EntreContos

Detox Literário.

Zezinho (Neusa Fontolan)

Zezinho acordou com um raio de sol banhando seu rosto, empurrou o trapo que usava como coberta e de gatinhas saiu do buraco onde se escondia para dormir. Sorriu, teve sorte em encontrar aquele refúgio, debaixo de uma escada, na entrada de uma casa abandonada. O vão era bem escondido e para um morador de rua isso era muito bom. Podia dormir tranquilo, sem se preocupar. Antes daquele esconderijo, ele dormia com outras crianças e se revezavam em turnos durante a noite. Sempre tinha um que ficava vigiando enquanto os outros dormiam, porém era rara a noite que o grito de alarme não acordava a todos. Assustados corriam sem olhar para trás, fugindo de quem os atacava, geralmente pessoas maldosas que queriam bater neles, ou coisa pior.

O pequeno se esticou todo, o buraco era bom, mas muito apertado e ele precisava dormir bem encolhido lá dentro. “Hora de ver o que eu consigo pra comer hoje” pensou e saiu andando em direção às ruas com maior movimento. “Se eu tiver sorte, hoje consigo um bom sanduíche, ou um prato de arroz com feijão”. Depois de muito pedir, uma alma bondosa lhe pagou um pingado e um pão com margarina.

Agora que a fome havia sido saciada ele foi sentar no seu lugar preferido, na pracinha, em um banco que dava vista a uma escola do outro lado da rua. Ali, admirando o vai e vem das crianças e suas mães, ele sonhava… sonhava em ter uma mãe. Como seria bom ter alguém que cuidasse dele, que o mandasse tomar banho, verificasse se sua roupa estava limpa para a escola, fizesse seu lanche. Ah… o lanche que ele levaria com cuidado na lancheira. Sua mãe o elogiaria quando tirasse notas boas e o repreenderia quando relaxasse nos estudos, ela ficaria muito brava e ele adoraria ter sua atenção até nessas horas.

Os sonhos do Zezinho não ficavam só na escola, não. Ele sonhava alto! Sonhava em morar em um barraco com sua mãe, onde teria uma cama só para ele e um fogão onde ela prepararia as refeições que seriam três. Três refeições por dia, isso seria o máximo!  

Depois que o movimento da entrada dos alunos acalmou, Zezinho levantou-se, era hora de ver como estava Tom.

Tom era um menino enorme que vivia em um beco, onde esparramou várias caixas de papelão pelo lugar que fingia ser os móveis de sua casa. Por causa do seu jeito meio abobalhado, as outras crianças viviam troçando com ele e o provocavam, mesmo de longe, o dia inteiro. Elas gostavam de atiçá-lo até que ficasse bravo, correndo atrás deles na tentativa de pegá-los. Mas Zezinho nunca fazia isso, queria apenas a amizade de Tom e o visitava todos os dias. Isso foi bom para Zezinho, porque assim ninguém mexia com ele por causa do medo que tinham do tamanho do Tom.

— E aí, Tom. Conseguiu comida hoje?

— Sim, sim. Comida boa – respondeu o grandalhão. – O seu Mané lá do boteco pediu pra mim carregar umas sacas para ele e em troca me deu um prato de arroz feijão, e tinha até batata! Ele me deu também dois sacos de biscoitos e alguns pães, se você quiser, estão ali naquela caixa.

— Quero sim – disse Zezinho e já pensando em comer apenas um pãozinho, pois sabia que Tom, por causa do seu tamanho, precisava muito mais dos alimentos do que ele.

Passou a tarde conversando com Tom, quando viu que ia escurecer, despediu-se e se pôs a caminho do seu buraco para passar a noite. Mas ao chegar perto teve uma surpresa. Viu que estavam descarregando um pequeno caminhão de mudanças. E agora? Onde iria dormir? Ficou de longe observando a movimentação. Os móveis eram muito simples, nada de luxo, mas ele notou um fogão e uma geladeira, que mesmo velhos, deveriam funcionar. Prestando mais atenção, percebeu que apenas uma senhora iria morar lá, pois os homens que ali estavam eram os encarregados da mudança. Quem sabe se ele ficasse bem quieto, a mulher não percebesse nada e ele pudesse permanecer no seu refúgio!

