Nos braços já dormentes, esquecidos pela dor, Nadi sustentava junto ao peito o corpo gemente do menino enquanto embrenhava na mata sem trilhas. Os braços dele, finos e corados do sol do clarão da aldeia, pendiam, entregues, com os solavancos e desvios que ela fazia para livrar-se das moitas mais fechadas. A manta que o envolvia, a mesma da cerimônia Da Passagem, já úmida pelo gotejar das árvores, guardava o menino dos espinhos e das folhas anavalhadas que feriam-lhe na fronte e onde mais lhe tocassem o corpo encoberto.
Ele, de cabelos castanhos rebeldes, nariz afinado e pele roseada apesar da morenice nata e bela da mãe Nadi. Nascido no ventre da mata, na cama de palha das ocas dos Karapás, foi recebido como filho pelo velho Cacique. Agora, já com idade de 4 anos, corria e saltitava como um lampejo de lua entre os irmãos de tribo de pele marrom arroxeada. Chamavam-no mestiço, menino dourado, forasteiro, por vezes, enviado. Para Nadi, apenas filho.
Segundos antes de ela tomá-lo do círculo de pedras que os velhos prepararam para o Ritual da Espera, Nadi soltou um grito fino, afligido, que incomodou toda a negritude verde em derredor. Com o movimento impetuoso dela, alguns índios levantaram-se perplexos. Em resposta aos murmúrios de maldição do velho Pajé, o pai Cacique respondeu com o silêncio e um sinal de mãos para que todos aquietassem e deixassem-na ir.
Ela conhecia bem aquele caminho na mata fechada. Vinha desde os tempos de mais moça acompanhando a mãe até a sede da fazenda para ajudar a Senhora a fazer farinha em troca de algumas dúzias de ovos.
Terra de Santa Cruz. Nome que o posseiro João Caetano mandou gravar numa placa de madeira com desenhos de barcos grandes. Nadi gostava dos barcos. João também. Dizia-se apaixonado pelo mar e pelas grandes caravelas portuguesas. Do escrito ao lado e que nomeava também o documento sem valia, Nadi nada sabia, pois o que aprendera do idioma dos brancos era só de ouvir falar e repetir.
Lá pelo findar da tarde, ainda numa corrida obstinada, notou que a luz da grande clareira já penetrava entre as árvores e abrandava a penumbra que tomava-lhe o ar. Ao romper as últimas ramagens no limite da mata, percebeu que a área de pastagens tornara-se maior e que as cercas de fios aramados alongariam seu caminho até a porteira da sede.
― O que é índia? E esse menino? O que foi com ele? ― perguntou o Pedro vaqueiro que fazia a poda de cavalos num redondel ao lado. ― Quê que foi? ― insistiu ele enquanto Nadi, já de joelhos com o filho firmado no colo, buscava em anseio profundo cada pedaço de ar que lhe permitisse algum som de voz.
― É pico de jaca, moço, a pico de jaca.
― Cobra? Deus do céu! ― assustou-se o vaqueiro enquanto pulava as réguas do curral. ― E tem quanto tempo isso, índia? Quando foi? ― continuou enquanto abanava as mãos para o João Caetano que trabalhava nuns arreios ao lado da casa.
― De hoje, de depois que o sol virou pra tarde ― respondeu ela.
― Seu João! corre aqui seu João ― e abaixando ao lado de Nadi e tocando de leve sobre a manta enquanto o patrão e a Senhora vinham apressados em direção à porteira. ― Olha aqui, Seu João! A índia diz que é pico de jaca e é dessa tarde.
De rosto sempre baixo, Nadi guardava nos olhos a agonia e a esperança que deram-na forças até ali. Pois ouviu, tempos atrás, de um estagiário que passou pela aldeia, que na cidade existia um líquido capaz de fazer viver os feridos pelas serpentes da mata. Alguns velhos da tribo diziam ser como uma poção mágica dos brancos que transformava o veneno em água nas veias do corpo.
― E tá vivo, índia, o menino? ― perguntou João Caetano, reconhecendo a índia de mais jovem e com os olhos postos no corpo pequeno embrulhado nos braços dela.
Ela mantinha a aparência de anos atrás. Apesar dos cabelos desgrenhados naquela hora de aflição, dos carrapichos que embolavam os fios genuinamente negros, da inquietude no olhar…eram os mesmos olhos encabulados e doces que João Caetano via surgir do interior da mata acompanhando a velha índia farinheira, como era conhecida de todos a saudosa mãe de Nadi.
― Tá vivo sim, Sr. ― respondeu enquanto afastava a manta do rosto do menino e tocava-lhe amavelmente a face, antes roseada, agora embranquecida pelos efeitos do veneno.
O olhar perplexo da Senhora ao ver o menino descoberto encontrou o marido, imóvel, já tomado por sentimentos confusos e um medo repentino diante do rosto comprido, de lábios desenhados, ainda que pálidos, e as sobrancelhas fartas como as que ele vira toda a vida no espelho.
