EntreContos

Detox Literário.

Feromônio de Alarme (Fátima Heluany)

A chuva bateu de madrugada, fremente e rápida. As folhas ainda conservavam os respingos e o cheiro de terra úmida purificava o ar. O sol voltava a brilhar deixando a mata com um clima convidativo. Estava na cidadezinha serrana cumprindo um estágio rural, no meu quinto ano do curso de Medicina. Seria um passeiozinho menor no período livre.

A estrada abandonada virou picada e logo acabou. Decidi subir o restante pelo meio do mato. Virou escalada. De repente, um barulho vindo dos ares aumentava gradativamente. Notei uma casa de abelhas, das que moram no chão. Vazia… Uma grande nuvem escura se aproximava. Eu fizera uma invasão perigosa. Não havia volta. Continuei, acompanhada por um séquito cada vez maior dos insetos. Logo perderam a cerimônia e começaram a picar. Não avistei nenhum espaço onde pudesse me abrigar. Puxei a jaqueta sobre a cabeça, tentando proteger o rosto, já sentia os lábios gretados, inchaço, dores, olhos turvos. Pouco adiante, perdi as forças. Como avançavam nas pálpebras, distinguia pouco à frente, tropeçava e cheguei a cair e reerguer-me, mais de uma vez.

Então, vislumbrei, em meio às árvores, um homem que parecia chamar os insetos para si. Cruzou os dedos diante da boca como se me mandasse ficar quieta. Estranhamente, as abelhas foram saindo de cima de mim e se aglomerando naquele corpo, quase o recobrindo. Enquanto ele se afastava, fiquei ali entorpecida, desorientada.

Não sei quanto durou o suplício. Os minutos foram pingando vagarosos. Minha cabeça doía. Sentia o suor escorrer, a respiração difícil, o ar denso, duro, pequenos espasmos nas mãos frias. Veio a imobilidade, veio o esquecimento…

 

Meu corpo ardia em cada centímetro, a cabeça latejava… A claridade incomodava e lenta fui abrindo os olhos. A visão continuava embaciada, assim como meus pensamentos que não discerniam claramente o presente. Havia movimento de outras pessoas ao derredor. Um aspecto familiar veio se esboçando.

Estava num quarto do mesmo hospital em que estagiava, ligada ao soro. A família, que viera da cidade onde morávamos, sem detença, veio com cobranças:

— Não tem juízo menina? Por que caminhar tão longe? Quase a perdemos… — Enfim, as explicações: moradores locais me socorreram e carregaram-me até onde a ambulância pudesse alcançar. No hospital, retiraram quase cem ferrões espalhados na pele, deram-me adrenalina e morfina de imediato. Passei por uma traqueostomia para desobstruir as vias aéreas e fiquei em coma por dois dias.

Contaram-me mais. Havia algumas semanas que a região vinha sendo atacada por abelhas, maribondos e outros insetos.  Enxames haviam causado a morte de cães, bezerros e outros animais. Invadiram casas e se espalhavam pelas ruas. As pessoas estavam amedrontadas, escondiam-se, mas, mesmo assim duas foram mortas e muitas feridas.

Era minha vez… As lembranças vieram incrivelmente claras, embora tiradas de pouca matéria. Quem era aquele ser que vi? Ele era o meu salvador! Ele, sim, quem teria enviado os que me trouxeram de volta para a cidade. Queria vê-lo, agradecer-lhe! Queria, sobretudo, entender como ele agira.

As informações logo chegaram:

— Chiquinho das Abelhas é conhecido morador. O apelido veio porque ele exerce domínio sobre abelhas, outros insetos e até cobras. Na redondeza, quando alguém precisa retirar uma colmeia ou caixa de marimbondos, ele é chamado. Chico chama as abelhas e elas o seguem, assentam em seu corpo como se essa fosse sua roupa. — matraqueou uma enfermeira, sem parar, ansiosa por ser a primeira a falar comigo. — Escapou por pouco, hein doutora? Se não fosse esse dom de Deus se manifestando!

—Você ainda não o viu por aí? Ele bem que gosta de chamar atenção dos forasteiros. Vive com cobras enroladas no pescoço e insetos que o sobrevoam. Chiquinho já participou de vários programas de TV, adora se mostrar. Ele faz sempre apresentações nessas gincanas de escolas, em toda a região. Não perde um circo ou parque que apareça na Prata e redondezas.  Se tiver coragem, por alguns trocados, ele posa com a doutora para fotos. Nunca houve um caso das cobras picarem algum visitante ou morador, estando perto dele. É simplesmente inacreditável! — completava uma atendente.

Foram muitas as visitas, a situação fizera de mim uma curiosidade naquele momento. As referências sobre meu protetor iam se tornando as mais variadas. Pareceu-me que o milagreiro era uma figura bastante popular, conversava com os bichos, dava-lhes comandos e era obedecido. As insinuações fizeram-me perceber que ele era admirado e desprezado, contraditoriamente. O dom do homem era considerado por uns como uma bênção, por outros, uma maldição. Porém, uma afirmativa era unânime: a habilidade era verdadeira. Era autêntica a capacidade de manipular insetos e serpentes.

Eram muitas as ocasiões em que fora até uma roça para identificar o tipo de cobra que picara um trabalhador, e assim se aplicar o soro com anticorpos específicos. Os casos bizarros eram inúmeros e vinham bem detalhados para que eu não duvidasse da veracidade. Cada um relatava uma história diferente, dramatizando-a com ênfase nos feitos do ídolo:

— Um menino de oito anos foi atacado por uma sucuri de cerca de cinco metros. A cobra o imobilizou, hipnotizou como se fosse um sapo e enrolou-se em seu corpo. Ele brincava na beira do rio com uma molecada. Aprontaram uma gritaria desesperada e apareceu ajuda. Os homens cercaram a bichona com enxadas e paus; tinham que evitar que o garoto fosse arrastado para o rio. Não sei dizer como o Chiquinho apareceu lá, mas foi falando com a cobra, negociou com ela e conseguiu trocar a vítima por uma galinha. Ainda deu um beijo na diaba, antes que ela caísse na água. O moleque ficou bem, meio castigado e muito assustado. A mãe que aprontou a maior zoada quando o encontrou. Não é de rir não…

— Até minha casa já foi livrada de um enxame de marimbondos alojado em uma colônia no teto da varanda, logo na entrada. Incomodavam muito. É tradição que essas caixas trazem dinheiro para os moradores, mas não dava para aguentar mais. Meu pai buscou o Chico. Serviço limpo, sem fumaça, sem panos e paus, nada de bagunça, durante o dia mesmo. É um bate-papo e os insetos vão embora.  

— No bairro do lixão, abelhas ficaram no meio de carcaças de geladeiras, armários velhos e outras sucatas. Atacavam quem se aventurasse pelo espaço. Chiquinho foi lá e deu um jeito. Só não deixa matar nem uma formiga, junta tudo de uma forma que só ele é capaz e leva para algum lugar em que ninguém seja incomodado.

— É, respeitar a natureza, ele respeita. É engraçado, porque o Chico, também, é um bicho do mato: arisco, desconfiado… Não sei se ele nos afasta do perigo ou coloca a gente em risco atraindo a bicharada. Nunca vi tanta amolação num só lugar.

