Não saberia dizer como tudo começou e, talvez, nunca me reconheça como personagem desta história. Toda vez que tento revisar o enredo traçado, arrasto comigo a tempestade de lembranças.
Sigo, convertida a uma fé sem nome, desatando os nós invisíveis do acaso. Ainda me encanto com o tecer de mensagens, na urgente procura de alguma veracidade. Busco nas palavras transmutadas em sonhos, aqueles olhos que tingiram meus dias com cores tão imprevistas.
Ele surgiu, assim, como um impulso na madrugada. Um risco no meio de tantas possibilidades. Não tão belo como se esperava, nem tão forte como o desejado, mas quem pode julgar o que é ainda segredo?
Às vezes, penso que tudo foi apenas um sonho a se desfazer nas sombras do esquecimento. Seu nome verdadeiro, eu desconheço. Alguns o chamam de “aquele homem”, mas a maioria o conhece como… Bem, talvez seja melhor começar contando a história do javali.
Logo na subida do Morro das Pedras, morava uma família: Dona Odete, uma matrona de ares afáveis, seu filho Joca e uma garotinha de olhos enormes e ossos sobressaltados. Aninha devia ter cerca de sete anos e era louca por bichos.
Não sei se foi bem assim que aconteceu, mas tentarei combinar as peças disponíveis da melhor forma possível.
− O que é isso, tio?
− Ora, é o que me pediu pro seu aniversário. Esqueceu?
− Um cofrinho?
− Mas você não queria um porquinho, criatura?
− Mas era um porco de verdade, tio! Daqueles vivinhos, sabe?
Fato é que o Joca decidiu arrumar o tal porco. Não ia faltar com a sua palavra e decepcionar uma criança. Tinha lá seus contatos e não tardaria a encontrar o que Aninha tanto desejava. Cada ideia! Um porco como bicho de estimação!
Foi Agnaldo, da rua de baixo, quem trouxe o animal, enrolado em uma manta encardida. Joca mal olhou para o embrulho, que pesava mais do que o esperado. Aquilo teria de servir.
Dizem que Aninha ficou tão contente ao ver algo se movendo entre as dobras da manta suja, que mal conseguiu agradecer ao tio. Ah, o bicho não era lá muito bonito, nem parecia com aqueles porquinhos fofos e rosados dos desenhos animados, mas era seu. Batizou-o de Quinzinho.
Semanas se passaram e o porco foi adquirindo um aspecto cada vez mais disparatado. Aninha tratou de defender o seu Quinzinho do olhar crítico da avó e de todos que estranhavam a aparência do animal. Será que era o “cão” que sua avó tanto falava? Era bem feinho, mas ainda assim uma criatura de Deus. Ou não?
Foi quando entrei na história. Não encontrei propriamente um conto de fadas, mas não há como rasgar páginas já escritas. Lá estava eu, uma garota de dezenove anos, cheia de vida, em busca de aventura. Ou melhor, de encrenca.
Conheci o morro através do programa de voluntariado da faculdade. Resolvi participar do projeto mais por rebeldia do que por altruísmo. Meu trabalho resumia-se em conhecer as famílias carentes que se empilhavam nos morros, para melhor conhecer suas necessidades básicas.
Uma tarde, quando estava trabalhando na área demarcada pela ONG, esbarrei em Aninha. A garota vinha, desembestada, atropelando todos pelo caminho.
− Calma, menina, por que está correndo atrás desse bicho feio?
− O nome dele é Quinzinho. – Disse pondo as duas mãos na cintura e concluiu − E não é feio!
Olhei para ela, procurando por uma deficiência que justificasse aquele disparate. Pude sentir os olhos da menina pesando sobre mim, marejados por lágrimas de raiva.
− Desculpe, mas se ele não é feio, nem sei… Tudo bem, é como dizem: quem ama o feio, bonito lhe parece. – E forçando o meu melhor sorriso, ofereci ajuda. − Vamos atrás dele?
Fomos subindo pelas trilhas que perdiam o sentido e escasseavam habitação. Quinzinho, sempre na frente, parecia conhecer o caminho por instinto.
Chegamos a uma espécie de túnel, formado por um emaranhado de árvores e outras plantas. Ao fundo, podia-se notar uma pequena casa, muito simples, isolada como se pertencesse a um outro mundo. Atravessamos a passagem de mãos dadas.
− Fico com ele! Agora, vocês duas, fora daqui!
A voz surgiu forte e um tanto rouca, do jeito que ficam as vozes quando são pouco ouvidas. Impossível ignorar o homem que segurava Quinzinho nos braços. Alto, de proporções fora dos padrões, portando roupas cinzentas, quase invernais. Parecia um aviador daquelas histórias que meu avô Rubens gostava de contar, pondo-se sempre como personagem central. Talvez, os óculos grossos, de armação bastante pesada, tenham me passado essa impressão um tanto distorcida.
− Vamos embora daqui, Aninha. Depois, resolvo isso.
Sim, eu estava com medo, apavorada com o que senti naquele momento. Uma mistura de sensações difusas e crescente desatino. Sabia que precisava sumir dali o quanto antes.
Aninha voltou chorando pelo caminho, temendo pelo destino do seu bichinho de estimação.
− Ele é feio, sim, tia, mas olha, é um filhinho de Deus. − Pausou a fala só para fungar. − E aquele lá… sei não… Vai acabar assando o pobre.
− O sujeito é mesmo bem esquisito. Você ficou com medo?
− Ah, não tenho medo de bicho-papão, não. – Respondeu, parando um pouco de fungar. − Ele é conhecido por aqui, tia. É o Téo Tosco.
Dias depois, Aninha ainda chorava pelo seu porquinho e eu resolvi tentar uma negociação. Talvez, tivesse errado permitindo que Quinzinho ficasse com aquele homem. Talvez, fosse culpa minha ter me deixado contaminar pelo seu olhar.
− Ora, ora, mas tem gente sem juízo neste mundo!
Senti a garganta secar na mesma hora. Assim mesmo me aproximei, erguendo o queixo em desafio. Estava para nascer quem me fizesse desistir de uma batalha justa.
− Podemos conversar?
Contrariando minhas expectativas, ele puxou uma cadeira, limpou o assento com a palma da mão e fez um gesto para que eu me sentasse. Não pude recusar o convite, já que ele parecia ser homem de poucos rodeios e raras delicadezas.
− Meu nome é Paula e trabalho na …
− Naquela ONG lá no pé do morro, sei. Já te vi por ali. – Disse, mantendo o olhar firme e a voz baixa. – E o que quer por aqui?
− Aninha me pediu para pegar o bichinho dela de volta.
− O que uma menina faria com um bicho desses?
− Ela gosta muito desse porco aí.
− Porco?− Ele me olhou espantado. − É um javali!
Prestei atenção ao animal e não notei grande diferença. Criada em uma redoma, minhas referências de animais limitavam-se aos filmes da Disney. Se não era rosa e fofo, ficava aquém do meu conhecimento.
Ele riu. Alto o suficiente para me fazer encolher na cadeira. Tinha dentes lindos, só conseguia pensar nisso. Tirou os óculos e pude ver que ele não era tão velho assim. Calculei que, de banho tomado, passaria por uns trinta e cinco anos, no máximo.
Coçou os olhos e passou as mãos sobre as faces cobertas por uma barba tão cerrada que se assemelhava a musgo. Tudo ali era estranhamente pegajoso, apropriado a um deslocado conto de terror.
− Melhor você ir agora. Até chegar ao chão, leva o entardecer.
Sua voz manteve um tom suave, que me fez sentir a poesia nas palavras e no olhar. Difícil definir o que se estabeleceu entre nós naquele instante. Quando o silêncio pousou asas, nos desnudamos de quaisquer verdades. Aflitos, agarramos o momento como se apresentou. Não haveria melhor sorte do que aquela.
Téo levou-me até o começo da trilha e esperou que eu me distanciasse.
Ele sabia e eu também. Estava claro que voltaria. E voltei.
Com a desculpa de obter notícias do “porco” Quinzinho, passei a me encontrar com Téo quase diariamente. Ele não questionava meus motivos e eu não fazia perguntas sobre coisa alguma. Àquela altura, só desejava ficar ali, sem raciocinar sobre o que estava sentindo. Era jovem e a insensatez me era permitida.
Aos poucos, larguei meu trabalho na ONG, afastei-me da faculdade e fui ficando cada vez mais lá em cima. Não me preocupei com família, estudo ou trabalho. Estava vivendo em outro mundo, quiçá em outro universo.
Téo cedeu cama, privacidade e desejo. Cozinhávamos juntos e relíamos o silêncio um do outro. Quinzinho, o javali, crescia muito rápido e ostentava espetacular forma selvagem. No entanto, era bastante dócil na presença de seu dono, como se os dois pudessem se comunicar. Era tudo bem estranho para mim, mas mesmo assim, me apeguei também ao bicho.
Passei tanto tempo com aquele homem que acabei por ignorar o seu aspecto rústico. Na verdade, não custei muito a apreciar as suas maneiras tão peculiares. Téo já havia percebido que eu preferia andar de mãos dadas a tê-las atadas às costas. Assim como eu aprendi a decifrar todas as notas que vinham dele. Memorizava cada franzir de testa e o tom do discurso monossilábico que emitia cada vez que ficava contrariado.
Tive de descer o morro algumas vezes, me afastando do encantamento para buscar um pouco da minha própria vida. Foi assim que tomei conhecimento dos boatos. Diziam que Téo havia sequestrado uma jovem da zona sul. Logo, entendi que estavam falando de mim. A loira da ONG, ouvi uma mulher comentar com outra:
− Uma dessas vagabundas que vêm aqui mais para infernizar nossa vida do que ajudar. Tomara que ele tenha dado fim nela, mesmo. Essas patricinhas pensam que são quem?
Tivemos nossa primeira e última briga naquela tarde. Ele decidiu que já era hora de eu voltar para casa e seguir meu destino.
− Mas minha vida é isso aqui!
− Não pode chamar isso de vida, menina. – Téo estendeu os braços orientando meus olhos pelo ambiente. − Olha isso! O que há aqui nem é futuro, nem presente. Já se veste de passado e não presta como caminho para ninguém.
− Vou ficar.
− Se você não for embora, eu terei de ir. – Disse com a voz trêmula como se escondesse alguma intenção a mais.
Ignorei a ameaça de Téo. Eu sabia que, da maneira dele, queria que eu ficasse. Sabia que precisava de mim. Concordei comigo mesma: ele me amava.
Mas Téo não era homem de ameaças vãs. Durante a noite, acordei e percebi que estava sozinha. Espiei pela janela e pude ver a silhueta gigante desembaraçando a escuridão. Pensei em chamá-lo, mas minha voz secou na garganta, sem fuga.
No meio daquela noite fria de julho, com as botas sujas de lama e a alma destituída de esperança, Téo partiu. Coberto com as vestes mais pesadas que alguém pudesse escolher e o olhar camuflado pelos óculos grossos, ele se foi. O andar desengonçado denunciava seu trajeto com passos chacoalhando o mundo a sua volta.
Vesti uma capa por cima do pijama e calcei minhas galochas. Fui atrás dele, esperando que desistisse de me abandonar. Mantive uma distância cautelosa, até poder decidir o que faria. Ele continuava a caminhar por uma trilha que eu, até então, desconhecia.
Tentei enxergar uma saída, mas senti o vazio abrir as asas sobre mim. Chamei pelo nome, pelo desejo, pelo amanhã. Ergui os olhos sob a benção da lua. Ela estava ainda lá. Nos olhos dele.
− Você fica aqui. – Escutei a voz dele ecoar pela mata.
Parei, quase em pronta obediência e, então, pude observar melhor o quadro que se desfazia a cada passo. Téo carregava uma mala e puxava Quinzinho, preso por uma corrente. O javali acompanhava o ritmo de seu dono, sem qualquer resistência.
A lua, fatiada em minguante declaração, trazia tênue luz àquele adeus. Téo se virou por um breve momento e sorriu. Ou julguei que o fez. Guardei aquele sorriso como quem esconde a adaga de um cúmplice.
Nunca mais soube dele.
Às vezes, retorno ao morro. Subo pela encosta e sigo até a passagem escondida. Mas, sempre paro no mesmo ponto, na mesma encruzilhada em que os nossos destinos se desapegaram.
Ali, ainda posso crer. Nas histórias que contei para mim mesma. Em Téo e o seu javali.
Opa, enfim um texto sabrinesco! Ainda mais com esse Blondie como pseudônimo, rs. Tô brincando, porque me disseram que esse conto era de certa pessoa… Mas quanto ao sabrinesco, é sabrinesco de respeito, tá ligado? Textos com amor não ofendem ninguém, pois sim! Quanto ao tema, acredita que esteja coerente, sim, mas não fiquei muito apegada a isso a essa altura do campeonato. Cumpriu-se, pronto. No geral, gostei do conto, um estilo de narrar que eu chamo de firme, porque enquanto leio imagino como se fosse realidade mesmo. E isso é uma das coisas que eu mais gosto em uma leitura, independente se fantástico ou não. Bom trabalho!
