O céu do entardecer pincelado de nuvens avermelhadas anunciava a chegada do inverno e, apesar da beleza daquele fenômeno, o desconforto era visivel à jovem e bela Anne que não se adaptava às baixas e rígidas temperaturas daquela região. Ainda tentava acostumar-se ao novo estilo e ritmo de vida, longe da agitação comum de onde viveu os últimos vinte e quatro anos, dividindo suas férias com visitas ao avô materno.
A decisão de assumir o rancho e suas extensas terras não foi algo precipitado. Anne havia herdado do avô o gosto pela vida no campo, assim como o amor pelo restante das criações. Ele fazia muita falta, a doença o levou muito rapido – lamentava a jovem.
– Bom dia, senhorita Olsen – saudava timidamente John, funcionário de longa data do rancho além de grande e fiel amigo de seu avô.
– Bom dia, John! Veja a árvore grande como está viçosa! Comentou Anne, ao olhar distraidamente para a árvore ilustrando com seu frondoso porte a lateral da casa.
– Sim! Mas está há quase duas primaveras sem florir! Como se estivesse numa profunda tristeza, observou o rapaz.
Por um instante, Anne analisou aquelas palavras. Ela estava ali transpondo no tempo as várias gerações da família. Era quase impossível imaginá-la fechando o ciclo de sua existência.
– E por falar nisso, vou até o supermercado fazer compras e já volto – disse ela com a habitual delicadeza, saindo do aparente transe ao se dirigir para a velha caminhonete Ford, que desde a morte do avô materno não era retirada da garagem.
O avô foi a última pessoa a manobrá-la. Se estivesse vivo ficaria feliz ao ver a neta ao volante, pensava tristemente John, que sabia de seu potencial, já havendo ela angariado amizades e simpatia pelo povoado.
O carisma herdado também a tornavam especial. Era uma jovem de valor ao abdicar da carreira de jornalismo para cuidar daquelas terras às quais o veho Olsen tinha o maior apreço.
Uma noite enquanto retornava para casa, sob forte chuva torrencial, agravada por uivantes ventos, Anne percebeu um animal caminhando com dificuldade, tentando se abrigar do temporal.Talvez estivesse ferido, pensou Anne ao perceber que se tratava de um cão de aproximadamente cinco anos, cor clara, visivelmente amedrontado e desolado.
Sem hesitar, abriu a porta do veiculo e pela claridade do farol caminhou até ele, envolveu-o nos braços e o carregou para o automóvel. Apesar de assustado sinalizava ser dócil e de temperamento tranquilo.
Um novo dia amanheceu e Anne acordou no sofá ao lado da lareira da sala com o animal lambendo seu rosto e abanando a cauda, como se falasse com o coração agradecido.
Depois de acariciliá-lo, Anne se perguntou de onde ele teria saído, ferido e vagando naquela chuva. Provavelmente pertenceria a alguém e, naquela altura, seus donos já deveriam estar à sua procura. Sua mãe nunca permitiu animais em casa e Anne cresceu sem nunca ter a oportunidade de experimentar a amizade sincera de um cão.
Os dias se seguiram e Yellow, como ela carinhosamente passou a chamá-lo melhorava, sempre brincalhão, afetuoso e eufórico à espera da jovem de cabelos loiros e compridos na porteira que antecedia o casarão, quando ela saía; era como se tivesse sido criado naquele lugar. Mas apesar de esforços para encontrar seus donos, Anne não escondia a afeiçao que nutria pelo animal.
– Menina Anne, precisa se apressar! Recomendava John, sério e agitado ao adentrar a cozinha, apressado, onde ela tomava seu café da manhã. E se não quiser ter mais problemas com a justiça, acho melhor correr!
Anne por um instante olhou para ele, mas os latidos vindos da sala, seguidos de gritos, anunciavam a gravidade do assunto. E já na sala encontrou Yellow praticamente com quase todos os dentes à mostra para o visitante encurralado em cima do sofá, agarrado a uma pasta como proteção.
– Bom dia, senhorita Olsen, cumprimentava o sisudo oficial de cobranças do cartório recompondo-se do desconforto da situação entregando algumas documentações.
Depois de um tempo, após Yeloow ser retirado do ambiente por John, Anne passou a examinar tudo com apreensão.
– Preciso que assine o recebimento senhorita – disse asperadamente o oficial à jovem.
Após sua retirada, Anne desabou sobre a poltrona, evidenciando desolação e inconformidade com o que acabara de descobrir. Suas mãos tremiam, assim como todo seu corpo e não se deu conta quando Yellow se aproximou aconchegando a cabeça em seu colo.