― E Pajé, falou o quê? ― perguntou o posseiro como quem preenche os espaços de silêncio.
― Pajé falou que só terra pode sugar veneno e que menino dourado vai encher terra de índio de luz.
― Miserável! ― exaltou-se João Caetano ― Eu sabia que aquele velhote não era de nada. Fica dando uma de curar o povo. Cura nada aquilo ali. Mentiroso de uma figa! ― e andando de um lado a outro e tirando e colocando sem parar o boné de aba esfarrapada.
― Faz o que cê tem que fazer, home de Deus! Pega logo a caminhonete e leva o menino e a mãe dele pra Guajará ― interferiu impaciente a Senhora que, ajoelhada ao lado de Nadi, estava a observar a criança e os sinais de vida que saiam dela.
― Mas é chão demais, Dona! Quando chegar já vai ser quase de madrugada ― sugeriu Pedro vaqueiro.
― Pois não interessa, Pedrim! Vai logo e pega umas enxada porque o carro pode atolar no caminho e cê vai ter que tá junto pra ajudar o João.
O trajeto até Guajará-Mirim, de terra de chão esburacado, esquecido, feito pra poucos e usado por quase ninguém, e que em muitos trechos ia sendo retomado pela vegetação rasteira, tornara-se muito mais longo do que as mais de cinco horas necessárias ao seu usual cumprimento. Nadi sacudia o corpo do pequeno como quem quisesse fazer circular o sangue e tornar aquele rosto vivo outra vez.
― Tem nome o menino, índia? ― perguntou João Caetano quebrando um silêncio de mais de hora de sacolejos da caminhonete.
― É Oribe.
― Oribe? E tem significado? Quer dizer o quê?
― Pai Cacique disse que é Feliz.
― E é isso que ele era? Feliz? Quê que ele fazia na aldeia?
― É feliz. Pula, corre. Escuta os cantador da mata. Quer pegar eles mas nunca consegue e vem pra mãe chorar ― contava Nadi num raro momento de riso com um afago no rosto esfriado do pequeno Oribe.
Entre uma mexida e outra de Nadi para ajeitar o corpo do filho, João Caetano aproveitava para olhar se os sinais de vida ainda estavam ali, pulsando, naquele semblante frágil de menino bonito. Vez ou outra esfregava as mãos nervosas, tomadas de suor, na perna da calça suja da lida do gado. Rompia o silêncio, de tempos em tempos, e comentava sobre a estrada difícil e o que ainda faltava para chegar ao hospital. Descobriu numa dessas conversas curtas, que a velha índia, mãe de Nadi, tão conhecida da sua esposa de tempos atrás, morrera de uma febre repentina alguns anos antes e por isso, desde então, não as vira mais nos arredores da fazenda.
João acelerava mais, ignorando os buracos e os pequenos troncos no caminho, à medida que os gemidos e os movimentos de Oribe tornavam-se mais espaçados no tempo. Intervalos de desassossego, repletos da angústia crescente que faz o tempo custar a passar.
Por volta de mais de meia noite, ele estacionou a caminhonete de qualquer maneira num lugar qualquer em frente ao pequeno hospital de Guajará. Desceu às pressas, atravessou para o outro lado, arreganhou a porta quase que arrancando-a e tomou o menino nos braços apertando-o junto ao corpo. Enquanto corria, sentia a frágil e rápida respiração de Oribe a roçar-lhe o pescoço. Os gemidos, cada vez mais ausentes desde as últimas horas da viagem, foram ouvidos por João entre os arranques do passar entre uma porta e outra. Nadi acariciava os cabelos dourados e o rosto do filho sobre a maca fria onde João o deitou quando foi gritar por socorro pelas salas vazias do hospital sonolento. Enquanto atendiam Oribe, ela permaneceu todo o tempo sentada, de queixo no peito e mãos aflitas. João, por sua vez, andava de um lado a outro e interrogava os funcionários, quase sempre brusco, com a impaciência de quem entregara um filho.
― É o Sr.? ― perguntou um enfermeiro vindo da sala de emergência.
― Quê que tem eu?
― É o Sr. o pai do menino?
― Quê que tem o menino? ― respondeu João Caetano no meio de um olhar embaraçado na direção de Nadi. ― Deram o soro? Já fez efeito?
― Eu sinto muito, Seu João. Demos sim o soro, mas acho melhor o Sr. e a índia despedirem do menino. Chegou tarde demais. O veneno já tá agindo faz tempo e surucucu, o Sr. sabe como é. A bicha é brava demais. O soro não vai dar conta. O menino tá dando os últimos respiros, infelizmente. A gente fez tudo que pode, mas….eu sinto muito.
