Uma a uma elas desciam os degraus até que chegassem ao porão.
Fazia muitos anos que as irmãs todas juntas não desciam até aquele lugar.
Sempre que a mãe ia até lá era para procurar coisas do passado. Renata é a que a acompanhava e agora era ela que encabeçava a fila. Com nó na garganta procurava ser forte porque se esmorecesse naquele momento, fazia com que todas também pusessem a chorar, talvez quando chegasse lá embaixo não fosse forte o bastante. As outras cinco irmãs também não iriam aguentar, mas por hora ela tinha que ser forte. Ela não era, nem a primeira nem a última a vir ao mundo naquela família, porém tinha sido arrimo, desde quando a mãe ficara sozinha depois da morte do pai.
Como era longa aquela escada, parecia não terminar nunca!
Silvia a mais velha havia saído de casa logo que completara dezoito anos. Parecia ter sido ontem, mas se passara trinta e oito anos. Ela estava logo atrás da primeira. Queria colocar as mãos nos ombros da irmã, mas hesitava em fazer, porque para ela, a irmã era a mais chata. Era a que fazia as cobrança para o cuidado com a mãe, avisando-lhe da velhice que caminhava a passos rápidos. Ultimamente recebia ligações da irmã, pelo menos duas vezes por mês, para que viesse ver a mãe. Sabia que ela não duraria muito, mas a Universidade não a deixava sair. Havia opinado em não se casar justamente por isso, para não ser cobrada da vida pessoal.
Chegou a ficar dez anos sem dar notícias. Seu pai ligava, deixava recado, até que um dia ele se deslocou para onde morava, mas, justamente naquela semana, havia partido para o Egito em mais um pós-doutorado. Viagens, livros, aulas, seminários, publicações, eram muito mais importante que a visita de um velho gagá.
Ficou sabendo pela vizinha da estada do pai à sua procura, ligou, esbravejou e recriminou seu ato violento de não a deixá-la em paz e viver a seu modo.
Na morte do pai, só veio depois do enterro. Chorou muito, mas foi só um dia, depois tudo voltou ao normal. E agora com a mãe não seria diferente. Havia sido enterrada ainda ontem e amanhã seus compromissos seriam inadiáveis.
Eram somente dezoito degraus, que pareciam não ter fim, não terminavam nunca!
Suely era a segunda filha, porém era a que encerrava a fila. Muito gorda não conseguia acompanhar as irmãs. Foi a primeira a se casar dentre elas. Ficou grávida do cafajeste do vizinho que morava em frente; era assim que sua irmã Silvia falava quando se mencionava o nome do seu marido.
Teve cinco filhos todos homens; parecia querer parir até que viesse uma menina. Sua mãe sempre dizia que ela só tivera mulher e Suely só homem. Seu marido, o tal do cafajeste, que disso não tinha nada, era um excelente companheiro e pai, e a apoiava em tudo que dispusesse a fazer.
Sempre presente na casa dos pais, os respeitavam muito, mas pela vida agitada em dividir o consultório de psicologia, os filhos e o marido, não conseguia tanto tempo para com os pais, que por sua vez a compreendiam, pois pela leva de filhas que tiveram sabiam que não era fácil administrar tudo.
Quando o pai partiu sempre procurou ajudar a irmã Renata, e agora com a partida da mãe não seria diferente.
Dois degraus à frente distanciava das demais. Queria esticar as pernas para alcança-las mas poderia se desiquilibrar e partir por cima delas. Assim ia a pata choca.
Susan era a terceira da fila, porém, a penúltima da prole. Durante quatro anos viu o que era ser caçula até que veio mais uma. Pelo fato da última ser a mais bonitinha de todas quando pequenina, ouvia dos parentes que tivera sido feita para preparar a beleza da última. Isso a fazia querer morrer. Além disso era a mais alta, o que lhe fazia tirar o sono por muitas vezes. Media sua altura com a dos meninos, e ainda sobrava muito para competirem com ela em tamanho. Quando fosse para escolher um deles para namorar faltava uns centímetros para chegar ao seu ombro; não iria se casar nunca, ficaria pra titia.
Mas como, sempre tem uma tampa para sua panela, apareceu para trabalhar na cidade o Zé Torre. Pronto, não demorou muito para a festa de casamento. Das irmãs foi a segunda a se casar. Ficou morando na mesma cidade, e todos os dias passava na casa dos pais. Mas só passava. Isto era no café da manhã, no almoço e no jantar ou até depois de alguma festa. Arrumar a louça que deixava sobre a pia era para os outros. Mesmo que tudo da casa estivesse nos seus devidos lugares, ela desarrumava e partia deixando tudo sujo sobre a mesa. Até que um dia, Renata a irmã chata, a cobrou pelos seus deslizes. Ficou uns dias sem aparecer, até que a irmã chata, sentindo sua falta foi pedir-lhes desculpas. No dia seguinte tudo voltou como era antes.