O natal se aproximava e Anne não conseguia encontrar clima para as festividades na casa toda enfeitada, nem mesmo com a presença de seus pais. As vastas terras do rancho eram herança do avô, da qual a parte da sua mãe lhe foi entregue após a abertura do testamento para que ela pudesse cuidar com autonomia e liberdade.Mas agora se preparava para entregá las em troca das dívidas acumulaladas. Foram tempos difíceis para ele, talvez o que poderia justificar os altos empréstimos vinculados a juros exorbitantes assumidos com o banco, o que poderia poderiam de certa forma ter antecipado sua morte.
Por um instante, Anne deu falta de Yellow, não o via há quase uma hora. E após procurá-lo por toda a parte caiu exausta na rede da varanda. Seu coração se enchia de medo e suposições, talvez tivesse voltado para seu antigo dono – pensava aflita.
O dia enfim amanheceu e Anne correu até a cozinha na esperança de vê-lo se alimentando como fazia matinalmente, mas depois de duas semanas depois do seu sumiço, já começava a acreditar que ele não mais voltaria.
Enquanto acomodava seus ultimos pertences na velha caminhonete, Anne observava John que a ajudava calado. O rancho era sua segunda casa e não estava sendo fácil também para ele ter que deixar sua moradia.
Era o momento de despedida e, por um instante, Anne percorreu toda aquela propriedade com os olhos, não contendo a tristeza e as lágrimas. Tentou disfarçar caminhando até a frondosa árvore, onde Yellow passava a maior parte do dia brincando e dormindo sob sua aconchegante sombra. Surpreendentemente, naquela manhã ela amanheceu toda florida. E de repente, algo chamou sua atenção ao constatar que, próximo ao seu frondoso tronco, a terra estava toda revirada, como que propositalmente. O que de fato comprovou sua suspeita, ao perceber que a escavação levava a uma caixa de madeira, que pelo estado deveria estar ali enterrada há muito tempo. Com a ajuda de John, após retirá la do lugar, maior foi sua surpresa ao abrir e encontrar no seu interior um montante significativo de moedas de ouro; todas cunhadas com as iniciais do nome de seu bisavô. E como se não bastasse toda a perplexidade, Anne encontrou no local a coleira de Yellow.
Atordoada, Anne passou a gritar inutilmente pelo animal amigo. Seus olhos embargados refletiam claramente o conflito de sentimentos. Yellow durante o tempo que passou por ali mudou sua vida, espontânea e naturalmente. Nunca havia experimentado tal relação de amizade, confiança e lealdade.
– Menina Olsen! Interrompeu, emocionado, o velho John. Ainda me recordo perfeitamente do dia em que seu bisavô plantou essa árvore, eu ainda era uma criança, mas me recordo como se fosse hoje. Ele estava acompanhado de um cão, tal qual esse que apareceu por aqui e sumiu. Pensei que a caixa fazia parte das suas parafernálias.Ele plantou a árvore e um tesouro juntos. Com certeza, sabia o que estava fazendo. Concluiu John, abismado com a descoberta.
Com aquela valiosa quantia, Anne pôde quitar todas as dívidas e ainda restaram muitas moedas.
Cinco meses mais tarde, Anne voltava à tardezinha para casa e ao descer da caminhonete, para abrir a porteira avistou um animal deitado em um dos seus cantos. Depois de sucessivas buzinadas, ele virou-se para ela e tamanha foi sua surpresa ao ver um pequeno cão, da mesma raça que Yellow, mais semelhante a uma nuvem, olhando-a como se a conhecesse de longa data.
Ainda confusa, Anne instintivamente abriu a porta do carro para o filhote que corria afoito em sua direção.
Dizem que o amor é o lugar onde mora a tranquilidade e o abrigo da tempestade. O que certamente Borah, o filhote, também encontrou em sua nova vida e à sombra da velha árvore, onde passava a maior parte do dia brincando e dormindo, como se nunca estivesse sozinho.
Uma sensação de paz tomava conta de Anne, o rancho prosperava e a vida seguia seu curso ao lado de John e o pequeno cãozinho que, apesar da natureza dócil, assustava todos que encontrava ou passavam à sua frente. As saudades de Yellow com o tempo abrandaram, mas muitas dúvidas ainda permeavam os pensamentos de Anne.
Numa tarde, enquanto retornava de um passeio ao povoado, com Borah, aconchegado ao seu lado no banco da caminhonete, Anne atentou para um latido vindo da direção da velha porteira, que a intrigou ainda mais ao perceber o filhote com quase todo o corpo para fora da cabine abanando a cauda como se reconhecendo algo próximo.
