EntreContos

Detox Literário.

Porcus Erectus (Milton Meier Junior)

No verão de 1916, faltando mais de um ano para o término da Grande Guerra, soldados alemães cercaram um vilarejo na região do Drôme, na França. Suas ordens eram procurar por partisans, mas buscavam mesmo por comida. Graças à truculência e impetuosidade dos soldados, uma situação que poderia ter sido resolvida pacificamente logo se transfigurou em caos. Aldeões foram mortos, casas foram queimadas e propriedades destruídas. Inclusive a pequena fazenda do maior criador de porcos do local. Alguns dos animais foram abatidos no local, para alegria dos soldados, mas uma grande parte da vara escapou.

Sabe-se que porcos domésticos, quando soltos na natureza, sofrem mutações e em pouco tempo se tornam selvagens. Aumentam de tamanho, os pelos crescem, os dentes viram presas, seus cascos fendidos se tornam mais afiados e a testosterona dos machos dispara, tornando-os ferozes e territoriais.

Foi o que aconteceu aos porcos fugidos daquela pequena fazenda. Em poucos meses a natureza desfez o que o homem levou milhares de anos para encadear. Como se toda aquela selvageria fosse uma coisa latente, à flor da pele, esperando apenas por um pequeno descuido. Talvez uma vingança incubada pelo saldo de todos os porcinos abatidos pelos seus algozes humanos.

As rações e o chiqueiro não lhes fez falta. Fizesse frio ou calor dormiam ao relento, impérvios às intempéries. No verão rolavam nos charcos à beira do rio para se refrescarem e no inverno se aconchegavam, como que formando um só corpo aquecido. E comiam de tudo. Desde trufas até as partes macias dos corpos em decomposição dos soldados mortos. Imparciais a serem eles, os soldados, aliados ou não. Sua pelagem escura e seus instintos rasteiros funcionavam como camuflagem. Mantinham-se próximos o bastante do vilarejo para saber que continuava lá, mas longe o suficiente para não serem notados. Antes do alvorecer, algum incauto madrugador poderia perceber sombras se movendo nos limites da floresta, ou ouvir grunhidos à distância que se dissipavam com a névoa. As pessoas da vila sabiam que os porcos estavam lá, e o mesmo se aplicava aos porcos.

A natureza seguiu seu curso e as mutações se acentuaram cada vez mais. Não eram mais suínos, eram porcos selvagens, quase javalis. Alguns tinham presas enormes e perigosas, outros ficaram tão grandes que quebravam os galhos mais baixos das árvores e criavam veredas e valas por onde passavam. Reproduziram-se, e suas crias pareciam ter herdado traços de genealogias ancestrais e não as daquela vara recém liberta. Eram bestiais, ariscos e indomáveis. Alguns tão violentos que trucidavam seus próprios pares de ninhada, almejando se alimentar em mais tetas e com menos concorrência.

Porém, dentre todos os porcos da vara, um deles, o maior dos machos, passou por transfigurações ainda mais extremas. Seus membros traseiros se alongaram e engrossaram, os dedos eivados das patas dianteiras cresceram, seu pescoço diminuiu, acentuando ainda mais a cabeça que se arredondava, o peitoral se alargou, conferindo-lhe uma cintura, o focinho se encolheu cada vez mais, seus minúsculos olhos não aumentaram, mas deixaram de ser tão opostos e se aproximaram em sua fronte, algo parecido com um queixo lhe surgiu sob a boca, que foi diminuindo até quase não caber os próprios dentes. Curiosamente, seu rodopio de rabo não passou por nenhuma mutação e o pelo de tons mais e menos escuros, como manchas provocadas pela luz do sol passando por entre as folhas, também não mudou. Apesar das mudanças, continuou agindo e pensando como um porco. Comia o que lhe aparecesse pela frente, montava em todas as porcas que estivessem no cio ou não, chafurdava na lama e procurava manter seu domínio sobre todos os outros porcos, já que era o maior deles.

Meses se passaram e lentamente as mudanças continuaram. Até o dia que o porco se deu conta de que andar de quatro se tornara penoso. Suas pernas dianteiras mais pareciam braços, com patas de quatro apêndices longos que podiam quase ser confundidos com dedos e mãos, e suas pernas traseiras estavam compridas demais, forçando-o a se movimentar com a fronte cada vez mais perto do chão e com o traseiro cada vez mais elevado e exposto. O porco fez o que lhe parecia ser o mais prático. Ficou de pé. Sobre as duas patas e pernas traseiras. Aquilo lhe pareceu natural. Não teve sequer dificuldade para caminhar ereto, como se o ato fosse uma consequência lógica de algum processo desconhecido, mas inexorável.

A vara não pareceu notar. Talvez ele ainda tivesse o mesmo cheiro, ou talvez os outros porcos ainda o considerassem como sendo um deles.

O porco passou a andar ereto. À sua mudança de postura, somou-se uma mudança de comportamento. Talvez pela visão acima dos outros porcos, talvez porque seu cérebro também estivesse passando por mutações. Não havia julgamento nem condenação de sua parte, apenas um distanciamento. Uma sensação de não mais pertencer a toda aquela selvageria. Não tanto. Ainda sentia as mesmas ânsias de comer, copular, destruir seus adversários, se refestelar na lama e dormir aquecido pelas suas fêmeas, mas sentia existir um fascínio oculto, algo que se enxerga de rabo de olho, e que some quando se fixa o olhar.

Certo dia deixou os porcos fazendo o que eles fazem e foi até a beira da floresta, de onde podia ver o vilarejo. À distância podia ver outras figuras eretas. Homens tosquiando ovelhas e conduzindo carroças puxadas por cavalos, mulheres pendurando roupas nos varais ou buscando água na fonte da praça, crianças gritando e correndo. Casas com chaminés fumegantes, cheiros que ele podia sentir mesmo de tão longe, alguns jardins, várias hortas, um grande campo cultivado. Galinhas por toda parte, um bom número de vacas, cães e até alguns porcos.

Com o passar dos dias foi se aproximando cada vez mais da vila, movido pela curiosidade e pelo estranhamento que cada vez mais sentia pelos porcos da floresta. Tomava cuidado para não ser visto, voltando à sua postura sobre quatro patas, e se precavendo para não deixar o traseiro e o rabo torto à vista. Sentia os odores das pessoas, das refeições sendo preparadas, do sabão nas roupas, das carnes defumadas. Ouvia as vozes, sem entender o que diziam, mas sabendo que se comunicavam melhor do que por grunhidos. Via as poucas lojas. Um açougue, uma mercearia e uma padaria, e como as pessoas trocavam uma peça de carne ou um pedaço de pão por papel. Observou as crianças brincando, sem medo de serem estraçalhadas. Tudo lhe era tão novo e diferente, mas a cada dia que voltava e observava, mais aquilo fazia sentido.

Nos dias em que não espionava o vilarejo, o porco ereto perambulava pela floresta. Com exceção de umas poucas fêmeas que ainda montava, já não tinha muito mais em comum com os outros porcos. Evitava chafurdar na lama, preferindo refrescar-se na água corrente do rio, para não ficar com os pelos incrustados. Deixou bem claro que ainda era o líder, chegando inclusive a aleijar um dos seus opositores, mas que não queria mais conflitos. Não comia mais qualquer coisa. Passou a alimentar-se principalmente de trufas, de preferência, as brancas. Tomou gosto por cogumelos. Alguns dos quais lhe causavam alucinações onde se via confraternizando e bebendo com os aldeões. Alguns tubérculos ainda o apeteciam, mas soldados mortos nem pensar.