João não pôde olhar para Nadi. Arrancou o velho boné da cabeça, passou a mão no rosto de poeira e suor e num misto de raiva e desalento esbravejou contra tudo e todos ali mesmo no corredor do hospital decadente.
― Mas será possível! Pelo amor de Deus. Como é que cês não consegue salvar um menino? Se fosse um velho, vá lá, mas um menino? Ou esse soro é fraco ou ocês tão distante demais, né não?
― Aqui é o mais perto que deixam a gente chegar dos índios, seu João.
― Pois o seu perto é longe demais, num sabe? Longe demais.
Em todo terceiro dia da lua nova, Nadi volta a percorrer aquele caminho sem trilha. Tem a impressão de que o trajeto vai ficando mais curto. Não sabe bem se é porque o tempo costuma mudar o tamanho das coisas ou se é a clareira que avança sobre a mata fechada. Debruçada sobre os tocos da cerca, de longe, ela contempla a pequena cruz branca que também lhe parece menor a cada vez. João Caetano a fincou em meio a um campo bonito, de flores selvagens, abrigada sob a sombra de uma gigantesca Paricá.
Dessa vez, Nadi não viu mais a placa com os barcos grandes. No lugar, uma outra toda branca com formas desenhadas em azul, indecifráveis para ela. Para todos os que podem compreender, a placa diz: TERRA MENINO FELIZ.
“Quem me dera, ao menos uma vez,
acreditar por um instante em tudo que existe.
E acreditar que o mundo é perfeito
e que todas as pessoas são felizes.”
Trecho da canção Índios, de Renato Russo.
Lu, que lindo!!
Seu conto me emocionou! Escrito de uma forma muito boa de ler, o amor sem limites de uma mãe foi retratado maravilhosamente. Só quem é mãe sabe o que é sofrer pela saúde de um filho…
Eu amei a linguagem simples e típica, sem rodeios, direta. A história vai nos dando pistas do passado sem pesar a mão e sem entregar tudo. Muito bom mesmo! Parabéns!
Beijos!
Até mais!
Obrigada, querida. Estou procurando escrever mais simples mesmo, sem ser óbvia, mas com a beleza que a literatura exige. Um beijo.
Este é o último texto que vou ler neste desafio. De todos os que li, é aquele que melhor descreve a vida dos índios e a sua relação com os povos “brancos” ou “civilizados”. Narra a história de uma Índia que leva o filho, vítima da picada se uma cobra, através da mata, a pedir auxílio. No entanto, não é possível salvar a criança.
O conto prende o leitor pelo desenrolar da acção. Tem uma linguagem simples e eficaz – não é necessário reinventar a roda nem complicar o que é simples.
Na prática, descreve uma acção simples: uma ida ao médico. O ambiente cria todos os condicionalismos que motivam a leitura. O desfecho, não sendo inesperado, não defrauda as expectativas do leitor.
Obrigada, querido, por sua generosa avaliação.
Terra de Santa Cruz (Uirapuru)
Resumo:
Saga de uma mãe buscando salvar seu filho mordido por uma cobra.
Comentários:
Gostei do conto. Interessante a abordagem do tema Amazônia.
O autor o abordou de forma circundante a proposta, pegando o tema pelas distâncias, pelas dificuldades daqueles que habitam ao mesmo tempo a floresta e a civilização, e, ainda assim, necessitam fortemente da civilização simplesmente porque aprenderam a dela necessitar, onde a morte já não é percebida com algo que pertença à vida, mas algo que pode ser evitado pela magia dos brancos. Interessante a abordagem.
O autor usa uma linguagem coloquial bastante interessante, provavelmente característica, ou, não sendo, mostrou-se bastante mimética.
Deixou-me uma boa impressão, particularizado o método de condução textual, que não deixa margem a erros narrativos.
Parabéns pela seleção finalista e boa sorte no desafio final.
Obrigada, caro Ângelo, por sua leitura sempre generosa.
Índia-mãe busca socorro, junto aos brancos, para o filho picado por cobra. Após uma viagem longa e difícil, a criança recebe o soro, mas não resiste.
Uma bela história. Texto bem escrito, de muito boa estrutura. A linguagem poética fisga o leitor. O narrar é cuidado, ingênuo, suave. Leva o leitor para viver a história. Senti os solavancos da camionete “voando” pelas estradas esburacadas. Texto sensível, o trabalho do autor é admirável.
Trama baseada nas dificuldades geradas pela realidade da floresta, com narrativa bem estruturada que prende a atenção do leitor e o comove. História simples, delicada e triste. Ao meu ver, faltou apenas caracterizar com mais precisão a Amazônia.
Parabéns pelo trabalho. Boa sorte! Abraços…
Obrigada, feliz com suas palavras. Reconheço a não caracterização.