E agora, Renata era a que puxava a fila e mal sabia ela o que ia encontrar lá embaixo.
Suelem era a quarta da fila, porém era a terceira que viera naquela família. Demorou somente dois meses do resguardo da sua mãe pelo nascimento da irmã Suely para que ficasse grávida dela. Nasceu e continuou sendo muito magrinha. Cresceram praticamente juntas, mas o peso entre as irmãs era o que fazia a diferença. A chamavam de: a gorda e a magra.
Ela não dava muita importância para esses comentários, quem não gostava das comparações era a irmã. Mas o que mais a intrigava é que a irmã mesmo sendo muito gorda nunca ficava sem namorado, ela porém, só tivera um e foi com quem se casou, e ainda foi a última a se casar. Só teve uma filha.
Suelem foi muito ligada ao pai. Quem os presenciava parecia ser a queridinha do papai. Talvez pela sua idade ser muito próxima da irmã e também pela sua magreza, dava a impressão que o pai tivera mais cuidados para com ela.
Depois que se casou em poucos meses mudou-se para fora do país. O marido, um engenheiro mecânico, foi trabalhar em uma multinacional. Das irmãs era a que mandava recursos para os velhos. Todos os meses chegava uma correspondência do banco com aviso de crédito do exterior.
Vinha todos os anos para as festas de Páscoa, Natal e Ano Novo. Seu marido muito carismático dizia gostar de passar as festas com a família, era uma maneira de uni-las. Aprendera isso com a família dele que tinha o mesmo ideal, mas a família dela não ligava muito para isso. Quando chegavam tinham notícias não muito agradáveis, é que o dinheiro que mandava nunca chegavam nas mãos dos pais.
Simone era a caçula. Esse nome ela fez uso sempre. Era a que mais dava trabalho para todos. Deu trabalho aos pais quando eram vivos e agora sabia-se que continuaria a dar trabalho.
O dinheiro que vinha do exterior, sempre tinha uma finalidade, era para ela, a caçula.
Comprava o que podia e o que não podia e as dívidas iam para os pais pagarem.
Quando o pai morreu ouviu-se falar que foi desgosto pelo trabalho que a filha Simone dava a ele.
Casou-se e separou-se logo no primeiro ano. Com a filha na barriga foi acolhida pelos pais. Assim que a menina nasceu deu para adoção. Quando os pais souberam foi tarde; perderam a tutela para um casal desconhecido. Dizia que pela menina ser muito bonita não faltou para quem quisesse. Os pais e todas as irmãs ficaram muito chocados, mas ela não deu importância alguma para isso.
Casou-se novamente, e novamente e agora sabe-se lá com quem está. Como sempre se vestia como rainha e possuía bons carros, nunca lhe faltava pretendentes. Foi a única que não chorou na morte do pai, nem da mãe e agora para ela era tudo muito normal.
Renata a irmã sargentão, na verdade só tinha isso de nome, pois era a que apagava o fogo, tudo sobrava para ela, de sargentão mesmo não tinha nada. E também foi a única que quebrou o paradigma do “S” na família Souza e Silva. A mãe com sobrenome Souza e o pai com sobrenome Silva.
Diziam os vizinhos que seu Silva ficou muito contente quando soube da nova gravidez da esposa. Dizia que nasceria um homem. Então, quis ele escolher o nome para o filho, o qual chamaria Renato. Mas quando a parteira disse que havia nascido outra menina, a mãe disse que seu nome seria Renata e ninguém mais tocou no assunto.
Não só pela diferença das iniciais do nome ela também era muito diferente. Era a que unia a família. Achava-se até que se ela não existisse, a família Silva não seria o que é hoje.
E depois de uma eternidade chegaram ao porão!
Lá estava junto à mesa o advogado da família, ao qual se preparava para iniciar a leitura do testamento, depois das mulheres se arrumarem em semi círculo. Olhando para elas, iniciou-se a leitura.
E assim se sucedeu:
– Estamos aqui neste porão, pois foi aqui deixado pela vossa mãe, nesse testamento, pedindo que fosse somente lido aqui. Ele foi escrito pelo pai de vocês a próprio punho. Depois vocês atestarão desta verdade.
Olhou para as mulheres, engoliu a seco e continuou:
-Todas as sete filhas deverão estar na abertura desse testamento…
Depois destas palavras, Simone, a gastona, foi logo interrompendo o advogado perguntando sobre o número das irmãs.