Numa de suas perambulações pela floresta, o porco se deparou com um cadáver. De tão seco, o falecido já não fedia, era praticamente uma múmia, quase só osso. O corpo trajava camisa e calça escuras, botas, um cachecol ao redor do pescoço, uns óculos de aviador enormes, um barrete de couro com longas abas laterais e um sobretudo também de couro, aberto como se fosse as asas de um morcego. Poucos metros adiante havia uma mala enorme.

O porco, já não mais tão porcino, ajoelhou-se em frente à mala e a abriu. Dentro havia alguns itens de roupa, um sabonete, uma pistola, uma corrente de aço e uma navalha de barbear. Algumas das coisas que o porco já vira no vilarejo. Após alguns instantes e certa hesitação, o porco fechou a mala e se voltou para o corpo. Lentamente tirou-lhe toda a vestimenta. Amontoou tudo em uma pilha em cima da mala. Vagarosamente, como se estivesse sonhando e tudo acontecesse em horas e não minutos, colocou a cueca, as meias, a calça, a camisa, enrolou o cachecol no pescoço, enfiou as patas nas botas, cobriu as orelhas pontiagudas com o barrete, cobriu os olhos miúdos e separados demais com os óculos de aviador e, por fim, cobriu-se com o sobretudo. Pegou a mala e foi em busca dos outros porcos.

Sabia o que tinha que fazer.

Ao chegar ao descampado onde a vara resolvera pernoitar, foi recebido com alvoroço. Vários machos quiseram enfrentá-lo e as fêmeas saíram correndo com suas proles. Entretanto, após roncar e grunhir o suficiente, e talvez porque o seu cheiro ainda lhes fosse familiar, os porcos se acalmaram e concederam passagem. Aproximou-se de uma das suas fêmeas favoritas, uma das grandes, abriu a mala, despejou todo o seu conteúdo, pegou apenas a corrente e colocou-a em volta do pescoço da porca. Saiu andando, e a porca, sem entender nada, foi atrás.

Por meio de grunhidos o porco ereto, fez a porca entender que queria encontrar trufas, de todos os tipos, mas de preferência brancas, e quanto mais melhor. Ela foi para um lado e ele para outro. Mesmo com todas as transformações que lhe haviam ocorrido, não perdera seu olfato. Em pouco tempo a mala estava repleta de trufas brancas, negras e até de verão.

Com a mala em uma das pseudo mãos e com a outra segurando a porca pela corrente, os dois seguiram em direção ao vilarejo.

O porco calculara precisamente a hora da sua chegada na vila. No momento em que a escuridão não é tão obscura que cause medo, mas nem tão reveladora que evidencie o óbvio.

Havia uma aglomeração na praça, aparentemente todos os habitantes estavam ali festejando alguma coisa. O porco não tinha como saber que a guerra terminara naquela tarde e que a comemoração era por isso. Algumas pessoas se assustaram com aquela aparição inusitada. Houve alguns gritos e alguns dos homens puxaram as suas facas. Mas o porco permaneceu ereto, levantou as pseudo mãos e se aproximou com cautela. As pessoas do vilarejo pensaram que se tratava de um combatente de guerra, provavelmente se recuperando de sérios ferimentos nas mãos e que, por algum motivo, tinha um javali de estimação e carregava uma mala enorme. Guerras enlouquecem qualquer um.

Cuidadosamente as pessoas foram se aproximando, falando em tons tranquilizadores, estendo as mãos e oferecendo comidas e bebidas.

O porco não tinha como entender, não observara a vila tempo o suficiente para aprender sua linguagem, nem a mutação pela qual passara o capacitara a proferir uma palavra sequer. Pelo menos por enquanto.

Por meio de grunhidos, que os aldeões interpretaram como sendo o resultado de um indivíduo muito afetado pela guerra, o porco conseguiu abrir sua mala e oferecer suas maravilhosas trufas. As pessoas se extasiaram e imediatamente todos se puseram a tirar seus dinheiros dos bolsos, das carteiras, de dentro dos sutiãs e das meias. O porco logo se viu cheio de notas nas mãos.

Havia várias fogueiras na praça, com espetos rodando. Uma delas ostentava uma enorme costela de boi, e outras menores rodopiavam frangos, salsichas, e um leitão. Obsequiosamente, os aldeões ofereceram vários cortes de carne ao porco, mas ele os recusou. Enfiou as notas de papel no bolso, sem saber o que faria com elas, e fez menção de partir. Um dos homens da vila se adiantou, estendendo um calhamaço de notas, apontando para a porca e para as fogueiras. Através das lentes de aviador aquelas notas pareciam refletir o fogo, como espelhos de água refletindo o último estertor de um por do sol.

O porco pegou as notas e passou a corrente da porca ao pagador. Grunhiu, deu as costas e sumiu na escuridão.

Ele ainda ignorava o significado da expressão “porco chauvinista”.

71 comentários em “Porcus Erectus (Milton Meier Junior)

  1. Bia Machado
    23 de junho de 2017

    Que bacana esse texto! Só sinto pena pelo título que, apesar de criativo, entrega um pouco da ideia, o suficiente para que eu ficasse esperando pra ver justamente o desenrolar da forma como aconteceu. E sinto pena também pela última frase. Estragou todo o “clima” que eu tive com o que veio antes. Desnecessária mesmo. Apesar desses dois “poréns”, gostei bastante. Muito criativo, muito audacioso em cumprir a tarefa de uma forma que talvez ninguém mais tenha pensado. Curiosa para saber que é o dono/a dona dessa belezura aqui, rs. De resto, só posso agradecer. Valeu muito a leitura!

  2. Daniel Reis
    23 de junho de 2017

    (Prezado Autor: antes dos comentários, alerto que minha análise deve se restringir aos pontos que, na minha percepção, podem ser mais trabalhados, sem intenção de passar uma crítica literária, mas uma impressão de leitor. Espero que essas observações possam ajudá-lo a se aprimorar, assim com a leitura de seu conto também me ajudou. Um grande abraço).

    Porcus Erectus (Shard)

    ADEQUAÇÃO AO TEMA: sim, de uma maneira bastante criativa.

    ASPECTOS TÉCNICOS: a narrativa exclusiva, sem diálogos, tem como característica de uniformizar a voz narrativa. Gostei bastante não só do tom, mas do ritmo e da condução da história pelo autor. Meu único senão, e aí vai uma questão de estilo, terminaria em ” Com a mala em uma das pseudo mãos e com a outra segurando a porca pela corrente, os dois seguiram em direção ao vilarejo.” E a frase do chauvinista, pelo menos para mim, é totalmente dispensável.

    EFEITO: o absurdo é narrado com muita técnica e domínio da linguagem. Parabéns.

  3. Wilson Barros
    22 de junho de 2017

    Começo muito bom, em grande estilo profissional, no tom de Maupassant. Os porcos domésticos sofrerem mutações, transformando-se em javalis, é ótimo. Na verdade isso deve ter acontecido há cem milhões de anos, a maneira como você falou ficou engraçada, vou colecionar. O conto desencadeou um verdadeiro realismo fantástico, bem ao estilo de J J Veiga. Não consigo inventar algum reparo, e olha que o realismo fantástico não é fácil de conduzir. Claro que poucos gostam do gênero, não é para todo mundo. JJ Veiga, Murilo Rubião e Kafka não são nem mesmo conhecidos por muitos. A não ser, claro, quando se trata de Garcia Márquez, aí muitos consideram obrigação gostar, rsrs.

  4. Felipe Moreira
    22 de junho de 2017

    Logo nos primeiros parágrafos entendemos a escolha do título. O conto tem um perfil bem didático quanto aos acontecimentos, uma explicação biológica que faz sentido dentro do que você precisa contar, no entanto, por vezes ele parece se perder nas explicações achando que está em favor do texto. Até certo ponto sim.

    Está muito bem escrito, é criativo e cuidadoso em passar pelas etapas para que o conto tenha verossimilhança, mas fica um pouco cansativo de ler em alguns instantes.

