EntreContos

Detox Literário.

Apatia (Amanda Gomez)

 

O cabo áspero da pá machucava suas mãos enquanto cavava em frenesi, o sangue manchando toda a extremidade, o suor encharcando suas roupas. Cantarolava uma canção há muito esquecida, não lembrava a letra, mas conformava-se com o que aqueles breves lapsos de memória a faziam sentir. Chorava feito criança, cavando cada vez mais fundo, convencida que todos os sentimentos que transbordavam de si naquele momento eram apenas ilusões.  

Com dificuldades saiu da cova recém feita. Caminhou até a casa, um velho casarão que fora sua moradia desde sempre. Os pés sujos e descalços deixaram um rastro pelo gasto piso de madeira, subiu as escadas que rangiam sob seu peso. A porta do quarto estava fechada.  Sempre estava. Bateu.  

– Janine, está na hora. – Disse num sussurro cúmplice.  

Dentro do quarto, duas crianças encolhiam-se no canto mais escuro. Janine com apenas dez anos embalava a irmã, Maria. As batidas na porta foram ficando mais insistentes e impacientes.  

– Venha, meu amor… Estou tão cansada…

– Vá embora, mamãe! – Chorou Janine.

A mulher encostou a cabeça na porta e voltou a cantarolar. As unhas arranhavam a madeira em agonia. Não queria perder o controle novamente.  Foi até o corpo caído do marido no corredor e tirou o molho de chave de seu bolso.

Janine fechou os olhos com força quando ouviu a porta se abrir, os passos arrastados em sua direção. Fazia meses que não a via, apenas escutava seus gritos no porão, seus sussurros, suas histórias… Impossíveis histórias. Abraçou mais forte a irmã.

– Tudo bem, Maria… eu estou aqui, nunca vou te abandonar.

– Não tema a mim, meu amor. – Disse ela. – Eu disse que esse dia chegaria, e você prometeu que me ajudaria, lembra-se?

Ela prometera.

– Venha. – Estendeu a mão. – Eu seguro ela – falou puxando Maria para si.  

– Não toque nela! – Gritou Janine. – Nunca mais toque nela!

A mulher olhou com pesar para as duas criaturas tão frágeis a sua frente. Olhou mais atentamente para Maria, que nada dizia, estendeu a mão para tocar em seu rosto ferido, seu olhar desceu até a perna ausente. Seu coração bateu mais rápido.  Ela fizera aquilo.  

Levantou-se rapidamente, não queria ser ludibriada pelo impossível. Janine acompanhou-a segurando a mão de Maria, que mancava com a prótese improvisada.    

– Fiz esse favor a você, amor. Ele não fará falta – disse ela diante do olhar apavorado das crianças para o homem caído numa poça de sangue.  

Foram para os fundos, onde estava a cova. A mulher olhou para seu trabalho parecendo satisfeita.  

– É bom lugar, não acham?  

– Mamãe…

A mulher retirou uma pistola do cós da calça, um artefato raro nas mãos de civis. Encostou a arma nos lábios e beijou como se fosse a coisa mais bela. Colocou a arma nas mãos da filha mais velha.  

– Não… não consigo, por favor.  

A mulher segurou seu rosto com força, olhando-a intensamente.  

– Já estou morta, apenas liberte-me.  

Janine chorava imponente, em um rompante jogou a arma longe. Para fúria de sua mãe que lhe esbofeteou.

– Você prometeu!  – Gritou.  

Janine cambaleou para trás, tentou segurar a mão da irmã, que assistia tudo estática, para fugir, mas já era tarde. A mulher puxou Maria, arrastando-a até a cova e jogando-a dentro.  

– Por que me obriga a fazer isso? Por quê? – Disse, enraivecida, enquanto jogava terra sobre a criança com a pá, ignorando os protestos desesperados de Janine.

– Ela não vale a sua vida. Um dia irá fazer uma escolha, você ou ela. Não hesite em escolher você!

O impacto no seu peito a fez calar-se. A dor era real… intensa e bem vinda. Olhou para trás, Janine segurava a arma firmemente, embora seu corpo inteiro parecesse tremer, soltou a pá, seu corpo precipitou-se, caindo na cova.

Maria arrastou-se para longe, aterrorizada, com a ajuda de Janine saiu da cova. A mulher, que um dia chamou-se Júlia, olhou para a criança fruto de um amor antigo, real.  

– Amarelas…- disse, sangue saindo de sua boca. – Depositem flores amarelas. Virou-se deixando exposta sua nuca, onde havia uma terrível ferida de anos de agonia.   

Janine respirou fundo e então descarregou a arma.

 

***

 

Há cerca de 15 anos, eles chegaram  à pacata cidade de Barcelos, com promessas de prosperidade e paz. “Além dessas fronteiras”, disseram eles, “existe um mundo em guerra e sofrimento”. Estavam ali para protegê-los, ajudá-los. Juntos formariam um novo modelo de vida a ser expandido para todas as partes da nação.

E em troca de tudo isso, a única coisa que queriam era suas vidas.

