EntreContos

Detox Literário.

Cara de Lata (Roque Aloisio)

Bota apreensão que me acode! Preciso sair para caminhar, pois minha médica, uma querida ex-aluna do ensino fundamental, lá no início dos anos noventa, me mandou ao ar livre pelo menos três vezes por semana.

Saio e vou de carro até a parte alta e plana da cidade. A calçada boa, ao lado da avenida e um parque novo no lado são o espaço preferido de caminhantes e corredores.

Deixo o carro estacionado e começo a andar.

Vejo um ou outro conhecido, olho para o lado das revendas de carros e outras lojas. Vou indo e me sentindo poderoso até no fôlego. Cruzo por duas senhoras que riem quando me veem e nem falam baixo para comentar: “até ele agora caminha. Logo ninguém mais para em casa. Quem diria!”

De repente, sinto o que não queria.

“Não pode ser”, penso. “Por que isso de bexiga cheia, logo agora que o andar é tão bom!”.

Olho para o lado do parque e não vejo banheiro. Outra rua atrás do parque e mais adiante uma igreja, uma boate e um hipermercado. Não seria impossível um banheiro ali, mas chegar assim, com cara de malandro, só para desafogar a bexiga? Não, isso, não.

Sigo andando e penso em passar para o outro lado da avenida, entrar numa revenda de carros e pedir por um banheiro. Se ao menos tivesse o costume de frequentar esses locais para me tornar conhecido. Nunca fui disso mesmo!

De repente, uma sede me ataca. Como? Nem fui desaguar e já sinto necessidade de mais água! Acho que talvez nem deva mais caminhar, se tantos percalços me sucedem, mas, e a doutora? A boa vontade dela em me ajudar, depois que paguei a consulta, dizendo que caminhar ajuda a melhorar o bom colesterol é, no mínimo, comovente. Como não vou obedecer à aluna que sempre me obedeceu?

Dois problemas, uma caminhada, nenhuma solução me ocorrendo! Se ao menos tivesse imaginado isso, mas paciência! Que paciência! Bexiga querendo se livrar e sede na boca querendo do jogar mais água na lata. É cara de lata vou precisar para solucionar meus problemas. Aliás, muitas vezes já a tive. Até minha mãe dizia que eu nasci assim, fazendo de conta que o pai poderia me dar de mamar quando me pegou no colo a primeira vez.

A sede seria fácil de resolver, era só ter trazido uma garrafinha de água, como até os meninos fazem quando saem a passear. Pura falta de hábito minha.

Olho com mais atenção para o lado povoado da avenida e, lá adiante, avisto o que parece ser um bar. Acelero um pouco o passo, mas, droga, o mesmo ainda está fechado, deve só abrir durante a tarde, ou os fiscais da prefeitura andaram por lá e viram algo errado, tendo-o lacrado, é o que tem acontecido, volta e meia, pela cidade afora, principalmente se a calçada da frente não estava com as lajes de detalhes tácteis para cego poder caminhar com seu bastão, algo previsto em lei federal e só necessário de ser cumprido em nossa cidade.

Já tenho uma ideia de como me safar de minhas dificuldades do momento, pelo menos isso: encontrar algum bar aberto e comprar água. Discretamente, pedirei para usar o banheiro.

Ando mais, mas bar nenhum está entre as construções que vislumbro. Penso, agora, em ligar para meu filho e dizer que estou passando mal. Ele viria correndo e depois diria que não é mais pra caminhar. Se eu disser que é apenas bexiga cheia e sede, vou ficar ridículo. Dizer que o fôlego ficou pouco é o mesmo que pedir para me levar ao pronto socorro. Não, nada disso pode acontecer. Melhor usar a cara de lata.

Nunca pensei tanto em como seria bom estar bem sozinho e poder ir mixar na beirada daquela pequena mata que vejo, mas, por tudo, sempre tem alguém para ver e me condenar. Não pode um homem ser livre na sociedade. Tem de fazer o social e politicamente correto. Se não o fizer, será considerado um poluidor, como se fazer xixi em banheiro não fosse poluir!

Caminho cada vez mais atribulado.

Santa felicidade! Avisto outro bar e está aberto! Sem a tal da calçada! Deve ser alguém com grande amizade dos fiscais da prefeitura!

Chego e estranho nome: Cantinho da Kali! Seja cantinho do que quiser, não quero saber!

Entro e vejo uma moça com um tanto de exagero de maquiagem. Numa mesinha, sentam mais duas beldades com saias bastante curtas e lábios fortemente batonados, além dos seios bem à mostra pelo decote exagerado. Quase saio, sem pedir nada, mas a situação me obriga a solicitar o que preciso.