Resumo – Desesperada para salvar o filho Oribe, picado por uma cobra, a índia Nadi retira a criança de um ritual para neutralizar o veneno. Ela corre pela mata até chegar à fazenda dos brancos. O proprietário, João Caetano, aparentemente o pai da criança, ajuda a levar o menino para tomar soro na cidade. Em vão. A distância é grande demais e a criança morre. O significado de seu nome batizará as terras de João no futuro.
Avaliação: É uma trama sem grande complexidade, porém bem executada. Escrita bastante correta, ritmo muito bom, belas imagens. Meu único porém se refere à citação da canção da Legião Urbana. Talvez como epígrafe funcionasse melhor. Colocada no final, tirou o impacto da última frase. O autor tem um ótimo domínio da narrativa.
Parabéns!
Muito sucesso.
Olha! Domínio de narrativa é a coisa mais difícil para um escritor. Obrigada.
Menino de origem indígena é atacado por uma surucucu, a mãe em desespero recebe a ajuda de um fazendeiro que a conduz com a criança para um hospital. Infelizmente, o garoto não resiste e o conto fecha com sua morte.
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O enredo é toco calcado na emoção, na tentativa de criar empatia com o leitor. O autor não se descuida desse objetivo, se sai bem e não fui capaz de prever qual poderia ser o fim do conto. Junto à emoção, o autor agrega uma atmosfera tensa e crescente, como se fosse uma bomba-relógio prestes a ser detonada e não sabemos se os protagonistas conseguirão tempo e auxílio para desarmá-la. Os diálogos também são bem montados, se encaixam e soam verossímeis.
A quebra do texto para a sua finalização considerei um pouco brusca, sem um parágrafo de transição diante de tamanha tragédia, os versos de uma música cantada pelo Renato Russo também destoaram da narrativa como conjunto, penso que seria desnecessário incorporá-los ao conto pela interferência que causou no parágrafo de encerramento.
Muito bem conduzido, muito bem escrito, ótima construção de personagens e intenção de abordagem realizada com eficácia.
Parabéns. Boa sorte!
Obrigada. Valeu pela dica da interrupção brusca para a finalização. Importante saber disso.
Resumo:
Nadi corre desesperadamente para salvar o seu filho, Oribe, que fora mordido por uma cobra. Recebe a ajuda de um posseiro e juntos rumam para o hospital mais próximo.
Impressões:
É uma história bem simples e que, com o perdão da palavra, se salva mais por conta da escrita do(a) autor(a) do que pelo enredo – embora esse seja comovente.
Eu amo um floreio e o excesso de adjetivações para temperar o caldo, mas aqui houve alguns em demasia que não ajudaram na narrativa.
Destaco um deles:
“O olhar perplexo da Senhora ao ver o menino descoberto encontrou o marido, imóvel, já tomado por sentimentos confusos e um medo repentino diante do rosto comprido, de lábios desenhados, ainda que pálidos, e as sobrancelhas fartas como as que ele vira toda a vida no espelho”.
Onde sobra rebusque e construções belicosas, falta enredo.
No mais, como já mencionei, amo um florear e esse seu trabalho – nesse quesito – me encheu os olhos.
Obrigada, campeão. Vou considerar as dicas. Não sou tão fã de adjetivações em demasia, mas, nesse caso era preciso caracterizar o menino para fazê-lo parecido com o pai.
Olá autor(a)!
Antes de expor minha opinião acerca da sua obra gostaria de esclarecer qual critério utilizo, que vale para todos.
Os contos começam com 5 (nota máxima) e de acordo com os critérios abaixo vão perdendo 1 ponto:
1) Implicarei com a gramática se houver erros gritantes, não vou implicar com vírgulas ou mínimos erros de digitação.
2) Após uma primeira leitura procuro ver se o conto faz sentido. Se for exageradamente onírico ou surrealista, sem pé nem cabeça, lamento, mas este ponto você não vai levar.
3) Em seguida me pergunto se o conto foi capaz de despertar alguma emoção, qualquer que seja ela. Mesmo os “reprovados” no critério anterior podem faturar 1 ponto aqui, por ter causado alguma emoção.
4) Na sequência analisarei o conjunto da obra nos quesitos criatividade, fluidez narrativa, pontos positivos e negativos, etc.
5) Finalmente o ponto da excepcionalidade, que só darei para aqueles que realmente me surpreenderem.
Dito isso vamos ao comentário:
RESUMO:
Mãe desesperada em busca de socorro para o filho picado por cobra. Apesar de receber ajuda, o filho morre.
CONSIDERAÇÕES:
Mais um conto que se baseia na realidade do povo da floresta, desta vez relatando a precariedade dos serviços médicos e o risco constante de ser surpreendido por um acidente, ataque de animal selvagem ou peçonhento.
O conto consegue prender a atenção do leito na medida em que acompanhamos a angústia da mãe, suas decisões e a ajuda que recebe ou não, nessa jornada do menino até seu destino final.
Independentemente da avaliação, aproveito para parabenizar-lhe pela obra e desejo sucesso na classificação final.