 

***

 

A lua parecia especialmente iluminada aquela noite. Do alto da velha torre de vigia escondida entre as copas altas e esbeltas, ela podia ter um vislumbre da vila que ficava na parte mais baixa da planície, um lugar projetado para permanecer parado no tempo.  Àquela hora não havia ninguém nas ruas, as jovens dormiam o sono dos inocentes, os mais velhos espreitavam a noite em desconhecida agonia. Dali era possível ver o acampamento dos agentes. Um aglomerado de contêineres que produziam tecnologias desconhecidas àquele povo resiliente e ignorante. Um a um, lentamente, de dentro daqueles portões toda a vida da vila era sugada. Estavam mortos, mas não sabiam.

Um barulho despertou sua atenção, espreitou até a beira e o viu subindo. Um sorriso involuntário cruzou seus lábios. Ela não deveria estar ali, sabia dos riscos… mas não podia partir sem isso. Não disseram nada, apenas se entregaram à paixão.  

– Eu te amo, Janine. – Ele disse, enquanto estavam entrelaçados fitando a lua que parecia cada vez mais perto. Janine retraiu-se, aquelas palavras lhe trouxeram de volta à realidade. Afastou-se dele vestindo-se rapidamente.  

– Eu demorei demais pra dizer isso, não é?  

Ela olhou pra ele, lembrou-se do menino que sempre esteve ao seu lado, do cúmplice, do amor. Do dia em que ele fora levado para um daqueles contêineres. E do dia em que ele retornou de olhos vazios.

– Sim, Jacob. – Respondeu, sem conter as lágrimas. Era uma despedida. Tocou seu rosto bonito, tentando memorizar cada detalhe. Abraçou-o o mais forte que podia.  

– Eu sempre vou te amar. – Disse ela. – Mas você não é real.  

Em um movimento rápido, cravou uma faca no pescoço dele. O sangue jorrou. Os olhos de Jacob estavam em completa descrença. Balbuciou palavras desconexas. Janine avançou para terminar sua agonia, mas ele segurou sua mão e com a outra agarrou o seu pescoço pressionando-a para baixo. O instinto de sobrevivência era o traço mais forte da personalidade dos apáticos. Eles não podiam atentar contra si, ao mesmo tempo que defender-se da morte era a principal emoção.  Por um breve momento ela pensou em entregar-se, seria uma forma bonita de morrer, um alívio nessa batalha que lutava sozinha desde a morte da mãe, mas logo a pressão cedeu e então sentiu o corpo dele cair sobre o seu. Morto.

– Como prometi, amor.  Agora você está livre.  

Correu pra casa, o céu já começava a clarear, não tinha muito tempo. Do lado de fora, Maria brincava com um filhote de cachorro.  Assim que viu Janine seu rosto se iluminou.  

– Janine! Vamos ficar com ele, não foi o doutor que trouxe… – O tapa interrompeu sua fala. Caiu no chão, a mão cobrindo a face dolorida. Os olhos enchendo-se de lágrimas. Quando viu Janine avançar contra o cachorro soltou a corrente deixando o animal fugir assustado.   

O peso do ato entorpeceu Janine, mas não tinha tempo para sentimentalismo.  

– Não se apegue a eles. Quantas vezes tenho que dizer que não é um animal comum? Porque não está usando a prótese nova? . – Olhou com desgosto para a antiga que só deformava ainda mais a perna da irmã. – Não entende que tem que usá-la? Que precisa se movimentar melhor?

– Desculpa…

Janine entrou na casa, pegando todos os acessórios cuidadosamente guardados. Sem delicadeza retirou a prótese antiga e colocou a nova.  

– Ela dói, Janine… dói muito.  

– Ela te faz correr… precisa aguentar, Maria. Essa é a nossa única chance e eu posso ter estragado tudo. – Disse puxando-a para que ficasse em pé.

Maria tentava correr o mais rápido que conseguia, a sensação dolorosa da prótese a fazia querer gritar a cada passo em que sua carne era dolorosamente pressionada. Olhava para o lado, para a irmã, que segurava firmemente sua mão. Ela parecia invencível. Correram floresta adentro. Logo avistaram os outros, eram cinco no total. A descida íngreme do pequeno desfiladeiro era o maior desafio para ela e, naquele momento, era cada um por si. Precisavam chegar ao bote que desceria pela correnteza até a cachoeira que os levaria além dos limites daquele lugar. Os libertaria de uma forma ou de outra. Quando estavam próximos, o primeiro cão surgiu, e então, vários outros, silenciosos e mortais.  

Dois dos seus companheiros conseguiram chegar ao bote, os outros estavam sendo estraçalhados pelo caminho.  O bote já começava a seguir o fluxo da correnteza. Janine correu mais rápido e então um grito a fez parar.

– Janine!!

Virou para encarar Maria sendo arrastada por um dos cães. Por uns breves segundos esquecera-se dela de tal maneira que soltou-lhe a mão. Olhou para o bote, mais alguns segundos e seria impossível alcançá-lo.

Lembrou das palavras da mãe. “Não hesite”. Ela só precisava virar as costas, abafar os gritos e o seu nome sendo chamado em súplica. Do alto do espinheiro reconheceu a figura de Jorge.

Tomou a decisão.  

