EntreContos

Detox Literário.

No Velório (Raione Pedrosa)

No velório da tia Hilda, um velho conhecido seu, membro das Testemunhas de Jeová, veio sentar ao meu lado no banco. Dada minha extrema juventude, deve ter se sentido tentado a me dizer uma palavra de conversão. 

Sabe por que nunca nos acostumamos com a morte? (pergunta retórica, pausa) Porque fomos criados para viver eternamente. 

Respondi polidamente que sim e pensei que não, que o problema, na verdade, era que a gente só podia experimentar a morte nós mesmos uma única vez, que se me deixassem morrer duas ou mais — aí já não seria nenhum mistério.

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72 comentários em “No Velório (Raione Pedrosa)

  1. Gio Gomes
    1 de fevereiro de 2020

    A idéia é muito boa. Adoro personagens cínicos, que pensam uma coisa e dizem outra. Dá pra lapidar esse conto mais, Lúcio, é meu conselho. Abraço.

  2. Daniel Reis
    1 de fevereiro de 2020

    Ambientação interessante, somente o diálogo formatado de forma solta me deixou incomodado. A reflexão é filosófica e válida, sobre a experiência da morte. Gostei. Parabéns!

  3. Tom Lima
    1 de fevereiro de 2020

    Uma cena com uma reflexão sobre a morte e o morrer.
    Perde o efeito por não ter uma trama. Me é mostrado uma reflexão de alguém, mas sem desenvolvimento, há vários personagens, mas não chegamos a conhecer nenhum. Precisa de mais trabalho.
    Abraços.

  4. Ana Maria Monteiro
    1 de fevereiro de 2020

    Olá, Lúcio. Pensou muito bem, em minha opinião. Esses proselitistas estão em toda a parte e aproveitam todos os momentos, sem respeito pela dor de ninguém. Você escolheu Testemunhas de Jeová, mas é válido para todos os crentes de todos os credos. Se algum me abordasse com essa conversa num velório, teria boas possibilidades de ser o seguinte a juntar-se à tia Hilda. Parabéns e boa sorte no desafio.

  5. M. A. Thompson
    1 de fevereiro de 2020

    Parabéns pelo seu conto, embora não faça sentido morrer mais de uma vez o que implicaria em uma ressuscitação ou renascimento. Boa sorte no desafio.

  6. Anorkinda Neide
    1 de fevereiro de 2020

    Olá, preciso refazer o comentario porque decidi que vou votar 🙂
    .
    Eu gostei do conto,embora ele tenha ficado me devendo algo mais… ele termina sendo uma reflexão.. mas ele havia começado como um bom conto, se tivesse a descrição de algo ao final, como ele caminhando para algum lugar, ou o crente ainda falando ou fazendo algum gesto..ou até o morto poderia participar…:P
    Nao sei como estava o limite de palavras, mas sempre dá pra cortar e acrescentar.. tô me metendo pq tenho q dizer alguma coisa.. kkk
    .
    Porque da reflexão eu gostei embora eu pense diferente, visto que acredito em reencarnação, então não há mais mistérios para mim… rsrs
    Eu gostei do que o crente disse, é uma frase que eles costumam dizer mesmo.
    Gostei disto: ‘Respondi polidamente que sim e pensei que não’.. me identifiquei!!
    Boa sorte, autor(a)

  7. Gustavo Azure
    1 de fevereiro de 2020

    Gostei bastante do conto, a escrita, a estrutura e como o personagem já mostra uma certa quebra de expectativa, ao mesmo tempo que não nega ao leitor uma narrativa profunda. Boa sorte

  8. Renata Rothstein
    31 de janeiro de 2020

    Seu conto é muito claro, muito direto e inteligente: eis aí a razão pela qual nunca nos acostumamos com a morte….uma primeira reflexão.
    Mas aí penso: vendo tantos indo antes,não aprendemos nada?
    Por quê?
    Me fez pensar, gostei muito, Lúcio!

