Uma, duas, três peninhas perto da janela entreaberta. Segurou Maurice enquanto ele lambia uma pata.
– Menino malvado! Como consegue fazer uma coisa dessas?
Pensativa, alisou o pelo do gato. Não tinha sido o primeiro e nem o último passarinho comido pelo dócil animal. Talvez por isso gostasse dele, eram parecidos demais: dóceis, mas sem desperdiçar uma presa.
Ligou a tevê. Mais uma vítima de K. encontrada. O oitavo homem que, como os outros, saíra livre de uma condenação explícita de feminicídio. Tratavam-na como assassina em série.
Sarah sorriu satisfeita e, imitando Maurice, lambeu seus dedos.
A vingadora, ou mulher gato. Uma comparação entre a natureza dos gatos e da vingança, porém o instinto do gato está mais para impiedade do que para justiça. Boa escrita. Parabéns!
É uma ideia muito potente. O paralelo entre predadores, o choque frente ao assassinato que o gato comete, mas não com os seus próprios. Mas a forma não entrega o impacto dessa imagem, a força dela. Tem muita informação entregue de graça, por ex, a frase “talvez por isso…” poderia ser invertida e cortada, ficando “parecia dócil, mas não desperdiçava… talvez por isso Sarah gostasse dele”. Sem dizer que eles são parecidos, deixando essa conclusão pra quem lê. O penúltimo paragrafo também está muito informativo. Essas informações são importantes para o conto, mas entrega-las de outra forma talvez o deixassem mais forte.
Gosto muito da conclusão, seria interessante se só notássemos quem é essa mulher que briga com o gato aqui, e não no parágrafo anterior, o que acontece por causa do “mas sem desperdiçar…”
Abraços.
Olá, Jojo. Muito bom. Uma história completa, bem narrada e com um final fantástico. A dona e o gato, ambos inocentes e implacáveis, sem questões. Perfeito. Parabéns e boa sorte no desafio.
Olá, Jojo.
Bom microconto! Interessante os paralelos entre o gato e sua dona, a serial killer de matadores de mulheres. É uma boa ideia para uma história maior!
Boa sorte no desafio!
Primeiro eu fiquei curioso quanto ao pseudônimo, Jojo que você é do anime JoJo?
Mas agora falando Sério, tem um enredo muito bom, principalmente pelo número limitado de palavras, sobre uma “justiceira” ou até mesmo uma assassina em série que predava homens que cometeram o crime do femininícidio.
Um ótimo conto.
Um abraço.
Uma serial killer e seu gato igualmente serial. Parabéns.
Eu gostei do conto Rihannesco, mas achei ele um pouco fraco em sua narrativa. Está bem escrito, percebe-se a ironia entre a mulher e o gato, ambos fazem o mesmo, mas faltou algo. Boa sorte
Preciso refazer os comentarios muito curtos pq decidi votar..nao resisti 🙂
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Eu vejo esta justiceira como completamente louca.. foi a expressao que me veio à cabeça agora quando reli e a ‘vi’ lambendo a mão.. rsrs
Não vou questionar os feminicídios nem a abordagem dele nos contos, mas sim, que uma pessoa que faz justiça com as próprias mãos é doida, mesmo que a loucura seja advinda de uma causa justa, é loucura.
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Mas esta personagem, mulher-gato é uma louca que nos seduz porque vc a trabalhou muito bem.
Parabéns, entrecontista!
Gostei bastante da comparação da mulher com a cata e as cenas de “lamber as patas” são deliciosas de imaginar. Meio macabro, porque o ato do gato de lamber as patas demonstra prazer, satisfação. Logo… não julgo ela.
Boa sorte!!
A comparação não é muito boa: o gato caça o pássaro por algum instinto animal que o compele a buscar seu alimento em uma presa frágil. K, por outro lado, mata por justiça (espero que ela faça a pesquisa correta antes de matar. Vai que o homem era inocente mesmo, no final das contas! rsss) e por um sentimento de vingança por aquelas que não puderam se vingar.
O conto é bom. A cena é muito bem narrada; mal parece ter apenas 99 palavras. O cenário é bem construído e Sarah também, passando uma imagem de justiceira mas, ao mesmo tempo, psicótica. Interessante!
Escrita: Muito boa
Conto: Muito bom
Olá!
Ótimo texto, bem construído.
Parabéns!
K e Maurice têm algo em comum: não resistem a uma boa presa.
Elementos fundamentais do microconto:
Técnica — muito boa. O sarcasmo em estilo lúdico deu liga.
Impacto — bom. Mais pela comparação esdrúxula de um gato com uma homicida serial.
Trama —muito boa. Desperta emoções esquisitas. Vou ficar de olho nos meus gatos.