Com a arma atirou no primeiro cão que avançava com ferocidade contra Maria, agora coberta de sangue e novas feridas. Descarregou a arma nos outros. Um novo avançou sobre ela mordendo seu braço e logo avançando em seu pescoço. Mas parou antes de morder. Os agentes chegaram, Maria observou a cena como se passasse muito devagar, Janine rastejando até a arma, colocando-a na boca e sem ao menos hesitar apertar o gatilho. O som que veio não foi o seco do tiro, mas o choro da irmã diante de sua derrota.

Enquanto era arrastada pelos homens ela conseguiu segurar a sua mão.  

– Prometa. – Foi o que saiu dos seus lábios.  

– Eu não entendo, Janine…

– Prometa! – Ela gritou, e então Maria entendeu, os olhos verdes e alucinados de Janine lembraram aos de sua mãe.  

– Eu prometo. – Conseguiu dizer e então Janine foi levada para a colina e cruzou os portões.  

Os olhos demoraram a se acostumar com a claridade, tudo ao redor era branco e frio. Estava nua, o corpo submerso em um líquido gelatinoso. Uma máscara cobria seu rosto lhe dando oxigênio. Dois fios grossos estavam presos em sua cabeça, um na fronte e outro na nuca. Desesperou-se. As portas se abriram dando passagem a Jorge e mais duas outras pessoas.  

“Absorção de memórias concluída, arquivamento em andamento.” 

– Quando decidimos que você seria a última alma da vila, não imaginamos até onde você poderia chegar. O seu histórico… o dia em que matou sua mãe deixou todos aqui perplexos. Achamos que poderíamos encontrar a chave da resistência de Julia em seu DNA. Confesso que quando a conheci fascinei-me com a intensidade de suas emoções, nunca vi olhos tão transparentes, nunca vi tanta coragem… me apaixonei. – Ele sorriu. – Sabíamos dos seus passos, de todos eles. Faz tudo parte do projeto, amor. Mas confesso que não imaginava que você faria o que fez com Jacob.  

Janine batia no vidro, tentando em todos os cantos em busca de uma saída, embora soubesse que estava condenada.  

– Me deixei levar por esses sentimentos… sempre achei que seria um desperdício acabar com tantas emoções… mas agora, não me deixa outra alternativa, Janine.  

– Vamos sedá-la agora… – disse a mulher.

– Não. Acha que vou perder suas últimas emoções?  – Ele disse. Arrastou uma cadeira e sentou em frente à cápsula.

– Doutor… sabe que dessa forma há mais chances de defeitos. A mente tem que está totalmente passiva para a absorção.  

– Vai funcionar.  

Uma voz automática ecoou pela sala.  

“Iniciando processo de descarte”  

O ar foi tragado de seus pulmões. Debateu-se, sentindo suas energias se esvaindo. Fitou Jorge deleitando-se com sua agonia, então parou. Pensou na mãe, Jacob… Maria.  

Entregou-se, o corpo já nas últimas contrações. Uma velha canção preencheu suas últimas lembranças.

 

***

 

Maria entrou na velha igreja, estava vazia, tão diferente das histórias que sua mãe contava nas poucas vezes em que a embalou nos braços. Nunca época em que ainda pensava que era real. Sentou ao lado do padre, que olhava de forma vazia para a imagem de Cristo. Lágrimas silenciosas desciam por seu rosto.

– O que lhe aflige, padre?

– Eu… não sei… sinto que… – disse colocando a mão trêmula sobre o peito. – Sinto que está faltando algo… aqui. Será que… Perdi…

– Talvez tenha perdido a fé na sua missão. – Disse ela. – Talvez tenha afastado seu rebanho, por sua falta de fé.  O homem olhou-a aterrorizado.

– Olhe para as pessoas, padre… elas estão tristes, sem propósito. Traga-as de volta para a redenção. Liberte-as.

O homem respirou ofegante, parecendo encontrar uma solução.

Naquele mesmo dia, os sinos tocaram como nunca antes, convidando a todos para entrarem. Era uma noite de lua cheia e iluminada. Alguns agentes olhavam curiosos a movimentação. De todos os personagens daquele lugar, o padre com certeza era o mais divertido e irônico de se acompanhar.  Maria parou na porta olhando para cada rosto conhecido. Não estavam todos ali, mas era suficiente.  Uma criança que brincava no colo da mãe de olhos ausentes de amor. Ela reconhecia aquele olhar. Dando passos para trás começou a fechar as portas como de costume. O padre sorriu, agradecido. Segurou com força o artefato raro nas mãos. Janine lhe entregara tempos atrás.  Acendeu e jogou por uma fresta. O fogo tomou tudo, libertando todos os mortos. Contemplou tudo por um tempo. A cacofonia tomou conta, estava pronta para correr quando a viu.  

Janine, as roupas tingidas de sangue, parecendo sem fôlego. Estava tão diferente. Quis gritar quando viu a opacidade de seus olhos.

– Eu vi as chamas, lá do alto… é decididamente a coisa mais bela que já vi.

Maria queria abraçá-la, queria lhe dizer tanta coisa.  Mas não era mais ela. Virou as costas.

