Amaral da Costa
    18 de julho de 2021

    O conto narra uma passagem cotidiana em um condomínio residencial. A narrativa é boa, assim como os diálogos. O humor e a crítica são bem-vindos por conta dos acontecimentos atuais. O impacto não foi muito alto. Boa sorte no desafio.

  8. Rafael Carvalho
    18 de julho de 2021

    Mais um dia normal na vida do Seu Tide. hehe

    Muito bom o conto, adorei. Um tema atual, um assunto que se torna crítico por culpa de uma sociedade por muitas vezes alienada e ignorantizada, as vezes por escolha própria.

    Um coisa que me chama atenção e acredito que seja uma das características principais dos mini contos, é o seu desfecho impactante e inesperado, algo que não tenho visto em muitos contos aqui. Em alguns fazem muita falta para compor o restante do texto e dar alguma qualidade para obra, mas não é o caso aqui, acho que seu texto encerrou da melhor forma possível, não senti necessidade de um outro final.

    Parabéns pelo conto, obrigado por me propiciar uma ótima leitura. Boa sorte.

  9. Raquel
    18 de julho de 2021

    Muito bom!!!
    Tantas D. Carmellas por esse mundão. Pelo menos a sua é divertida e vc soube muito bem descrever a figura: naturalmente exótica pelo tempo. Sem filtro e sem máscara. Ri bastante.

  10. Elisabeth Lorena
    16 de julho de 2021

    Que essa praga acabe!
    Raiva de Carmellas! Gente irresponsável, que não pensa no próximo.
    Infelizmente sofrem os porteiros que passam por isso, ter que ficar abrindo os olhos de gente que não quer ver e nem cuidar do próximo.

  11. Welington
    16 de julho de 2021

    A história flui bem, mas o final é confuso. A interrogação no que seria o parágrafo em que ocorre a última fala da protagonista é onde o conto encontra seu clímax, mas a pontuação escolhida deixou tudo confuso. Não consegui captar o que o autor quis transmitir. Ademais, há uma curva de tensão quase que nula neste texto, a ponto de parecer mais uma crônica que um conto. O ponto forte desse texto, contudo, são os diálogos. O autor os desenvolve bem, tornando seus personagens bem convincentes e o cenário bem ambientado. Visivelmente temos um condomínio de classe média com uma dessas muitas senhoras praticando uma postura irresponsável diante da pandemia e imersa numa nuvem tenebrosa de negacionismo que a torna um perigo para si mesma e sobretudo para os outros.

  12. Ana Maria Monteiro
    16 de julho de 2021

    Olá, Moradora do 71

    Começo com uma introdução comum a todos os participantes: primeiro li os dois conjuntos completos de contos, um por um e rapidamente, para colher uma primeira impressão geral e já mais ou menos gradativa e agora regresso a cada um deles e releio com mais calma, para comentar.

    Com que então tem uma vizinha assim? E quem não tem?

    Dito isto, gostei do seu conto. Achei todo o diálogo demasiado raso, muito óbvio. Mas a verdade é que existem muitas Carmelas e Carmelos, uma verdadeira praga, e nunca é demais fazer de Aristides. Essa Carmela até foi bem fácil de convencer.
    Então, é assim: gostei do seu conto, mas não está no meu top 3, anda ali pelo meio.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

  13. Fabio D'Oliveira
    16 de julho de 2021

    Olá, Moradora!

    Serei bem sucinto nesse desafio, avaliando com as impressões imediatas que tive do miniconto.

    BELEZA

    Em forma e na mensagem. A falta de respeito com os outros, minimizando uma situação grave, é certamente a característica de uma pessoa egoísta. E temos muitos nesse país. Infelizmente.

    IMPACTO

    Mesmo sendo importante, foi uma leitura um pouco enfadonha. Como é uma situação atual, sabemos rapidamente os caminhos que o conto tomará. E a constatação final de que realmente seguiu o caminho esperado, de fato, é um pouco decepcionante.

    ALMA

    Talvez ache que seja pouco criativo escrever somente o que está em voga, mas não tem como negar a importância de sempre reforçar a importância da vida. De qualquer um.