  9. Rubem Cabral
    31 de janeiro de 2020

    Olá, Lucio.
    Um bom microconto: capturou bem o instantâneo, a situação do menino ao experimentar os dilemas da vida.
    Boa sorte no desafio!

  10. Andreza Araujo
    31 de janeiro de 2020

    A reflexão é muito boa, eu sou dessas que curte um mistério religioso, ou até mesmo filosofia. Apenas estranhei a construção do diálogo, pois a marcação da fala do homem ficou muito solta, mesmo com a explicação entre parênteses. Acho que um itálico ou pôr as falas entre aspas deixaria esta parte mais clara (apenas uma opinião!). Dá para entender? Certamente que sim, mas este detalhe poderia ser melhor visualizado. Gosto da reflexão final, concordo com ela, me faz pensar, até me deixou com vontade de escrever sobre o assunto. Abraços!

  11. Angela Cristina
    31 de janeiro de 2020

    Olá!
    Bom texto, apenas achei que o final não fez jus a ele.
    Parabéns!

  12. Catarina Cunha
    30 de janeiro de 2020

    Reflexão sobre a morte durante um velório.
    Elementos fundamentais do microconto:
    Técnica — fraca. Forte para um parágrafo de um conto, mas obsoleta para um micro.
    Impacto — bom. Há uma boa sacada em relação aos mistérios da morte.
    Trama — fraca. Se considerado necessariamente uma obra completa; sendo esse nosso objetivo aqui.
    Objetividade — regular. Muitas palavras e pouco enredo.

  13. Givago Domingues Thimoti
    30 de janeiro de 2020

    É, no limite, um microconto. Não há um enredo propriamente dito e a cena é mal construída. Acho que a história dependeu demais do pensamento em volta da morte. Se você, leitor, não comprar a ideia, a reflexão torna-se um tanto vazia.
    Acho que a reflexão deveria ter sido de forma diferente, disfarçada dentro de uma história.

  14. Thata Pereira
    29 de janeiro de 2020

    Uau, que interessante. Prático, rápido, de fácil compreensão. Tem história, cenário e ainda tem uma mensagem no final. Ainda não sei o que me espera pela frente, mas o conto ganhou um grande destaque para mim por conta disso.

    Boa sorte!!

  15. Fil Felix
    29 de janeiro de 2020

    Boa tarde! Gostei do conto, traz o tipo de reflexão que busco como leitor. Apesar de descontraído (dei uma risada ao final), o tema abordado é interessante e, mesmo contendo a mensagem, não perdeu o status de conto (que muitos buscam/ criticam por aqui) ao se criar o contexto da pergunta. Sempre que alguém morre, principalmente próximo, nos questionamos a respeito disso. E a saída é interessante, tira a aura de mistério e medo em cima da morte. Vou ficar com ela na cabeça.

  16. Marco Aurélio Saraiva
    29 de janeiro de 2020

    Esta é a forma de escrever um microconto: mesmo que seja apenas uma cena, ela não parece pertencer a algo maior: é autossuficiente, tem uma mensagem, é interessante e apresenta tudo o que tem que apresentar.

    Gostei muito também por eu mesmo ser um ex-Testemunha de Jeová, e é bem assim mesmo que eles abordam os potenciais futuros membros do culto, rs.

    A resposta no último parágrafo é espetacular!

    Escrita: Excelente
    Conto: Muito bom

  17. Amanda Gomez
    29 de janeiro de 2020

    Olá,
    É uma reflexão.. não vi como um conto propriamente dito. Não gostei muito da referência a testemunha de jeová. O tom que deveria ser mais sério ganha ares de comédia… por essas pessoas já serem motivos de chacotas e afins. não sei se foi a intenção, mas me soou pejorativo. As respostas dos dois foram boas…acho que o problema está na construção da cena, nos personagens, na tia Hilda no caixão como único proposito para os diálogos, concordo que o nome dela poderia ser extraído…enfim, acho que foram erros de cálculos. No mais, eu realmente gostei das reflexões, da mensagem.
    Boa sorte!