 

Assim que tive alta fui visitar o paladino em sua casa. O herói era muito diferente da imagem que eu criara, física e intelectualmente. Estatura bem pequena, de grande apenas as mãos e os pés descalços, as pernas curtas em arco. O perfil era de índio, cabeleira sebosa e despenteada, risadinha asmática, voz travada, insegura. Tinha mais de quarenta de idade, entretanto conversava como uma criança de seis anos, sem nenhuma instrução e com aprendizagem limitada. Não pude manter com ele o diálogo que idealizara. Nunca poderia avaliar sua filosofia de vida, captar os seus mistérios… Apenas obtive dele, ao vivo, uma demonstração de seus poderes especiais, o magnetismo que exercia sobre os animais. Chiquinho mantinha, no quintal da casa em que morava com a mãe, um pequeno zoológico e maravilhou-me com o trato que dava aos animais. Uma verdadeira doidice! Eram iguais, a intimidade entre eles estava além da compreensão humana. Essa naturalidade perturbou-me em excesso. Magnetismo? Hipnose? Uma vontade firme ou uma fé inabalável? Que fenômeno ocorria ali? Como um fraco dominaria o mais forte daquela forma? Eu encontrara assunto para uma possível tese?

O dia-a-dia me fez desistir de racionalizar aquele dom sobrenatural. Voltei para a escola, concluí o curso e fui fazer residência em São Paulo, sempre acompanhando o itinerário de Chiquinho. Devia-lhe a vida e não podia abandoná-lo. Retornei às pesquisas, viajei até a Prata, outras vezes, a passeio e para me aproximar daquele vulto. Também, havia feito boas amizades na cidade e as alimentava com a facilidade das redes sociais. Assim não me faltavam notícias.

 

A mãe de Chiquinho faleceu. Ele ficou sozinho e desnorteado. Alojaram-no em uma instituição que zelava de idosos e pessoas como ele. Fugiu e foi para o mato. Não ficaria onde seus companheiros não pudessem estar. Aparecia na cidade com os bichos, ninguém conseguia chegar perto. Enxames de insetos e ofídios surgiam ali como nunca, eram situações incomuns. Ele sofria por alguma rara variante.

De repente os papéis se invertiam. Escolhi entrar completamente na vida de meu salvador, mesmo ficando exposta a questões sobre-humanas. Eu não apenas acreditava que poderia ajudá-lo, como também me instigava a ideia de que essa nova realidade poderia ser um farol que iluminaria aquele profundo mistério. Senti que precisava de mim, do meu apoio. E foi o que ocorreu. Parti para a Prata.

 

A sorveteria estava tomada pelas abelhas. Não puderam abrir as portas. O proprietário, agitado com os zumbidos lá dentro, explicou-me:

—O Chiquinho, ontem, quando foi embora, deixou para trás uma abelha rainha, talvez de propósito. Está maldoso — tirou o chapéu da cabeça,concentrou, olhou para o alto, fez orações. — Só ele pode resolver isso, mas, veja a moça como ele está — indicou um banco da praça.

O herói parecia alienado a tudo, cercado de todo um arsenal: cascavel, coral e jararaca se movimentavam em volta de seu ombro e pescoço. Com portas e janelas empinhadas de curiosos, ele ficava alisando e conversando com as cobras e abelhas sobrevoantes. Formigas em correição completavam o cenário. Ninguém se aproximava.

Vesti-me com toda coragem, muito ressabiada e tentei falar com ele:

— Hoje mesmo elas vão embora, vão sair antes da noite pelos vãos do telhado. Igual à mãe. O povo não quer a gente mais — foi a resposta que obtive. Ele estava distante e tenso. Não retribuiu o meu sorriso quando o cumprimentei.

De um velho embornal, ele tirou uma latinha com tampa e, na maior inocência, abriu e cheirou. Era cola de sapateiro.

— Como conseguiu isso? — perguntei sobressaltada.

— O Tião me arrumou um pouquinho de cola, é pra eu colar meus tênis lá em casa — respondeu acrescentando que não deixava o sapateiro fazer o serviço porque os sapatos eram muito velhos.  

— Faz quanto tempo que tem cheirado cola? — procurei saber para pensar que atitude tomar.

— Desde que a mãe morreu. Fico melhor, nem tenho fome.

Tanto querer. Tanta saudade. E tanta dor, tão perto da superfície. Comecei a entender o que vinha acontecendo. As minhas últimas pesquisas sobre Chiquinho encaminharam-me para os feromônios. A química dele era peculiar, fator suficientemente forte para lhe tumultuar as emoções.  A perda sofrida estressou-o e alterou todo o seu poder, como um ímã desmagnetizado: enxames mais frequentes, picadas, presença de víboras, enfim, as reações das pessoas e animais em relação a ele estavam desorganizadas. Tudo meio ás avessas, exceto pelo próprio Chico que continuava ileso, mas pasmo pela desobediência de seus bichos, aqueles que mantinha em casa, como domésticos. Contou-me que pedira a duas das cobras, muito venenosas, que o picassem. Queria morrer para reencontrar a mãe, mas não o atenderam. O recente hábito de cheirar cola agravava toda a situação. Vulnerabilidade e desequilíbrio.

 

Francisco gerava feromônios altamente-potentes baseados em seus sentimentos, que afetavam outras pessoas e animais, alteravam as emoções dos outros, em torno. Inicialmente, ele não tinha controle, esse poder faria com que todos dentro do alcance ficassem com o mesmo humor. Podia, ainda, controlá-lo até certo ponto, mas ocorriam lapsos quando suas emoções eram particularmente fortes. A cidade da Prata estava revoltada, impaciente, incitada ao medo.

A solução seria conter as causas do fenômeno. Chico precisava de carinho e atenção. Encontraria na cidade quem substituísse a mãe? Era necessário que se instalasse a rotina anterior ao falecimento, que lhe garantira segurança.  No Lar, dialoguei com autoridades, argumentei com veemência. Discutiram entre eles várias possibilidades. Não poderíamos tirá-lo da Prata, isolá-lo seria dar-lhe uma sentença de morte. Terminaram por se lembrarem de uma senhora que teria condições de dedicar-se a ele com certa tranquilidade. Moraria na mesma casa, onde ele vivera desde o nascimento. Os costumes seriam mantidos, voltaria ao caminho da infância que nunca atravessou.  Foram tomadas as providências.

 

A vida terminaria voltando ao normal, se é que se pode afirmar que perto de Chiquinho houvesse normalidade… Poderia retomar a minha vida, sem dúvidas, contanto que estivesse sempre preparada para emergências. E, também eu não queria parar de ver Francisco, queria continuar a conhecê-lo, almejava o seu encantamento.

 

— Eu quero um abraço! — Chico estendeu os braços para mim em despedida

Nosso momento de intimidade, passamos da posição de desamparo para a de confiança. Quando nos abraçamos, fiquei surpresa por descobrir que podia envolvê-lo completamente nos meus braços — um poder imenso em uma alma tão simplória!

Do carro, olhei mais uma vez para o quintal, através das cercas rudimentares. Chiquinho das Abelhas dialogava com uma jararaca dependurada no pescoço. Esquecera-se de mim. Estava em seu mundo.

Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.