  14. acapelli
    15 de julho de 2021

    Seu conto, com jeito de crônica pela atualidade do recorte, me soou muito bom. O ponto alto é a naturalidade e eficiência do diálogo. Talvez o impacto não seja suficiente para fazê-lo se destacar face os demais, mas para o meu gosto é um texto interessante que resultou muito bem contado.

    Desejo sorte no desafio.

  15. Elisa Ribeiro
    13 de julho de 2021

    Olá, autor. Como vai?

    Você optou por um recorte bem atual do cotidiano, crítico, em um texto em que predominam os diálogos. Uma escolha que me pareceu muito acertada porque única, ao menos no grupo que me coube comentar. Achei seu texto muito bom dentro do que se propõe, com destaque para as falas dos personagens. Minha única ressalva é o parágrafo inicial. Penso que o comentário sobre a aparência de Carmella pesou o texto, de resto tão ligeiro, sem necessidade. No mais, um bom texto, com ritmo e leitura agradável.

    Um bom conto. Parabéns pela participação.

  16. mariasantino1
    12 de julho de 2021

    Olá!

    Como fórmula de avaliação utilizo os quesitos: G -gramática, F-forma e C-conteúdo, onde a nota é distribuída respectivamente em 4, 3 e 3, e ainda, há que se levar em conta minhas referências, gostos e conhecimentos adquiridos como variável para tanto (o que é sempre um puta risco para o avaliado. KKK). Partiu!

    G = 4. O texto é bem escrito (no meu parco conhecimento), não tem problemas de repetições, misturas de palavras mais cultas com coloquiais e tempos verbais. As ideias crescem conforme se avança na narrativa, trazendo clareza e fácil assimilação. Então não vejo motivos para não dar nota máxima nesse quesito.

    F = 1. Então, a forma não possui lá grande destaque, fica tudo na média e mantém o conto no meião do desafio. Há destaque para a agilidade dos diálogos e o humor. Mas por mais que o texto tenha algumas fustigadas ácidas e particularmente me agrade bastante, não tem grandes sacadas, nem construções frasais que cravem na mente para chamar a atenção.

    C = 2. Então, o conto vem com crítica social, né? Há negacionismo, há também falta de empatia. O título e o cerne remete tanto à pandemia, quanto ao lance negacionista mesmo. É também desagradável esse lance de não haver filtros na fala e pensamento, porque ultimamente ser estúpido é visto como personalidade forte, “sem papas na língua”… enfim… ser deselegante, dependendo da posição social, é até bem visto pela sociedade. E isso é factível de assimilação no seu conto. É importante o questionamento, o pé atrás sadio, mas negar o que vários gritam, expõem, vivem, é irritante. Sendo assim a crítica social atual é claramente repassada, porém sem grandes destaques.

    Boa sorte neste desafio

    Média final: 7

  17. Luciana Merley
    12 de julho de 2021

    Praga na vizinhança

    Esse tipo é mesmo uma praga.

    Coesão – Diálogos bem naturais para personagens muito bem construídos. A partir de uma situação rotineira você nos apresenta O tema da atualidade e dá uma cutucada bem dada e bem divertida também nessa postura imbecil que se espalhou pela população. Tenho uma ressalva com relação aos diálogos a partir da entrada do casal “do 63” na conversa. Como você optou por não usar o tal dicendi para indicar quem falou, eu fiquei um pouco confusa. E a fala sobre a filha deles, também não entendi muito bem a relevância dela para o texto.

    Impacto – Acho que você acertou na dose ao lidar com assuntos espinhosos, que envolvem política, narrativas, polarização, temas ultra atuais, sem cair no famigerado panfletarismo, que é sempre tão moralista e autoritário. De verdade, acertou e levará meu 10 por isso. Além de eu ser muito apaixonada por textos com esse humor sutil, com certo cinismo (rsrs) como tem o seu.
    Parabéns e um abraço.

  18. Emanuel Maurin
    10 de julho de 2021

    Olá, Moradora do 71.

    Resumo: Uma mulher entra no prédio e debate sobre o uso de máscara, vacinas e tenta burlar as regras do condomínio.

    Parecer: a narrativa flui, encontrei um errinho. No começo estava legal, mas achei o diálogo do final forçado.