– Você prometeu, Maria.

Deixou as lágrimas caírem.

– Me perdoe, eu… vou voltar… por você.

Correu como nunca antes na vida, deixando o grito daquela que fora sua irmã guiá-la. Seguiu caminho familiar da floresta até o desfiladeiro. O sangue escorrendo por sua perna graças à prótese pequena demais para seu corpo crescido. Deixou-se cair no desfiladeiro ganhando novas feridas, arrastou-se como pôde até o bote improvisado. Colocou os equipamentos e então pulou.

Não sabia se para a vida ou para a morte.

19 comentários em “Apatia (Amanda Gomez)

  1. Elisabeth Lorena Alves
    15 de junho de 2019

    . Apatia
    Conto
    Terror
    Resumo
    O Conto faz um corte na comunidade, focando em uma família que vive em uma situação de terror psicológico por interferência de terceiros que com o uso da ciência, elimina revolta e desejos de mudança.
    Cada uma das personagens tenta resolver a sua vida de uma forma. Júlia, a primeira personagem apresentada força seu assassinato. Jasmine, ao tentar fugir, mata Jacob para livrá-lo da Apatia e acaba prisioneira, sofrendo em prisão a retirada de suas memórias. Só Maria consegue fugir.

    Comentário

    Conto que apresenta a ficção científica como sub-tema, Apatia apresenta a busca de uma família pela liberdade de Sentir e fazer escolhas. Em uma Sociedade de pensamento linear, formado pelos “libertadores”, as mulheres tentam reconquistar o direito de sentir, viver e se relacionar de verdade. As personagens masculinas são nitidamente frágeis. O marido de Júlia está morto e o namorado de Janine tornou-se um apático, depois de ser feito prisioneiro.
    No entanto, esse tornar-se apático não é uma condição permanente. Percebe-se pela ferida de Julia que a retirada de memória é recorrente: “Virou-se deixando exposta sua nuca, onde havia uma terrível ferida de anos de agonia”.
    Interessante também é o momento em que o narrador apresenta o início do suplício da cidade. Não é no início da narrativa. É depois que Janine acaba por matar Julia.
    É interessante que os barcelenses desconheciam esse mundo que vivia em guerra e sofrimento. Os “libertadores” estavam prometendo prosperidade e paz para um povo que já vivia pacificamente e que mesmo assim aceitou dar sua vida para adquirir algo de que não tinha falta, na pirâmide de Maslow, essa seria a necessidade de segurança e que suplanta a necessidade de auto-estima. Infelizmente para os barcelenses, ao permitir essa mudança de importância, acabam prisioneiros dos “pacificadores” que usam de todos os meios para controlar a população.
    O conto é bem construído, tem uma mostra de tudo o que é necessário para entender o cenário, apreender a ideologia e entender que nem sempre se sabe o que há no final de uma escolha, que desde o ir ter com ela e o se lançar além dele exige enfrentamento, crescimento, discernimento e fé.
    Um ponto que me agradou muito foi o diálogo de Maria com o religioso, onde ele reconhece outro tipo de apatia, o apagamento da própria fé: ” Eu… não sei… sinto que… – disse colocando a mão trêmula sobre o peito. – Sinto que está faltando algo… aqui. Será que… Perdi…”

    O reencontro de Maria e Janine já no final também é interessante. E agora quem escolhe a si é Maria, ela faz a escolha que Janine não fez, mas faz acreditando que no final pode voltar e libertar os apáticos.

  2. gabrieldemoraes1
    15 de junho de 2019

    RESUMO:
    O conto relata a história de uma cidade em que aparentemente todas as pessoas estão mortas e fazem parte de um experimento (foi isso que eu entendi), nesse local, duas irmãs tentam escapar e uma é capturada, enquanto a outra consegue fugir depois de “libertar” as pessoas queimando a igreja.
    CONSIDERAÇÕES:
    Achei o conto muito misterioso e envolvente, o terror e o horror não é visto de forma completa ou distinguido, mas a tensão é suficiente para tentar prender o leitor na hora da fuga e na hora da interpretação. Achei um ótimo conto!

  3. Benjamim Nkadi
    15 de junho de 2019

    A Néfesh, perdão pela confusão dos pseudónimos.

  4. Benjamim Nkadi
    15 de junho de 2019

    Um padre liberta os habitantes de sua cidade da morte, que há bem pouco tempo iniciara a assolar a mesma. Um dos personagens salvos foi Janine, morta pelo bando de Jorge quando tentava defender sua irmã Maria.

    Gostei do toque emocional que o Engenheiro empregou ao desenvolver a estória, porém ela ficaria bem melhor se fosse mais objetiva. Achei o conto um pouco confuso para mim. Não entendi, por exemplo, a finalidade das palavras de Janine, quando disse à sua irmã e enquanto era arrastada pelos homens que a mataram: “Prometa”. Me deu a entender que essa promessa era para que Maria não abandonasse a irmã, visto que mais tarde Janine fê-la lembrar quando a própria Maria já arredava da cidade, mas o significado de tal promessa está muito implícito.

    Acho que o texto melhoraria com essa sugestão, mas ainda assim o brilho emocional e medonho não deixa de estar visível.