    De qualquer maneira, valeu a leitura apenas pela corrida em que as mutações ocorrem nos porcos domesticados e como o tempo e o meio ambiente interferem na espécie. Parabéns e boa sorte.

  5. Thiago de Melo
    22 de junho de 2017

    Amigo Shard
    Gostei da sua narrativa. Achei que a ideia foi interessante e que vc soube conduzir o enredo com bastante controle. Não vi erros gramaticais e o desfecho casou bem com o restante da história.
    É muito difícil conduzir uma história sem falas, mas vc fez um bom trabalho.
    Parabéns!

  6. Pedro Luna
    22 de junho de 2017

    Com certeza esse foi o autor, autora que mais fez malabarismos para adequar o conto a imagem. Porém, o resultado não me soou bom. De início me pareceu um texto de livro de biologia explicando a mutação dos porcos, algo que sem dúvida iria demorar um bom tempo, mas que aqui soa apressado. O resultado: o porco ereto, criativo, mas bizarro demais para a minha crença. A questão aqui é que não fui convencido pela história e suas possibilidades. Sim, é fantasia, mas não me desceu. Além do mais, não vi conflitos no conto que motivassem a história. O único interessante é realmente a participação dos alemães no início, depois fica muito monótono, com o grupo de porcos e o patinho feio. E ainda ocorre mais um malabarismo, para adequar o conto a expressão. Infelizmente não gostei.

  7. Andreza Araujo
    21 de junho de 2017

    O ponto alto do conto, pra mim, é a própria narrativa. O(a) autor(a) domina muito bem as palavras, é admirável e gratificante ler um texto assim. Sobre o enredo em si, criativo. Embora no início eu tenha achado muito extenso toda a questão das mutações, mas a evolução do porquinho-humano foi agradável de acompanhar.

    A leitura certamente me prendeu, embora eu estivesse me questionando qual era a sua intenção com a história, para onde ela estava indo e qual o sentido. No final, percebe-se uma crítica ao ser que de fato havia se “humanizado” a ponto de vender sua porca preferida, mesmo sem saber exatamente o que faria com o dinheiro. Gostei de ter usado as vestimentas para disfarçar o corpo do javali, mas ainda imagino que a imagem do porcus erectus seria diferente da imagem do desafio, mas não vejo problemas, é só uma observação.

  8. Fil Felix
    20 de junho de 2017

    Um conto muito bem narrado, mostrando maturidade do autor. A temática traz algo de Revolução dos Bichos, principalmente pelo porco/ javali começar a andar sobre as duas patas, almejar o mundo dos humanos e explorar outro de sua espécie. Além da crítica ao final, que foi bombástica. E é interessante porque, mesmo utilizando de uma metáfora já conhecida de longa data (essa do George Orwell), o autor incluiu novas interpretações e trouxe detalhes muito bons, como a questão do cheiro, da mutação e do convívio entre os animais, tudo muito bem descrito, vendendo muito bem sua história ao leitor, sem parecer com “não sei do que estou escrevendo”. A evolução aqui cai no campo do fantástico, pra dar razão ao encontro entre “novo-porco-javali” com os “velhos-homens”. Muito bom.

  9. Marcelo Milani
    19 de junho de 2017

    Ola Autor, o texto foi bem escrito mas confesso que a tramam não me chamou muita atenção. Faltou emoção mas a transformação tava show de bola!

  10. Evandro Furtado
    18 de junho de 2017

    Olá, autor. Sigamos com a avaliação. Trarei três aspectos que considero essenciais para o conto: Elementos de gênero (em que gênero literário o conto de encaixa e como ele trabalha/transgride/satiriza ele), Conteúdo (a história em si e como ela é construída) e Forma (a narrativa, a linguagem utilizada).

    EG: Uma dark fantasy de guerra. O autor consegue desenvolver muito bem os acontecimentos mantendo a verossimilhança. A ideia do porco mutante foi bastante criativa.

    C: A história segue uma estrutura bem básica, focando no desenvolvimento do personagem principal. É interessante ver como ele vai se transformando pouco a pouco. O destaque vai para o momento em que ele começa a obervar a vila, afastando-se de seus antigos parentes e identicando-se, cada vez mais, com as pessoas.

    F: A narrativa em terceira pessoa propicia o afastamento necessário que o leitor precisa ter em relação à trama para que ela funciona. Gramaticamente, o texto me parece impecável.

  11. Lee Rodrigues
    18 de junho de 2017

    Caríssimo autor, eu já imaginava que iria encontrar Javalis para todos os gostos, mas nem por um momento imaginei dar de cara com um “Porcus Erectus Capitalized”. E isso me arrancou risos, porque acabei fazendo uns links loucos com o nosso cenário político – foi inevitável.

    Longe de mim querer mudar o que você construiu, mas é que como leitora acabo tomando até aquilo que não me pertence. Acho que quem lê se torna um pouco dono, e por isso tendemos a encontrar situações, segundo o nosso entendimento, que poderiam melhorar o que lemos, principalmente quando o fazemos com um olhar mais crítico, e essa coisa de compartilhar as impressões, pode servir ao autor, ou não.

    No momento em que o maravilhoso entra em contato com o cotidiano, talvez a informação que antecede, sem necessariamente precisar mudar o contexto de guerra, mas apenas acrescentar uma arma química, esse objeto de ação poderia justificar o contraste com a realidade de uma forma mais próxima, deixando o leitor mais cúmplice nas hesitações.Todavia, nem tudo precisa fazer sentido, a exemplo disso foram as mudanças aceleradas no persona, que não fosse a fresta aberta no inicio, o inacreditável e o real estariam separados apenas por uma tênue linha.
    Esse é um dos contos que eu gostaria que o autor não estivesse preso ao limite.

    Contudo, a evolução foi bem desenhada, e lá pelas “patas traseiras maiores que as dianteiras” – disse para mim mesma “que queime o arroz” –, veio voluntaria a suspensão da incredibilidade.

    Adequação ao tema: 200% rs

    Parabéns pela criatividade, eu gostei do que li.

  12. Givago Domingues Thimoti
    17 de junho de 2017

    Adequação ao tema proposto: Bem adequado
    Criatividade: Alta
    Emoção: A trama não me conquistou, por mais que a ideia seja muito boa.
    Enredo: É evidente que o autor tem talento. A escrita dele comprova muito bem isso. O texto é muito bem desenvolvido. A única coisa que me incomodou foram as muitas transformações que ocorreram. Elas deram a entender que passou muito tempo, quando a intenção do autor, pelo que me pareceu, foi o contrário. Deixo claro que é meu ponto de vista.
    Gramática: Não percebi nenhum erro.

  13. Raian Moreira
    16 de junho de 2017

    Um conto longo escrito por alguém que domina muito bem o uso da língua…de encher os olhos my lord.
    texto bem diagramado, bem centrado ao que interessa. Causou estranheza trocar as fêmeas pelo papel, mas isso mostra bem como funciona a curiosidade.
    se tu tivesse mais tempo e liberdade para desenvolver seu porco-selvagem-mutante-humanizado, acredito que o impacto seria maior, acho que as regras do desafio limitaram sua genialidade.
    Gosto muito desse estilo fusão de homem animal, parabéns, vou ate salvar aqui pra ler mais vezes.

  14. Sabrina Dalbelo
    16 de junho de 2017

    Olá autor (a).
    Que história é essa?
    Sério. Não vi ligação entre os acontecimentos a ponto de o texto ganhar um enredo. Não achri que o enredo foi plausível, mas pode ser problema meu, sei disso.
    Não vi hipótese de que o acontecimento “guerra” tivesse Importância. Não entendi também, pois não há referência clara, da motivação dessa mutação sofrida por só um dos porcos. E tão rápida e específica.
    Sem dúvida é muito criativa, mas achei a história muito recortada, como uma soma de fatores que não chegou a um produto.
    Desculpa, mas esse absurdo não me agradou. Desculpa mesmo.
    Abraço

    • Shard
      16 de junho de 2017

      acho que é problema seu mesmo. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      • Sabrina Dalbelo
        18 de junho de 2017

        pois é, deve ser.
        mas confirmo que não quis ser rude.
        sinto muito se assim te pareceu, pois pelo visto tu te ofendeu.