Esperou que terminassem a mudança e que a senhora trancasse a porta da casa. Então, em silêncio e com muito cuidado, deslizou para dentro do buraco.

Acordou com um aroma de comida, um cheiro delicioso que fez seu estômago roncar de fome. Saiu rápido do buraco e foi mendigar para conseguir algo para comer. No dia seguinte aconteceu a mesma coisa. O cheiro era uma tortura, e imaginou que aquela senhora devia cozinhar muito bem. Como ele iria aguentar?

No terceiro dia o cheiro estava mais forte, o aroma impregnando todos os cantos do buraco. Desesperado, Zezinho saiu com tudo do esconderijo e esbarrou em algo que estava bem na entrada. Percebeu que era alguma coisa embrulhada em um pano de prato. Olhou para os lados e como não havia ninguém, pegou o embrulho, todo afoito. Logo, sentiu que estava quente, foi abrindo com cuidado, apesar do seu coração disparado. Será que era o que pensava? E era, sorriu, era muito mais do que imaginou: uma tigela com tampa, e dentro dela tinha arroz, feijão, farinha, salada e carne com batata. Carne com batata! Ele não se lembrava mais de quando havia comido isso. O embrulho trazia também uma colher e uma garrafinha com limonada. Zezinho não pensou duas vezes, devorou em poucos minutos toda a comida. Agradeceu em pensamento àquela senhora, já que ela não estava presente. Pegou a tigela vazia, a colher e a garrafinha, embrulhou novamente no pano de prato e colocou no degrau em frente à porta.

Aquilo virou rotina, todos os dias ele acordava com o cheiro do alimento que aquela senhora colocava na frente do seu esconderijo. Ele perdeu o medo de ser mandado embora do seu refúgio. Afinal, ela devia saber que ele dormia ali e parecia não se incomodar com isso.

Uma noite Zezinho acordou com o som de vozes vindo da escada. Com muito cuidado, esgueirou-se para fora do buraco e se escondeu atrás do muro. Viu dois malandros, conhecidos no pedaço, tentando arrombar a porta da casa. Apavorou-se, aqueles caras iam roubar as poucas coisas daquela senhora. O que ele, apenas um menino, podia fazer? Lembrou-se dos gritos de alarme que as crianças davam durante a noite. Encheu-se de coragem e gritou com toda força que seus pulmões podiam aguentar – POLÍCIA – os dois bandidos se assustaram e saíram em disparada. A senhora abriu uma das janelas a tempo de ver os sujeitos correndo rua abaixo.

Ela, a senhora, abriu a porta e o chamou.

— Ei, garoto. Venha aqui dentro.

Ele se aproximou todo cabisbaixo, entrou na casa bastante temeroso, sem saber qual seria a reação da senhora.

— Obrigada – disse ela. – Quer saber de uma coisa, eu já vinha pensando nisso há dias, e você não precisa dormir mais embaixo da escada. Pode dormir aqui dentro e será uma companhia para mim. Tenho um colchonete e a gente estica ele no chão, dará uma boa cama para você.

Zezinho não se aguentava de tanta alegria, até que se lembrou de algo importante.

— Aqueles caras podem voltar, não hoje, mas outro dia. Pelo menos eu estando no buraco posso dar o alarme.

— É, isso é mesmo um problema, uma velha e um menino são vítimas perfeitas para esses ladrõezinhos. Mas está resolvido, lá fora você não dorme mais. Temos que achar outra solução, talvez colocar umas trancas na porta, não sei… O bom seria se tivesse um homem forte aqui, isso atrapalha esses arruaceiros.

Zezinho teve uma brilhante ideia.

— Um homem eu não conheço, mas conheço o Tom e ele é bem forte. Só vai depender de quanta comida a senhora pode dar a ele.

— Comida não é nenhuma dificuldade, tenho o bastante e gosto de cozinhar. Mas me conte mais sobre esse Tom.