  18. Jowilton Amaral
    29 de janeiro de 2020

    O texto está bem escrito e nos faz refletir um pouco. No entanto, na questão literária não me impactou muito e me pareceu ser mais uma cena de algo maior. Com relação as Testemunhas de Geová, eu sempre digo que sou presbiteriano quando eles vêm visitar minha casa, e sou mesmo, apesar de não frequentar a muitos anos. Eles têm uma rixa com os presbiterianos, não sei bem o motivo, descobri numa revista deles mesmo que deixaram comigo e tinha um artigo falando sobre o assunto, que eu só li a chamada da capa e faz bastante tempo isso. Mas funciona, eles vão logo embora e demoram a voltar. Boa sorte no desafio!

  19. Sarah S Nascimento
    28 de janeiro de 2020

    Olá, gostei muito da reflexão final do seu microconto. Pensei um pouco e acho que faz todo o sentido. Parabéns pela ideia, foi muito boa.
    Seu microconto foi bem escrito, a situação adequada, pois nesse momento todos pensam mais profundamente sobre a vida e a morte.
    Gostei também da linguagem que você usou e do fato do personagem principal tentar ser educado, mas ainda assim ter sua própria opinião.
    Boa sorte no desafio.

  20. Sabrina Dalbelo
    28 de janeiro de 2020

    Olá,
    Olha, eu gostei, mas mais do início. Achei que o personagem ia nos surpreender, mas o pensamento final dele não me impactou, ainda que a narração tenha sido MUITO bem conduzida.
    Bem no finalzinho, a partir de “que se me deixassem morrer duas ou mais — aí já não seria nenhum mistério.”, o argumento perdeu a potência.
    Se poderia acabar na palavra “vez”? Acho que não, mas eu queria mais.
    Sei lá, poderia fazer um retorno ao início da premissa (da religião):
    “Respondi polidamente que sim e pensei que não, que o problema, na verdade, era que a gente só podia experimentar a morte nós mesmos uma única vez.
    Vida eterna, morte eterna.”
    Essa é apenas uma sugestão, se me permite; para ilustrar o meu comentário.
    Um abraço

  21. iolandinhapinheiro
    28 de janeiro de 2020

    Acredito que entendi. Porque não nos acostumamos com a morte? Porque morremos apenas uma vez. Se não há repetição, não há como se acostumar. Faz sentido desde que se refira apenas à própria morte, mas como vivemos em sociedade, inclusive o seu personagem, estamos constantemente convivendo com a morte dos outros, o que nos levaria a entender a ideia de finitude. Talvez se acostumar não seja a melhor palavra para o sentimento que temos diante da morte, o problema está em aceitá-la. Abraços.

  22. Bia Machado
    28 de janeiro de 2020

    Olá, Lúcio! Olha, pra mim não foi muito interessante a leitura do seu conto, ele parece não ter conclusão, são só algumas reflexões, mas a que se destina tudo isso? O começo também, houve um excesso de informação, abordagens desnecessárias. Acho que o texto precisa ser repensado, ou então ser ampliado. Obrigada!

  23. Ana Carolina Machado
    27 de janeiro de 2020

    Oiiii. Um microconto sobre um velório e sobre uma reflexão sobre a morte que surgiu. Esses momentos sempre são delicados, pois mostram como a vida é passageira. Eu acredito nesse pensamento de que a alma do homem anseia a vida eterna, pois Deus criou o homem para que tivesse a vida eterna. Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio.