Antes de encontrar as palavras, a Kali, pelo menos penso ser ela, pergunta:

– O que podemos servir ao amorzinho?

Amorzinho! Mas, nem a médica me chamou assim, muito menos a mulher em casa faz isso, e se já o fez, isso foi há bastante tempo!

– Preciso de uma água com gás.

– Ah! Meu lindo! Aqui só temos whisky e cerveja. Senta um pouco e bebe uma coisa mais forte. Depois vemos o mais necessário!

– Eu não posso beber. Só tomar água! E, preciso de um banheiro com urgência!

– Taty, leva este moço até o banheiro!

– Eu posso ir sozinho. Só me mostra o lado onde fica.

– Nada disso! A Taty te leva lá e te ajuda!

Fazer o quê? Aceitei que a Taty andasse na minha frente, e fui atrás dela.

Ao chegar ao banheiro, ela entrou, mas pedi para me deixar sozinho. Ela me olhou e ergueu a blusa. Estava sem sutiã. Desviei o olhar, empurrei-a de forma nem um pouco agressiva e, finalmente, consegui fazer meu xixi.

Voltamos até o balcão e falei:

– Quer beber o quê, querida Taty?

– Ai, eu só bebo acompanhada! – respondeu ela.

– Eu estou caminhando por recomendação médica, então, pago uma bebida para você beber com suas amigas. Outro dia virei aqui e bebo com vocês.

– Com vocês, não, só comigo, e eu sentada no teu colinho! – respondeu Taty.

– Tu não sabes que nós somos médicas também? – perguntou a Kali.

– Nós cuidamos muito bem do teu coração – acrescentou a Taty – Nós não, eu cuido. Viu que fui eu que te levei até o banheiro.

– Eu sei, eu sei, mas tenho horário e preciso voltar até meu carro. Está lá no centro.

– Nós podemos chamar um táxi para te levar lá. Senta e bebe! Passar sede pra quê! Não vai dizer que tá sem grana!

– Claro que não, obrigado! Quanto custa uma cerveja?

– Cinquenta reais!

Paguei e saí. Meu tempo estava se esgotando.

Voltei com sede. Esqueci-me de beber água no banheiro.

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13 comentários em “Cara de Lata (Roque Aloisio)

  1. Regina Ruth Rincon Caires
    16 de março de 2019

    Cara de Lata (Simpatizante)

    De início, “cara de lata”, em Portugal, tem o mesmo significado da expressão “cara de pau”, utilizada no Brasil. É um texto cômico, repercute o incômodo enfrentado por um “caminhante” (autor/narrado em primeira pessoa). Assim que começa a caminhada, exercício sugerido pela médica, o protagonista percebe que está “apertado”, que precisaria usar um banheiro. Angustiante é que não há banheiro nas proximidades. E, aí, vem a sede… Difícil manter a disciplina no caminhar, as necessidades fisiológicas imperam… Sempre. Na escrita, existem traços lusitanos: “saem a passear”, “detalhes tácteis”, “que o fôlego ficou curto”, “mixar”, “batonado”(???), “bota apreensão que me acode” (???), “me mandou ao ar livre”… E que cerveja cara, menino!!! Cinquenta reais?!

    Durante a leitura, senti que o autor produziu um texto descompromissado, quis contar a “saia justa” vivida por uma pessoa (ele/em primeira pessoa) na busca de um banheiro. É uma narrativa com leve embaralhamento diante da aflição que o autor quer colocar no discurso, enredo sem sobressaltos, linear. Poucos deslizes na escrita. Confesso que, no desfecho, o preço da cerveja me assustou. Caro autor, que bom que está a participar deste desafio! Deve ser novato no grupo, mas tenho certeza de que ficará aqui por muito tempo. Vamos seguir aprendendo, estamos na estrada…

    Obrigada por fazer parte do grupo!

    Abraços…

  2. Fernando Cyrino
    12 de março de 2019

    olá, Simpatizante, que situação esta, não é? Cá estou eu às voltas com a sua história. Acho que todo homem com mais de cinquenta anos passou por isto. Tem um amigo que costuma dizer que depois dessa idade, toda vez que passar por um banheiro, esforce-se e use-o, mesmo se não estiver sentindo vontade. E o nosso herói foi encontrar o alívio logo no bar da Kali. Um enredo simples, uma história curta. Gosto delas, mas no seu caso não consegui rir da comédia. Não sei se pela aflição do Cara de Lata, que foi me dando também aflição… Achei a sede aliada a esta vontade louca de urinar meio paradoxal. Ou uma, ou outra. Quem sabe uma dor de barriga ficasse mais apropriada. Pense nisto. Você escreve bem, tem um domínio bem legal do português. Algumas poucas palavras necessitam serem digitadas novamente, mas nada que atrapalhe a compreensão. Senti-me enganado, ponto para você, quanto ao Bar da Kali. Juro que pensei que fosse um local de travestis. Talvez tivesse provocado mais humor. Receba o meu abraço fraterno, Fernando.

