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Detox Literário.

Dançarina noturna (Vitor de Lerbo)

dancarina-noturna

Ela dançava para esquecer. E enquanto dançava, recordava. Lembrava os traumas de duas décadas atrás, mais nauseantes que o porre daquela tarde.

Ela dançava por esperança. E enquanto dançava, desistia. Abria mão de seus próprios valores em troca de trocados.

Ela dançava para sobreviver. E enquanto dançava, morria. Assassinava suas próprias esperanças com pistolas em formato de cifrões.

Ela dançava para existir. E enquanto dançava, desaparecia.

88 comentários em “Dançarina noturna (Vitor de Lerbo)

  1. Lohan Lage
    27 de janeiro de 2017

    Bom texto, poético, sensível. A personagem revela sua angústia, da renúncia de um amor (pela dança) a troco da necessidade, da sobrevivência, à base da dança.
    Boa sorte!

  2. Lídia
    27 de janeiro de 2017

    Amo a dança. Mal consigo imaginar como deve ser a vida de uma pessoa que trabalha com o que ama, mas odeia a forma em que trabalha…
    A objetificação do corpo feminino tende a ser repulsiva…
    Tive empatia pela personagem
    Boa sorte

  3. Pedro Luna
    27 de janeiro de 2017

    Reenviando pq deu problema:

    Mensagem já explorada batidamente, mas um texto bonito. O autor, autora escolheu o símbolo da dança e mandou ver, criando conexões com a vida da personagem. Deixa muito para o leitor interpretar, como qual seria o passado dela, os traumas que a deixaram assim… mas no caso desse conto isso não foi prejudicial. Foi divertido imaginar um passado para essa personagem.

  4. Andreza Araujo
    27 de janeiro de 2017

    O jogo de palavra é incrível, foi muito bem trabalhado, trazendo ao leitor toda a história e a dor da personagem. A própria narração lembra uma música, que nos lembra dança! Um ótimo conto, impecável na forma, dramático no conteúdo.

  5. Felipe Alves
    27 de janeiro de 2017

    Olha, eu achei muito bom viu. Sério, gostei. É um assunto muito interessante e uma forma bem interessante de se ver ele. Boa Sorte

  6. andressa
    27 de janeiro de 2017

    Esse conto ao meu ver fala do vazio existencial, ela supre esse vazio dançando. Muito comum nos dias de hoje, seja dançando ou com qualquer outra atividade. Boa sorte!

  7. Luiz Eduardo
    27 de janeiro de 2017

    Muito bom, apesar de ser um tema difícil de tratar. Nunca é fácil se colocar no lugar do outro. Parabéns.

  8. Jowilton Amaral da Costa
    27 de janeiro de 2017

    Achei o conto médio, até porque é um poema. O texto é bem escrito, mas, não me causou o impacto necessário para acha´-lo bom. Isso aconteceu muito pela forma poética, que não me agradou muito. Boa sorte.

  9. Sidney Muniz
    27 de janeiro de 2017

    D esse eu gostei, a escrita funciona como um poema, mas gostei.

    A té as repetições fizeram bem ao texto, até parece um trecho de música.

    N o que se refere a enredo é que ficou morninho, faltando um algo mais.

    C omo microconto já achei que ficou um pouco fora.

    A s pistolas em formatos de cifrões ficou lindo!

    R esta apenas a essência, a mulher que dava lugar a dançarina que dava lugar a prostituta. Uma sempre sedendo lugar a outra, a outra sempre morrendo ali.

    I sso foi o que mais gostei no conto!

    N ão sei quais seriam esses traumas, mas me pareceu abuso sexual, Será?

    A gora é pensar mais sobre o texto, pois ao final do comentário fiquei bastante dividido. Num geral curti bastante!

  10. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    26 de janeiro de 2017

    Olá, Noir,

    Tudo bem?

    Você escreveu quase um poema, não foi? Gostei muito da dicotomia criada ao relatar com tanta delicadeza, um universo tão bruto.

    Parabéns por seu trabalho e boa sorte no desafio

    Beijos

    Paula Giannini

  11. Gustavo Henrique
    26 de janeiro de 2017

    Mais um texto poético, não me chamou muito a atenção, mas foi muito bem escrito! boa sorte!

  12. Renato Silva
    26 de janeiro de 2017

    Interessante a forma que você escolheu para narrar. As repetições aqui parecem bem dentro de contexto. Uma mulher que carrega traumas da juventude e caída na prostituição. Infelizmente, muitas mulheres acabam entrando para este mundo tem um histórico de abandono e abusos.

    Bom trabalho e boa sorte.

  13. Douglas Moreira Costa
    26 de janeiro de 2017

    O conto transmite algumas imagens que podem ser abertas em muitas coisas, cria a ideia de um passado conturbado, de um dia caótico na vida da personagem. E cria a imagem de, no presente, uma mulher infeliz dançando no palco, com o rosto inexpressivo, enquanto apenas executa seu trabalho tetando se livrar dos fantasmas que a assolam. Muito bem conduzido, e com uma frase final muito bonita.