 

46 comentários em “Feromônio de Alarme (Fátima Heluany)

  1. Fil Felix
    30 de dezembro de 2017

    É um conto interessante, gostei bastante desse poder e de como o explicou, usando os feromônios como contato com o exterior, pra conversar com os animais. Geralmente se fala em sexo quando se fala em feromônio, e aqui foi por um viés bem diferente, quase lúdico. Também achei legal que o conto fugiu de outro clichê, que é o cara ter sido hostilizado pela cidade, como ocorre em outros contos ao saberem da “aberração”, dando toda uma outra identidade. Um outro ponto bacana é em relação a “criança”, de como ele era infantil e precisava seguir uma rotina pra poder ficar em paz consigo mesmo, como aprendemos em pedagogia. Só acho que faltou um tchan, um momento de clímax pra fechar o texto, pra não ficar tão na mesma linha.

  2. Fabio Baptista
    30 de dezembro de 2017

    Tudo aqui é simples: a trama, a escrita, o personagem e até a imagem que ilustra o texto hauhaua.

    Mas eu curti essa simplicidade!

    O tema proposto pelo desafio logo de cara nos traz à mente histórias do mundo em perigo (bom, pelo menos isso aconteceu comigo), batalhas titânicas, voo, visão de calor, superforça, etc. Então foi bem interessante e diferente acompanhar a história desse homem simplório que conseguia controlar insetos e serpentes.

    Com exceção a algumas coisas que seriam diferentes na realidade (imagino eu que alguém já teria metido uma bala no Chiquinho, por exemplo) a história flui de uma maneira bem natural e gostosa. Chiquinho não é a aparição misteriosa da floresta. Sim, a origem de seus poderes é um mistério, mas todos sabem onde ele mora e até na TV já apareceu (oloco, meu… imaginei o se vira nos 30 :D).

    Acho que seria melhor falar um pouco mais da mãe antes, para que a morte dela tivesse mais impacto. E essa última frase eu limaria sem dó.

    Bom conto.

    Abraço!

  3. Edinaldo Garcia
    30 de dezembro de 2017

    Feromônio de Alarme (Doutora C.)

    Trama: Conhecemos Chiquinho, um sujeito com a incrível habilidade de se comunicar com insetos e cascavéis.

    Impressões: Há sempre a recordação de já ter conhecimento do personagem que, convenhamos, de tempos em tempos, aparece uma figura parecida em alguma reportagem. Lembro-me de um cara no Mato Grosso e um Indiano. Embora clichê isso não tira o charme do texto. O personagem é sim carismático, e o fato de o conhecermos pela ótica de um narrador-personagem lembrou o Dr. Watson narrando as aventuras de Sherlock Holmes: um personagem com hábitos incomuns perante os padrões, ditos, normais, mas que instigam nossa curiosidade, causando admiração no leitor.

    Não pude deixar de notar que a médica – cujo personagem não sabemos o nome – abraça Chiquinho mesmo ele estando com uma jararaca no pescoço. Muito corajosa viu. Rsrsrs.

    Linguagem e escrita: É ótima, avança bem. A linguagem simples propositalmente revela um autor competente e seguro. Certamente alguém com mais de trinta anos (se for menos vai me deixar muito surpreso viu, rsrs), devido ao vocabulário que me lembrou muito a maneira que meus avós falavam. “Derredor” é um bom exemplo. Faz tempo que não me deparava com essa palavra.

    — Não tem juízo menina? – na verdade houve outros períodos em que o aposto não foi separado do vocativo.

    dia-a-dia – dia a dia pela nova ortografia (tá vendo como o autor é uma pessoa com experiência. rsrs)

    altamente-potentes – sem hífen. Além de eu achar que “altamente” foi uma palavra que destoou da narrativa. Frescurite minha mesmo.

    Veredito: Conto magnifico. Gostei muito.

  4. Felipe Rodrigues
    30 de dezembro de 2017

    Muito bom o conto. Acabei – ao decorrer da narrativa – fazendo paralelo de Chiquinho com a Estamira do documentário. Pessoas extremamente interessantes, surpreendentes na forma de se relacionar com o mundo. Ambas de origem simples e com supostas doenças mentais não diagnosticadas.

  5. Daniel Reis
    30 de dezembro de 2017

    23. Feromônio de Alarme (Doutora C.):
    O encantador de abelhas, como poder extraordinário, cumpre o desafio e estabelece uma PREMISSA no relacionamento dele, em diferentes momentos da vida, com a narradora. Justamente aí a TÉCNICA me incomodou um pouco, pois a passagem do tempo e o teor dos diálogos me pareceu um pouco artificial, assim como o final e, principalmente, a frase final “Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.”. Na maioria das vezes e dos contos, realmente, não é. Como APERFEIÇOAMENTO, acho que a autora poderia ter trabalhado mais a decadência do Chiquinho, com mais detalhes sobre a transformação da vida dele.

  6. Bianca Amaro
    29 de dezembro de 2017

    Olá Doutora C, tudo bem?

    Legal mostrar um personagem assim, como Chiquinho, isolado, diferente e com esse superpoder tão interessante. Ter esse poder deve ser um sonho para vários biólogos e amantes de bichos por aí, haha.

    Achei legal ele ter salvado a personagem principal no começo, já fez com que o leitor gostasse de Chiquinho.

    Gostei da frase que finalizou o texto: “Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.” Achei bem legal, fez com que o texto terminasse perfeitamente, ainda usando essa frase tão conhecida (só mudando um pouco, acrescentando um não, haha).

    Quanto aos erros gramaticais, não vi nenhum que tenha me atrapalhado.
    A narrativa também foi boa, fluindo muito bem. O leitor consegue imaginar perfeitamente as cenas, como se estivesse vendo um filme.

    Enfim, meus parabéns pelo seu texto e boa sorte no desafio! 😀

  7. Ana Maria Monteiro
    29 de dezembro de 2017

    Olá, Doutora. Tudo bem? Desejo que esteja a viver um excelente período de festas.
    Começo por lhe apresentar a minha definição de conto: como lhe advém do próprio nome, em primeiro lugar um conto, conta, conta uma história, um momento, o que seja, mas destina-se a entreter e, eventualmente, a fazer pensar – ou não, pode ser simples entretenimento, não pode é ser outra coisa que não algo que conta.
    De igual forma deve prender a atenção, interessar, ser claro e agradar ao receptor. Este último factor é extremamente relativo na escrita onde, contrariamente ao que sucede com a oralidade, em que podemos adequar ao ouvinte o que contamos, ao escrever vamos ser lidos por pessoas que gostam e por outras que não gostam.
    Então, tentarei não levar em conta o aspecto de me agradar ou não.
    Ainda para este desafio, e porque no Entrecontos se trata disso mesmo, considero, além do já referido, a adequação ao tema e também (porque estamos a ser avaliados por colegas e entre iguais e que por isso mesmo são muito mais exigentes do que enquanto apenas simples leitores que todos somos) o cuidado e brio demonstrados pelo autor, fazendo uma revisão mínima do seu trabalho.
    A nota final procurará espelhar a minha percepção de todos os factores que nomeei.

    Não sei se é por retratar uma vivência muito rural, que me escapa, se por muito local, que me escapa ainda mais, mas Chiquinho, Chico, Francisco, não me ganhou empatia, não consegui “vê-lo”. Foram muitos exemplos do que ele fazia e eu à espera que a história começasse. Esta sensação manteve-se até ao final. A protagonista fala e é tratada como uma criança, mas já não o é. O Chico, Chiquinho, Francisco, tem um poder ou uma doença? A cidade chama-se Prata, mas isso não é esclarecido; quando li Prata a primeira vez, não percebi de que se falava. Algumas expressões que vocês usam habitualmente, soam-me estranhas, mas aqui foram quase todas. A história acabou quando pensei que ia finalmente começar. Enfim, não me pegou. Encontrei um “ás avessas” que é “às avessas”, vale a pena corrigir. Parabéns e boa sorte no desafio.
    Feliz 2018!