Oi, Bibi, tudo bem contigo?
Gostou da minha história sabrinesca? Já assumi o estilo mesmo. Sendo um conto sabrinesco de respeito, tá valendo.
Gostei muito do seu comentário generoso e da leitura atenciosa. Téo também teria gostado. Sniff 😦
E para você, uma música escolhida a dedo (após investigar sua página no facebook…rs). Pensei em uma música coreana, mas daí achei que esta aqui tinha mais o jeitinho do romance Téo e Paula.
Que seja (Bicho de Pé)
Sempre que estou perto de você sinto algo diferente
Como se te conhecesse bem, creio ter certeza
Que encontrei um grande amor
Que vai me trazer a paz
Que vai me fazer feliz
Carinho, colo e muito mais
Agora que sei o que sinto
Preciso contar pra você
Entregar-te meu futuro, esperar pra ver
Se os nosso caminhos se encontram
Se o meu destino é você
Se os nossos corpos se entendem, nossas almas
(…)
Tomara que seja amor pra vida inteira
Que seja amor de qualquer maneira
Tomara que seja amor pra vida inteira
Que seja amor de qualquer maneira
Tomara que seja amor pra vida inteira
Que seja amor de qualquer maneira
Beijos da sua fã Blondie.
Adorei! Mas olha, esse negócio de “sabrinesco” é intriga da oposição, que já li muito livrinho do tipo e você sabe que não é assim, rs… Mas aqui o sabrinesco e o novelesco não animam muito os outros. =,(
(Prezado Autor: antes dos comentários, alerto que minha análise deve se restringir aos pontos que, na minha percepção, podem ser mais trabalhados, sem intenção de passar uma crítica literária, mas uma impressão de leitor. Espero que essas observações possam ajudá-lo a se aprimorar, assim com a leitura de seu conto também me ajudou. Um grande abraço).
Mais uma história (Blondie)
ADEQUAÇÃO AO TEMA: tem, com a partida de Teo. Mas a caracterização da cena não influi muito na história – se ele estivesse de bermudas e com um cachorro, o efeito seria mais ou menos o mesmo.
ASPECTOS TÉCNICOS: o preâmbulo teve uma característica teatral, que me agradou. Quando a história realmente começa, encaminha-se para uma narrativa mais cotidiana, ligada a um universo próximo e, ao mesmo tempo, fora da realidade da maioria de nós, leitores. Um certo tom de romantismo quanto à vida na comunidade, e a paixão da protagonista por Teo Tosco é o que se convencionou chamar por aqui de “sabrinesca”.
EFEITO: um texto doce e amargo, ao mesmo tempo, mas que me deixou com a impressão de exagero e imprecisão. Desculpe, autor, não consegui me conectar – para mim, foi só mais uma história.
Oi, Dan, tudo bem contigo?
Lá vem você também com essa história de “sabrinesco”. Nem vou tentar entender isso, viu? Mas tudo bem, entendi que você gostou do começo teatral (gosta de um drama, hein, moço?) e torceu o nariz para o meu desenvolvimento exagerado e impreciso. Mas o que posso fazer? Minha história foi assim mesmo: imprecisa e exagerada em emoções ( sabrinescas? arghhhh).
Agradeço pelo comentário com uma música. Espero que goste.
Wish You Were Here
(Pink Floyd)
So, so you think you can tell
Heaven from hell?
Blue skies from pain?
Can you tell a green field
From a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?
Did they get you to trade
Your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
Did you exchange
A walk on part in the war
For a lead role in a cage?
How I wish
How I wish you were here
We’re just two lost souls
Swimming in a fish bowl
Year after year
Running over the same old ground
What have we found?
The same old fears
Wish you were here
Abraço da Blondie, dramática, imprecisa e quiçá sabrinesca. 😛
Um conto com construções bonitas e um clima infanto-juvenil, daquelas histórias que líamos quando criança. Alguns pontos achei meio “difíceis de acreditar”, como a moça largar tudo e começar a viver com um estranho, mas a maneira como foi descrevendo as situações me fez comprar a história. Gostei da interação entre a garotinha e o porquinho, foram bem realistas. Um outro ponto legal é que há diversos momentos mais informais, eu ri bastante quando ela procura alguma deficiência na garota (será que era pra rir, mesmo? Eita). Já vi a letra da música aqui por baixo, e o conto fala sobre essas chegadas e partidas que temos pela vida. Nem tudo é para sempre, infelizmente ou felizmente. O final achei meio “ué?”, não sei porque.
Olá! Para organizar melhor, dividirei minha avaliação entre aspectos técnicos (ortografia, organização, estética), aspectos subjetivos (criatividade, apelo emocional) e minha compreensão geral sobre o conto. Tentarei comentar sem conferir antes a opinião dos colegas, mantendo meu feedback o mais natural possível. Peço desculpas prévias se acabar “chovendo no molhado” em algum ponto.
****
Aspectos técnicos: a organização deste conto foi muito bem feita. É como se a narradora tivesse consciência de seu papel – o que lhe dá total domínio sobre os detalhes que quer contar e o tempo certo de cada um vir à tona. A estética é razoavelmente comum, limitando-se ao necessário para manter a narrativa clara. O tema está literalmente presente em todos os seus detalhes.
Aspectos subjetivos: conseguiu tirar uma história “romântica” de um aviador com um javali, há de se reconhecer sua criatividade. Percebe-se também a sensibilidade ao tratar dos sentimentos de seus personagens – não é uma “paixão sabrinesca” escrachada, é forte na sutileza que carrega.
Compreensão geral: tenho uma crítica a fazer… e a coitada da menina? Foi abandonada pelo porco e pela narradora, mas cumpriu seu papel de criar o elo inicial na história. Torci para que Téo deixasse o Quinzinho com ela ao final, devo confessar.
Parabéns e boa sorte.
P.S.: Blondie me lembra o modo como “o feio” chamava o personagem do Clint Eastwood em “Três homens em conflito”, mas acho que não tem nenhuma relação com o pseudônimo, não é?
Oi, Wenny, tudo bem contigo?
Ainda bem que não achou minha história de amor “sabrinesca” – seja lá o que isso queira dizer.
Meu apelido nada tem a ver com Clint, embora ele me lembre um pouco do Téo… Sei lá, uma coisa rústica, sabe como é?
Música para você… Não, não é minha.
Heart Of Glass (Blondie)
Once I had a love and it was a gas
Soon turned out, I had a heart of glass
Seemed like the real thing, only to find
Mucho mistrust, love’s gone behind
Once I had a love and it was divine
Soon found out I was losing my mind
Seemed like the real thing, but I was so blind
Mucho mistrust, love’s gone behind
In between, what I find is pleasing and I’m feeling fine,
love is so confusing there’s no peace of mind
If I fear I’m losing you
It’s just no good, you teasing like you do
(…)
Abraço da Blondie
Achei um conto regular, a história de uma moça que se paixona por um homem de aspecto rude, de vida misteriosa, que depois de algum tempo vai embora sem dizer a razão. Nem eu consegui saber o que ele fazia. A apropriação do javali ficou meio estranha, a existência da menina no conto, foi apenas o meio com que ela chegou ao homem. Podia ser desnecessário, mas fica como “coisas do Destino”. No lugar de “ossos sobressaltados” (alarmado, inquieto) eu colocaria, saliente (ressaltado, protuberante, pontudo). Com o limite de palavras, você não conseguiu desenvolver bem a história, mas poderá reescreve-la, contando mais detalhes sobre o homem.
Não que eu esteja interessado nele, é claro. kkkkkkkkkk!
Oi, Toninho, tudo bem contigo?
Regular me faz pensar em “morno” e isso já me foi dito que não é um bom sinal por aqui.
O emprego de “sobressaltados” não foi um engano. Gosto de utilizar palavras onde são menos esperadas. A ideia era essa mesma: ossos que combinassem com a inquieta Aninha. Ossos que se mexem e se exibem no corre-corre da menina.
Não posso reescrever esta história, pois ela aconteceu assim mesmo. Téo continua sendo um mistério, mas não é tão rude quanto parece a primeira vista. Só um solitário que decidiu que seria melhor se afastar para não me prejudicar. Fofo!
Seja como for, Téo despertou o seu interesse como personagem.. e isso é bom!
Segue música como agradecimento pelo seu comentário.
When We Were Young
(Adele)
Everybody loves the things you do
From the way you talk
To the way you move
Everybody here is watching you
‘Cause you feel like home
You’re like a dream come true
But if by chance you’re here alone
Can I have a moment
Before I go?
‘Cause I’ve been by myself all night long
Hoping you’re someone I used to know
Abraço sobressaltado da Blondie
Que texto poético em ,muito bom,muito bonito.
Você escreveu um conto doce demais para a imagem proposta, foi original.
O conto mesmo carregado de simplicidade, ficou bem emocionante. Me perdi no meio do texto quando o foco mudou, mas tudo bem. Boa sorte.
OI, Rai, tudo bem contigo?
Fico tão boba quando falam que minha história transformou-se em poesia…Ai, ai, ai…
Minha vida foi assim mesmo: simples, mas bem emocionante.
Já que você se perdeu no meio do texto, vou escolher uma música que talvez ajude a manter o foco.
O Mundo é Um Moinho
(Cartola)
Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás a beira do abismo
Abismo que cavaste com teus pés
Abraço da Blondie, simples como poesia de criança.
Olá, infelizmente não gostei. Acredito que os elementos mais importantes do conto soaram forçados e aleatórios. Primeira a menina que do nada quer um porco, aí se introduz o porco na história, depois ela faz uma “amizade” improvável com essa personagem da ONG, e as duas encontram o Téo, que no início é velho, sujo, e depois é novo. Então, sem muitas explicações, a personagem da ONG e Téo engatam um relacionamento meio forçado. A moça abandona tudo e fica ali, do nada? Certo, bacana, mas as atitudes dos personagens soam fracas e sem motivações, tornando meio difícil de acreditar que tudo isso poderia acontecer. Talvez fosse o caso de ter mais espaço para o autor ou autora desenvolver as personalidades deles e nos fizesse entender pq eles agiram dessa forma.
Eu gostei da escrita, só achei a história fraca de alicerces. Desculpa : /
Oi, Luna, tudo bem?
Nem vou brincar com você porque já vi que não agradei e, apesar do meu histórico, evito impor minha presença. Alguma coisa, aprendi com a partida do Téo.
Ah, se o amor tivesse sempre alicerces concretos e lógicos, como tudo seria mais simples na vida,não?
Pelo menos, você já foi direto ao ponto e agradeço por isso. Não gostei, não gostei mesmo, li, li mesmo e não gostei de verdade. Só por isso, vou te perdoar… eu acho…ou não…rs
E assim, segue a música escolhida para você:
Regra Três
(Toquinho e Vinícius)
Tantas você fez que ela cansou
Porque você, rapaz
Abusou da regra três
Onde menos vale mais
Da primeira vez ela chorou
Mas resolveu ficar
É que os momentos felizes
Tinham deixado raízes no seu penar
Depois perdeu a esperança
Porque o perdão também cansa de perdoar
Tem sempre o dia em que a casa cai
Pois vai curtir seu deserto, vai.
Mas deixe a lâmpada acesa
Se algum dia a tristeza quiser entrar
E uma bebida por perto
Porque você pode estar certo que vai chorar
Abraço da Blondie.
Um bom conto, sem dúvida. Não estou certo se é uma história de amor, mas a narrativa incute essa ideia. O começo da história parece desenhar um caminho diferente do que realmente toma, mas é interessante. Achei bem adequado ao tema e se nota que a história foi escrita justamente em função do tema do desafio. Alguns trechos nos oferecem constatações interessantes sobre a vida, é um tanto poético, portanto, um trabalho bem feito.
Parabéns pelo trabalho, Blondie.
Oi, Fê, tudo bem contigo?
Fico contente por você ter gostado do meu conto. E, sim, é uma história de amor. Foi assim que vivi esse tempo – com muito amor e certa poesia.
Para você, que parece curtir Los Hermanos, vamos de Mallu Magalhães, que ilustra bem a passagem do tempo e minhas mudanças.
Velha e Louca
(Mallu Magalhães)
Pode falar que eu não ligo
Agora, amigo
Eu tô em outra
Eu tô ficando velha
Eu tô ficando louca
Pode avisar que eu não vou
Oh oh oh
Eu tô na estrada
Eu nunca sei da hora
Eu nunca sei de nada
Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho
Que hoje eu passei batom vermelho
Eu tenho tido a alegria como dom
Em cada canto eu vejo o lado bom
Pode falar que nem ligo
Agora eu sigo
O meu nariz
Respiro fundo e canto
Mesmo que um tanto rouca
Pode falar, não importa
O que tenho de torta
Eu tenho de feliz
Eu vou cambaleando
De perna bamba e solta
(…)
Abraço da Blondie.