Objetividade — muito boa. Embora o penúltimo parágrafo esteja desnecessariamente explicativo, tirando um pouco do brilho. Mas a última frase salvou a colocação.
Uau, bem interessante e atrativo essa personagem, o jeito que a narrativa foi feita foi de extrema ajuda para toda essa diversão na leitura. Parabéns, gostei muito!
Olá, Vanilla, adorei seu pseudônimo, amo baunilha! Que bom que se divertiu lendo, eu me diverti escrevendo, sinceridade… =)
Olá,
Conto inteligentíssimo. Soube usar o pouco espaço para criar uma narrativa empolgante, personagem bem construída e uma trama inteira por trás. Muito bem executado. O começo é excelente, todo o texto é, não tem muito mais o que dizer. Fazer justiça com as próprias mãos não é o caminho. Dizem. Mas é aquela questão, bandido bom… NÃO PERA. Hahaha. Ah, eu amo ficção…
Parabéns, boa sorte!
Oi, Amanda, grato por seu comentário! Na verdade esse tipo de bandido aí que foi eliminado era um bandido que devia sofrer, sofrer, sofrer muito, ir para um Gulag, qualquer coisa, pra pagar bem caro, hehe.
Boa tarde! Gostei do conto, tem um ar de história em quadrinhos. A protagonista é quase uma Mulher-Gato, mas em vez de roubar diamantes e outras preciosidades, ela mata homens que saíram impunes de assassinatos. Inclusive a cena da lambida na mão lembra a clássica vilã do Batman. A estrutura é boa, a narrativa também, e consegue surpreender o leitor ao abordar uma mulher num papel que geralmente vemos com homens.
Oi, Fil, grato por seu comentário. Adoro a Mulher-Gato.
Acho muito, MUITO atrativo o tema do Serial Killer com gênero invertido: o assassino aqui é uma mulher. Também gosto da analogia com gatos, pq de acordo com Tolkien, gatos são fauna de Mordor! rsrs
Parabéns, adorei.
Oi, agradeço por seu comentário! Ei, pelo visto Tolkien sabia das coisas. =D
Mais um caso de “menos é mais”! Muito boa premissa, mas, muita explicação, justificativa, detalhamento… Na MINHA opinião tudo isso tira a força do conto. E ainda assim, é muito bom! Parabéns e boa sorte.
Olá, agradeço pelo comentário! Esse “ainda assim” foi bem simpático.
Oiiii. Um microconto sobre uma justiceira chamada K e seu gato Maurice e a semelhança que os uni. É interessante a analogia entre ela e o gato, pois o animal sente prazer na caçada e não apenas no momento em que pega sua presa. É interessante como o que a moldou foi o sentimento de que justiça não foi feita como diz no trecho que diz que mesmo com uma condenação explícita o homem tinha saído livre. Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio.
Pois é, Brasil não é para amadores… Agradeço pela leitura!
Nossa, seu microconto começa sutil, afinal, os gatos são caçadores, é do instinto deles. Depois vamos vendo como a coisa é mais macabra.
Seu final foi bem mórbido com a dona do gato imitando o gesto dele.
Não entendi o trecho que citou os homens que ela mata, porque eles iam se livrar de acusações de feminicídio esplícito?
Um microconto muito bem escrito, criativo e macabro.
“Não entendi o trecho que citou os homens que ela mata, porque eles iam se livrar de acusações de feminicídio esplícito?” Certamente porque aqui nesse país, infelizmente, muito cara que mata mulher consegue a façanha de sair ileso, ou pagar a coisa bem “de leve”, vide goleiro Bruno… Agradeço pela leitura!
Que conto! Enredo bem elaborado. A conexão entre o gato e sua dona. Um Tarantino, como já disseram aqui.
Que bom que gostou! Agradeço sua leitura!
Olá, Jojo.
É um micro completo, com início, meio e fim, bem delineados. A conexão entre Sarah e Maurice é interessante. Creio que seja o ponto mais interessante desse conto. A forma como ela se identifica com o gato, que é um predador aparentemente dócil, ajudou na formação do caráter da protagonista.
Meu único problema com o micro é o enredo. Pouco cativante, com a cena exagerada da lambida de dedos no final sem nenhum motivo, só para relacioná-la com o gato, acabou não me atraindo tanto. Se tivesse uma justificativa, como se estivesse comendo um salgadinho, seria uma analogia mais inteligente, sem forçar a barra, mas não foi o caso.
Mas você fez um bom trabalho! Não dá pra agradar todos.
Parabéns! E boa sorte no desafio!