  8. Amanda Gomez
    29 de dezembro de 2017

    Olá, Doutora.

    Realmente. não é mera coincidência, enquanto fui acompanhando sua história lembrei de diversos fatos parecidos, de pessoas assim como chiquinho, inusitadas, fora da caixinha. Ele é um personagem cativante, muito bem construído…aliás todo o conto segue dessa forma.

    O começo eu estava meio distraída que só fui perceber o que acontecia, quando ele apareceu e ordenou as abelhas que parassem o ataque.

    Gostei da forma como ele afetava a população local, sempre sendo chamado pra resolver as questões do tipo, gostei de como ele era algo muito comum e ao mesmo necessário para todos ali.

    Imaginei as noticias sobre ele, a vaidade infantil que ele tinha por tal atenção. Da doutora também e seu fascínio por essa criatura tão particular. Ela realmente era muito grata e estava disposta a preservar essa figura especial o máximo que conseguisse.

    O visual das cenas..digo, de imaginar ele coberto de insetos, cobras ficou ótima em minha mente.

    Gostei do desfecho, do final ser como o inicio…tudo voltar a ser mais ou menos como era antes. Como tinha que ser.

    Parabéns pelo trabalho, boa sorte no desafio!

  9. Ana Carolina Machado
    29 de dezembro de 2017

    Oiii. Achei o conto muito bom. A história foi muito bem narrada e o superpoder foi bem original. Gostei principalmente daquelas partes em que pessoas do povo contam experiências que tiveram vendo o poder do Chiquinho, principalmente aquela história em que ele conversou com a sucuri e salvou a criança em troca de um frango, de como ele tentava resolver tudo sem machucar os animais. Outra coisa que achei interessante foi que apesar do Chiquinho controlar e conversar com muitos bichos, ele precisava mesmo de um amigo que o ajudasse a encontrar novamente o rumo após a morte da mãe e foi isso que a doutora foi para ele, retribuiu com bondade o salvamento que ele realizou das abelhas. Gostei principalmente de como a narrativa faz a gente senti empatia pelo Chiquinho, pois é como se o leitor o visse pelos olhos da doutora.Parabéns! Boa sorte no desafio!

  10. Juliana Calafange
    28 de dezembro de 2017

    Sempre admirei a capacidade de alguns escritores de criarem verdadeiras sagas, histórias que atravessam longos períodos, que possuem várias reviravoltas. Eu gostei muito do seu conto e do seu superpoder. Adoro os bichos e gostaria muito de ter um poder desses, bem que eu me esforço… Por outro lado, seu conto traz a mensagem de que esse poder o mantém afastado das pessoas, isolado, solitário. Na companhia apenas da mãe, que quando lhe faltou, provocou um verdadeiro cataclismo.
    Muitas pessoas, por um motivo ou por outro, vivem isoladas socialmente. Às vezes é só questão de um abraço. E isso é antes de mais nada humano. Minha mãe me conta que quando eu era criança, vira e mexe chegava perto dela e dizia: “Tô sentindo uma agonia aqui no peito, uma agonia horrível. Só passa com abraço”. Daí eu abraçava ela bem apertado e depois saia correndo pra voltar a brincar. Sua história me fez lembrar desse gesto tão simples e tão poderoso que é o abraço.
    Boa sorte e parabéns!

  11. Higor Benízio
    28 de dezembro de 2017

    Legal ver um poder menos usual por aqui. O conto é bacana e bem escrito. Só acho que seria melhor se o conto focasse apenas em Chico, mostrando sua vida com a mãe lá no meio do mato, explicando melhor suas relação com os animais etc.

  12. Bia Machado
    27 de dezembro de 2017

    – Enredo: 1/1 – Gostei muito, é bem inusitado, diferente e isso é bom. Jamais pensaria em um poder desse. A narradora é bem segura também e por meio dela a leitura do conto não foi nem um pouco enfadonha. Em certos momentos, muitos deles, pude visualizar o Chico, coisa que já não consegui com a Doutora, que é tão importante na narrativa quanto ele. O texto tem um jeitão de causo, algo assim.
    – Ritmo: 0,8/1 – A leitura flui em quase todo o conto. Só no final algo me incomodou, não sei dizer bem o que é, mas é como se a história tomasse um rumo que não condiz com o restante.
    – Personagens: 1/1 – A Doutora e o Chico levam o conto, aproximam o leitor desse universo, pelo menos eu me senti assim, muito próxima deles.
    – Emoção: 1/1 – Gostei bastante, leria outras histórias narradas pela Doutora, sobre o Chico ou outras personagens.
    – Adequação ao tema: 0,5/0,5 – Sim, adequado.
    – Gramática: 0,5/0,5 – Nada que me incomodasse.

    Dicas: Só tenho a dizer que aproveite os bons comentários deixados aqui para só melhores o texto.

    Frase destaque: “Tanto querer. Tanta saudade. E tanta dor, tão perto da superfície.”

    Obs.: A somatória dos pontos colocados aqui pode não indicar a nota final, visto que após ler tudo, farei uma ponderação entre todos os contos lidos, podendo aumentar ou diminuir essa nota final por conta de estabelecer uma sequência coerente, comparando todos os contos.

  13. Fernando Cyrino.
    26 de dezembro de 2017

    Olá, Doutora C, um personagem bastante rico e interessante você me traz. O Chiquinho e seu poderio tremendo com os bichos me pareceu bem bacana. Na sua loucura ele tinha um tanto de santo, como se fora um são Francisco de Assis. Aliás, qual santo não é louco, não é mesmo? Você escreve bem, a história está muito bem contada, mas senti falta de um enredo mais elaborado e o final com a arrumação de uma mãe para o nosso herói me pareceu um tanto quanto simples demais para um conto que merecia maior grandeza. Bem, mas aqui se trata de um mero palpite de alguém que nem entende quase nada do que está dizendo. Então, desconsidere. Abraços.

  14. eduardoselga
    25 de dezembro de 2017

    Caro(a) autor(a).
    Antes de tudo, interpretações do literário são versões acerca do texto, não necessariamente verdades. Além disso, o fato de não haver a intenção de construir essa ou aquela imagem no conto não significa a inexistência dela.

    Achei a narrativa um pouco hesitante entre Chiquinho e a médica, como se o(a) autor(a) estivesse dúvidas, no ato da produção textual, sobre a quem caberia o protagonismo da narrativa. Quando digo isso não estou afirmando que é preciso ser um ou outro, necessariamente; o protagonismo poder estar divido entre personagens, desde que isso não cause essa atmosfera de hesitação.

    Curiosamente, no desfecho temos a materialização, em nível textual, desse movimento hesitante. O trecho é “Quando nos abraçamos, fiquei surpresa por descobrir que podia envolvê-lo completamente nos meus braços — um poder imenso em uma alma tão simplória!”. “Poder imenso” e “alma tão simplória”, pelo contexto, refere-se a Chiquinho, mas no construto textual pode estar se referindo à medica que abraça. Além disso (e aqui saímos da ambiguidade e entramos noutro aspecto), uma alma simplória não pode carregar em si imenso poder?