INÍCIO dramático, um tiquinho além da conta. Até que enfim uma TRADUÇÃO DA IMAGEM em forma de uma bela história de amor contemporânea. O estilo é marcante e envolvente. A trama charmosíssima e escrita por uma dama (ou cavalheiro). Mal dá para supor que rolou sexo; não, não é só mais uma história.
EFEITO perda total: O Téo Tosco perdeu o barraco, a narradora perdeu o juízo e o amor da sua vida, Aninha, perdeu o porco feioso e, a maior sacanagem, o javali perdeu a liberdade de correr pelas estonteantes vielas da sua comunidade.
Oi, Catita, tudo bem contigo?
Passei um pouco do limite suportável do drama, né? Mas é a vida, ou melhor, foi a vida, a minha vida.
Hummm…. me considera uma dama? Que surpresa, moça. Adorei saber que achou a trama charmosíssima. Isso me fez lembrar de Téo, que apesar das camadas de tosquice, era um homem cheio de charme (ou será que minha mente adolescente o enxergou assim?).
Enfim, procurei uma música para você e adivinhe? Drama, drama, drama.
Impossivel Acreditar Que Perdi Você
(Márcio Greyck)
Não, eu não consigo
Acreditar
No que aconteceu
É um sonho meu
Nada se acabou
Não, é impossível
Eu não consigo
Viver sem você
Volte e venha ver
Tudo em mim mudou
Eu já não consigo
Mais viver dentro de mim
E, e viver assim
É quase morrer
Venha me dizer sorrindo
Que você brincou
E que ainda é meu
Só meu, o seu amor
Beijos da Drama (Dama) Queen Blondie.
Olá!
Usarei o padrão de avaliação sugerido pelo EntreContos, assim garanto o mesmo critério para todos:
* Adequação ao tema: foi feita de uma maneira muito elegante, destoando um pouco da tendência maligna que a maioria destinou as personagens.
* Qualidade da escrita (gramática, pontuação): nada que eu tenha percebido ou que tenha comprometido a leitura. Percebe-se que ouve um cuidado para entregar um texto revisado, polido e agradável de ser lido.
* Desenvolvimento de personagens, qualidade literária (figuras de linguagem, descrições, diálogos): bem desenvolvidos e cativantes.
* Enredo (coerência, criatividade): conto coerente e com dose de criatividade mediana, se considerarmos que diante de tantas surpresas criativas que vemos nas redes sociais, acabamos mais exigentes com o que consideramos ‘criativo’.
De um modo geral foi um conto que valeu muito a leitura.
Parabéns e boa sorte no Desafio!
Oi, MaThom, tudo bem contigo?
Que bom que você considerou válida a leitura da minha história. Realmente, não fui muito criativa, mas a culpa não foi minha, já que a vida quis assim e eu apenas relatei os fatos.
Cuidado com as surpresas nas redes sociais, de exigência em exigência, pode acabar se decepcionando ou, o que é pior, se apaixonando.
Uma música para você…
Dor Elegante
(Itamar Assumpção e Paulo Leminski)
Um homem com uma dor
É muito mais elegante
Caminha assim de lado
Com se chegando atrasado
Chegasse mais adiante
Carrega o peso da dor
Como se portasse medalhas
Uma coroa, um milhão de dólares
Ou coisa que os valha
Ópios, edens, analgésicos
Não me toquem nessa dor
Ela é tudo o que me sobra
Sofrer vai ser a minha última obra
Abraço da Blondie
Haha, uma história cheia de amor, onde todo mundo da imagem tem direito a um pedaço… grande ideia, um verdadeiro sonho de uma noite de verão. A autora, além disso, acabou com dois relacionamentos em menos de 2000 palavras. Pior que é assim mesmo. No entanto, depois que a dor acaba fica o orgulho por ter habitado a infinidade. Quanto só estilo, romanticíssimo, a desrespeitar barreiras, relembra uma famosa música:
Volver a Los 17
(Violeta Parra)
Volver a los 17
Después de vivir un siglo
Es como decifrar signos
Sin ser sabio competente,
Volver a ser de repente
Tan frágil como un segundo,
Volver a sentir profundo
Como un niño frente a dios,
Eso es lo que siento yo
En este instante fecundo.
Se va enredando, enredando,
Como en el muro la hiedra,
Y va brotando, brotando,
Como el musguito en la piedra.
Ay si si si
Mi paso retrocedido
Cuando el de ustedes avanza,
El arco de las alianzas
Ha penetrado en mi nido,
Con todo su colorido
Se ha paseado por mis venas
Y hasta las duras cadenas
Con que nos ata el destino
Es como un diamante fino
Que alumbra mi alma serena.
Lo que puede el sentimiento
No lo ha podido el saber,
Ni el mas claro proceder
Ni el más ancho pensamiento,
Todo lo cambia el momento
Cual mago condescendiente,
Nos aleja dulcemente
De rencores y violencias,
Sólo el amor con su ciencia
Nos vuelve tan inocentes.
El amor es torbellino
De pureza original,
Hasta el feroz animal
Susurra su dulce trino,
Detiene a los peregrinos,
Libera a los prisioneros,
El amor con sus esmeros
Al viejo lo vuelve niño
Y al malo solo el cariño
Lo vuelve puro y sincero.
De par en par en la ventana
Se abrió como por encanto,
Entró el amor con su manto
Como una tibia mañana,
Al son de su bella diana
Hizo brotar el jazmín,
Volando cual serafín
Al cielo le puso aretes
Y mis años en diecisiete
Los convirtió el querubín.
Ainda, que, no caso, seja volver a los 19
Caro Wil, como está?
Os 19 anos não voltam mais, a não ser nas lembranças que carrego em minha alma. E que bom que é assim.
Habitei a infinitude, sei que sim. Alguns dirão que foi tudo ilusão, mas meus passos não negarei jamais.
Ilusão
(Compositores: Arnaldo Antunes / Julieta Venegas / Marisa Monte)
Uma vez eu tive uma ilusão
E não soube o que fazer
Não soube o que fazer
Com ela
Não soube o que fazer
E ela se foi
Porque eu a deixei
Por que eu a deixei?
Não sei
Eu só sei que ela se foi
Mi corazón desde entonces
La llora diario
No portão
Por ella no supe que hacer
y se me fue
Porque la dejé
Por que la dejé?
No sé
Solo sé que se me fue
Sei que tudo o que eu queria
Deixei tudo o que eu queria
Porque não me deixei tentar
Vivê-la feliz
É a ilusão de que volte
O que me faça feliz
Faça viver
(…)
Abraço da sempre romântica Blondie
Olá Blondie,
Minha vontade inicialmente é aproveitar a sua história e entrevistar você sobre esse mistério dos mistérios que é a alma feminina. Mas vou deixar isso para o final.
Quanto ao seu texto, achei bem interessante, uma escrita bonita. Não vi erros gramaticais e consegui seguir na leitura sem problemas. No início, achei que a narrativa demorou um pouco para engatar e o fluxo de consciência me deixou meio perdido. Talvez tão perdido quanto a sua personagem. Se essa era a intenção, funcionou.
Gostei também da prosa poética. Alguns trechos ficaram muito bonitos, como este: “A lua, fatiada em minguante declaração, trazia tênue luz àquele adeus.” – muito bonito. Parabéns.
Concluindo o meu comentário quanto ao seu texto, achei que você não desenvolveu muito bem os personagens, especialmente o Téo. Achei que você misturou muito os extremos no caso dele: primeiro o cara é velho, depois na verdade ele é novo; primeiro ele só fala com grosserias “Agora, vocês duas, fora daqui!”, depois ele é o suprassumo do galã de novela “Sua voz manteve um tom suave, que me fez sentir a poesia nas palavras e no olhar.”. Essa dicotomia, na minha opinião, atrapalhou um pouco a minha conexão com o personagem.
E é aí que vem a minha pergunta pra você, baseada no seu texto, mas voltada mais para a vida real. Existe mesmo isso de um cara não falar absolutamente nada e a mulher ficar completamente caidinha por ele, fazer tudo por ele, querer ir morar com ele, chorar para ele não ir embora, querer se matar porque ele se foi etc etc?
Talvez seja a minha feiura crônica (talvez, não, com certeza é isso), mas essa idéia de que basta o cara “existir” na frente da mulher para ela começar a tirar a roupa, querer se entregar de corpo e alma pra ele, decidir largar tudo na vida para ser só dele pela eternidade, tudo isso sempre me pareceu um exagero desmedido. Mas já vi isso diversas vezes em filmes e novelas. Então, por favor, mate a minha curiosidade, isso existe mesmo?
Um abraço!
Oi, Thi, tudo bem contigo, meu lindo?
Então, vamos por partes, porque já vi que você é do tipo que faz pergunta difícil só para confundir a loira aqui.
Téo foi rude a princípio porque estava acostumado a viver só e, de repente, aparecem no seu território uma patricinha e uma menina desembestada atrás de um javali. Vooê seria mais dócil, acredito, mas aquele era o jeitão dele. Perceba que, quando eu voltei lá, sozinha para tentar uma negociação (mentira, porque eu estava mesmo é interessada naquele homem estranho), ele já foi bem mais gentil, me oferecendo uma cadeira (até limpou pra mim, lembra?). Ele é rústico, mas de alma elegante. Eu nunca disse que ele era um velho, só afirmei que, de banho tomado, ele pareceria ter uns 35 anos no máximo. Há tantos mistérios sobre Téo que não dou conta de decifrar, quanto mais te explicar.
Paixão à primeira vista existe? Não sei, mas que algo aconteceu quando coloquei os olhos em Téo, isso é verdade. No entanto, eu só tinha 19 anos e estava numa fase de rebeldia. Hoje, já bem mais madura, acredito que o amor vem aos poucos e se estabelece se encontrar terreno propício para isso. O que sei, meu caro, é que o amor é lindo em qualquer fase, de qualquer cor, de qualquer jeito.
Música para você
Amor a Primeira Vista (Jorge Aragão)
A primeira vez que te olhei
O meu coração disparou
E tão de repente eu notei
Que alguma coisa mudou…
Deu uma vontade
De me declarar
Posso até dizer
Que eu nunca senti…
Amor à primeira vista
Força dessa conquista
Fez a gente se revelar
Se isso for verdadeiro
Me entrego de corpo inteiro
Tenho tanto amor prá dar…(2x)
Abraço da amiga Blondie.
Olá Blondie. Também pensei em contar uma história de amor entre o velhote da foto e uma adolescente, mas meu marido não deixou dizendo que era perversão. Você foi esperta e resolveu a hipótese desagradável de perversão dizendo que o sujeito de banho tomado parecia ter 35. Seu conto me rendeu uma leitura agradável. Está muito bem escrito com destaque para as construções poéticas. Não acrescentam à trama, mas deleitaram essa leitora. Gostei também da sua narradora que me convenceu como uma jovem romântica e apaixonada. Não me agradou muito no seu conto a parte da Aninha com o javali. Acho que fez seu conto perder um pouquinho na unidade do enredo. Preferia um ou dois parágrafos narrando a história da garota quando as duas se encontram e só. O javali se integrou ao enredo, mas a imagem do sujeito de capa e óculos ficou pra lá de forçada. Mas isso não será relevante na minha avaliação, já que o raio dessa imagem atrapalhou a maioria dos contos. No geral, o conto me agradou. Parabéns pelo trabalho e boa sorte! Abraço.
Oi,Eli + Isa, tudo bem contigo?
Que pena que não escreveu o seu conto pervertido. Na verdade, quando relatei minha história nem pensei nesta questão. Já era maior de idade e Téo nem era tão mais velho assim, só estava acabadinho mesmo.
Aninha sumiria do enredo? Gosto dessa guria, mesmo que seja bem levada.
Para você, uma música em agradecimento pelo gentil comentário.
Só Tinha de Ser Com Você (Tom Jobim)
É, só eu sei
Quanto amor eu guardei
Sem saber que era só prá você
É, só tinha de ser com você
Havia de ser prá você
Senão era mais uma dor
Senão não seria o amor
Aquele que a gente não vê
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você
Beijos da Blondie, que já não é mais uma adolescente.
Olá autor/a.
Seu conto foi bem escrito e estruturada, narrativa fluida e uma história original, que fornece várias teorias e nenhuma explicação.
O maior erro e acerto é questão de nenhuma explicação, funciona em alguns casos e em outros não, infelizmente no seu caso não combinou muito. A trama de Quinzinho não se desenvolve e é ignorada, o Téo não desperta empatia, seja por falta de diálogos ou de um background pro personagem.