– Somos seis, por que essa agora de sete filhas? Será que o velho errou na escrita ou tem mais uma filha que nós não sabemos?
O advogado não dizendo nenhuma palavra depois do interrogatório da moça, ouviu-se um rumor nos degraus da escada onde apareceu a sétima mulher; mulata aparentava ter quarenta anos. O vestido e as jóias que trazia não eram de pouco valor. Só ricas eram vistas assim.
A mulata assim que galgou o subsolo pôs-se logo ao lado da caçula cumprimentando a todas com um único sinal de cabeça.
O advogado continuou:
-Todas as sete filhas deverão estar na abertura deste testamento e o primeiro nome ao qual foi citado para a herdeira desta casa, da fazenda da Tijuca e do baú com dólares e jóias é para a Zu…
Antes que o sujeito terminasse de pronunciar o nome, começou-se uma verdadeira algazarra naquele lugar. Todas falavam ao mesmo tempo. Gritavam e xingavam.
O advogado por mais que pedia silêncio não conseguia conter aquele alvoroço das seis mulheres.
Aos poucos foram se acalmando, até que voltaram à posição inicial.
Assim que o silêncio pairou, o advogado prosseguiu:
– A fazenda Cleópolis e a casa da rua Parati..
– Qual fazenda? – Interrompeu Renata com indignação – Qual casa da Rua Parati; qual baú de dólares e jóias?
E a baderna voltou.
O advogado mais uma vez questionava por silêncio, agora em voz alta, mas era impossível conter a todas.
– Senhoras, por favor silêncio; silêncio senhoras; essas palavras não são minhas, são do vosso pai, o senhor Ermenegildo Pereira.
Ao enunciar o nome do falecido o silêncio pairou num único momento.
Mais uma vez Renata tomou a palavra interrogando o nome do falecido:
– Ermenegildo Pereira?
Todas as irmãs questionaram ao mesmo tempo num coro
– Quem é Ermenegildo Pereira?
Renata reclama outra vez:
– Nosso pai chamava-se Silvio Silva e nossa mãe, Serafina Souza Silva. Quem é Ermenegildo Pereira?
O advogado todo confuso e nervoso começa a vasculhar pelas outras pastas sobre a mesa. Em seguida, de mão de uma delas diz:
– Perdoem-me, estava lendo o testamento que será realizado amanhã neste mesmo horário coincidentemente também num porão.
Mais uma vez começa o alvoroço entre as seis mulheres, porém, agora sendo mais fácil de ser contido.
Antes que o sujeito iniciasse a leitura do testamento adequado, Silvia lançou a pergunta.
– E esta mulher que chegou, quem é?
O advogado, sem tréguas responde com convicção:
– É a minha esposa!
Olá Jacob, seu conto é bem interessante! A vida de uma família toda narrada na descida de uma escada para o porão. Deu para imaginar a como a família vivia e o relacionamento entre as irmãs. Não achei muita graça no conto. Acho que se enquadraria mais em cotidiano. Mas não achei graça em nenhum até agora, então… Está precisando de uma boa revisão, algumas palavras erradas, no contexto errado, palavras a mais, essas coisas… fácil de arrumar com uma boa leitura, bem atenta em voz alta. No mais, é um bom conto! Espero que continue nos nossos desafios!Até mais!
RESUMO: Uma confusão causada na leitura no sótão de testamento da mãe de seis filhas.
CONSIDERAÇÕES: As personagens são descritas de maneira espetacular, seis personagens distintas que apontam os tons da estrutura familiar. Senti uma empatia pelas irmãs enquanto elas simplesmente desciam a escada. Leitura muito fluída e a narrativa interessante que propõe contar uma história dentro de outra em detrimento do momento presente. Parabéns!
Seis irmãs desceram até ao porão para a leitura do testamento escrito pelo pai. O advogado falou em sete filhas e aquando da chegada de outra mulher, pensaram ser uma irmã desconhecida. Afinal, era a mulher do advogado.
Poderia ter outro desfecho, ainda assim bem escrito e desenvolvido.
Seis irmãs estão descendo as escadarias de um porão. Durante a descida, ficamos sabendo um pouco da história de cada uma, que seu pai morreu e recente a mãe. Ao chegar no porão, advogado lê testamento e causa alvoroço. Depois descobrem que testamento era de outra pessoa e não do pai.
Sobre o gênero humor, eu não enquadraria no gênero por ser um texto sem humor, embora o final seja humorado, aliás, um ótimo final, poderia dizer que é um drama com final bem humorado. Não vou desconsiderar, mas com certeza perde uns poucos pontos nesse quesito.