Boa Sorte!
Obrigada, Marco Aurélio.
Infelizmente você indicou seus critérios, mas não nos deixou saber deles com relação aos nossos contos.
5. Terra de Santa Cruz (Uirapuru)
Resumo: Desesperada para salvar o filho que foi mordido por uma cobra, uma índia acaba desprezando a ajuda da tradição amazônica de sua tribo e busca no pai branco da criança a ajuda para tentar curá-la. Após uma atribulada viagem, chegam a um posto de saúde mas a criança não resiste. Anos depois, o nome da propriedade onde vivia o pai da criança adotou o significado do seu nome.
Comentário: no tocante à PREMISSA, a situação-limite da ameaça à vida do curumim, a necessidade de buscar ajuda do pai-branco e o contexto amazônico de convivência entre os povos, assim como as dificuldades e distâncias, foi muito bem aproveitado pelo autor. No que diz respeito à TÉCNICA, o conto é conduzido com maestria na narrativa, com excelente construção descritiva e de frases, com informação e emoção em igual medida. Por fim, sobre o EFEITO NO LEITOR é excelente, sendo ainda reforçado pela conclusão da história, um tanto triste, mas ao mesmo tempo esperançosa da compreensão e integração entre o mundo dos brancos e os povos da floresta. Parabéns!
Obrigada, caro Daniel. Muito estimulante seu comentário.
Resumo 📝 A historia de uma jovem índia que busca socorro para o filho mestiço picado por uma cobra. Ela corre até João Caetano, não está muito claro, mas provavelmente é o pai da criança. Juntos embarcam em uma longa caminhada até o hospital mais próximo. O menino não sobrevive.
Gostei 😁👍 Um conto muito bem escrito e trabalhado, estrutura perfeita. O começo já pega o leitor desprevenido, tendo que se ajeitar na cadeira pra prestar melhor atenção. Esse clima de tensão e agonia se estende por todo o texto. E enquanto esses sentimentos se desenrolam, o autor,muito preciso, nos conta como aqueles personagens chegaram ali, os que os unem, como o menino foi concebido. A chegada no hospital nos deixa com aquela esperança insistente de que vai dar tudo certo, mas não dá. É amargo, doloroso, real.
Não gostei🙄👎 Não gostei do menino Feliz ter morrido. Posso??
Destaque📌 “― Aqui é o mais perto que deixam a gente chegar dos índios, seu João.
― Pois o seu perto é longe demais, num sabe? Longe demais. ”
Conclusão = Texto belíssimo, bem escrito narrado, com personagens cativantes. Um final triste. O tema incomoda nessa avaliação. Mas…
Parabéns, Boa sorte.
Pode. Leitor pode tudo kkk obrigada querida.
Terra de Santa Cruz (Uirapuru)
Resumo:
A história da índia Nadi, de seu filho (menino dourado) e de João Caetano (posseiro que vive perto da área da tribo e que é pai do menino dourado). Nadi leva o filho, picado por cobra, em busca de salvação. Encontra o posseiro, ele, “sem saber que é o pai”, leva os dois para o hospital. O menino morre.
Comentário:
Uma bela história. Texto bem escrito, de muito boa estrutura. A linguagem poética fisga o leitor. O narrar é cuidado, ingênuo, suave. Leva o leitor para viver a história. Senti os solavancos da camionete “voando” pelas estradas esburacadas. Texto sensível, o trabalho do autor é admirável.
Nos dois trechos (abaixo), fica resumida a essência da narrativa. Uma poesia, de pureza ímpar.
“Terra de Santa Cruz. Nome que o posseiro João Caetano mandou gravar numa placa de madeira com desenhos de barcos grandes. Nadi gostava dos barcos. João também. Dizia-se apaixonado pelo mar e pelas grandes caravelas portuguesas.“
“Debruçada sobre os tocos da cerca, de longe, ela contempla a pequena cruz branca que também lhe parece menor a cada vez. João Caetano a fincou em meio a um campo bonito, de flores selvagens, abrigada sob a sombra de uma gigantesca Paricá.
Dessa vez, Nadi não viu mais a placa com os barcos grandes. No lugar, uma outra toda branca com formas desenhadas em azul, indecifráveis para ela. Para todos os que podem compreender, a placa diz: TERRA MENINO FELIZ.”
Acho que, nestes parágrafos, o título se explica. Quanto ao pseudônimo, encontrei isso:
“O Uirapuru é um símbolo de felicidade. Por se tratar de um amor proibido não poderia se aproximar. Sendo assim, pediu ao deus Tupã que o transformasse em um pássaro.”
E os versos de Renato Russo, no arremate, bah… Nocautearam…
Parabéns pelo trabalho, Uirapuru! Gostei muito…
Boa sorte no desafio!
Abraços…
Obrigadíssima. Seus comentários são sempre muito afetuosos.