    Em “O herói parecia alienado a tudo […]”, o correto seria DE TUDO.

    Em “[…] cercado de todo um arsenal […]”, TODO UM é uma expressão composta por termos conflitantes entes si: TODO sugere grande quantidade e UM individualiza.

    Em “[…] janelas empinhadas de curiosos […]” o correto seria APINHADAS.

    Em “feromônios altamente-potentes” não existe hífen.

  15. Iolandinha Pinheiro
    25 de dezembro de 2017

    Eu gostei muito desta ideia do autor de criar um cara diferente do modelo de gente que tem superpoderes. Imagino que existam milhares de Chiquinhos por aí com talentos insuspeitos praticando milagres quase anônimos.

    Uma escrita calma que não provoca emoções extremas, antes mantém o conto numa narrativa linear e confortável, investindo muito no personagem central – características físicas, psicológicas, atitudes, manias. Foi bem original e bem trabalhado, ainda que não fosse a narrativa mais empolgante que eu li aqui.

    Acho que faltou um certo conflito, mas isso é uma exigência descabida minha, coisa de gente mimada. Existem contos maravilhosos assim sem conflitos.

    Você está de parabéns, viu?

    Abraços e boa sorte.

    Iolanda.

  16. Hércules Barbosa
    25 de dezembro de 2017

    Saudações

    O poder pode se manifestar mas pessoas e das formas mais simples. Chiquinho das Abelhas encanta e seduz as formas de vida que não possuem tanta apreciação da maioria das pessoas (insetos, serpentes) e é conhecido em sua região por essa capacidade de encantamento. A morte da mãe de Chiquinho desencandeou um processo agudo de depressão no mesmo e, aquele que outrora salvou a futura médica de um fatídico desfecho de sua atividade de Campo, se deixou envolver pelo vício que afetou suas habilidades. Uma alusão bem pensada sobre o quanto o vivo nos tira o que temos de melhor.
    Conto simples narrado em um ambiente bucólico.

    Parabéns pelo trabalho e sucesso.

  17. Renata Rothstein
    25 de dezembro de 2017

    Oi, Dra C,
    Tudo bem?
    Feliz Natal!
    Ótimo conto, criativo e bem estruturado, a história de Chiquinho muito provavelmente é baseada em fatos reais, como a frase final deixa no ar.
    Fatos inexplicáveis, mas que a Ciência explica até facilmente, o que mais me chamou a atenção aqui foi o envolvimento da doutora com Chiquinho, ser de uma pureza singela e infantil, que termina adotado para trazer ao seu mundo um pouco de conforto e normalidade.
    Acredito que vi alguns pequenos erros de digitação ou concordância, nada que tenha complicado a leitura, fácil de resolver com uma revisão.
    Gostei muito do seu conto, parabéns e boa sorte no Desafio.

  18. Gustavo Araujo
    24 de dezembro de 2017

    Um conto de escrita firme, segura, madura, típica de quem sabe o que está fazendo. Gostei muito do tom intimista, quase confessional, que permeia a trama. Dá até para imaginar que a história tem mesmo um fundo de realidade, que a Doutora C realmente existiu e encontrou em suas andanças um homem, ou melhor, uma criança no corpo de um homem, que tinha o poder de se comunicar com os animas. É interessante isso porque, mesmo aludindo a explicações técnicas para explicar o dom de Chiquinho, o que se destaca no conto é uma certa leveza, algo que o faz se aproximar das fábulas. Chiquinho é uma espécie de São Francisco, um homem – por que não dizer? – abençoado e, nessa condição que é intrínseca à ingenuidade – acaba agindo de modo natural, verdadeiro, com seus amigos animais. Talvez as explicações tenham soado um pouco desnecessárias nesse contexto, mas me agrada saber que, no fim, Chiquinho conseguiu se reencontrar, e que a Doutora C, de alguma forma, retribuiu-lhe a salvação. Enfim, um ótimo conto, um ótimo trabalho. Parabéns e boa sorte no desafio.

  19. Rafael Penha
    23 de dezembro de 2017

    Olá , Doutora C

    1- Tema: Se adequa perfeitamente nos parâmetros do desafio.

    2- Gramática: Achei e leitura interessante e fluida. Sem problemas de gramática que tenham me atrapalhado.

    3- Estilo – A história é contada de forma bastante interiorana e intimista. Alguns momentos foram um pouco arrastados em minh opinião, mas não prejudicou o conto.

    4- Roteiro; Narrativa – A história de Chiquinho é interessante, original e bastante natural. A jovem também demonstra uma evolução na compreensão do homem. O conto desenvolve pouco os personagens, mas o suficiente, e caminha para um final agradável e realista.

    Resumo: Conto bem escrito, com um ar de reportagem. Tem um enredo simples e direto.

    Grande abraço!

  20. Pedro Luna
    23 de dezembro de 2017

    Olá. Gostei do seu conto e da pegada interiorana. Lembrei do sítio do meu tio na serra, onde caminhando pelo mato podemos ver abelhas, cobras, cupinzeiros, casa de marimbondo. Achei bem descrito e ambientado. O que não gostei foi que a trama carece de certa força. O começo vai bem, mas a partir do momento que a mãe do chico morre, o conto descamba para um drama psicológico que não sei se foi a melhor opção. Pelo menos para mim não soou tão bacana. Até porque, apesar de chiquinho ter salvo a personagem da morte, não me soou tão forte a ligação que se construiu entre eles, então essa ajuda da personagem não me convenceu muito. Apesar disso, o personagem que controla esses bichos é interessante e dá vida ao conto.

  21. Mariana
    23 de dezembro de 2017

    Eu tinha achado a imagem bem curiosa, mas ela casa perfeitamente com o teor do texto. Mais um conto bem escrito com uma pegada interiorana, o poder de domar os animais foi uma escolha que casou perfeitamente com a atmosfera da história. Como já foi colocado, a explicação foi um tanto quanto desnecessária, mas não chegou a incomodar. Chiquinho é um personagem cativante e tão real, o seu final carrega a mesma carga de melancólica realidade. Parabéns e boa sorte no desafio

  22. Estela Goulart
    23 de dezembro de 2017

    Olá, Doutora. Gostei bastante da história. A linguagem, porém, achei um pouco difícil às vezes, mas creio que é um problema meu. A narrativa seguiu lenta e gradual, bem descritiva. O superpoder é válido e foi bem trabalhado ao longo do conto. Parabéns e boa sorte.

  23. Marco Aurélio Saraiva
    23 de dezembro de 2017

    =====TRAMA=====

    Olha, gostei pra caramba do seu conto. MUITO original. Você nos conta uma história diferente, cheia de criatividade. Ambientado no Brasil, com personagens muito bem trabalhados e uma condução de invejar.

    Especialmente, gostei do personagem com super-poderes: alguém simples, com pouca instrução. Achei incrível essa construção e a discussão que isso traz: a médica, com ensino superior, abismada com o poder misterioso de um homem simplório, que mal conseguia manter uma conversa inteligível com ela. Isso, é claro, pode ser aplicado ao sobrenatural, quando levamos o seu conto ao pé da letra. Mas também pode ser aplicado à nossa realidade em forma de metáfroa: a sua história reforça que o valor de uma pessoa vai muito além do seu diploma, da sua posição social ou o que for. Alguém com doutorado e Ph.D pode aprender muito com gente da roça, que aprende vivendo. Cada qual com o seu valor e experiência de vida.