Enredo é igual gosto, cada um tem sua preferência (nem sei se é isso, foi só pra fazer uma graça mesmo, hehe). A lambida nos dedos foi instintivo no caso dela, mas acho que não ficou muito bem entendido isso, não quis forçar barra, só mostrar a medida com a qual ela parecia com o gato. Agradeço pelo elogio e pela leitura.
Parabéns pelo conto, conseguiu criar um universo em torno do se micro conto e conseguir concluir ele dentro do que se propõe.
O texto esta bem escrito e possui um ótima estrutura, sendo fluida e prazerosa para quem lê.
O “K” faz referência ao Kira do Death Note? 😛
Gostei bastante do conto mesmo, boa sorte aí!
Oi, agradeço por seu comentário. Sim, o K vem daí. =) Boa sorte pra você também!
É. Sarah mata por vingança, mas está claro que também sente prazer em matar.
Em literatura é muito, muito bom ver que esses seres são banidos de alguma forma.
Na literatura 😎
Gostei muito, parabéns!
Por isso que gosto da Literatura e do Cinema, nossos sonhos justiceiros se realizam, haha! Agradeço o comentário! Sua foto de perfil é mara! *-*
Ora ora, senão é a versão serial-killer da Mulher Gato
Gostei do conto, achei bem contado e fugiu um pouco do tradicional. Parabéns!!!!!
Ora ora, te agradeço por esse comentário. E Givago é por causa do filme? Ou do livro?
Nenhum dos dois!! Kkkkkkkkkk
Minha irmã tinha um amiguinho chamado Givago e minha mãe gostou do nome kkkkkkkkkkk
Eu gostei do tema do conto, mas senti falta de uma narrativa um pouco mais elaborada. Talvez se a metáfora fosse trabalhada com uma linguagem mais poética, colocando na mulher mais elementos de gato, o resultado final teria sido mais impactante.
Oi, Evandro, agradeço por seu comentário. Em uma reescrita, com um espaço bem maior, estarei atento a colocar mais elementos de gato, pode deixar. 😉
Hmmm.. Parece que vc conseguiu inovar um pouco neste tema, tão batido.
Sim sim. O mais inovador do tema até agora, dentro os que eu li. Gostei do paralelo com o gato, abrilhantou a história.
Foi criativo.
Seria uma justiceira social sem relação com nenhuma das vítimas? É oque parece. Se K existisse talvez os números do feminícidio diminuiriam, ou não.
Oi, Bruna, o mundo real infelizmente está precisando de muitos justiceiros… Tem muita gente escapando aí facinho, né? Te agradeço pelo comentário!
Amei o seu conto, as comparações entre o gato e a justiceira e adoraria saber mais dessa história, você deveria desenvolvê-la e tornar em uma história maior porque eu enxergo um grande potencial nela, amei a figura do gato (amo gatos)… Parabéns e pense no que eu disse!
Oi, mocinho, não dê ideias, por favor, mas só sei que adoraria escrever mais sobre isso rs. Te agradeço pela sugestão e pelo comentário!
Uma analogia que, a princípio, parece trivial e depois se torna diretamente associada ao hábito assassino do gato. É interessante que, por um lado, existe um aspecto justiceiro, mas, por outro, um psicótico, dado que se a analogia for seguida à risca, a personagem veria suas vítimas como o gato vê passarinhos. Presas naturais. Ambiguidade que dá mais valor ao microconto. Interessante!
Oi, Pedro, concordo com você. Uma pessoa em sã consciência, mesmo que motivada pela justiça, provavelmente não teria esse sangue frio. Agradeço pelo comentário!
Olá, Jojo! O tema violência contra a mulher foi explorado de diversas maneiras neste desafio. Acho que é o tema mais recorrente entre todos os contos. Entretanto, acho que você conseguiu uma diferenciação por ir por um caminho diferente, onde a vingança é mais impactante do que a violência contra a mulher. Não fiquei com a impressão de que é apenas mais um conto, sabe? Achei muito bem narrado. Bom trabalho! Boa sorte no desafio!
Olá, André, te agradeço pelo comentário. Verdade, quantos contos abordaram esse tema, sinal de que o pessoal está ligado na realidade e acho isso um bom sinal, sim… Boa sorte pra você também!
Só faltou o Dirigido por Quentin Tarantino e uma música dos anos ’70. GOstei da imagem que formou com uma justiceira em analogia ao gato. Acho que poderia até ter investido mais no clichê como o Tarantino faz. Bom Conto! parabéns!
Oi, Davenir! Te agradeço pelo comentário. Vi poucos filmes do Tarantino, confesso, mas os que vi eu gostei bastante. A intenção é investir em mais clichês como esse que falou, sim, mas fora do desafio, com espaço do tanto que eu quiser, por isso o desafio foi bacana: a gênese foi aqui. 😉
Gostei do conto, a forma de escrita gera empatia com o gato e a garota. Parabéns!