Eles ficaram um bom tempo conversando, comendo biscoitos e tomando leite, para a felicidade do menino. A senhora se chamava Vilma e era só no mundo, tinha herdado aquela velha casa e vivia de uma pequena aposentadoria. Zezinho ficou à vontade e contou a ela todos os seus sonhos.

Na manhã seguinte foram os dois falar com Tom, que aceitou a proposta de bom grado, ainda mais que moraria em uma casa com móveis de verdade. Passaram o dia se conhecendo, ajeitaram umas cobertas em um canto para Tom dormir, mas a senhora disse que assim que desse ela iria comprar um colchão para ele. Tom revelou-se um bom ajudante para Dona Vilma, pois tudo que era pesado ele corria para pegar e também ajudava na cozinha, cortando os legumes e lavando a louça. Os dois meninos nunca haviam comido tanto na vida, e a senhora até ficou com medo dos dois passarem mal.

Depois de alguns dias, Dona Vilma saiu sozinha e, quando voltou, trazia um grande pacote nas mãos. Eram roupas e sapatos para os dois garotos, tudo simples, mas tudo novo. Pediu que tomassem banho e se trocassem, avisando que ambos iriam sair com ela. Eles não sabiam quais eram os planos dela, mas obedeceram.

Qual não foi a surpresa de Zezinho quando ela os levou até a escola, entrou na secretaria dizendo que queria matricular os meninos. Foi um transtorno, porque os dois não possuíam documentos. A assistente social foi chamada, mas não conseguia encontrar uma solução. Até que Dona Vilma ficou impaciente com a enrolação e gritou.

— Toda criança tem o direito de estudar. Será que meus filhos não?

Os meninos se olharam assustados e surpresos: ela falou que eles eram filhos dela?

A assistente social olhou para os meninos e perguntou.

— Vocês querem Dona Vilma como mãe?

Os dois apenas balançaram a cabeça afirmando, mas abriram um sorriso tão luminoso que comoveu a mulher.

— Dona Vilma – a assistente falou se virando para a senhora. – Vamos fazer assim, vou deixar a vaga deles reservada e a senhora irá comigo pedir a guarda deles. Não se preocupe, eu vou ajudá-la a conseguir. Sei como agilizar isso.

Tanto Dona Vilma como os meninos comemoraram abraçando a assistente social.

Zezinho acordou com um raio de sol banhando seu rosto. Mas não estava no buraco, e sim deitado no seu colchão. Esticado sobre uma cadeira, encontrava-se o uniforme da escola, e bem ao lado, a mochila com o material escolar novinho. Aquele seria um grande dia: o primeiro dia de aula de José, o filho de mãe Vilma.

Sentiu o delicioso aroma do café da manhã sendo preparado. Ouviu a voz alegre do seu irmão Tomás que ajudava sua mãe. Sentou-se pensativo e muito agradecido. Tinha conseguido tudo o que tanto sonhara. Era hora agora de mudar de sonho.

Decidiu que estudaria muito e seria sempre o primeiro da classe. O orgulho de sua mãe. Sabia que seu irmão teria mais dificuldade com os estudos, mas ele o ajudaria. Venceriam juntos.

José sonhava… sonhava em se formar doutor.

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15 comentários em “Zezinho (Neusa Fontolan)

  1. Paula Giannini
    28 de maio de 2019

    Querido EntreContista,

    Tudo bem?

    Gostei imenso (rsrs) deste conto, que, de certo modo, até me fez lembrar de meu último texto por aqui, no desafio anterior: Brejo da Cruz.

    O tema é forte, necessário, triste, porém tratado com esperança. Ao invés de uma distopia, aqui temos um conto utópico, com final feliz, em alusão às boas pessoas que (graças a Deus) ainda existem em nosso mundo cruel e cheio de injustiças.

    O(a) autor(a) optou por uma linguagem jovem, o que torna o trabalho ainda mais legal, pois dessa forma, oferece ao leitor iniciante um vislumbre de beleza e esperança em um mundo melhor. Algo que é, ou ao menos deveria ser, um ideal inerente à juventude.