  14. Tiago Menezes
    26 de janeiro de 2017

    O conto é bastante original. Gostei da forma como decorreu a situação. Ela dançava por um motivo e o que ocorria era outra coisa. Consegui sentir o que ela devia estar sentindo, e como ela deixava de ser quem era, aos poucos… Muito bom, parabéns.

  15. Poly
    25 de janeiro de 2017

    Gostei muito da poesia do texto, narrando o que deve passar pela cabeça desta dançarina.
    O conto só não traz o desfecho que normalmente se espera de um conto curto.

  16. Andre Luiz
    25 de janeiro de 2017

    -Originalidade(10,0): Um conto que instiga por ser diferente. Primeiramente, não tem aquela pegada de “história narrada” que os outros contos têm. Ao que me parece não é uma narração de um fato na vida da dançarina, mas da própria vida que ela está sofrendo num período de tempo.

    -Construção(9,5): Sensacional a forma como foram introduzidas as antíteses no conto.

    -Apego(8,0): Senti falta de um algo mais que me fizesse conectar com a dançarina, mas no todo gostei.

    Boa sorte!

  17. vitormcleite
    25 de janeiro de 2017

    gostei deste texto, apesar da constante repetição de palavras tornar a leitura um pouco arrastada, mas percebo a intenção. Mas a história e a temática são muito fortes e mantêm a nossa atenção até ao final. Parabéns

  18. Wender Lemes
    25 de janeiro de 2017

    Olá! Gostei do modo como usou as antíteses para construir essa personagem tão contraditória: uma stripper que faz o seu melhor, mesmo que o melhor de si já não signifique nada. Não há reviravoltas ou reflexões implícitas, é apenas uma vida de decepções narrada de forma muito bela. A narrativa poética é imersiva, ainda que algumas construções não estejam à altura do todo (pistolas de cifrões, por exemplo).
    Parabéns e boa sorte.

  19. Leo Jardim
    25 de janeiro de 2017

    Minhas impressões de cada aspecto do microconto:

    📜 História (⭐⭐▫): num ritmo (de dança?), o texto conta a história triste e amargura dessa dançarina noturna que dança e se destrói a cada dia. Bonita.

    📝 Técnica (⭐⭐⭐): achei poético, ritmado, bem construído com boas analogias e contradições (esquecer x recordar, esperança x desilusão, sobrevivendo x morte e existência x inexistência). Muito boa.

    💡 Criatividade (⭐▫): não chega a ser um mote novo.

    ✂ Concisão (⭐⭐): o texto conta bastante com poucas palavras e figuras de linguagem.

    🎭 Impacto (⭐▫▫): não chegou a ser um grande impacto, nem me fez pensar, talvez tema batido, mesmo sendo um bom microconto.

  20. Daniel Reis
    25 de janeiro de 2017

    Vou confessar: não sou dançarino, realmente não gosto de dançar, mas admiro quem tem essa paixão. E aqui parece que o autor é um apaixonado pela dança, que imaginou uma vida (duas décadas) em que a maior paixão se torna justamente a maior maldição. Acho que resultou um bom perfil de personagem, mas não uma história completa. Abraço!

  21. rsollberg
    24 de janeiro de 2017

    Eu achei bacana, original.
    Consegui enxergar até algo meio musical, ritmado.
    Mas o conto não se trata só disso, há algo além dessa estrutura.
    Existe a história, aparentemente, de um stripper, que dança para viver, ou melhor, para sobreviver apesar de morta por dentro.
    Então, o que parece de inicio ser um texto para o alto, é na realidade bem triste.
    Parabéns

  22. catarinacunha2015
    24 de janeiro de 2017

    MERGULHO bem simples. Molhou a cabeça com as mãos em concha e voltou para a segurança da areia. Poderia ter ousado com o tema, mas preferiu a linguagem direta sem encanto. Palavras soltas, sem emoção. IMPACTO? Apenas o julgamento do personagem pelo autor. Ô coisinha perigosa…

  23. Marco Aurélio Saraiva
    24 de janeiro de 2017

    Gostei muito! O tema é batido, mas a forma como foi explorado foi sensacional. Suas palavras “dançam” com a personagem, como uma música. A série de antíteses é perfeita. Achei que cansaria delas, mas cada nova antítese me fazia ler mais.

    Não acho que o conto peca pelo tema óbvio. Sim, a prostituição foi discutida na literatura centenas de outras vezes, mas quão raro é ler um texto sobre este problema com tanto sentimento? Com tanta verdade?

    Gostei muito da leitura. Parabéns!