Oi, agradeço pelo gentil comentário!
Olá, tudo bem? Finalmente estou lendo esse conto tão comentado em um grupo do qual participo com outras contistas… Várias lá querendo saber quem é você, haha, e agora que li, também quero saber. Quanto ao seu conto, eu gostei bastante. Houve um tempo em que eu gostava demais de histórias de assassinos em série, hoje ainda me despertam interesse, mas confesso que grande parte me incomoda, pensar em toda aquela violência. Bem, não sei como as vítimas da Sarah morreram, mas espero que tenham sofrido bastante antes. Na vida real não concordo com esse negócio de fazer justiça com as próprias mãos, mas tem certos casos que me tiram do sério e fazem despertar uma vontade de ver a pessoa receber tudinho de volta, sofrer bastante mesmo. Então quando diz que “tratavam-na como uma assassina em série”, na verdade era uma justiceira. Eu realmente amei isso. E gostei do começo despretensioso e leve e do final provocador, ao melhor estilo Mulher Gato, só faltou um “miau”, haha. Agora, só tenho uma pergunta: por que “K.”? Bem, obrigada.
Oi, Bia! Bem que eu senti minha orelha queimando aqui! Mas é aquela coisa, falem bem ou mal, pelo menos falem de mim! Será que você não me conhece mesmo, hein? Quanto ao “K”, é do Death Note, alguém ali em cima matou a charada. Agradeço pelo comentário.
Ótima analogia e texto bem pensado. Eu gostei muito!
Agradeço pelo comentário, Marília!
Achei o enredo com uma fluidez muito interessante, e tratou o personagem (e não a estória) com uma ironia interessante. A ideia de uma justiceira me causou um efeito contrário do que o sentido talvez pretendido (ou esperado por mim). Talvez eu achasse mais interessante que realmente fosse uma serial killer, despropositada, (estou sendo malvado? Rsrs), até porque Maurice matava passarinhos por um prazer instintivo, e não um propósito de justiça. Mas funcionou muito bem o enredo.
Olá! Ainda não descartei a ideia de que ela seja mesmo uma serial killer, pretendo aumentar a história e é uma possibilidade. Agradeço por seu comentário.
Bom conto. Boa escrita, mas pouco me impactou. Talvez se eu não soubesse que ela era uma matadora de homens que se livraram da condenação de feminicídio eu tivesse gostado mais. Ficou meu forçado, ao meu ver, claro. Boa sorte no desafio.
Agradeço seu comentário. Boa sorte pra você também.
O conto não funcionou muito bem pra mim, infelizmente. Apesar de escrito corretamente e de ser interessante a associação entre um gato e uma assassina, a história me pareceu pouco convincente, acho que por causa do tom maroto com que foi narrada (alguém mencionou Dexter, acho que faz sentido, o cômico está insinuado mas não desenvolvido no conto).
Agradeço pelo comentário e pelas observações, Raione.
Excelente. Analogia sinalizada logo no início do texto entre o comportamento felino e o da protagonista aguça a curiosidade do leitor até o fim. Desfecho cinematográfico. Parabéns.
Que bom que gostou, Valéria! Agradeço pelo comentário!
Boa metáfora entre o gato e sua dona, uma espécie de justiceira. Aqui, como Tarantino, dá-se vazão a um sentimento de vingança, válido em termos literários (e artísticos até) para o fim de se dar aos feminicidas a pena que eles merecem. Bom jogo de palavras, bom contexto criado. Um conto que se exaure em si mesmo, sem necessidade de muitas entrelinhas. Parabéns e boa sorte no desafio.
Agradeço pelo comentário, Gustavo. Particularmente, gostaria que esses caras pagassem de uma forma bem mais dolorosa, sabe? Morte é pouco, na maioria dos casos…
Olá, Jojo. Espero que essa não seja a próxima etapa dessa coisa louca chamada feminismo (kkk), mas não…sei que é apenas um conto. Olha, achei o texto bastante ousado, principalmente por tratar o ser humano sem nenhum romantismo (ou o tal humanismo dos humanistas), como um ser capaz de ser mais afetuoso e perdoador de um animal do que de um outro ser humano. Me interesso particularmente pelas histórias reais dos psicopatas porque eles não tem freios morais e, com isso, nos mostram a importância dos nossos. Se sua personagem não foi criada para ser uma psicopata, ela contraria ainda mais o humanismo, pois trataria de vingança pura e consciente. Achei seu texto bem escrito, com uma ironia clássica e um desfecho compatível. A minha ressalva é acerca da referência direta ao termo técnico “feminicídio”. Fez o conto parecer mais um desses livros encomendados para engrossar o caldo da vez, ou o que chamamos tecnicamente de panfletarismo. Mas, caso utilizasse referências ao caso e não ao nome, teria ficado mais show. Um abraço.