  15. Sick Mind
    15 de junho de 2017

    A única coisa que estranhei durante a leitura, foram os moradores do vilarejo que tinham somas de dinheiro para num cenário pós-guerra. Fora isso, se o autor(a) tivesse mais espaços para desenvolver seu porco-selvagem-mutante-humanizado, acredito que o impacto seria maior, pois é na reta final que percebemos a transformação mais grotesca que ele sofreu: a intelectual. Ao vender a porca, ele se iguala aos humanos de vez… é uma puta crítica, tá de parabéns! Mas me junto ao coro de comentários ao dizer que a última frase tá sobrando nesse conto.

  16. Wender Lemes
    14 de junho de 2017

    Olá! Para organizar melhor, dividirei minha avaliação entre aspectos técnicos (ortografia, organização, estética), aspectos subjetivos (criatividade, apelo emocional) e minha compreensão geral sobre o conto. Tentarei comentar sem conferir antes a opinião dos colegas, mantendo meu feedback o mais natural possível. Peço desculpas prévias se acabar “chovendo no molhado” em algum ponto.

    ****

    Aspectos técnicos: muito bem escrito e organizado. As ideias, ainda que absurdas, encadeiam-se em uma lógica única do conto. É possível acompanhar todo o processo que leva o protagonista ao seu ápice humanoide ao final. O tema foi desconstruído e reconstruído com maestria.

    Aspectos subjetivos: um dos trabalhos mais criativos que li até agora. Darwin deve ter chorado sangue em seu túmulo e Lamarck deve ter dado boas risadas – eu gostei. Somos carregados pelo psicológico – cada vez menos – bestial da fera em evolução.

    Compreensão geral: há de se questionar o processo de “humanificação” por que passa nosso protagonista. São dois processos na verdade, o primeiro do doméstico ao selvagem, o segundo do selvagem ao humano. A primeira transformação é mais natural, inevitável, toda a vara passa por ela. Como dito em certo momento, é como se o gene do porco selvagem estivesse apenas adormecido, aguardando um momento para aflorar. A segunda transformação, por outro lado, é individual, uma mutação específica daquele porco. O protagonista nunca foi um gentleman (gentlepig?), mas, ao abrir mão de sua companheira e de seus tesouros por dinheiro, isso demarca a frieza e a ganância que só um humano poderia ter.

    Parabéns e boa sorte.

  17. Marco Aurélio Saraiva
    14 de junho de 2017

    ===TRAMA===

    Tirando a parte que esta história se passa em uma realidade alternativa, onde o processo de evolução das espécies através de mutações aleatórias acontece 2 milhões de vezes mais rápido, é um enredo e tanto. Bem imaginativo!

    Sabe aquelas histórias que lemos e pensamos “cara, eu nunca pensaria em algo assim”, mais ou menos com a sensação que temos quando lemos “metamorfose” pela primeira vez? Então, seu conto segue essa via.

    Uma história e tanto! Muito boa de ler, muito criativa e original. A frase final soou estranha, não entendi muito bem o motivo dela estar ali, já que o conto não faz alusão ao patriotismo extremo em nenhum momento. Mas é um detalhe bobo em uma história interessante.

    Parabéns!

    ===TÉCNICA===

    Muito boa! Palavras muito bem encaixadas, frases bem escritas, leitura fluida e correta. Sua revisão foi excelente. Não há o que reclamar!

    ===SALDO===

    Muito positivo… o que é engraçado, já que o conto não parece ter me impactado tanto assim. Mas quanto mais eu penso sobre ele, mais encontro pequenas nuances que tornam o conto mais interessante, como, por exemplo, o paralelo que o texto faz com a própria evolução da raça humana. É como se o texto nos comparasse a porcos, e que somos porcos nos nossos cernes. E que, no final, não conseguimos diferenciar um igual de um porco, desde que este porco nos ofereça guloseimas e aceite o nosso dinheiro.

    Gostei!!!

  18. Cilas Medi
    13 de junho de 2017

    Concordância verbal: As rações e o chiqueiro não lhes fez (fizeram) falta.
    Um conto “saboroso”, ao refletir e nos fazer sentir, no final, os cheiros da comilança na festança de final de guerra. Um conto habilidoso, malicioso e hilário, não parecendo exagero essa última afirmativa. Uma técnica de saber prosear e nos presentear com uma obra que mais do que cumpriu o desafio, somando-se ao fato de ser também, quase realista na figura de um porco que se tornou uma imagem correta de um ser humano.

    • Shard
      13 de junho de 2017

      obrigado pela correção gramatical e pelo comentário, Cilas.

  19. maziveblog
    13 de junho de 2017

    Uma narrativa excelente. Li num ápice. É mesmo a história de um porco, não de humanos que cruzam-se com porcos algures na sua história. Parabéns ao autor ou autora.

  20. M. A. Thompson
    11 de junho de 2017

    Olá!

    Usarei o padrão de avaliação sugerido pelo EntreContos, assim garanto o mesmo critério para todos:

    * Adequação ao tema: faltou um javali de fato.

    * Qualidade da escrita (gramática, pontuação): nada que comprometa a leitura.

    * Desenvolvimento de personagens, qualidade literária (figuras de linguagem, descrições, diálogos): muito bom, parabéns.

    * Enredo (coerência, criatividade): me remeteu a Revolução dos Bichos.

    De modo geral foi um bom conto.

    Parabéns e boa sorte no Desafio!

  21. Fabio Baptista
    9 de junho de 2017

    A escrita simples e direta narra tudo com bastante clareza, deixando a história gostosa de acompanhar. Todo o absurdo da situação, essa mutação brusca ocorrida em um curtíssimo espaço de tempo, acaba instigando a curiosidade e o prazer da leitura.

    Acredito que o ponto alto do conto tenha sido o avistamento do vilarejo, a curiosidade do porco em ir até lá e a inevitável expectativa gerada sobre qual seria o resultado desse encontro.

    Infelizmente o final acabou me decepcionando nesse sentido. Embora tenha sido uma das abordagens mais criativas para explicar a origem da foto, o encontro do porco com os humanos acabou se perdendo no que me pareceu uma crítica social/lição de moral não muito bem executada.

    Apesar dessa queda no fim, um bom conto.

    – estendo as mãos e oferecendo comidas
    >>> estendendo

    Abraço!

  22. Gustavo Araujo
    7 de junho de 2017

    Gostei do conto no geral. Apesar de exigir suspensão de descrença – afinal, a evolução jamais se opera em face de um só indivíduo – a história tem lá sua verossimilhança. A ideia de porcos libertos ascenderem um degrau no desenvolvimento, com um deles chegando a adquirir características humanas, foi muito bem arquitetada pelo autor. Mérito da prosa fluida e fácil de perseguir. De fato, o texto é fluido, desdobra-se com competência e desperta o interesse por conta do inusitado. Pessoalmente, notei certa melancolia no ar porque o protagonista lentamente vai se afastando de sua vara, criando laços – ainda que platônicos – com o pessoal do vilarejo que sobreviveu ao massacre da guerra. Dentro dos limites do desafio, esse apelo pelo diferente foi construído de modo eficiente, mas não dá para deixar de admitir que com um limite maior, poderia ter sido mais aprofundado. É esse sensação que em alguns momentos da vida se abate sobre nós – quando constatamos não pertencer mais a determinado grupo, sendo atraídos por outro(s) – que me fez gostar da história. O que fazer para não magoar quem deixamos e o que fazer para conquistar novos horizontes? Se o conto tivesse focado nisso (e até certo ponto foi isso que fez), eu não teria dúvidas em lançar uma nota dez sem qualquer remorso. No entanto, o final desmanchou essa construção, apelando para uma ironia um tanto sem propósito, como se o autor precisasse encerrar a história de qualquer jeito. Minha sugestão é que esse fim seja repensado, de modo a manter a unidade de pensamento. Fico imaginando aqui qual seria a reação do protagonista ao ver os leitõezinhos assando… Entregar a porca aos camponeses em troca de dinheiro não me pareceu algo crível – mesmo dentro do contexto criado pelo conto. Enfim, um conto MUITO BOM, mas que tem esse pecado infeliz no arremate. De todo modo, parabéns pela história!