O conto fala sobre Nadi e seu filho Oribe que é picado por uma cobra. Em busca de ajuda para salvar a vida do filho procura um pajé, que prepara um ritual para amenizar o efeito do veneno. Nadi, descrente da cura do filho, desiste do ritual e pede ajuda ao povo branco. O posseiro João Caetano leva o menino para o hospital de Guajará para tomar soro, mas como o deslocamento era grande e demorou em ser medicado a tempo,Oribe morre.
O texto é bem estruturado, possui início, meio e fim. O texto desperta a curiosidade do leitor. O autor consegue desenvolver as idéias com coerência.
Obrigada, cara. Início, meio e fim é nada menos do que a receita Aristotélica. Fico feliz que eu tenha conseguido.
Nadi é uma índia que mora em uma tribo que fica perto de uma fazenda de assentamento. Fazenda Terra de Santa Cruz.
O conto começa com Nadi saindo da tribo em direção à fazenda e levando nos braços uma criança. Seu filho, que foi picado por uma cobra.
Ao chegar na fazenda, os funcionários a recebem e com os patrões, discutem a possibilidade de levá-los até a cidade mais próxima para atendimento médico:
Percebe-se nas entrelinhas, que a criança é filha do dono da fazenda. A mãe de Nadi trabalhava na casa de farinha com a patroa.
A criança é levada para a cidade porém não resiste. O tempo que levou até chegar foi longo o suficiente para que o veneno agisse em se corpo, não reagindo à aplicação do soro.
Uma cruz na Terra de Santa Cruz foi o que restou do pequeno.
Uma estória simples porém com dados do dia a dia de uma família de indígenas e de homens brancos na Amazônia.
A tribo, o acidente ofídico, a casa de farinha, o assentamento, e o relacionamento entre uma jovem e o patrão.
O final também mostra a realidade dos que moram distante das cidades, dos recursos de atendimento.
Suave, real, me fez imaginar o cenário durante toda a leitura.
Obrigada, cara Gabriela. Feliz pelo seu coment.
Resumo: garoto indígena, na verdade um mestiço, é picado por uma cobra. A mãe, Nadi, vai até a fazenda próxima, onde busca socorro. O posseiro João Caetano a ajuda e leva mãe e criança para o povoado mais próximo, para tomar a vacina. Não deu tempo. O menino morreu. Fim.
Impressões: O que dizer deste conto? É um daqueles textos que fazem o coração entrar num moedor de carne. Cada linha é devorada com ansiedade. Desde o início queremos saber se o menino vai sobreviver, embora a cruz que serve como ilustração e o próprio título do conto nos sirvam como uma espécie de aviso, de que não devemos ter muita esperança. É mais ou menos como ler o Diário de Anne Frank: sabemos qual será o final, mas mesmo assim mantemos viva uma pontinha de esperança. Só que, no fim, realmente, somos forçados a aceitar a realidade. O conto é bacana por isso, por jogar com nossos sentimentos, porque somos pais, porque conhecemos gente que é pai e mãe, e porque é fácil nos colocarmos no lugar deles, sofrendo com eles por conta de um destino cruel que parece selado. Terrível. O maior de todos os temores ganhando a realidade. Lembro que quando minha filha mais velha nasceu, eu, naquela ânsia de pai novo, era assaltado por esse temor de que alguma coisa podia dar errado. Achei o escape na escrita. Escrevi um conto sobre isso e me senti aliviado. Escrever e ler sobre nossos temores faz bem. É uma maneira de exorcizar nossos fantasmas… Mas, divago — e muito.
Voltando ao texto, não posso deixar de falar da prosa. Bem escrita, envolvente e encantadora. Tanto pelo que está escrito como pelo que não está. O romance passado — talvez uma só noite — entre Nadi e João está ali, claro nas entrelinhas, nos olhares, na lembrança, na busca pelo socorro, no ímpeto do homem em salvar o menino. Na cruz. O único senão fica por conta do tema do desafio, passado ao largo, já que o mote funcionaria — bem — em qualquer ambiente onde houvesse índios e fazendas, algo não exclusivo da região amazônica. Mas, este é meu eu-rabugento falando. O conto é incrível e não merece ressalvas. Ok, uma ressalva: o verso da Legião Urbana e a indicação de que é do Renato Russo são dispensáveis. O leitor não precisa dessa muleta para perceber a simplicidade de Nadi, sua ingenuidade, seu desespero como mãe. Numa revisão futura, eu tiraria, mas, em todo caso, prezado Uirapuru, respeito sua opção. Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.
Grata como sempre. Se eu pudesse eu passaria a vida escrevendo sobre amor sacrificial kk E sobre o trecho da musica, concordo. Vou tirar.
Resumo: Garoto mestiço, filho de homem branco e índia, sofre picada por cobra e busca socorro desesperado no hospital mais próximo.