    Não é a toa que o seu conto termina com a frase “Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência”. Parabéns!

    Gostei muito também da explicação científica que você deu ao poder de Chico. Isso explicou por quê não só as emoções dele mudaram após a morte da sua mãe, mas também as emoções dos seus animais, já que todos estavam sob a influência dos seus feromônios.

    Seu conto é muito diferente. Não há um arco empolgante e cheio de ação: a história é tranquila; segue em um ritmo lento e constante, mas consegue inspirar, mesmo assim, a curiosidade do leitor, não se tornando entediante. O final foi bem legal. Curti o conto como um todo.

    Parabéns!!

    =====TÉCNICA=====

    Você escreve bem pra caramba. Tão bem, que não tenho muito a comentar senão que a sua escrita é praticamente profissional. Vi um ou outro errinho bobo de digitação, mas é coisa menor. Você impõe um ritmo excelente ao seu conto, faz o leitor seguir curioso para saber o que vai acontecer, tudo com uma leitura bem fluida e acessível mas, ainda assim, cheia de beleza e boas construções frasais.

    Novamente: Parabéns!

  24. Andre Brizola
    22 de dezembro de 2017

    Salve, Doutora.

    Chiquinho tornou-se real enquanto eu lia. Imagem formada, voz, trejeitos, tudo consolidado. Achei que a descrição foi fenomenal. Nosso herói tem superpoderes, mas não é totalmente ciente do fato, e isso foi uma sacada ótima. Curioso que o paralelo com a realidade é muito fácil de ser estabelecido, pois a figura é fácil de ser encontrada em cidadezinhas do interior, onde os feitos e fenômenos são contados no balcão do bar, na mureta que divide as casas, na saída da igreja, etc, etc.
    Há um excesso de informação? Um pouco. Algumas coisas sobre o personagem poderiam ter sido mais enxutas, enquanto outras poderiam ter sido um pouco mais claras, como a relação de Chiquinho com a senhora que o “adotaria”.
    Mas no geral eu fiquei bastante satisfeito. É uma leitura agradável demais. E se não há uma elegância maior no texto é porque não há necessidade. O texto é simples e direto, eficiente, e com potencial para atordoar, tal como uma abelha.

    É isso! Boa sorte no desafio!

  25. Leo Jardim
    21 de dezembro de 2017

    # Feromônio de Alarme (Doutora C.)

    📜 Trama (⭐⭐⭐▫▫):

    – desde o início, pensei que esse conto estava mais para uma adaptação de uma história real, principalmente por dar elementos e detalhes um tanto desnecessários à trama
    – costuma-se dizer que em contos, quanto menos informação, melhor; e este aqui dá informações em excesso: o curso, a residência, os pais, a vida das enfermeiras, etc. Muito poderia ser cortado ou contato com menos detalhes
    – esquecendo isso, gostei bastante do personagem do Chico, um cara com muitos poderes, mas com ainda mais problemas; bonito o que a narradora fez por ele…
    – o clima de interior e a ambientação também ficou bem legal
    – o final é outro indício de história real: aparece uma mulher do nada que fica sendo a mãe dele e tudo termina sem grande clímax; na ficção a gente costuma gostar de finais mais impactantes, mas na vida real, as coisas são mais simples

    📝 Técnica (⭐⭐▫▫▫):

    – simples e direta, sem rodeios, mas bastante fluída e fácil de ler
    – repetição próxima: A estrada abandonada *virou* picada e logo acabou. Decidi subir o restante pelo meio do mato. *Virou* escalada. (Ferramenta útil pra evitar isso: http://repetition-detector.com/?p=online)
    – pontuação no diálogo: assentam em seu corpo como se essa fosse sua roupa *sem ponto* — matraqueou uma enfermeira
    – os diálogos ficaram muito explicativos, as informações poderiam ser passadas com mais cadência e naturalidade, talvez usando o narrador
    – Não é de rir *vírgula* não
    – Tudo meio *ás* (às)avessas

    💡 Criatividade (⭐⭐▫):

    – esse poder de controlar animais não é novo, mas aqui é abordado de forma criativa, principalmente com um “herói” bem humano

    🎯 Tema (⭐⭐):

    – ótima escolha do poder

    🎭 Impacto (⭐⭐⭐▫▫):

    – gostei muito da premissa e do personagem, mas, como adiantei, o final sem clímax reduziu o impacto

    OBS.: sobre pontuação no diálogo, recomendo a leitura de um artigo que escrevi: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/5330279

  26. Jorge Santos
    21 de dezembro de 2017

    História simples de um homem com o poder de dialogar com animais. Uma fábula moderna, com final feliz. A caracterização da personagem principal está brilhante. O conto lê-se bem. Prende o leitor e tem ritmo. Tem uma boa estrutura, um início, desenvolvimento e desfecho. A transformação da personagem é despoletada pela solidão, uma das forças mais poderosas.

  27. Sigridi Borges
    21 de dezembro de 2017

    Olá, Doutora C. !
    Gostei muito do seu escrito. Personagem bem estruturado, escrita clara e atraente.
    Poucos personagens, mas que acompanhavam a trama o tempo todo.
    Gostei do Chiquinho. Nome que me agrada muito.
    Não vi necessidade da personagem feminina ser estudante de medicina. Em todo caso, gosto não se discute.
    Parabéns.
    Obrigada por escrever.

  28. João Freitas
    20 de dezembro de 2017

    Olá. 🙂

    Achei o conto interessante e a reviravolta não só com a descoberta do verdadeiro poder do Chiquinho e no reverso de papéis, passando de salvador a salvo.
    A escrita tornou-se por vezes difícil para mim, não tenho dificuldade com a maioria dos textos em Português do Brasil, mas este por alguma razão tornou-se mais difícil, mas certamente que a “culpa” é minha.
    Dos poucos contos que, sendo bastante originais, conseguiram manter-se no tema sem suscitar qualquer dúvida.

    Parabéns e obrigado por ter escrito. 🙂

  29. angst447
    20 de dezembro de 2017

    Olá, Doutora, tudo bem?
    O tema proposto pelo desafio foi abordado com êxito.
    A linguagem empregada é clara, correta, objetiva. No entanto, acredito que a explicação do poder em si não era necessária. Deixe o leitor “viajar” um pouco nas possibilidades.
    Não encontrei falhas na revisão que perturbassem a leitura. Bom ritmo da narrativa, trama bem fechada. Ótima caracterização do personagem, provavelmente baseado em fatos reais.
    Boa sorte!

  30. Pedro Paulo
    18 de dezembro de 2017

    Olá, entrecontista. Para este desafio me importa que o autor consiga escrever uma boa história enquanto adequada ao tema do certame. Significa dizer que, para além de estar dentro do tema, o conto tem que ser escrito em amplo domínio da língua portuguesa e em uma boa condução da narrativa. Espero que o meu comentário sirva como uma crítica construtiva. Boa sorte!