  24. Evandro Furtado
    24 de janeiro de 2017

    O paralelismo empregado é interessante e contribui pro desenvolvimento da personagem. Mas o que pega aqui é a estrutura. Tá próxima demais da de um poema.

    Resultado – Average

  25. Victória Cardoso
    23 de janeiro de 2017

    Gostei bastante do conto, da poesia e, sobretudo da frase final. Não é a mesma história/sentido, mas me lembrou da música “Bandolins”, de Oswaldo Montenegro. Boa sorte!

  26. Fheluany Nogueira
    23 de janeiro de 2017

    O título e o pseudônimo remetem ao Cinema Noir com personagens moralmente ambíguos, com dramas permeados por niilismo, desconfiança e paranoia, rodados em ambientes urbanos realistas. A bailarina com carreira fracassada, resta-lhe ser stripper. É assim a trama trazida aqui, em um formato poético, rimado, mais para versos do que prosa. Ficou bonito. Parabéns pelas ideias e execução. Abraços.

  27. Fabio Baptista
    22 de janeiro de 2017

    Não costumo gostar de narrativas mais puxadas para poesia, com ritmo quase cadenciado por versos e tal. Mas dessa aqui, eu gostei.

    Narra de um jeito bem real e amargo essas desventuras da nossa “dançarina”.

    Gostei.

    Abraço!

  28. Bia Machado
    22 de janeiro de 2017

    Um conto repleto de antíteses melancólicas. Gostei até, desse jogo de palavras que mostram a personalidade da dançarina, mas foi só isso. Achei bonito o final, fecha muito bem a ideia que quis passar, após usar o desenvolvimento tal qual o poema. Um bom conto.

  29. Thayná Afonso
    21 de janeiro de 2017

    Nossa! Não esperava encontrar algo que me agradasse com tanta intensidade. Gostei muito do seu estilo, com certeza adoraria conhecer mais do seu trabalho. “Ela dançava para existir. E enquanto dançava, desaparecia.”, essa parte foi sensacional. Meus mais sinceros parabéns! Definitivamente um dos meus favoritos.

  30. Cilas Medi
    21 de janeiro de 2017

    Estar sempre distante da existência e do conhecimento do seu interior. Passado de traumas e decepções a fez ficar, solitária, fria, inconstante em suas afirmações de ser e não ser, estar e não estar. Uma forma de fuga da realidade, estando em movimento. Gostei do tema e da forma fluida em expressar. Boa sorte!

  31. chrisdatti
    21 de janeiro de 2017

    “Ela dançava para esquecer.

    Ela dançava por esperança.

    Ela dançava para sobreviver.

    Ela dançava para existir. ”

    Totalmente embalado em poesia. Pronto para ser consumido em frases a princípio, conflitantes, que se chocam através de uma conjunçãozinha “e” no sentido de “mas” (expressando adversidade e não adição).
    A dança catártica (ou sua tentativa de purificação, será?) entremeia esse paradoxo até que a última oração encerre com chave de ouro todo conflito existencial: “Ela dançava para existir. E enquanto dançava, desaparecia.”
    Belíssimo. Parabéns!

  32. Tom Lima
    20 de janeiro de 2017

    É bem forte o texto. As contradições da vida de uma forma bastante poética. Muito bem executado. A leitura flui e as imagens se formam, através dessas contradições. Os traumas são a motivação de toda essa contradição que se tornou a vida da moça. Muito bom!

    Abraços.

  33. Estela Menezes
    20 de janeiro de 2017

    Gostei bastante do seu conto. Mais que da ideia, propriamente dita, gostei da forma com que você fez evoluir a personagem, a repetir os passos de uma coreografia que a levava para cada vez mais longe. Mas, como sempre presa aos detalhes, achei a escolha de certas palavras meio duras dentro do tom delicado e poético que vc adotou ( trauma/ décadas/abria mão de seus próprios valores, etc) Sem falar que “próprios” aparece repetido como “próprias” no parágrafo seguinte… Tem gente que diz que eu gosto de catar pelo em ovo, mas eu acho que textos, principalmente quando especiais, devem ser cultivados com todo cuidado e atenção…

  34. Mariana
    20 de janeiro de 2017

    Ele está bem escrito, mas, enquanto lia, quis dar um sacode na menina… A ideia de que traumas são a causa de nossas escolhas erradas… Não, não concordo.

  35. Priscila Pereira
    20 de janeiro de 2017

    Oi C. Noir, eu gostei do seu conto, gostei muito das metáforas, está muito bem pensado e executado. Dá para ver a ambiguidade da dançarina, ver seu sofrimento, sua esperança desesperançada. Um ótimo conto. Parabéns e boa sorte!!

  36. Iolandinha Pinheiro
    19 de janeiro de 2017

    O conto passa uma ideia de perda de identidade. Talvez no remoto passado fosse uma bailarina promissora, uma aprendiz que por algum motivo teve suas esperanças frustradas e agora dança em um lugar que não é digno dela, por isso desaparece enquanto dança, não queria estar ali. Ela sonhava com os palcos e sobrou para ela a boate. Interessante.