    • Shard
      9 de junho de 2017

      Gustavo, aprecio a sua crítica e posso compreender o seu ponto de vista sobre o desenrolar da história, mas esse conto é o seu, não o meu. No meu conto, a partir do momento que o porco fica ereto ele perde toda a ligação com o seu passado bestial. posso não ter deixado a minha ideia de forma tão clara quanto queria, mas o porco não sente remorso algum, ele não quer mais conviver com os seus pares, ele é indiferente, distanciado (tanto é, que ele vende a sua fêmea favorita por um punhado de dinheiros, sem ao menos saber o que fazer com aquelas notas). a história não é sobre a nostalgia do distanciamento do porco ereto em relação aos seus pares (ou a pena que sentiria em ver um leitão assando). pelo contrário, trata-se de um animal feroz que, através da minha fantasia, se transforma em algo semelhante a um ser humano (supostamente seres evoluídos e civilizados), mas que sem perceber, sem ter como perceber, se torna, por mera observação e imitação, tão bestial e tão mercenário como qualquer outro ser humano (além de ser um porco chauvinista!). é uma visão bastante generalizada e bastante pessimista sobre a raça humana, eu sei (e não penso que todos nós sejamos tão ruins assim), mas a ideia do conto é fazer uma crítica e não evocar algum tipo de simpatia, nem pelo porco e nem pelos humanos. e como observei antes, também fiquei na dúvida sobre a última frase, mas…

  23. Gilson Raimundo
    6 de junho de 2017

    Uma sátira ao comportamento humano ou uma releitura do Planeta dos Macacos. Uma história de fantasia que deveria ter um pouco mais de lastro, uma melhor sustentação para esta evolução que levaria milhões de anos como se deu com os humanos… se ao menos estes porcos estivessem se alimentando de cadáveres vítimas de experiências nos campos de concentração explicaria uma possível transferência genética estilo Tartarugas Ninjas Mutantes, fora isso o conto de fantasia pende um tanto para o trash.

  24. Claudia Roberta Angst
    3 de junho de 2017

    Olá, autor, tudo bem?
    O título do conto já entrega o que acontecerá com o nosso porco-javali. Ele passará a andar ereto, assemelhando-se aos seres humanos. Uma evolução ou seria o contrário?
    O tema proposto pelo desafio foi abordado com sucesso: homem (no caso o porco transformado) vestido como o sujeito da imagem, carregando uma mala e um javali (a porca favorita).
    Não encontrei grandes falhas na sua revisão, apenas tomaria cuidado com a repetição de palavras. Vale consultar um dicionário de sinônimos para evitar o uso contínuo de um mesmo radical.
    Apesar da falta de diálogos, a leitura flui bem, sem entraves. O ritmo da narrativa mantém-se fluido.
    Eu também não compreendi muito o porquê da última frase. Melhor seria ignorá-la.
    Boa sorte!

  25. Fernando Cyrino
    3 de junho de 2017

    Que conto bonito, uma história que me encantou. Está cuidadosamente narrada e vai me levando, enquanto leitor, para o seu final (excelente diga-se de passagem, com a pitada bacana de humor na dosagem certa). Gostei do porco que se vai transmutando em humano. Ficou muito boa essa transformação que vai se dando nele, e melhor ainda que senti que os impactos iniciais se deram na maneira de refletir do animal. Uma metáfora bem interessante e criativa da nossa evolução. Parabéns pela sua bela narração.

  26. Ricardo Gnecco Falco
    2 de junho de 2017

    Olá autor/autora! 🙂
    Obrigado por me presentear com a sua criação,
    permitindo-me ampliar meus horizontes literários e,
    assim, favorecendo meu próprio crescimento enquanto
    criativa criatura criadora! Gratidão! 😉
    Seguindo a sugestão de nosso Anfitrião, moderador e
    administrador deste Certame, avaliarei seu trabalho — e
    todos os demais — conforme o mesmo padrão, que segue
    abaixo, ao final.
    Desde já, desejo-lhe boa sorte no Desafio e um longo e
    próspero caminhar nesta prazerosa ‘labuta’ que é a arte
    da escrita!

    Grande abraço,

    Paz e Bem!

    *************************************************
    Avaliação da Obra:

    – GRAMÁTICA
    O texto está bem escrito. Não percebi nada que atrapalhasse a minha leitura.

    – CRIATIVIDADE
    Bem criativo. Transformar o homem da imagem em um porco-homem e o javali da imagem em um porco do mato foram apostas interessantes e, a meu ver, bem sucedidas.

    – ADEQUAÇÃO AO TEMA PROPOSTO
    O tema proposto está presente, mesmo que transfigurado.

    – EMOÇÃO
    Mediana. O impacto maior se dá pela transformação do porco em homem. O final eu achei que o autor, que vinha bravamente dominando a pena em meio ao descrédito do insólito de sua história, perdeu um pouco a mão. A crítica ao dinheiro (capitalismo selvagem?) como corruptor da pureza natural da criação divina me pareceu um pouco ‘over’ demais. Mas valeu a viagem! 😉

    – ENREDO
    O sentimento de pertencimento a um grupo social sofre uma insólita ruptura que, de forma selvagem, atinge requintes de crueldade não vistos nem na lei da selva.

    *************************************************

  27. Leo Jardim
    31 de maio de 2017

    Porcus Erectus (Shard)

    Minhas impressões de cada aspecto do conto:

    📜 Trama (⭐⭐⭐▫▫): primeiro precisou de uma boa dose de suspensão de descrença para aceitar o exagero nas mutações. Acho que poderia ter inventado um agente externo, uma arma química que foi usada uma única vez naquela guerra, por exemplo. Depois que simplesmente aceitei, gostei da forma como o porco começou a querer ser humano. Só acho que ele provavelmente teria outras prioridades na vida humana que não fosse o dinheiro (a mais complicada das nossas convenções). Veja, acho muito verossímil o porco ereto querer viver entre os humanos e destratar sua própria espécie, mas muito estranho ele se preocupar justamente com dinheiro.

    📝 Técnica (⭐⭐⭐▫▫): uma boa narração em terceira pessoa que conseguiu introduzir o elemento estranho (mutação) com naturalidade e fazê-lo parecer comum. Não percebi nenhum erro ortográfico durante a leitura.

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): interessante essa inversão do “aviador” ser um porco.

    🎯 Tema (⭐⭐): está adequado.

    🎭 Impacto (⭐⭐▫▫▫): estava gostando da forma como o porco observava os humanos e fiquei ansioso com o final, mas não gostei muito como ele foi desenvolvido, principalmente pela questão do dinheiro que citei acima. A relação com a expressão final também ficou meio fora de contexto.