Gosto muito da forma usada, o flashback das irmãs. Causa um tom de mistério e apreensão ao leitor, para descobrir o que se passa no porão, ficamos no aguardo e tentamos na narração descobrir algo. Porém, para mim, tem duas falhas nesse flashback. Se ele não existisse não faria diferença alguma para o resto da história, saber da história delas não trouxe qualquer outra conexão com o texto e poderia ser facilmente descartado. E a segunda questão é que a história delas, é baseada totalmente em seus aspectos físicos. Além dos esteriotipos da gorda, a alta, a caçula ser tratada de um forma muito clichê, está na contramão de todas as lutas atuais. É um desrespeito com essas pessoas. Não vou discorrer sobre todos os detalhes, só fazer uma pergunta para a reflexão do (a) autor (a). Qual o real problema de uma mulher alta namorar um homem baixo?
A forma que o texto aborta, só ajuda aumentar esses problemas que na verdade não tem cabimento serem problemas.
Olá Jacob.
RESUMO: Seis irmãs órfãs descem por uma escada que vai dar no porão onde vão encontrar com o advogado da família prestes a ler o testamento do pai. O narrador dá detalhes da vida de cada uma. Durante a leitura do testamente surge uma suposta sétima filha. Na medida em que o testamento foi lido as irmãs protestaram por conta de bens que não conheciam. A confusão foi desfeita quando o advogado pronunciou o nome dos pais e as irmãs viram que não eram os delas. E a suposta sétima filha era, na verdade, mulher do advogado.
O QUE ACHEI
Um história bem contada com uma surpresa inesperada no final. Não tenho muito o que dizer pois não achei erros de gramática ou ortografia do tipo que travam a leitura. Não achei falha na continuidade. Até pensei que era uma falha quando a esposa do advogado desceu as escadas, mas depois vi que não. Também não vou implicar com a ideia de dois testamentos para serem lidos no porão de duas casas e nem com a dúvida sobre o testamento ser do pai, mas só foi aberto após a morte da mãe.
COMÉDIA OU FANTASIA?
Comédia.
Parabéns e boa sorte! 🙂
Somos Seis – conta a história de seis irmãs que estão descendo as escadas para se reunirem no porão com o advogado que lerá o testamento do pai.
Gostei do suspense que se criou entorno da descida das escadas, inicialmente pensei que eram crianças e me surpreendi quando o conto revelou que não. Gostei também que a ordem da fila não respeitava a ordem do nascimento, para mim ficou divertido.
Particularmente achei muita história para pouca piada rsrs Talvez o espaço usado para contar a história de cada uma das personagens pudesse ter sido melhor explorado no sentido “comédia”.
Alguns erros de escrita e estrutura, seria bacana dar uma atenção para isso também. De toda forma terminei o texto com sensação positiva, obrigada por compartilhar!
Olá, Jacob D’veneto, boa sorte no desafio. Eis minhas impressões sobre seu conto.
Resumo: Seis irmãs descem uma escada que leva a um porão, onde vai ser lido o testamento deixado pelo falecido pai. Durante a descida é narrada algumas peculiaridades de cada uma das irmãs.
Gramática: Gramaticamente, não percebi nada de grave. A leitura é fluente, embora um pouco repetitiva, quanto às descrições.
Tema/Enredo: Do começo ao fim o conto vai nos induzindo e convencendo de que algo caminha para um desfecho contundente, visto tamanho suspense causado. Visto as peculiaridades psicológicas das personagens. Até com características de um provável terror. Mas enfim, tanta narrativa para um final decepcionante. Mais um conto com pretensões de se passar por comédia, mas que não passa de uma piada. E sem graça.
Resumo: Após a morte da mãe, seis irmãs descem a escada até o porão, lideradas por Renata a arrimo, a chata, a que cobrava atenção das outras aos pais; depois vinha Silvia, a mais velha, a que saiu de casa cedo e se apartou de tudo, depois a Sueli, a gordinha, e segunda mais velha, a primeira se casar e a mãe de cinco filhos; depois Susan a mais alta, a pré caçula que não ficou para titia e casou-se com o Zé Torres; depois Suelem, a magrela, queridinha do papai, a que mandava recursos financeiros aos pais, mas que nunca chegavam a desfrutar desses recursos que eram absorvidos por Simone, a mais nova e problemática, diziam que o pai morrera por conta dos desgostos causados por Simone. Descem a escada e chegam ao porão onde um advogado inicia a leitura do testamento exigindo a presença de uma sétima filha, se junta a um grupo uma mulata ricamente vestida e adornada em joias, cria-se uma grande confusão e discussão – “quem é Ermenegildo?”. Mas, ao final, foi tudo uma confusão do advogado, podem voltar a respirar.