Na verdade, Yellow nunca se foi, murmurava Anne ao adentrar a propriedade. Sempre estará ali. Assim são todos os anjos em forma de cães que descobrem tesouros e dormem sob os troncos de uma paineira. Nada importa tanto se o que realmente conta é o amor e lealdade que vivenciam e transpõem todos os difíceis invernos de nossa vida.
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Quero um cão e uma paineira.
RESUMO: Anne Olsen é uma garota de 24 anos que assume o rancho que herdou do avô. Acostumada a uma vida agitada, tem que se adaptaria à calmaria nas terras que agora administra. Em uma noite de temporal,Anne encontra um cão perdido e o adota como seu, passando a chamá-lo de Yellow. Com dívidas acumuladas, o rancho e as terras têm que ser entregues. No entanto, depois de sumir, o cão Yellow, deixa sinais de mudança: a árvore está novamente florida e debaixo dela, Anne descobre uma caixa cheia de moedas de ouro. Ela paga as dívidas e ainda fica com um troco. Um filhote parecido com Yellow aparece… e Anne descobre que Yellow na verdade era um anjo de quatro patas.
AVALIAÇÃO: Acredito que o(a) autor(a) seja alguém bem jovem e que goste de um certo tipo de literatura mais focada em personagens estrangeiros. Nada contra, cada um batiza seus personagens como deseja: Anne, John, Yellow… No entanto, previno o autor que muitos leitores não receberão de bom grado esse estrangeirismo. Outro problema é que para narrar bem uma história, o autor deve estar familiarizado com os elementos que compõem a sua obra. Assim, achei estranho encontrar uma rede na varanda em um cenário tão típico dos Estados Unidos. Se for o caso de escolher um panorama que desconhece, tente pesquisar mais a respeito.
Há alguns probleminhas de revisão no texto. Por exemplo:
– E por falar nisso, vou até o supermercado > Por falar nisso o quê? Eles estava falando da árvore que não ficava mais florida e ela emenda com o fato de ter que ir ao supermercado? O que uma coisa tem a ver com a outra?
-O carisma herdado também a tornavam especial >Cuidado com a concordância! > O carisma herdado também a TORNAVA especial.
– às quais o veho > às quais o VELHO
– sob forte chuva torrencial > Problema de redundância – se a chuva é torrencial, é lógico que ela é forte.
– abriu a porta do veiculo > abriu a porta do VEÍCULO (acento)
– Depois de acariciliá-lo > depois de acariciá-lo
– o que poderia poderiam de certa forma > o que PODERIA de certa forma
Quando achar que já revisou o suficiente o seu conto, revise-o mais uma vez. Sempre sobra alguma falha.
Atenção ao uso dos tempos verbais. Às vezes, é preciso usar o Pretérito mais que perfeito para expressar um fato que se deu antes de outro ocorrido no passado ( Pretérito Perfeito). Por exemplo: Ela conseguiu encontrar a caixa que o avô enterrara (ou havia enterrado) sob a árvore.
A linguagem empregada é simples, sem problemas de entendimento e não atrapalha em nada o fluxo de leitura. O enredo é até envolvente, quem não gosta de cãezinhos fofos e amigos? A trama não apresenta complexidade ou voltas desnecessárias que atrasem o ritmo da narrativa. No entanto, acho que o(a) autor(a) poderia ter deixado algum mistério para o leitor descobrir. Eu logo percebi que haveria uma solução mágica para as dívidas e que algo seria encontrado sob a copa da árvore. Explique menos, só deixe alguma pista.
De resto, é continuar escrevendo e passando todas as suas ideias para o papel ou para a tela. Vai valer a pena!
Abraço.
Muito agradecida pelas análises!Prometo me esforcar da próxima!Obrigada pelas palavras de incentivo!Paz!
Uma jovem assumiu o rancho do avô, falecido. Uma noite encontrou um cão talvez ferido. Ficou com rele mas um dia desapareceu. Encontrou sua coleira e mais tarde outro cão da mesma raça. Pensou tratar-se de um anjo em forma de cão.
Bonito conto com um enredo pouco comum.
Resumo: O texto retrata a história de Anne, uma jovem que herdou uma fazenda de seu avô e decidiu largar tudo para administrá-la. A certa altura ela encontra um cão perdido e o adota, dando-lhe o nome de Yellow, criando com ele um forte laço emocional. Algum tempo depois descobre que, além da fazenda, seu avô lhe deixara muitas dívidas, o que abalou muito a garota lhe trazendo uma série de preocupações. Certo dia, após o desaparecimento de Yellow, e como que guiada por uma intuição, encontrou um local ao pé de uma grande árvore da propriedade um tesouro composto por muitas moedas de ouro que permitiram quitar os débitos da fazenda. Por fim, Anne encontra outro cãozinho da mesma raça que Yellow e o adota, sentindo nesse animal a presença de seu cão desaparecido.