  5. Renan de Carvalho
    12 de junho de 2019

    Em uma comunidade vigiada e isolada, duas irmãs planejam escapar juntamente de seus colegas, sem saber se o que as esperam do outro lado seria tão melhor quanto o mundo sombrio e apático no qual estavam confinadas.

    Enredo instigante e bem escrito.

  6. Estevão Kinnek
    12 de junho de 2019

    Resumo: em um mundo pós-apocalíptico, controlado por uma organização, duas irmãs são obrigadas a fazer escolhas terríveis para tentar sobreviver.

    Comentário: apesar de ter gostado do conto, vejo que ele tem determinadas falhas: primeiro tem um enredo que não cabe no tamanho. Ou pelo menos essa é a impressão, porque algumas pontas ficam meio soltas, ou seria interessante se fossem explicadas, como: que que está acontecendo, afinal? Para o conto, para o tamanho dele, até que serviu, mas o resultado não fica como deveria ficar, e se ficasse seria uma baita história. Gostei da construção das personagens, das irmãs, no caso. As outras personagens não são aprofundadas. Achei o tapa dado na Maria por causa do cachorro meio que excessivo para alguém que disse que ia proteger a irmã. Sim, me deu muita pena dela. Que vida a dessas duas. E isso é positivo, significa que me envolvi com o que passaram. Na verdade, o que me incomoda mais do que esses detalhes que coloquei aqui é até uma questão maior: não senti o terror do seu texto. É um texto que envolve certo suspense, mas não há terror aqui. E talvez o problema seja, novamente, o pouco espaço para o desenvolvimento, porque poderia haver terror, sim.

  7. Thiago Barba
    5 de junho de 2019

    Num mundo caótico, mãe cava uma cova onde ela é enterrada morta por uma de suas filhas. Mais tarde, as filhas crescidos, continuam a matar para poder sobreviver, ao final, uma das irmãs é capturada e a outra foge.
    Quando comecei a ler o texto, acreditei que seria o meu favorito entre os que eu já tinha lido, o início do conto é muito forte, com ótima dose de suspense, técnica de escrita também me agradou, mas quando o texto segue para a segunda parte, das filhas mais velhas, aquele mundo não conseguiu mais me pegar, acredito que o suspense do início, o querer descobrir o que estava acontecendo com a família era o mais forte no conto, acredito que a ideia já era forte pra se manter sozinha num conto curto, a passagem do tempo e mostrar que outra parte do mundo, para mim, foi desnecessário, foi explicação demais para a ideia daquela família. A família em si, é mais forte que um mundo caótico, por isso, para mim, o conto perde quase toda da força inicial.

  8. André Felipe
    25 de maio de 2019

    Uma menina mata a mãe obrigada por ela mesma. Já adulta com a irmã, ela foge de uma organização que faz um tipo de lavagem cerebral.
    A protagonista é capturada, a outra não consegue a matar e foge de uma maneira incerta.
    ***
    Gostei muito. O conto é bem escrito, não reparei nenhum erro que pudesse apontar. A melhor parte é o começo onde se concentra o puro terror. O conto poderia terminar na morte da mãe e seria ótimo. O resto não tem a mesma intensidade e parece caminhar para algo maior do que é mostrado. Dando a impressão que o conto é um recorte de uma história maior. Talvez algo que incomodou é que o texto se alongou mas nem por isso se deu ao trabalho de dar explicações. Termina sem saber quem são os vilões e por que faziam o que faziam. O autor sabe criar cenas tensas e passar a emoção desejada. Em um texto maior e com a história totalmente desenvolvida daria um ótimo romance. Enfim, foi um dos melhores que li até agora. Boa sorte.

  9. jetonon
    25 de maio de 2019

    APATIA
    RESUMO
    A mulher, a mãe de Janine e Maria faz uma cova a qual preparou para si mesma, querendo que a filha lhe a tirasse a vida; Janine depois de ver a mãe maltratar a irmã, a mata, e deixa o corpo cair com a cara na cova; Janine também tira a vida de Jacob a quem jurava amor por ela; é agora uma pessoa perturbada e agressiva. tenta tirar a própria vida com um tiro na boca; Maria presenteia tudo e depois diante do padre o faz ver a vida sem fé; este resolve o que entendera de Maria e lança fogo sobre todos na igreja fechada; Janine aparece para Maria cobrando-lhe como foi cobrada pela sua mãe.

    COMENTÁRIOS
    O conto tem desenvoltura boa, porém, em alguns momentos torna-se confuso. Não ficou muito explícito a morte de Janine. Creio que entendi isso depois o padre liberta os mortos.

  10. Adauri Jose Santos Santos
    25 de maio de 2019

    Resumo: Garota mata a mãe para liberta-la dos efeitos de um tipo de experiência. Depois a garota foge com a irmã mais nova e é presa pelos agentes que realizam o experimento nas pessoas da região. No fim, ela retorna, encontra a irmã, mas esta não quer cumprir a promessa que fez à irmã mais velha e foge para o bote que a espera no rio.