  3. Rocha Pinto
    10 de março de 2019

    Um homem vai andar por conselho da médica. Mas sente a bexiga cheia. E de seguida, sede. Procura um bar mas só encontra um que é casa de diversão. Consegue aliviar a bexiga mas sai de lá ainda com sede.

    História que poderia ter argumento melhor.

  4. André Gonçalves
    10 de março de 2019

    Resumo: Um homem que teve recomendação médica para realizar caminhadas periódicas, termina por se perceber em uma situação urgente ao realizar tal tarefa, uma vez que é acometido de uma vontade urgente de urinar e, ao mesmo tempo, beber água. Ao fim, encontra um bar e pede para usar o banheiro quando percebe que trata-se, em verdade, de um bordel.

    Comentário: O texto foi médio em minha opinião. Tentou o humor e quase conseguiu, em minha estrita opinião o autor bateu muito no mesmo ponto, retomando a todo momento o mote da vontade de urinar e transformou isso num problema muito maior do que sabemos que é. A agonia do personagem se assemelha mais a um sujeito que está com uma diarréia das brabas e começa a pensar onde irá resolver sua questão, suar frio, quase um desespero. O autor adicionou a vontade de beber água como um complicador, mas sabemos também que isso não é um problema em si quando estamos em uma zona urbana. O que quero pontuar aqui é que precisamos ter verossimilhança, o leitor precisa se ver no lugar do personagem, quase sentir o que ele sente, esse seria o objetivo a conquistar. Nesse caso o autor usou um tema para criar um texto que parece que existe por si só, não exatamente para contar uma história, porque o que foi contado é tão simples que poderia ser uma introdução do conto, que poderia ter começado de verdade justo no fim. O conto não é ruim não viu? A meu ver o autor teve uma fluidez massa. O desenvolvimento funciona mas o desfecho é muito aberto.

    Forma: A primeira coisa que notei foi sua narração no presente simples. Me questionei sobre se essa opção seria a melhor porque em minha visão limita muito a voz do narrador. Mas veio a resposta perto do final, quando o autor abandona esse tempo verbal e passa a narrar no passado (pretérito perfeito simples), o que acredito que não é o correto a fazer, você não deveria ir até o fim com o verbo no presente?

    Observações pontuais:

    “querendo do jogar mais água” sobrou o “do”

    […]água na lata. É cara de lata vou precisar para solucionar meus problemas[…] – Não entendi essa frase “é cara de lata vou precisar ”

    “poder ir mixar na beirada” talvez quisesse dizer “mijar”

    “Bota apreensão que me acode!” – Não consegui entender essa expressão.

    Boa sorte no desafio.

  5. Ana Carolina Machado
    10 de março de 2019

    Oiiii. Um conto que narra a jornada de um homem para encontrar um banheiro durante uma caminhada. Por recomendação de uma médica ele inicia uma caminhada, porém logo sente vontade de fazer xixi e não ver nenhum banheiro disponível por perto. Depois de procurar e pensar até em ligar para o filho ele encontra a solução ao ver um lugar chamado Cantinho da Kali onde encontra várias moças que se mostram “interessadas” nele. Lá ele finalmente consegue usar o banheiro(que meio que custa os cinquenta reais que ele gastou na cerveja para a Taty), mas não bebe água(o que é uma situação mais fácil de resolver, visto que vendo garrafinhas de água em vários lugares). Uma história do cotidiano com uma narrativa leve que segue o ponto de vista do protagonista em sua procura por banheiro. Seria legal se no final ele tivesse feito uma última reflexão sobre a caminhada. Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.

  6. Raquel Freitas De Souza Silva
    9 de março de 2019

    Antes de encontrar as palavras, a Kali, pelo menos penso ser ela, pergunta:

    – O que podemos servir ao amorzinho?

    Amorzinho! Mas, nem a médica me chamou assim, muito menos a mulher em casa faz isso, e se já o fez, isso foi há bastante tempo!

    – Preciso de uma água com gás.

    – Ah! Meu lindo! Aqui só temos whisky e cerveja. Senta um pouco e bebe uma coisa mais forte. Depois vemos o mais necessário!