Gostei da história, foi bem original, porém, poderia ser melhor desenvolvida em vários pontos e poderia explicar certas partes.
Boa sorte no desafio e nos presenteie com mais obras,
Abraços.
Oi, Vic, tudo bem?
O seu comentário deixou-me um tanto confusa – erro e acerto/nenhuma explicação que funciona e não funciona.
Entendi que Quinzinho e Téo morreram por falta de diálogos e de espaço na trama.
Gostou da história, mas meio que odiou também. Tá certo, entendi.. ou não.
Música para você
Eu Te Devoro (Djavan)
Teus sinais me confundem da cabeça aos pés
Mas por dentro eu te devoro
Teu olhar não me diz exato quem tu és
Mesmo assim eu te devoro
Te devoraria a qualquer preço
Porque te ignoro ou te conheço
Quando chove ou quando faz frio
Noutro plano, te devoraria tal Caetano
A Leonardo DiCaprio
É um milagre
Tudo que Deus criou pensando em você
Fez a Via-Láctea, fez os dinossauros
Sem pensar em nada, fez a minha vida
E te deu
Sem contar os dias que me faz morrer
Sem saber de ti, jogado à solidão
Mas se quer saber se eu quero outra vida
Não, não!
Abraço da Blondie … ou não.
Um conto simplório, talvez de amor? Bem escrito, fluente, mas com a condição de serem duas narrativas em uma só. Primeiro o porquinho da Aninha, depois do Téo, sem muitas mais explicações de como a menina desistiu dele, aparentemente, muito facilmente, apesar de adorar o porquinho/javali. Reafirmando, sem muito conteúdo. Atendeu o desafio com relação a foto.
Oi, Ci, tudo bem contigo?
Fui eu lá consultar o dicionário porque sempre impliquei com esse adjetivo “simplório” – ingênuo ou tolo. Tá bom, aceito que considerou o conto tolinho e com duas cabeças, digo, duas narrativas.
Só porque sou loira, não quer dizer que não tenho conteúdo, hein…
Música para você:
Não Fui Eu (Paula Fernandes)
Ei, escuta, para de agir feito criança
Escuta, sinto em te dizer, mas foi você quem procurou
Quem partiu um coração, não fui eu
Ei, escuta, tudo nessa vida tem seu preço
Escuta, se chegou a hora de colher o que plantou
Você mesmo quem regou, não fui eu
Não fui eu
Eu sei o que dirá
Vai me culpar
Por um erro seu
Se alguém me perguntar
Irei dizer que não fui eu
Não fui eu
Abraço da Blondie
Um conto formalmente bem escrito. No entanto tenho observações quanto ao conteudo.
A história é mais sobre o romance da patricinha pelo Teo, do que do amor da menina pelo javali. A menina aparece no primeiro terço da história e depois some.
A autora não explica por que Joca ofereceu o javali ao invés de um porco.
E faltou dizer mais alguma coisa sobre o Teo. Por que o javali foi ter com ele?
Oi, Mazi, tudo bem contigo?
Sim, você tem razão, me concentrei mais no meu romance com Téo do que com Aninha e o javali. Mas quem nunca?
Joca foi enrolado pelo amigo que não tinha um porquinho para oferecer e precisava se livrar daquele filhote de javali. Joca percebeu que havia algo errado, mas pensou – “aquilo teria de servir”.
Algumas coisas acontecem sem explicação. Simplesmente, acontecem. Assim é a vida.
Aonde Quer Que Eu Vá (Os Paralamas do Sucesso)
Olhos fechados
Pra te encontrar
Não estou ao seu lado
Mas posso sonhar
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
Não sei bem certo
Se é só ilusão
Se é você já perto
Se é intuição
E aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
Longe daqui
Longe de tudo
Meus sonhos vão te buscar
Volta pra mim
Vem pro meu mundo
Eu sempre vou te esperar
Larará! Lararára!
Abraço da Blondie
Olá, Blondie.
Resolvi adotar um padrão de avaliação. Como sugerido pelo EntreContos. Vamos lá:
Adequação ao tema:
Todos os elementos da imagem-tema estiveram presentes: homem encasacado, javali, mala.
Qualidade da escrita (gramática, pontuação):
O conto é muito bem escrito; não encontrei erros por apontar. Há muita fluidez e alguma prosa poética também, resultando numa leitura muito agradável.
Desenvolvimento de personagens, qualidade literária (figuras de linguagem, descrições, diálogos):
A personagem-narradora foi muito bem construída, porém Téo e a menina ficaram um pouco “genéricos”. Os diálogos estão bem naturais.
Enredo (coerência, criatividade):
Achei o enredo muito simples, deixando talvez muitas questões em aberto. Como que Aninha desistiu tão fácil do Quinzinho? Quem era, afinal, o Téo? Traficante, bandido de algum tipo, ou apenas um outsider? Por que ele resolveu tomar o javali da menina? Algum conflito maior teria dado talvez mais “tempero” ao enredo.
Abraços e boa sorte no desafio.
Oi, Rubinho, tudo bem?
Pois então, compreendo o que quis dizer. Faltou aprofundamento nos personagens Téo e Aninha. Eu realmente tive de me fixar na minha visão da história pelo limite de palavras.
A menina seguiu o seu caminho, tendo notícias de Quinzinho, mas ele não era o porquinho que tinha imaginado mesmo. Um outro bichinho aliviou as saudades. Deveria ter explicado isso, eu sei.
Téo não era alguém fácil de ser definido. Permanece um mistério para mim, que dirá para o leitor? Pelo o que entendi, ele resolveu ficar com o Quinzinho porque percebeu logo que era um javali e não devia ser tratado como um animal de estimação por uma menininha. Sei lá, rolou um clima entre os dois – javali e o bicho do mato (Téo).
Mas se eu tive de explicar tudo isso, aff… acho que falhei mesmo como contadora …
Para você, uma música que diz muito do que penso sobre isso.
Primeiros Erros (Capital Inicial)
Meu caminho é cada manhã
Não procure saber onde estou
Meu destino não é de ninguém
E eu não deixo os meus passos no chão
Se você não entende não vê
Se não me vê, não entende
Não procure saber onde estou
Se o meu jeito te surpreende
Se o meu corpo virasse sol
Se a minha mente virasse sol
Mas só chove, chove
Chove, chove
Abraço da Blondie
Caro escritor, começar seu conto por um fluxo de consciência foi golpe baixo, a revelação de ordem sentimental da sua persona aflora no leitor a tão desejada empatia. Aliás, percebe-se no autor a facilidade em projetar personalidades, porque até na rápida passagem do “tio” se cria laços.
O enredo desfruta de determinados elementos que lhe conferem a devida credibilidade. O conflito, num flerte com a prosa poética, instiga-nos a envolvermos mais na estória.
Você ousou por um caminho escorregadio, mostrou os lados do amor no paralelismo socioeconômico, sem inclinar para o piegas, tão pouco para o panfletário.
A narrativa é fluída, numa linguagem simples e cuidada, discorre sob o viés feminino e seus anseios, expectativas e a descoberta do sexo.
A garotinha me lembrou alguém, e o Téo também, mais isso já é uma outra história rs
“Ainda me encanto com o tecer de mensagens”
** Quem nunca? :´(
Oi, LeeRo, tudo bem contigo, menina?
Desculpe pelo golpe baixo, mas esse é o meu jeitinho mesmo. Fluxos muito me interessam, ainda mais os que me levam para dentro das mentes. Agora essa coisa de projetar personalidades, eu desconhecia como minha habilidade.
Fiquei bem curiosa para saber de quem Aninha e Téo te fizeram lembrar. Se é uma outra história, me conte, por favor. Adoro histórias, estórias, quanto mais, melhor.
E para você, uma das minhas músicas favoritas.
Feeling Good (Nina Simone)
Birds flying high you know how I feel
Sun in the sky you know how I feel
Breeze driftin’ on by you know how I feel
It’s a new dawn
It’s a new day
It’s a new life
For me
And I’m feeling good
Beijinhos da Blondie, que está se sentindo muito bem depois de ler o seu comentário.
Nocaute!
Nina Simone ❤
Então, Blondie, você foi tão doce e mandou uma certeira da Nina que fiquei viajando em quem saberia que gosto dela… acabei não respondendo sua pergunta. Desculpe, às vezes tico e teco precisam de um empurrãozinho para sair do modo “slow motion”. rs
A Aninha me trouxe à memória uma certa garotinha que gostava de “dogão” com salsicha dupla e tudo o que tinha direito.
E o Téo, bem, até ri imaginando que essa teria sido sua vida antes de mudar o nome e se tornar cobrador de “impostos” de pequenos serviços e de “corres”. rs
Deixei-me retribuir a gentileza:
Killing Me Softly (Roberta Flack)
I heard he sang a good song
I heard he had a style
And so I came to see
And listen for a while
And there he was this young Boy
A stranger to my eyes
Struming my pain with his fingers
Singing my life with his words
Killing me softy with his song
Killing me softly with his song
Telling my whole life
With his words
Killing me softly, with his song
Beijos platinados, Blondie!
Para quem não acredita que o amor surge dos lugares mais inesperados, toma esse texto.
Adequação ao tema proposto: Alto
Criatividade: Altíssima… Quem diria que surgiria uma história romântica desse desafio?
Emoção: Deu para sentir um pouquinho do apego da narradora-personagem com o Téo.
Enredo: Seria muito bom, se a Aninha tivesse sido esquecida. Particularmente, acho que uma criança encheria o saco da narradora… Pelo menos eu escreveria desse jeito. Mas cada um escreve do jeito que bem entender.
Gramática: Não achei nenhum erro aparente.
PS: Adorei a ideia de um romance nesse desafio… Sou suspeito de falar porque eu sou romântico.
PS2: Tomei a liberdade de te mandar uma música, esperando ganhar uma…
Você abusou
“Se o quadradismo dos meus versos
Vai de encontro aos intelectos
Que não usam o coração como expressão.
Você abusou,
Tirou partido de mim, abusou.
Tirou partido de mim, abusou.
Tirou partido de mim, abusou.
Que me perdoem, se eu insisto neste tema
Mas não sei fazer poema
Ou canção que fale de outra coisa
Que não seja o amor.”
Oi, Gigi, tudo bem contigo? Deixa eu adivinhar … sua mãe curtia aquele ator Omar Sharif e resolveu que se o bebê fosse menina se chamaria Lara e se fosse menino Jivago (Dr. Yuri Zhivago)?
Fico tão contente por encontrar almas românticas por aqui! O amor pode surgir em qualquer canto ou conto. É no que eu acredito.’
E Aninha, o que faço com aquela menina, hein? Deixo crescer e pronto.
Adorei a música que me mandou. Engraçado que outro dia mesmo alguém me lembrou desta mesma música. Coincidência feliz!
E agora? Que melodia soprarei no seu ouvido?
Bem Que Se Quis (Marisa Monte)
Bem que se quis
Depois de tudo
Ainda ser feliz
Mas já não há
Caminhos pra voltar
O que que a vida fez
Da nossa vida?
O que que a gente
Não faz por amor?
(…)
Abraço da Blondie que não abusou de ninguém, só quis ser feliz. E foi.
Meu nome não é por causa do filme… KKKKKKKK Mas tantas pessoas pensam isso que eu vou trocar o motivo
A escolha da música foi muito mais pelo quadradismo dos versos prosaicos do que por um abuso da Blondie (o qual foi inexistente)
PS: Adorei a música da Marisa Monte!
O conto se inaugura com uma série de construções muito inspiradas, transbordando poesia, algo que à primeira vista parece deslocado, considerando que a narrativa ganha corpo somente no trecho em que a narradora/protagonista alude à garotinha que vive com o tio e a mãe no alto do morro. É interessante que eu, apesar de apreciar a prosa poética em geral, acabo fisgado quando a história começa a se desdobrar. Isso não foi diferente aqui, especialmente porque Aninha – a guardiã do porco – é muito cativante. Logo em seguida tem-se o sequestro do bicho e a tentativa vã da narradora em reavê-lo, sucumbindo, todavia, a uma atração inexplicável por um homem completamente diferente de todos os que já havia encontrado. A construção desse amor, considerando a exiguidade imposta pelos limites do desafio, ficou ótima, porque afinal de contas essas coisas acontecem assim mesmo, sem explicação ou razão aparente. No fim, a resignação impera, com o abandono e a separação, fazendo com que ela, a protagonista, deixe o mundo irreal que habita e seja guindada à realidade uma vez mais. Achei que ela ficaria com o javali, ao menos.