    Considerações: Gostei bastante da história. A aventura é interessante e o desenvolvimento do enredo é muito bom. A escrita é boa e não encontrei problemas de revisão. O terror aparece, mas não é tão latente. A parte final é bem legal, só não entendi muito bem a parte em que a Maria entra no bote e pula (pula pra onde? De volta pra terra? Pula na água?), fica um pouco solto. Mas está muito bom o texto, parabéns!

  11. Tiago Volpato
    23 de maio de 2019

    Resumo:
    Duas irmãs que vivem em um mundo pós apocalíptico onde as pessoas são suprimidas de emoções. Uma das irmãs está passando pelo processo, mas antes que ela deixe de se importar ela quer salvar a irmã. No final a irmã escapa.

    Originalidade:
    Achei a história pouco original, já comentei o mesmo em outros contos, parece muito com as histórias de fantasia adolescente que foram moda anos atrás.

    História:
    A história é bem desenvolvida e segue uma lógica atraente. Você amarrou tudo bem, construiu um mundo interessante. Achei que você conseguiu trabalhar bem a história dentro do que se propunha.

    Manja das letras:
    Definitivamente o autor tem domínio da escrita, o enredo é bem trabalhado e com um ritmo agradável. A personagem principal é de certa forma interessantes. O texto está bem escrito.

    Infantil ou terror?
    Pra ser sincero, não sei qual foi o gênero do texto, não creio que tenha sido terror, mas não acho que seja infantil. Como eu falei anteriormente segue o rumo de jogos vorazes ou outros daqueles livros ‘young adult’, em todo o caso não encaixei em nenhum tema.

    Veredito final:
    O texto é bom, o problema é que na minha opinião ele está fora dos temas do desafio. Tiveram outros textos que pecaram no quesito terror, mas tinha pelo menos um dedinho no terror, acho que o seu texto podia ter ficado pro próximo desafio, de ficção cientifica que ele se encaixaria melhor.

  12. Carolina Pires
    22 de maio de 2019

    RESUMO: Uma mulher cava uma cova, passa pelo marido recém assassinado, vai até o quarto das duas filhas, leva-as até a cova e obriga a mais velha, Janine, a matá-la, enquanto a mais nova, Maria, que usa uma prótese da perna que lhe falta, assiste a toda a cena. Os agentes (não fica claro quem são) chegam na cidade de Barcelos com um projeto de transformação social. Tudo indica que transformam as pessoas no que eles quiserem, praticamente pessoas sem emoção, retirando-lhes a memória. Depois de um lapso temporal, Janine mata Jacob, aparentemente seu namorado, que havia sido transformado no ser apático pelos agentes. Em seguida, ela tenta fugir com a irmã, Maria, que é detida por cachorros estranhos e Janine é capturada por Jorge, o chefe dos agentes. Janine passa pela transformação, sendo ela a menina mais cheia de emoções da pequena cidade e, por este motivo, deixada por último. Não se sabe ao certo quanto tempo se passou, Maria trama o assassinato coletivo de várias pessoas transformadas, dentro da Igreja, convencendo o padre a queimá-las vivas. Maria vê a imagem de Janine cobrando a promessa que havia feito de matá-la e libertá-la do corpo apático. Maria consegue fugir pelo rio, num bote, mesmo plano de fuga da irmã, depois de prometer voltar por ela.

    CONSIDERAÇÕES: O conto é inebriado de mistério do começo ao fim. É necessária uma leitura atenta para não perder nenhum detalhe. O sentido e lógica da história são desvendados aos poucos, à medida que os acontecimentos vêm à tona. Confesso que precisei fazer mais de uma leitura (rsrs). Notei alguns erros gramaticais, mas não afetaram minha leitura. Uma revisão simples faria uma grande diferença na estética final do conto. Eu gostei. Gostei da história e de como o mistério foi posto para que o próprio leitor tentasse desvendar. Gosto quando o autor/ a autora joga a bola para o leitor, confia nele e em suas percepções. Só precisa tomar um pouco de cuidado com a dose do mistério, o excesso de perguntas sem respostas pode prejudicar a leitura. Para mim não ficou claro quem são os “agentes” e se os cachorros são também modificados. Mas entendo que deixar isso no ar tenha sido o propósito do autor/da autora. Deu-me a impressão de mistura de Resident Evil com qualquer outra história apocalíptica. O bote para a fuga me lembrou muito Bird Box, e isso me incomodou um pouco, poderia ter sido mais inovador. As notas de terror e suspense eu senti apenas no início, na parte da cova feita pela própria mãe. Foi um dos contos que mais gostei.

    Boa sorte na competição! 🙂

  13. Antonio Stegues Batista
    19 de maio de 2019

    Embora o tema seja terror, as informações do que se trata a história não são claras. A resposta parece estar nos diálogos dos personagens e achei esse recurso que o autor (a) usou, bem legal. Não se sabe também, e aí não achei pistas, quem eram os agentes sugadores de lembranças. Seriam alienígenas? De qualquer forma, gostei do conto, bem escrito, com palavras leves e simples, uma boa conexão entre elas, formando as frases e ações, proporcionando uma boa leitura.