  24. Fabio D'Oliveira
    27 de janeiro de 2020

    Olá,Lúcio!
    Ficou faltando algo. A sensação foi que, infelizmente, trata-se de um trecho de algo maior. Ao meu ver, o micro possui mais de um foco, tanto a morte da tia, quanto a idade do narrador e o mistério da morte. As informações inseridas no primeiro parágrafo acabam sendo desnecessárias e atrapalha o argumento principal. Não precisamos saber que a pessoa é Testemunha de Jeová. Não precisamos saber da idade do narrador. Precisamos saber que, de certa forma, estava em luto, que alguém tentou confortá-lo e que isso era algo tolo e inútil.
    O micro poderia ser menor e levantar as mesmas questões.
    A parte boa é que levanta algumas reflexões. Gostamos do mistério, de certa forma. A vida se torna mais interessante.
    Enfim, é isso!
    Atenciosamente,
    Fabio D’Oliveira

  25. Vanilla
    27 de janeiro de 2020

    Bem legal o jeito que você explora esse tema sobre a morte, gostei da ideia, só acho que poderia ter um foco melhor, como a preocupação em nomear a tia que não tem tanta importância assim. Bom conto, parabéns!

  26. brunafrancielle
    27 de janeiro de 2020

    Hmmm.. Enredo simples, gostei quando a Testemunha de Jeová apareceu. É um personagem interessante de ser usado em histórias, porque é familiar. k
    Pero.. o diálogo que se travou é pouco intrigante. O pensamento da protagonista não chamou minha atenção, é apenas uma opinião.
    Gostei mais do pensamento do crente.
    E o que a tia Hilda tem a ver com isso? Não acrescenta pra história essa ambientação inicial. Talvez se fosse apenas “tia” teria ficado melhor, já que os protagonistas não tem nome, e esse personagem não relevante tem.

  27. Cicero G Lopes
    27 de janeiro de 2020

    Belíssima reflexão, um pensamento profundo. Mas, EU não encontrei as características de um conto. Boa sorte.

  28. Davenir Viganon
    26 de janeiro de 2020

    Conto contrapôs bem as duas formas de pensar, pendendo para uma reflexão boa para uma crônica mas direta de mais para um conto. no mais, bom conto

  29. Matheus Pacheco
    26 de janeiro de 2020

    Resolveu tudo que os padres, pastores e patriarcas a anos discutiam.
    Um ótimo conto que explora de maneira bem humorada a tragédia da morte.
    Bom desafio ao escritor.
    Um abraço.

  30. Marília Marques Ramos
    26 de janeiro de 2020

    Texto intrigante e muito bem escrito! Um tema forte que faz a pessoa refletir melhor sobre o luto.

  31. Evandro Furtado
    26 de janeiro de 2020

    Eu gosto muito do estilo de escrita do(a) autor(a), mas sinto que o conto está faltando pedaço. Isso me parece um excelente início para um conto tradicional, no qual a ideia inicialmente apresentada pode ser desenvolvida e reflexões mais profundas podem ser tidas.

  32. Gustavo Araujo
    26 de janeiro de 2020

    Achei o conto bem escrito e bem contextualizado — só mudaria o “seu” na primeira linha para “dela”, para deixar claro que o interlocutor era amigo da defunta. Não curti, porém, a alusão às Testemunhas de Jeová. Não são eles, somente, que empenham a vida em favor de um ser imaginário. Do jeito que está, ficou preconceituoso. Poderiam ser católicos, evangélicos… Ou seja, talvez fosse melhor suprimir essa referência, até porque diversas religiões têm como mote a conversão dos infiéis. A resposta do narrador, porém, ficou bacana — eu me vi dando essa resposta — e cairia bem em face de qualquer credo.

  33. Sandra Teixeira
    26 de janeiro de 2020

    Gostei do tema, da escrita e me fez refletir sobre o jovem as certezas e as dúvidas que vivemos sobre o tema da morte. Boa sorte

  34. Rafael Carvalho
    25 de janeiro de 2020

    Então… gostei do texto, mas esperava algo diferente do final, a chegada do personagem de outra região me deixou esperando alguma “disputa” de ideias, que não rolou, e acabou sendo um pouco frustante, mas isso é culpa minha mesmo de criar expectativa deliberadamente. Parabéns pelo conto, boa sorte.