Agradeço pelo comentário. Eu não acho que o feminismo seja uma coisa louca. Por causa dele as mulheres conseguiram conquistar o direito de voto, um pouco mais de igualdade no trabalho, entre outras coisas que ainda representam pouco em vista de muito que ainda deve ser conquistado… Claro, como em qualquer movimento há quem o deturpe. Mas tudo bem, voltando ao conto, só queria especificar bem o motivo dos crimes da moça do conto lá, os criminosos poderiam ser infanticidas, poderiam ser pedófilos, mas não, a pessoa aqui escolheu feminicídio, talvez por ter visto muita notícia sobre o tema no dia em que enviei, sei lá. Mas eu sabia que poderiam classificar meu conto como panfletário e eu teria que acabar me explicando que não foi essa a intenção. Não é o meu primeiro conto em que alguém mata para se vingar, já criei justiceiros e agora criei uma justiceira, foi só isso. Não acredito que ela seja psicopata, só alguém que age de forma extrema, motivada por algo que, claro, não coube em 99 palavras, mas que os comentários aqui me animaram a fazer um conto bem maior com essa ideia… Agradeço mais uma vez por sua leitura e comentário.
Jojo, misericórdia… Deus seja louvado… ❤
Jojo, como eu disse: o problema não é o tema, mas a referência clara ao termo técnico e que faz o texto parecer um panfleto de movimento social. Bom, e a minha visão sobre feminismo é porque eu o conheço o suficiente. Nunca serei uma feminista. Contraria profundamente os meus valores. E, obviamente, respeito os seus. Um abraço minha cara.
Ah, sim, fazer um conto maior, mudando muita coisa do que pensei quando escrevi esse micro…
Olá, compreendido está. Meu texto não é um panfleto social. O feminicídio é uma realidade, infelizmente. Assim como pedofilia etc., como eu disse. Foi apenas um caminho que eu segui. Um abraço.
Jojo pelo filme? Gostei do conto e simpatizei com a personagem, mesmo conhecendo pouco dela. O paralelo com os gatos foi interessante, mas ela não precisava ter lambido os próprios dedos (Cats demais) – poderia, por exemplo, ter se espreguiçado. Mas é um micro interessante. Parabéns e boa sorte no desafio
Oi, não sei que filme é esse, depois te conto de onde vem… Eu já ouvi falar da peça Cats, quem sabe um dia vejo na Broadway, mas o filme não vi e nem verei, pelo que já ouvi falar. A inspiração para esse conto veio de um gato real, mas a ideia da lambida surgiu do nada quando estava terminando de escrever e não resisti rs. Agradeço pelo comentário.
Sarah danadinha… Esconde-se em K., a justiceira.
Texto muito bem escrito, história bem amarrada. Tal qual o gato, a dona aguardava a sua próxima presa. No caso dela, era fome de acerto de conta. Matou mulher, saiu ileso, morre. Simples assim. Tão simples quanto o ato de o felino abater o passarinho para se alimentar. Natural. Claro que não é, isso é uma comparação delirante. Para o humano, matar não é natural. O felino é essencialmente instintivo, a razão é privilegiadamente humana.
Belo texto, muito criativo.
Parabéns, Jojo!
Boa sorte no desafio!
Abraços…
Ai, sua linda, dona Regina, agradeço pelo comentário, viu? 😊😊😊
Muitos filmes foram feitos tendo a protagonista como uma justiceira. Fazem justiça por um causa ou causa própria. O argumento não é novidade, inclusive tem um filme na Netflix; A Justiceira. Mas eu me lembrei de outro filme, que não recordo o nome, acho que é O Especialista com Silvestre Stalone e Sharon Stone. Ela se mantem incógnita e com um perfil na internet , cuja imagem é os olhos verdes de um gato. A história do conto é bem atual. Maurice deve ser um gato de raça francesa, chartreux, um gato silencioso e discreto. Sim, fiz uma pesquisa na Wikipédia. Tudo combina no conto, mas eu mudaria algumas coisas, como por exemplo, o início;”Uma,duas, três peninhas”. Parece uma cantiga infantil. Acho que deveria ser mais lacônica, sucinta e contundente. Apesar de ser uma assassina, a personagem mostrou-se dócil Acho que em vez disso, deveria mostrar que era violenta e esganar o gato. Apenas uma sugestão, (não é pra rir)de qualquer forma, um bom conto.