    Há uma premissa interessante para o conto, mas ela não chega a ser verdadeiramente desenvolvida, sendo, ao invés disto, explicada. Para começar, acredito que a autora poderia ter encontrado outra maneira de nos introduzir a estudante e o Chiquinho, ambos centrais para a trama. No incidente com as abelhas, a autora inicia a história explicando, por através da voz da própria personagem, que a menina é uma estudante de medicina estagiando, depois procedendo com o ataque das abelhas e uma apresentação do Chiquinho, por meio de conversas com vários moradores e funcionários do hospital que são familiares com o homem. Acredito que o recurso do diálogo tenha funcionado para criar uma aura de mistério e expectativa em relação ao personagem, mas quanto à maneira como foi dada a apresentação da estudante, achei bastante expositiva e quase desnecessária. Na minha leitura, apreendi os estudos e a profissão dela como presentes apenas para servir de plano de fundo para a sua curiosidade e suas explicações sobre o que está acontecendo, na criação de “um olhar médico”. Evidentemente, a profissão da personagem não precisa ser o resumo do seu ser, mas foi trazido em uma perspectiva muito utilitária neste conto, transformando o ponto de vista da personagem em um que necessariamente explica as coisas.

    Quando ela encontra Chiquinho pela primeira vez, vi o mesmo problema, em um parágrafo grandinho que explica as limitações sociais do homem e um seguinte resumindo o que se sucedeu depois. Acredito que é só passando disso, quando ela retorna para ver o que está acontecendo com ele, que uma história realmente começa, com essa primeira parte servindo apenas como uma apresentação das personagens que acaba não importando ao leitor. Acredito que, caso a autora começasse a partir do seu retorno, nos contando o histórico dela com Chiquinho de forma resumida e significativa, sem grandes explicações, dando mais espaço para demonstrar o que ele significa para ela, o conto seria melhor, pois então iríamos direto para a história: o momento em que Chiquinho perde o controle dos seus poderes.

    A autora escreve bem, trouxe personagens interessantes e, mais importante, soube trazer a ambientação de uma cidade interiorana, uma que tem o seu próprio mito e celebridade. Julgo que o que faltou nisso foi uma trama mais destacada. Ao meu ver, esta seria o desenrolar e a resolução da perda de controle dos poderes por parte de Chiquinho, mas quando os dois personagens se reencontram, vem mais uma explicação acerca de como o poder dele funciona, ele se “cura” e então ela vai embora. Ainda que intitule o conto, eu não dei a mínima para os feromônios.

  31. Givago Domingues Thimoti
    18 de dezembro de 2017

    Olá, Doutora C

    Tudo bem?

    Gostei do personagem Chiquinho; achei um protagonista muito promissor e, ao mesmo tempo, simples. Ao contrário de muitos protagonistas dos certames, esse se encontra perfeitamente em paz com seus poderes.

    A trama foi bem construída entretanto a parte dos feromônios me desagradou um pouco; o gostinho de magia estava ótimo. Ainda assim, combina com a narradora-personagem.

    Boa sorte e parabéns!

  32. Catarina Cunha
    18 de dezembro de 2017

    Delícia de personagem, Chico é muito simpático com seus superpoderes e supernecessidades especiais. Gostei também da mensagem respeitosa e, ao mesmo tempo, engraçada na medida certa. O fim ficou sem clímax, achei o conto muito linear para meu gosto. A frase final ficou gratuita para mim, mas tudo bem; tá valendo!

  33. Luis Guilherme
    17 de dezembro de 2017

    Boa noite, amigo (a), td bem por ai?

    Seu conto eh bom, tem um ar agradável de interior, q transpareceu por meio da escrita habilidosa. A ambientação eh o ponto alto do conto, criando cenas vividas durante a leitura.

    Porem, achei que o enredo ficou um pouco fraco. Os personagens sao mto bons, e a relação entre eles foi bem construida, mas nao sei, faltou algo pra q a historia me pegasse.

    Em alguns momentos, ficou com uma cara de documentário, nao sei.

    Acho q a explicação dos feromonios podia ter sido suprimida, pois a aura de misterio do chico era o ponto forte. Nao achei que pedisse uma explicação.

    Enfim, acho q eh um conto com altos (ambientação, linguagem, personagens) e baixos (enredo, carater explicativo demais), mas com um saldo positivo, uma vez que me entreteve ate o fim.

    Parabens e boa sorte!

    • Luis Guilherme
      17 de dezembro de 2017

      ah, esqueci de falar: superpoder mto criativo, mais uma adequacao ao tema q gostei bastante nesse desafio.

  34. Fheluany Nogueira
    17 de dezembro de 2017

    Superpoder: manipulação de certos animais.

    Enredo e criatividade: bastante original a trama, aparentemente simples, mas profunda em sentimentos e análise do fenômeno em que a narradora se envolveu. Personagens e situações bem construídos. O texto desenvolvido em primeira pessoa torna-se mais verossímil, portanto mais crível. Já que todas as cenas criadas decorrem do ponto de vista da Doutora, entendi que é dela a explicação dos feromônios. A trama é envolvente, os diálogos naturais, as descrições são vívidas.

    Estilo e linguagem fundem-se bem com o assunto e favorecem a leitura e interpretação do texto. Percebe-se o cuidado do(a) escritor(a) com a escrita.

    Gostei muito da ideia e da execução. Parabéns pelo bom trabalho! Até agora é um dos contos que mais me agradou. Abraços!

  35. Paula Giannini
    16 de dezembro de 2017

    Olá, Autor(a),

    Tudo bem?

    Seu conto é muito bem estruturado. Um personagem forte, misterioso, quase mítico, que se comunica com os animais de forma telepática, com ajuda de seus feromônios. Um protagonista muito bem construído e que chega a exercer, ele mesmo, o papel de premissa da trama. Ora, afinal tudo gira em torno do dom do homem, suas habilidades e desventuras.

    A habilidade de construir um personagem é algo de extrema importância e o(a) autor(a), certamente possui esse grande dom. O leitor, acompanha a trama, seguindo a protagonista e seu misterioso amigo da mata, com direito a nuances sensoriais e muito vívidas. Dá quase para sentir o odor (o que vem bem a calhar com a questão do feromônio) ou mesmo, para se ter a sensação de se tocar o indivíduo.

    É sabido que inúmeros animais se utilizam dessa espécie de cheiro hormonal para se comunicar. Abelhas, moscas, entre outros. Nos humanos, o hormônio ficou conhecido como o cheiro do amor, algo que atrai o sexo oposto e é até utilizado (teoricamente) em alguns itens da perfumaria. Assim, pensar em um humano utilizando-se dessa espécie de comunicação ancestral com seres de outras espécies foi uma ideia mais que criativa. Humanos também são animais e o conto nos faz lembrar disso.

    Ao final nos deparamos com a frase que sugere que a figura enigmática e tema do texto é baseado em algo conhecido pelo leitor. Busquei referências, mas, confesso, não encontrei nada. Talvez eu tenha buscado nos lugares errados. Então, aguardo o final do desafio para matar a curiosidade.

    De qualquer modo, se a suspeita se confirmar, isso apenas demonstra a pesquisa por traz do conto. O que é muito bom.

    Parabéns

    Desejo-lhe sorte no desafio.

    Beijos

    Paula Giannini

  36. Antonio Stegues Batista
    14 de dezembro de 2017

    O enredo é muito bom, achei original. A escrita também está boa, frases bem criadas e lógicas, tanto na composição de palavras quanto no sentido final. Você criou um personagem de destaque. notável, digno de ganhar uma história maior. A doutora também é ótima. O final sugere uma continuação, não é? Boa sorte.