O conto revela uma sensibilidade que não se vê com frequência. Na maioria dos casos, o amor e o apego são abordados de maneira piegas e forçada. Aqui, pelo modo paulatino com que é tratado, revela-se verossímil e doloroso, um embate entre o que é realmente e o aquilo que se deseja ser. Nesse aspecto, o conto é perfeito. O único senão é o abandono de Aninha. Uma personagem trazida à luz de forma tão competente não poderia ter sido relegada ao esquecimento na primeira metade do conto. Um gancho com ela, no final, teria sido, a meu ver, o arremate perfeito.
De qualquer forma, o conto é muito bom, tanto pelo teor da narrativa, conforme dito acima, como pela maneira como foi escrito. Parabéns!
Oi, Gugu, tudo bem?
Já percebi que a maioria de vocês se apegou à Aninha. Por falta de espaço, tive de me desfazer da menina nas minhas memórias. Mas você tem razão, ela poderia aparecer no final, dando um tchauzinho pelo menos. Guria carismática tá aí!
Musiquinha para você, vamos de Queen….
Bohemian Rhapsody (Queen)
Is this the real life?
Is this just fantasy?
Caught in a landslide
No escape from reality
Open your eyes
Look up to the skies and see
I’m just a poor boy (JAVALI)
I need no sympathy
Because I’m easy come, easy go
Little high, little low
Anyway the wind blows
Doesn’t really matter to me
To me…
Abraço da Blondie, que nunca foi o que realmente quis ser, mas estamos aí.
Amo essa música! Vou aumentar a sua nota 🙂 🙂 🙂
Conto escrito de forma fluída, diferente de todos os que li até agora neste desafio. A história se assemelha a muitas que já li, de pessoas que abandonam as suas vidas para seguirem paixões. É bem contada e a adequação ao tema surge de forma elegante. É uma história contada no feminino, cheia de emoções, como seria expectável. O confronto existe – a paixão é confrontada com a realidade. E é a realidade que invariavelmente vence. Não há prova de maior amor do que o abandono de uma vida por outra pessoa.
Salve, Jorge!
Sempre desconfiei que Téo na verdade se chamava Jorge,mas isso é outra história….
O que vivi foi mais uma história como tantas por aí. A diferença é que sendo minha, as lembranças ainda me ardem.
Paixão e realidade nunca se deram bem, você tem razão. Alguém teria de ceder, não é mesmo?
Para você, uma música que Téo certamente aprovaria…
Seu Olhar (Seu Jorge)
Temos rotas a seguir
Podemos ir daqui pro mundo
Mas quero ficar porque
Quero mergulhar mais fundo
Só de me encontrar no seu olhar
Já muda tudo
Posso respirar você
E posso te enxergar no escuro
(…)
Abraço da Blondie
Gosto muito da música de Seu Jorge. À partida, vou assistir a dois concertos dele. Privilégios de estar deste lado do oceano.
Me lembrou Mária, personagem de “Felicidade conjugal” de Tolstói. Como no livro, foi bem apresentado no conto a ingenuidade do amor adolescente. A escrita é suave e agradável, passa rapidinho. “Téo Tosco” valeu algumas risadas 🙂
Forte abraço
Af.Elva, tudo bom contigo?
Não cheguei a ler “Felicidade conjugal”, mas agora fiquei bem curiosa. Acha mesmo que eu quando jovem lembrava a personagem Mária?
Olha que a alcunha Téo Tosco pode te fazer rir, mas arrancar risada daquele homem era bem difícil, viu? Só mesmo quando pensei que Quinzinho era um porquinho. Aí, ele riu mesmo.
Para você, uma das músicas que me fazem lembrar de Téo.
Eu Amo Você (Tim Maia)
Toda vez que eu olho
Toda vez que eu chamo
Toda vez que eu penso
Em lhe dar
Ah! Ah!
O meu amor
Oh! Oh!
Meu coração
(Pensa que não vai ser possível!)
De lhe encontrar
(Pensa que não vai ser possível!)
De lhe amar
(Pensa que não vai ser possível!)
De Conquistá-la
Eu amo você, menina
(…)
Abraço da Blondie, personagem (qualquer semelhança com fatos verídicos é mera coincidência…rs)
EGO (Essência, Gosto, Organização)
E: Atmosfera excelente. Prosa poética misturada a um conto normal. Romântico sem ser piegas. A essência da foto está ali, mas numa versão muito mais suave e realista.
G: Tenho certa queda por textos mais melancólicos e emotivos, apesar de minha área ser outra, e com esse não foi diferente. É bonito, tocante e triste ao mesmo tempo. Tem muito do cotidiano brasileiro sem soar forçado. As roupas surradas combinaram bem com o ambiente descrito. Mas diz uma coisa: a menininha ficou sem seu bichinho, não é? Tem um pingo de egoísmo aqui, mas a gente perdoa.
O: A escrita transborda sentimentos e flui que é uma beleza. Está nos meus preferidos pela abordagem mais ‘feliz’ da foto.
Oi, Bri (agora lembrei de queijo brie), tudo bem?
Que bom que gostou da história que contei. Sempre é bom perceber que alguém compreendeu o enredo da minha vida. Sim, você tem razão: fui bem egoísta mesmo, mas eu era muito jovem.
Aninha ficou sem Quinzinho, mas ficou bem com o seu hamster (ou ratinho, sei lá, aquele tio Joca não entendia muito de animais domésticos). E depois nem reconheceu mais o javali. Na cabecinha dela, o bicho ia ficar pequeno pra sempre. Feinho, sim, uma criatura de Deus, mas pequeno.
Simplesmente Aconteceu (Ana Carolina)
Simplesmente aconteceu
Não tem mais você e eu
No jardim dos sonhos
No primeiro raio de luar
Simplesmente amanheceu
Tudo volta a ser só eu
Nos espelhos
Nas paredes de qualquer lugar
Não tem segredo
Não tenha medo de querer voltar
A culpa é minha eu tenho vício de me machucar
De me machucar
Lentamente aconteceu
Seu olhar largou do meu
Sem destino
(…)
Abraço da Blondie
Minha primeira nota 10! êêêê! rs rs rs
===TRAMA===
Gostei muito. Você teve algumas sacadas geniais, a primeira delas sendo essa mudança de focos: primeiro Paula, em um discurso confuso para o leitor de primeira viagem (daqueles que você volta para ler depois, agora entendendo tudo, e sorri), pra depois narrar um pouco da vida da garota pobre que criou o Quinzinho na mocidade, para enfim voltar o foco á Paula.
O conto brilha pela surpresa. Não era de imaginar que Paula se apaixonasse pelo Téo. Mas a metáfora estava lá: a garota apaixonada pelo feio javali, Paula sem entender aquela paixão de criança, mas citando, como uma profecia, o conhecido provérbio: “quem ama o feio, bonito lhe parece”. Então ela mesma se vê no mesmo dilema.
O conto fala da paixão adolescente, sem filtros e sem razão. E o narra muito bem. Tudo nele é bem feito e inesperado. Téo tem um arco-íris de facetas: começa como um velho louco, para se tornar um homem endurecido pela vida, para enfim revelar um pouco da sua sensatez, deixando a garota para trás, para dar-lhe uma chance na vida.
Um conto que nos faz pensar. Gostei muito!
===TÉCNICA===
Poética. O conto todo é muito bem escrito, com frases muito bem moldadas, descrições sensacionais e personagens muito bem desenvolvidos. Não notei erros, apenas beleza.
Destaque para a frase:
“A voz surgiu forte e um tanto rouca, do jeito que ficam as vozes quando são pouco ouvidas.”
===SALDO===
NOTA DEZ!
Marquinho, seu lindo! Adorei o seu comentário tão fofo quanto você. E olha que apontou uma metáfora que eu nem tinha construído conscientemente, mas você matou a pau.
Quanta sensibilidade, rapaz!
Sensitive (Robbie Williams)
(…)
So you wanna find a real man?
Make him fall in love?
No matter how thick your skin is
Never thick enough
Someone that you can lean on
When times are tough
Maybe there’s a reason
[Chorus]
Girl, I don’t know why you get so sensitive
sensitive, sensitive
When I touch it
You get so sensitive, sensitive, sensitive
And you love it, yeah
You get so sensitive, sensitive, sensitive
Sometimes I wonder cause
Girl, I don’t know why you’re not H-A-P-P-Y
Abraço contente da Blondie.
Olá, autor. Sigamos com a avaliação. Trarei três aspectos que considero essenciais para o conto: Elementos de gênero (em que gênero literário o conto de encaixa e como ele trabalha/transgride/satiriza ele), Conteúdo (a história em si e como ela é construída) e Forma (a narrativa, a linguagem utilizada).
EG: O romance é construído de forma gradual, mas intensa. É concedido apenas um dos olhares, o da mulher, o que torna tudo ainda mais poderoso. O amor dela é quase uma devoção, irracional e fiel.
C: A história se divide em duas partes e é tão bem desenvolvida que é como se o autor entregasse dois excelentes contos. A atmosfera é bastante verossímil, assim como o são os personagens. A relação entre eles é realista e poderosa.
F: O texto começa poético, passa para um tom mais casual e retorna a poeticidade. Isso cria uma curva bastante interessante que poderia ser chamada de fórmula do conto ideal. Começo forte, diminui a intensidade no meio e fortalece de novo no final. Isso aumenta o impacto. É, há de se destacar, mesmo a parte “morna” é muito bem escrita dentro do que se propõe.
Eva.. não, melhor não te chamar assim… Querido amigo, gostei muito do seu comentário tão arrumadinho, organizado e bonzinho comigo. Gostei ainda mais porque percebeu a intensidade do romance que vivi. Tão bom quando alguém compreende a gente,né?
Agora essa coisa de “morna”, ouvi dizer que por aqui o povo não gosta muito dessa temperatura. Ou querem pelando ou congelando. Morno é para a mamadeira.
Intenso (Gusttavo Lima)
Minha vida inteira eu vivo num segundo
E pra ter você dou muito mais que o mundo
Tenho pressa de viver um grande amor
Voei no céu da solidão por longos anos
Mergulhei nas ondas de saudade no oceano
Você me acompanha aonde eu for
Seu jeito de amar é forte feito vento
Tempestade de amor e sentimento
Vem que você vai saber tudo de mim
Vivo essa paixão sem peso e sem medida
Tenho sede de você na minha vida
Vem porque eu nunca amei ninguém
E nem me entreguei assim
(…)
Abraço da Blondie, intensa, mas boa gente.
Fala, Blondie. Me mandar música do Gustavo Lima? Menos dois pontos, kkkk.
Um bom conto, utilizando a imagem-tema de forma inusitada, adorei isso. A narrativa é fluida, sem erros aparentes. Gosto muito da construção das suas frases, da escolha das palavras usadas que provocam uma singeleza sem par, e também adorei a forma direta com q vc vai aos diálogos, é muito bom de ler. Mas, apesar da delicadeza da história, não me comovi. Senti falta de alguns elementos. Mais ou menos na metade do conto, o personagem da Aninha desaparece, como se Paula tivesse simplesmente esquecido-se do propósito que a levara à casa do Téo. Isso me causou surpresa, pq a protagonista estava até então preocupada com a menina, se sentindo até culpada pelo sequestro do porco.
Tb fiquei surpresa quando Paula diz que Quinzinho “era bastante dócil na presença de seu dono”, sendo que ela sabia q Aninha é q era a dona do bicho. Será, pensei, que Paula está tããão encantada pelo Téo que se transformou em outra pessoa?… E por que não “assumir” a relação de Paula com Téo? Por que em nenhum momento a narradora Paula fala que o beijou, ou que fez amor com ele? Acho que uma jovem de 19 anos não teria problema em nos contar essa parte, ao contrário, ela o faria mesmo com aquelas doces e singelas frases que são de seu feitio. Também a coisa do pseudo sequestro foi colocada ali, mas ficou no ar. Enfim, gostei muito da ideia que o conto propõe, mas acho que faltam alguns ajustes para ficar melhor amarrado. Devo, porém, registrar minha admiração e meus parabéns pela maneira linda com que vc conta essa história, como disse o Fabio, o conto é quase todo feito de frases boas! Boa sorte!
Juju querida, fiquei bem contente com o seu comentário. Vou até te explicar umas coisinhas:
– Não me esqueci de Aninha. Você acha que aquela menina levada ia deixar alguém se esquecer dela? Impossível. Continuei levando notícias de Quinzinho para ela, mas a guria foi desencanando do javali. Joca, o tio, finalmente trouxe um hamster que ela adorou. Espero que o bichinho sobreviva!
– Voltei para casa de Téo com a desculpa (e culpa) de resgatar Quinzinho, mas o que me levou mesmo lá foi a paixão despertada no primeiro encontro.
– Passei a encarar Téo como dono legítimo do javali. Eles se entendiam tão bem, você precisava ver. No final, acho que o bicho é que escolhe o dono e não o contrário.