  35. Andre Brizola
    25 de janeiro de 2020

    Olá, Lucio. O questionamento sobre a morte é um tema legal, que sempre abre hipóteses interessantes e, as vezes, polêmicos, sobretudo se posições religiosas se confrontam sobre o assunto. Mas aqui ele foi explorado sob o ponto de vista de um jovem, mais prático do que filosófico no seu elaborar de opinião. Até aí tudo certo. Só que a aproximação de um personagem de posição religiosa me deixou esperando um conflito de ideias, que nao aconteceu. Foi quase um “talk to the hand”. E isso esfriou a trama, pra mim. Mas achei genial o fato do testemunha de Jeová ter se sentido tentado. Quem o teria tentado, hein? O próprio Jeová ou o adversário (vai lá, atazana o garoto)? É isso, boa sorte no desafio!

  36. Rozemar Messias
    24 de janeiro de 2020

    Texto de leitura fácil, reflexivo. Merecia um final mais impactante. Boa sorte!

  37. Pedro Paulo
    23 de janeiro de 2020

    O microconto propõe um exercício filosófico sobre uma questão antiga, confrontando duas perspectivas diferentes ao mesmo tempo em que situa personagens em uma situação, indicando um autor habilidoso.

    Boa sorte!

  38. Carlos Vieira
    23 de janeiro de 2020

    Um tema bastante complexo. Ao menos o tema foi apresentado em um ambiente que facilitou razoavelmente a introdução. Talvez uma linguagem mais direta facilitasse o desenvolvimento do diálogo, por exemplo com o enxugamento das expressões “ter se sentido tentado a dizer”, “(pergunta retórica, pausa)”, “Respondi (…) que sim e pensei que não”. Mas a ironia é uma proposta interessante para questionar a conversão, religiosa ou não.

  39. Luciana Merley
    23 de janeiro de 2020

    Olá Lúcio. As explicações sobre o velório (de quem era, qual a relação do religioso com a falecida) me parecem desnecessárias. A frase de consolo é muito boa e verdadeira segundo a doutrina Cristã, mas a conclusão no pensamento do personagem me pareceu muito simples para uma questão tão complexa como essa: a morte. Não sei se foi a intenção, mas me pareceu um conto irônico, logo, um final mais voltado para o humor teria ficado mais atraente. Boa sorte

  40. antoniosbatista
    23 de janeiro de 2020

    Esse é um conto que faz pensar, e isso é bom. Natural que a morte é uma só e a vida é a única oportunidade que temos para aperfeiçoar o espírito. A morte não é um mistério, a vida ,sim. O conto pode ser interpretado de várias maneiras e é um bom conto.

  41. Anderson Góes
    23 de janeiro de 2020

    As vezes as palavras de consolo numa situação como essa acabam parecendo fazias e desnecessárias dependendo de quem diz, algumas pessoas só dizem por convenção, mas eu gostei do seu conto porque tem uma reflexão no fim que realmente faz muito sentido… Parabéns!

  42. Valéria Vianna
    23 de janeiro de 2020

    Um texto reflexão que merecia, ao meu ver, um final, digamos assim, mais provocativo, que instigasse o leitor. Está muito bem escrito do princípio ao fim, mas numa temperatura morna do ponto de vista textual. Congratulações.

  43. Elisa Ribeiro
    22 de janeiro de 2020

    O conto traz uma reflexão sobre a morte. Está bem escrito e a leitura flui fácil e agradável. Senti falta de uma surpresa ou alguma reviravolta de maior impacto. Parabéns pelo trabalho. Boa sorte.

  44. Fabiano Sorbara
    22 de janeiro de 2020

    Olá, Lúcio! Uma narrativa que conduz o leitor para uma reflexão sobre os mistérios da morte. A escrita foi bem cadenciada, pausas no momento certo, leitura agradável. Esperei por uma surpresa ao final do texto, mas não aconteceu, o que fica para quem leu é pensar no pós vida.
    Desejo boa sorte no desafio. Abraços.