Agradeço pelas considerações! Legal saber que foi pesquisar para ter uma ideia da possível raça do gato, eu já o imaginei de outra forma rs. Mas no micro a interpretação é do leitor (ou quase toda dele)… O início do conto me surgiu assim, acabei mantendo dessa forma, acho que sou bem visual. E quis deixar a moça com essa dualidade mesmo, tipo, como pode matar alguém, mas sentir pena do pássaro? Ela deve ter algum distúrbio, só acho… Hehe.
Uma serial-justiceira. Gostei da forma como você estruturou sua história. Um gatinho fofo e sua dona carinhosa, a preparação para o clímax, o clímax e um desfecho que retoma a cena de abertura. Muito bom! Parabéns e boa sorte no desafio. Um abraço.
Agradeço por sua leitura e comentário!
Achei boa a proposta, sobretudo a analogia entre o gato e a dona. Se pudesse modificar alguma coisa, acho que o fato de as vítimas da personagem serem assassinos feminicidas serve para “amenizar” os crimes da heroína, algo que não penso ser necessário, mas que também não compromete a história. Em todo caso, parabéns!
Olá, acho que afirmar que ela matava só feminicidas ajudou a criar um perfil dela, algo como “matava com um propósito”, não apenas por matar, não qualquer vítima… Não que isso justifique na vida real, mas como aqui tratamos de Literatura… Agradeço pelo comentário!
Boa a comparação entre Sarah e Maurice . Iguais como predadores, mas diferentes nas motivações. O gato instintivo e ela racional com uma justificativa bem própria. O tema é relevante e coube num micro conto. Gostei.
Agradecido pelo comentário!
Dupla interação assassina. Acho que o mais perigoso aqui é o gato (srsrsr), estimulando a assassina nos seus devaneios de lamber os dedos após abater uma vitima. Boa sorte no desafio.
Gatos são inspiradores rs. Agradeço pelo comentário!
Olá, Jojo. Então tanto a dona quanto o animal não perdem uma presa? Achei que ficou muito legal essa interação entre a justiceira e o seu felino. Um conto que me abraçou. Uma daquelas raras narrativas que a gente diz que gostaria de ter escrito. Você escreveu na medida exata, as palavras, por estarem na medida se fizeram ainda mais intensas. Parabéns.
Nossa, que honra pra mim esse seu comentário. Eu já li vários textos seus aqui e posso te garantir que você faria melhor, com certeza. Talvez eu tenha tido um momento em que inspiração bateu e foi irresistível. Ah, todas as pessoas precisam de um gato.
Interessante o paralelo entre o animal de estimação e sua dona; cara de um, focinho de outro.
Só estranhei, ao concluir o conto, a surpresa e quase indignação de Sarah com a morte de outro pássaro. Ela me parece alguém que veria isso como banal rs
Mas isso é detalhe. Gostei bastante do texto, muito bem estruturado e irônico. Uma justiceira à la Dexter.
Parabéns e boa sorte!
Olá! Então, usei o pássaro pra mostrar uma dualidade da personagem, como fica indignada com isso, se assassina pessoas? Foi por isso. 😉
Eu, Jojo. Esqueci de colocar o nome…
Olá, Jojo! Eu comentei seu micro, não sei se foi minha internet que falhou, parece que o comentário não foi enviado. Enfim, comento novamente. Gostei do texto, e a inversão da situação. Uma mulher, uma justiceira. Não que eu aprove justiça com as próprias mãos no mundo real, mas na literatura, no campo imaginário, acho possível seu uso.
Gostei como manteve o clima de suspense no desenrolar do enredo e conseguiu um desfecho muito bom.
Desejo boa sorte no desafio. Abraços.
Olá, Jojo! Gostei da inversão da situação. Uma mulher, uma justiceira. Não que eu aprove justiça com as próprias mãos no mundo, mas na literatura, no campo imaginário, seu uso é possível.
Conseguiu manter o suspense no desenrolar do enredo e ter um desfecho muito bom.
Desejo boa sorte no desafio. Abraços.
Eu achei que tinha te respondido e não apareceu aqui… Enfim, justiceiros pra mim só na Literatura e Cinema, se bem que alguns seres humanos nem mereciam ser chamados como tal, e despertam as piores vontades, enfim… Agradeço pelo comentário.
Uau!!!! Aplaudo-te em pé! Conseguiu fazer de um micro conto um conto inteiro de suspense policial!!!! Nossa! Não para! Preciso saber como continua!!!!!
Parabéns! Tens mais uma fã em mim!