  37. Priscila Pereira
    13 de dezembro de 2017

    Super poder: atrair insetos e cobras

    Olá Doutora, pela última frase podemos deduzir que se trata de uma história real, e poderia ser mesmo, o texto ficou muito crível. Eu gostei muito! A escrita está clara e competente, os personagens são muito bem desenhados, a historia é interessante e bem contada. Notei que no começo do conto a narradora chamava o personagem de Chiquinho, no meio, de Chico e no final, de Francisco… Seria uma evolução em como a Doutora encarava o personagem como pessoa?
    Ótimo conto! Parabéns e boa sorte!!

  38. Rubem Cabral
    13 de dezembro de 2017

    Olá, Doutora C.

    Gostei do conto: homem humilde de origem indígena tem o poder misterioso de controlar répteis e insetos.

    O conto tem uma narração agradável, simples e funcional. O Chiquinho parece ser inspirado por algum personagem real.

    O texto conseguiu gerar uma boa ambientação da cidade do interior e dos seus costumes. Em alguns trechos, como quando a narradora descreve os relatos dos locais, acho que ficaria melhor grafar em itálico ou entre aspas, pois o uso do travessão dá ideia de diálogos, o que não era o caso.

    Achei talvez que a solução do problema, uma senhora que cuidaria do Chiquinho, talvez fácil demais, mesmo para uma cidade pequena, onde as pessoas tendem a ser menos desconfiadas.

    Abraços e boa sorte no desafio.

  39. Regina Ruth Rincon Caires
    12 de dezembro de 2017

    “A chuva bateu de madrugada, fremente e rápida. As folhas ainda conservavam os respingos e o cheiro de terra úmida purificava o ar.”
    Lendo este trecho do conto, no início, meu coração ficou alegre. Sabia que a leitura seria um deleite. E foi… Cheiro de terra molhada, pé no chão…
    Escrita perfeita. A estrutura do conto é primorosa. Enredo envolvente, cadenciado. O texto é escrito de maneira tão cuidada que cativa o leitor. A leitura flui muito prazerosa. A narrativa acontece serenamente, parece que estou ali, sentada ao lado da Doutora, ouvindo a história. Vejo a casa, o terreiro, os bichos, reconheço o rosto do Chiquinho das pernas tortas. Que primor! A descrição dos detalhes parece um desenho.
    Parabéns, Doutora C.!
    Boa sorte!

  40. Miquéias Dell'Orti
    12 de dezembro de 2017

    Oi,

    Um conto muito bonito. A narrativa é simples, quase despretensiosa, mas carrega um significado enorme no contexto.

    Gostei demais da relação que você fez entre um humilde morador do interior, sem instrução, e o poder de controlar qualquer animal. A relação do grande poder com um grande problema interior é um tema muito interessante e foi bem abordado.

    Triste história do moço… nem sempre ter poderes é salvação… principalmente para si mesmo. Por sorte, tivemos um final feliz 🙂

    Parabéns pelo trabalho!

  41. Paulo Ferreira
    12 de dezembro de 2017

    Este sim é um superpoder crível. Numa cidade do interior de Sergipe tem um rapaz que também lida com este fenômeno, sem relação com Feromônio, mas empatia mesmo. Ele adestra, (modo de dizer, pois ele é amigo deles mesmo) com muita competência gaviões, águias e outras tantas aves de rapina. Mas falando de seu conto, Doutora! É um trabalho muito bem posto, com uma narrativa simples, limpa e fluente. Chega causar certa impressão de uma estória, (ou um acontecimento) real, de tanta verossimilhança. E exatamente por isso, tenho um pormenor sobre: senti um pouco literal demais, de uma narrativa linear, de uma só dimensão. Poderia ter usado um pouco de invencionice. Quanto à gramática sem problema aparente. Gostei muito desta frase: “Os minutos foram pingando vagarosos.” Valeu saber que pessoas se preocupam com personagens desses quilates.

  42. Neusa Maria Fontolan
    11 de dezembro de 2017

    Bom conto.
    Simpatizei com Chiquinho, um ser puro inteiramente integrado a natureza.
    Eu também achei que a explicação dos feromônios quebrou a magia, devia ter deixado no ar. Mas não deixa de ser um bom conto.
    Eu não chegaria nem perto de Chiquinho, quanto mais viver com ele na mesma casa.
    Parabéns e obrigada por escrever.

  43. Olisomar Pires
    9 de dezembro de 2017

    Pontos positivos: escrita fluida, tranquila, sem percalços. Boa estória, personagem bem construído e simpático.

    Pontos negativos: não é bem um ponto negativo, é só uma fisgada. A explicação do poder retirou um pouco a magia. Para compensar, julguei que essa era a explicação racional da doutora e, portanto, pode não ser a verdadeira.

    Impressões Pessoais: o rapaz das abelhas me lembrou o Tonho da Lua, personagem de uma novela antiga da TV.

    Sugestões pertinentes: antagonizar mais os moradores citadinos e o Chiquinho.

    E assim por diante: bom conto, envolvente, nos faz querer saber mais.

    Parabéns.

  44. Evelyn Postali
    9 de dezembro de 2017

    Caro(a) Autor(a),
    Um conto tocante. Gostei de Chiquinho das Abelhas assim que ele salvou a doutora, porque quem tem alergia vê, nas abelhas, uma ameaça mortal. Um superpoder diferente que nos remete ao quase humano. A trama foi se desenrolando mansinha. Eu nem senti a leitura. Gostei de como foi mostrado como ele interagia com os animais e de como as pessoas, preocupadas consigo mesmo, deixam de buscar soluções coletivas em detrimento do que é bom para si. O medo faz isso, não é? Enfim, um bom conto. Uma boa história. Não percebi erros que interferissem na minha leitura. Os personagens estão bem trabalhados e os poucos diálogos, no lugar certinho.
    Boa sorte no desafio!

  45. Angelo Rodrigues
    9 de dezembro de 2017

    Cara Doutora C.

    Superpoder: fiquei intrigado com a questão dos feromônios de Chiquinho. Se o qualificaria como superpoder ou apenas uma disfunção hormonal (feromonal?) ou outra coisa que a isso se assemelhasse.

    Gostei do seu conto. Tem um ritmo tranquilo e crescente enquanto conta a história da supercapacidade de Chiquinho em manipular a vontade dos animais. Preferi esquecer a questão dos feromônios e focar nessa competência que ele tinha.

    Confesso que preferiria que o conto focasse apenas nessa competência (dominar a vontade dos bichos), sem uma possível explicação científica para o fato narrado.

    Seu conto me fez lembrar minha infância onde era possível encontrar cabras como Chiquinho, recolhendo colmeias, extinguindo formigueiros, levando pra longe casas de maribondos, matando ou espantando cobras perigosas.
    Conheci também um velho chamado Castrúcio Aparício que exterminava formigueiros. Usava um imenso fole com sanfona de couro. Na parte de baixo do fole havia um braseiro. O homem colocava arsênico na base do fole, acendia o fogo nos carvões e mandava uma fumaçada azulada pelos buracos da formigas que se via sair longe, nas muitas ramificações por onde transitavam as formigas. Seu Castrúcio Aparício tinha as mãos azuladas por conta do arsênico. Um dia morreu disso, pelo veneno que lhe invadiu o corpo. Escrevi uma história contando sobre isso.

    Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.

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Publicado às 9 de dezembro de 2017 por em Superpoderes e marcado .