  45. Regina Ruth Rincon Caires
    22 de janeiro de 2020

    Um conto para estimular a reflexão. No popular, filosofia pura. Todo ser pensante procura a razão da morte. Há inúmeras “explicações”, mas a realidade é uma só. O que assusta é a finitude. Ninguém é preparado para o fim de coisa alguma. A vida é uma moenga que nos leva a continuar, ir em frente. Nunca pensamos no final da estrada, só quando nos deparamos com ela. A perda é sempre dolorida. E temos medo da dor, fugimos dela. Diferentes religiões encaram a morte com diferentes “explicações”, mas o despreparo é geral. Todo mundo quer ir pro céu, mas ninguém quer morrer. Sabe a razão? É simples: a vida é boa, tem seus perrengues, mas sempre vale a pena. Tô parecendo o amigo Testemunha de Jeová, né?! Divagando… Lúcio Trindade, vou lhe confessar uma coisa: seu conto me fez pensar. Tem lógica… Uma boa revisão deixará seu texto perfeito!
    Boa sorte no desafio!
    Abraços…

  46. Luiz Eduardo Domingues
    22 de janeiro de 2020

    Gostei muito do conto e da reflexão proposta. Apesar de trabalhar um tema bastante recorrente como a morte, penso que você soube explorá-lo de uma maneira mais original. Parabéns!

  47. Alice Castro
    22 de janeiro de 2020

    Nossa! Que pegada bacana de filosofia! Concordo demais com o ponto de vista do observador, e é bem isso mesmo! Parabéns pelo conto bem escrito e por ser um dos mais surpreendentes até aqui, no que tange à complexidade do assunto, profundidade do desenrolar do enredo e simplicidade no desfecho!

  48. Maria Alice Zocchio
    22 de janeiro de 2020

    O velório da tia Hilda serviu como um momento de reflexão sobre a morte. A tentativa de conversão pareceu inútil, diante de um personagem que, bastante jovem, busca suas próprias respostas. Mais do que as conclusões do jovem, percebe-se nele um personagem forte que pode evoluir para um conto. Como micro conto, senti que falta um pouco de história além das reflexões.

  49. Fheluany Nogueira
    22 de janeiro de 2020

    Leitura fluida, fácil de entender, tão clara que me pareceu um recurso didático para explicar a morte. Não há um conflito, uma reviravolta ou surpresa.
    Boa sorte! Parabéns pela participação! Abraços.

  50. Augusto Schroeder Brock
    21 de janeiro de 2020

    Olá!
    O texto segue bem, fácil de acompanhar, mas o conteúdo não me cativou. Assim como outros textos deste desafio, sinto que falta elaboração em algumas ideias para trazer força ao tema e explorar melhor as poucas linhas disponíveis.
    Às vezes também é uma questão de gosto, somente. De qualquer maneira, parabéns pelo texto.

  51. Fernando Cyrino
    21 de janeiro de 2020

    Ei, Lúcio Trindade, cá estou eu também me intrometendo, cara de pau que sou, no velório da Tia Hilda. Observo a conversa entre vocês e depreendo algumas coisas… A primeira é que os adeptos da Seita dos Testemunhas de Jeová costumam ser mais conhecidos pela chatice de estar sempre tocando as campainhas das casas para fazer proselitismo. Nesse caso, quem sabe aproveitando a presença da Tia Hilda a apoiá-lo, o senhor exerceu o seu papel de chato ao querer converter o nosso herói do conto para a sua Igreja. Aí não entendi uma expressão: que diabos significa “extrema juventude”? Seria um adolescente? Afora não concordar com seus argumentos, mas acho que não devo entrar neles, fiquei com a impressão de que a sua narrativa ficou devendo. Sim, ela não me abraçou. Li o conto e não senti nada e considero isto lamentável para mim. Pena mesmo.