    Parabéns!

    Beijos
    Paula GIannini

  2. Antonio Stegues Batista
    27 de maio de 2019

    Uma história bonita, bem escrita, infanto/juvenil. Porém, precisa conter algo mais forte, surpreendente, perturbador, impactante, dramático, etc. para ganhar ponto alto e vencer seus adversários. Boa sorte no próximo tema.

  3. Luiz Ricardo
    25 de maio de 2019

    Zezinho é uma criança de rua que mora debaixo das escadas de uma casa. Ele come na rua e encontra-se com outra criança de rua, Tom. Um dia, quando Zezinho voltava para as escadas, percebeu uma mudança e um novo morador da casa. Era Vilma, que passa a alimentar Zezinho e posteriormente o adota com Tom, os matricula na escola e vivem felizes pra sempre.

  4. M. A. Thompson
    25 de maio de 2019

    Zezinho (Sonhador)
    Zezinho era um menino de rua que dormia embaixo da escada de uma casa desocupada. Havia também o Tom, um menino grande e abobado que dormia em um beco.
    Tornaram-se amigos.
    Um dia ao voltar para embaixo da escada que servia de cama foi surpreendido pela chegada de uma senhora que passou a ocupar o imóvel. Ao ajudá-la a espantar alguns ladrões acabou convidado para morar com ela. Mas, como apenas os dois não seriam páreo para algum malfeitor, decidiram convidar também o menino Tom para morar com eles.
    A senhora matriculou os meninos na escola e a história termina com ela pleiteando a guarda dos dois.
    É a história de um menino sonhador. Começou sonhando em ter casa, comida e mãe para cuidar dele e, após ter conseguido e entrado para a escola, sonhava em ser um doutor.
    Minhas impressões:
    É um conto infantil sem erros gramaticais ou ortográficos que chamem a atenção. Convence enquanto conto infantil, mas não tem nada de especial. A conclusão me parece apressada, cortando da busca pela guarda para o menino sonhador. Poderia figurar tranquilamente em um daqueles livros do tipo 365 Histórias Infantis, repletos de contos curtos com um quê de moral.
    Parabéns ao autor (ou autora) pela participação e desejo boa sorte no certame.

  5. Elisabeth Lorena Alves
    25 de maio de 2019

    Conto Infantil-juvenil

    Resumo
    Um menino de rua vê sua vida se adequar aos seus sonhos de forma surpreendente. Órfão, sonha em ter um lar com uma mãezinha carinhosa. Bondoso, ele tem amizade com o menino Tom, “bobeado”, também menino de rua, que lhe dava proteção, já que todos temiam o grandalhão. Um dia, ao voltar para seu abrigo, debaixo de uma escada abandonada, descobriu que ali agora iria morar uma senhora. Nos primeiros dias conseguiu passar despercebido, mas, com o tempo, a senhora passou agradá-lo com suas deliciosas comidas. Uma noite ele percebeu que a casa estava sendo invadida e deu o alerta das ruas: “Polícia!”. Os invasores fugiram e sua vida sofre uma reviravolta. A mulher convida-o para morar com ela e, para terem proteção, convidam também Tom para morar com eles. Roupas novas, cantinho quente e comida feita, os meninos tem mais uma surpresa quando a mulher tenta matriculá-los na escola e por eles não terem responsáveis e documentos, acabam momentaneamente desiludidos, mas em outro rompante a mulher declara que eles são seus filhos e eles são adotados formalmente, assim, o sonho de Zezinho se realiza e ele inicia novos sonhos.