Comentário: Conto morno, monocórdico, com uma pegada infantojuvenil ao estilo Pollyanna de Eleanor H. Porter. Não digo que é ruim. A linguagem até que flui, o começo tem uma narrativa legal, em um ritmo lento, mas apropriado ao contexto bucólico. Meu incômodo refere-se exclusivamente à ingenuidade do texto, e isso é bem pessoal viu? Aqui procuro tecer uma crítica que permita encarar o texto com outros olhos, não precisa concordar comigo ok. Então voltando, o texto tem esse quê pueril, de uma história toda redondinha que acaba ao estilo “viveram felizes para sempre…”. A ambientação acredito que contribuiu para reforçar o estereótipo com como eu disse, entendo ser uma questão de gosto e me atraio realmente mais com textos mais ousados.
Forma: O que mais me chamou atenção aqui foi a questão das vírgulas. Não vou citar as passagens todas, mas acredito que o autor possa promover uma revisão criteriosa nesse aspecto pois há vírgulas sobrando em alguns lugares e faltando em outros. Essa questão das vírgulas é normal, mas aqui passou disso.
Alguns erros claramente de digitação que é só revisar com alguma atenção para perceber. Acho que tu postou correndo porque algumas coisas não passam no corretor ortográfico dos editores de texto como “asperadamente” ou “acariciliá-lo”. Tenta dar uma olhada nos elemento de um texto narrativo e as variadas maneiras de conceituar ou abordar a narrativa, conflitos, protagonista/antagonista, ritmo, desenvolvimento, clímax, desfecho/solução. Escrever não precisa ser um exercício mecânico com o fim de atender a critérios preestabelecidos mas saber a teoria é o primeiro passo para subvertê-la.
Espero ter ajudado.
Parabéns, boa sorte no desafio.
Oiiii. Um conto sobre a jovem Anne e o rancho que herdou do seu querido avô. Na rotina no local um cachorro entra em sua vida. Porém o lugar não foi a única herança, pois junto com ele herdou as dívidas que poderiam lhe custar o local, mas em uma reviravolta um tesouro debaixo de uma árvore bem antiga é achado que lhe permite pagar as dívidas. Um pouco depois um novo filhote(Borah) de cachorro entra em sua vida, mas ela sente que o Yellow continua com ela. Um conto bem bonito que fala da amizade entre humano e animal, além de mostrar todo o sentimento que a Anne tinha pela propriedade do seu avô. Cachorros são realmente anjos que muitas vezes nos ensinam a amar e no caso dela coloriu sua vida e o tesouro que passou através das gerações pode tanto ser as moedas que ajudaram a saudar a dívida como as lembranças que a propriedade abrigada. Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.
Grata pelas palavras!😊
Resumo: Anne trabalha na fazenda herdada pelo avô. No meio de um trajeto abaixo de chuva, encontra Yellow, um cachorro amarelo, e o leva à fazenda. No entanto, o excesso de dívidas a obriga a vender o terreno, além do sumiço do bichinho. É quando, um dia, encontra uma escavação em meio ao gramado com uma caixa repleta de moedas de ouro e a coleira de Yellow que percebe o quanto ele a ajudou, sempre estando ali.
Comentário da história: uma história boa, mas esperava bem mais. Começou bem, até achei que usaria do lado emocional para encantar as pessoas com o Yellow. Isso não aconteceu. A relação Anne-Yellow deveria ter ficado melhor, mais explícita. O leitor não se identifica com a história, quase não consegue sentir nada, apenas ler e absorver informações rápidas. Poderia ter trabalhado mais, e como percebi, você tem potencial. Apenas trabalhe nas próximas histórias de contos.
Comentário da Narrativa: passou muito rápido. Poderia ter trabalho melhor a relação entre a menina e o cachorro.
Comentario da gramática: você tem potencial para escrever textos brilhantes, mas a faltou de zelo com alguns trechos e repetições, errinhos bobos. Mas a pressa para que o conto terminassem colocou tudo em questão. Poderia melhorar.
Obrigada pelas análises!Aproveitarei todas as dicas!Obrigada pelas palavras de incentivo!Paz.
Uma jovem vai cuidar de um rancho herdado pelo avô.
Ela encontra um cão misterioso e descobre que por conta de muitas dívidas, teria de vender a propriedade.