  52. Angelo Rodrigues
    21 de janeiro de 2020

    Caro, fiquei lendo seu conto, pensando, reestruturando-o na minha cabeça, tentando compreendê-lo melhor, talvez, no ritmo das suas intenções.
    Entendi que o conto passa a ideia de que a morte, por só nos conceder uma única e derradeira oportunidade de conhecê-la, sem retorno aos vivos para reportar seus detalhes, mantêm-se como um grande mistério jamais revelado.
    Nesse ponto cheguei a um dilema: o velho interlocutor certamente se referia ao texto bíblico
    “Deus criou a Terra para ser o lar da humanidade para sempre. (Salmo 104:5; 115:16; Eclesiastes 1:4) Deus abençoará as pessoas obedientes com saúde perfeita e vida eterna num paraíso na Terra. — Salmo 37:11, 34.”
    Quero dizer com isso que o interlocutor, como posto, não via mistério algum na morte, simplesmente porque, segundo suas crenças, ela não deveria estar ocorrendo – fomos criados para viver eternamente – como comumente acontece (aqui a contradição).
    A construção elaborada, de certa forma, conspira na direção da difícil compreensão entre a proposta apresentada pelo interlocutor do protagonista – a pergunta retórica formulada por ele – e a conclusão a que o mesmo chegou, de que a morte sempre será um mistério. Creio que, de alguma forma, o conto se estruturou como um silogismo, onde uma proposta (a pergunta retórica) levou a uma conclusão diferente – talvez contraditória – da sua inicial.
    Bem, um conto legal, que, no limite, me levou a algumas reflexões. Obrigado por isso.
    Boa sorte no desafio.

  53. Vitor De Lerbo
    21 de janeiro de 2020

    O tema é forte e apresenta dois personagens diametralmente opostos – uma pessoa de idade e religiosa, e a outra jovem e contestadora.
    Ao mesmo tempo, o/a protagonista demonstra não ter força ou disposição suficiente para defender seu ponto de vista, interiorizando-o.
    Ironicamente, ao discordar da pessoa mais velha, o/a protagonista concorda com ela em partes – morrer uma única vez deixa implícito, numa análise mais profunda, uma descrença em reencarnações, assim como acredita a pessoa mais velha.
    Boa sorte!

  54. Fabio Monteiro
    21 de janeiro de 2020

    Deste misterio todos nos compadecemos. Simplista. Lhe desejo Boa Sorte neste desafio.

  55. Claudio Alves
    21 de janeiro de 2020

    Texto reflexivo sobre o mistério da morte. Em verdade, carregamos um cemitério na cabeça. Só aos poucos nos damos conta da finitude de tudo. O velho crente, enfrenta a morte com a esperança, único remédio dos miseráveis. A jovem ainda não enfrenta. apenas questiona-se. Só se morre uma vez, por isso temos medo. Só se vive uma vez, mas disso não temos medo, ou disfarçamos nosso medo inventando coisas para matar o tempo? Boa sorte no desafio!

  56. Rodrigo Fernando Salomone
    21 de janeiro de 2020

    Gostei por tratar-se de tema ligeiramente espinhoso. Parabéns e boa sorte.

  57. Paulo Luís
    21 de janeiro de 2020

    O enredo trás uma incongruência, a inconsistência de fundamento sobre a morte, um tanto sem sentido. A adjetivação em “extrema juventude”, o que é uma juventude extrema? Respondeu polidamente que sim e pensou que não; e respondeu de que forma: pra você mesmo? E o “já não seria nenhum mistério” não foi a questão posta no corpo do enredo. Acho que esse conto precisa ser melhor pensado, trabalhado, pois a premissa é muito boa.

  58. Carolina Langoni
    21 de janeiro de 2020

    Eu sempre tive curiosidade com a morte, por isso me intrigou bastante.
    Achei muito boa a forma do personagem de pensar, mas achei que ele deveria ter falado o que pensa ao invés de consentir. Esses tópicos podem gerar brigas indesejadas, mas nos ajuda a refletir. Eu penso que é sempre bom conversar com pessoas mesmo que o pensamento delas sejam diferentes. É só estar aberto aos outros e se abrir com outros de forma respeitosa.
    Escrita muito boa, pensou numa situação em que os personagens interagem bem.