    Comentário
    O Conto é Infanto-Juvenil, de temática social proveitosa. Zezinho não é só sonhador, é também um bom menino. Solidário, tem amizade com outro menino, Tom, que vive no beco, fingindo viver em uma casa. Não é abusado ou aproveitador, pensa nos outros.
    Não gosto da crise de Perrault que o narrador tem quando afirma: “Isso foi bom para Zezinho, porque assim ninguém mexia com ele por causa do medo que tinham do tamanho do Tom.” Isso quebra a sequência subjetiva, se os outros sentem medo de Tom, lógico que não mexem com seu amigo. Mas, não atrapalha o Conto
    Gosto da revolta da mulher. O desabafo dela antecipa a emoção que emudece os meninos: “Toda criança tem o direito de estudar. Será que meus filhos não?”
    A Linguagem é simples, não emperra em nada, tanto que o narrador desconhecido pode perfeitamente ser um dos adolescentes.
    O tempo é bem marcado, tudo está acontecendo recentemente, os espaços são delimitados e a ação desencadeia de forma esperada, sem grandes percalços. O início é bem escrito e nele há a apresentação das personagens: Zezinho, Tom e dona Wilma.
    O enredo está bem amarrado. E são dois conflitos interligados que desencadeiam a ação: o primeiro aparece no momento que a casa está sendo invadida e o menino grita, afugentando os invasores e o segundo é o momento da matrícula na escola.
    O final é muito reconfortante. Zezinho, já adotado, desperta em uma das cenas de seu sonho: comida cheirando, roupa e material prontos para o primeiro dia de aula de José, filho de dona Vilma. Ao fundo, os sons de uma cena cotidiana, que era antes apenas sonho: o irmão e a mãe divertiam-se nos afazeres da casa.
    A escrita é bem descritiva em relação aos ambientes, mas é muito econômica quando retrata as personagens, há muito pouco para a contribuição do leitor, o que não é um defeito, é só uma ausência.
    É um Conto na medida, atende as características de um Conto, tem uma boa Linguagem, tem um tema social moderno e que foi aproveitado com moderação.
    As questões da busca do espaço do Sonhador foram trabalhadas com cuidado e as marcas de individualidade de Zezinho estão muito bem desenhadas, afinal, para um ex-menino em situação de rua, ele é muito empático, bem resolvido com a questão de sua vida pregressa, tanto Tom quanto Zezinho não fazem parte de grupos e não são apresentados com marcas de desajustados, pelo comportamento de ambos, percebe-se que eles não tiveram suas identidades prejudicadas, o narrador não conta sua história evidenciando estigma; a mulher que os acolhe e depois procura a adoção não teve nenhum problema em aceitar as crianças; não há a introdução de uma personagem “realista” que resolve apresentar as dificuldades de uma adoção tardia e a assistente social não tenta interromper o convívio informando que só depois de uma ordem judicial a adoção poderá ser efetivada por ferir o direito de outros que estão na fila por um filho.

  6. gabrieldemoraes1
    25 de maio de 2019

    Gabriel Bonfim Silva de Moraes

    RESUMO:

    Zezinho se inicia com a apresentação do protagonista, um sem-teto que encontrou um lugar confortável em uma casa abandonada. Depois apresenta seu parceiro Tom que vive em um beco. E ao retornar observa sua recente casa sendo ocupada por uma mulher desconhecida. Ele continua escondido e a mulher passa a alimenta-lo em segredo. Certo dia ele salva ela de uma enrascada e passa a morar junto com ela. O conto termina com Tom aparecendo para morar com eles e ele sonhando em ser doutor.

    CONSIDERAÇÕES:

    O conto infantil apresenta uma história simples. Uma narrativa bem rápida mas que consegue prender a atenção do ponto de vista do protagonista. Não vejo nada de errado com a estrutura do conto, mas julgo que faltou algum tipo de obstáculo (climáx) e talvez uma melhor apresentação da personalidade dos personagens e de diálogos mais efetivos. Mas ótima ideia mesmo assim!

  7. Pedro Teixeira
    25 de maio de 2019

    Olá, autor(a)! Resumo: um menino de rua alerta uma senhora sobre um assalto à casa dela. A senhora resolve adotar o garoto e seu amigo, transformando a vida de todos eles.
    Uma leitura agradável, com alguns momentos que emocionam. Está bem escrito e bem revisado. O maior problema é que falta um verdadeiro conflito aqui, algo que já notei em outros contos dessa edição do desafio. Há percalços que são mais contados do que mostrados, e depois uma sucessão de alegrias, o que acaba esvaziando a trama. Por outro lado, a narração traz momentos muito bonitos e tocantes. Talvez tenha faltado dosar isso com momentos mais duros para criar um enredo mais cativante. Parabéns e boa sorte no desafio!