Só posso dizer que depois desse comentário lambi os dedos kkkkkk
Que perigo esses dois seriais Killers, quer dizer, para os passarinhos e os feminicídas. Uma temática que deve sempre está nos contextos, em vista de que, esta mazela criminosa está tão em voga em nossos dias. Um conto direto e reto, muito bem construído, uma narrativa precisa, seríssima, ao mesmo tempo que engraçada. Ótimo Trabalho, parabéns autor (a).
Paulo, eu só tive dó do passarinho, viu, haha. Será que nos dois casos foi só instinto? =) Agradeço pelo comentário.
Olá Jojo, gostei do seu conto, uma história boa, com um final interessante. Gostei do nome que escolheu para o gato tb. Seu microconto é completo, com começo, meio e fim, mas acho que o problema foi justamente estar completo demais. Você subestimou seus leitores e entregou o final, entregou toda a história, toda a surpresa neste trecho: “Mais uma vítima de K. encontrada. O oitavo homem que, como os outros, saíra livre de uma condenação explícita de feminicídio. Tratavam-na como assassina em série”. Pense no seu microconto sem esta parte. Tiraria tambénm o “imitando o Maurice” no parágrafo final, que também é muita informação. Lambeu os dedos seria suficiente, a mensagem seria passada, compreendida e seria arrebatador. Mas isso é só uma opinião de leitora, seu texto não está errado. Parabéns e boa sorte.
Oi, Fernanda! Uma pena que ele esteja muito completo, mas escrever minicontos é um desafio, ainda mais porque 99 palavras é uma tentação de extrapolar, né? E eu escrevi mais e fui cortando, cortando… Eu até fica tranquilo por ter escrito de forma completa, pois no outro desafio de micros não fiz isso, deixei a coisa nas entrelinhas e tomei cada comentário na fuça, com gente entendendo meu conto de uma forma que não tinha nada a ver… Depois que revelarem as autorias, te mostro qual é ele e você veja como foi a coisa … Dessa vez eu assumo que não queria passar o desafio todo explicando aos outros o que aconteceu… Ou seja, preciso de um terceiro micro, quarto, pra treinar essa dose melhor, pois admito que gosto de escrever textos bem mais longos. Agradeço pelas dicas!
Oi, Jojo, esta foi só a minha percepção, cada um lê de uma maneira. Eu gosto quando o autor deixa um pouquinho do trabalho para mim, gosto de ter que interpretar, de escrever junto com o autor rsrsrs. Não é um erro, seu micro está muito bom, é só a maneira que eu vi o texto. Não é você, sou eu rsrsrs. Parabéns.
Fã de vigilantes, amei esta trama. Linguagem sintética, informações básicas , uma boa reviravolta e o divertido paralelo com o comportamento animal.
Parabéns e boa sorte! Abraço.
Te agradeço pelo comentário, também sou fã dessas coisas. 😉
Parabéns, belo conto. Gostei da maneira como começa despretensioso e acaba com uma grata surpresa. Boa sorte.
Te agradeço pelo comentário! 😉
Olá!
Quase fui parar em uma Gothan City de Tarantino. Imaginei a cena nesse tom. Vingança argumentada gera empatia, fazer o quê? Violência torna-se quase instintiva como a do gato.
Parabéns pelo conto.
Agradecido pelo comentário! Preciso ver essa série, me disseram que é muito boa!
Conto legal, fazendo uma associação entre o instituto natural do animal com o “instinto” adquirido da mulher, Sarah.
Não achei relevante nominá-la com K. [killer?], uma vez que ficou solto no contexto e, portanto, poderia ser omitido, ou simplesmente chamá-la de S.
Boa sorte.
Oi, então, concordo com tudo o que disse, sobre a inicial do nome, ia colocar uma explicação no texto do porquê, mas não coube, tirei a explicação e acabei deixando a inicial, até usei no título do conto. Mas não colocaria S., se fosse eu a criminosa, não deixaria a inicial do meu próprio nome, haha. Só precaução. 😉
Olá,
Eu gostei bastante. A temática é atual e necessária. Está bem escrito.
Na minha opinião, não precisava tanta informação, mas essa dose é o grande desafio quando escrevemos um micro.
Gostei muito, me conquistou.
Um abraço!
Então, a dosagem é que é complicada, ainda mais para quem está acostumado a escrever páginas e páginas de uma história. Agradeço pelo comentário!
Gostei do texto, da escrita, da forma que ela interage com o gato.
Te agradeço, seja quem for. 😉
Soy yo (esqueci de colocar meu nome)
interessante a analogia com o gato. gostaria que caracterizasse mais a Sarah. gostei do conto, enxuto e completo.