    – Eu não posso beber. Só tomar água! E, preciso de um banheiro com urgência!

    – Taty, leva este moço até o banheiro!

    – Eu posso ir sozinho. Só me mostra o lado onde fica.

    – Nada disso! A Taty te leva lá e te ajuda!

    Fazer o quê? Aceitei que a Taty andasse na minha frente, e fui atrás dela.

    Ao chegar ao banheiro, ela entrou, mas pedi para me deixar sozinho. Ela me olhou e ergueu a blusa. Estava sem sutiã. Desviei o olhar, empurrei-a de forma nem um pouco agressiva e, finalmente, consegui fazer meu xixi.

    Voltamos até o balcão e falei:

    – Quer beber o quê, querida Taty?

    – Ai, eu só bebo acompanhada! – respondeu ela.

    – Eu estou caminhando por recomendação médica, então, pago uma bebida para você beber com suas amigas. Outro dia virei aqui e bebo com vocês.

    – Com vocês, não, só comigo, e eu sentada no teu colinho! – respondeu Taty.

    – Tu não sabes que nós somos médicas também? – perguntou a Kali.

    – Nós cuidamos muito bem do teu coração – acrescentou a Taty – Nós não, eu cuido. Viu que fui eu que te levei até o banheiro.

    – Eu sei, eu sei, mas tenho horário e preciso voltar até meu carro. Está lá no centro.

    – Nós podemos chamar um táxi para te levar lá. Senta e bebe! Passar sede pra quê! Não vai dizer que tá sem grana!

    – Claro que não, obrigado! Quanto custa uma cerveja?

    – Cinquenta reais!

    Paguei e saí. Meu tempo estava se esgotando.

    Voltei com sede. Esqueci-me de beber água no banheiro. O final desse texto me fez dar tremendas gargalhadas…

  7. Estela Goulart
    9 de março de 2019

    Resumo: Um homem que, por recomendações da médica, precisa caminhar algumas vezes na semana para diminuir o colesterol e melhorar a saúde. Um dia, com imensa vontade de ir ao banheiro e tomar água, procura algum lugar livre para isso. Encontra um bar, o Cantinho da Kali, mas as atendentes tentam de tudo para seduzi-lo. Ele apenas nega, usa o banheiro e compra uma cerveja de cinquenta reais.

    Comentário da história: não entendi qual foi sua intenção, assim como não entendi a sua história. Rindo, me perguntava o que estava acontecendo. Foram tantas quebras de expectativa que presumi que a ideia de ser uma comédia até que funcionou, mas não tanto. Eu comecei a rir mais dos acontecidos e da sua narrativa. Ainda assim, fiquei confusa com a intenção. Cinquenta reais uma cerveja? (risos) Tudo bem, mas é só a minha opinião de que está confusa a sua história.

    Comentários da narrativa: singela e bastante rápida. Um tanto engraçada, bem formulada. Prosseguiu a história de forma clara. Mas, como disse antes, não entendi a história.

    Comentários da gramática: pequenas correções em palavras podem ajudar. Uma revisão gramatical antes de postar, ou uma simples leitura atenta. A história parece ter sido escrita às pressas. Mas coisas poucas, que não influenciaram na história.

  8. Sarah Nascimento
    3 de março de 2019

    Um senhor sai para fazer caminhada. No meio do percurso ele sente muita vontade de aliviar a bexiga e procura um estabelecimento onde possa ir ao banheiro.
    Caminha por um bom tempo e começa a sentir sede também.
    Desesperado, ele entra em um bar onde há algumas garotas que querem lhe fazer companhia até no momento de privacidade no banheiro!
    Ele finalmente usa o banheiro, paga uma bebida caríssima para a garota que o levou até ali e sai do estabelecimento sem beber água.

    Gostei da forma que a história é narrada, bem leve e divertida. Essa expressão que dá nome ao conto, eu juro que imaginei que isso fosse se tratar de uma coisa literal. Ou seja, cara de lata: um robô. O que mais teria uma cara de lata?
    Enfim, estava errada. Engraçado como a gente supõe coisas que não tem nada haver.
    O dilema do personagem é em parte torturante e em parte engraçado. Ele pensando em um lugar pra poder ir ao banheiro e ainda por cima está com sede.
    Ele pensando em ligar para o filho e se recordando do conselho da médica que foi aluna, tudo fica tão entrelaçado e tão divertido, parabéns.
    Olha o bar onde ele foi entrar! Não acredito que deixaram o moço ir embora no final.
    Muito boa a história!