  37. waldo Gomes
    19 de janeiro de 2017

    Belo texto, poético, sem dúvida.

    Narra a decepção de alguém com alguma coisa que aconteceu há mais de 20 anos.

    É a choradeira de sempre, com palavras e imagens bonitas.

    Bem escrito e etc. mas como conto, microconto, sei não… falhou.

  38. juliana calafange da costa ribeiro
    19 de janeiro de 2017

    Eu entendi, a historinha é bem contata, bem mastigada, mas não disse ao q veio. Me pareceu tradução de música do filme Flashdance… Frases como “em troca de trocados” e “Assassinava suas próprias esperanças com pistolas em formato de cifrões” não ajudam em nada, na minha opinião. Pra nos falar do q essa dançarina sente e vive, vc precisa perder o medo de ir mais fundo… Fica a sugestão. Parabéns!

  39. Srgio Ferrari
    19 de janeiro de 2017

    Está longe da minha realidade, exceto a dos filmes indies, azulados, avermelhados, manjados… Então….tá. Releitura de qualquer cena daquilo que foi seu ponto de inspiração, tipo, qualquer coisa. Não tem força.

  40. Simoni Dário
    19 de janeiro de 2017

    Poesia muito bem orquestrada. Tem uma história completa na narrativa. Início, meio e fim com enredo completo apesar das poucas palavras. Triste e bonito.
    Bom desafio!

  41. Felipe Teodoro
    19 de janeiro de 2017

    Oi.
    Pura poesia. Hehe

    Acho que foi o estilo que você escolheu para construir a história, que pra mim, é um poema. Ainda assim, cabe destacar que você contou muito em pouco espaço, toda a desilusão e a angustia dessa bailarina.

    Será mesmo, que desaparecer em troca de cifrões é a escolha certa? Afinal, na maioria das vezes, o caminho mais fácil é dolorido e cheio de consequências. Sentimos pena durante a leitura e uma certa angústia tbm. Espero que um dia a bailarina dance em outro contexto e dance para existir.

    Parabéns pelo texto. Como dica: Se você não escreve poemas, invista, você leva jeito.

    Abraço!

  42. Givago Domingues Thimoti
    18 de janeiro de 2017

    Gostei do conto. C. Noir, você conseguiu fazer uma prosa poética simples, porém, cheia de significado.
    O texto é aberto em alguns pontos. Isso é um ponto positivo, pelo menos para mim, já que eu gosto de imaginar possibilidades.
    Meus parabéns e boa sorte!

  43. Gustavo Aquino Dos Reis
    18 de janeiro de 2017

    Noir,

    gostei do teu trabalho. Dançando era única maneira de impelir vida nessa urna vazia.
    O conto possui uma escrita própria, original, com frases muito bem aplicadas.
    Gostei das construções que encabeçam o início de todos os parágrafos.
    A história é simples, mas tecida com classe e desenvoltura.

    Parabéns.

  44. Amanda Gomez
    18 de janeiro de 2017

    Olá,

    Gostei de como o autor intercalou as escolhas e as necessidades da dançarina em uma mesma frase. Tudo que ela faz pra sobreviver é justamente aquilo que a mata por dentro. Engraçado que ao ler fiz uma referência estranha a essa dançarina, como se ela fosse o curupira, tivesse os pés ao contrário, e por mais que ela andasse pra frente, tudo só a puxava para trás ( isso foi estranho, eu sei)

    Ela anda para trás, ela dá voltas no mesmo lugar. O autor, talvez já tenha traçado o destino dela, e a mesma, nada mais será do que já. E isso não é o suficiente, então ela segue girando.

    Um bom conto, como vários outros, cheio de reflexões.

    Boa sorte no desafio.

  45. Roselaine Hahn
    17 de janeiro de 2017

    O conto me remete a uma poesia ou música, palavras musicadas. Ela desistia, morria, desaparecia, palavras bem orquestradas. O texto fugiu do contexto do microconto, mas pq. não? Bob Dylan ganhou o Nobel de literatura.

  46. Brian Oliveira Lancaster
    17 de janeiro de 2017

    GOD (Gosto, Originalidade, Desenvolvimento)
    G: Profundo. Sagaz. Intrigante. Excelente condução de ritmo, quase musical. – 9,0
    O: Um cotidiano até comum, mas prende a atenção pela subjetividade, pelas entrelinhas das entrelinhas. E pelo toque quase poético em seu desenvolvimento. A frase final traz bastante reflexão e fecha bem. Não há reviravoltas, mas a parte mais lírica compensa. – 8,0
    D: Suave. Leve. De fácil assimilação. Consegue transmitir muito do não dito em poucas linhas. – 9,0
    Fator “Oh my”: texto aparentemente simples, mas que traz uma profunda intimidade com a protagonista.