O cão desaparece e após algum tempo ela encontra, ao pé de uma árvore que nunca dava flores, uma caixa com moedas de ouro.
Com o dinheiro ela paga as dívidas e algum tempo depois acaba encontrando um novo cãozinho.
Conto muito bonito e tocante.
Gostei bastante de ver esse relacionamento da personagem principal com o primeiro cão, o Yellow.
Também achei excelente como mostrou aspectos da vida da Anne, como por exemplo o fato dela largar a profissão de jornalista pra cuidar do rancho.
Me confundiu um pouco o trecho que mostra o oficial do cartório, como explica só mais pra frente o que ele tinha trazido, fiquei confusa com a demora em revelar o que deixou a Anne tão perturbada.
Um outro ponto que está diferente e pode causar confusão é o trecho que o John é chamado de rapaz e mais para o final do conto ele diz que conheceu o bisavô da Anne.
As palavras utilizadas no conto são bem cultas e formais, mas há alguns erros de digitação. Não me incomodaram na leitura, pois não são tantos assim, mas achei que devia apontar isso.
O desfecho foi lindo e triste com o desaparecimento do Yellow. Porém, o fato dela encontrar um outro animalzinho na estrada foi maravilhoso.
E ainda mais a reflexão no final, achei muito bonito.
A OUTRA FACE DOS ANJOS
RESUMO
Herança da propriedade do avô; encontro de um cão perdido; visita do oficial com cobranças cartorárias; sumiço do cão; encontro do tesouro; quitação da dívida; encontro de um filhote de cão de mesma raça e o retorno do cão anjo yellow.
COMENTÁRIOS
O conto é bastante simples lembrando as estórias infantis, gostoso de ler.
3 – A outra face dos anjos
Resumo; uma menina decide levar sua vida no campo, seu avo deixou para ela um pequeno rancho e ela foi cuidar. Um dia surge uma pessoa cobrando dividas, ela sem ter o que fazer, precisa ir embora, porém um cão mostra um tesouro que salda as hipotecas.
Considerações; pareceu-me uma mensagem em uma historia, bonita, simples, fácil, lembra Zibia Gasparetto. Gostei.
Resumo
Anne, uma jornalista de 24 anos se muda para o campo para assumir o rancho após a morte de seu avô. A árvore grande frondosa não dava frutos há 2 anos. Em uma noite de chuva forte, Anne encontrou um cão machucado na estrada e o levou para casa. Com seus cuidados, ele foi melhorando e, enquanto procurava pelos donos dele, Anne foi se afeiçoando ao animal. Um dia, o cachorro sumiu. O rancho estava com dívidas e Anne precisava entregá-lo. No dia da despedida, encontrou a árvore florida e a terra remexida. Ao cavar, encontrou moedas de ouro e a coleira do cachorro que havia sumido. O caseiro relatou que se lembrava de que quando o avô dela havia plantado a árvore ele estava acompanhado de um cão como aquele que ela havia levado para casa. Anne quitou as dividas com as moedas. Quatro meses depois, um cão da mesma raça do anterior apareceu no rancho. Um dia o novo cão começou a latir e Anne supôs que o antigo sempre estivera lá.
Comentário
Gostei da trama e da ideia de o cão ser a ponte entre passado e presente. Gostei da ambientação, da forma como levou os leitores ao lugar da trama.
Senti alguns saltos inesperados na narrativa, o que gerou uma falta de fluidez. Pareceu uma narrativa um pouco apressada em alguns pontos.
Faltou explicar porque o avô entrou em dívidas se possuía as moedas de ouro.
No segundo parágrafo, ficou estranho terminar com “lamentava a jovem”, uma vez que não dá a impressão de que é ela que está falando ou pensando.
Uma heroína carismática, cães adoráveis, avôs e bisavôs amorosos e preocupados com a sustentabilidade do patrimônio, um funcionário atencioso e dedicado e um tesouro enterrado.
História mais fofa! Leve e agradável com uma manhã fresca e ensolarada.
O estilo é correto e adequado ao tema. Em geral o texto está bem revisado. Sugiro apenas atentar para o uso dos pronomes relativos no parágrafo iniciado por “O Natal se aproximava…”
Os personagens, embora planos, seduzem e enredar cãezinhos numa trama é certeza de empatia com os leitores.
Uma sugestão seria finalizar o conto no período que termina em “… paineira.”, suprimindo a última frase.
Parabéns pelo lindo conto, amigx entrecontista!Foi uma leitura querida demais. Um abraço.
Obrigada pela análise!Vou seguir suas orientações!Paz!