  59. Fernanda Caleffi Barbetta
    21 de janeiro de 2020

    Olá, Lucio, o seu microconto leva a uma reflexão interessante, o tema escolhido é bom. Quando o amigo da tia conversa com a menina, faltou o travessão ou as aspas para pontuar corretamente a fala. Não entendi o uso dos parêntesis no meio da narrativa, juntando um pensamento da menina ou a opinião da menina-narradora com a informação de que houve uma pausa. Outra coisa é que para mim os argumentos da história não são sólidos e não batem. Ele questiona o fato de não aceitarmos a morte por acharmos que viveremos para sempre. Ela relaciona a circunstância de termos uma única vida ao fato da morte ser para nós um mistério. Ficou um pouco incosistente, na minha opinião. Boa sorte.

  60. Emanuel Maurin
    20 de janeiro de 2020

    Um conto com teor filosófico. Tá bem escrito e de fácil entendimento. Boa sorte.

  61. Cilas Medi
    20 de janeiro de 2020

    Sinceridade não é um ato bem visto na sociedade quando o que se tem que escrever ou falar é desconfortável para quem nos dirigimos.
    Preâmbulo feito, digo que foi bem sem graça ler o conteúdo do seu conto. Puro clichê! Boa sorte!

  62. Nelson Freiria
    20 de janeiro de 2020

    O texto explorou a diferença da forma de pensar dos personagens para refletir sobre o mistério da morte. Poderia dizer que a religião, levando em consideração o texto, cega a pessoa, limitando sua forma de pensar? Pois foi essa a impressão que tive.
    Por ser um micro conto reflexivo, o clima que o enredo passa é um tanto morno.

  63. angst447
    20 de janeiro de 2020

    Um conto com linguagem clara, coloquial, e que traz uma reflexão existencial. O que afinal é a morte? Ela realmente existe? Há opiniões divergentes em relação ao tema, mas o seu texto ficou bem finalizado. A opinião de um jovem sobre o mistério da vida e da morte. Boa sorte!

  64. leandrociccarelli2
    20 de janeiro de 2020

    Gostei do ambiente e dos personagens, criou uma atmosfera interessante, mas achei o final bem clichê.

  65. Jorge Miranda
    20 de janeiro de 2020

    Interessante seu conto. Uma reflexão sobre a morte como uma experiência singular. Uma leitura fácil e que flui tranquilamente. Gostei. Boa sorte no desafio.

  66. Luiza Moura
    20 de janeiro de 2020

    Texto bem simples, mas passa uma mensagem boa. Gostei!

  67. Priscila Pereira
    19 de janeiro de 2020

    Olá, Lúcio!
    Então… Tudo que é um mistério dá medo, não estar no controle da situação dá medo… Seu micro é um retrato do cotidiano, que talvez seja até real, e ao mesmo tempo traz um tema forte pra reflexão. Gostei.
    Parabéns e boa sorte!

  68. drshadowshow
    19 de janeiro de 2020

    Verdade. Não seria mistério. E isso é que é legal. Não saber se há ou não há, e não esse bando de idealizações ridículas que servem para enriquecer os grandes e empobrecer e controlar as massas. Gostei. Bem estruturado e objetivo.

  69. Eder Capobianco
    19 de janeiro de 2020

    Bastante elucidativo……….o confronto de gerações………uma, mais próxima da morte e com medo, outra, que não a vê nem de longe, e a enfrenta………..interessante como os personagens são descritos……….o “Testemunhas de Jeová” e a “extrema juventude”…………corroboram com a análise………….

  70. Anorkinda Neide
    19 de janeiro de 2020

    Um reflexão,,, fiquei pensando um tempo… hehe

    Bom!

  71. Anônimo
    19 de janeiro de 2020

    Leitura fácil e instigante. Tema forte. Boa sorte!

  72. jetonon
    19 de janeiro de 2020

    Solução de um enigma. Muitas são as palavras de conforto numa situação semelhante. Mas essa arrasou.
    Boa sorte!

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Publicado às 19 de janeiro de 2020 por em Microcontos 2020 e marcado .
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