  14. Sidney Muniz (@SidneyMuniz_)
    14 de maio de 2019

    Resumo: Apatia (Néfesh)

    O conto então fala de uma família, mulheres que tem essa “doença” hereditária onde todas sofrem dessa tal “apatia” e em determinado momento apenas querem ser mortas, ou se suicidar, esquecer chegando ao ponto de simplesmente se entregarem deixando de sentir emoções, doenças, dor ou qualquer tipo de efeito colateral, senão o simples marasmo, a desistência de sua própria vida.

    Um conto interessante, uma nova abordagem sobre a depressão, sobre o suicídio e por este aspecto é bem interessante, como se fosse uma doença realmente hereditária, não creio que o seja de verdade, mas a lógica do texto no sentido de maldição é bem diferente e inusitada, achei que teve sim muita originalidade, por mais que a condução do enredo tenha sido um tanto quanto maçante devido a falhas na narrativa, seja na escolha como nas reviravoltas sem muitos acertos, apenas rodeios.

    O conto, ao meu ver peca pelos excessos, onde em busca de apresentar demais acaba nos metralhando com um mundo de informações e perdemos o entusiasmo na leitura, é um conto que começa quente e depois esfria, devido ao fluxo narrativo ineficiente, transformando o conto em um drama que não se sustenta, infelizmente.

    O que é interessante é que o autor mostra um domínio em certo ponto, apenas pelo alongamento é que ao meu ver ele se perde, do contrário seria um bom conto. Outro detalhe é que o conto tem a intenção de ser terror, mas ao final não o é, sendo no máximo um suspense e ficando a deriva num mar de expectativas que, também, infelizmente não se cumprem ao final da leitura.
    Todavia é um trabalho que com um pouco mais de esmero teria tudo para ser ótimo!

    Algumas observações:

    Porque não está usando a prótese nova? – Por que
    e nova? . – Um ponto a mais.
    A mente tem que está totalmente passiva para a absorção. – tem que estar
    Pensou na mãe, Jacob… Maria. – Não entendi esse trecho.
    Entregou-se, o corpo já nas últimas contrações. Uma velha canção preencheu suas últimas lembranças. – Repetição de “últimas”

    Avaliação:

    Terror: de 1 a 5 – Nota 2 (Há a tentativa, ao menos, mas não chega a ser terror, ao meu ver)

    Gramática – de 1 a 5 – Nota 3 (Estava indo bem, mas de repente se perdeu)

    Narrativa – de 1 a 5 – Nota 3,5 (Não me agradou, talvez por enrolar demais e circular sempre pelo mesmo tom, se perdendo em algumas repetições e em situações que se repetem)

    Enredo – de 1 a 5 – Nota 3,0 (Achei o enredo abaixo da ideia, se a execução fosse melhor o enredo teria tudo para ser interessantíssimo, é sobretudo uma boa ideia, ao meu ver, mal executada)

    Personagens – de 1 a 5 – Nota 2 (Se me perguntar ao final da leitura se gostei de algum personagem, mesmo falando o nome várias vezes de uma sinceramente sem retornar lá não consigo lembrar, achei bem apáticos os personagens e não no sentido que deveriam ser.)

    Título – de 1 a 5 – Nota: 5 – Um excelente título, iniciei a leitura com uma boa expectativa devido a ele.

    Total: 18,5 pts de 30 pts

  15. Higor Benízio
    14 de maio de 2019

    Resumo: Ao que parece uma vila passa por uma espécie de experimento (ou realidade alternativa), onde a morte é uma forma de fuga. Janine e Maria participam do assassinato da própria mãe, e de alguns outros onde a motivação parece ser a mesma: libertar pessoas. No fim, maria consegue fugir sem precisar morrer.

    Sobre o conto: o primeiro núcleo inteiro é muito bem escrito. Depois começa uma confusão danada de coisas acontecendo ao mesmo tempo, e fica mais difícil se conectar com a história. Acho que seria melhor focar nos dramas familiares e cortar essa parte de “agentes” etc. Ou tratá-la mais claramente como uma loucura pós-traumática de Janine, que passou por um evento terrível na infância.
    Bom desafio! 🙂

  16. Tom Lima
    7 de maio de 2019

    Resumo:
    Uma mãe que parece ser, de alguma forma, um ser sobrenatural, estava presa a meses gritando no porão. Essa mulher, que um dia se chamava Julia, escapa de alguma forma, mata o marido e pede que a filha mais velha, Janine, acabe com o seu sofrimento, com a sua vida. Uma virada e vamos para o futuro. Janine, já mais velha, aparentemente, mata seu amor de infância porque ele foi para um container e voltou diferente, já não é real. Era um apático. Ela e a irmã tentam fugir, mas são capturadas. Janine é transformada e a irmã não cumpre a promessa, mas tenta libertar os mortos com ajuda do padre e de molotov.