  47. Fil Felix
    17 de janeiro de 2017

    Um conto bem estilizado, ao observar sua estrutura, as repetições em dose certa, criando um padrão. Fica como um poema, mas sem ser um poema. Nessa parte, muito bom. A questão de prostituição (que fica nas entrelinhas pelos cifrões) de maneira melancólica é algo já bastante mastigado, mas a imagem que o texto gera é bem bonito, principalmente pelos giros.

  48. Anderson Henrique
    17 de janeiro de 2017

    Gostei bastante do texto, com exceção do troca de trocados. Salvo engano, foi uma opção estilística, mas que não apreciei muito. Seu texto parece muito com outro que li ontem: está bem escrito, boas imagens e quase sem delizes. Um único detalhe me deixou receoso: a estrutura me pareceu muito mais próxima de um fluxo de pensamento ou de prosa poética do que de um conto.

  49. Leandro B.
    17 de janeiro de 2017

    Ola, C.

    De início me incomodou certa atmosfera moralista na história, mas isso logo passou assim que percebi que:
    1) estava misturando personagem e autor e

    2) a dança não precisa ser necessariamente vista enquanto dança, mas como uma metáfora para o que fazemos diariamente que, de certa forma, contraria nossos princípios.

    Acho que esse é o tom da narrativa embalada pela oposição de ideias. Não se trata da personagem em si. Às vezes todos incluímos no nosso cotidiano algo que no mata aos poucos.

    Quanto a forma da história, achei bastante competente.

    Um bom conto.

  50. Miquéias Dell'Orti
    17 de janeiro de 2017

    Uma prosa poética bem feita e com uma carga de emoção crescente. Achei a construção bem feita e fora dos clichês ab ba que a gente vê por aí.
    A frase final foi o ápice, nos faz refletir.
    Só não consegui imaginar uma pistola com o formato de um cifrão.

  51. Anorkinda Neide
    17 de janeiro de 2017

    Olá! Parabéns pela prosa poética.
    Tem um trabalho muito bom ae, da oposição de ideias: esquecer/recordar, esperança/desistência, sobreviver/morrer, existir/desaparecer. Porém, ao trabalhar estas questões vc não cuidou da forma, e aqui vou falar como se eu fosse escrever, pq este texto está muito na minha vibe, nao pelo conteúdo mas pela forma poética. Então, o que que eu acho q faltou, um cuidado com as rimas e com o ritmo.
    Nas duas primeiras frases do primeiro parágrafo, pro ritmo ficar mais ‘poesia’ poderia rimar, mas nao o dançava com recordava (e logo emenda com ‘lembrava’, cansa a leitura)mas o ‘recordava’ poderia ser substituído por outro verbo conjugado na terminação ‘ia’ como fizeste nos outros parágrafos, eu sugeriria o ‘revivia’. E enquanto dançava, revivia.
    No segundo parágrafo ‘por esperança’, veja que destoa das outras tres primeiras frases q trazem o verbo no infinitivo, esquecer, sobreviver, existir. entao este ‘por esperança’ trava o ritmo. O leitor não percebe pq, mas sabe que travou o vôo poético ali, entende? fica mais dificil de decolar.. rsrs
    Nos tres primeiros parágrafos, todas as suas frases finais, não estão com a leveza que combinaria com aquelas frases iniciais q rimam. Já comecei, no primeiro parágrafo e senti um solavanco na barriga, opa! q q ouve aqui… ‘Lembrava os traumas, etc’, esta frase está pesada, frase de narrativa e não de poesia, sugeriria: ‘lembrava de traumas passados’ e nao sei o final.. nao tô com ideia pq o tema nao é do meu universo rsrs
    No segundo parágrafo, a mesma coisa, frase pesada e troca/trocados, nao ficou legal.
    E no terceiro, repete a palavra esperança, numa prosa tao curtinha, nao é legal, pq nao está no esquema de repetição ‘Ela dançava/E enquanto dançava’, este esquema nao tem problema repetir, pois dá a forma do poema, mas ‘esperança’ deveria ser substituída por um sinônimo, eu acho, tudo no sentido de dar leveza e ritmo ao texto, tá? (nao briga comigo) e pistolas em formato de cifrões, pesado… e eu, pelo menos, nao consegui visualizar isso… rsrs
    Bem, é isso. desculpe qualquer coisa, mas é só pra vc matar saudades minhas do dtrl..hahaha pq acho q vc é de lá! abraços

  52. Luis Guilherme
    16 de janeiro de 2017

    Boa noite!

    Gostei!

    Se fosse chutar a autoria, chutaria Anorkinda.. acertei? 😀

    Gostei da leveza poética do conto. A forma musical como me conduziu, e a desesperança e tristeza q carregam a leitura.
    Triste e profundo.

    PArabéns pela obra!