  8. Benjamim Nkadi
    25 de maio de 2019

    RESUMO:

    Vilma, uma mulher já de muita idade, abriga dois meninos de rua em sua casa e mais tarde os matricula em uma escola, realizando assim o sonho de Zezinho que era estudar e ter uma mãe ao lado para acompanhá-lo sempre que precisasse.

    COMENTÁRIO:

    Em primeiro lugar, quero dizer que a estória é muito emocionante e foi muito bem escrita, embora não seja propriamente uma estória infantil. Se tivesse impressa em um livro, com certeza seria o meu livro de cabeceira. Fez-me lembrar o livro de Jorge Amado: “Capitães da Areia”, que igualmente fala sobre vários meninos desabrigados que ganhavam a vida com o furto, porém lá no fundo cada um carregava um sonho do tamanho do mundo.

  9. Renan de Carvalho
    25 de maio de 2019

    “Zezinho” conta a história de um menino morador de rua, que sonha em ter uma família, fazer boas refeições e ter um teto para dormir. O menino tem apenas um amigo, que também faz as vezes de defensor do mesmo, e descobriu recentemente um local adequado para pernoitar: um buraco em baixo da escada de uma casa abandonada. Um dia, mudasse para aquela casa uma senhora, que, percebendo a presença do menino, um dia o entrega uma refeição, que aos olhos dele era um verdadeiro banquete. Os laços se estreitam quando ele a ajuda contra dois malfeitores, que queriam invadir a casa, então ela o convida, juntamente do amigo Tom, a morar com ela. Ela lhes oferece tudo o que Zezinho sonhava: um lar, comida e afeto. Isso permitiu a ele novos sonhos.

    Gostei do conto. Bem ditado por ser um conto infantil.

    Em certo ponto me pareceu meio perdido, mal amarrado e com falta de modelos cognitivos globais.

    No mais o texto está bem escrito, pois não me ative a nenhuma falha gramatical, ou alguma outra que prendesse a atenção. O texto aborda uma temática atual e coerente ao lúdico infantil.

  10. Thiago Amaral
    24 de maio de 2019

    Em geral, achei excessivamente doce.

    Sim, é uma realidade brasileira preocupante que todos deveriam sempre se lembrar, ao invés de ignorar. Sim, o papel da escrita muitas vezes é inspirar os leitores com ideias positivas que possam criar uma mudança na realidade.

    O problema é que o conto parece apenas um sonho muito bom, mas que não causa emoções. Não tem detalhes envolventes, ou personagens mais “reais”.

    Apesar da escrita estar boa (excetuando um uso de vírgulas que deve ser revisto), o conteúdo não é forte, apenas positivo. Não tem impacto o suficiente, está meio morno, água com açúcar.

    Aprecio a boa vontade, e chega a ser inspirador (quando se tem mente aberta para essas questões), mas em geral falta potência ao texto pra realmente mexer com a cabeça dos leitores.

  11. Sidney Muniz (@SidneyMuniz_)
    17 de maio de 2019

    Resumo: Zezinho (Sonhador)

    Um bom conto! Talvez o mais doce até aqui, o autor(a) de derramou muito aqui, parabéns! É um conto que fala de Zezinho, um garoto de rua que mora em um buraco debaixo de uma escada, tem um amigo que se chama Tomás, ele acaba conhecendo uma nova moradora que no fim adota ele e seu amigo e juntos formam uma família ao fim da história.

    Bem, é tudo bem simples, a verdade é essa, um bom trabalho com um enredo bem prático e objetivo, nada de mistério, não é um infantil em minha opinião, achei até mais cotidiano e talvez até podemos atribuir um pouco ao infanto juvenil, mas não vi como um infantil mesmo. Ainda assim é um bom trabalho!