    Comentários:
    Há um problema na escrita ao longo de todo o texto. É difícil entender quem está fazendo o que. Como o narrador onipresente é quem conta, as vezes ele falha em deixar claro quem fez aquela ação. Como nesse trecho: “Levantou-se rapidamente, não queria ser ludibriada pelo impossível. Janine acompanhou-a segurando a mão de Maria, que mancava com a prótese improvisada.” Quando li achei que falava de Janine, mas logo se vê que não, então quem? A tal mãe, mas a parte de ludibriada pelo impossível fica sem sentido. Ou esse trecho “Com a arma atirou no primeiro cão que avançava com ferocidade contra Maria, agora coberta de sangue e novas feridas. Descarregou a arma nos outros. Um novo avançou sobre ela mordendo seu braço e logo avançando em seu pescoço.” Quando cheguei ao final dele tive que voltar, porque me pareceu no primeiro momento que o cão novo havia atacado Maria e não Janine, como foi de fato.
    Há outros pontos de estranhamento, que pra mim, atrapalharam um pouco a leitura, como a questão de a arma de fogo ser incomum entre civis. Mês faz para e pensar se isso faz parte da ambientação, se é algo sobre o mundo da história que é diferente do nosso, e como não há mais indícios sobre isso, fica só a pergunta mesmo. Só mais tarde no texto que isso começa a ficar claro. Pra mim foi estranho ler, não que seja algo ruim, mas estranho, não tenho outra palavra.
    Jorge é um personagem que aparece do nada, é citado três vezes, é importante para a história, mas não sabemos quem ele é. Ele não é introduzido, ele não é misterioso, ele quase não está na história e, ao mesmo tempo, parece ser uma parte crucial dela. Essa ausência, essa falta pareceram intentar o mistério, mas só ficou vazio.
    Tudo isso me pareceu ter o objetivo de passar essa sensação de desconhecido, parece que o autor queria provocar esse estranhamento e consegue. Mas essa forma me incomodou um pouco durante a leitura, quase me fazendo abandonar o texto em outra situação que não a do desafio.

    Conclusão:
    Os comentários de antes falam só da estrutura do texto, das escolhas para a narrativa, porque eu amei a história. Com todos os seus vazios, propositais ao meu ver, é o tipo de história que gosto. Uma certa mistura de ficção científica e terror, bem-feita, e gostosa de ler, tirando as pontuações anteriores. Foi um conto que me agradou apesar dos problemas que detectei. Por isso é uma história muito potente. Mesmo com esses problemas me deixou aquela sensação do terror, não chega ao medo, mas a um certo horror ao absurdo da crueldade e dos limites que o ser humano pode chegar, quando colocado em extremo sofrimento. Poderia melhorar nos pontos citados, mas me agradou muito a leitura.
    Parabéns!!

  17. Janine e Maria são irmãs, aprisionadas em uma velha casa até o dia em que sua mãe mata seu pai. Diante da cova, Janine precisa fazer o que prometera para a mãe: atirar nela. As irmãs se mudam para uma outra cidade, mais pacata. Passam-se anos, as crianças crescem, mas não encontram sossego. Elas veem se cercadas por “apáticos”, tentam fugir daqueles que utilizam de experiências para absorver suas memórias.

    A história é muito bem redigida, começa com uma cena bastante angustiante, um cartão de visitas que deixa o leitor ansioso para o que virá. O ambiente que cerca a vida das personagens principais deixa a história verdadeiramente aterrorizante (são vilãs? são perseguidas). O fim do texto, em minha opinião, é um pouco confuso. Mas não prejudica.

  18. neusafontolan
    5 de maio de 2019

    Resumo = Uma mãe cava sua própria cova e obriga sua filha a matá-la. A menina tenta proteger a irmã menor da apatia que tomou conta de todos seres vivos da cidade. Isto, suponho eu, causado por aliens que tomam seus corpos. Janine não consegue proteger nem a si mesma, quanto mais a irmã Maria.

    Comentário = Não ficou muito claro quem eram os agentes, suponho que alienígenas. Mas deu pra entender que ela fez a irmã prometer que iria tentar se salvar, ou morrer tentando.
    Acho que melhor trabalhado, esse conto, daria uma ótima história bem maior.

  19. Pedro Teixeira
    4 de maio de 2019

    Olá, autor(a)!Resumo:Menina é obrigada a matar a mãe, que se tornou uma espécie de zumbi ao ter a mente ou as emoções absorvidas em um procedimento executado por uma organização misteriosa que atua em sua cidade, e acaba tendo que criar a irmã mais nova sozinha. A menina acaba sendo capturada e também é submetida ao tal procedimento, e a irmã organiza um atentado para livrar os outros moradores zumbificados daquele fardo e foge.
    Conto muito bem escrito, com bons personagens e descrições. Só não gostei muito do cientista: seu discurso ficou meio clichê, lembrando muito as falas de vilões de filmes holywoodianos. A cena da igreja me pareceu um pouco forçada também: achei que ela conseguiu convencer o padre com muita facilidade, e era de se esperar que a organização vigiaria melhor seus passos.Outra situação que não ficou muito clara foi a dos companheiros da protagonista: quem eram, onde se escondiam? Do modo como apareceram ficou muito vago. Ainda assim, gostei do conto: é uma narrativa bem conduzida, com ritmo e diálogos inteligentes, além de muito bem revisado.
    Parabéns e boa sorte no desafio!

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Informação

Publicado às 1 de maio de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 2, Série C - Final, Série C1 e marcado .