– Julguei que todos fossem perceber que o relacionamento de Téo com Paula não tinha nada de platônico. Ela foi morar com ele, dividiam a mesma cama. Só não fui explícita porque esse não é o meu jeitinho.
“Quando o silêncio pousou asas, nos desnudamos de quaisquer verdades. Aflitos, agarramos o momento como se apresentou. Não haveria melhor sorte do que aquela.”
“Téo cedeu cama, privacidade e desejo.”
– A história do sequestro foi invenção do povo, só porque eu desapareci da ONG e do asfalto. Tem gente com inveja que não sabe o que fazer para perturbar a felicidade alheia, viu?
Que música vou passar para você, minha linda?
Queixa (Caetano Veloso)
Um amor assim delicado
Você pega e despreza
Não devia ter despertado
Ajoelha e não reza
Dessa coisa que mete medo
Pela sua grandeza
Não sou o único culpado
Disso eu tenho a certeza
Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora me diga aonde eu vou
Senhora, serpente, princesa
Um amor assim violento
Quando torna-se mágoa
É o avesso de um sentimento
Oceano sem água
(…)
Beijinhos da Blondie
Cara Blondie, penso que toda essa sua explicação deveria ter ficado clara pra mim quando li o texto. Não digo explicita, mas clara. Por que vc não nos contou sobre o hamster da Aninha? Por que não assumiu que ia lá só pra ver o Téo, se vc antes já tinha assumido até que fazia trabalho social por rebeldia e não por ideologia? Foi explícita pra falar de culpa, mas não de sexo? Uma garota rebelde, de 19 anos, em busca de “encrenca”? Não colou… rsrs
Agora, essa música do Caetano, é das minhas preferidas e eu sei até de cor! Obrigada pelo presente! Mais uma vez, boa sorte no desafio!!!
Olá, Dona Moça, bom dia! Detectamos uma quebradora de paradigmas, aqui. Estou chegando perto do término das leituras e esta foi a versão mais original para a imagem do desafio que eu encontrei. O personagem da foto ganhou nome, personalidade e até uma namorada. O começo do seu conto não revela o que ele será a partir do sequestro do jovem javali. Dali a história ganha contornos românticos, e os personagens vão se adequando para que um se adeque ao outro neste improvável relacionamento entre pessoas tão diferentes. A sua habilidade na escrita ainda promoveu belas e poéticas imagens. Parabéns pela acertada escolha. Abraços e uma boas músicas para a trilha sonora do seu conto.
Oi, Ioio de Iaiá, tudo bem contigo, menina?
Adoro quebrar coisas, inclusive paradigmas. É o charme da minha personalidade perturbadora.
Que bom que você gostou da minha história com seus contornos românticos. Ainda bem que não veio com aquela coisa de “sabrinesco”. Tô para entender essa definição ainda.
Amuleto de Sorte (Mariene de Castro)
Quero te dar todo o amor da minha vida
Quero te dar o meu mundo e muito mais
Toda paz capaz de harmonizar o teu caminho
Um carinho assim pra você não esquecer jamais
Tudo isso porque percebi que eu te amo
Que você bate forte na minha emoção
Amuleto de sorte é assim que eu te chamo
Me rendo ao encanto da tua sedução
Meu coração é teu
Amor da minha vida
Dengo que Deus me deu
Tipo terra prometida
Meu coração é teu (teu)
Teu e de mais ninguém
Cuida do meu amor
Que ele vai muito mais além
Beijinhos da Blondie sem paradigmas
Também nunca entendi essa história de Sabrinesco. O fato é que eu gostei sim, da sua mimosa história e de vc dar uma cara nova para os personagens da foto. Saiu-se muito bem. Já estava era triste, pensando que não ia ter musiquinha para mim, rs. Um beijão, menina. Felicidades.
Narrativa simpática, linguagem romântica, agradável, imagem-tema retratada com originalidade, leitura agradável, ambiente e personagens bem construídos, título sugestivo e despretensioso. Quero uma boa música de troco: História de Amor / MC Marcinho
“Hoje pensando na vida
Lembrei de você
Dos nossos momentos das nossas noites de prazer
Cada detalhe daquela paixão, cada sorriso e cada emoção
O nosso amor era tão bonito
Parecia infinito
Mas sem medo de perceber
Tomei um choque do destino
Você me deixou
Eu nem sei por quê
Era amor que eu tinha por você”
Parabéns pela participação. Abraços.
Oi, Fê-Luana, tudo bem?
Que bom que você gostou da minha história. É só mais uma história, mas que enredo, né?
Obrigada pela música. Vou te dar o troco agora, tá?
A Vida quis assim (Oswaldo Montenegro)
Me fale das andanças ex amor
Dos melhores momentos que passou
Me fale que vou te falar dos meus
Eu tenho todo tempo pra ouvir
Os melhores momentos que eu vivi
São todos que passei ao lado teu.
Mas se você quiser não vou lembrar,
Pra não te constranger
Me ver chorar
A gente fala então do que virá
Eu tenho toda vida pela frente
E vou viver da forma mais urgente
Quem sabe um dia eu pare de te amar.
E mesmo que isso possa acontecer
Eu vou sentir saudade de você
Que culpa pode ter o coração
Que pena que a vida quis assim
Você viver feliz longe de mim
A dor rindo da minha solidão…
Beijos da Blondie.
Um conto interessante, uma história de amor entre duas pessoas de classe distinta. A moça que é abandonada pelo homem que a ama, mas que se sente incapaz de lhe dar uma vida além do morro. Achei um excesso de idealização que não me bateu como natural, sabe? Fico aqui matutando que se tivesse havido mais tensão na história o conto teria crescido mais e não teria ficado apenas como “mais uma história”. Agora, a sua redação é muito legal, seu cuidado com o idioma… e é preciso ressaltar que a narrativa em primeira pessoa deu um tom intimista bem bacana ao conto. Abraços de parabéns.
Oi, Fê, tudo bem com você?
O excesso de idealização se deve a um fator reversível com o tempo: juventude. E guardei as lembranças com esse peso, mesmo porque nem sei se aconteceu assim ou se foi tudo um sonho.
Tensão? Olha, te garanto que a situação toda foi muito tensa.
Tensão (Vowe)
Fujo da maré,
Eu sempre remo contra a correnteza
Subo as montanhas
Enfrentando o medo de cair
Vejo que a luz não ilumina
Mais nosso caminho
Mas sabemos que o desperdício
Agora é desistir
Sinta o coração, me diga então onde
Foi que nos perdemos
Sinta o coração e me diga então
Por que quando você foge eu me sinto
Bem, sabendo que só quer atenção?
Abraço da Blondie
uau, ganhei até música. Obrigado. Abraços de paz, Fernando.
Conforme vou lendo, sempre anoto os erros de revisão, oportunidades de melhoria e também as frases de impacto, trechos bem construídos que me arrancaram um sorriso ou um “pqp, por que não pensei nisso antes?”.
Pois bem… o lado da revisão ficou vazio e parei com o lado das frases boas quando notei que quase o conto inteiro caberia ali.
Em resumo, a técnica está quase perfeita… só pra não pensarem que fui abduzido: teria marcado os diálogos de outro jeito e evitado o “lá” quase na sequência do “tinha lá seus contatos “. Mas só comento isso porque, como não é segredo, tenho lá minhas implicâncias.
A trama tem um viés sabrinesco, mas também uma aura inocente do amor que só é permitido aos jovens. Só não entendi muito bem o sumiço repentino da menininha e achei um pouco exagerado o povo comentar que a moça havia sido sequestrada. Mas esses são pequenos detalhes (dizem que isso é redundância, mas só detalhes fica esquisito) que em nada ou muito pouco atrapalham essa leitura deliciosa.
Parabéns!
Oi, Fabinho, tudo bem com você?
Por um momento, fiquei com medo das suas implicâncias. Com tanto texto por aqui, ia implicar logo com o meu? Téo não ficaria nada contente com isso.
Lá vem você também com esse tal de “sabrinesco”! Do que se trata? Já tentaram me explicar que tem algo a ver com umas revistinhas de banca. Isso é bom ou ruim?
Você falou tanto em detalhes (pequenos – depende da altura, né? Téo era enorme) que pensei em te mandar a música “Detalhes” do Roberto Carlos, mas… para não ser redundante, mudei de ideia.
Details In The Fabric (Jason Mraz}
Calm down
Deep breaths
And get yourself dressed instead
Of running around
And pulling all your threads saying
Breaking yourself up
If it’s a broken part, replace it
If it’s a broken arm then brace it
If it’s a broken heart then face it
And hold your own
Know your name
And go your own way
Hold your own
Know your name
And go your own way
Abraço da Blondie, que já foi bonitinha e inocente.
1. Tema: Adequação presente.
2. Criatividade: boa. Jovem encontra o amor e o amor a abandona por sabê-lo amá-la mais que a si.
3. Enredo: partes muito bem postas e conectadas.
A emoção ingênua do amor para a protagonista e a visão da realidade do outro trazem um contraponto angustiante que denotam a eterna luta entre sonho e concreto despertar onde abrir mão é a verdadeira prova do amor que muitos não conseguem aprender.
Um conto de profunda emoção, apesar da aparente simplicidade, sejam experiências reais ou não.
4. Escrita: Boa. Não notei erros que maculassem o texto.
5. Impacto: alto.
Ah, Oli, Oli, você me surpreendeu agora. O que posso dizer?
Tanta emoção me fez lembrar dos tempos com Téo. Sou muito grata pela sensibilidade com que leu minha história e compreendeu que a intenção de Téo era a de me proteger até de mim mesma. Se isso não é amor, o que mais será?
O Que Eu Também Não Entendo (Jota Quest)
(…)
Já pensei em te largar
Já olhei tantas vezes pro lado
Mas quando penso em alguém
É por você que fecho os olhos
Sei que nunca fui perfeito
Mas com você eu posso ser
Até eu mesmo
Que você vai entender
(…)
Agora o que vamos fazer
Eu também não sei
Afinal, será que amar
É mesmo tudo?
Se isso não é amor
O que mais pode ser?
Tô aprendendo também
Abraço emocionado da sua fã Blondie.
Olá… acho que essa música combinaria bem também.
Meu ex-amor (Amado Batista)
Eu tive um amor
Amor tão bonito
Daqueles que matam
Com sabor de saudade
Meu ex-amor
Tem coisas que a gente não esquece
Mas você não merece
Tanta dor
Foi bonito demais
Mas eu estou sozinho
Fui rico de amor
E hoje estou tão só
A história foi suave e promissora, porém não encontrei um confronto vibrante, nem um clímax adequado, a paixão sem limites da loira pelo cara misterioso pode ser pelo desejo de rebeldia, o texto foi se desenrolando e achei que teria uma surpresa na próxima linha… no fim não era nada, o sujeito somente vai embora não revelando mistério algum, a expectativa se esvai e terminamos com apenas MAIS UMA HISTÓRIA.
Olá, Gil Rai, tudo bem com você? O humor vai bem?
Já expliquei aqui para outro moço que a vida é assim: nem sempre se chega ao clímax, quanto mais a um clímax adequado. É pedir muito de uma vida só.
Pena que não pude te surpreender nem na última linha, mas fazer o que? A minha história foi essa mesma, enrolada e cheia de mistério.
Eu só consigo pensar em uma música depois de ler o seu comentário:
Você Partiu Meu Coração (Nego do Borel)
Você partiu meu coração
Mas meu amor não tem problema, não, não
Agora vai sobrar, então
Um pedacim pra cada esquema
Só um pedacim
Você partiu meu coração, ai meu coração
Mas meu amor não sinta pena, não, não
Que agora vai sobrar, então
Um pedacim pra cada esquema
Só um pedacim
Se eu não guardo nem dinheiro
O que dirá guardar rancor
Você vacilou primeiro
Nosso caso acabou
Ficamos assim, tá? Abraço da Blondie, que não guarda nem dinheiro que dirá guardar rancor…
😈😈😈😈😈😈
Um conto singelo que retrata um caso de romance imprevisível. Está bem escrito, com uma toada de cotidiano. A adequação está presente, ótimo. Alguns detalhes, talvez possam dizer, de somenos importância, tirou um pouco da plausibilidade desta história, a saber: a narradora, que a um tempo nos demonstra uma sensibilidade poética, noutro momento é de uma falta dessa mesma sensibilidade, principalmente ao lidar com uma criança:
– Calma, menina, por que está correndo atrás desse bicho feio?
Ademais, por que o “bicho feio” precisou continuar com o homem e não foi devolvido à criança? A narradora poderia ter insistido nessa devolução, senti que era necessário.
Assim sendo, seria um conto redondinho. Mas mesmo assim está bom.
Parabéns!
Oi, Luc, tudo certinho com você?