  19. Amarelo Carmesim
    9 de julho de 2021

    Carmella, pela descrição física, me pareceu alguém tão interessantemente criada para ser uma excelente personagem. Pena que a atitude dela faz perder o carisma, entretanto, acho, era este o ponto que querias com o texto. Se sim, parabéns! 😀

  20. gisellefiorinibohn
    9 de julho de 2021

    Oi, Moradora do 71!
    Um conto divertido, bem escrito, diálogos ágeis, temática atual e pertinente. Gostei!
    Meu único apontamento seria para sua escolha pelo tempo presente. Na minha opinião, não foi a melhor opção, visto que ficou parecendo um texto de dramaturgia. Não que isso seja ruim, longe disso, mas em um texto curto como esse, ficou meio que parecendo mais uma esquete de comédia e menos um conto.
    Mas foi, certamente, uma leitura agradável e fluida.
    Parabéns e boa sorte no desafio! 😊

  21. alicemariazocchio
    8 de julho de 2021

    Apenas por meio dos diálogos, a gente consegue saber direitinho como é e como pensa Dona Carmela . Parabéns pela construção das falas. Muito boa. Eu só tenho alguma implicância com tom meio didático que a história vai tomando. Ficou faltando algum conflito maior para o conto crescer. O 71 do pseudônimo é bem sacado e poderia aparecer no texto

  22. Angelo Rodrigues
    8 de julho de 2021

    22 – Praga na vizinhança (Moradora do 71)

    Conto legal, bem escrito. Tem um caráter pedagógico, didático.
    O autor soube explorar a vida quotidiana que hoje corre entre nós.
    Gostei do tom, gostei do jeito descontraído da escrita.
    Só não sei se foi legal a relação entre Dona Carmella com a Bruxa do 71, que era Clotilde e não Carmella. Um perigo…
    Maria de los Ángeles, a dona Clotilde, era uma espanhola que lutou contra o regime fascista de Franco, migrando para o México e fazendo lá sua carreira como atriz.
    Não brinque com a Bruxa do 71. O Bicho pode pegar…
    Boa sorte no Desafio.

  23. antoniosbatista
    7 de julho de 2021

    Um conto do cotidiano, focado nos dias de hoje, a pandemia. A realidade é assim mesmo, algumas pessoas não conseguem ter opinião própria, tampouco se arriscar na fé, na crença. Estão presos ao mundo medieval, propensos a acreditar mais na ilusão do que na realidade. Bom conto, boa escrita e bons diálogos.

  24. simone lopes mattos
    7 de julho de 2021

    Carmella, “beleza tombada pelo tempo”, é feliz e está em paz com o envelhecimento. Quer aproveitar a vida. Nega o que pode limitar esse aproveitamento. Está solta na vida para aproveitar o que Deus permitir. Logo imagino a figura.
    Achei interessante como o porteiro conduziu a conversa e, propositadamente ou não, parece ter feito a Carmella entender melhor a gravidade da situação. Talvez ela entre num banho demorado e procure a vacina. E passe a fazer parte da turma que toma os cuidados.
    As frases do porteiro: “Pois quero é que minha vida seja um exagero de longa; Morrer vão sim, que é a sina de todo ser vivente… Só não precisa ser de….” são muito boas e inteligentes. Enquanto ela é personagem fácil de imaginar, ele foi mais difícil para mim.
    Boa cena, gostei.

  25. Eduardo Fernandes
    6 de julho de 2021

    Bom texto. O ritmo está bem agradável, os diálogos credíveis, e a estória chega onde quer chegar com uma crítica que é muito percetível.

    Texto é como carro velho: se a gente começar a mexer, encontra problemas, portanto não vou criticar muito mais não.

    Parabéns.

  26. thiagocastrosouza
    5 de julho de 2021

    Conto divertido, com crítica social no ponto certo, sem didatismos. Por meio do diálogo entre os personagens, a moradora do 71 expõe muitas Carmellas que temos por aqui, em terra brasilis, que insistem em subir a escada do negacionismo por puro fanatismo, independente dos fatos.

    Trombei com outros textos de teor político no desafio e, este, pela sutileza e leveza da autora, foi o que mais me agradou.

    Muito bom!

    Grande abraço!

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Publicado às 5 de julho de 2021 por em Minicontos 2021, Minicontos 2021 - Grupo Chihuahua e marcado .
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