    Avaliação:

    Infanto Juvenil: de 1 a 5 – Nota 4 (Um conto bom)

    Gramática – de 1 a 5 – Nota 5 (Não vi nada de errado)

    Narrativa – de 1 a 5 – Nota 4 (Não é a narrativa que entusiasma, que convida o leitor, é um pouco mecânica, mas é condizente com o que o autor(a) propõe.)

    Enredo – de 1 a 5 – Nota 3,0 (Achei bem, coerente, contudo simples)

    Personagens – de 1 a 5 – Nota 4,0 (Bons personagens!)

    Título – de 1 a 5 – Nota: 3,5 (Um bom título para a história)

    Total: 23,5 pts de 30,0 pts

  12. Anônimo
    12 de maio de 2019

    Correção: *pela participação

  13. M. A. Thompson
    12 de maio de 2019

    Zezinho (Sonhador)

    Zezinho era um menino de rua que dormia embaixo da escada de uma casa desocupada. Havia também o Tom, um menino grande e abobado que dormia em um beco. Tornaram-se amigos.

    Um dia ao voltar para embaixo da escada que servia de cama foi surpreendido pela chegada de uma senhora que passou a ocupar o imóvel. Ao ajudá-la a espantar alguns ladrões acabou convidado para morar com ela. Mas, como apenas os dois não seriam páreo para algum malfeitor, decidiram convidar também o menino Tom para morar com eles.

    A senhora matriculou os meninos na escola e a história termina com ela pleiteando a guarda dos dois.

    É a história de um menino sonhador. Começou sonhando em ter casa, comida e mãe para cuidar dele e, após ter conseguido e entrado para a escola, sonhava em ser um doutor.

    Minhas impressões:

    É um conto infantil sem erros gramaticais ou ortográficos que chamem a atenção. Convence enquanto conto infantil, mas não tem nada de especial. A conclusão me parece apressada, cortando da busca pela guarda para o menino sonhador. Poderia figurar tranquilamente em um daqueles livros do tipo 365 Histórias Infantis, repletos de contos curtos com um quê de moral.

    Parabéns ao autor (ou autora) pela participante e desejo boa sorte no certame.

  14. Claudinei Novais
    8 de maio de 2019

    RESUMO: Zezinho, um garoto morador de rua, e sonhava em ter uma barraco pra morar, uma mãe e comida para se alimentar regularmente. Certo dia uma mulher se mudou para a casa ao lado do local onde ele morava e com o passar dos dias lhe ofereceu moradia, comida, escola e o tratou como filho. E Zezinho decidiu estudar com afinco a fim de um dia se tornar doutor.

    CONCLUSÃO: Conto bem escrito, com uma história interessante, embora sem nenhum tipo de surpresa ou suspense. Não é um conto de terror e nem um conto infantil. Sinceramente, não sei se enquadra dentro do desafio.

  15. Anorkinda Neide
    5 de maio de 2019

    Olá! Coisa boa voltar a ler aqui! Parabéns por arriscar-se no infantil, é preciso coragem!
    .
    Resumo: O menino Zezinho vive na rua, dormindo num buraco protegido das maldades do submundo. Ele tem um amigo, também da rua que é grande e forte e pouco inteligente.A casa abandonada onde ele se esconde recebe nova moradora que o descobre e começa a ajudá-lo com comida e depois o coloca dentro de casa e ainda traz seu amigo Tom. Passado uns tempos ela os matricula na escola, realizando assim um grande sonho de Zezinho.
    .
    Considerações: É um texto meigo, a gente torce pelo menino, ele é muito inteligente e carismático, prestativo,parece ter recebido boa educação o que me faz pensar o que ele faz na rua… Nós que somos leitores escritores, já ficamos imaginando o passado e o futuro dele e isso é bom!
    É um texto romântico, o sentido sonhador da palavra, muito bom porque nos faz sonhar junto e um sonho que sonha junto é realidade 🙂
    .
    Abração

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Publicado às 1 de maio de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 2, Série C3 e marcado .
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