Oi, Nilo! Então, não teve espaço pra muito mais coisa, até tirei coisa que tinha posto, senão já viu… Se você a imaginou de alguma forma, me conte. 😉
Eita, que dupla assassina. Conto bem escrito e envolvente. Boa sorte.
Fofos eles, né? Agradeço o comentário!
Espetacular pelo fato da mulher reagir e atacar também.
Nada contra o maridocídio, o homemcídio, o lamber os dedos depois de um ataque fatal. Se assim o merecer, ataque.
Uma leitura fácil de entender, compreender e surpreender.
Parabéns!
Que emoção! Ganhei um parabéns do senhor, olha! Agradeço pelo comentário! 💙
Muito bacana. Apresentou bem as personagens. Uma “vigilante”, vingadora, sem freios morais para fazer Justiça com as próprias mãos e seu gatinho caçador. Uma correlação bacana. Percebi notas do Crime e castigo, pois a personagem principal crê, piamente, que os meios justificam os fins para se alcançar o bem. Interessante e bem escrito. Tem chance de ser um dos melhores. Parabéns.
Te agradeço, já ganhei o dia com seu comentário! 😉😉😉
AHHH Surtei. Hahahaha Adorei o plot twist. De início, o texto parece descompromissado, então as surpresas se acumulam de forma deliciosa conforme a leitura avança. Não era só uma assassina, era uma mulher a fazer justiça com as próprias mãos, conforme seus próprios critérios (não vamos entrar no mérito de certo ou errado aqui hahahah). Mas é certo que eu adorei este conto. Muito bem engendrado. Certeza que ficou mesmo dentro do limite de palavras? hahaha Boa sorte no desafio, abraços.
Ah, que linda você! Te agradeço, viu? Por incrível que pareça, deve ter 98 palavras. Mas sim, menos de 100. XD
A Justiceira!
Muito bem escrito, Parabens
Gratidão!
O micro conto trouxe a tona o tema do Justiceiro, mas subvertendo a clássica imagem de um homem nesse papel e colocando uma mulher em seu lugar e com motivos ligadas a uma questão muito delicada e atual. Fazer disso uma comparação ao modo de agir do felino, criou um ambiente interessante para o micro conto. Só não entendi uma coisa, por que “K.”? Não creio que tenha sido uma escolha aleatória.
Olá, quanto ao “K.”, achei que daria para explicar no conto que era como uma marca registrada, tipo o Z do Zorro, ahaha, mas é claro que não coube e eu não quis abrir mão do “K.” rs. Agradeço o comentário!
Conto interessante e bem construído, gostei muito da estrutura que você deu ao texto. Parabéns. Desejo-lhe sorte no desafio.
Agradeço, moço!
Conto sucinto e que diz tudo. Sarah se identifica com o instinto selvagem de seu gato. Como o felino, depois de pegar sua presa (homens que escaparam da punição de seus crimes), também lambe os dedos como quem lava as mãos. Ótima construção de imagem. Boa sorte!
Te agradeço, Claudia, sempre muito gentil! ♥️
É necessário bastante atenção para entender o texto, gostei dos links entre os personagens.
Agradeço, querida.
Pensei na Mulher Gato……….mas não sou conhecedor de heróis de HQ para tecer algum comentário sobre seus significados subjetivos…………achei esta frase um pouco confusa: “saíra livre de uma condenação explícita de feminicídio”……….minha sugestão seria algo como “saíra livre de uma acusação de incontestável feminicídio”…………tema, por sinal, bastante pertinente…………..
Ou “escapara de uma condenação…”, agradeço pela sugestão. Esse foi o pedaço mais complicado. Depois organizo melhor, fora da amarra do limite. 😉
O feminicídio é difícil de engolir. As comparações poderiam ser entre as presas do gato e as presas do rapaz, mas feminicídio não!
Não gostei, me desculpe a franqueza!
Boa sorte!
Estou achando que na sua leitura eu fiz apologia ao crime, mas foi ao contrário. Mas penso que se não entendeu, a culpa é minha. Te agradeço pela leitura, de qualquer forma.
Amei a comparação, a tensão e a dualidade entre K. e o gato. Como gostei desse conto, meus parabéns e boa sorte!
Agradeço, que bom que gostou!
Olá, Jojo!
Que enredo, heim! Um ótimo exemplo de contar muito com pouquíssimas palavras e sem apelar no drama! Arrasou!
👏👏👏👏👏👏👏
Meu preferido, até agora né 😏
Parabéns e boa sorte!
Olá, Priscila, te agradeço pelo comentário empolgante e leitura atenta. Entre tantos contos bons aqui, seria pretensão ser o preferido, mas quem sabe entre os vinte? Se assim for, ficarei feliz. Boa sorte pra você! 😉