Comentário: Autor, autor, autor! Você, hein! Meu amigo, pela segunda vez neste desafio afirmo: joguei a toalha! Não dá para competir com você! Que história maravilhosa, emocionante, cheia de angústia e adrenalina; que português correto, que domínio das técnicas de narração! O conto já começa na velocidade máxima, “nos braços já dormentes, esquecidos pela dor”, ali junto “ao peito [da mãe] o corpo gemente do menino”! Que graça, que louvor, que maestria! A mãe corre em desespero pela mata, alcança a fazenda sem fôlego, atravessa cinco horas de angústia! Meu amigo (permita-me tal estreitamento), também sem fôlego vi-me eu, ali no regaço da mãe, incontido em minha angústia, num fervor que não me é próprio: “Oh, Deus, salve este menino! Senhor, tem misericórdia!”. Seu texto não esmorece, não cansa! Mas temos o menino, que morre. Talvez pudéssemos, por meios imaginosos, superar a morte deste menino. Talvez pudéssemos, talvez podia você, autor, tê-lo transformado em mártir. Talvez, mesmo, a mãe ou o pai pudessem ter naquilo tudo encontrado um sentido, uma transcendência. Mas, autor, sinceramente, que sentido e transcendência pode haver na morte de um menino de quatro anos? Nenhum, autor! Absolutamente nenhum! Então, o que você faz? Você enterra esse menino e lhe dá o melhor dos destinos (dentre os destinos possíveis). Ele agora habita a Terra do menino feliz! Autor, você me comoveu, me fascinou e, depois de ter lido tantos textos neste domingo, você fez tudo valer à pena. Você é destes que fazem a vida valer à pena. Parabéns!
Obrigada Anderson. Seu coment me envaidece por demais.
Resumo: Nadi vai até Terra de Santa Cruz, uma fazenda próxima da região de sua tribo, pedindo ajuda para salvar seu filho, mordido por uma cobra. Nisso, descobre-se uma relação do passado, entre o fazendeiro e a índia, acompanhado de toda a agonia do sofrimento de todos em relação ao estado do menino.
Olá, Uirapuru!
Descobri algumas coisas sobre você neste conto: você possui um dicionário riquíssimo e gosta de detalhes! Estas características, usadas na medida certa, tornam-se belas virtudes na sua escrita. No seu caso, infelizmente, há certo exagero nas informações do conto. Muitos adjetivos que travam a leitura. Muitos diálogos que visam verossimilhança, mas onde excesso de trivialidades prejudica o conto. Passagens longas que poderiam ser encurtadas. Eu admito que há certa beleza na inutilidade, principalmente na literatura, mas quando o texto pende para a prolixidade, perde-se esse brilho que é meramente estético. A revolta do João poderia ser retratada de forma mais ágil e até poética, sem necessidade daquele diálogo que deixa o conto mais feio. É um tipo de informação que pode ser transformada em algo melhor, mais belo, entende?
A leitura, em si, foi tranquila. A narrativa é densa, mas até que fluiu bem, algumas travadas aqui e acolá, porém, nada que comprometesse a experiência. Você tem muito potencial, Ui. Foque um pouco mais na simplicidade, dose o uso de adjetivos e procure fugir da prolixidade.
Agora, sobre o tema, é natural relacionarmos os índios à Amazônia. Isso é normal, é quase um preconceito, pensamos em índio e já relacionamos eles à floresta, natureza, etc. O problema neste conto é que ele poderia ter acontecido em qualquer lugar do Brasil, não há um clima amazônico bem expresso na narrativa. Aqui no Sul, por exemplo, tem tribos que são bem parecidas com o que você retratou no conto. Acredito que houve um desvio do tema do desafio, mas não creio que seja proposital.
Tenha mais foco, Ui, para não cometer esses deslizes bobinhos. Repito: você tem muito potencial.
Desejo toda a felicidade para ti!
Obrigada por suas duras considerações kkk levarei em conta sim. Discordo que o conto não seja sobre o tema, pois a história se passa numa cidade Amazônica, com personagens de lá..mas, td bem. E sobre os diálogos, não são para ser bobinhos, tem uma informação crucial lá, mas isso sou eu que tenho que deixar claro, né? Obrigada, meu caro.
RESUMO: Nadi tenta salvar seu filho envenenado por uma picada de cobra. Apesar da ajuda do posseiro, o garoto acaba falecimento.