  53. Victor F. Miranda
    16 de janeiro de 2017

    Me pareceu mais um poema do que um microconto. Achei indiferente.

  54. Thata Pereira
    16 de janeiro de 2017

    Que lindo! Parece uma música. Tanto que, mesmo com temas bem diferentes, lembrei da musica “Ciranda da Bailarina”, do Chico Buarque.

    Agora vou dar uma opinião completamente pessoal, que pode ser tranquilamente ignorada pelo autor. Não gostei da frase “Lembrava os traumas de duas décadas atrás, mais nauseantes que o porre daquela tarde.”, fez perder o encanto do conto para mim.

    Explico: você ofereceu uma narrativa linda e poética (mesmo com a frase, inclusive) e ela se enquadra na vida de QUALQUER pessoa, o que gera uma empatia de cara. Mas ao citar o trauma, você impõe um limite. Digo isso porque não acho que o trauma que ela viveu há vinte anos seja o foco do microconto e nem, nesse caso, um fator importante.

    Agora, se a intenção foi o microconto abordar principalmente o que desencadeou o trauma, muda completamente o foco e perde o encanto.

    Fico com a primeira impressão.

    Boa sorte!

  55. Lee Rodrigues
    16 de janeiro de 2017

    Ela dançava para esquecer, por esperança, para sobreviver, para existir… e enquanto dançava o contrário acontecia: ela recordava, desistia, morria, desaparecia.

    A força que a impulsionava, era a mesma que a lançava fora do palco da vida.

  56. Juliano Gadêlha
    16 de janeiro de 2017

    Sensível e forte. Gosto das frases curtas e das associações. Muito bem estruturado e bem escrito, com direito a um belo arremate. Lembrou-me outro microconto participante do desafio: Sob o olhar de desprezo (DanKa).

    Parabéns!

  57. Gustavo Castro Araujo
    15 de janeiro de 2017

    Uma bela narrativa sobre desesperança, conformismo, resignação. As entrelinhas são muitas, o que favorece a montagem do contexto conforme a imaginação do leitor – algo extremamente positivo no que se refere a um microconto. Alguns aspectos, entretanto, servem de âncora, como o trauma vivido 20 anos antes do dia em que se passa a narrativa e, o mais instigante, a fuga representada pela dança. Num ambiente reconhecidamente hostil, quem dança por trocados vive num estado permanente de torpor, de contrariedade. A dança significa a libertação fugaz. Enfim, um ótimo trabalho. Parabéns.

  58. Tatiane Mara
    15 de janeiro de 2017

    Olá …

    Linda poesia, a última frase chega a doer na gente.

    Personagem dança para agradar aos outros, desagradando a si mesma. Muito bom.

    Boa sorte.

  59. Laís Helena Serra Ramalho
    15 de janeiro de 2017

    Gostei do conto, embora pareça mais um recorte de uma história que uma história completa. Ainda assim, achei interessante a oposição que você criou a cada frase, quase como se a personagem estivesse indecisa quanto à dança.

  60. Thiago de Melo
    15 de janeiro de 2017

    Amigo autor,

    Muito muito bonito o seu texto. A forma como você vai levando as palavras opostas no texto “tira o leitor para dançar”. Pra cima, pra baixo, para frente, para trás, para dentro para fora… hora feliz, hora triste, num rodopio constante.

    Gostei. Muito bom o texto. É bom ler um texto com tanta qualidade técnica, principalmente dentro de um espaço tão pequeno de palavras.

    Parabéns!

  61. Davenir Viganon
    15 de janeiro de 2017

    Conto bem estruturado, as frases isoladas são “ok” mas na estrutura do conto ganham brilho. Contudo, penso que esse “Ela” iniciando cada linha ficou sobrando pois o título já cumpria a função de determinar um gênero a personagem.
    Além isso, essa abordagem da dança fez um contraste muito bom com a personagem, pois dança é associado com vida e a alegria.

  62. Remisson Aniceto (@RemissonA)
    15 de janeiro de 2017

    Enquanto ela dançava… melhor seria de desaparecesse sua desesperança, se morresse sua tristeza, se renascesse sua alegria. Mas porque não ser diferente, se a literatura tudo permite? Abraço de boa sorte.

  63. mariasantino1
    15 de janeiro de 2017

    Oi, tudo bem?

    Poxa vida! Acho que serei chata aqui (novidade, sou um porre!).
    Então, a palavra ELA, ali no comecinho dos parágrafos chegaram a ser irritantes para mim mesmo o texto sendo curtinho. Acho que começar pelo verbo (uma vez que já se entende que quem dança é a mina) seria mais fluido, sonoro e talvez melhor na estética do conto.
    “Ela dançava para esquecer. E enquanto dançava, recordava. […]
    Dançava por esperança. E enquanto dançava, desistia […]” Assim por diante.
    Gostei do cerne do conto, da catarse ansiada pela mulher que morre no movimento do qual depende para viver. Uma morte interna, morte da alma, o inexistir.
    Fora o detalhe que mencionei, o conto é muito bom.
    Boa sorte no desafio.