  9. jetonon
    28 de fevereiro de 2019

    CARA DE LATA
    RESUMO
    Caminhar é fundamental para a saúde, diz a sua médica; na caminhada vontade de urinar e beber água são os problemas relacionados; não encontrar lugar nem para uma, nem para outra necessidade são os problemas destacados no desenrolar do conto; encontra o lugar, mas indesejado, um prostíbulo; fica de frente a uma garota de programa semi nua, mas o seu intuito é somente urinar; paga caro por um serviço incompleto. E a água?
    COMENTÁRIOS
    O texto pode ser considerado como uma normalidade. Quantos que já não passaram por isso! Porém, penso, que o seu desenrolar tornou-se um pouco sem contexto pelo fato de se passar em um lugar que ao mesmo tempo é muito conhecido e por outro tornar-se tão isolado. Os comentários sobre pisos táteis poderiam ser evitados, sem necessidades. Faltou algumas preposições para completar frases e também palavra a mais em outra frase.

  10. Paulo Cesar dos Santos
    27 de fevereiro de 2019

    1 – Cara de lata

    Resumo; bota apreensão que me acode, esse parece o resumo deste conto, precisa ser rápido par não fazer xixi, nas calças e foi tão rápido, que se esqueceu de tomar água.
    Considerações; ótimo texto, gostaria de parabenizar o autor, muito bom, uma ironia sutil, um gracejo em muitas situações, parabéns.

  11. Raquel Freitas De Souza Silva
    26 de fevereiro de 2019

    Então ,muito interessante a história, mas gostei mesmo foi do final surpreendente e engraçado

  12. fernanda caleffi barbetta
    22 de fevereiro de 2019

    Resumo
    Seguindo as orientações médicas de uma ex-aluna, um professor resolve caminhar três vezes por semana. No primeiro dia de caminhada ao ar livre, sente uma vontade incontrolável de urinar. Fica com vergonha de usar o banheiro da igreja, do hipermercado e da revenda de carros, já que não costumava frequentar o local. Então, sente sede. Pensa em desistir da caminhada mas se lembra da aluna e acha que não seria justo desobedecê-la. Vê um bar, mas está fechado. Pensa em procurar um bar, comprar água e pedir para usar o banheiro. Mas não encontra nenhum bar. Vê uma mata mas pensa que se for urinar ali, as pessoas vão ver e condená-lo. Entra em um bar onde encontra mulheres com roupas ousadas e muita maquiagem. Consegue usar o banheiro, sempre tentando escapar do assédio de uma das moças. Paga uma bebida para a moça e vai embora ainda com sede.

    Comentário
    Senti uma incoerência na construção da história. Os argumentos utilizados para fazer com que o protagonista não resolvesse logo seu problema não me convenceram. Por exemplo: não desistir da caminhada por causa da aluna obediente, não pedir para usar o banheiro dos estabelecimentos porque não os frequentava (mesmo um hipermercado), não urinar em uma moita qualquer, pensar em chamar o filho se possuía carro. Em uma parte do texto ele diz ter nascido cara de lata (se bem entendo, seria como cara-de-pau) mas se recusa a fazer algo que um cara de lata teria aceitado fazer rapidamente.
    O título também não foi bem escolhido porque no final das contas ele não foi cara de lata.

  13. Elisa Ribeiro
    20 de fevereiro de 2019

    Sujeito sai de casa para caminhar no parque e logo sente vontade de urinar, mas não avista nenhum lugar apropriado. Começa a sentir sede. Ocorre-lhe a ideia de procurar um bar que esteja aberto para comprar água e pedir para usar o banheiro. Avista um estabelecimento pensando tratar-se de um bar mas na verdade é um bordel. O sujeito consegue usar o banheiro mas sai do bordel sem beber água.

    Trata-se de uma comédia cuja pretensão de fazer rir se ampara na aflição do sujeito apertado e nas expectativas frustradas criadas quando ele entra num bordel.

    A situação criada não é realista nem suficientemente insólita. Daí que falhou, pelo menos para essa leitora aqui, em ser engraçada.

    O conto talvez pudesse ter explorado um pouco melhor a situação inicial do atleta neófito que não conhece nem o lugar nem a “etiqueta” da prática esportiva. A narrativa fica mais interessante depois que o sujeito entra no bordel.

    Sobre o título, entendi-o como uma referência à expressão “cara de pau”, mas não captei o sentido da corruptela.

    Parabéns pela participação, amigo entrecontista! Abraço.

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Informação

Publicado às 17 de fevereiro de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 1, Série C1 e marcado .
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