COMENTÁRIO: Acho que houve um desvio de tema aqui, numa presunção, já repetida, de que um conto retratando indígenas automaticamente o situa na Amazônia. Embora seja uma terra em que vivem muitos povos indígenas e onde, com toda certeza, a temática desse conto é verdadeira – a falta de acesso a serviços básicos como os de saúde – achei que a houve espaço para uma ambientação mais detalhada. O diálogo entre Nadi e os colonos, por exemplo, pareceu-me bem dispensável, quase banal, pois foi como se trocassem informações para chegarem à conclusão lógica que deviam buscar ajuda longe dali. O final dá uma mensagem clara de que a tragédia poderia não ter ocorrido se houvesse uma preocupação real por parte do Estado de atender seus cidadãos. Por outro lado, enquanto a ambientação e a narrativa poderiam ter sido melhor desenvolvidas, a personagem Nadi cativa, já que todo o seu esforço, na corrida, ao se comunicar e ao manter a esperança durante todo o trajeto, encarnam mesmo o amor materno irresoluto. O personagem do João também cativa pelo seu esforço e também por dar a linha de diálogo que encarna a mensagem do conto, portanto palavras de força.
Vi alguns problemas técnicos, como uma inicial minúscula que deveria ser maiúscula e frases meio estranhas. Mas no geral, o texto está redigido, escrito de forma objetiva.
Boa sorte.
Obrigada por suas dicas. Discordo sobre o desvio. O fato de ter índios em outros lugares não torna um conto menos Amazônico.
RESUMO:
A índia Nadi foge pela floresta carregando seu filho, picado por uma cobra. Por não acreditar na cura do pajé, busca por ajuda. Chega à propriedade do posseiro João Caetano e ele a socorre, levando a mãe e a criança para o hospital Guajará-Mirim. Demoram horas para chegar lá, e mesmo com o soro antiofídico, o menino não resistiu. Nadi passa a visitar de longe a sepultura do filho e repara na placa nova da propriedade de João Caetano, onde se lê Terra Menino Feliz . Iná não sabe ler e, assim, só olha sem entender a homenagem feita a seu filho.
AVALIAÇÃO:
* T – Título: Terra da Santa Cruz, o primeiro nome do Brasil, faz link com o desfecho do conto – a pequena cruz branca que marca o túmulo do pequeno Oribe.
* A – Adequação ao Tema: Perfeita adequação ao tema.
* F – Falhas de revisão: Quase sem falhas, mas não incomodaram a leitura:
> “melhor o Sr. e a índia despedirem do menino.” > melhor o senhor e a índia SE despedirem do menino
> A gente fez tudo que pode > A gente fez tudo que pôde (circunflexo)
* O – Observações: O conto aborda muito bem o tema proposto pelo desafio, apresentando caracterização de personagens e ambiente muito bem trabalhada. A narrativa prende a atenção pelo suspense criado – a luta de Nadi pela vida do filho. Será que ela vai conseguir ? Também há um mistério acerca do pai de Oribe, sabe-se que é um homem branco, mas será mesmo o João Caetano? Parece que sim, pela identificação de traços.
* G – Gerador (ou não) de impacto: O conto possui um ritmo mais acelerado, pela pressa que os personagens para salvar Oribe. E também comove com o final mais pausado, com a homenagem ao menino e a imagem da cruz branca no campo florido.
* O – Outros Pontos a Considerar: Boa narrativa com linguagem simples e clara que facilita a leitura, sem dar voltas desnecessárias na trama. História bem construída.
Parabéns pela sua participação!
Obrigada querida.
Resumo= O filho de Nadi é picado por uma cobra e o pajé prepara um ritual para neutralizar o veneno, mas Nadi, não confiando na eficácia do sortilégio, pega o menino e sai em busca de ajuda junto aos brancos. Um colono chamado João Caetano leva o menino para o hospital tomar soro. Porém, devido a distância e a demora em chegar, a criança morre.
Comentário= Me parece que o menino era filho de João Caetano, nascido de uma relação passageira entre ele e Nadi, pois é a ele que ela pede ajuda. Inclusive ele faz uma homenagem ao menino. Gostei da escrita sem muitas firulas, da narração com frases claras e objetivas, da ambientação, as ações e o suspense criado. Os diálogos ficaram muito bons, soaram bem naturais e o personagem João é bem marcante. Boa sorte Uirapuru.
Obrigada por sua cuidadosa avaliação.
Olá Uirapuru, tudo de bom.
Resumo:
Uma índia tira o filho picado por uma cobra venenosa de um altar de pedras preparado pelo pajé para que a terra retirasse o veneno do corpo do menino. Os outros membros da tribo olham espantados ela correr com o mestiço nos braços pela mata fechada a caminho da fazenda de um posseiro pra pedir ajuda. Já na fazenda, ao encontrar a índia com o menino, o posseiro se identifica com semelhança entre ele e a criança, pois a índia e sua falecida mãe, já haviam trabalhado na fazenda. Então montaram na caminhonete e foram buscar ajuda no hospital mais próximo, sendo que viajaram por mais de 5 horas em estradas esburacadas e de pouco uso. Chegaram tarde demais, pois o menino morreu logo após tomar o soro.
A apresentação dos personagens e cenário estão impecáveis, o texto flui bem e é rico em detalhes, não é cansativo e teve uma boa construção.
Boa sorte!
Muito grata por sua avaliação.