Vou te explicar dois pontos:
1 – A minha sensibilidade poética só veio com o tempo, depois que fui amaciada com os golpes da vida. Eu só tinha 19 anos naquela ocasião e era mesmo um tanto bipolar.
2 – O javali não era apropriado para ser um animal de estimação de uma garotinha. Téo e eu concordamos quanto a isso. Eu continuei levando notícias de Quinzinho para Aninha, mas você tem razão – eu deveria ter insistido um pouco mais.
E para você não achar que o javali não estava redondinho, uma música para você:
Bicho Feio (Almir Sater)
Com certeza
Quando a noite vem
Tem saci, caipora e curupira também
Bicho feio, sempre tem
Ontem e hoje no além
Meia-noite
Olha o capa preta
Galopando a mula sem cabeça
Bicho feio, sempre tem
Ontem e hoje no além
Com certeza
Todo mundo tem
Uma história estranha pra contar também
Sempre alguém
Assustando alguém
Ontem e hoje no além
Abraço da Blondie.
Olá Blondie, o seu conto começou despretensioso, quase como uma fábula, a menina atrás do porquinho, e foi crescendo até ganhar status de romance. A sua prosa é muito boa, merece investimento para encontrar a sua voz, pois tive a suspeita, e que foi confirmada por vc. nos comentários, de que a história contada era mais do que ficção. Você construiu os personagens e no final, os desconstruiu, tanto que a menina do porquinho, a Aninha, sumiu da história. Frases fortes e densas comprovam que vc. tem jeito para a coisa, e uma verve muito boa para o romance: “A lua, fatiada em minguante declaração, trazia tênue luz àquele adeus”. Só não me venha agora com musiquinhas mela-cueca, canta aí um Peral Jam ou um Radio Head. Abçs. Sorte no desafio.
Oi, Rô, tudo bem?
Menina, não posso dizer que vivi tudo isso aí porque, às vezes, a memória nos prega peças, não é mesmo?
Nada de musiquinhas para você. Saiba que sou muito eclética e que aprendi algumas coisinhas com o meu Téo.
Creep (Radiohead)
When you were here before
Couldn’t look you in the eyes
You’re just like an angel
Your skin makes me cry
You float like a feather
In a beautiful world
I wish I was special
You’re so fucking special
But I’m a creep
I’m a weirdo
What the hell am I doing here?
I don’t belong here
(mas bem que eu achava que pertencia àquele lugar, viu?)
Beijocas da Blondie.
UAUAUAAU!!!! Uma das minhas preferidas! Vais ganhar pontos extras no desafio com essa propina, via caixa 2. Bjs.
Oi, Blondie,
Gramática – Não percebi erros que pudessem parar a minha leitura. Talvez outros leitores mais atentos a isso apontem para você, se existirem.
Criatividade – Gostei do conto. É singelo. Simples. Provoca simpatia. Gostei do javali dessa história e de como tudo foi se encaminhando até o final.
Adequação ao tema proposto – Está adequado.
Emoção – Não me provocou muitas emoções. Foi uma leitura agradável, sem percalços, sem conflitos. Um conto doce. Como eu disse: singelo.
Enredo – Começo, meio e fim entrelaçados. Um momento significativo na parte de uma moça de 19 anos.
Boa sorte no desafio.
Abraços!
Oi, Evelyn, tudo bom?
Que bom que gostou do conto, afinal ele é o retrato de uma parte importante da minha vida. Um período que foi intenso e doce, talvez até singelo mesmo. Se é que aconteceu assim mesmo, pois os 19 anos já se foram….
Para você, uma música doce:
Doce Vampiro (Rita Lee)
Venha me beijar
Meu doce vampiro
Ou, ou
Na luz do luar
Ãh, ãh
Venha sugar o calor
De dentro do meu sangue vermelho
Tão vivo tão eterno, veneno
Que mata sua sede
Que me bebe quente
Como um licor
Brindando a morte e fazendo amor
beijos da Blondie
Olá, amigo (a), tudo bem?
Gostei! O texto tá super bem escrito, a linguagem é excelente e prazerosa de ler, tem um enredo interessante. O desfecho achei um pouco abaixo do restante, sei lá, achei que faltou um clímax. Mas ainda assim é uma história bem interessante.
Não notei problemas na escrita, flui bem e a gramática me parece impecável.
Tem algumas construções bem bonitas, também.
Concluindo, um belo conto, bem construído, com uma grande beleza estética, que é bem conduzido, mas que acabou carecendo de um desfecho à altura.
Parabéns e boa sorte!
Oi, Lu Gui, como vai?
Que pena que a minha história te decepcionou um pouco no final, mas a vida é assim – nem sempre chegamos a um clímax.
Já que você curtiu tanto as construções, te mando uma musiquinha
Construir, Destruir
Psiglo
Destruir
La insolente virtud
De condenar
La verdad que tú buscas
Construir
La sana intención
De madurar
Madurar la conciencia
Destruir
Los muros que bloquean tu ser
Que forman siempre
Las fronteras mentales.
Abraço da Blondie
Falta linha de conduçao a esse conto. O autor abriu muitas “ciladas” para ele mesmo e foi tomando rumos sem se preocupar com o que ja havia escrito. E o resultado eh que temos um ladrao cruel, sujo, que causa medo em todos, e que inescrupulosamente assalta uma criança inocente, pousando de galã de folhetim, em par romantico a um mulher completamente desequilibrada, injusta e esquecida de valores. Entendi, eh obvio, onde a autora(autor) pretendia com o conto, mas para chegar a uma historia interessante e coerente de inicio ao fim, deveria usar uma borracha no que foi sobrando para tras, e criar um enredo unico, justo e realista. Abraço ao autor.
Uma mulher completamente desequilibrada, injusta e esquecida de valores? Nossa, não me julgue assim… Eu só tinha 19 aninhos. Podia estar me drogando, me prostituindo, dançando punk, comendo javali, mas não… só me apaixonei!
Para você, um abraço ao som de Fábio Junior (Não me condene):
“Ninguém sente o que quer,
tem que haver emoção,
Nem se pode evitar,
quando chega a paixão.”
Um bom conto, romântico, diria mesmo, sabrinesco. A escrita é, sem dúvida, o ponto forte do texto. Passagens inspiradas e poéticas. A trama é simples e degringola um pouco do meio para o fim. Boa sorte.
Caro Jowilton, o que seria um conto sabrinesco? Desculpe, eu não entendi e antes que faça alguma brincadeirinha com a cor das minhas madeixas, já adianto que sou loira e inteligente. É algum estilo literário?
Para você que descurtiu meu conto do meio para o fim:
Mecanismo (Ludov)
“Eu não sei se quero fazer parte disso
Esse mecanismo está prestes a parar
É tanto desespero que o passo é impreciso
Esse mecanismo ainda vai degringolar”
Abraço da Blondie.
Querida Blondie, você nunca leu os livrinhos da série Sabrina??
Mais uma história (Blondie)
Minhas impressões de cada aspecto do conto:
📜 Trama (⭐⭐⭐▫▫): simples, mas interessante. Prende a leitura, apesar de pouca coisa de fato acontecer: uma adolescente se apaixonou por um homem misterioso que, para o bem dela, resolveu fugir. A parte em que ela decide ficar morando com ele ficou brusca, não senti tanto o amor dos dois. Acho que isso era importante para o texto funcionar um pouco melhor…
📝 Técnica (⭐⭐⭐⭐▫): uma narração em primeira pessoa feita com muita propriedade, de forma não tão linear, com um jeito de causo mesmo. Daquele tipo de contar histórias que dá gostinho de mais.
💡 Criatividade (⭐▫▫): o tema paixão-adolescente-por-um-cara-mais-velho-e-misterioso é um tanto comum. O javali trouxe só um pouquinho de novidade.
🎯 Tema (⭐⭐): a cena final da fuga de Téo é a imagem-tema.
🎭 Impacto (⭐⭐⭐▫▫): como adiantei, não cheguei me identificar tanto assim com o relacionamento dos dois para me emocionar com seu fim. Ainda assim, é uma boa história, mais uma história, mas que dá gosto de ler.
De repente me deu uma vontade de cantar o sucesso do grupo Molejo…
Não era amor, ôh, ôh
Não era
Não era amor, era
Cilada
Eu saberia dizer como tudo começou: você teve um daqueles momentos de uma boa inspiração e escreveu este conto. É sim “Mais uma história”, uma boa história.
Parabéns
Sucesso no desafio.
Neusa, sua linda, que bom que achou minha historinha inspirada, mas olha, foi tudo real ( ou não, ih, veio a dúvida de novo). Nem todos são capazes de apreciar um desatino romântico da juventude. Beijos da sua fã Blondie.
E para você, um sucesso do Legião Urbana:
“Quem me dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente”
Beijos da sua fã Blondie.
Tenho dificuldade em lidar com histórias em que alguém cai sob o encanto de outra pessoa sem mais nem menos. O argumento da briga me pareceu vazio por demais, mas o que acontece em seguida foi o que mais estranhei. O sujeito foge de sua própria casa, pq quer que a outra pessoa vá embora. Sei lá… esses acontecimentos não parecem se sustentar, portanto não me convenceram durante a leitura. Mas fora isso, a adequação ao tema foi feita com certa originalidade, construindo a imagem lentamente até o final.
Para uma sick mind, até que você é bem centrado, talvez centrado até demais. Tenho dificuldade em acreditar que alguém nunca tenha vivido nada de forma repentina, como uma paixão, um entusiasmo por uma pessoa diferente, por um sonho maluco.
Vamos de “Sentido”- MAR ABERTO
“Não vou deixar você se afastar de mim, não
Porque tudo começa a fazer sentido agora
Não vá embora, não
Já tentei lutar contra esse amor e hoje sei, não dá
Tudo conspira a favor, então
Acho que posso deixar ser o que for”
Abraço e até o encontro em uma dessas clínicas por aí…
Hehe, compreendo, mas torno a dizer o que sempre falo qnd alguém me diz sobre o “poder do amor”: é a criação mais superestimada já inventada, muitas vezes confundida com uma relação de poder.
Vamos de Nietzsche:
“Em última análise, amam-se os nossos desejos, e não o objeto desses desejos.”
Até uma dessas clínicas, então.
Olá, Blondie,
Tudo bem?
Então, seu Javali é testemunha de um “amor bandido”, heim!
Você, sem sombra de dúvida, mais que escrever bem, tem o dom de conquistar o seu leitor através da sedução das palavras. Certamente é um escritor experiente que sabe jogar com o tempo/espaço dentro da narrativa, bem como com a música que as palavras proporcionam.
Falei de tempo/espaço, pois achei muito hábil seu pensamento sobre o tempo que a protagonista levaria durante a descida no morro. Isso mostra o quanto o autor está realmente “presente” na própria história que criou.
No morro, “bandidos” (e aqui não fica bem claro se o rapaz era um ou não), reza a lenda, costumam ter estranhos animais de estimação. Como jacarés, por exemplo. Um horror para comer suas vítimas. Por que não um Javali?
A única observação que eu faria, seria quanto à inserção da menina ao conto. Sei que ela funcionou para introduzir o javali ao enredo, mas não sei se esta seria realmente necessária. Digo isso pois, após o desenvolvimento do verdadeiro mote da narrativa, – O romance entre a moça do asfalto e o rapaz do morro – a personagem menina, simplesmente desaparece, deixando uma sensação de “vazio” na trama. Creio que ao “plantar pistas” em um texto, criamos expectativas no leitor, fazendo com que este aguarde pelo momento em que aquela pista será utilizada. Claro que existe a técnica da falsa pista, mas, creio, não foi o caso por aqui.
De qualquer maneira, este é um ótimo conto, escrito por um ótimo autor.
Parabéns e boa sorte no desafio.
Beijos
Paula Giannini
E a Marrom (Alcione) cantaria:
“Vivo com desculpa
Pros amigos
Já não sei o que falar
Pra minha família
Já não dá mais pra explicar
Porque é que ninguém te conhece
Pois você desaparece
Antes do Sol raiar”
E o meu Téo é tosco, mas não é bandido. É um eremita estranho, mas como diria Aninha, ainda assim é um filhinho de Deus.
Beijos da sua fã Blondie.
Ah, Blondie… E a personagem tinha o meu nome. 😉 Esqueci de falar disso. Ponto para você. rsrsrsr
Gostei muito de seu conto. Amor bandido foi modo de falar. Coisa de escritora.
Beijos e boa sorte no desafio.
Personagens bem desenvolvidos e uma trama que nos surpreende ao fugir do que estamos esperando; a ONG e a família, apresentados logo no começo, são apenas o degrau inicial da história.
Texto bem escrito e com frases inspiradoras.
Minha única observação não tão boa em relação ao conto é a abertura de diálogo em um momento sem a presença da narradora, sendo que o conto é narrado em primeira pessoa. Isso faz o leitor imaginar se aquilo realmente aconteceu daquela maneira ou se é apenas um palpite da narradora.