  64. Zé Ronaldo
    15 de janeiro de 2017

    História fechada, pois está tudo explícito no texto, não faz com que o leitor tenha um trabalho maior em juntar as peças, característica do microconto. Contudo, é um puta texto! A forma como vai sendo montada a narrativa é excepcional! A desconstrução e o “sumiço” da bailarina vai ocorrendo aos poucos, sendo absorvida pelas escolhas que fez. Maravilhoso!

  65. Glória W. de Oliveira Souza
    14 de janeiro de 2017

    O texto remeteu-me, imediatamente, à musica cantada por Tina Turner: Private Dancer. O tema, assim como tantos outros neste desafio, tem a morte como mote. A narrativa é boa e atraente, principalmente porque recorre a imagens repetitiva das danças, dos pensamentos e das ações. Final tristonho.

  66. Edson Carvalho dos Santos Filho
    14 de janeiro de 2017

    História triste, bem escrita. Dá a entender que ela se abandonou depois de algo que aconteceu. Eu, particularmente, não gosto de histórias depressivas e sombrias sem uma “luz no fim do túnel”. Só esse “molho” que faltou pra mim.

  67. Fernando Cyrino
    14 de janeiro de 2017

    A dançarina que, literalmente, dança e o dançar se faz ao longo da triste vida. Um conto de desilusão. Um conto tão belo. Gostei muito. Parabéns.

  68. Bruna Francielle
    14 de janeiro de 2017

    Bem, o conto acabou não passando nenhuma emoção para mim.
    Fala de dramas da vida da personagem, e tal..Mas acho que faltou “sentimento”, penso que ficou muito simples.
    Acabou que nem foi possível vislumbrar a personagem direito, não teve nenhuma explicação do porque ela estar nessa situação, e porque ela é forçada a isso.

  69. Evelyn Postali
    14 de janeiro de 2017

    Esse texto me ganhou por completo! Lindo! Tem uma poesia concreta, dura, assim como a vida da personagem. Uma tristeza latente, um desespero que pulsa em cada parágrafo. Gostei demais! Personagem, cenário, tempo, linguagem.

  70. Olisomar Pires
    13 de janeiro de 2017

    Uma poesia, por assim dizer.

    Infelizmente, a exemplo de outros do desafio, narra um episódio isolado ou as emoções de um personagem, sem contexto ou objetivo que se adapte à idéia literária de “conto”.

    É bonita, sem dúvida.

  71. Vitor De Lerbo
    13 de janeiro de 2017

    Posso imaginar esse conto sendo escrito inspirado por uma pessoa real. A dor e a ambivalência nos pensamentos e sentimentos da dançarina são claros.
    Boa sorte!

  72. Patricia Marguê Cana Verde Silva
    13 de janeiro de 2017

    A dançarina tem um propósito que não consegue bancar. Os contrastes estão claros, me agradam!

  73. Ceres Marcon
    13 de janeiro de 2017

    C. Noir!
    Quanto sofrimento e solidão nas tuas frases.
    Tem lirismo e cria empatia com quem lê. Escolheu bem as palavras.
    Tocou fundo.
    Parabéns!

  74. angst447
    13 de janeiro de 2017

    Pois é, a dançarina gira, gira e não sai do mesmo ponto. Uma espiral que leva à degradação, à perda de qualquer esperança e duas décadas deixadas para trás.
    Há poesia na elaboração da trajetória da dançarina. Triste, tocante e terminando sem deixar pontas soltas, o conto fecha-se em si mesmo.
    Sem erros, nota-se a habilidade do autor com as palavras, segurança ao lidar com o limite proposto sem perder o domínio da trama exposta.
    Boa sorte!

  75. Guilherme de Oliveira Paes
    13 de janeiro de 2017

    Há elementos que gosto, como a figura de linguagem em “trocar por trocados”. Mas acho que houve uma tentativa um pouco forçosa de conferir profundidade ao conto, o que me passou a sensação contrária – acabou soando superficial.

  76. Antonio Stegues Batista
    13 de janeiro de 2017

    A personagem é uma dançarina de pole dance. Não acho que possa ser degradante, depende das escolhas que ela faz. Ela se preocupa com a moral , por isso é infeliz. Porque se desiludia e ficava sem esperança se ganhava rios de dinheiro? Poderia deixar aquela vida e recomeçar novamente, pagando um curso profissionalizante, por exemplo. Acho que a personagem desistiu muito facilmente e isso não ajuda nos pontos.