  28. Miquéias Dell'Orti
    31 de maio de 2017

    Olá Shard,

    Gostei demais da história. A forma como você desenvolveu a narrativa e mostrou a transformação do porco em um humanoide (com o característico egoísmo humano inclusive) ficou ótima. Criatividade nota 10.
    Vi que em alguns comentários (sim, eu li os comentários antes de comentar, me julgue rs) a galera negativa seu conto pelo fato da mutação se dar rápido demais e acho, sincera e humildemente, desnecessária essa crítica. Vejamos:
    O porco fica ereto. – Ah, beleza!
    Ele veste as roupas de um cara morto, entra na cidade, faz uma barganha e sai no lucro com umas verdinhas no bolso. – Ah, tá ótimo, super normal!
    O porco deixou de ser doméstico e se tornou selvagem. – Nossaaa, que absurdo. Em tão pouco tempo? Isso eu não posso aceitar! Difícil engolir.
    Poxa, ficção é isso aí, pombas. Fato ou não, o ambiente é fantástico e as situações insólitas é que dão graça ao contexto. Minha opinião.

    • Shard
      31 de maio de 2017

      rsrsrsrs pertinente o seu comentário, Miquéias! também não sei por que isso pareceu tão absurdo para tantos leitores e o resto não. obrigado por trazer isso à tona.

  29. Fheluany Nogueira
    29 de maio de 2017

    O realismo fantástico apresenta os elementos mágicos de forma intuitiva: porcos domésticos que rapidamente se tornam selvagens, o líder é humanizado em físico e mente — são elementos irreais tomados como corriqueiros, para uma crítica à civilização, bem humorada, criativa, em que a imagem-tema foi colocada em formato bem inovador.

    A narração é fluida, mesmo sem qualquer diálogo. E, a ausência da falas fica bem conectada ao assunto, já que, em sua transformação, o “Erectus” ainda não adquirira a característica.

    Notei apenas algumas questões gramaticais, como emprego de vírgulas, repetições não enfáticas de palavras e expressões.

    No geral, é trabalho muito bom e está na minha lista de destaques. Parabéns pela participação e abraços!

  30. Rubem Cabral
    29 de maio de 2017

    Olá, Shard.

    Resolvi adotar um padrão de avaliação. Como sugerido pelo EntreContos. Vamos lá:

    Adequação ao tema:
    Aqui não há do que se reclamar. temos um “homem” vestido de aviador, mala e javali.

    Qualidade da escrita (gramática, pontuação):
    O conto está bem escrito. Não encontrei erros para apontar.

    Desenvolvimento de personagens, qualidade literária (figuras de linguagem, descrições, diálogos):
    Apesar das explicações científicas dadas, embora realmente animais possam retornar ao estado “feral” quando libertados na natureza, isso não se dá em poucos meses. Mutações como as descritas demorariam algumas gerações para ocorrer. Não se solta um poodle na mata em janeiro e ele vira um lobo até dezembro…
    Contudo, lendo somente sob a ótica de fantasia, considerei que o conto foi bom: o personagem do homem-porco foi bem desenvolvido e a narração dá conta do recado com competência.

    Enredo (coerência, criatividade):
    A história é criativa, a fantasia da humanização de um porco foi diferente do esperado. Nota-se também o ímpeto de se criticar a humanidade: uma vez transformado, ele se tornou cruel e egoísta, um espelho de todos nós.

    Obrigado pela leitura e boa sorte no desafio!

  31. Victor Finkler Lachowski
    28 de maio de 2017

    Um ótimo conto.
    A sátira com a essência humana é muito bem estruturada, com alguns toques de humor pontuais e eficazes. Cenas bem descritivas, que ajudam muito a imaginação, extremamente criativa.
    Notei apenas algumas frases com erros de gramática, como posicionamento de vírgulas, fora isso está excelente.
    Boa sorte no desafio e nos presenteie com mais obras,
    Abraço.

  32. Elisa Ribeiro
    28 de maio de 2017

    Olá Shard. Uma premissa interessante e criativa para o tema, mas que para mim acabou não resultando em um bom enredo. Não gostei muito da abordagem 100% realista que você usou para descrever a metamorfose do porco. Para o meu gosto, algumas pitadas de nonsense cairiam melhor e introduziriam o final interessante que você deu ao conto. Com relação à narrativa, fluiu maravilhosamente bem, li sem tropeços. Evidencia de sua competência como narrador. Um bom conto. Boa sorte no desafio. Abraço.

  33. Lucas F. Maziero (@lfmlucas)
    28 de maio de 2017

    Muito bom este conto, uma verdadeira sátira menipéia! A escrita está quase perfeita, não oferecendo nenhum percalço que a dificulte. Quando uma coisa está boa, no caso uma história, não há muito o que falar, apenas tecer elogios, mas não tecerei muitos elogios para não soar falso. Enfim, no meu parecer o conto ficou em boa medida, uma tacada original com a inversão da imagem temática. A ideia central, ou seja, a “evolução” dos porcos, ou, melhor dizendo, do porcus erectus, não é lá tão sustentável; porém, levando em consideração o todo da história, esse ideia se torna digestível. Sem mais.

    Parabéns!

  34. Iolandinha Pinheiro
    28 de maio de 2017

    Olá, amigo. Boa madrugada. Vamos ao seu conto. Primeiro eu o achei bastante inusitado. Eis que o porco se transforma em homem e posteriormente, leva consigo uma javali, e desta forma o autor recria a imagem. Nem vou repetir que a transformação do porco em homem foi muito rápida, porque já foi muito repetido em comentários. E por falar em repetição, tome cuidado com elas, encontrei algumas no seu texto, com palavras iguais em frases vizinhas. Mas, voltando às transformações, dentro de uma proposta de realismo fantástico como a sua, esta rapidez não ficou tão forçada. Os pontos mais positivos do seu conto foram o final bastante irônico, e a sua habilidade por narrar as transformações, dizendo como elas se deram com muita destreza, e ficaram bastante convincentes. Enfim, um conto que merece destaque. Abraços e boa sorte no desafio.

  35. Jorge Santos
    27 de maio de 2017

    Conto perfeito, que narra a evolução de um porco que sofre uma mutação e começa a andar erecto. De seguida, o porco veste a roupa de um morto e transforma-se num capitalista, vendendo produtos e até o seu semelhante no mercado. A alegoria é perfeita, o sentido da passagem do tempo feito de uma forma elegante que resulta num conto de fácil leitura e conclusão apaixonante.

  36. Afonso Elva
    26 de maio de 2017

    Mais um bom conto. Bem criativo, me lembrou os filmes do Hayao Miyazaki 🙂 . Só senti falta de construções de cenas e diálogos. O conto ficou com cara de relato, alguma coisa como uma lenda ou folclore. A escrita, apesar de boa, não acompanha o conto, que é cheio de fantasia (algumas sacadas, metáforas, figuras de linguagem etc cairiam bem).
    Forte abraço! 🙂

  37. Catarina
    26 de maio de 2017

    Um INÍCIO competente. Daqueles que você pode até não gostar da receita, mas ajoelha e reza por saber ter sido preparada para gourmets . TRADUÇÃO DA IMAGEM excelente, uma fantasia alucinada, mas tão bem escrita que totalmente verossímil. O 10 já estava redondinho até aparecer o EFEITO pirão desandado. De onde saiu esse “porco chauvinista”? . Em respeito ao autor, enxugando as lágrimas, vou tirar um ponto e considerar o conto terminado sem a última, e desnecessária, frase. Sinto-me melhor agora.

  38. Matheus Pacheco
    25 de maio de 2017

    Eu ficaria com muito medo se eu visse na minha fazenda um porco se tornando ereto e caminhando por aí, ainda se eu visse ele no festival da cidade e confundisse com alguem ferido na guerra.
    Excelente conto e um abração ao escritor.