Considerações: Vou repetir-me. Mais uma vez leio um conto muito bem escrito, este tem como característica a construção das personagens e deixa uma larga margem a construção de algo maior. O único senão – porque eu sou chato e sempre tenho faltas a apontar é que imagino que o autor classificou sua obra como comédia, mas apesar do desfecho anedótico do final, não achei que o autor nos entregou uma comédia. Mas isso, absolutamente não desmerece o conto que é muito bom!
Cumpre o quesito tema: é comédia.
O conto narra sobre a família de Sílvio e Serafina e suas seis filhas, que estão para se reunir com o advogado que lerá o testamento de seu falecido pai. Após apresentar todas as mulheres, o advogado, que já estava no porão, local em que seria feita a leitura do documento, começa a leitura. Há uma confusão entre eles quando chega uma sétima mulher, bem na hora em que o homem lê sobre uma sétima filha que receberá muitos bens. Após a confusão enorme, o advogado percebe que se enganara de testamento. Erro percebido, as irmãs perguntam quem seria afinal aquela estranha que acabara de entrar. E o advogado diz, sem mais, que era sua esposa.
Considerações:
O domínio do português do autor é regular. Precisa melhorar a pontuação e o vocabulário. O texto apresenta bem as personagens principais. Tem começo, meio e fim bem definidos, mas é um texto amador. Apresenta algumas contradições. Exs: o cunhado chamado cafajeste, mas era um ótimo marido; a filha desprezar o convívio com o pai que era um bom pai; o outro cunhado gostar de reuniões familiares como exemplo de sua família, que na verdade não ligava muito para isso. Acho que está mais para um dramalhão que para comédia.
Resumo: Seis irmãs se encaminha até o porão para acompanharem a leitura do testamento deixado pelo pai. Enquanto descem, é narrado um pouco da vida pessoal de cada uma delas. Ao final, descobrem que o advogado leu o testamento errado, e que a mulher que chegara de repente no porão era esposa dele.
Sobre o conto: Fiquei esperando um lobisomem no porão… Se foi uma piada, eu não entendi. Todas aquelas narrativas das trajetórias das irmãs acabou não servindo para muita coisa, e também não foi muito engraçado (se é que esta era a intenção). A escrita não é ruim, mas sem grandes surpresas também. Sem piada e sem lobisomem, acho que ficou deslocado no certame.
RESUMO: seis irmãs se reúnem em um porão para a leitura do testamento após a morte da mãe. O advogado começa a leitura e afirma que as sete filhas devem estar presentes. Uma mulher chega e causa estranheza nas seis irmãs, que pensam ser ela uma filha até então desconhecida. Após uma série de informações contraditórias sobre a herança e sobre o número de filhas, o advogado menciona o nome do falecido. As irmãs percebem se tratar de outra pessoa, e antes da leitura do testamento, descobrem que a sétima mulher é a esposa do advogado.
CONSIDERAÇÕES: a história é engraçada, mas a descrição de cada irmã carece de elegância para tornar a leitura atrativa. A escrita contém vários erros de português, e a narrativa é cansativa. O conto é encerrado com uma piada criativa, mas sobre um fato pontual da história e não sobre o testamento. Médio.
RESUMO: Seis irmãs descem as escadas até o porão enquanto o narrador fala um pouco da vida de cada uma. Seus pais haviam falecido recentemente e o motivo de irem ao porão seria um desejo do pai de que o testamento que deixou fosse lido ali. Ao chegarem no destino encontram um advogado com o testamento em mãos, que é confundido com o de outra família. As órfãs se alvoroçam, mas logo tudo se esclarece.
CONSIDERAÇÕES: O conto se desenvolve em uma crescente tensão e até a sua conclusão não sabe-se se trata de um conto de comédia ou fantasia. Descobrimos depois que a piada, no fim das contas, não compensa as histórias enfadonhas das irmãs que são narradas enquanto elas descem as escadas até o sótão.
Após a morte da mãe, seis irmãs e suas vidas são descritas enquanto descem para um porão para leitura do testamento do pai.
Os personagens com suas histórias vão sendo apresentados durante a trama.
No final o advogado lê o testamento de outro cliente, causando alvoroço entre as irmãs.
O conto fala do cotidiano de seis irmãs. Ao descrever os personagens o autor não esclarece bem a identificação de cada uma, perde-se entre as seis, a referência de quem está sendo citado.
Boa sorte!