De qualquer forma, esse detalhe não tira a qualidade do texto; só comentei isso mais como um toque pras próximas escritas mesmo.
Boa sorte!
Você viu só, Vitor? A história tomou outro rumo, correu solta sem a minha presença em alguns momentos. Por isso, expliquei que não sabia bem se tinha acontecido daquela maneira, mas contei o que imaginei juntando as peças do quebra-cabeça.
Para ilustrar, Reginaldo Rossi manda Sua Ausência:
“Comecei brincando
Sem saber onde ia dar
Quando me dei conta
Não podia mais parar”
Abraço.
um bom conto e bastante diferente dos que já li nesse certame. muito bem escrito, utiliza belas imagens de escrita para passar a sua carga romântica. os personagens são bem delineados e sente-se empatia por eles. uma leitura deveras agradável. parabéns!
Deveras agradável foi ler o seu comentário, Milton. Sempre me emociono quando um homem não se reprime diante de uma carga romântica…
Estou aqui, lembrando de Téo e de seu javali Quinzinho. O que eu poderia ter feito?
Helena – My Chemical Romance
What’s the worst thing I can say?
Things are better if I stay
So long and goodnight
So long not goodnight
And if you carry on this way
Things are better if I stay
So long and goodnight
So long, not goodnight
Abraço.
Olá autor(a).
Aaaaaaaaaaaa que bom esbarrar com esse conto aqui!
Pa-ra-béns!
Tens o poder da narração de quem tem potencial para escrever um romance, se é que já não escreveu.
Eu poderia ler todos os capítulos que poderiam vir em sequência a esse aqui.
Mesmo assim, temos aqui começo, meio e fim de uma forma muito bem evoluída, boa de se ler.
A estrutura insere a narradora de forma muito convincente. Há a história e a história dela… há a verdade, a verdade que ela lembra e a que nos possibilitamos ler.
Muito bem escrito. Gostei muito!
Um super abraço,
Ah, que bom esbarrar com o seu comentário aqui! Potencial para um romance? Acho que exagerou um pouco, amiga, mas agradeço o elogio.
Você pegou bem o lance de existir a verdade, a verdade que eu lembro e a que possibilitei a leitura.
Começo, Meio E Fim
Roupa Nova
A vida tem sons que pra gente ouvir
Precisa entender que um amor de verdade
É feito canção, qualquer coisa assim
Que tem seu começo, seu meio e seu fim
Beijos
Olá, autor, tudo bem?
O título do seu conto não revela nada – é só mais uma história.
O tema proposto pelo desafio foi abordado: temos o homem vestido de forma diferenciada, a mala e o javali Quinzinho (não sei porque me fez pensar no Sítio do Picapau Amarelo).
Não encontrei erros na sua revisão, pelo menos, nada que me chamasse a atenção.
Apesar de longo, o conto manteve um bom ritmo, evitando longas descrições ou paradas para reflexões. A leitura flui fácil, sem entraves.
Gostei dos personagens, principalmente de Aninha e fiquei imaginando a garota correndo atrás do seu porquinho, digo, javali.
Boa sorte!
Quinzinho te fez lembrar do Sítio do Picapau Amarelo? E eu? Da Narizinho?
Aninha realmente é um doce de menina, embora com um gosto duvidoso para bichinhos.
Sítio do Pica-Pau Amarelo
Gilberto Gil
Marmelada de banana, bananada de goiaba
Goiabada de marmelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Beijos
Oi Blondie, que estória fofa, todos os personagens tão bem delineados, escrita com tanta simplicidade e sentimento. Estória doce e triste. Gostei. Parabéns e boa sorte!!
Oi, Priscila. Que bom que achou minha vida fofa, doce e triste. Foi mesmo assim (ou pelo menos, acho que foi).
Há Uma História Triste
Elis Regina
Ha uma historia triste pelo ar
Historia que não tem era uma vez
Ha uma historia triste pra contar
Historia que começa com um talvez
Ha uma historia triste pelo ar
Historia que não tem era uma vez
Ha uma historia triste pra contar
Historia que começa com talvez
Foi talvez falta de amor
Que acabou
Beijos para você, Pri.
Este conto é tudo menos “Mais uma História”. Só por isso fiquei zangada consigo. Muito bom! A zanga pelo desprezo que transmite ao título despertou em mim o instinto assassino e, desesperada por não encontrar falhas narrativas, procurei as outras: gramaticais, ortográficas, etc. Nada. Consegui descobrir 4 vírgulas que retiraria e a ausência de um acento grave em cima de um “a”. Vitória e frustração. Fim da brincadeira. Já percebeu a minha opinião. Li uma história muito bem contada, recheada de observações inteligentes e sensíveis, com um enredo envolvente e personagens verosímeis. Resumindo e parametrizando: Ortografia e gramática, ótimo; criatividade, excelente; adequação ao tema, total; emoção de cabo a rabo; enredo, muito bom. Digo, sem temer ser injusta para ninguém, que está entre os meus favoritos até ao momento. Parabéns!
Zanga comigo, não, Ana. Afinal, até tem uma Aninha na minha história.
No meio de tantos contos, sei que esta será apenas mais uma história, mas ainda assim é a minha.
Fico muito feliz por você ter se emocionado com as minhas palavras. Ainda tenho muito o que contar, viu?
Se pudesse mandar um recado (com sotaque lusitano) para o meu Téo, seria mais ou menos assim:
Haja O Que Houver
Madredeus
Haja o que houver
Eu estou aqui
Haja o que houver
espero por ti
Volta no vento ô meu amor
Volta depressa por favor
Há quanto tempo, já esqueci
Porque fiquei, longe de ti
Cada momento é pior
Volta no vento por favor…
Eu sei quem és
pra mim
Haja, o que houver
espero por ti…
Beijos do outro lado do oceano
Blondie
Olá autor/autora! 🙂
Obrigado por me presentear com a sua criação,
permitindo-me ampliar meus horizontes literários e,
assim, favorecendo meu próprio crescimento enquanto
criativa criatura criadora! Gratidão! 😉
Seguindo a sugestão de nosso Anfitrião, moderador e
administrador deste Certame, avaliarei seu trabalho — e
todos os demais — conforme o mesmo padrão, que segue
abaixo, ao final.
Desde já, desejo-lhe boa sorte no Desafio e um longo e
próspero caminhar nesta prazerosa ‘labuta’ que é a arte
da escrita!
Grande abraço,
Paz e Bem!
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Avaliação da Obra:
– GRAMÁTICA
Não percebi erros.
– CRIATIVIDADE
Boa. Misturar diferentes temperos às vezes rende um bom molho. Morro X Asfalto, Pobreza material X Riqueza Poética, Lua X Javali, Inocência X Audácia, Juventude X Experiência, Desejo X Razão… Caldo X Sopa.
– ADEQUAÇÃO AO TEMA PROPOSTO
100%. Tá tudo ali no texto: mala, trajes e, claro, javali.
– EMOÇÃO
Quase uma prosa poética. O conto começa trivial e termina numa encruzilhada, mostrando diferentes caminhos, diferentes vias de se ver e viver possibilidades, mesmo que impossíveis.
– ENREDO
Jovem patricinha de gênio forte e coração sedento resolve aventurar-se no desconhecido dos próprios sentimentos, seguindo trilhas dispostas pela sorte na corajosa busca pelo domínio e direcionamento de seu predestinado caminho.
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Caro Ricardo, não consegui saber se você gostou ou não da minha história. Uma prosa poética, temperada com destino?
Mais uma coisa, aquelas mulheres lá me chamavam de patricinha, mas acho que era tudo inveja da minha juventude, beleza e coragem de viver um amor sem margens. Só acho!
Tempero na Batida (3030)
Composição: Bruno Chelles / LK / Rod / Rodrigo Cartier
Ela gosta do tempero dessas rimas, swing da batida
Conhece a pureza e o veneno dessa vida
Temperamento forte, ela tem sutileza ainda
Pra lidar com o mal do mundo e ela não se contamina
Tem jeito de obra prima, coração de gelo ela domina
Abraço da patricinha, digo, da Blondie.
😉 “Eu prefiro ser… Essa metamorfose ambulante!” (Toca Rauuuuuullll!)
———
Gostei… É claro que gostei, Blondie! 🙂
O início do conto, apesar de bem escrito, não me despertou o interesse imediato pela leitura. Pensei que seria apenas uma história sobre uma menina e seu animal de estimação, o que achei meio raso como premissa. Mas então o foco muda completamente, passa a ser uma história sobre Téo e a loira, e não mais sobre uma criança e seu porquinho.
E mesmo carregado de simplicidade, foi emocionante! Continuei lendo com atenção para enxergar o final da história, que se descortinava, aos poucos, através de uma narrativa quase poética de tão bela.
O final é triste, mas esperançoso, pois a narradora volta para o local onde eles se viram pela última vez, trazendo a ela as imagens dessa despedida, como se pudesse vê-lo outra vez ou esperar que ele retornasse. Imagino que ele tenha ido embora porque não queria se apegar a ela, sendo que já a amava. Fiquei com vontade de saber mais sobre a vida e os sentimentos desse homem misterioso, mas a graça do conto é exatamente esta.
Oi, Andreza. Se eu que sou eu ainda não sei quem Téo é de fato, que dirá você? O homem é um enigma, um mistério só e ainda não retornou para me contar tudo.
Eu sei que tenho de esquecer, mas fica difícil, viu? Por isso sempre volto lá… Um dia, ele volta, não volta?
Sei
Nando Reis
Sabe quando a gente tem vontade de contar
A novidade de uma pessoa
Quando o tempo passa rápido
Quando você está ao lado dessa pessoa
Quando dá vontade de ficar nos braços dela
E nunca mais sair
Sabe, quando a felicidade invade
Quando pensa na imagem da pessoa
Quando lembra que seus lábios encontraram
Outros lábios de uma pessoa
E o beijo esperado ainda está molhado
E guardado ali
Em sua boca
Que se abre e sorri feliz
Quando fala o nome daquela pessoa
Quando quer beijar de novo, muito
Os lábios desejados da sua pessoa
Quando quer que acabe logo a viagem
Que levou ela pra longe daqui
Beijinhos da Blondie
E de uma imagem tão bruta surge um conto tão doce! Parabéns Blondie, escreveste uma linda história sem cair na pieguice dos romances e amores impossíveis. A menina Aninha é adorável e Téo exala dignidade. Não encontrei problemas gramaticais ou de concordância, a escrita desceu como um copo de leite morno. Certamente já é um dos meus favoritos por aqui, nota 10!
Oi, Mari linda, tudo bem?
Os brutos também amam, sabia? E meu Téo nem é assim um bruto, é rústico, mas é poeta também. E quem vai encontrar explicação para as coisas do amor?
Um aviso de amiga – soube que por aqui, as pessoas têm implicância com a palavra “morno” nos comentários. Sei lá porque, mas melhor evitar, né?
Às vezes, parece que ouço a voz do Téo, mas depois percebo que é só o vizinho cantando uma música do Nando Reis:
Por Onde Andei
Desculpe
Estou um pouco atrasado
Mas espero que ainda dê tempo
De dizer que andei errado
E eu entendo
As suas queixas tão justificáveis
E a falta que eu fiz nessa semana
Coisas que pareceriam óbvias
Até pra uma criança
Por onde andei
Enquanto você me procurava?
Será que eu sei
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava?
Beijos da Blondie.
Olá! Que lindeza, hein!!
Tem frases maravilhosas ae, inspiração poética.. Gostei deste tom intimista, me identifico hehe
Gostei dos personagens, ate a menina dona do porquinho foi bem ‘desenhada’, a gente consegue ‘vê-la’.
Parabens pelo talento e por dar este papel coadjuvante ao nosso mascote javali, ele tava ficando meio exibido mesmo no protagonismo de tantos contos 🙂
Abração.
Oi, Kinda, posso te chamar assim?
Pelo jeito, você foi a primeira a comentar aqui. A inspiração poética veio da vida, não de mim. O destino que teceu essa trama que só transformei em palavras.
Aninha realmente é uma graça, mas guria levada como ela só.
Já que você se identificou com o tom intimista, escolhi uma música para você:
No Mais Íntimo Momento de Mim
Catedral
Minha fala é como o mar,
Quem mergulha nela,
Aprende a me ver dentro dela,
Escrever na Areia,
Contar Estrela,
Significante pra mim.
(…)
E como a onda que rasga todo o mar,
Me rasguei de tudo o que vivi,
E no mais íntimo momento de mim,
Encontrei todo amor,
Dele vem o saber.
Beijinhos da Blondie.
Show! Nao conhecia esta canção, amei… me identifiquei novamente com este intimismo… hahha valeu