  39. Roselaine Hahn
    25 de maio de 2017

    Olá Shard, um bom conto, o 1o. que li em que o javali é o mega-blaster- protagonista da história. Percebe-se que vc. domina o ofício, adorei o final. Talvez algum excesso de descrição da vida porca dos porcos, a meu ver, tenha me dispersado da leitura, mas retomei o fôlego a partir da metamorfose meio kafkaniana. Go ahead, sucesso pra vc!

  40. Brian Oliveira Lancaster
    25 de maio de 2017

    EGO (Essência, Gosto, Organização)
    E: Criativo, com certeza. A narração flui bem, mesmo sem qualquer diálogo. O final tem uma piadinha muito boa, mas deixou a sensação de que faltou um destino real para a nova espécie. A desculpa do uso dos aparatos também foi bem escolhida.
    G: Apesar de focar apenas no relato, é possível entendermos tudo o que se passa, sem problemas. A atmosfera tem uma boa construção, que dura até próximo ao fim. Mas não encontrei um conflito propriamente dito. Não é regra, mas acho que poderia ter explorado melhor seu convívio na cidade, antes de despachá-lo para lugar nenhum. Daria um “pico” ao texto. A parte em que ele se transforma é o ponto alto (licantropia?), mas aparentemente volta tudo ao normal a partir dali. Eu gostei do geral, mas o realismo fantástico ficou ‘cotidiano’ demais.
    O: Bem escrito, sem floreios excessivos, mas essa palavra travou meu cérebro: “Obsequiosamente”. Aprendi com uma amiga que devemos evitar alguns advérbios. No entanto, a criatividade elevará a nota.

  41. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    24 de maio de 2017

    Olá, Shard,
    Tudo bem?
    Olha, gostei muito de seu conto.
    Ao contrário do que muitos possam supor, o animal domesticado sofre, sim, modificações mais rápidas do que imaginamos quando colocado em meio selvagem. Li certa vez um artigo sobre raposas que fizeram o caminho inverso. Domesticadas, as selvagens raposas desenvolveram não só a doçura de um cão com seu dono, como chegaram a se assemelhar a estes fisicamente.
    Sempre falo aqui dos contos de Domingos Pellegrini, pois, além de gostar muito do trabalho dele, acho que merece ser melhor conhecido do contista atual. Há um livro, “Tempo de Guerra”, com o conto “Guerra Civil”. O conto fala de Sem Terras que, na dificuldade de alimentar seus cães, acabam distanciando-se destes, que se tornam selvagens. Uma analogia entre homem e fera, assim como você fez.
    Brincar com a imagem do homem virando porco foi uma grande sacada. Uma imagem até que nem tão original, (porcos são sinônimo de muita coisa ruim – sujeira, pessoas pervertidas e sem escrúpulos, homens machistas, enfim), mas muito bem utilizada dentro do espírito do desafio.
    Sua verve como escritor me pegou. Um daqueles textos em que penso, “puxa, eu podia ter escrito isso”.
    O único senão. Para não dizer que fiz críticas. (Rsrs) É a frase final. Para mim soou deslocada do todo. Mas essa é uma opção do autor e para a leitora resta apenas o gosto pessoal.
    Parabéns pelo belo trabalho.
    Beijos
    Paula Giannini

    • Shard
      24 de maio de 2017

      Muito obrigado, Paula! Que bom que você gostou do conto. Devo confessar que também fiquei em dúvida quanto à frase final. Talvez não houvesse necessidade, mas enfim… Quanto à transformação do animal doméstico em selvagem, li vários artigos, especialmente em publicações americanas, onde se atesta que sim, essas mutações acontecem, e de forma bastante rápida, especialmente no caso de porcos. No fim, acho que isso nem vem muito ao caso, afinal, por mais transformações que possam acontecer a um porco, nunca o farão andar ereto e agir como um semi-humano, não é mesmo? rsrsrsrs

      • Paula Giannini - palcodapalavrablog
        24 de maio de 2017

        Aí é que vem a criatividade do autor, não é?
        😉

  42. Olisomar Pires
    23 de maio de 2017

    1, Tema: presente com alterações;

    2. Criatividade: Boa. Porcos em mutação e adiante um porco numa transformação maior.

    3. Enredo: Partes bem conectadas. Leitura fácil e fluida.

    Ao iniciar, adotei uma linha de realidade que foi fortemente abalada quando o narrador diz que porcos domésticos se alteram drastica e fisicamente uma vez soltos na natureza. Lamento, mas isso não acontece em meses.

    A partir daí passei para uma visão aberta do conto: fantasia e simbolismo.

    O que foi bom, porque um dos porcos praticamente vira um “lobisomem suíno” ao inverso: a fera é amaldiçoada e se transforma em homem numa noite sem lua ou com lua.

    Até o cérebro do antes porco dá um salto gigantesco. Ok. É fantasia rasgada. Claro que a maioria lembrará de Kafka ou de Orwell.

    O texto passa a idéia de que o Homem é sujo e contaminante.

    4. Escrita: Muito boa. Firme e tranquila. Não notei erros.

    Como adendo, apenas diria que a última frase : “Ele ainda ignorava o significado da expressão “porco chauvinista”.”, me pareceu extremamente deslocada. Como ironia não fica bem, como constatação também é desnecessária, os dois parágrafos anteriores já haviam dado o recado.

    5. Impacto: médio.

    É um bom texto com uma boa estória, porém muito ampla no sentido “universal”.

  43. Antonio Stegues Batista
    23 de maio de 2017

    Ficou legal a sua explicação sobre os porcos domésticos sofrerem mutações, só que, tanto genéticas, quando cruzamento com outras espécies, quanto comportamental. Mas, quando o porco fica em pé e veste roupas, me pareceu uma caricatura, algo meio fora do sério e o final foi uma água fria na fervura, o bolo desandou por falta de fermento. Boa escrita, mas ideia, nem tanto.

  44. Anorkinda Neide
    23 de maio de 2017

    Pois é.. nao consegui digerir este homem porco ae… 😦
    Se começasse pelo nonsense tipo Kafka de um porco se metamorfoseando em pessoa, até poderia colar…embora eu particularmente,nao curto estas metamorfoses, mas falando de literatura e nao apenas do meu gosto, acho q isso daria um bom caldo.
    Mas vc veio com toda aquela teoria inexistente de q porcos de criação qd livres vao ficando selvagens eles próprios, qd na realidade essa mutação de daria ao passar das gerações, entao.. eu nao consegui ‘voar’ com vc nesta fantasia, sorry.
    O final realmente é a melhor parte, por isso q falei se tivesse focado o texto todo no porco metamorfoseado, poderia explorar todas as interações dele e fazer até um conto divertido.
    Não comprei tb o corpo encontrado, q só estava em ossos nao era corpo, era um esqueleto… e dali ele vestiu-se pra caber na imagem proposta pelo desafio… sei lá, ficou artificial.
    Enfim, acho q está bem escrito pq me envolvi tanto pensando sobre o enredo q nao foquei no texto.
    Boa sorte ae, abração

    • Shard
      23 de maio de 2017

      você pode não “comprar” a história, mas o fato de porcos domésticos se transformarem em porcos selvagens e sofrerem mudanças como as que descrevi (e que ocorrem ao longo da vida do porco, e não em gerações), isso não é uma “teoria inexistente”, é um fato. é só pesquisar que você verá que isso de fato acontece.

      • Shard
        23 de maio de 2017

        p.s.: desde quando Kafka é nonsense?

      • Anorkinda Neide
        23 de maio de 2017

        Sabe-se que porcos domésticos, quando soltos na natureza, sofrem mutações e em pouco tempo se tornam selvagens. Aumentam de tamanho, os pelos crescem, os dentes viram presas, seus cascos fendidos se tornam mais afiados e a testosterona dos machos dispara, tornando-os ferozes e territoriais.
        entao,esta informação aí é científica? isto acontece? se sim, me elucide, porque desconheço e estou pesquisando, nao encontrei ainda a informação.