    • mariasantino1
      16 de janeiro de 2017

      Olá, Antonio Stegues Batista!
      Li o seu comentário neste conto e me deu uma vontade de me intrometer aqui (licença). Primeiro, “ela é dançarina de pole dance”… ela é? Onde está escrito isso, foi por causa da imagem? Ok, que seja dançarina de pole dance, isso não interfere, mas, diga-me, onde está escrito que a mina “GANHAVA RIOS DE DINHEIRO”? Há umas pistas aí que mostram que houve um trauma.
      >> “Lembrava os traumas de duas décadas atrás, mais nauseantes que o porre daquela tarde.”
      Seu comentário me faz lembrar as pessoas que veem alguém em depressão e falam >> “Ah, mas você bem que podia fazer uma forcinha pra melhorar!”. como se estar deprimido não dragasse todas as forças da pessoa.
      Bem, o conto não é meu, mas não resisti ao impulso.
      É isso!

  77. Matheus Pacheco
    13 de janeiro de 2017

    Não há muito para mim dizer sobre esse conto, já que a maioria das criticas já disse tudo.
    Mas sempre é bom ressaltar a imensa habilidade de imersão que foi causada pelo texto, conectando a vitalidade de uma dança com a violência de um assassinato.
    Um abração ao escritor.

  78. Vanessa Oliveira
    13 de janeiro de 2017

    Adorei. Muito tocante, triste, e passa os sentimentos da personagem em pouquíssimas palavras. Além disso, tem um “que” de realidade, que até mesmo me faz sentir mal. Pensar em quantas mulheres não se sentem da mesma forma, não se perdem até, no fim, desaparecerem. Muito bom.

  79. Sabrina Dalbelo
    13 de janeiro de 2017

    Eu gostei. Bem construído. Triste, mas sereno.

  80. Tiago Volpato
    13 de janeiro de 2017

    Muito bom. A narrativa poética conseguiu acertar no tom para nos mostrar toda a carga dramática da personagem. Meus parabéns.

  81. Guilherme
    13 de janeiro de 2017

    Deu pra sentir o drama da personagem. Não acho que seja um poema em forma de prosa, para mim é um conto psicológico. Acho que poderia ter sido menos clichê em alguns termos, mas não deixa de ser uma boa história humana

  82. Virgílio Gabriel
    13 de janeiro de 2017

    Um micro-conto em tom de poesia. O texto caminha para o clichê, porém a frase final torna tudo realístico e bem feito. Parabéns!

  83. Rubem Cabral
    13 de janeiro de 2017

    Olá, C. Noir.

    Gostei do conto: ele segue uma espiral de degradação e de conflitos entre a necessidade e a vontade. Passou-me, contudo, também uma mensagem sutil de moralismo: pq não poderíamos ter uma dançarina de pole dance que gostasse do que faz? Pq ela abre mão de seus valores?

    Enfim, o conto é instigante e bem escrito.

    Nota: 9.

  84. elicio santos
    13 de janeiro de 2017

    Esse é mais um poema em prosa que o autor confunde com microconto. O texto está bem escrito, mas não preenche os requisitos formais do gênero pretendido pelo desafio. Não gostei. Boa sorte

  85. José Leonardo
    13 de janeiro de 2017

    Olá, C. Noir.

    O mesmo ato de dançar que a assassinava era o que a fazia viver. Sua dançarina sempre vivendo numa linha tênue sobre a realidade e os traumas passados. O conto pode ser lido num crescendo de voz, até a última linha.

    É bem enfático no confuso mundo psicológico que imaginamos na dançarina, ao mesmo tempo que nos mostra ser necessária tal confusão. É como se ela dançasse no olho de um furacão e não pudesse, nem quisesse sair dali.

    Boa sorte neste desafio.

  86. andré souto
    13 de janeiro de 2017

    A dança aqui como uma forma de prostituição,uma forma lenta de desistir de si mesmo.Muito bom.Nota 9

  87. Eduardo Selga
    13 de janeiro de 2017

    Quando um objeto gira com muita intensidade em torno de seu próprio eixo temos a sensação de que ele está ficando imaterial, se desfazendo, porque o olho humano não consegue captar a completude do objeto mediante certa velocidade. Bom exemplo disso é observar um pião girando.

    Pois esse conto trabalha com ideia semelhante. Do primeiro ao terceiro parágrafos temos a sensação de que a velocidade do corpo está inalterada, porém alta, para no final ele desaparecer. Reforça a noção de giro a constante presença de “ela dançava” e “e enquanto dançava”, ambas as expressões com uma ocorrência por parágrafo. Não se trata, nesse caso, de repetição que empobrece o texto, muito pelo contrário.

    Analisando mais detidamente a expressão “e enquanto dançava” a gente vê que logo após vem sempre um verbo. Na sequência dos parágrafos são eles: recordava, desistia, morria, desaparecia. Há uma gradação descendente das ações, até chegar à extinção.

    De certa maneira, esse conto é uma orquestração.

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Publicado às 13 de janeiro de 2017 por em Microcontos 2017 e marcado .