      • Anorkinda Neide
        23 de maio de 2017

        http://blog.estantevirtual.com.br/2013/06/10/o-surrealismo-na-literatura/
        dae tem um cara num estudo q debate surrealismo e nonsense..mas dae ja um debate aprofundado e eu usei o termo nonsense, como surreal mesmo, nao querendo me aprofundar em digressões literárias.

  45. Jowilton Amaral da Costa
    23 de maio de 2017

    Achei o conto bom. Bem criativo e bem escrito. A condução foi boa, no entanto, depois de um tempo o conto me pareceu longo demais, talvez pela escolha da narrativa sem diálogos. Gostei deste fim. Mas, imaginei, que depois de alguns anos o porco ereto tornava-se um político famoso no vilarejo. Hehehe. Boa sorte.

    • Shard
      23 de maio de 2017

      quiçá, um político brasileiro, Jowilton! rsrsrsrs

  46. Jose bandeira de mello
    23 de maio de 2017

    Texto muito criativo descambando para o surrealismo sem perder uma pegada de humor contido nas entrelinhas. Percebe-se que o autor tem dominio da tecnica de escrever, pela elegancia de algumas frases, pela organizaçao do roteiro e por uma dinamica veloz do texto.

  47. Vitor De Lerbo
    23 de maio de 2017

    Texto muito bom, bastante criativo e Darwinista.

    Adorei o final, me remeteu demais ao Orwell e seus próprios porcos. Afinal, todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros.

    Poucos erros ortográficos acabaram passando, mas não prejudicam a história.

    Boa sorte!

  48. Neusa Maria Fontolan
    22 de maio de 2017

    Um bom escritor. Uma ótima história, mas a meu ver um final ruim. Porque ele trocaria uma de suas fêmeas favoritas por notas de papel que nem sabia pra que servia?
    Essa é só a minha opinião, outros irão adorar o final.
    Porém, receba meus parabéns pela história
    Um abraço.

  49. Luis Guilherme
    22 de maio de 2017

    Boa noiteee amigo, td bao por ai?

    Olha, primeiro queria pedir desculpas antecipadas se meu coment estiver cheio de erros. Odeio digitar no celular hahah.

    Mas vamos la: adorei seu texto! Possivelmente o mais criativo que li ate aqui. A transformação foi otimamente retratada, a escrita tem muita qualidade (salvos alguns erros gramaticais esporádicos que não atrapalham o todo), a história prende e gera curiosidade.

    O desfecho eh especialmente bom. Adorei o ultimo paragrafo! Achei bem simbolico. No fim das contas, ele nao se tornou parecido com os humanos só fisicamente, neh?

    Excelente trabalho! Parabens e boa sorte!

    • Shard
      22 de maio de 2017

      Muito obrigado, Luis Guilherme! estava começando a achar que não tinha passado essa ideia claramente. valeu!

  50. Priscila Pereira
    22 de maio de 2017

    Oi Shard, parabéns pela imaginação!!! Homem virando porco é mais comum que porco virando homem. Eu, diferente dos colegas, não estranhei as transformações, pois é óbvio que é um texto de fantasia, a lógica não se aplica aqui, até porque, se fosse aplicada, você não teria estória alguma.Está muito bem escrito, contou muito em poucas palavras. Parabéns e boa sorte!!

    • Shard
      22 de maio de 2017

      Oi, Priscila, obrigado por constatar o que para outros leitores não ficou óbvio. O cerne da história não é sobre a transformação do porco em um quase homem. E olha que praticamente os sete primeiros parágrafos do texto tratam quase que exclusivamente dessa mutação. A história é outra. Muito obrigado.

      • Priscila Pereira
        22 de maio de 2017

        Obrigada você por um texto tão bom e fora dos clichês de sempre!

  51. Evelyn Postali
    22 de maio de 2017

    Oi, Shard,
    Gramática – Só encontrei alguns erros, mas sem muita importância. Nada que impedisse a leitura. Está muito bem escrito.
    Criatividade – Essa transformação do porco em javali aconteceu rápido demais. Mesmo sabendo que a transformação existe, ele me pareceu um pouco fantasiosa. Eu poderia considerar uma alegoria, uma fábula, mas não cabe aqui.
    Adequação ao tema proposto – Eu acho que parcialmente, porque apesar da interpretação ser livre, o homem da foto de Timmermann ainda é um homem. Então, ainda faltou o ser humano nessa história toda.
    Emoção – Conto sem diálogo, sem um conflito mais visível, apesar de encontrar conflitos em algumas passagens da história. Esta, no entanto, não moveu meu sentimento a ponto de considerar essa história algo surpreendente.
    Enredo – Começo, meio e fim. Cujo final, tange a surpresa.
    Boa sorte no desafio.
    Abraços!

  52. Iris Franco
    21 de maio de 2017

    Oi, tudo bem?

    Bom, acredito que se você tivesse mais espaço para fazer o texto seria uma obra brilhante.

    Mas, eu tenho uma crítica. No começo do texto, as mudanças foram descritas de uma forma bem “corrida”, seria mais legal se esta parte fosse elaborada de maneira mais detalhada.

    De resto, achei seu texto brilhante.

    Parabéns!

    • Shard
      21 de maio de 2017

      muito obrigado, Iris.

  53. juliana calafange da costa ribeiro
    21 de maio de 2017

    Não resta dúvida que o autor escreve muito bem, tem domínio de técnica e linguagem. Talvez sua história precisasse de mais de 2 mil palavras pra ser construída. Por mais bem descrita que seja, essa metamorfose do porco foi muito corrida pra mim. Eu até embarquei no pacto que o autor faz com o leitor no início do conto: “Sabe-se que porcos domésticos, quando soltos na natureza, sofrem mutações e em pouco tempo se tornam selvagens. Aumentam de tamanho, os pelos crescem, os dentes viram presas, seus cascos fendidos se tornam mais afiados e a testosterona dos machos dispara, tornando-os ferozes e territoriais.”. Mas depois começa a ficar meio difícil manter esse pacto, já q é muita transformação pra pouco espaço de tempo e de floresta. Mesmo assim a história me manteve presa até que chega o final. A partir do momento em que o porco, já disfarçado de homem (e eu não faço ideia de por que ele resolveu levar uma porca junto – será que foi por causa do desafio da imagem do Entrecontos?), chega no vilarejo, fica difícil de engolir. O “contato” das pessoas com o porco e vice-versa, o porco oferecendo as trufas, o povo pagando e o porco enfiando o dinheiro no bolso, foi tudo muito “over”. Talvez com mais palavras pra poder desenvolver essa transformação toda funcionasse, mas pra mim ficou muito corrido, quase que enxertado no texto a fórceps. Enfim, acho que o autor tem muita competência para reescrever, liberando-se do limite de palavras do desafio, e transformar esse conto num grande conto!

    • Shard
      21 de maio de 2017

      muito obrigado pelo seu comentário, Juliana. É sempre bom ouvir criticas, para tentar fazer melhor da próxima vez. Abs

  54. Ana Monteiro
    21 de maio de 2017

    Uau! deve ter ficado bem no limite das 2000 palavras. Um conto longo escrito por alguém que domina muito bem o uso da língua. Uma ou outra falha na revisão, mas perfeitamente mínima. O título remeteu-me imediatamente para George Orwell e o seu “O Triunfo dos porcos”. O desenrolar da história prolongou a sensação e daí que o seu final (muito bom!) me tenha apanhado completamente de surpresa. Parabéns! Objectivos concretizados. A história é coesa e tudo nela faz sentido e ganha corpo; tem densidade, enredo e emoção. Shard, é possível que você já seja escritor; se ainda não for, pelo menos já começou e vai por bom caminho. Um abraço.

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Publicado às 20 de maio de 2017 por em Imagem - 2017 e marcado .